Fórum internacional sobre cultura de Okinawa na Assembleia Legislativa


22/11/2016 17:47 | Da redação*

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Com o apoio do deputado Hélio Nishimoto (PSDB), a Associação Okinawa Kenjin do Brasil (AOKB) e o Urizun (Circulo de Ex-bolsistas de Okinawa no Brasil) realizaram, na Assembleia Legislativa, o 2º Fórum Internacional Legado Ancestrais, Pontes para o Futuro, que contou com a participação de representantes da Argentina e do Peru.

Para os organizadores do evento, realizado no sábado, 19/11, o objetivo do seminário foi debater o legado dos antepassados com representantes das novas gerações, abordando o que é ser uchinanchu e como cada um pode contribuir para a construção de um futuro melhor. Eiki Shimabukuro, presidente da AOKB, destacou o trabalho e o empenho dos jovens no planejamento e elaboração do encontro.

As palestras foram divididas em: painel 1 - Histórias e Memórias, com participações de Shinji Yonamine, fundador do Urizun-Brasil; Ricardo Takeo Kanagusuku, do Centro Okinawense-Argentina; Angelica Matsuda Matayoshi, bolsista Gaimusho Kenshusei 2016 - Peru e Ana Luisa Campanha Nakamoto, Urizun - Brasil, com coordenação do professor Marcelo Chuei Matsudo; e Painel 2 - Tradição e Transformação, com Vinicius Sadao Tamanaha, da Unicamp - Brasil; Pablo Gavirati Miyashiro, bolsista Gaimusho Kenshusei 2016 - Argentina; Eduardo Akira Uema, da Associação Okinawa de Brasilia; Aline Chibana, Fabio Chibana, Bruna Acamine, Gabriel Chinem do Colégio Brasília da capital paulista, coordenado por Karina Satomi Matsumoto, presidente do Urizun - Brasil.

Para a coordenadora Zuleika Arashiro, o evento provou a possibilidade de diálogo entre as gerações. "O desafio é encontrar formas de realizaro encontro, integrar o painel de debates, música e artes". Para ela, a parte artística contou com uma riqueza multicultural, citando como exemplo a banda andreense Ichi han"no, formada por músicos de ascendência okinawana e não okinawanos que interpretaram músicas japonesas e brasileiras. "Foi emocionante ver jovens se apresentando para um público mais idoso, que dançou e celebrou".

Para Sonoko Akamine, organizadora do evento, essa iniciativa deve continuar, pois os jovens precisam conhecer a sua identidade e ter orgulho de descender de japoneses. "Espelhar-se no legado deixado pelos pioneiros da imigração, que tem como principio a honestidade, o trabalho, a justiça, o amor e a fraternidade, para assim construir um futuro com mais harmonia, paz e alegria", finaliza Sonoko, que organizou também a primeira edição do Fórum em 2008, ano do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.

*Com colaboração da assessoria do deputado Hélio Nishimoto.

alesp