Na última semana o MEC " Ministério da Educação e Cultura divulgou a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) subtraindo as expressões "identidade de gênero" e "orientação sexual". A versão atualizada do documento entrará em vigor no ano de 2019. Os pais podem sentir-se descansados, as escolas não trabalharão o conceito de gênero, os representantes do povo cristão tiveram mais uma vitória. A bancada evangélica comemora a retirada da questão de gênero da base curricular. Os nossos filhos poderão frequentar tranquilamente as escolas, pois a introdução destas terminologias não correspondem ao anseio da imensa maioria das famílias brasileiras.

Os deputados federais que representam a Frente Parlamentar Evangélica solicitaram junto ao presidente Michel Temer a alteração da BNCC. Como pastor, deputado e membro da Frente Parlamentar Evangélica da Assembleia Legislativa tenho me empenhado em defender a população do Estado de São Paulo e também os princípios cristãos. Desde os meus dois anos de idade faço parte da Igreja do Evangelho Quadrangular, cresci em um lar cristão e prezo para que a Palavra de Deus seja respeitada.

Há aproximadamente dois anos e meio a Base Nacional Comum Curricular estava em discussão. Atualmente, o conteúdo didático repassado para os nossos filhos são baseados em diretrizes do Estado e do Município, com livros escolhidos pelo governo e pela rede de ensino. Daqui a dois anos, aproximadamente 60%do conteúdo será repassado pelo MEC, o restante será determinado pela rede estadual, municipal e pela própria escola.

A iniciativa do Governo Federal é positiva, afinal, o Ideb " índice calculado a partir da Prova Brasil e as reprovações demonstram a diferença entre os Estados do Brasil. As escolas terão o prazo de dois anos para adotarem o novo sistema, a partir da implantação da BNCC, as 190 mil escolas do país terão em suas salas de aula conteúdos e competências que todo estudante deve saber e ser capaz de realizar na educação básica. No entanto, os estados, municípios e o Distrito Federal continuarão tendo autonomia para acrescentar conteúdos.

No novo documento não existe a disciplina de ensino religioso. De acordo com o MEC, baseado na lei, a matéria em questão é optativa e sua regulamentação compete aos estados e municípios.

Com o novo modelo de ensino, ponto positivo a ser ressaltado, é que o processo de alfabetização deverá ser antecipado para o 2º ano do ensino fundamental, com crianças de cerca de 7 anos, antigamente este processo era realizado no 3º ano. Outro aspecto positivo é a igualdade que existirá entre escolas públicas e privadas, pois os alunos receberão os mesmos conteúdos didáticos.

O BNCC determina 10 competências gerais, para serem desenvolvidas nas disciplinas escolares durante a permanência do estudante ao longo dos anos na escola. Com o objetivo de atingir a formação humana integral, entre as competências da escola, está a necessidade do autoconhecimento dos estudantes, dos cuidados da saúde e também a importância de conhecerem os seus colegas.

Como parlamentar sinto-me entusiasmado com as modificações que estão para acontecer na rede pública e particular de ensino. As nossas crianças terão uma maior igualdade de educação e vejo que, com isso, teremos grandes avanços e ainda manteremos intactos os princípios cristãos. A grande vitória é da família brasileira!

*Celso Nascimento é deputado estadual pelo PSC.