O deputado Carlos Giannazi (PSOL) vai acionar as comissões de Educação e de Direitos Humanos da Assembleia, além de ingressar com representação no Ministério Público Estadual, em defesa dos professores da rede municipal de Taboão da Serra. Eles estão sofrendo perseguição por parte do prefeito Fernando Fernandes (PSDB), que os ameaça de exoneração de seus cargos, em direta afronta ao direito de greve assegurado pela Constituição Federal.

Os professores de Taboão da Serra estão em greve desde o dia 28/4. O principal direito reivindicado é o reajuste de seus salários, há seis anos sem reposição da inflação. A prefeitura não abre negociações com o Siproem (Sindicato dos Professores das Escolas Públicas Municipais de Barueri e Região), não paga o salário aos professores e os ameaça, por telegrama, de exoneração por abandono de emprego.

Por esses motivos, os educadores de Taboão da Serra estiveram na semana passada na Assembleia Legislativa para pedir apoio de Giannazi, tanto em suas reivindicações salariais como na manutenção de seus cargos públicos. "Além de ilegal, a postura tomada pelo prefeito é absurdamente covarde a autoritária", afirmou o deputado, relatando que foi cortado inclusive o salário de professoras grávidas. "O Poder Judiciário ainda não se manifestou sobre a legalidade da greve", advertiu.