Opinião - Mobilidade Urbana: mais ação e menos blábláblá...


03/08/2017 17:37 | Deputado Junior Aprillanti

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Parece cíclico, mas todas as vezes em que falamos de Mobilidade Urbana, a maioria das pessoas pensa em faixas de ônibus, ciclovias, mas se esquece do real sentido dessa questão: a necessidade de transformarmos as cidades brasileiras em algo mais acessível para todos os cidadãos. Mais do que a realização de obras pontuais, Mobilidade Urbana é uma política pública que visa a ordenar o crescimento sustentável de nossos municípios, fazendo com que a circulação de pessoas seja valorizada, independentemente do modal utilizado.

Considerando que Mobilidade Urbana é a capacidade de trabalhar para que todos possam se locomover dentro das nossas cidades, independentemente da distância a ser percorrida, e que todos precisam ser incluídos, faço questão de destacar que deficientes físicos, entre outras pessoas que necessitam de atenção especial, não podem ser excluídos dessa importante política pública de inclusão dos cidadãos.

Quando digo que o assunto tratado neste texto é uma política pública, precisamos levar em conta que não se trata de uma ação de governo, mas um conceito utilizado pelos governantes de forma contínua e continuada, ou seja, não pode ser prejudicada por antagonismos partidários. O interesse público precisa prevalecer, sempre!

Outrossim, não podemos deixar de entender que a implantação de novas faixas exclusivas para a circulação de ônibus ou bicicletas é importante. Elas fazem parte de um todo maior: o plano de circulação fácil a todos os cidadãos, o que realmente precisa ser avaliado e pensado.

A capital paulista tem sediado um debate interessante, tendo em vista que, no mandato passado, deu um passo interessante neste sentido. Implantou faixas exclusivas para a circulação de ônibus e ciclovias. No entanto, faltam ônibus com qualidade circulando nessas vias, o que tem chamado a atenção de todos, inclusive no que se refere à qualidade do pavimento e à segurança dos ciclistas.

Os passos governamentais, citados acima, são importantes, sem dúvida alguma. Mas, perguntar não ofende: como garantir a circulação de cadeirantes e pessoas deficientes por toda a cidade? Será que as ideias iniciadas serão engajadas para o futuro? Agentes públicos não podem se esquecer de que as nossas ações precisam ter continuidade, independentemente de quem está sentado na cadeira política.

Sinto-me na obrigação de prestar alguns esclarecimentos atinentes às informações que escrevi neste texto. Citei o município de São Paulo por causa da repercussão que as ações governamentais tiveram. Mas, da menor à maior cidade brasileira, minha visão é taxativa: Mobilidade Urbana precisa ser um tema discutido e implantado com o olhar para o futuro, como um legado a ser deixado para todos, sem cunho partidário.

Junior Aprillanti é deputado pelo PSB

alesp