Mais de 2,2 mil entidades socais, cadastradas na secretaria de Assistência Social, têm, como principal fonte da arrecadação, as notas fiscais depositadas em urnas localizadas em estabelecimentos comerciais.

Alegando grande quantidade de fraudes nesse tipo de arrecadação, o governo de São Paulo anunciou o fim das urnas para este ano. Para substituí-las, será disponibilizado um aplicativo de celular. Com a nova tecnologia, os consumidores cadastrarão as notas por meio do smartphone e escolherão uma entidade para receber o repasse.

O deputado Léo Oliveira não é contra a nova tecnologia, mas entende que a extinção das urnas será letal para as entidades. "Não pode tirar as urnas! Muita gente não terá tempo para baixar o aplicativo na internet, cadastrar as notas e escolher a entidade. Sou a favor da criação do aplicativo, mas como uma alternativa a mais. Sem as urnas, as entidades serão absurdamente prejudicadas", explica o deputado, que em junho solicitou ao governador para não extinguir as urnas.

"As fraudes, que o governo de São Paulo alega, existem mesmo. O caminho para combate-las é a implantação de uma maior e mais eficiente fiscalização", diz o deputado. E complementa: "Muitas vezes, as entidades realizam um trabalho que nem o próprio governo proporciona para a população. Não podemos, jamais, prejudicar a arrecadação delas, pelo contrário, o Poder Público deve ser o maior parceiro!".