Repúdio à "uberização" da educação em Ribeirão Preto


09/08/2017 16:54 | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Apelidado de "Uber da Educação" e "Professor Delivery", um projeto da prefeitura tucana de Ribeirão Preto está indignando o magistério. A proposta é que, nas ocasiões em que algum professor não puder comparecer às aulas, seu substituto seja contratado por meio de um aplicativo de celular. O professor que responder em 30 minutos dará as aulas e terá uma hora para chegar à escola.

"Isso é um absurdo. Na maioria das vezes esses professores não terão a formação adequada, não prepararão as aulas e não conhecerão a comunidade escolar", afirmou o deputado Carlos Giannazi, que levou o problema ao Plenário da Assembleia Legislativa na sexta-feira (4/8). Ele disse que sua indignação é ainda maior porque a proposta vem de uma educadora, a secretária municipal de Educação Suely Vilela, que é ex-reitora da USP.

O deputado citou outra prefeitura que vem precarizando o magistério de forma aviltante: na Grande Florianópolis, o município de Angelina realizou um pregão para contratar professores de educação física na modalidade de menor preço.

Segundo Giannazi, essas iniciativas estão inseridas na conjuntura da Reforma Trabalhista e da Lei das Terceirizações, que retiraram direitos dos trabalhadores e passaram a admitir essas formas de contratação. "Nós estamos preocupados porque, se isso virar moda, hoje há toda uma legislação dando amparo a esse tipo de procedimento administrativo."

alesp