Debate sobre crise da Unesp e contratação precarizada de docentes


12/09/2017 14:06 | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Na próxima sexta-feira (15/9) a Alesp sediará audiência pública para debater a situação da Unesp, que vive um cenário de corte de recursos " como a USP e a Unicamp ", com o agravante de ter cerca de 800 professores em regime precarizado.

"As universidades estaduais não realizam mais concursos públicos para contratar professores e funcionários. Quando há uma aposentadoria ou uma exoneração, são feitas contratações precarizadas, com salários baixíssimos", afirmou o idealizador da audiência, deputado Carlos Giannazi. "Tive acesso a alguns holerites de professores com valores de R$ 1,2 mil para 12 horas semanais. Isso na Unesp, uma das melhores universidades do Brasil. Além disso, todos os servidores tiveram o valor de seu vale-refeição reduzido".

O reitor Sandro Roberto Valentini foi convidado para o evento, que será realizado no plenário Dom Pedro I, às 15h. Ele poderá explicar as contratações precarizadas e a redução dos benefícios.

Segundo Giannazi, a crise financeira que atinge as universidades públicas deve-se aos repasses fixados em 9,57% do ICMS desde 1995, sendo que nesses 22 anos expandiu-se a quantidade de campi, de cursos e de alunos. Além disso, destaca a maquiagem contábil que reduz o valor para 9,16% do ICMS: R$ 450 milhões a menos. "Esse percentual é insuficiente. Deveria ser aumentado para algo entre 10% e 11%", destacou o parlamentar.

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