Governo retoma fechamento de escolas na Baixada Santista


16/10/2017 15:03 | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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A Diretoria Regional de Ensino de Santos anunciou nesta semana o fechamento de quatro escolas, duas em Santos (Cleóbulo Amazonas Duarte e Braz Cubas) e duas em Guarujá (Jardim Primavera 2 e Renê Rodrigues de Moraes). As três últimas já estavam na lista das 94 unidades que só não foram fechadas em 2016 por conta da resistência da comunidade, especialmente dos estudantes que ocuparam 250 escolas em todo o Estado.

A notícia, dada em primeira mão pelo jornal A Tribuna de Santos, foi repercutida por Carlos Giannazi (PSOL) no Plenário da Assembleia, no último dia 6/10. "Escola não se fecha, precisamos é de mais. O governo alega que a demanda diminuiu, mas continua mantendo as salas de aula superlotadas. Desde 1996, quando foi aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nós já lutávamos pelo limite de 25 alunos por sala, isso é fundamental para melhorar a qualidade do ensino", explicou.

Giannazi também vê com desconfiança o edital lançado pela Secretaria da Educação para dividir ao meio a EE Brigadeiro Gavião Peixoto, no bairro paulistano de Perus. Além de violar o princípio da gestão democrática garantido pela LDB, uma vez que a comunidade já se posicionou contra a medida, a obra é um primeiro passo para a redução da estrutura disponível. "A questão não é o tamanho da escola, mas a falta de investimento", alertou.

A estratégia do governo de dividir e depois fechar é evidente nos casos da Baixada Santista. A Braz Cubas, em Santos, partilhava suas instalações com órgãos burocráticos da Diretoria de Ensino. Já o colégio Jardim Primavera, em Guarujá, enviará seus 470 alunos para a vizinha de muro EE Tancredo Neves.

alesp