Opinião - Na luta contra a febre amarela


23/01/2018 11:45 | Davi Zaia

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O assunto do momento é a febre amarela. Muito se ouve falar sobre a doença, notícias que muito alarmam, mas poucos informam. E, a meu ver, não é possível estimular um processo de conscientização e muito menos traçar medidas eficientes para eliminar o problema sem que haja informação.

Primeiramente, é importante que saibamos que a transmissão da febre amarela só acontece pela picada dos mosquitos Haemagogus e o Sabethes, em região silvestre, e do Aedes aegypti, em áreas urbanas. Ocorre que o macaco é hospedeiro de uma forma do vírus da doença e também pode ser picado por mosquitos. Logo, isso gera um processo de propagação, principalmente porque nosso Estado é rico em preservação de matas e florestas.

Desse modo, meus amigos, o foco continua sendo, sem dúvida, a prevenção contra o mosquito, que além da febre amarela dissemina a dengue, a zica e a chikungunya. Portanto, matar, machucar ou maltratar macacos ou outros animais silvestres não é a saída, além de ser crime.

Também é preciso que se entenda que, embora a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomende nosso Estado como área de risco da doença, isso não quer dizer que tenhamos perigo de contágio em todo nosso território. Nos municípios que tenham casos ou estejam propensos ao risco, porém, a atenção deve ser redobrada, como já vem sendo feito pelo Ministério da Saúde, com a ampliação das vacinas.

Mas a recomendação da OMS nos atenta para a necessidade de se criarem mecanismos que blindem nossa população contra uma situação mais crítica, como uma epidemia, por exemplo. Para tanto, estratégias precisam ser traçadas, investimentos em vacinação e informação reforçados e capacitação profissional intensificada.

Entendo ser necessária também a colaboração de cada um de nós no que se refere ao extermínio dos criadouros do mosquito. Aquela velha listinha de cuidados, como não manter água parada, limpar e fechar caixas d"água, não acumular garrafas e pneus é mais atual do que nunca.

Então, caro amigo, sobre a febre amarela, é preciso informar para agir e trabalhar para combater. E nessa luta estamos a postos para trabalhar!

Davi Zaia é deputado pelo PPS

alesp