Nosso Estado precisa progredir


26/02/2018 11:30 | Vitor Sapienza

Compartilhar:


Ao longo do meu retorno à Assembleia Legislativa, mais uma vez para exercer o mandato de deputado, tenho procurado pesquisar sobre assuntos referentes ao nosso Estado, os quais percebo necessitarem de soluções ou adequações.

Ao longo dos artigos que tenho escrito para o Diário Oficial do Estado de São Paulo, quero lembrar-me, dentre outros, dos que trato sobre o nível dos alunos da rede pública e também sobre os que menciono a necessidade de ampliação dos ramais da CPTM e do Metrô a localidades mais carentes de nossa capital ou de cidades da Grande São Paulo.

Você pode até se perguntar o que uma coisa tem a ver com a outra. E eu vou te explicar que, com a expansão dos ramais, estaremos proporcionando aos jovens que estudam e trabalham fora menos tempo dentro no meio de transporte e mais tempo para terem acesso aos estudos, ao conhecimento, para enfrentar o futuro.

Quero falar também sobre a justificativa que o governador Geraldo Alckmin possa ter para alterar o teto salarial do funcionalismo do Estado. Sob minha análise, por mais que busque compreender, nada é tão relevante para que o governador tenha fixado o atual valor de R$ 21 mil.

Mas dentro das pesquisas que fiz, encontrei um artigo que aparentemente nada tem a ver com o chamado teto salarial no Estado de São Paulo. A publicação foi feita pelo jornal Folha de São Paulo, no dia 21 de janeiro de 2017, em sua folha 2, sob o título "Ajuda indefensável". No mencionado texto, após fazer uma análise sobre o tema auxílio moradia, o colunista mencionou que no Brasil 1% dos trabalhadores com os maiores rendimentos, em 2016, recebiam mensalmente, em média, R$27.085,00.

Mas se a média, em 2016, era R$27.085,00, não se justifica em hipótese alguma que o teto fixado pelo nosso governador seja R$21 mil. Até porque isso não inclui o que o próprio governador gasta com transporte e alimentação, dentre outras despesas.

Sabemos que todo governador, por mais competente que seja, tem um grupo de assessores que o ajuda a administrar o seu Estado. Mas, diante do que temos observado, e a fim de colocar um paradeiro na fuga de profissionais capacitados do quadro do funcionalismo público, sugiro ao governador e à sua equipe a urgente necessidade de rever o chamado teto, que não condiz com a realidade. Vamos fazer nosso Estado progredir!

Vitor Sapienza é deputado pelo PPS

alesp