Há duas semanas, o Dia Internacional da Mulher rendeu importantes e necessárias discussões, compartilhadas por meio da imprensa, das redes sociais e de grupos organizados.

Entendo ser necessário que a data possibilite essas reflexões, mas mais importante ainda é que estas não se percam um dia ou semanas depois. Afinal, a garantia de diretos que se pautam pelo respeito à dignidade deve ser uma busca constante em favor da mulher e de todo ser humano.

E é por isso que venho falar sobre a Mulher nesta semana: porque todo dia é dia de avançar, de lutar contra o preconceito, contra a violência e contra a desigualdade.

As mulheres são maioria em nosso país. Cerca de 52% de toda a população é composta por elas. Mas é também a maioria a sofrer com desigualdade, violência e falta de representatividade. Prova disso é que são apenas 10% no Congresso Federal.

Dados de 2017 da Data Senado revelam que 29% das mulheres sofrem com a violência familiar. Não bastasse isso, o Atlas da Violência de 2017 aponta que mulheres negras representam 65% das mulheres agredidas no período entre 2005 e 2015.

Isso não é tudo! Estudos do Ministério do Trabalho de 2016 mostram que diferença de salário das mulheres em relação aos homens chega a 16%.

Esses números, honestamente, me envergonham como cidadão e como homem. Digo isso até mesmo porque tenho ao meu lado a minha esposa Pollyana Gama, que é deputada federal e uma grande apoiadora da luta em favor dos direitos da mulher.

Sob o comando de Pollyana, a Coordenação de Mulheres do PPS, partido do qual fazemos parte, vem desenvolvendo trabalhos de informação e empoderamento feminino. Pollyana também apresentou projetos de lei visando ampliar os direitos e a segurança das mulheres brasileiras.

Ações como as que vêm sendo desenvolvidas pelo grupo da Coordenação de Mulheres do PPS e de tantos outros grupos vêm notoriamente incentivando mulheres das diversas classes sociais, cores, raças, crenças e regionalidades a se expressarem e somarem suas vozes. E isso, com toda certeza, é um grande avanço perante o histórico que bem conhecemos de desqualificação e preconceito contra as mulheres.

Tanto por causa dos números que ainda nos mostram que há muito a ser feito, como pelo que já vem sido conquistado, reforço aqui que a luta de todas as mulheres brasileiras tem o meu apoio e é uma luta minha também. Vamos ao trabalho!

Davi Zaia - Deputado Estadual (PPS)