Opinião - Todos somos responsáveis pelo progresso


05/04/2018 11:21 | Vitor Sapienza

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Quero começar esse texto expondo o que entendo ser o conceito correto acerca do que é ser um político. Essa definição, embora pessoal, faz-se necessária para que possamos dar sequência à minha linha de raciocínio.

Para mim, político é o ser humano, seja homem ou mulher, que se coloca a serviço da comunidade, para tanto, inclusive, expondo-se diante dela. Ao contrário de jornalistas, empresários e tantos outros profissionais, que quase sempre criticam sem conhecer ou se aprofundar em determinado assunto, o político debate problemas, discute o cenário e, com boa intenção (e, em alguns casos, má), aponta sugestões em favor do bem comum.

Também cabe a esse cidadão participar de uma disputa duríssima para conseguir votos suficientes a fim de que seja eleito para representar os interesses de um grupo, uma classe, uma re­gião. Se eleito, passa a participar de reuniões, articulações e tantas outras atividades.

Não entrarei na análise de cada uma dessas atividades, uma vez que o assunto que quero abordar somente tem interesse depois da definição do que é ser político.

Vamos ao assunto: tenho procu­rado neste ano abordar as próximas eleições, principalmente para os cargos eletivos de governador e presidente da República. Tenho ouvido respostas que me entristecem muito. "Ninguém presta", "não vou votar", "vou votar em branco" e outros absurdos.

Diante dessas colocações, quero re­forçar o que disse acima ao definir o que é ser político. Trata-se de um ser humano como todos nós, e não de um extraterrestre ou um ser superior. Portanto, é passível de ser honesto ou pilantra. Idêntico a todas as atribuições civis, sociais e profissionais.

Além disso, é preciso ressaltar aos de­savisados que o voto é a única maneira de igualar o rico ao pobre, pois todo voto tem o mesmo valor. Ao contrário de um ingresso de teatro, que o rico compra camarote e o pobre, quando vai, compra ingresso no balcão, ou ainda o pobre entra na fila do SUS e o rico consulta-se com os melhores médicos, o voto permite que todos possam participar da escolha do futuro de toda a coletividade.

Votar em branco, anular o voto ou não comparecer para votar é uma forma de omissão e covardia e pode levar nosso país a um retrocesso ainda maior. Não se progride sem atitudes. E, como cidadãos, temos que nos apropriar e assumir nossas escolhas.

O Brasil precisa de iniciativas de cada um de nós e não de covardes. Precisa do voto consciente, da participação dos cidadãos antes, durante e depois das eleições. Isso sim é querer o progresso de nossos país.

Vitor Sapienza é deputado pelo PPS

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