Opinião - Temos que ajudar o Brasil


15/06/2018 15:59 | Do deputado Vitor Sapienza

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Gosto de compartilhar com você, leitor que me acompanha, algumas conversas que tenho entre família. Muito já contei sobre meus diálogos com minha filha Lilian Maria, que chamamos carinhosamente de "Lilinha" e, agora, venho contando sobre alguns bate-papos com meus netos.

Como já disse em outro artigo, tenho sete netos. E como já mencionei outros, o mais velho veio me perguntar: "Vô, por que o senhor gosta mais do João e do Vitinho do que de mim?".

Surpreso, respondi que não estava entendendo e ele, dentro de um espírito infantil, retrucou "Eles foram citados em seus pronunciamentos antes de mim, que sou seu neto mais velho, na Assembleia Legislativa de São Paulo".

Percebendo o ciúme, comum à idade, expliquei que havia deixado o assunto mais difícil para tratar com ele, uma vez que é meu neto mais velho e já cursa o Ensino Fundamental II.

Prossegui com a prosa: "Vou falar com você a respeito de algo que infelizmente os brasileiros não estão dando a devida atenção".

E ele, interessado, me perguntou: "O quê?".

Foi então que respondi de forma direta: "As eleições de outubro próximo. Sabe, Alexandre, nós deveremos eleger senadores, deputados federais e estaduais e, principalmente, o governador de São Paulo e o presidente da República. Entende o tamanho da nossa responsabilidade?".

Meu neto, muito atento, questionou: "Por que o senhor acha que o voto é tão importante, vô?".

Ao passo que eu respondi: "O voto é muito importante porque por meio dele nós elegeremos nossos representantes nos níveis legislativos e nos executivos. Para que você entenda melhor, nos legislativos serão os deputados federais, estaduais e senadores e no executivo serão os governadores de estado e o presidente da República".

Já que estávamos naquela conversa, resolvi ser o mais didático possível e expliquei também ao menino que no legislativo é mais demorada e criteriosa a escolha visto que há muitos nomes para deputados e poucos para senadores.

"Alexandre, nós, eleitores, deveremos pesquisar em quem vamos votar, não deixando para a última hora a escolha. São eles quem irão decidir sobre leis que nortearão a nossa vida e das pessoas que nos cercam. Já o executivo é quem irá administrar o nosso estado e o nosso Brasil. Devemos acompanhar. Por isso, meu neto, é importante conhecer a história e o currículo dos candidatos, o que fizeram e o que pretendem, caso sejam eleitos", orientei.

Eu também o alertei que, além disso, devemos sempre trocar ideias com as pessoas que são mais preparadas do que nós.

Atento, mas um pouco confuso, Alexandre meu perguntou: "Vovô, por que toda essa explicação para mim? Eu não sou eleitor!".

Ri da forma espontânea com que se expressou e expliquei: "Estou falando disso com você porque tenho escutado de muitas pessoas que pretendem anular os votos e até mesmo dizem que não comparecerão no dia da votação. Isto é muito ruim, meu neto, pois corremos o risco de eleger os menos preparados para nos representar. Na minha maneira de ver, quem vota em branco, anula o voto ou deixa de comparecer para votar, pratica um ato de covardia com o nosso Brasil. Então, se você estiver instruído, mesmo não votando, poderá ajudar o Brasil conversando com seus amigos e, quem sabe, os motivando a convencer seus pais a votarem de forma consciente", justifiquei.

Assim como meus netos, estendo essa reflexão a todos os cidadãos brasileiros, especialmente de nosso estado. Afinal, se queremos mudar o Brasil, precisamos também mudar nosso jeito de pensar.

Vitor Sapienza é deputado estadual pelo PPS

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