Liceu Jardim deverá explicar demissão de professora "comunista"


06/11/2018 11:21 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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O deputado Carlos Giannazi protocolou requerimento junto à Comissão de Educação da Alesp, da qual é membro, convocando os donos do Liceu Jardim, de Santo André, para explicar a demissão da professora de história Juliana Lopes. A docente vinha sendo reiteradamente elogiada pela direção da escola, que obteve a terceira colocação no Enem de 2017 no estado. Mas, quando alguns pais ameaçaram transferir seus filhos se os professores "comunistas" não fossem demitidos, a opção do Liceu foi entregar a cabeça de Juliana.

"Essa professora está sendo vítima de perseguição promovida por adeptos do Escola Sem Partido, um movimento que está se alastrando pelo Brasil com o incentivo de forças retrógradas e hipócritas", afirmou Giannazi, citando o "patético" ator pornô Alexandre Frota, que foi eleito deputado federal, e a deputada estadual eleita pelo PSL catarinense, Ana Caroline Campagnolo, que publicou vídeo incitando os estudantes a delatarem seus professores e acabou desautorizada pelo Ministério Público (MP) daquele estado.

O líder do PSOL na Alesp esclareceu que a implantação do clima de terror com o objetivo de limitar a liberdade de cátedra constitui violação da Constituição Federal e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. "Constranger o exercício do magistério é crime. Se a professora Juliana Lopes não for readmitida imediatamente, acionarei o MP contra a escola", afirmou.


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