O deputado Carlos Giannazi enviou ao Ministério Público Estadual uma cópia de seu pronunciamento de 29/11 no Plenário da Alesp, no qual divulga uma denúncia do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sorocaba que pode caracterizar crimes de responsabilidade e de improbidade administrativa por parte do prefeito José Caldini Crespo.

Isso porque a prefeitura está devolvendo ao MEC 160 mil livros que seriam adotados na rede municipal. O material havia sido distribuído por meio do Programa Nacional do Livro Didático sem que houvesse qualquer custo para o município, uma prática que existe há muitos anos e é uma constante nas escolas públicas de todo o Brasil. "Os livros haviam sido selecionados pelos professores e equipes pedagógicas por sua adequação ao projeto político-pedagógico das escolas e à realidade sociocultural da região", explicou o líder do PSOL.

Com a recusa do material fornecido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o prefeito abriu a possibilidade de adquirir, em um contrato de R$ 10 milhões, apostilas editadas pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), cujo presidente é o político Paulo Skaf.

"Constantemente recebemos denúncias de propina e de superfaturamento na compra de apostilas, cuja adoção consiste em um passo para a privatização do ensino público", falou Giannazi.