Em sua participação no debate sobre o PL 1/2019, realizado em audiência pública nesta segunda-feira (9/4), Carlos Giannazi (PSOL) afirmou que Doria pretende concluir a "privataria tucana", que se iniciou em 1995, com Mário Covas. "Não é à toa que está sendo utilizada a lei de 1996 que criou o Programa Estadual de Desestatização", afirmou o deputado, referindo-se à norma que deu base para que, em apenas cinco anos, fossem entregues à iniciativa privada Banespa, Cesp, CPFL, Comgás, Eletropaulo, Elektro, Fepasa, Bandeirante Energia, além das rodovias Bandeirantes, Imigrantes, Anchieta e Anhanguera.

"Agora será o extermínio de todas as empresas públicas e de todo o patrimônio público", destacou o líder do PSOL. Giannazi ainda discordou dos representantes do governo sobre a falta de recursos para investimento. "Nós, deputados debatemos o Orçamento anualmente e acompanhamos a execução orçamentária. Por isso sabemos que não existe crise fiscal no Estado de São Paulo. E mesmo se houvesse, a discussão deveria ser sobre a política de desonerações", afirmou, referindo-se à transferência anual de R$ 24 bilhões do erário público a empresas como Friboi, Sadia, Volkswagen e Ambev.