O deputado Carlos Giannazi usou a tribuna da Alesp na segunda-feira (1º/4) para cobrar do governador o cumprimento dos direitos dos servidores da educação. Um deles refere-se aos 6 mil professores categoria O, contratados em fevereiro, cujos salários ainda não foram pagos.

"Além de serem regidos pela Lei 1.093/2009, que não confere aos temporários diretos básicos como o acesso a serviços do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe), os docentes contratados em fevereiro ainda não receberam um centavo. Pior que isso, não há previsão de pagamentos neste mês de abril. Isso é um atentado contra a dignidade desses profissionais."

Giannazi também chamou a atenção para a situação dos agentes de organização escolar, categoria que recebe uma das menores remunerações do estado. "O salário-base desses trabalhadores, já somado ao abono complementar, é de R$ 1.142,64. Isso é menos que o salário mínimo regional (R$ 1.163,55)", denunciou o líder do PSOL, lembrando que esse valor praticamente não aumenta com os anos de serviço, uma vez que não existe plano de carreira.

Além do aviltamento salarial, os servidores do quadro de apoio sofrem com o excesso de trabalho. "Apesar disso, o governo não dá posse aos mais de 1,4 mil agentes aprovados em concurso, que inclusive já foram chamados para escolher em que unidades pretendem trabalhar", concluiu o parlamentar.