Cientistas de áreas ligadas ao meio ambiente participaram em 13/5 de reunião convocada por Carlos Giannazi (PSOL) para coordenar a resistência ao Projeto de Lei 183/2009, que privatiza o Zoológico, o Zoo Safári e o Jardim Botânico. O argumento contra o PL é que por trás das áreas de visitação existe um importante trabalho de pesquisa e de preservação ambiental, que correrá o risco de ser desmantelado. Situados no parque Fontes do Ipiranga, os três equipamentos são superavitários, com sua receita sendo revertida para o financiamento de pesquisas. O gasto anual de R$ 4 milhões apontado por Doria na verdade não se refere ao Jardim Botânico enquanto área de visitação, mas sim ao Instituto Botânico, um centro científico cujos 15 laboratórios ficam na área a ser privatizada. Já a Fundação Parque Zoológico, responsável também pelo Zoo Safári, tem todos os seus custos cobertos pela receita das bilheterias e das lanchonetes. O excedente é destinado a custear pesquisas e projetos de preservação da biodiversidade, como o Centro de Conservação de Fauna Silvestre, em Araçoiaba da Serra, que é voltado para o monitoramento ambiental, a preservação de amostras e a manutenção de recursos genéticos. Giannazi ressaltou a importância de todas as entidades envolvidas participarem da audiência pública de 30/5, que contará com representantes do governo. "Nós temos que envolver a sociedade em um trabalho de conscientização", afirmou.