" Vejam esses dados!


26/08/2019 09:17 | Atividade Parlamentar | Enio Tatto*

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A mobilidade urbana da Capital tem uma marca muito importante, quendo em 2012, o prefeito Fernando Haddad assumiu a prefeitura de São Paulo e o secretário foi o meu irmão Jilmar Tatto. Com determinação, vontade política, firmeza para tomar decisões, e diálogo, foi possível ampliar o espaço e os direitos dos ciclistas; a partir dali, houve proliferação de ciclistas defensores de ciclovias, o pessoal das pedaladas.

Em 2012, tínhamos apenas 68 quilômetros de ciclovias no município. Ao término da gestão Haddad, em 2016, a cidade contava com 468 quilômetros. De 68, passamos para 468 quilômetros, mesmo com todo tipo de oposição política.

Houve resistência na região da Paulista, da Faria Lima, na periferia, na zona leste, zona norte, zona sul, enfim, o governo enfrentou muitas críticas, mas foi firme na execução de seu projeto. Hoje é quase consenso a necessidade de se investir cada vez mais nessa modalidade de transporte, que está crescendo enormemente. Em todos os terminais de ônibus e de trem, de metrô, onde há bicicletários, eles estão lotados. E é preciso construir mais.

O que aconteceu de 2016 para cá, quando entraram o Doria e o Bruno Covas? Se você falar com o Bruno Covas hoje, o prefeito atual, vai falar que defende as ciclovias, defende os ciclistas, que acha que é uma alternativa. Só que de 2016 até 2018, tem zero de ciclovias construídas no município de São Paulo. Pior de tudo: não tem manutenção daquilo que foi feito. Essa é a realidade que nós temos na Capital.

Eles fazem um discurso que não combina com a prática. Quem construiu ciclovias, quem enfrentou a questão, foi a administração petista do Haddad e do secretário Jilmar Tatto. Essa é a verdade. E, hoje, todos os municípios discutem essa questão das ciclovias. Por quê? Porque é interessante, é educativo, é bom para você melhorar o trânsito.

Também tem a questão ambiental e, ainda, o mais importante: é questão de saúde.

E, aí, a gente vê esse retrocesso aqui na Capital de São Paulo, a questão das mortes, dos acidentes.

No governo Haddad, fizemos uma discussão enorme sobre a velocidade nas marginais, sobre os limites de velocidade. Está provado no mundo todo que quando você diminui a velocidade, você diminui as mortes, você diminui os acidentes. Quando diminui as mortes e os acidentes, você economiza na área da saúde. Quando um motoqueiro se acidenta, quando tem uma batida de carro, para onde que vão as pessoas feridas? Elas vão para os hospitais, para os prontos-socorros. E, quando chegam lá, têm que ser atendidas de emergência, e vão tirar os leitos do atendimento normal.

Então, voltando ao tema: esse Dia Nacional do Ciclista é para a gente discutir, estudar, fazer campanhas, para que cada vez mais a gente aumente as ciclovias, e a gente utilize mais a bicicleta.

Lembro o ditado popular: "casa de ferreiro, espeto de pau". Aqui na Alesp tem bicicletário, porém é só para os funcionários. Chegou uma ciclista há poucos dias para participar de um evento, mas não encontrou um bicicletário. Não deixaram ela entrar. Ela não participou do evento. Diante disso, conversei com o presidente da Casa, deputado Cauê Macris. Estamos fazendo um projeto para construir dois bicicletários, do lado do Exército e do lado do Ibirapuera, para atender essa demanda de ciclistas, e tembém, para o pessoal que visita o Ibirapuera no fim de semana.

Parabéns ao Dia do Ciclista.


alesp