São Paulo não fornece material adaptado para educação especial

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28/04/2020 14:58 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Para alunos com deficiência, "EaD é exclusão a distância". Em poucas palavras, Pedro Henrique Iglesias definiu o modelo de educação adotado pela prefeitura de São Paulo durante a pandemia. Ele é membro do Conselho de Inclusão Escolar da Câmara Municipal, tem transtorno do espectro autista (TEA) e participou em 20/4 da live realizada pelo deputado Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi (ambos do PSOL).

Entre os diversos problemas relatados está a ausência de qualquer tipo de adaptação dos materiais didáticos elaborados pela prefeitura. "A única coisa que nos enviaram foram os links de algumas plataformas para que os próprios familiares façam essa adaptação", relatou a assistente social Maria Dias, que tem ouvido diversas reclamações em seus atendimentos. Também ela mãe de criança com deficiência, Maria relatou a própria dificuldade com os programas. "Se eu, que tenho todos os recursos de informática, não consigo apender sozinha, imagina as mães que têm apenas um celular."

A psicopedagoga Amanda Marchioreto considera o mero envio dos links como um descumprimento da legislação de educação inclusiva pela Secretaria da Educação, pelas Diretorias Regionais de Ensino e pelos Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão (Cefais). "Cabe a eles a construção de ações que garantam aprendizagem, desenvolvimento, autonomia e participação plena dos educandos."

Também participaram do debate a conselheira municipal Sandra Ramalhoso, a educadora Leopoldina e a ativista Adriana Godoy.


alesp