Alesp realiza a primeira Audiência Pública do Orçamento 2018 em Mogi das Cruzes

Audiências Públicas Orçamento 2018 - Mogi das Cruzes
07/08/2017 19:57 | Da Redação - Foto: José Antonio Teixeira
Estevam Galvão (ao centro), presidente da audiência, e representantes da região

Carlos Evaristo, presidente da Câmara de Mogi das Cruzes

Câmara Municipal de Mogi das Cruzes

Público presente na audiência


A Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Assembleia Legislativa de São Paulo promoveu a primeira Audiência Pública do Orçamento 2018 na sexta-feira (4/8). Durante a reunião, realizada na Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, foram levantadas questões relativas ao município, ao seu entorno e à região do Alto Tietê.

Presidida pelo deputado Estevam Galvão (DEM), 2º Secretário da Alesp, o evento contou também com a presença de prefeitos e vereadores " e teve ampla participação popular e de entidades da sociedade civil.

Para Galvão, essas reuniões conduzirão à regionalização do orçamento estadual. "As audiências públicas são muito importantes, pois o povo sabe exatamente das necessidades e das peculiaridades de cada município e de cada região", afirmou.

O deputado Luiz Carlos Gondim (SD) esteve presente e foi à tribuna falar contra a transferência de recursos originalmente destinados às obras de mobilidade e melhoria de estações da CPTM para o arco rodoviário da Tamoios. "Não temos acessibilidade e estamos preocupados com a reforma das estações. Temos de pensar nos usuários dos trens", disse. Gondim também discursou sobre a necessidade de melhorar os serviços de saúde oferecidos pelo Estado à população.

André do Prado, deputado do PR, manifestou-se contra o fechamento do Hospital Guido Guida, em Poá. Disse que esteve reunido com o secretário da Saúde, David Uip, e que será desenvolvido um trabalho conjunto entre as equipes técnicas da prefeitura de Poá e da secretaria para "diminuir os custos do hospital, a fim de que o governo do Estado possa ajudar o município de Poá".

Saúde

Preocupados com a possibilidade de fechamento de leitos hospitalares, prefeitos e vereadores também pediram mais recursos para a saúde. Nesse sentido, Marcus Melo, prefeito de Mogi das Cruzes, tratou especificamente da necessidade de mais recursos para a maternidade, a Santa Casa e as unidades básicas de atendimento à saúde no município. Já os vereadores do Alto Tietê mostraram preocupação com o sucateamento dos serviços e os efeitos da crise econômica no setor. Falaram a esse respeito os vereadores de Mogi das Cruzes Antonio Lino, Edson Santos, Iduigues Martins, Otto Rezende e Pedro Komura, e de Bertioga, Matheus Rodrigues.

Santos também abordou a necessidade de criar-se um centro de referência para o atendimento às mulheres vítimas de violência, e Rodrigues criticou o sistema Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde).

Além da saúde, recursos para outras áreas foram solicitados pelos vereadores. Komura pediu apoio para a regularização de loteamentos clandestinos; Lino defendeu a instalação de uma unidade do Programa Bom Prato em Jundiapeba; e Rezende reforçou a questão da acessibilidade nas estações da CPTM, além de pedir recursos para a Polícia Ambiental.

Educação

O prefeito de Biritiba Mirim, Jarbas Aguiar, destacou a necessidade da construção de mais escolas na região. Além disso, representantes sindicais trouxeram diversas demandas do setor, como melhorias nas condições das escolas e das salas de aula. Dentre eles estiveram o professor Nabil Francisco de Moraes; Alvaro Augusto Dias Júnior, da Aproffesp; José Roberto Pereira, da Apeoesp; e Maria Aparecida Romeiro Leal, da Apampesp.

Outros temas

A questão ambiental foi apontada aos deputados por meio de pronunciamentos referentes ao esgotamento dos aterros sanitários e à falta de investimentos em coleta seletiva e reciclagem. Falaram sobre o assunto José Antonio da Costa, da OAB, e Silvio Marques, do Movimento Contra o Lixão " Usina Sim, Aterro Não.

Wagner Santos, coordenador do Movimento dos Moradores de Rua, manifestou-se acerca da necessidade de atender a população em situação de rua.

Roberto Fukumaru, do Forum Mogiano LGBT, abordou questões relacionadas ao respeito à diversidade.

Em votação, as prioridades indicadas pela população para o Alto Tietê foram educação (presente em 22% das cédulas), saúde (16%) e segurança pública (9%).

No encerramento, o deputado Estevam Galvão declarou: "eu devo dizer que esta audiência pública foi infinitamente melhor e mais participativa do que a do ano passado. E tenho convicção de que no próximo ano será ainda melhor."

A segunda Audiência Pública do Orçamento está marcada para o dia 10/8 (quinta-feira), às 10h, na Câmara Municipal de Jundiaí. Ao todo, serão 25 audiências, realizadas em todas as Regiões Administrativas do Estado de São Paulo.

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