Movimento da Mulher Negra Brasileira é lançado na Alesp


25/08/2017 17:26 | Léo Martins
Marlene Campos Machado e Luci Adão, vice-presidente do movimento

Marlene Campos Machado e Luci Adão, vice-presidente do movimento

Mulheres que levam o nome da comunidade negra ao destaque

Campos Machado


A Assembleia Legislativa de São Paulo recebeu na última quarta-feira (23/8) o lançamento do Movimento da Mulher Negra Brasileira, que tem como meta o combate ao racismo e à discriminação e desigualdade racial.

A presidente do movimento, Diva Zitto, disse que o poder público esquece da comunidade negra. "Nós precisamos de negros nas casas legislativas. Para nós as coisas são mais difíceis. A mulher negra está na base da pirâmide social", declarou. O movimento busca levar às comunidades projetos ligados à educação e à cultura.

Na cerimônia foram homenageadas mulheres que se aventuraram para levar o nome da comunidade negra ao destaque. A deputada Leci Brandrão (PCdoB) foi uma delas.

Outra homenageada foi a doutora Carmen Dora, presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB. "O movimento é novo, mas já tem praticado muitas gestões para que haja conscientização." Ela também comentou a legislação voltada ao combate da desigualdade no país. "É evidente que as nossas leis não são suficientes para corrigir e banir desigualdades. Elas servem como corretivos, mas nós precisamos de outras ações paralelas para que haja uma igualdade real", declarou.

Marlene Campos Machado, líder de um movimento de mulheres que conta com mais de 550 mil filiadas, também foi homenageada por seu trabalho social que atende a mais de 10 mil famílias. "Esse movimento já nasce forte e fará a diferença na luta pela mulher negra. Estou muito honrada por participar", disse.

O evento ocorreu por iniciativa do deputado Campos Machado (PTB). "Eu criei o primeiro movimento afro em um partido político. O que distingue as pessoas é o caráter e não a cor", disse.



(Com colaboração da assessoria do deputado Campos Machado)

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