Criar uma campanha para conscientizar a população sobre o consumo indevido da Ritalina, medicamento que vem sendo usado para potencializar a concentração. É o que sugere projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa. A Campanha Estadual de Conscientização seria realizada anualmente na primeira semana de abril com palestras de esclarecimento, propagandas em rádio e tevê e distribuição de folhetos informativos pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), nas redes públicas de ensino e de saúde do Estado. As atividades poderão ocorrer a qualquer momento, não se limitando à semana. Na proposta argumenta-se que, mesmo sem comprovação científica, o remédio é utilizado entre estudantes para elevar o desempenho acadêmico. O Projeto de Lei 979/2017, da deputada Marta Costa, sugere que o medicamento pode causar aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, além de agravar ou até provocar comportamentos agressivos. A ideia é que, por meio da educação e da informação, a população entenda os riscos e evite o uso desnecessário da molécula. "A pílula da inteligência causa dependência e custa muito para o Estado", comentou a deputada. A Ritalina é um medicamento controlado (tarja preta) cujo princípio ativo é o metilfenidato " substância estimulante do sistema nervoso central, do grupo das anfetaminas. Por aumentar a produção de neurotransmissores essenciais para a atenção, a memória e a regulação de humor, é indicada para o tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e da narcolepsia. A proposta obteve parecer favorável da Comissão de Constituição Justiça e Redação e segue para as comissões de Saúde e de Finanças, Orçamento e Planejamento. Depois será discutida e votada em Plenário.