A discussão foi apresentada pela analista legislativa do ILP, Any Ortega, que passou a palavra à deputada Damaris Moura, cuja afirmação inicial foi de que "nunca vivenciamos, em um tempo recente, tamanhas transformações individuais e coletivas". A parlamentar deu destaque, imediatamente, à importância da tecnologia na mudança de padrão comportamental dos indivíduos, citando o trabalho de forma remota como exemplo. Apontou também os novos mecanismos de se fazer politica, inclusive no que diz respeito à integração social por meio da comunicação digital. Concluiu que, como parlamentar, notou o enriquecimento de seu conhecimento adquirido ao longo da pandemia, uma vez que premissas científicas foram inúmeras vezes debatidas, em especial para a elaboração dos projetos de lei. Após a exposição do mediador Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente da FAPESP, acerca das missões da Fundação, foi a vez de Paulo Saldiva, professor titular do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, iniciar a sua participação no evento. Saldiva passou a explicar uma série de aspectos que pesquisadores e médicos puderam observar sobre como age o coronavírus no organismo, tal como a evolução de forma agressiva em crianças. Ao finalizar sua fala, o professor apresentou também dados sobre a contaminação na cidade de São Paulo, sugerindo que a vacinação deveria obedecer a critérios geográficos, uma vez que existem bairros com maiores taxas de mortalidade em comparação a ouros, especialmente aqueles que pertencem a regiões mais valorizadas. Na sequência, a professora e pesquisadora do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Simone Deos, trouxe à pauta a teoria econômica e a politica macroeconômica, analisando os impactos sofridos em função da pandemia global. A professora, em relação ao cenário, considerou que, neste momento, "[...] houve uma aproximação equivocada da contabilidade e das finanças públicas com a contabilidade e as financias privadas". Marta Arretche, pesquisadora e professora titular do Departamento de Ciência Política da USP, iniciou, em seguida, suas ponderações sobre a atuação dos governos frente à pandemia, pontuando quão desigual é a taxa de sucesso entre diferentes países. Governos que agiram de forma coordenada, isto é, que não precisaram enfrentar nenhum conflito politico, segundo a professora, tiveram melhores resultados. A última palestrante foi Luciana Hashiba, professora, engenheira e especialista em inovação, inovação esta, inclusive, o objeto da sua colaboração ao evento. De acordo com Hashiba, a pandemia serviu, inclusive, para acelerar uma série de mudanças que já estavam em curso. Citou também, como grande exemplo da inovação em produtos e estratégia de inovação aberta, as vacinas, uma vez que o dinamismo que elas demandam, frente à necessidade de imunização mundial, precisou ser repensado. Os momentos finais do debate ficaram reservados para que os palestrantes pudessem comentar ou responder as dúvidas enviadas. O endereço para acessar o evento na integra, no canal da Rede Alesp no Youtube, é: https://www.youtube.com/watch?v=fzoQSvQb9F4