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28 DE FEVEREIRO DE 2011

002ª SESSÃO SOLENE DO PERÍODO ADICIONAL COM A FINALIDADE DE “PROMOVER O ENCONTRO DA MÍDIA EVANGÉLICA E DAR POSSE À DIRETORIA DA ASSOCIAÇÃO DE COMUNICAÇÃO BRASILEIRA CRISTÔ

 

Presidente: JOSÉ BRUNO

 

RESUMO

001 - JOSÉ BRUNO

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que a presente sessão solene fora convocada pelo Presidente Barros Munhoz, a requerimento do Deputado José Bruno, na direção dos trabalhos, com a finalidade de "Promover o Encontro da Mídia Evangélica e Dar Posse à Diretoria da Associação de Comunicação Brasileira Cristã". Convida o público a ouvir, de pé, o Hino Nacional Brasileiro. Agradece a presença dos convidados. Diz sentir-se honrado pela realização da solenidade.

 

002 - MÔNICA POCKER

Jornalista e repórter da Rádio CBN, saúda o público presente. Reflete sobre a visão que o cidadão tem dos meios de comunicação. Critica mensagem de peça publicitária. Cita exemplos de outros comerciais que instituem padrões sociais. Relata experiências vivenciadas na cobertura de pautas de outras religiões. Incentiva ao profissionalismo, independentemente do conflito de crenças. Alerta para a não escandalização do Evangelho.

 

003 - ROBERTO DE LUCENA

Deputado Federal pelo PV, cumprimenta o Deputado José Bruno e demais autoridades. Ressalta satisfação em participar da solenidade. Elogia a reflexão trazida pela jornalista Mônica Pocker. Expõe sobre a relevância do papel da mídia. Saúda a Associação de Comunicação Brasileira Cristã. Coloca a Bancada Verde à disposição da iniciativa.

 

004 - Presidente JOSÉ BRUNO

Agradece o Deputado Roberto de Lucena pelas palavras. Anuncia apresentação musical.

 

005 - CARLOS ALBERTO BEZERRA JÚNIOR

Deputado Estadual eleito pelo PSDB, afirma sentir-se honrado em fazer seu primeiro pronunciamento nesta Casa, neste evento. Acrescenta que este Parlamento perde com a saída do Deputado José Bruno. Ressalta a importância do evento. Fala sobre a troca de experiências e a transmissão de conhecimentos, objetivos desta solenidade. Tece comentários sobre sua expectativa para que a mídia evangélica se fortaleça. Destaca valores éticos e morais, que devem ser defendidos pelos comunicadores evangélicos.

 

006 - Presidente JOSÉ BRUNO

Agradece ao Deputado Carlos Alberto Bezerra Júnior pelas palavras e parabeniza-o pela postura cristã.

 

007 - EDSON CASTRO

Ex-professor da Faculdade Cásper Líbero e jornalista da Rede Record de Televisão, cumprimenta autoridades e profissionais de comunicação presentes. Parabeniza o Deputado José Bruno pela criação da Associação de Comunicação Brasileira Cristã. Fala sobre a necessidade de se adequar as ferramentas de comunicação aos interesses do público. Discorre sobre a história da Comunicação. Compara as propostas apresentadas pelos programas televisivos. Menciona a estratégia da TV Record para atingir a classe C. Explica o papel de alguns instrumentos de comunicação.

 

008 - Presidente JOSÉ BRUNO

Anuncia apresentação musical.

 

009 - EDUARDO BERZIN FILHO

Empresário de comunicação e presidente da EBF Eventos e da Associação de Comunicação Brasileira Cristã - ACBC -, cumprimenta a Banda Azusa e autoridades presentes. Explana a trajetória percorrida para a instituição da Associação de Comunicação Brasileira Cristã. Fala das dificuldades enfrentadas pela imprensa cristã. Explica os objetivos da ACBC. Aponta estatísticas relacionadas à comunicação gospel. Reforça a necessidade de engajamento em entidades representativas.

 

010 - Presidente JOSÉ BRUNO

Ressalta características do conteúdo proposto pelo Evangelho. Censura a competitividade existente entre os comunicadores evangélicos. Desafia os presentes a desempenharem sua verdadeira missão. Passa a nomear e empossar os membros da Diretoria da ACBC. Convida o Deputado eleito, Carlos Alberto Bezerra Junior, para conduzir a oração de posse. Anuncia apresentação musical. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. José Bruno.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

 

* * *

 

- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Nos termos regimentais, esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Queremos informar a todos que a TV Assembleia, que registra este ato, estará transmitindo esta Sessão Solene no próximo sábado, a partir das 21 horas e 30 minutos.

Passamos agora a nomear as autoridades que compõem a Mesa: Deputado Federal Roberto Lucena, Sr. Eduardo Berzin Filho, empresário de comunicação, Presidente da EBF Eventos e Presidente da ACBC, Pastor Marcos Corrêa, empresário do Portal Guia-me e vice-Presidente da ACBC, Sr. Edson Castro, jornalista da Rede Record de Televisão e ex-professor da Faculdade Cásper Líbero.

Senhoras Deputadas, Senhores Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta Sessão Solene foi convocada pelo Presidente efetivo da Casa, Deputado Barros Munhoz, atendendo solicitação deste Deputado, com a finalidade de promover o Encontro da Mídia Evangélica e dar posse à Diretoria da ACBC.

Convido todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - Quero agradecer a presença de todos, visto que a Cidade de São Paulo está paralisada. Aqueles que conseguiram chegar até aqui podem ser considerados heróis.

É uma grande alegria a realização desta Sessão Solene, quando também será dado início a um trabalho que produzirá muitos frutos em todos os setores da mídia cristã-evangélica no Estado de São Paulo e, certamente, em todo o país.

Queremos nomear algumas autoridades presentes e representantes da mídia de uma forma geral: Sr. Joubert Gomes Júnior, Diretor-Executivo da Christian Leadership Center, Sr. Marcos Soler, vice-Presidente da Boas Novas - Advocacia Soler, Sr. Ithamar Dabrius, Diretor da Dabrius Consultoria, Sr. Marcelo Gonçalves, Diretor-Geral da MG Vox Produções Musicais, Sra. Mônica Pocker, jornalista e repórter da Rádio CBN, Sr. Udine Verardi, representando o Deputado Antonio Salim Curiati, Sr. Marcelo Brambilla da Join/MB Comunicação, Sr. Cauê Cesar, representando o Vereador do Município de São Paulo Netinho de Paula, Sr. Bento Ribeiro, Diretor da Mahy Comunicação, Sr. Marcelinho Machado, Diretor da MM7.

A Presidência concede a palavra à jornalista e repórter da Rádio CBN Mônica Pocker.

 

A SRA. MÔNICA POCKER - Boa noite a todos. Inicialmente, quero agradecer o convite para representar um dos diversos segmentos da comunicação, o jornalismo. Por ser de formação publicitária, é inevitável deixar de observar o que está acontecendo nas peças publicitárias como um todo, desde a mídia alternativa até os outdoors - que não mais existem por causa da Lei Cidade Limpa -, mas principalmente as TVs.

Como publicitária, quero dar uma visão que a população está tendo do meio publicitário, os grandes responsáveis pela formação de opinião. Hoje, vemos veiculando uma peça - pela ética, poupo o nome da indústria - de um desodorante. É uma situação de anjas e anjos, e as pessoas ficam seduzidas por aquilo. A assinatura disso é: até os anjos vão cair. É um detalhe.

Uma crítica publicitária, se você analisar uma direção de criação, sabe o que significam anjos caídos. Mas será que quem criou sabe? Se sabe, criou para mexer? E o cristão, que é realmente o ortodoxo, utilizaria esse produto? Confesso que criei certa aversão pela falta que o criador teve em não falar para um público de forma eclética. Nunca se pode fechar. Esse comercial distanciou quem entendeu o recado, se é que se preocupou em dar o recado.

Às vezes, é pura ignorância do publicitário falar que os anjos vão cair e não saber o significado disso. Não precisa ser cristão para saber o que são anjos caídos. Basta ter a leitura da Bíblia. Ninguém mais que os Ministros do Tribunal Superior conhecem a Bíblia, pois a usam como argumento na defesa. Fazemos essa observação puxando a responsabilidade dos publicitários.

Tem também uma propaganda de um carro, que faz muito sucesso. Nela, o rapaz dá carona para duas moças que quebraram o carro. Por que o carro vende? Porque é legal, e ele conseguiu encher de mulher bonita. Qual é o recado dessa peça publicitária? O que os adolescentes, nossos filhos vão absorver disso? “Eu quero ter um carro, que não precisa ser confortável, nem bom. Isso é secundário. Precisa chamar a atenção das meninas.” Vejam a responsabilidade.

Existe outra propaganda, mais light, mas, se formos vislumbrar o que pode acontecer, também não é boa coisa. Nessa propaganda de um grupo de comunicação, aparecem dois indivíduos ilhados, plugados, dizendo: “Imagina o que é o mundo sem a TV?” E dizem isso estando em um lugar paradisíaco. Qual é o recado que as crianças vão ter? Se formos levá-los a um lugar paradisíaco, eles logo vão perguntar pela TV.

Nesses detalhes, os cristãos, como publicitários, têm de tomar muito cuidado, porque podem estar passando um recado subliminar, ou mesmo direto, completamente negativo.

A indústria também apresenta mais de duas peças publicitárias mostrando mulheres se entreolhando de forma sedutora, deixando clara a preferência sexual. O que nossas filhas vão pensar? Jamais devemos incentivar o preconceito, mas precisamos orientar nossos filhos. Se temos a máquina televisiva contra princípios, fica muito mais difícil passar aos nossos filhos aquilo que a massa eletrônica está falando o contrário.

Costumo sempre dizer que, se a maioria dos jornalistas fosse cristã, o mundo não mudaria. As notícias não mudam, são as mesmas. Já, se a maioria dos publicitários fosse cristã, muita coisa iria mudar, o rumo de muita coisa mudaria, o curso de muitos rios que estão desaguando onde não deveriam iria mudar. A nossa geração futura está atenta à eletrônica, à TV - aberta ou fechada -, e é o que eles recebem.

Por isso, a responsabilidade de quem faz hoje a propaganda é muito grande. A do jornalista também, porque uma chefia de redação pode pautar outro tema que não enfocar apenas nos escândalos que estão acontecendo, que não levam a nada. Estão acontecendo escândalos também na outra religião. Tem pedofilia ali, mas estão falando de uma coisa que aconteceu aqui. Enfim, a notícia não para.

Tenho certeza de que, se os publicitários e comunicólogos tiverem essa preocupação, formaremos uma geração mais sadia. Isso vai ao encontro da criação da ACBC, Associação de Comunicação Brasileira Cristã, pois ali se pode discutir princípios, criar conceitos. Não moralizar, nem tolher a liberdade de expressão. Não é isso.

Qualquer segmento é muito bem-vindo no mundo globalizado. Quanto mais segmentar uma classe, melhor para o mundo globalizado. Não somos contra a globalização, não temos esse sentimento tupiniquim. Vamos seguir o que o mundo está pedindo, mas vamos nos organizar para isso. Até o crime organizado dá certo. Como uma organização que tem Deus como senhor não pode dar certo? Já deu certo. Vai de nós, cristãos, comprometidos, primeiro, com a palavra, atrelando-a à nossa profissão, à nossa função, ao nosso cargo. Temos o compromisso de contribuir com essa associação de forma positiva, mudando também nossos conceitos.

Como jornalista, somos muito cobrados de atualidades. Parece que é só apertar um botão e o jornalista tem de saber sobre economia, política, saúde. Não é assim. São milhares de notícias produzidas por hora. Costumo dizer que o jornalista tem de ser um poço de informação, mas temos de ter as informações básicas: cotação do dólar, taxa Selic, euro. Se perguntarem isso a um jornalista e ele não souber, vem a indagação: “Mas você não é jornalista?” Às vezes, ouvimos isso.

Além dessas, têm aquelas informações que todos sabem: o que está acontecendo no Egito, na Líbia. Hoje li que o Reino Unido liberou a extradição do nosso jornalista, fundador do site Wikileaks, pois entenderam que é mais justo um julgamento na Suécia. São informações que todos estão a par. Sabemos o que está acontecendo em São Paulo, como as mortes no sábado, um morto em São Carlos; em Minas Gerais, 15 mortos naquele trio elétrico. Essas informações são produzidas rapidamente. A notícia não para. A mais recente é o resultado do jogo entre Milan e Napoli. Milan ganhou de três a zero e segue líder no campeonato italiano.

Têm também as notícias mais populares que todos sabem. Todo mundo já sabe que o Heródoto Barbeiro saiu da CBN, onde estava desde o início da rádio, e que também se desligou da TV Cultura, onde atuou por 20 anos. Está agora na Record News. Isso todos sabem. Têm outras coisas que ninguém sabe, como a saída da versão 2 do IPad.

Falei tudo isso para dizer da importância de haver classes segmentadas no mundo globalizado. Devemos nos unir para padronizar conceito, discutir opinião e abrir opções. Jamais devemos deixar de ser profissional, dar bom exemplo. Tem muito jornalista xiita. Por exemplo, há cinco anos havia necessidade de cobrir a festa da padroeira do Brasil. Não adianta ser rebelde. É a padroeira do Brasil e pronto. Pode não ser a sua, mas é do Brasil, e isso é oficial no calendário. Não adianta ter rebeldia. Foi feita a pergunta: quem vai cobrir? O evangélico entra em crise? Confesso que entrei. Aí, fui pedir conselho ao pastor e ele disse para eu ir, cobrir e dar o melhor de mim. “Faça a cobertura e dê seu exemplo de profissional, porque o trabalho vem de Deus”, falou. Foi o melhor conselho que recebi.

No ano passado, tive de cobrir a festa do Exu na Avenida Jabaquara. Se tiver de ir, eu vou. Não estou lá participando, mas sim exercendo minha profissão de jornalista. Isso é um excelente exemplo para aqueles que falam “não”. Precisamos ir porque temos de honrar nosso profissionalismo. Esse é um excelente exemplo para aqueles que têm alguma resistência com determinadas pautas. Se o trabalho é indigno, Deus não vai permitir que você fique. Mas, em situações como essas, podem ir sem qualquer dúvida e cubram a matéria que tem de ser coberta.

Gosto também de falar que a ACBC vem ao encontro de uma necessidade muito grande que esta havendo no meio evangélico. Digo que está acontecendo um “anedotário” religioso e um “absurdário” gospel. É bom que aconteça isso, porque a mídia cristã - sites, revistas, jornais, rádios - pode se manifestar contra, porque existem atrocidades e aberrações no meio evangélico. Temos de nos posicionar contra para que o outro não fale: “É isso aí que acontece no meio de vocês?”

Pesquisando, soube que existe um pastor chamado Maranduba, que, para afastar o diabo num ato profético, leva uma arma para o altar e dá tiro. É o ato profético mais tresloucado que já se viu em um culto. É óbvio que não concordamos com isso. Isso escandaliza tanto o cristão católico como o evangélico, como qualquer outro. Sabendo disso, uma mídia há de se levantar para falar que não concorda com isso.

Assim como tem o bom judeu, tem o mau judeu; tem o bom católico e o mau católico. Todos sabem que tem o bom cristão e o mau cristão em qualquer lugar, como o bom profissional e o mau profissional. Temos de nos manifestar, porque sabemos que os holofotes estão na classe evangélica. Pouquíssimas vezes ouvi, na Rádio CBN, falar sobre a Marcha para Jesus. Um dia, o Heródoto falou, porque eu fui com a camiseta, propositadamente, e fiquei na frente dele. Aí tive oportunidade de falar que era um evento nacional e foi muito bom.

Também sou editora do jornal “Boa Palavra”, da Igreja Batista do Povo, e, um dia, o Heródoto pegou o jornal e viu o editorial com o título: “Carnaval, festa da carne.” Ele perguntou o que significava aquilo, se eram distribuídos bifes, disse brincando. Ele me deu oportunidade e não deixei por menos, expliquei o que era. Foram 30 segundos, mas ficou registrado.

Muito discretamente, vamos fazendo nosso trabalho. Jamais abriremos uma Bíblia no ambiente de trabalho. São esses assuntos que podemos e devemos discutir. Muitos cristãos empolgados e fervorosos estão dando testemunho contra ao abrir uma Bíblia no meio do trabalho. Esconda sua Bíblia. Dê um bom testemunho. Adoro aquela frase do Agostinho: “Pregue, se possível, com palavras.” Isso é maravilhoso.

Ainda na esteira do “anedotário” ou “absurdário” gospel, tem também um pastor que está levantando oferta para quem assistir ao culto on line. Ele dá um código, se a pessoa não lançar oferta, não assiste ao culto on line.

Também levantei uma entrevista mediúnica que está havendo. Eles estão chamando dois médiuns para fazer entrevista com dois mortos. Procurem “entrevista mediúnica” na mídia e vai aparecer o que o meio evangélico está fazendo. Quem é responsável aqui tem se de levantar e se manifestar, porque isso está fazendo parte do anedotário cristão.

Essa associação, em minha opinião, também vem para colocar isso em pauta e discutir. Temos até rave gospel. Se continuar assim, daqui a pouco, vamos ter filme pornográfico gospel.

A pergunta que deixo para nós, profissionais da comunicação, é: até onde vai nosso esforço e criatividade com o objetivo de nos manter conectado com o mundo? Não queremos ficar por baixo. Se fizeram uma novela, nós também vamos fazer uma novela; fez um filme, também vamos fazer um filme; fez uma balada, vamos fazer uma balada também. Primeiro, será que precisamos fazer a versão gospel do que se tem na secular? Segundo, aonde vão nossos princípios nessa conexão com o mundo?

Jogo, primeiro, para mim, depois, para todos os profissionais de comunicação presentes. Espero poder contribuir de forma positiva para a Associação de Comunicação Brasileira Cristã, como profissional, comunicóloga, publicitária e jornalista, e como uma serva de Deus simplesmente. Obrigada a todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - Agradecemos à jornalista e repórter da CBN Mônica Pocker pelas informações.

Quero agradecer ao Marcos Soler pela presença e fazer uma correção. Com certeza não foi um repórter bem informado como a Mônica Pocker que me falou sobre o falecimento do Pastor Soler, pois ele continua exercendo seu ministério pastoral.

Queremos registrar a presença do Vereador Aladim, da Cidade de Mairiporã, e do Deputado Carlos Alberto Bezerra Júnior, que dia 15 estará tomando posse nesta Assembleia Legislativa.

A Presidência concede a palavra ao Deputado Federal Roberto Lucena.

 

O SR. ROBERTO LUCENA - Quero, inicialmente, saudar nosso Deputado José Bruno, que preside esta sessão, o Sr. Eduardo Berzin Filho, em nome de quem cumprimento os componentes da Mesa, o nosso Deputado Estadual Carlos Alberto Bezerra, um grande parceiro, que tem feito um grande serviço ao Reino de Deus na Cidade de São Paulo, agora, no Estado de São Paulo.

Quero cumprimentar nossos amigos, autoridades presentes, senhoras e senhores. É uma grande alegria estar presente neste evento que marca a história desta Casa, Assembleia Legislativa de São Paulo, e a história do Brasil.

Ouvir a jornalista Mônica Pocker foi inspirador, pois nos trouxe informações e reflexões interessantes. Quero cumprimentá-la e agradecer-lhe pelo seu posicionamento e testemunho. Mônica Pocker é um dos grandes tesouros, um patrimônio que o Reino de Deus tem nesta Nação. Sua postura e testemunho tem nos ajudado muito quando olhamos para a mídia secular e vemos uma pessoa de Deus compromissada com os princípios da palavra de Deus, que tem sido inegociável, com a ética e com aquilo que acredita.

Quero agradecer a iniciativa do nosso Deputado Bispo José Bruno por propor esta Sessão Solene e dizer que a iniciativa de um grupo de amigos liderados por Eduardo Berzin, após uma sessão solene realizada nesta Casa, trouxe a reflexão do papel relevante da mídia evangélica brasileira e, como resultado, esta noite.

Somos mais de 40 milhões de cristãos evangélicos no Brasil. Somos quase uma Argentina. Somos uma nação dentro de uma nação. Cada vez mais, esse segmento da mídia tem avançado, tem se organizado e se profissionalizado. Hoje, dentro da nossa mídia evangélica, da nossa comunicação, temos profissionais de alta competência, de grande preparo. O que verificamos e sentimos neste momento é a necessidade de, por meio dessa Associação, organizar o grande potencial que somos, entender a grande responsabilidade que temos diante deste momento histórico em que o Brasil está debatendo os seus mais relevantes temas. É muito importante, portanto, a participação desse segmento evangélico, dessa nação evangélica, que deve se apresentar para o debate, para a discussão desses temas relevantes, estratégicos.

Quando se franqueia a palavra a um pastor, corre-se um risco muito grande, mas serei breve. Quero apenas cumprimentar a iniciativa do nosso Deputado José Bruno e saudá-lo pelo seu trabalho neste mandato que, somente, dignificou e honrou com seu testemunho, sua competência a todos nós.

Quero louvar a Deus por tê-lo tido durante este período nesta Casa de Leis e reconhecer que seu mandato prestou um grande serviço à causa evangélica no Estado e na Nação. Quero cumprimentá-lo por esta iniciativa, assim como ao Eduardo Berzin, sempre à frente de grandes ideias que, a partir do Estado de São Paulo, têm alcançado nosso País. Está aí a Expocristã e outras iniciativas, que começaram com Eduardo Berzin e trouxeram uma influência muito positiva para o Brasil.

Quero cumprimentar a Associação de Comunicação Brasileira Cristã, que nasce hoje e já nasce grande, forte, prometendo ser um marco de época. Em nome da nossa Bancada Verde, em nome do Congresso Nacional, quero disponibilizar nosso mandato e dizer que estamos atentos e abertos para, em Brasília, continuar esse movimento que estamos iniciando aqui, dando todo nosso apoio. Tenho certeza de que essa iniciativa já nasceu vitoriosa.

Agradeço a todos os senhores, meus irmãos, amigos, profissionais, comunicadores dessa importante mídia evangélica. Que Deus nos ajude a exercer com muita responsabilidade esse papel relevante de não somente informar o que acontece no nosso arraial, mas também debater, discutir e entender que, mais do que informadores, somos formadores. Que Deus nos ajude e nos abençoe.

Parabéns e sucesso à Associação de Comunicação Brasileira Cristã. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - Agradecemos imensamente as palavras do Deputado Federal Pastor Roberto Lucena.

Assistiremos agora à apresentação musical feito por Samuel Galdino, que interpretará a música “Jesus, o Nome que Liberta”.

 

O SR. SAMUEL GALDINO - Boa noite a todos. A paz do Senhor. Jesus também está no nosso meio. Amém. Ele também é digno de ser adorado neste momento.

Vou cantar uma música de minha autoria, “Jesus, o Nome que Liberta”.

 

* * *

 

- É feita a apresentação musical.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - A Presidência concede a palavra ao Sr. Carlos Alberto Bezerra Júnior, Deputado Estadual eleito.

 

O SR. CARLOS ALBERTO BEZERRA JÚNIOR - Boa noite a todos, quero cumprimentar as irmãs e irmãos presentes nesta noite, com a graça e a paz do Senhor. Quero dizer da alegria de estar aqui no dia de hoje.

Esta é uma noite interessante para mim. Na verdade, eu vivo uma situação interessante, porque sou quase um ex-vereador e um quase deputado, ou seja, eu ainda não saí da Câmara e não tomei posse na Assembleia, onde já fui diplomado. Mas, por uma dessas coisas que a nossa lei acaba criando, não assumi a cadeira de deputado. O Governador tomou posse no dia 1º de janeiro e os deputados tomarão posse no dia 15 de março.

Quero dizer sobre a honra de fazer meu primeiro pronunciamento na Assembleia Legislativa, onde trabalharei nos próximos quatro anos, em um evento com tanto significado e tanto símbolo como este promovido hoje pelo Deputado José Bruno. Esta Casa, Deputado, vai ficar mais pobre com sua ausência. Vossa Excelência fez um belíssimo trabalho nesses últimos anos, reconhecido não apenas pelos seus irmãos, amigos e eleitores, mas também por todos os parlamentares desta Casa. Vossa Excelência deixa a Assembleia Legislativa em grande estilo, por opção, por outros voos ministeriais, por novos e maiores desafios.

Sinto pelo fato de não ter o privilégio e alegria de ser seu colega na próxima legislatura, mas quero dizer que V. Exa. continua tendo aqui um gabinete com sua voz.

Cumprimentando o Deputado José Bruno, quero cumprimentar o meu amigo Deputado Federal Roberto Lucena. Quero saudar o Sr. Eduardo Berzin - a quem dirijo um cumprimento especial -, empresário, bastante conhecido, autor de iniciativas belíssimas como da Expocristã. Aliás, tive a honra de apresentar um projeto que tornou a Expocristã evento oficial da Cidade de São Paulo. Para mim, isso é o reconhecimento da importância que a Expocristã tem na difusão da literatura, da música e da cultura evangélica para toda nossa cidade, nosso Estado e País.

Na pessoa de Eduardo Berzin, quero cumprimentar todos os profissionais cristãos de comunicação presentes nesta noite. Saúdo o pastor Marcos Corrêa, Diretor do Portal Guia-me. Esse portal dispensa outras apresentações pelo belíssimo trabalho que vem prestando à comunidade evangélica, em especial na divulgação de informações.

Quero saudar a Vereadora Ana Paula Rossi, Professor Edson Castro, Vereador Aladim e a jornalista Mônica Pocker, assim como a assessoria do Deputado José Bruno, na figura da Fran, sua chefe de gabinete. É muito bom encontrar amigos queridos como o Bernardi, Valdo Romão Júnior e tantos outros.

Quero falar rapidamente sobre a importância do que fazemos aqui esta noite. Aliás, mais uma vez, reconhecendo o bom trabalho do Deputado José Bruno. Um bom mandato, entre tantas atribuições, é medido pela capacidade de produzir boas ideias e reunir boas pessoas em torno dessas ideias. Essa, sem dúvida, é uma ótima ideia que reúne um sem número de pessoas e profissionais do bem ao seu redor.

Penso que essa união hoje representada pela Associação Brasileira de Comunicação Cristã oferece a possibilidade de troca de experiências entre os profissionais cristãos do País e de amadurecimento de um segmento que vem crescendo cada vez mais.

Veículos de comunicação, profissionais de comunicação, não apenas informam, mas formam pensamentos, formam opiniões, refletem o pensamento da sociedade. No Brasil, uma das coisas que mais tem avançado é a imprensa, exatamente por ser livre. Quanto mais livre, maior a possibilidade que tem de gerar boa informação, de refletir o pensamento da sociedade. Em se falando de mundo evangélico, como dito aqui por várias pessoas, é muito importante que tenhamos uma imprensa livre, forte, amadurecida, crítica, bem estruturada, e, agora, bem representada. Quem ganha com isso é a população, é a sociedade brasileira.

Como eu disse, a imprensa, a comunicação, não tem apenas o papel de informar, mas de formar opiniões. E os senhores têm uma responsabilidade enorme, ao tempo que são comunicadores cristãos, no sentido de, assim como os parlamentares cristãos, em suas opiniões refletirem os fundamentos e valores baseados na nossa fé.

Nós, por meio da reforma protestante, legamos à história os fundamentos da democracia, da separação de Estado e Igreja, do respeito às minorias, da defesa da ética. Tudo isso foi legado pela reforma protestante, de quem somos herdeiros.

Quero encerrar minha fala, nesta noite, ressaltando a importância daquilo que acontece aqui como possibilidade de um novo momento e de novas outras possibilidades para os comunicadores cristãos em São Paulo e no Brasil. Tenho, no meu horizonte, o desejo do surgimento de grandes veículos evangélicos, veículos de forte opinião na sociedade, que reflitam os valores cristãos, assim como acontece na Europa, nos Estados Unidos. Nos Estados Unidos, em especial, temos veículos evangélicos que leem as notícias e opinam de acordo com a ótica evangélica.

Tenho no meu horizonte o desejo de ver uma mídia evangélica forte, opinativa, que reflita valores e seja a grande voz no País, como a justiça social, a ética na política, a verdade, a transparência, o respeito às minorias, a pluralidade. É isso que tenho como desejo e vejo como possibilidade nesta noite. Que todos nós, e os senhores em especial, sejamos a voz evangélica da sociedade. Mais do que isso, que sejamos a voz dos mais fracos, dos esquecidos, dos marginalizados. Foi por eles e para eles que Cristo veio e trabalhou no sentido de oferecer novas perspectivas, nova inserção e inclusão. Deus nos abençoe nessa grande tarefa, nesse grande desafio.

Deputado José Bruno, mais uma vez, meus parabéns. Deus o abençoe por mais uma bela iniciativa entre tantas. Que Deus nos abençoe, e nós, como políticos, comunicadores, formadores de opinião, olhemos para este mundo e possamos dizer: é possível ser diferente, porque é possível ter um mundo mais parecido com o Reino de Deus, mais justo, mais fraterno e mais humano. Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - Quero agradecer as palavras do Deputado Carlos Alberto Bezerra Junior e reconhecer que ficaremos com grandes recordações do aprendizado nesta Casa. Não tenho dúvida de que o povo evangélico, por meio de V. Exa., será muito bem representado. A sua experiência política e no trâmite no meio evangélico é superior àquilo que desenvolvi. Esta Casa muito ganhará com a experiência política de V. Exa. e como homem de Deus, para trazer justiça para o Estado de São Paulo. Todos nós ficamos satisfeitos com isso.

Queremos registrar a presença da nobre Vereadora Ana Paula Rossi - filha de Francisco Rossi, ex-prefeito de Osasco, Deputado Federal -, que tive o prazer de conhecer ao longo deste mandato. Uma vereadora atuante, com vocação política. Certamente terá uma carreira longa com muitas conquistas e contribuição para nosso Estado. É um prazer tê-la conosco. Aproveitamos para enviar um abraço ao pai de V. Exa., Deputado Francisco Rossi.

A Presidência concede a palavra ao ex-professor da Universidade Cásper Líbero Edson Castro, jornalista da Rede Record de Televisão.

 

O SR. EDSON CASTRO – Boa noite a todos. Quero agradecer aos deputados presentes, vereadores, pessoas do plenário, colegas jornalistas, ao Márcio Ramos, meu colega da TV Record, ao Deputado José Bruno, que toca uma guitarra maravilhosamente bem. Agradecemos a V. Exa. pela iniciativa de criar a Associação de Comunicação Brasileira Cristã. Esse é o caminho.

No Brasil, há muito tempo, não cabe mais o monopólio da comunicação. Está na hora de o setor cristão e evangélico se organizar e seguir em frente. O monopólio da comunicação que ficou durante muitos anos na mão de uma determinada emissora, quando se fala em televisão, não tem sentido. Estamos vendo um governo caindo atrás do outro no mundo árabe. Agora é o Kadafi. A imprensa tem um papel nisso, assim como o povo. Está na hora de os Kadafis da comunicação caírem. E temos um papel importante nisso.

Não entendo, por exemplo, uma determinada situação que está ocorrendo no momento em nosso País. Uma emissora de televisão transmite há muitos anos o campeonato brasileiro pagando 250 milhões. Outra emissora oferece 500 milhões, mas a entidade e alguns times de futebol recusam, preferindo continuar com aquela que oferece menos. Há alguma coisa errada nisso.

Vamos falar em comunicação, que se vem transformando muito rápido. Meu filho tem nove anos. Eu sou chefe de escoteiros e ele é lobinho. No meu grupo de escoteiros, Grupo Tiradentes, no Parque da Água Branca, faço o jornal mural. Faço isso toda semana, com muito zelo: xerox, texto, fotos, programação da semana, notícias. A molecada passa por lá e ninguém lê. Nem os seniors leem. Eu me perguntei se não estaria fazendo bem feito, porque ninguém via meu jornal mural. Por que será? Comecei a fazer em preto e branco e, depois, colorido, mas ninguém lia.

Será que essa moçada está a fim de ler um jornal mural? Será que o jornal mural não é da época do movimento estudantil, da geração de muitos aqui? Vamos pensar um pouco nisso em termos de comunicação. Será que esses jovens que têm hoje 10, 12, 14 anos de idade estão a fim de ler um jornal mural? Alguém pode dizer que essa moçada não está a fim de ler nada. Não é bem assim.

Precisamos, para entender, voltar à era do rádio. O rádio era um eletrodoméstico que ficava no meio da sala - os mais antigos se lembram disso -, e a família ao seu redor ouvindo aquele chiado horrível, escutando as notícias, as novelas. A primeira transmissão de rádio oficial no Brasil foi o discurso do Presidente Epitácio Pessoa, no Rio de Janeiro, na comemoração do centenário da independência do Brasil, em 07 de setembro de 1922. O discurso foi proferido no Alto do Corcovado. Imaginem o chiado! Era rádio AM, que continua chiando até hoje. Adivinhem para onde está indo o AM e o seu ouvinte? É uma questão de comunicação.

O rádio era mágico. Poucas pessoas tinham rádio, porque era caro naquele primeiro momento, década de 20. Depois, ele foi se popularizando. O mesmo acontece hoje com o computador.

O rádio era tão mágico que, em 1921, nos Estados Unidos, existiam quatro emissoras. Um ano depois, em 1922, os americanos tinham 382 emissoras. As emissoras de rádio explodiram. Os americanos tinham visão comercial do negócio. Para se ter ideia, a primeira emissora de rádio cobrava dois dólares por 12 segundos de comercial. Hoje, isso é ridículo, quando vemos o preço do segundo na televisão. No Brasil, o pai do rádio foi Roquete Pinto - que se tornou nome de prêmio -, fundador, em 1923, da primeira estação de rádio brasileira, Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Daí nasceu o nome de rádio sociedade ou rádio clube. Todos conhecem no Brasil uma rádio clube. Em Salvador, que talvez tenha a rádio mais antiga do Nordeste, existe a Rádio Sociedade, que pertence ao grupo Record.

Por que rádio sociedade ou rádio clube? Porque os ouvintes eram associados que contribuíam com mensalidades para manter a emissora. A família era outra, ficava em volta do rádio, ouvindo as notícias, na década de 40, as rádionovelas. A primeira rádionovela no Brasil durou três anos. O primeiro jornal falado da Tupi em São Paulo foi na década de 40. A família era outra, e você atingia alguns milhares de pessoas. Que maravilha era isso!

Aquele era um meio de comunicação poderoso. Até que chegou a televisão. Em 1951 foi inaugurada a TV Tupi do Rio de Janeiro. Imaginem a família, até então, reunida em volta de um rádio, e, de repente, chega a televisão: a imagem em um quadrado. Era em preto e branco, mas uma imagem. Aquilo foi uma revolução. Alguns dizem que foi até mais revolucionário que a internet. Imaginem quem apenas ouvia a voz pelo rádio, de repente, poder ver a imagem. Algumas pessoas que estão aqui tiveram essa experiência e sabem como foi boa. Mas era muito caro ter um aparelho de televisão.

Em 1954, a TV a cores entrou em funcionamento nos Estados Unidos. A partir daí, a tecnologia avança tremendamente. O rádio ficou mais lento em termos de tecnologia. Com muita agilidade, a televisão foi conquistando cada vez mais o Brasil. Os profissionais que trabalhavam em televisão vinham do rádio. Assim, o começo da televisão no Brasil, com Chateaubriand, foi com o pessoal do rádio. Era uma coisa muito radiofônica ainda, mas deixou todo mundo boquiaberto com os programas, como novelas, jornalismo, festivais de música.

Primeiro tivemos a TV Tupi, depois, a Record que conquistou, na década de 60, 70, esse monopólio e ganhou o público. Se você queria se comunicar, a magia era ali, naquela telinha. Ali você conseguia passar seu recado. A mãe dizia ao filho: “Só depois de fazer a lição, você pode assistir à televisão.” Depois, a mãe reclama que o filho só vê televisão, não sai de frente da televisão.

A televisão não presta, só tem coisa ruim, só dá mau exemplo. A mãe sai para trabalhar, o pai sai para trabalhar. A criança fica onde? Com a babá eletrônica, vendo televisão o dia inteiro. A vida moderna fez com que o pai e a mãe fossem trabalhar e a criança ficasse com a televisão.

A televisão foi ganhando cada vez mais espaço. No começo, ainda um eletrodoméstico no centro da sala. Depois, foi para o quarto. A família deixou, então, de ser aquela família reunida como em torno do rádio. Até porque a família também foi mudando: era o pai, com o meio irmão; a mãe com o filho do primeiro casamento. A família foi se separando, e a programação também foi mudando.

Veio a Tupi, a Record, depois, a Globo. A televisão brasileira, tecnicamente, sempre teve muita qualidade e era muito superior à europeia, como é até hoje. Quem conhece a Europa sabe disso, a televisão europeia é horrorosa. A inglesa é medonha; a francesa dá tédio; a italiana uma porcaria. Em termos de programação, a nossa televisão também é melhor. Se formos falar em termos de cenografia, iluminação, áudio, dramaturgia, jornalismo temos muita competência.

A nossa televisão é muito boa. O problema é que seguimos um modelo de televisão comercial. Falando em jornalismo, o que importa é Ibope, audiência, o que significa dinheiro. Quanto mais audiência se tem, mais se vende; vendendo mais, mais dinheiro em caixa. Hoje a televisão é essencialmente comercial.

Disseram que a televisão mataria o rádio. O que não aconteceu. O rádio continuou com o seu papel e assim vai continuar. Ele migrou para o FM, onde desempenha sua função. As emissoras cristãs evangélicas acharam o papel do rádio no FM. Quem se lembra de alguma rádio evangélica na década de 80? Era raro. Hoje, está lotado. Quem se lembra da 96,9 Cidade? Essa rede foi fortíssima. Hoje, é a Band News. O rádio foi se transformando, mas continuou com seu lugar.

“A televisão é insuperável, ninguém vai superar a televisão. A Globo é imbatível.” Até a página dois. Hoje a TV Globo perdeu três vezes a sua audiência em relação às décadas de 70, 80. Para os senhores terem uma ideia, a TV Globo, no Jornal Nacional, com apresentação de Cid Moreira, chegava a alcançar 50 pontos no Ibope, uma audiência extraordinária. Quando Cid Moreira encerrava o jornal, dizia “boa noite”, meu pai sempre respondia “boa noite”. Ele e milhões de pessoas. O Jornal Nacional terminava todo noite com uma notícia boa. Era época do regime militar, e a Globo achava que tinha de terminar com uma notícia boa. Falava um monte de desgraça durante o jornal, mas terminava com uma notícia boa. Hoje, para o casal William Bonner e Fátima Bernardes conseguir 30 pontos é um sacrifício.

Fico à vontade para falar sobre isso, porque fui repórter da TV Globo durante sete anos aqui em São Paulo. Com 35 anos, tive um infarto e saí. Agora, estou na Record. As coisas mudaram muito. Hoje, por exemplo, a Ana Maria Braga tem audiência menor que a Record todo dia. Por isso, inventaram esse programa de saúde. Ela com aquele louro é uma coisa muito enfadonha.

Quando houve a invasão na Vila Cruzeiro pelo Exército, pela Marinha, no Rio de Janeiro, no terceiro dia, quando a notícia já não era mais jornalisticamente importante, a Ana Maria Braga, ao vivo, mostrava como era dentro do tanque da Marinha que entrou na comunidade da Vila Cruzeiro. A Record colocava no mesmo horário o Edu Guedes com a dona Maria, em cima de uma laje lá na Vila Cruzeiro ensinando a fazer sardinha. Aquilo teve um apelo muito mais interessante naquele momento, porque ele foi dentro da comunidade, do que a demonstração do tanque.

O que quero dizer com isso? Não dá mais para se chegar com uma limusine em uma comunidade do Rio de Janeiro. E o repórter da emissora líder, muitas vezes, chega, abaixa o vidro um pouquinho e, de dentro da limusine, olha a realidade. Não é possível. O repórter tem de chegar e colocar o pé no barro. Não apenas a Record, mas outras emissoras vêm colocando o pé no barro há muito tempo. Com isso, você se aproxima das classes C, D e E, as classes que hoje assistem à TV aberta. A classe A nem sabe o que é TV aberta, não tem nem televisão em casa. A classe B tem o canal fechado, TV por assinatura e internet. Hoje a briga é pela classe C. Por isso, a briga louca entre Globo e Record. As classes D e E, tradicionalmente, são fiéis à Record.

Pergunta-se o motivo de a Rede TV, o SBT e a Record mostrarem tanta notícia de polícia. É uma estratégia para pegar o público C que não é fiel à Globo - ele migra de um lado para o outro; ele gosta de ver o Datena, o SBT, a Record - e aumentar o Ibope. Dessa maneira, consegue-se aproximar da emissora líder e até passá-la. É isso que está acontecendo. A Record está conseguindo puxar o público C e ganhar essa audiência. Para ganhar essa audiência, infelizmente, é apresentado um noticiário mais policial.

Temos agora a internet. Ninguém lê meu jornal mural. Será que meu filho está interessado na televisão? Não. Ele está aqui com uma máquina fotográfica, mas, em vez de tirar fotos, ele prefere filmar. Ele não usa o celular para falar, mas para mandar torpedo. Desmancha-se um namoro por torpedo: “Meu amor, não quero mais você.” Os médicos marcam e desmarcam consultas por torpedo. Mesmo que eu coloque em destaque, no jornal mural, que a pessoa que me procurar ganhará 100 reais, ninguém vai ganhar, porque ninguém lê. Mande um torpedo. Todos vão ler.

Hoje a comunicação é outra. Vamos dar um exemplo: um avião cai na frente da minha casa. Posso pegar meu celular, filmar, mandar para o Youtube, divulgar o link pelo Twitter. Estarei minutos ou até horas à frente da imprensa.

A cada dia crescem os acessos à internet, às vendas de computadores, notebooks, netbooks, smartphones e outras coisas por aí. Eu não acredito que o trabalho jornalístico seja afetado por essas coisas, principalmente por causa das redes sociais. Hoje, se pegarmos o número de pessoas ligadas ao facebook e compararmos a uma nação, seria a segunda maior do mundo. Perderia apenas para a China. O número de informações que se troca pela internet é maior do que todas as emissoras de TV, rádio e jornais juntas durante anos. Isso, desde o jornal mural do grupo de escoteiros, passando pelo rádio, televisão, jornal impresso, que sujamos as mãos.

Muitos dizem que essa juventude não gosta de ler. Não é isso. A questão é outra, esta geração tem outra cabeça. Vocês que estão fazendo essa associação têm de estar atentos a isso. O rádio e a TV podem ser usados, mas é preciso saber como, porque a notícia hoje vem de todos os lados. Antigamente, era preciso esperar até a noite para assistir o Jornal Nacional com o Cid Moreira.

Com todas essas possibilidades de comunicação, as pessoas passam a usá-las com mais facilidade no dia a dia. Celulares com câmera, TV digital, acesso à internet abrem portas para uma nova era na forma de se comunicar. Posso afirmar que, com a chegada no Brasil de uma tecnologia nunca vista antes, a sociedade atual tende a se adaptar e participar dessa forma moderna de como transmitir a informação. Pode ser uma maneira de quebrar o monopólio de grandes veículos e democratizar informação. Está acabando a ditadura na comunicação. O mundo digital tem se tornado a redação de jornal ou o estúdio de TV de muita gente, além de ser o local de busca por pessoas talentosas ainda não descobertas. O importante é ficarmos atentos às informações que surgem na rede e saber distinguir o que é útil, o que é entretenimento e o que é ruim.

Prestem atenção na frase que usarei para encerrar: “Antes, o analfabeto era aquele que não sabia ler e escrever. Hoje, o analfabeto é aquele que se recusa a aprender a reaprender.” Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - Assistiremos agora a apresentação musical feita pela Banda Azusa, da Igreja de Deus em Cristo, que interpretará a música “Breve, verei Jesus”.

 

O SR. SÉRGIO – Boa noite a todos. Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Vereadores, Sr. Presidente da ACBC, pessoas presentes, como pregador do Evangelho, quero cantar um swing de negros que fala a respeito do céu. Isso se traduz em boas novas, boas notícias.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - A Presidência concede a palavra ao Sr. Eduardo Berzin Filho, empresário de comunicação, Presidente da EBF Eventos e Presidente da ACBC.

 

O SR. EDUARDO BERZIN FILHO - A paz do Senhor! É muito bom fazer uso da palavra, depois dessa música maravilhosa do nosso amigo Reverendo Sérgio, que representa a Azusa no Brasil, na comemoração dos cem anos do pentecostalismo, que nasceu na Rua Azusa.

Gostaria de cumprimentar o nobre Deputado José Bruno por esta sessão, quando teremos a apresentação da Associação de Comunicação Brasileira Cristã. Quero saudar o nosso nobre Vereador Deputado Carlos Alberto Bezerra, amigo de longa de data, parceiro de projetos na caminhada da Igreja Evangélica Brasileira, vereadores presentes, amigos publicitários, jornalistas presentes que fazem deste um momento especial para a comunidade evangélica.

O sonho dessa Associação vem caminhando há algum tempo. Nos últimos oito anos, tivemos reuniões sobre esse assunto, mas isso ficou guardado em uma gaveta, esperando o momento ideal para acontecer. No ano passado, tivemos nesta Casa uma reunião de promoção do “Dia da Mídia”, quando nasceu em nosso coração a ideia de levar adiante aquilo que já tínhamos em mente. Conversamos com vários representantes do segmento de jornalismo, rádio, televisão, internet, revistas. Determinamos outros encontros, que culminaram com a criação da Associação de Comunicação Brasileira Cristã.

Não é fácil trabalhar nesse segmento quando se tem muita gente qualificada. Quero destacar o nome de pessoas como Maurício Soares, que representa o segmento publicitário há mais de 20 anos, participando de mídias evangélicas, atuando hoje no segmento fonográfico. Caminhamos juntos em alguns momentos e podemos dizer que, em todas as capitais do Brasil hoje, entre as dez mídias pontuadas pelo Ibope, no mínimo, uma é evangélica.

Este é um momento para se avaliar como podemos trabalhar juntos. Algumas dessas mídias que ocupam essa pontuação já existem há mais de dez anos. Em cidades como São Paulo, outras com menos de quatro anos já pontuam entre as dez mais.

O objetivo da Associação é trazer para essa discussão os profissionais que fazem seu trabalho bem feito, que prestam serviço de conteúdo qualificado, para que possamos discutir juntos como servir melhor a Igreja Evangélica Brasileira. Em 2010, comemoramos 57 milhões de evangélicos no Brasil, o que representa mais de 25% da população. Havia uma sinalização de que seríamos 40 milhões aproximadamente em 2010. O resultado do IBGE apontou a informação de 57 milhões, o que nos remete para mais de 100 milhões de evangélicos em 2020. O que não aconteceria, e não acontecerá, sem a mídia evangélica, sem os veículos de comunicação. Isso é resultado do relacionamento por meio dos veículos de comunicação, hoje usados de forma diversa. Os modelos vão mudando - rádio, TV, internet -, e a audiência se deve aos veículos de comunicação, aos jornalistas que estão por trás dessas ferramentas.

A proposta da Associação é trazer para esse projeto as diversas mídias, desenvolver um congresso anual, quando poderemos discutir os assuntos e levar a experiência de quem já está trabalhando no segmento para quem está começando, apontar estatísticas de mídias no Brasil. Nos Estados Unidos, por exemplo, um ministério pode se relacionar com o público por meio de duas, três mil mídias em rede, no mesmo horário. Isso já está acontecendo no Brasil. Temos vários ministérios utilizando diversas mídias diferentes, algumas em rede com 100, 200 emissoras simultaneamente. Isso no rádio, na televisão. Na internet, se pesquisarmos “igreja on line”, podemos ver o número de ministérios existentes para se relacionar.

Vamos chegar a mais de 100 milhões de evangélicos em dez anos com a ajuda da comunicação. Não existe outra forma de se relacionar em um país continental como o Brasil. A Associação vem para fazer esse papel de relacionamento. Queremos nos aproximar de quem fabrica equipamentos, de quem produz revistas, de quem faz uma boa publicidade, uma boa comunicação, de quem produz shows.

Nessa caminhada, gostaria de reforçar as palavras de um escritor evangélico John Maxwell sobre a necessidade de nos engajarmos em uma associação: “As pessoas defendem o que elas ajudam a criar.” Esse projeto da associação nasceu do sonho de vários projetos de mídia que hoje existem no país. Há necessidade de nos comunicar, de nos relacionar.

Neste primeiro momento, fui escolhido para representar esta Associação e espero contar com a colaboração de todos, porque o começo é muito mais difícil. Queremos receber opiniões, discutir, trocar experiências. Assim, poderemos amadurecer o relacionamento para que bons serviços sejam prestados aos evangélicos do Brasil. Queremos também ser referência em entretenimento para que o público evangélico tenha momentos diferentes de lazer dos que existem hoje. Que possamos ter em breve vários programas em rede nacional, seja via internet, televisão, rádio, motivados por esta Associação. Juntos somos melhores - essa é a ideia do projeto.

Agradeço a iniciativa do Deputado José Bruno pela realização desta Sessão Solene e por ter sido motivador para a realização deste projeto, que, esperamos, seja uma bênção na vida de todos. Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - Não poderia deixar de registrar que solicitamos ao Presidente desta Casa a convocação desta Sessão Solene com o objetivo de dar apoio àquilo que nasce de uma maneira tão importante e necessária ao meio evangélico. A ideia foi de Eduardo Berzin, que tinha o sonho desta Associação há alguns anos. Agora, temos a alegria de participar deste momento.

Temos uma boa notícia a todos que fazem parte dos veículos de mídia. Não existe jornalismo se não houver notícia. Aliás, não há informação que tenha qualquer importância se não tiver conteúdo. Ouvimos aqui falar a respeito do anedotário evangélico, que existe. Ouvimos falar a respeito dos tipos de mídia que já não são mais tão interessantes para os dias de hoje. A nossa comunicação vende um conteúdo e uma notícia que é a notícia do Evangelho, a Boa Nova. Nós temos a melhor notícia do mundo.

Às vezes, lamento ver que nossos veículos de comunicação cristãos perdem mais tempo em falar a respeito do pastor que entrou ou saiu, do que em falar da notícia que é a mais importante de todas: a propagação do Evangelho. Para que temos mídia? Para que desejamos um veículo de comunicação? Para comunicarmos o que Jesus nos mandou comunicar - “Ide e fazei discípulos” - ou para fazer propaganda da igreja onde estamos?

Aproveito esses poucos instantes - talvez os últimos - no microfone desta Casa para falar daquilo que, às vezes, nos deixa muito triste. A igreja é o motivo pelo qual as pessoas não querem saber de Deus. Tenho encontrado muitas pessoas que acreditam em Deus e gostam Dele. “Se a igreja não me atrapalhasse, eu estaria mais perto Dele”, costumam dizer. Talvez haja certa insistência dos nossos veículos de comunicação, aqueles que trazem pessoas para dentro da igreja, ao dizerem: “Venha para cá, porque a minha igreja é melhor que aquela.”

Como bem aprendemos, está na hora de acabar com o monopólio da comunicação. “Quero ter um grande veículo para que ele seja o maior.” O que é mais importante: ser o maior veículo ou comunicar aquilo que é nossa missão? Fico feliz com a ideia da associação, porque ela traz um pouco mais de ética, de responsabilidade, quiçá traga de volta a missão do corpo de Cristo, que é a igreja, ao falar da melhor notícia que existe. Não tenho interesse em saber se o pastor fulano ou cicrano é mais importante, se tem algo melhor que o outro. Não me importa saber se a igreja A, B ou C está na moda ou não. Não me atrai, por uma criatividade nova de comunicação em uma propaganda, entrar em um prédio onde alguém está falando algo que eu não gostaria de ouvir. Acredito que nós, como comunicadores - eu também me incluo, apesar de estar andando em um caminho diametralmente oposto -, devemos difundir o que este mundo precisa ouvir. Esse é o nosso papel. Lamento que Deus não abençoe a todos os veículos, mas que possa abençoar aqueles que cumprem sua missão de levar o nome de Cristo.

Vamos divulgar o livro que foi escrito, vamos divulgar a inauguração da nova igreja, vamos falar sobre o lançamento do novo cantor e vamos dizer a respeito do crescimento do Evangelho, porque onde há notícia haverá um repórter; alguém vai divulgá-la, mesmo que seja pelo celular. Que tudo isso possa ser um adereço, fazer parte da nossa cultura evangélica, mas nunca ocupar o principal lugar Daquele que é merecedor da nossa divulgação.

Com tão grande número de sites, revistas e jornais, a expansão é inevitável. Haja vista o que acontece todo ano com a Expocristã. Aproveito para cumprimentar Eduardo Berzin por essa iniciativa, sonho antigo, que agora completa dez anos. É uma revolução na cultura cristã. Cada ano, temos mais sites e revistas, mais canais, agora na web, rádios pela internet, que explodem no país falando o nome de Jesus.

É triste saber que a maioria das rádios piratas são evangélicas; nós que falamos sobre ética, responsabilidade, verdade e mentira, que criticamos o comportamento inadequado das pessoas, temos o maior número de rádios piratas. Essas rádios interferem na comunicação das aeronaves, podendo até derrubar aviões.

Desafio o meio cristão a ter a mente de Cristo, a ter a cabeça de Jesus, para que possa comunicar o mais importante. Sejamos comunicadores da nossa cultura, mas precisamos cumprir o “ide” de Jesus Cristo. Com tamanho crescimento, com tanta comunicação evangélica, penso que este país, em menos de um mês, vai ouvir falar do nome de Jesus. “Quando Ele voltar, todo olho verá”, diz a Bíblia. Temo que muitos veículos cristãos de comunicação não estarão cobrindo a volta de Cristo com suas câmeras. Estarão perdendo tempo em fazer fofoca de pastores e falar a respeito de quem ganha mais, ou perde mais, ou vendeu mais livro, não se dando conta de que o Reino está retornando, e deveríamos comunicar coisas mais importantes.

Peço desculpas pelo desabafo, pelas minhas palavras, mas acredito que a ética, a responsabilidade e a maturidade do comunicador são o centro desse alvo que queremos atingir. Afinal de contas, somos nós quem comunicamos, de alguma maneira, o que a Igreja faz e o que Cristo faz. Se algumas pessoas não querem entrar pelas portas das igrejas e muitos que passaram por elas querem distância - por causa das atrocidades que acontecem dentro de cada uma delas -, nós também temos nossa parte de culpa, pois podemos espantar as pessoas do Reino de Deus com a nossa comunicação,

Sejamos discípulos que são chamados para fazer discípulos. Que Deus possa abençoar a cada um e que esta Associação seja um instrumento poderoso para trazer a Igreja de volta ao Evangelho.

Neste momento, daremos posse a Diretoria da ACBC. Quero chamar à frente as pessoas que fazem parte da Diretoria Executiva. Primeiramente, chamamos o Presidente da EBF Comunicações e Expocristã, Presidente eleito da ACBC, Sr. Eduardo Berzin Filho. Como vice-Presidente, o Diretor do Portal Guia-me, Pastor Marcos Corrêa. Como 1ª Secretária, a jornalista Adriana Bernardo; como 1º Tesoureiro, o bacharel em Direito e pós-graduado em Gestão de Organização do Terceiro Setor, Valdo Romão Júnior.

No Conselho de Mídia, na área de jornalismo, o telejornalista José Carlos Bernardi; na área de televisão, a apresentadora Kelly Conde, que atuou na TV Bandeirantes, SBT e Gazeta, atualmente na RIT, Rede Internacional de Televisão, representada, neste ato, por Meire Carneiro.

Na área de rádio, o radialista Ibrahim Gustavo e Marli Machado Goudinho. Na área de web, Samuel Dias. Na área de mídia digital e novas mídias, o coordenador de web e novas tecnologias Oséias Brandão. Relações públicas e mercado empreendedor, o assessor de imprensa e coordenador-geral Marcelinho Machado. Na área de publicidade e marketing, o publicitário, jornalista, editor do Observatório Cristão e diretor-executivo da Sony Music, Maurício Soares. Na área de vídeos e imagens, o produtor da Querô Filmes, Jefferson Paulino. Na área de fotografia, o fotógrafo Décio Figueiredo. Editor e design gráfico, publicitário e bacharel em Teologia, Magno Paganelli; mídias impressas, Mário Fernandes; na área de marketing, Rogério Barrios.

Chamaremos agora as pessoas da Diretoria Jurídica. Dr. Marcos Soler, advogado; comunicação, Adriana Bernardo; relacionamento, produtor e diretor de TV, jornalista Fernando Ferreira da Silva; relações governamentais, a psicóloga e assessora política, Fran Oliveira; na área de pesquisa, a publicitária Joice Camargo; na área de cultura, o jornalista Natan Chaves e a atriz e administradora Luiza Brito. Na área de turismo e eventos, Adilson dos Santos; tradução e comunicação internacional James Rodrigues.

Convido o Deputado servo de Deus Carlos Alberto Bezerra Júnior, para nos dirigir em uma oração empossando a nova diretoria.

 

O SR. CARLOS ALBERTO BEZERRA JÚNIOR - Pai, nós Te agradecemos por esta noite tão especial. Noite em que nos lembramos de nossas vocações, do nosso chamado primordial, do anúncio das boas novas. Noite em que retomamos o nosso compromisso de difundir os valores mais preciosos do Teu Reino, que um dia nos deste o privilégio de disseminar em nossa cidade e nosso país.

Pedimos que esta Associação que nasce hoje seja instrumento de bênção, um veículo de promoção de justiça social, de luta pela ética e porta-voz daqueles que não têm voz; de defesa e garantia dos direitos dos excluídos e desprovidos de seus direitos.

Pai, que esta Associação, por meio de cada um que a compõe, seja um instrumento de bênçãos, de transformação, de difusão da verdade e da justiça neste país. Te agradecemos por este momento especial, abençoando esta Casa, a todos os deputados que dela fazem parte, especialmente a vida do Deputado José Bruno, promotor deste encontro. Pedimos ao Senhor que nos guarde, abençoe, fortaleça e nos livre do mal. Que nos dê capacidade de sermos teus instrumentos, os instrumentos de transformação desta sociedade do tempo em que vivemos. Que esta Associação seja também um veículo capaz de fazer isso.

É o que nós Te pedimos e agradecemos em nome de Jesus. Amém.

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - Cumprimentamos todos os membros desta Diretoria, agora empossada, desejando sucesso no novo trabalho.

Que possamos, por meio desta Associação, fazer com que este país conheça uma verdadeira comunicação que venha trazer as novas do Reino de Deus.

Convidamos a Banda Azusa para que execute mais uma canção, enquanto encerramos nossa sessão.

Esgotado o objeto da presente sessão, esta Presidência agradece às autoridades, aos funcionários da Assembleia Legislativa, bem como a todos que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta solenidade e convida a todos para um coquetel na Sala dos Espelhos.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 22 horas e 47 minutos.

 

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