09 DE FEVEREIRO DE 2011

007ª SESSÃO ORDINÁRIA DO PERÍODO ADICIONAL

 

Presidentes: CARLOS GIANNAZI, MARQUINHO TORTORELLO, OLÍMPIO GOMES, LUIS CARLOS GONDIM, ALEX MANENTE e BARROS MUNHOZ

 

Secretário: OLÍMPIO GOMES

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - FAUSTO FIGUEIRA

Comenta artigo intitulado "A regionalização da Saúde", publicado na "Folha de S. Paulo". Tece elogios ao autor do texto, secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Giovanni Guido Cerri. Parabeniza o Secretário pela intenção de promover integração no Sistema Único de Saúde. Chama a atenção para o papel do Conselho Estadual de Saúde.

 

003 - OLÍMPIO GOMES

Rebate dados fornecidos pelo Governo do Estado a respeito dos índices de criminalidade. Alerta a população sobre o que considera ser a real situação da Segurança Pública. Cita exemplos de assaltos ocorridos recentemente na Capital.

 

004 - MARQUINHO TORTORELLO

Assume a Presidência.

 

005 - CARLOS GIANNAZI

Manifesta apoio às palavras proferidas pelo Deputado Olímpio Gomes. Comenta últimos crimes veiculados pela mídia. Reivindica mais investimentos para a Segurança Pública. Retoma críticas ao Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo. Lamenta a falta de providências em relação às denúncias feitas pela imprensa. Exibe imagens da situação encontrada nas dependências do órgão. Apela aos Deputados para que apoiem a implantação de CPI sobre o caso.

 

006 - OLÍMPIO GOMES

Assume a Presidência.

 

007 - DINIZ LOPES

Afirma estar decepcionado com a inoperância da Assembleia Legislativa. Manifesta apoio à matéria publicada na Folha de S. Paulo, "Tiririca Legislativa". Comenta assalto a ex-secretário Estadual de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho. Pede que a Assembleia contribua na apuração da agressão sofrida por Antonio de Sousa Ramalho, que disputou as últimas eleições estaduais. Denuncia interrupção no fornecimento de água em Mauá e Santo André. Cobra providências da Eletropaulo e da Sabesp.

 

008 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência.

 

009 - MARQUINHO TORTORELLO

Afirma que os atuais problemas na Segurança Pública são passíveis de solução. Cita exemplos para melhorar o cenário. Comenta propositura de sua autoria que propõe a transformação da cidade de Itapura em estância turística. Apresenta argumentos que reforçam sua iniciativa. Pede apoio de seus pares para a aprovação deste projeto.

 

010 - OLÍMPIO GOMES

Assume a Presidência.

 

011 - CARLOS GIANNAZI

Repudia modelo de contratação de professores na rede pública de ensino. Alega que o processo de atribuição de aulas tem prejudicado milhares de professores e de alunos. Relembra que, por diversas vezes, pediu a revogação da Lei 1093/09. Rebate problemas como a superlotação de salas de aulas, baixos salários, violência nas escolas, sucateamento do ensino público e a aprovação automática.

 

012 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência.

 

013 - MARQUINHO TORTORELLO

Diz que o esporte de alto rendimento é um dos responsáveis pela promoção de qualidade de vida aos cidadãos. Relembra atletas que contribuíram para retirada de crianças e adolescentes das ruas. Informa que a criminalidade em São Caetano foi reduzida em mais de 60% por conta de ações nesse sentido. Elogia profissionais ligados à educação física. Parabeniza a Academia Runner pelo trabalho social que desenvolve.

 

GRANDE EXPEDIENTE

014 - FAUSTO FIGUEIRA

Critica projetos do ex-Governador José Serra, que pretendia ligar as cidades de Santos e Guarujá. Diz acreditar que há falta de comprometimento do PSDB para com o tema. Dá conhecimento do número de caminhões que transitam diariamente pela cidade de Santos. Pede providências quanto ao tema.

 

015 - LUIS CARLOS GONDIM

Assume a Presidência.

 

016 - OLÍMPIO GOMES

Ressalta a importância do papel fiscalizador desta Casa. Menciona reportagens veiculadas recentemente na imprensa a respeito dos gastos deste Legislativo. Informa ter ingressado com requerimentos a fim de esclarecer tais afirmações. Esclarece que, no momento, ainda aguarda resposta a seus requerimentos.

 

017 - Presidente LUIS CARLOS GONDIM

Convoca as seguintes sessões solenes: dia 25/03, às 20 horas, para "Prestar Tributo à Pastoral Carcerária", a requerimento do Deputado Simão Pedro; e dia 28/03, às 20 horas, para "Homenagear a Academia Paulista de Letras", por solicitação do Deputado Fernando Capez.

 

018 - DONISETE BRAGA

Considera precipitada a inauguração do traçado sul do Rodoanel. Questiona a lentidão por parte do atual Governo Estadual em cumprir as promessas feitas durante o período eleitoral. Lamenta o pouco repasse de verbas do Executivo aos municípios considerados estâncias turísticas. Cita apoio dado pelo presidente da Câmara Municipal de Amparo a projeto de lei de sua autoria.

 

019 - Presidente LUIS CARLOS GONDIM

Saúda a visita do vice-Prefeito de Ribeirão Pires, Edinaldo de Menezes e do Vereador de São Caetano do Sul, Edgar de Nóbrega.

 

020 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, critica o atual sistema de matrículas, agora não mais no controle das escolas. Atribui ao fato a diminuição de alunos matriculados no EJA (Educação de Jovens e Adultos). Afirma que não há divulgação do EJA para a população. Relata dificuldades geradas pelo fato.

 

021 - ALEX MANENTE

Assume a Presidência.

 

022 - MARCOS MARTINS

Pelo art. 82, cita atuais problemas de energia elétrica que têm atingido o Estado de São Paulo. Lê matéria jornalística sobre o tema. Comenta a ocorrência de assaltos em locais considerados de grande segurança. Questiona a eficiência de medida que promove a regularização do bico para policiais militares.

 

023 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência.

 

024 - ALEX MANENTE

Pelo art. 82, saúda os convidados. Faz menção ao número de enchentes ocorridas recentemente no Estado. Defende o investimento em programas de prevenção. Destaca a atuação do Consórcio Intermunicipal do ABC. Pede pela extensão do Metrô à Região do ABC.

 

025 - MARCOS MARTINS

Requer a suspensão dos trabalhos até as 17 horas, com anuência das lideranças.

 

026 - Presidente CARLOS GIANNAZI

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h21min.

 

027 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h03min.

 

ORDEM DO DIA

028 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara aprovado requerimento, do Deputado Samuel Moreira, de alteração da ordem do dia. Coloca em votação e declara sem debate aprovados o PL 645/10 e o PLC 44/10.

 

029 - JOSÉ ZICO PRADO

Requer o levantamento da sessão, com assentimento das lideranças.

 

030 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 10/02, hora regimental, com ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Olímpio Gomes para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - OLÍMPIO GOMES - PDT - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Engler. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Fausto Figueira, pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. FAUSTO FIGUEIRA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, público presente nas galerias, quero comentar um artigo publicado na “Folha de S. Paulo” de hoje, de autoria do Secretário de Saúde, Prof. Giovanni Cerri, intitulado “Regionalização de Saúde”.

Sou contemporâneo do Prof. Giovanni Cerri na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e tenho acompanhado seu sucesso, seja como diretor da Faculdade de Medicina, seja como dirigente da Fundação Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, seja como gestor do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.

O professor Giovanni Cerri lida com imagem e é alguém absolutamente competente na sua profissão. Não é um médico sanitarista, mas vejo a sua afirmação no artigo como uma esperança muito grande de que finalmente o Sistema Único de Saúde será implantado no Estado de São Paulo.

Quando o Dr. Giovanni Cerri, Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, fala da regionalização da saúde, toca nos pilares que constituem o Sistema Único de Saúde: a regionalização, a hierarquização e o controle social.

Hoje, no Estado de São Paulo, não temos instalado o Sistema Único de Saúde. É o diagnóstico que faz o Prof. Giovanni Cerri, dizendo que é preciso regionalizar, que é preciso dialogar com as prefeituras.

Quero lembrar a importância da interlocução do Cosens - Conselho dos Secretários de Saúde do Estado de São Paulo com o Conselho Estadual de Saúde. Quero ressaltar a importância do diálogo da Secretaria de Saúde com o Conselho Estadual de Saúde, órgão ao qual devem ser prestadas contas, órgão onde devem ser discutidas as prioridades. Nas gestões passadas, de alguma maneira isso não foi considerado. Mesmo aqui na Assembleia deixamos de receber, como diz a Constituição, a prestação de contas com a presença do Secretário de Saúde, nos últimos semestres aqui nesta Casa.

Tenho convicção, e o Prof. Giavanni Cerri, no seu artigo, fala fundamentalmente da ideia de instituir na Baixada Santista aquilo que ele chama de uma agência de Saúde. Vivemos, e tenho desta tribuna ressaltado, as mazelas e os indicadores de Saúde absolutamente perversos que existem na região da Baixada Santista. Tivemos, na última epidemia de dengue, uma das maiores incidências de mortalidade por dengue no Estado de São Paulo. Temos a maior mortalidade infantil. Temos lá a Agência Metropolitana de Saúde e ele pode, junto com o Prof. David Uip, a quem ele encarregou de fazer o diagnóstico, evidentemente otimizar os recursos das prefeituras, promover a hierarquização, a regionalização e o controle social, com a participação da sociedade, na implementação de programas que possam efetivamente reverter os péssimos indicadores de Saúde no Estado de São Paulo, particularmente na Baixada Santista.

Gostaria de elogiar essa visão de alguém que não é sanitarista, mas que se apropria com inteligência desses conceitos. E acho que o fato de querer dialogar com os municípios, com todos os Secretários, com cada uma das cidades e promover a regionalização de Saúde no Estado de São Paulo é um bom começo. Com esperança vejo o início da gestão do Prof. Giovanni Cerri. O tempo dirá se temos razão ou não em fazer esse elogio, mas acho que começa muito bem o Professor como Secretário do Governo, a quem faço oposição. Não existe democracia sem uma oposição absolutamente consciente, concreta, responsável, mas é dentro desse aspecto que venho elogiar o Professor nesse artigo e a sua intenção de efetivamente promover a integração entre o Sistema Público de Saúde a nível federal, estadual e municipal. Parabéns, Professor.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Tem a palavra o nobre Deputado João Caramez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Augusto. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Orlando Morando. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Neder. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vanderlei Siraque. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Camilo Gava. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Estevam Galvão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários, telespectadores da TV Assembleia, o marketing policial versus verdade das ruas. Tenho vindo a esta tribuna para alertar a população, muito mais até do que tentar alertar a Assembleia Legislativa, porque a Assembleia tem sido alvo de críticas severas da grande imprensa, mas é merecedora, porque não tem se posicionado adequadamente.

Tenho tentado alertar o que está acontecendo em relação à Segurança Pública. O Governo do Estado tentando dizer à população que alcançou índices almejados pela Organização Mundial de Saúde, pela ONU em relação aos índices de criminalidade. Mas é duro quando só se tem o dado e o marketing governamental sem que haja ações concretas para que isso aconteça de fato.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Marquinho Tortorello.

 

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Assaltos a condomínios, roubos de joalherias em shopping center, roubo e retenção das vítimas na casa do ex-Secretário da Segurança Pública e coisas que estão sendo notícia e que desmontam essa mentira do marketing policial usado, ou a tentativa do Governo de usá-lo, que desmontam a realidade. A situação só não é mais trágica porque só se noticia quando o assalto ocorre num shopping center de luxo, quando acontece num condomínio de luxo ou quando é atacado um ex-Secretário da Segurança Pública.

Temos que ter respeito pela família e por ele, como vítima, mas está padecendo do próprio mal que provocou. É necessário haver medidas concretas em relação à Segurança Pública. Depois do assalto à casa do Secretário Saulo de Castro, no bairro de Pinheiros e nos entornos da Praça Panamericana, há viaturas de polícia tropeçando umas nas outras; os policiais estão pisando um no pé do outro, todo mundo resolvendo a situação. Ouvi até o Delegado Geral e o Delegado Chefe do DIRD dizendo que os vigias de rua são muito ruins, que ninguém fiscaliza. Gostaria de dizer a eles que, pela Portaria 30, de 1968, há apenas 42 anos, a responsabilidade é dos dois.

Quem faz o controle de vigias de rua, ou deveria fazer, é justamente o distrito policial da área. Todo mundo sai tentando dizer que está resolvendo, mas na verdade esse marketing mentiroso de que a Segurança Pública em São Paulo está resolvida, que é um esforço de Governo, se formos ouvir um coronel da Polícia Militar, dirá que melhorou porque colocou polícia ostensiva; o delegado porque está investigando mais; se for o Ministério da Justiça, que foram os programas do Governo Federal; se for um economista, que é pela situação econômica do país; e se formos ouvir o povo, que ele não está se sentindo seguro.

Se formos ouvir os policiais civis, militares, os guardas municipais, os bombeiros militares, os policiais vão dizer que têm o pior salário do país, que para piorar só revogando a Lei Áurea e voltarmos a ter escravidão no País, porque estão ganhando muito mal, mas ainda estão ganhando alguma coisa e não estão apanhando. O açoite é só moral. Se a Lei Áurea for revogada vão apanhar e não vão ganhar mais nada.

Então vamos parar com o marketing policial. O mau exemplo dessa feita veio do Governo Federal, porque, numa tentativa de mentir para a opinião pública e para o mundo, disse que no Rio de Janeiro a questão da criminalidade está resolvida, que de uma Polícia corrupta passou a ter uma polícia referência para o mundo, só que o bandido não acredita nisso. Cria-se a UPP, Unidade de Polícia Pacificadora, uma cópia mal feita de todos os projetos de Polícia Comunitária que temos. Também lá a mentira e o marketing policial não estão funcionando, porque o bandido não acredita nisso.

Então, aqui em São Paulo, se quisermos ter uma sensação maior de segurança, é preciso que o Governo do Estado pare de mentir, comande as chefias da Polícia Civil e Militar, pare de fazer o jogo do contente a troco de um carguinho na hora que passar para a inatividade e comece, o Governador, a tentar esclarecer que, se não investir nos recursos humanos, nas pessoas que fazem a atividade de segurança pública, não teremos melhoria de fato. Temos, sim, numa engrenagem de Segurança Pública em que não está só envolvida a questão policial, mas a questão policial é crucial. Não adianta, não. Estamos com coronel rezando missa e padre tentando comandar quartel. Temos que ter as pessoas profissionais dizendo, fazendo e estimulando, e o governo fazendo sua parte. Enquanto não pagar bem as polícias, os profissionais que estão fazendo a segurança pública, o Governo vai ficar fazendo de conta que paga e a polícia fazendo de conta que está atuando. E o marketing policial, essa mentira está favorecendo isso.

 

O SR. PRESIDENTE - MARQUINHO TORTORELLO - PPS - Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público presente, telespectadores da TV Assembleia, gostaria em primeiro lugar de concordar com o Deputado Major Olímpio, em relação às considerações feitas há pouco na tribuna, desmistificando inclusive essa pesquisa apresentada pela Secretaria Estadual de Segurança Pública, dizendo que houve uma diminuição da criminalidade no Estado de São Paulo.

Os próprios fatos têm dado conta de desmentir e desmascarar esses índices apresentados. A violência vem aumentando no Estado de São Paulo. Temos as últimas notícias, de shopping centers sendo assaltados; o Secretário Estadual de Transportes, que já foi Secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro, foi agora não só assaltado, mas praticamente quase que sequestrado com a sua família, que foi mantida refém.

E depois tivemos ainda, como se não bastasse, as declarações desastrosas do delegado-geral da Polícia Civil, colocando a culpa nos vigias de rua, das ruas de Pinheiros, e tentando ainda, de uma forma implícita e subjacente, até culpar as próprias vítimas, dizendo que a vítima tem que ficar tranquila na hora do assalto, que a vítima tem que acalmar inclusive o bandido.

Isso significa que por detrás desse discurso existe a omissão de todo o Estado de São Paulo em relação ao investimento em Segurança Pública. A população, se quiser segurança, vai ter que pagar por ela. O Estado lava suas mãos. Isso fica muito claro nessas declarações do delegado-geral da Polícia Civil, porque depois dessas declarações penso que o mínimo que vai acontecer com ele é uma exoneração do cargo, porque ele coloca a nu, em xeque, toda a política de segurança do atual governo que assumiu.

O fato é que a violência não diminuiu. A violência só tem aumentado no Estado de São Paulo, porque não há investimento nessa área. Temos as duas polícias, a Polícia Civil e a Polícia Militar, que são polícias sucateadas, sem investimento. Os servidores trabalham em condições extremamente precárias, com um dos salários mais baixos da Federação.

Enquanto não houver investimento de fato no servidor da Segurança Pública e em todo o aparato da Segurança Pública, não teremos melhorias nessa área no Estado de São Paulo.

Sr. Presidente, gostaria de continuar denunciando hoje o Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo, porque nada foi feito. Nós denunciamos exaustivamente há quatro anos a situação de calamidade pública nesse Departamento: nós levamos o caso para o Ministério Público, para o Tribunal de Contas, para as comissões da Assembleia Legislativa, propusemos CPI para investigar o Departamento de Perícias, fizemos diligências, levamos recentemente o caso para a imprensa.

Coloquei ontem aqui a matéria do Fantástico; a Record também fez matéria. A imprensa toda está falando do Departamento de Perícias Médicas, dos horrores que acontecem no Departamento, e até agora o Governo não tomou uma atitude sequer para moralizar, para humanizar o atendimento aos servidores nesse Departamento. Nada foi feito. Quer dizer que nem com a lente do Fantástico e a lente da Record, com todo o escândalo apresentado em rede nacional, parece que o Governador Geraldo Alckmin não vai tomar nenhuma providência sequer.

Estamos com muitas denúncias em relação ao Departamento de Perícias Médicas. Temos uma denúncia gravíssima de que lá existem mais de 40 mil processos abandonados, paralisados e atrasados. Trouxemos fotografias do processo de sucateamento, de abandono e de falta de celeridade desse Departamento, que vem prejudicando milhares e milhares de servidores do Estado de São Paulo.

Quero mostrar as fotos da situação do Departamento. Essas fotos falam por si. Esse é o Departamento que tem a obrigação de zelar, de cuidar, de fazer perícias dos servidores do Estado de São Paulo, cuidar da saúde dos servidores, mas é um espaço que não funciona, onde se comete o assédio moral, a perseguição a servidores, a humilhação, os processos são perdidos, os documentos são extraviados. Temos lá muitos médicos que tratam muito mal os servidores, chegando a humilhar e assediar.

A estrutura é arcaica, obsoleta, não funciona mais. Esse Departamento tem que passar por uma ampla reforma nos seus quadros, tem que contratar novos funcionários, enfim, sem uma grande reforma estrutural, continuaremos com essa crise ainda por muitos anos.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Olímpio Gomes.

 

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É por isso que nós apelamos aos deputados desta Casa para que o nosso pedido de CPI do Departamento de Perícias Médicas seja assinado, para que a CPI seja implantada, porque o Governo estadual não vai fazer nada. Essa é a verdade. Mesmo com todas as denúncias feitas, com intervenção e investigação do Ministério Público, o Fantástico, a Record, a "Folha de S.Paulo", nada foi feito.

Ontem mesmo saiu um artigo do Rui Castro, na "Folha de S.Paulo", ridicularizando essa situação, e parece que isso não tem nenhum efeito aqui no Governo estadual. Portanto, temos que interferir nesse processo, porque é obrigação da Assembleia Legislativa. A Assembleia está inoperante e letárgica. A Assembleia não tem cumprido seu papel de legislar, e muito menos de fiscalizar. Não tem fiscalizado absolutamente nada. Salvo raríssimas exceções, é uma Assembleia que não fiscaliza o Poder Executivo. Se fiscalizasse, já teria tomado providências em relação ao que vem acontecendo no Departamento de Perícias Médicas do Estado.

Só tenho que concordar com o artigo publicado ontem, do Fernando Barros e Silva, da "Folha de S.Paulo", com o título “Tiririca legislativa”, criticando a Assembleia Legislativa. A crítica é perfeita. Nós, do PSOL, assinamos embaixo naquela crítica. Ele termina de uma forma muito feliz, dizendo que não está pedindo o fim da Assembleia Legislativa, porque ela é essencial para a manutenção da democracia, porém, não pede o fim, mas pede o começo. Ela tem que existir, ela tem que começar a funcionar de fato, se não ela vai continuar sendo apenas uma extensão de lazer do Parque do Ibirapuera.

Ninguém sabe, ninguém conhece a Assembleia Legislativa. Ninguém sabe para que ela serve. Ela não tem inserção na sociedade porque os deputados aqui não fiscalizam, não se aprova lei aqui na Assembleia Legislativa, não se tem debate, então, é um dinheiro desperdiçado, são 680 milhões de reais desperdiçados.

Uma Assembleia que nem fiscaliza o Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo, com todas essas denúncias, realmente não começou a existir ainda. É o que diz o artigo do Fernando Barros da Silva, que assinamos embaixo. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Tem a palavra a nobre Deputada Terezinha da Paulina. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Waldir Agnello. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Diniz Lopes.

 

O SR. DINIZ LOPES - PR - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ouvi atentamente os pares que usaram a tribuna e confesso que, realmente, estou decepcionado com a Assembleia Legislativa.

Pensei que vindo para esta Casa estaríamos debatendo temas importantes, buscando soluções, com o objetivo de contribuir para a melhoria do nosso Estado. Infelizmente, vemos cadeiras vazias, plenário vazio e nos sentimos inoperantes.

Tem razão o jornalista que fez a matéria ao pedir o começo dos trabalhos legislativos, que têm suma importância. Tive oportunidade de viver fora do Brasil por algum tempo e, em Portugal, por exemplo, os legisladores são convocados pelo Poder Executivo apenas quando têm algo importante a ser debatido. Em Portugal, não existe gabinete no Legislativo. Vejam a economia que é feita. Por isso, é o Primeiro Mundo. Aqui, temos toda essa infraestrutura.

Aproveito a oportunidade, Sr. Presidente, e solicito a V. Exa. que sejam tomadas as devidas providências para que eu não receba mais o auxílio-moradia, pois gasto 30 minutos da minha casa até a Assembleia Legislativa. Como já é fornecido combustível, alimentação, e como não moro muito longe, gostaria que o meu auxílio-moradia fosse depositado na conta da AACD do Estado de São Paulo.

Sr. Presidente, ouvi o Major Olímpio falando sobre segurança e, por incrível que pareça, ontem o ex-Secretário de Segurança Saulo de Castro foi vítima da violência. Essas coisas vêm acontecendo com certa frequência.

O Deputado Ramalho da Construção, eleito para o próximo mandato, foi agredido por policiais civis em uma das mais conhecidas casas noturnas no Estado de São Paulo. Gostaria que a Assembleia pudesse acompanhar esse caso atentamente.

Ontem, o ex-Secretário de Segurança do Estado de São Paulo Dr. Saulo de Castro teve sua casa invadida por ladrões, que não tiveram sequer o cuidado de esconder o rosto; estamos vendo shoppings sendo assaltados constantemente. Isso mostra o atrevimento da criminalidade no Estado de São Paulo.

Dia 15 de março, começa uma nova legislatura e aproveito para desejar sorte a todos que virão e aos que irão continuar.

Sr. Presidente, quero abordar um assunto referente à Eletropaulo, a quem vamos pedir providência para que a Cidade de Mauá receba uma infraestrutura o mais rápido possível, porque ficamos quatro dias sem água por falta de energia.

A Eletropaulo tem a incumbência de fornecer energia para o bombeamento de água para nossa cidade, que sofreu muito nesses quatro dias sem água. Posteriormente, Santo André também teve o mesmo problema, pois, com a falta de energia, houve também falta de água por quatro dias.

Quero dizer que estaremos pedindo uma audiência com a Sabesp, pois no período noturno, quando mais precisamos do bombeamento de água, a Sabesp desliga as bombas na Cidade de Mauá, deixando de fornecer água aos moradores da nossa comunidade. Muito obrigado, Sr. Presidente e Srs. Deputados.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Tem a palavra o nobre Deputado Ed Thomas. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marquinho Tortorello.

 

O SR. MARQUNHO TORTORELLO - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, os dois oradores que me antecederam abordaram casos referentes à Segurança Pública. É uma coisa que realmente preocupa não apenas o Estado de São Paulo, mas também o Brasil. Mas, para isso, existe solução. Basta colocar as pessoas certas nos devidos lugares para desenvolver um planejamento, como foi feito na gestão passada em São Caetano do Sul.

Nessa cidade, por meio de uma parceria com o município, o policial militar, o policial civil e os bombeiros passaram a ter um pro labore maior. Além do que eles recebiam do Estado, era acrescido 25%, fornecido pelo município. Também todo policial que estava cursando o ensino superior recebia uma bolsa de 100% do município. Toda matéria prima utilizada pelo policial militar e policial civil era fornecida pelo município. Houve uma inversão de valores em São Caetano do Sul. Graças a esse projeto, conseguimos reduzir o índice de criminalidade em 60% no prazo de seis meses.

Quando se faz o investimento correto e se valoriza o policial militar, podemos ver resultados. Queremos pedir ao Governador e ao Secretário de Segurança para que peguem exemplos como esses de São Caetano do Sul e implantem no Estado de São Paulo.

Houve várias reuniões sobre essa matéria que contou com a participação de muitas pessoas, dentre elas o ex-Prefeito Luiz Tortorello, o Deputado Conte Lopes.

Vamos pegar exemplo daquilo que deu certo e não ficar fazendo experimentos. O Estado de São Paulo, o Estado mais evoluído da nossa Nação, não tem motivo para ficar fazendo experimentos.

Sr. Presidente, gostaria de registrar a presença do Prefeito de Itapura, Jerry de Oliveira, a quem cumprimento. Itapura está localizada no Baixo Tietê, a 700 quilômetros da nossa Capital, e nesse local encontra-se a foz do Rio Tietê; a nascente fica em Salesópolis.

Vou voltar à ativa com esse projeto, um projeto de lei que torna a Cidade de Itapura estância turística. Por quê? Porque o potencial turístico daquela cidade é inigualável no Estado de São Paulo. Em 1968, quando o complexo de Jupiá se concluiu e fecharam as barragens, a represa subiu deixando submersa a Cidade de Itapura e alguns pontos turísticos sem igual no Brasil. Na Guerra do Paraguai, construíram naquela cidade uma base militar. As pessoas acreditavam que os paraguaios poderiam subir pelo rio Paraná e, pelo rio Tietê, alcançar a capital. Então, fizeram uma base militar, que hoje está lá. Além da cidade submersa, um grande ponto de encontro dos mergulhadores do Brasil todo, temos o Palácio de Dom Pedro. Já consegui algumas verbas para restaurar o Palácio. Quando a área foi alagada, ficaram os grandes paredões, visitados por mergulhadores do mundo todo. E o mais importante: a primeira usina hidrelétrica do Brasil também está submersa, a Usina Hidrelétrica Eloy Chaves.

Peço ajuda de todos os meus pares para transformar a Cidade de Itapura em estância turística. Sei que não é fácil, temos muitos projetos de estâncias turísticas, mas se compararmos o potencial da Cidade de Itapura, onde é a foz do rio Tietê, com a Cidade de Salesópolis, a nascente do rio Tietê, tenho certeza de que Itapura terá pelo menos trinta itens a mais. Nada mais justo do que lutarmos pela Cidade de Itapura.

Sr. Presidente, gostaria também de agradecer pelo trabalho desenvolvido por todo o Departamento Jurídico dos atletas de São Caetano do Sul, que ficaram sem local para defender as cores da cidade, o Dr. Rauston Bellini e o Dr. Marcelo de Sebo. São as pessoas que vêm orientando e acompanhando os atletas de São Caetano do Sul. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Massafera. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luis Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Valdemar Corauci Sobrinho. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Afonso Lobato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Rita Passos. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Célia Leão. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Prandi. (Pausa.)

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar.

Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Augusto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Camilo Gava. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Neder. (Pausa.)

 

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- Assume a Presidência o Sr. Olímpio Gomes.

 

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, estamos acompanhando todo o processo de atribuição de aulas da Rede Estadual de Ensino. O caos está instalado por conta de uma resolução publicada em Diário Oficial ainda no final do ano passado, assinada pelo ex-Secretário de Educação privatista Paulo Renato. Fizemos vários apelos para o atual secretário pela revogação dessa resolução. Já sabíamos que o caos seria instalado no processo de atribuição, prejudicando milhares de professores da Rede Estadual de Ensino e, consequentemente, os alunos também, pois iniciamos o ano letivo e teremos falta de professores.

Estamos também, desde 2009, pedindo para a Secretaria Estadual de Educação revogar a Lei n° 1093, que dá fundamento para a contratação de professores OFAs e ACTs da Rede Estadual de ensino. No entanto, nada foi feito até agora. Já apresentamos um projeto de lei, que está tramitando nesta Casa, para revogar essa lei. A Lei nº 1093 foi votada aqui na Assembleia Legislativa pela base governista. Estou me referindo ao Projeto de lei Complementar n° 29, de 2009, que teve uma votação extremamente polêmica nesta Casa. Nós, da oposição, obstruímos, votamos contra, alertamos sistematicamente a Presidência desta Casa, a base governista, o Governo, tudo fizemos para que a lei não fosse aprovada. Mesmo assim, a base governista atendeu ao comando do Palácio dos Bandeirantes, que passou o rolo compressor na oposição e aprovou a lei.

Agora, as consequências danosas e nefastas estão aí para todo mundo ver: a falta de professores, o constrangimento no processo de escolha de aulas, a “duzentena”, que é essa medida absurda de um professor contratado na Rede Estadual só poder ficar um ano na Rede, depois tem de passar por uma quarentena de 200 dias. Ou seja, esse professor não tem estímulo algum para permanecer na Rede. O professor não vai criar vínculo com o projeto pedagógico da escola, com a comunidade escolar, com os alunos porque tem os dias de trabalho contados. Quando encerra o ano letivo, o professor vai embora e fica proibido de ser contratado novamente por 200 dias motivos, por isso é a famosa “duzentena”. Isso é um absurdo, um contrassenso. Enquanto lutamos para que o professor permaneça mais tempo com seus alunos, para que não haja tanta remoção, para o professor criar vínculos mais efetivos com as comunidades escolar, o Governo, na contramão desse bom senso, aprova uma lei que proíbe o professor de criar vínculo na Rede Estadual.

A Lei nº 1093 estipulou a famosa “duzentena”. Essa lei tem de ser alterada. Foi essa lei também que institucionalizou aquela falsa avaliação, a provinha, que tem sido exigida dos professores. Não é uma prova para efetivar o professor, para medir o conhecimento. É uma prova para os professores contratados, que vão ganhar um dos piores salários da federação. Para o professor ficar um ano lecionando, tem que fazer essa famigerada falsa prova, provinha, provão.

Não temos medo de avaliação. Defendemos a avaliação, mas não esse modelo, que tem caráter ideológico e político para controlar o Magistério, sobretudo, para desmoralizá-lo e deixá-lo na defensiva em relação à luta pelos seus direitos trabalhistas.

O Magistério tanto tem denunciado o Governo do PSDB, que não respeita a data-base salarial, que deveria ser observada no dia 1º de março de cada ano; o Magistério tem denunciado a superlotação de salas de aula, os baixíssimos salários; o Magistério tem denunciado a violência nas escolas; o Magistério tem denunciado a aprovação automática, o sucateamento e a degradação no Ensino. E mais ainda: o Magistério tem denunciado sistematicamente a falta de investimento na Rede Estadual de Ensino.

Então, esse Magistério é perseguido de várias maneiras pelo Governo Estadual do PSDB. Um dos processos mais terríveis de perseguição foi a criação das duas provas: a falsa prova do professor OFA/ACT e a prova de mérito, que têm caráter ideológico e político para derrotar o Magistério.

Mas o Magistério é superior a isso, está reagindo e, em algum momento, vamos revogar a Lei nº 1.093, que criou a falsa prova de mérito na Rede Estadual de Ensino. Com isso, o Governo não quer mais respeitar a data-base salarial e já anunciou que não vai mais dar reajuste linear nos salários, vai trabalhar com prova de mérito. Mas a prova de mérito só beneficia 20% do Magistério. O professor que conseguir passar na prova e for beneficiado, só poderá ser novamente beneficiado após quatro anos, não poderá mais fazer a prova durante esse período.

É, portanto, uma falsa avaliação e uma nuvem de fumaça que o Governo criou para tentar desviar a atenção da opinião pública em relação às lutas justas e democráticas do Magistério Estadual. Por isso, temos que revogar imediatamente essa famigerada Lei nº 1.093 e mudar o processo de atribuição de aulas para que os professores não sejam mais prejudicados na Rede Estadual de Ensino. Muito obrigado.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.

 

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O Sr. Presidente - Carlos Giannazi - PSOL - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Célia Leão. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marquinho Tortorello.

 

O SR. MARQUINHO TORTORELLO - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, retomo a tribuna para falar no que sempre acreditei.

Sou professor de Educação Física, sou educador físico formado pela FEF de São Caetano do Sul. Sempre acreditei que por meio do esporte de base e de alto rendimento daremos muito mais qualidade de vida, tanto para a molecadinha novinha como para o pessoal da Terceira Idade.

Desenvolvi vários projetos na Cidade de São Caetano do Sul por meio do esporte. Conseguimos levar para aquela cidade nomes de expressão do esporte de alto rendimento. O pioneiro foi Aurélio Miguel, em 1989/1990, quando ele tinha acabado de ser campeão olímpico. Depois, levamos Rogério Sampaio, Tiago Camilo, Carlos Honorato, todos do Judô. Da mesma forma, levamos para lá todo o antigo time da Colgate: Ana Moser, Fofão etc. Por meio desses atletas, conseguimos colocar nos centros olímpicos um grande número de adeptos em todas as modalidades olímpicas. Tirávamos as crianças das ruas e as levávamos para as escolinhas esportivas PEC - Projeto Esportivo Comunitário.

Quando falei a respeito da área de Segurança, que reduzimos em 60% a criminalidade no Município de São Caetano, foi graças à junção com a área de Esportes. Tiramos as crianças das ruas e elas ficaram sem tempo ocioso: primeiro período, na escola; segundo período, praticando esportes.

Quando Secretário do Município de São Paulo, no Governo José Serra, tentamos implantar vários projetos. Existem projetos que implantamos na época, que estão sendo desenvolvidos até hoje. Acreditamos muito nessa área, acreditamos muito no profissional da Educação Física, acreditamos muito nos atletas de São Paulo e do Brasil.

Dando seguimento a tudo isso em que acredito, venho acompanhando algumas academias e redes de academias que vêm fazendo alguns trabalhos. Aproveito a oportunidade para parabenizar a rede de academias Runner, a maior do Brasil, que vem desenvolvendo projetos sociais. Eles vêm fazendo com que as suas unidades passem a dar qualidade de vida às pessoas.

Lá, vemos crianças de dois ou três anos começando a atividade física na piscina, aprendendo a nadar, fazendo a adaptação ao meio aquático. Vemos também jovens, conversando, fazendo a vida social num ambiente saudável. A academia é um ambiente saudável, onde passamos a conviver com pessoas boas. Há o pessoal da Terceira Idade, fazendo hidroginástica, musculação.

Quero, portanto, parabenizar todos os que vêm desenvolvendo esse trabalho bonito nas unidades da Runner do Estado de São Paulo. Essa academia começou com uma pequena unidade em Moema, cujo proprietário, Mário Sérgio, acreditava nesse ramo. Hoje, há mais de 18 unidades. Foi inaugurada uma unidade em São Caetano, há 90 dias. Parabenizo o Mário Sérgio, idealizador dessa marca, como também parabenizo o Peter, que é o encarregado dos licenciamentos e das franquias dessa marca; o Dílson Mendes; a Samara. Parabéns a vocês, que acreditam nesse setor! Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - Carlos Giannazi - PSOL - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - Carlos Giannazi - PSOL - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Massafera. (Pausa.) Em permuta com o nobre Deputado Olímpio Gomes, tem a palavra o nobre Deputado Fausto Figueira.

 

O SR. FAUSTO FIGUEIRA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, primeiramente quero agradecer ao nobre Deputado Olímpio Gomes pela permuta. Estou acabando de chegar de uma reunião da Comissão de Transportes, onde apresentei uma proposta ao Secretário de Transportes do Estado de São Paulo que, aliás, acaba de ser vítima de um assalto. Presto a minha solidariedade, mas gostaria de ressaltar a questão da segurança de São Paulo. O secretário é ex-Secretário de Segurança Pública, foi assaltado e foi refém em sua própria casa. Imaginamos então a insegurança que sente um cidadão comum neste Estado.

Trago para a discussão nesta Casa algo que tem sido alvo de debate para a nossa região, a Baixada Santista, já há um longo tempo. O então engenheiro e urbanista Prestes Maia, há 60 anos, propôs uma ligação seca entre Santos e Guarujá. Desde então, essa questão vem sendo periodicamente colocada em público. O ex-Prefeito Oswaldo Justo falava sobre isso e a Codesp chegou a contratar um estudo no escritório Figueiredo Ferraz. E o Governador José Serra, no dia 20 de fevereiro, anunciou publicamente: “Serra anuncia um túnel submerso para ligar Santos e Guarujá”, no jornal “A Tribuna”, onde o Governador anuncia as obras de ligação, na Ponta da Praia. Depois, em 9 de março, o Governador José Serra foi a Santos e inaugurou a maquete de uma ponte. Na época, o então Presidente Lula criticou a inauguração de uma ponte.

O que acontece é que não temos dotação orçamentária neste ano para a ponte. Isso virou uma lenda urbana na Baixada Santista. A proposta de uma ponte na Ponta da Praia - que era um túnel e virou uma ponte com 50 metros de altura - demonstrou que a criação de um obstáculo na entrada do Porto de Santos seria algo reversível, e determinaria o funcionamento ou a ampliação do Porto de Santos. A Codesp, que gerencia o Porto de Santos, jamais foi ouvida. Como é que se pode construir uma ponte, que será um limitante para a operação portuária, sem que a empresa gerenciadora seja ouvida. Não existe licença ambiental.

É uma falácia, um factoide, conforme o jornal “A Tribuna”. O projeto foi engavetado. Era bom demais para ser verdade: a ponte foi à gaveta. E me causa estranheza ainda mais quando, no dia seguinte, o Secretário de Transportes justifica - não existe nada mais tucano no seu jeito de falar, de que uma coisa que seria feita não vai mais ser feita, de ficar em cima do muro -: “A ponte foi prometida, mas ela não foi comprometida.” Ele afirma que esta obra não está prevista no orçamento. Talvez, na questão do prazo, tenha havido um tipo de precipitação, e o meu companheiro e amigo Edmur Mesquita, que é o novo Secretário Adjunto de Desenvolvimento Metropolitano, também, de maneira tucana, disse: “O projeto está sendo reavaliado.”

Isso é um descaso, um acinte, é tratar a população da Baixada Santista como se ela fosse um bando de imbecis, de que somos capazes de acreditar seja na ponte que deveria ser construída, seja no VLT, Veículo Leve sobre Trilhos. A licitação e a criação do VLT vêm sendo anunciada desde 1999 na Baixada Santista.

A prefeita de Guarujá, quando foi anunciada essa maquete, compareceu na sua inauguração, e fez uma contraproposta para que essa ponte não entrasse pela Avenida Adhemar de Barros porque poderia ser criado um grande minhocão. A ponte que era um túnel, que passou de 50 metros para 70 metros, está agora previsto que se tenha uma altura de 85 metros. Isso significará que teremos em Santos e em Guarujá um minhocão de 4,5 km aproximadamente, com uma inclinação aproximada de 6%, impedindo a passagem de caminhões e de ciclistas. Isso então não resolveria o problema. Enfim, não é possível falarmos sobre uma ponte, com essa magnitude, quando o projeto não existe.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Luis Carlos Gondim.

 

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Nós, da Baixada Santista, não podemos ficar sujeitos a esse tipo de molecagem. Anuncia-se algo fundamental para as nossas vidas, mas ele é tratado como um factoide pelos tucanos ao longo desses últimos anos. Não é possível que se anuncie o VLT já há 16 anos; não é possível que um projeto de uma ligação seca não seja considerado; que não seja interligado ao sistema Anchieta-Imigrantes; que os caminhões de carga que abastecem o nosso porto sejam tirados. Deputado Olímpio Gomes, só para se ter uma ideia, descem para a Baixada Santista dois milhões de carretas por ano. Imagine o impacto urbano desses caminhões transitando dentro das nossas cidades. A única obra que foi feita para tirar esses caminhões foram as avenidas perimetrais. A margem direita já foi inaugurada e está funcionando, e é obra do PAC, do Governo Federal, e feita a licitação da perimetral da margem esquerda no Guarujá. Não é possível fazermos as perimetrais, que são as avenidas que margeiam o Porto de Santos para cargas, e não interligar o sistema Anchieta-Imigrantes a essas ligações urbanas. Não é possível fazer uma ponte para carros de passeio na Ponta da Praia considerando-se o transporte de carga.

O Porto de Santos é o porto mais importante do Brasil, o maior porto da América Latina. Abaixo da Linha do Equador, no hemisfério sul, é o maior porto do planeta. No entanto, temos um gargalo de problemas, como a questão do transporte do Porto de Santos. Não é possível considerarmos uma ligação seca entre uma margem e outra, sem considerarmos a importância do sistema viário que chega à Baixada Santista. As Prefeituras de Santos e de Guarujá e a Ecovias, que gerencia o sistema de transporte para a Baixada Santista, têm um projeto de ligação e de interligação dessa malha viária.

A altura de uma ponte é fundamental. Todo mundo conhece aquele cartão postal na Baixada Santista, na Cidade de São Vicente, que é a Ponte Pênsil, que comemorou recentemente seus 100 anos de construção. Quando foi construída, a altura da ponte não implicava problemas porque o que circulava na época eram canoas ou barcos de pequenas proporções. Hoje, o turismo náutico em São Vicente é limitado porque barcos de recreio, pequenos iates, não podem passar por baixo da ponte. Ao considerarmos essa ligação seca entre a margem direita e a margem esquerda, é preciso que esse assunto seja tratado com seriedade. Não se admite que se criem factoides.

É dentro dessa linha que estamos instando para que a Comissão de Transportes convide o Secretário Saulo de Castro. Que venha respeitosamente, ao contrário de outras vezes, quando, de maneira absolutamente desrespeitosa, enfrentou deputados e motivou um processo. Eu, pessoalmente, formulei essa representação pelo desrespeito a esta Casa. Espero que o Secretário tenha aprendido e que de uma maneira civilizada venha a esta Casa para prestar informações sobre a ligação seca. A Baixada Santista não deve ser tratada dessa maneira. Não somos débeis mentais.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIS CARLOS GONDIM - PPS - Tem a palavra, por permuta de tempo com o Deputado Fausto Figueira, o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários da Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, o Poder Legislativo, antes até de elaborar e votar leis, tem uma missão com amplitude muito maior, que é a de fiscalizar pela população.

A Assembleia Legislativa de São Paulo tem sido alvo de fogo intenso da Grande Mídia questionando suas ações ou a falta de ação, questionando contratos da Assembleia Legislativa. O mais recente deles o contrato emergencial em que a Fundac - Fundação para o Desenvolvimento das Artes e da Comunicação - assumirá a operação e a transmissão da programação da TV Assembleia, no contrato emergencial de nove meses e no valor de 15 milhões de reais.

A imprensa acaba trazendo à tona que o gasto no Orçamento da Assembleia Legislativa, com o pagamento de aposentadorias de ex-Deputados e pensionistas de ex-Deputados, será de 34 milhões e meio de reais neste ano.

Quando se está sob um fogo intenso, é necessário que se responda adequadamente - se houver o que responder. Devo dizer que diante do noticiário da mídia a respeito desse contrato da TV Assembleia, a respeito de aposentadoria de Deputados, quando questionado até por órgão da mídia, eu respondi que não tenho as informações que me são perguntadas, até porque não componho a Mesa Diretora dos trabalhos desta Casa. Mas vou tentar ter as informações para respondê-lo. Tomara Deus que adequadamente a esses questionamentos.

Assim, na forma regimental, fiz um requerimento, através do Ofício 02/2011, de 3 de fevereiro, à Presidência da Casa pedindo cópias dos contratos com o corpo diretivo da Fundac, os trabalhos similares realizados por essa Fundação, com o intuito de colaborar, sendo membro da Assembleia Legislativa, com a própria Direção da Casa.

Devo dizer que continuo no aguardo de qualquer informação, porque não obtive nenhuma resposta. E, ao que me consta pelos jornais, já que como Deputado sou desconsiderado pela Presidência da Casa e pela Mesa Diretora dos trabalhos, a Fundac assumirá já depois de amanhã essas operações com esse contrato emergencial, que está sob interrogação da opinião pública em relação à necessidade de ter sido um contrato emergencial, a seus valores, a direção dessa Fundação ou dos seus representantes.

Com relação a aposentadorias dos ex-deputados e de pensionistas, também fiz um requerimento pedindo à Presidência da Casa, à direção da Mesa, a relação de todos os ex-deputados. Segundo a imprensa, porque também não consegui ter essa informação ainda, seriam 135 ex-deputados e mais dezenas e dezenas de pensionistas.

Vou continuar na expectativa de que a Assembleia Legislativa respeite o povo paulista, respeite-me na condição de parlamentar e responda os requerimentos adequadamente, a não ser que haja uma preocupação da difusão de quem são esses aposentados.

Torço, com todas as forças, para que não exista hoje, por exemplo, Deputados que estão em mandato nesta Casa porque, devo lembrar à opinião pública, essas aposentadorias só existiram na Assembleia Legislativa até 1991.

Quando o Deputado Gondim chegou nesta Casa, já não tinha mais esse malefício para a população e esse privilégio para parlamentar recolher por oito anos a Previdência, aposentando com 50% do valor e recolhendo 20 anos aposentando na sua integralidade. Deputado Gondim, V. Exa. não viveu esse triste momento para a população. Então, pode ficar absolutamente tranqüilo.

Agora pode ser que tenhamos parlamentares no período anterior a 91, que tiveram essas aposentadorias em condições impróprias e poderiam estar prosseguindo no mandato recebendo aposentadoria e o salário de parlamentar desta Casa. Tomara que não haja nenhum parlamentar nessa situação porque senão vamos divulgar. Tomara que não haja nenhum deputado federal, nenhum senador da República hoje nessas condições.

Não seremos nós que vamos julgá-los, até porque já vimos que não há o interesse de apurar da Assembleia Legislativa. Mas tenho certeza que o cidadão está preocupado, sim, com o destino de 34 e meio milhões de reais da Assembleia Legislativa, que é dos impostos por ano dos contribuintes.

Vou continuar aguardando a manifestação escrita da Direção da Casa. Não vou me calar de forma nenhuma. Se não conseguir da forma regimental, se me desconsiderarem como parlamentar, como tem sido feito em relação até a não se pautar projetos meus, nem que seja para depois serem vetados, vou até o limite das vias judiciais tentar obter as informações e a verdade. Tenho uma preocupação muito grande em relação a essa Fundação que vai assumir a programação da TV Assembleia e me parece o corpo de funcionários que presta serviço hoje na Fundação Padre Anchieta, a partir de sexta-feira Fundac. Segundo também informações de jornais, porque como deputado desconsiderado ninguém dá satisfação aos requerimentos que faço, parece que os funcionários serão absorvidos por essa Fundação, mas vou aguardar resposta ao requerimento que fiz ao corpo diretivo sobre os contratos com a Fundac, bem como em relação às aposentadorias. Isso faz parte da minha obrigação, como de todos os parlamentares desta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIS CARLOS GONDIM - PPS - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, esta Presidência tem as seguintes convocações a fazer em nome da Presidência efetiva da Casa: “Sras. Deputadas e Srs. Deputados, esta Presidência, atendendo solicitação do nobre Deputado Simão Pedro, convoca V. Exas., nos termos do Art. 18, inciso I, letra “r”, da XIII Consolidação do Regimento Interno, para uma sessão solene a realizar-se no dia 25 de março de 2011, às 20 horas, com a finalidade de prestar homenagem à pastoral carcerária.

Nos mesmos termos a Presidência, atendendo solicitação do nobre Deputado Fernando Capez, convoca V. Exas. para uma sessão solene a realizar-se no dia 28 de março de 2011, às 20 horas, com a finalidade de prestar tributo à Academia Paulista de Letras na pessoa do jurista, advogado e professor Dr. Ives Gandra da Silva Martins.”

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT - Sr. Presidente, por cessão de tempo do meu Líder Deputado Antonio Mentor, usarei o tempo do Grande Expediente.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIS CARLOS GONDIM - PPS - Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga, por cessão de tempo do nobre Deputado Antonio Mentor.

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Assembleia, quero saudar os servidores da Assembleia Legislativa, os leitores do "Diário Oficial" e registrar que assiste aos nossos trabalhos o meu amigo, meu grande companheiro e Presidente do Diretório Municipal do PT de São Caetano do Sul o combativo Vereador Prof. Edgar Nóbrega. É motivo de muita alegria tê-lo aqui hoje. O Vereador Edgar é um amigo de longa data, um professor renomado e tem representado muito bem o nosso partido. Aliás, vejo que o ABC hoje está tomando conta do plenário. Presente também o vice-Prefeito de Ribeirão Pires, Dedé, acompanhado do nosso companheiro Alex Manente. Sejam bem-vindos.

Quero fazer um registro que julgo importante, inclusive foi tema de discussão durante o processo eleitoral. Quando se discute o sistema de transportes metropolitanos, não podemos fazê-lo sob o foco da oposição ou situação e nesse sentido quero fazer um lembrete.

O ex-Governador José Serra debateu no governo passado as principais obras viárias: a Rodovia dos Tamoios e especialmente o Traçado Oeste do Rodoanel. Com certeza o Deputado Aguimarães discutiu muito essa questão na sua região. Recordo-me bem do debate realizado pelo nosso Prefeito de Osasco Emidio de Souza, juntamente com o Deputado Marcos Martins. Fizemos várias audiências para discutir o Traçado Sul do Rodoanel, aliás, inaugurado às pressas em razão das eleições. Faltam muitas obras complementares, como “guard-rails” em curvas acentuadas e perigosíssimas. Tenho reiterado muito - e quero dialogar com o Dersa e a Secretaria dos Transportes Metropolitanos - para que essas demandas do Rodoanel sejam rapidamente concluídas porque as pessoas correm risco de vida.

Desejo ainda lembrar que o Governador Geraldo Alckmin tem anunciado dificuldades em relação aos traçados Leste e Norte do Rodoanel dizendo na imprensa que vê problemas em cumprir rapidamente as promessas de campanha em relação à Rodovia dos Tamoios. Isto nos preocupa porque temos uma sequencia de governos do PSDB. O Governador Alckmin é uma sequencia do governo do PSDB, é o governo que os paulistas e paulistanos escolheram e não podemos aceitar desculpas em relação aos investimentos nos traçados Leste e Norte. Não entendemos por que o Governo do Estado quer paralisar as obras do traçado do Rodoanel. Ao mesmo tempo, cobro do Governo do Estado o cumprimento das promessas de campanha. Indago o Secretário dos Transportes Metropolitanos quanto às obras complementares e quanto ao estudo de impacto ambiental. Queremos a apresentação de um relatório oficial porque registramos desta tribuna os impactos negativos do Traçado Sul, da flora, da redução do armazenamento da Represa Billings. Portanto, queremos não só esse relatório, mas também uma posição oficial com relação às obras dos traçados Leste e Norte do Rodoanel.

Outro tema que desejo abordar diz respeito ao processo de diálogo que temos desencadeado com os municípios considerados estâncias turísticas. Temos no Estado de São Paulo 67 cidades classificadas de estâncias turísticas e o Governo do Estado não tem repassado os 600 milhões de reais a esses municípios, que cumprem uma missão importante de responsabilidade ambiental. Os municípios fazem jus a esses recursos e lamentavelmente tem sido uma prática recorrente do Governo do PSDB o não repasse desses recursos.

Na minha região, por exemplo, o Município de Ribeirão Pires, considerado estância turística. À época o projeto de lei foi apresentado pelo ex-deputado federal Luisinho. Ribeirão Pires, cidade importante da nossa região, não tem recebido os recursos.

Quero, mais uma vez, registrar minha crítica em relação à falta de responsabilidade do governo quanto aos repasses e também me associar ao novo presidente da Associação das Prefeituras de Instâncias Turísticas, o prefeito de Ilha Bela Antonio Luis Coluti, para fazermos uma frente das 67 prefeituras e cobrarmos medidas  do governo do estado no sentido de atualizar o repasse do recurso do Dade

Quero agradecer carinhosamente ao presidente da Câmara Municipal de Amparo, Rogério Canezi, que me enviou uma Moção de apoio ao Projeto de lei 395, de 2005, que determina o repasse de 50% dos recursos do Fundo de Melhorias das Instâncias diretamente às instâncias. O requerimento que foi apresentado pelo vereador Mário Acácio Acona e subscrito pelos vereadores Rogério Canezi, José Donisete Urbano, José Herculano da Silva, José Tadeu, Odair Pereira de Oliveira, Carlos Alberto Martins, Celso Manzoli e José Carlos Carnier. Ou seja, toda a Câmara Municipal de Amparo fez uma menção importante com relação a esse projeto de lei que protocolizamos há quase cinco anos aqui. Queremos que os recursos do Dade sejam repassados no exercício de cada orçamento que aprovamos aqui.

Mais uma vez quero dizer aqui da nossa luta, do nosso empenho com relação a cobrar do governo do estado o repasse para os municípios que acima de tudo estabelecem uma política importante e fundamental na recuperação dos nossos mananciais.

Essa é a minha intervenção. Reafirmaremos a nossa cobrança junto ao Dade para que o governo repasse esses recursos para os 67 municípios deste Estado. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIS CARLOS GONDIM - PPS - Esta presidência registra a presença do vice-prefeito de Ribeirão Pires Ednaldo Menezes, do vereador de São Caetano do Sul professor Edgar Nóbrega. Sejam bem-vindos a esta Casa.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente, telespectador da TV Assembleia, de volta a esta tribuna gostaria de fazer novamente um apelo e uma exigência também às duas Secretarias da Educação de São Paulo. Ambas as redes acabaram com a autonomia das escolas públicas no sentido de que elas não podem mais fazer as matrículas dos seus alunos. Matrículas, hoje, são feitas através do sistema integrado de computador, um programa informatizado que tem prejudicado imensamente as famílias, os alunos e as escolas.

O aluno, hoje, faz apenas o cadastro na escola, não faz mais a matrícula, que é decidida pelos computadores, pelos burocratas da educação que não têm contato com a comunidade escolar, com as famílias, com os bairros. Isso vem criando sérios transtornos e prejuízos para as famílias, principalmente para os alunos que estão sendo impedidos de se matricular em escolas próximas de seu bairro ou de sua preferência.

Há um dado do MEC extremamente perigoso sobre o qual o poder público tem de tomar providências. Esse dado dá conta de que houve um esvaziamento, uma diminuição monstruosa do número de matrículas na área da Educação de Jovens e Adultos. E o MEC não dá uma resposta para as principais causas desse esvaziamento, dessa redução drástica do número de matrículas.

Sabemos que um dos principais motivos, principalmente aqui em São Paulo, onde houve uma redução de 25% das matrículas, é que as Secretarias de Educação estadual e municipal não têm permitido formação de novas salas, têm desprezado o atendimento da demanda de Educação de Jovens e Adultos, e têm impedido que as pessoas que não tiveram oportunidade de estudar em idade própria possam voltar a estudar, dar prosseguimento a seus estudos. A lei é desrespeitada; por exemplo, não há chamada pública, não há divulgação no estado nem na cidade de São Paulo do período de cadastramento e das matrículas para essa modalidade de ensino, como reza a Constituição federal e como impõe a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, que obriga a prefeitura e estado a fazerem a chamada pública, a divulgação nos meios de comunicação de massa. Os alunos não ficam sabendo quando abrem as matrículas, quando há cadastramento, e, quando conseguem se cadastrar, são matriculados em escolas distantes de sua casa, do seu trabalho, daí o esvaziamento das matrículas e alunos desestimulados.

Acompanhamos no momento as escolas de mãos atadas, dependendo de decisão das duas Secretarias de Educação que elaboraram um sistema burro, feito por burocratas da educação, um programa que retira totalmente, em 100%, a autonomia das escolas. A escola não pode mais fazer transferência, não pode mais matricular; a confusão está gerada e os alunos fora da sala de aula. Não só na área da Educação de Jovens e Adultos, mas também na Educação Infantil, na Pré-Escola, no Ensino Fundamental, no Ensino Médio.

Essa é a situação caótica, por isso apelamos e exigimos que as Secretarias de Educação devolvam a autonomia às escolas e que haja um controle das diretorias de ensino, das secretarias de educação e desse programa integrado que integra a burocracia, mas desintegra o direito básico do aluno de estudar e optar pela escola mais próxima ou da sua residência ou do seu trabalho.

Está acontecendo volta às aulas nas duas maiores redes de ensino que estão vivendo verdadeiro caos, com as mães chorando na porta da escola porque os filhos foram matriculados em escolas distantes e não há justificativa, não há aceno de que haverá um ajuste dessas matrículas.

A população é desprezada; na maioria das vezes não é nem atendida nas Diretorias de Ensino e a culpa acaba caindo na própria escola, porque os pais não conhecem esse programa de matrícula integrada. Muitas vezes vão brigar com a diretora, com o professor, mas eles têm que brigar é com a Secretaria da Educação, com o governador e com o prefeito, porque eles foram os responsáveis por essa confusão que tem que ser resolvida imediatamente. Fica aqui o nosso apelo à Secretaria Estadual e à Secretaria Municipal de Educação. Obrigado.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Alex Manente.

 

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O SR. MARCOS MARTINS - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, ontem abordamos a questão das interrupções de energia elétrica em vários locais da cidade e do Estado de São Paulo, e em especial nesta Casa. Não sei se é só a Eletropaulo ou outra empresa de transmissão a responsável por isso. Solicitamos ao presidente da Casa que faça uma interpelação às empresas fornecedoras de energia elétrica para que expliquem o que está ocorrendo. Esperamos que isso seja resolvido. Gostaríamos muito que fossem feitos esses esclarecimentos.

Lemos a seguinte notícia: “Pane deixa 2,5 milhões sem luz em São Paulo”. “Problema atingiu pelo menos três regiões da capital e durou cerca de 15 minutos, com impacto maior na zona sul. Para o governo, o blecaute já era esperado, e outros devem ocorrer devido à não-construção de uma subestação de energia. O que mais preocupa o governo é que esse blecaute de ontem já era esperado e outros devem ocorrer. O principal motivo, segundo o Secretário de Energia, José Aníbal, é a não-construção de uma subestação de energia da CTEEP, ex-estatal paulista que deveria ter sido entregue em abril de 2010. O atraso da obra autorizada pela Aneel, em 2008, foi revelado pela “Folha” em maio de 2010. As outras, de acordo com o governo, tiveram início no mês passado e devem ser concluídas até 2012”.

O apagão está ocorrendo no Estado de São Paulo, causado por empresas que prestam serviços nesse estado e que precisam prestar esclarecimentos e melhorar seus serviços. Gostaríamos que isso ocorresse o mais breve possível.

Vamos abordar um outro assunto, uma preocupação geral da população que diz respeito à falta de segurança, que agora atinge regiões de classe média e classe média alta.

Lemos a seguinte notícia: “Em menos de 24 horas capital paulista enfrenta cinco assaltos em locais de extrema segurança”. “Em menos de 24 horas a cidade de São Paulo foi palco de uma série de assaltos em locais considerados de extrema segurança: uma agência bancária e um hospital infantil na Av. Angélica foram assaltados; uma das joalherias do Shopping Morumbi e um posto bancário que fica dentro de uma unidade do tribunal de Justiça, ambos na zona sul, foram invadidos por assaltantes”.

A falta de segurança tem aumentado, e também a preocupação da população. O governo do estado precisa melhorar as condições de segurança, as condições de trabalho, parar de transferir a responsabilidade da segurança para os municípios, como o pagamento de aluguel de delegacias, recursos para manutenção de funcionários, pagamento de funcionários.

Agora o estado quer regulamentar o bico para que as prefeituras paguem os policiais em horários de folga. Isso aumenta nossa preocupação porque certamente não irá resolver o problema da segurança do Estado de São Paulo.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.

 

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O SR. ALEX MANENTE - PPS - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos acompanha pela TV Assembleia, quero inicialmente registrar a presença do vice-prefeito de Ribeirão Pires, Edinaldo Menezes, o Dedé, que tem feito um grande trabalho na cidade. Foi vereador, presidente da Câmara e tem colaborado muito com a gestão do prefeito Clóvis Volpi. Certamente é uma grande liderança, com um trabalho muito bem desenvolvido. Hoje teremos um grande encontro na cidade para debater a reestruturação e o crescimento sólido do Partido Popular Socialista. Recebê-los nesta Casa é uma satisfação.

Quero aproveitar também de alguns temas que nos incomodam no período de chuvas na região do Grande ABC onde quase que diariamente algumas cidades são afetadas pelas enchentes, águas que chegam inevitavelmente pela força da natureza, águas que chegam em função da falta da limpeza das cidades. Certamente, muitos dos problemas que enfrentamos e fazem com que a população perca seus bens devem-se à falta de coleta adequada de lixo. Precisamos conscientizar nossa população de que é necessário buscar alternativas concretas de coleta de resíduos sólidos, de reciclagem de maneira adequada. É necessário que o poder público cumpra seu papel, mas é preciso ter uma política pública para enfrentar as enchentes fora do período que tem assolado à população. Observamos que muitas das ações são tomadas exclusivamente no período de chuvas e, posteriormente a isso, não há uma política pública bem desenvolvida para esse fim.

Em diversas cidades do país, tivemos oportunidade de acompanhar alguns tipos de coletas de lixo que estão dando certo e que trazem um pensamento ambiental para o futuro que precisamos inserir na cultura da nossa sociedade e na cultura do nosso estado.

Quero também aproveitar para deixar o nosso registro da importância do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, que de dois anos para cá é um consórcio público, que no último ano teve a direção do prefeito Clóvis Volpi e agora terá a direção do prefeito Mário Reali. Ele tem um papel importantíssimo. Estamos batalhando muito para poder receber no Grande ABC a extensão do metrô. É um papel que precisamos cumprir como representantes da região metropolitana, porque ela precisa ter uma interligação com a capital para melhorar o sistema viário e, consequentemente, a qualidade de vida. Não suportamos mais a demanda de veículos e de transporte público sem haver uma ligação direta do Grande ABC com a Capital. Tive a oportunidade de, no dia 12 de janeiro, estar junto com o Prefeito Auricchio, de São Caetano do Sul, no gabinete do Secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, acompanhado naquela data do novo presidente do Metrô, Avelleda, que nos garantiu da luta e do emprenho para poder levar o Metrô para o Grande ABC. E essa promessa queremos cumprir, independentemente da paternidade da gestão. Precisamos ter um transporte público de qualidade para a nossa população para que consigamos trazer um crescimento, um desenvolvimento, uma melhor qualidade de vida para toda nossa população do Grande ABC.

Eram essas as minhas palavras, Sr. Presidente, para poder deixar registrada a nossa preocupação em relação ao crescimento sustentável que vai desde a coleta seletiva de lixo, dos problemas de enchente que enfrentamos por conta disso, mas também do transporte público de qualidade, ligando a Capital ao Grande ABC.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos até as 17 horas.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Marcos Martins e suspende a sessão até as 17 horas.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 21 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 03 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Proposições em Regime de Urgência:

Há sobre requerimento de autoria do nobre Deputado Samuel Moreira com o seguinte teor:

“Requeiro, nos termos regimentais, que a disposição das proposituras da presente Ordem do Dia seja alterada na seguinte conformidade:

1 - Item 535, PL 645/2010, passe a figurar como Item 1;

2 - Item 31, PLC 44/2010, passe a figurar como Item 2, renumerando-se os demais itens.”

Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Item 1 - Discussão e votação - Projeto de lei nº 645, de 2010, de autoria do Sr. Governador. Autoriza a Fazenda do Estado a constituir servidão de passagem em favor da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Sabesp em imóvel localizado na Capital. Parecer nº 82, de 2011, do Congresso das Comissões de Justiça e de Obras Públicas, favorável.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Item 2 - Discussão e votação - Projeto de lei Complementar nº 44, de 2010, de autoria do Sr. Governador. Altera a Lei Complementar nº 959, de 2004, que dispõe sobre a reestruturação da carreira de Agente de Segurança Penitenciária. Parecer nº 81, de 2011, do Congresso das Comissões de Justiça, de Segurança Pública e de Finanças, favorável.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. JOSÉ ZICO PRADO - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Sras. e Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, com o remanescente da Ordem do Dia de hoje.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 17 horas e 05 minutos.

 

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