09 DE MAIO DE 2011
008ª SESSÃO SOLENE
Presidente: CÉLIA LEÃO
RESUMO
COMEMORAÇÃO DO "DIA ESTADUAL DE PREVENÇÃO AO CÂNCER DE MAMA"
001 - CÉLIA LEÃO
Assume a Presidência e abre a sessão.
Nomeia as autoridades presentes. Dá conhecimento de mensagens alusivas à
efeméride, encaminhadas por várias autoridades. Informa que a presente sessão
solene fora convocada pelo Presidente Barros Munhoz, a requerimento da Deputada
Célia Leão, na direção dos trabalhos, pelo "Dia Estadual de Prevenção ao
Câncer de Mama". Convida o público para, de pé, ouvir o "Hino
Nacional Brasileiro". Elogia o trabalho das várias entidades presentes.
Lembra a passagem, na semana que vem, da "Década contra a Violência no
Trânsito". Reflete sobre a importância da luta pela vida. Ressalta a
necessidade de se somar esforços na prevenção da doença "silenciosa"
que é o câncer de mama. Cita programas governamentais sobre a moléstia.
002 - LUIZ HENRIQUE GEBRIM
Médico, representando o Secretário
de Saúde Dr. Giovanni Guido Cerri, informa que tem mais de 25 anos de atividade
na especialidade. Cita as demandas
mundiais da Medicina. Dá conhecimento de dados estatísticos sobre a incidência
do câncer de mama. Recorda a atuação do ex-Secretário Barradas Barata quanto ao
tema. Informa índices sobre a mortalidade e diagnóstico precoce.
003 - WANDA CORRÊA
Vereadora à Câmara Municipal de
Taquarituba, informa que sua região é essencialmente agrícola. Destaca o seu
trabalho na área da Saúde. Enfatiza a importância da adoção do "médico de
família". Fala da importância de se qualificar profissionais. Ressalta a
carência de sua cidade. Informa que pacientes precisam recorrer a atendimento
médico
004 - Presidente CÉLIA LEÃO
Cita dados sobre população
paulista, que supera a de muitos países. Informa que sessões solenes também
servem para reivindicações. Discorre sobre o trabalho político e a
representação partidária. Fala do conceito sobre o "espaço sagrado".
005 - ULYSSES TASSINARI
Deputado Estadual do PV, enfatiza a
necessidade de luta conjunta contra o câncer de mama. Recorda sua atuação como
vereador de Itapeva e moção que encaminhara ao Ministério da Saúde. Lembra o
efeito positivo de mutirões para enfrentar o problema. Responde à vereadora
Wanda Corrêa que o antecedera na Tribuna. Lamenta a burocracia que prejudica o
atendimento médico.
006 - VERA LÚCIA FEDATO MONARI
Presidente da Rede Feminina
Nacional de Combate ao Câncer no Estado de São Paulo, informa que em Diadema
foi instalada a mais nova unidade da rede. Discorre sobre a conscientização da
população, do trabalho das voluntárias e da informação pela mídia. Fala do
acesso ao tratamento. Reflete sobre o peso emocional e econômico da doença.
007 - Presidente CÉLIA LEÃO
Anuncia apresentação musical feita
pela cantora Pamela Suelen.
008 - SENHORINHA AMARO DE SOUZA
Em nome das Voluntárias da Unaccam,
fala do trabalho da entidade que representa e da disponibilidade do voluntariado.
Enfatiza as atividades lúdicas e teatrais voltadas às crianças. Elogia o
desempenho dos médicos no tratamento da doença que, também, afeta os homens.
Informa trabalhos desenvolvidos na cidade de Itapeva. Faz reivindicações em
nome dos pacientes locais. Fala da importância dos voluntários, que tem
"dom divino", que são formadores de opinião.
009 - Presidente CÉLIA LEÃO
Recorda a memória e a biografia do
político e médico José Aristodemo Pinotti. Ressalta seu trabalho em defesa do
próximo, tendo salvado milhares de vidas. Enaltece o seu legado.
010 - MARIANE PINOTTI
Diretora da Clínica Professor
Pinotti e diretora da Sociedade Brasileira de Mastologia, enfatiza sua emoção
pelas palavras relativas a seu pai. Informa que o objetivo é reduzir a mortalidade pelo câncer
de mama. Fala da mobilização nesse sentido. Sugere a criação de programas de
prevenção e de tratamento eficaz e humano, no contexto estético e funcional.
Lembra princípios da Emenda federal nº 29, que trata da destinação de 12% dos
orçamentos estaduais para a saúde.
011 - MARIA EUGENIA CHIORINO LOPEZ
Presidente da Unaccam, trata do
desenvolvimento de estratégias para disseminar informações sobre a doença.
Enaltece o trabalho do voluntariado no apoio a pacientes e familiares. Destaca
a importância da atuação de equipes multidisciplinares. Informa que existem 600
voluntárias no estado. Enfatiza a preocupação quanto ao diagnóstico precoce e
os cuidados com a saúde. Faz citação de Madre Tereza de Calcutá;
012 - MARIA DEL PILAR ESTEVEZ DIAZ
Coordenadora Médica do Serviço de
Oncologia Clínica do Icesp, que representava o Prof. Dr. Paulo Gustavo Hoff,
Diretor-Geral em exercício, cita os objetivos da entidade que representa, que
tem três anos de fundação, na busca por tratamento e reabilitação eficiente.
Informa que 20% dos pacientes que recorrem à entidade tem câncer de mama.
Destaca a necessidade de integração da rede hospital estadual quanto ao
assunto.
013 - CÉSAR CABELLO DOS SANTOS
Professor associado livre docente
da Unicamp e presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Regional de São
Paulo, informa que ocorre uma morte em cada quatro pacientes. Lembra doenças
decorrentes da vida moderna e de variáveis ambientais ainda não detectadas. Faz
citação de Maquiavel. Enfatiza a importância desta data como efeito
catalisador. Argumenta que é preciso retirar das mulheres a responsabilidade
pelo problema. Adita que São Paulo deve ser pioneiro nessa visão.
014 - Presidente CÉLIA LEÃO
Elogia o doutor César Cabello dos
Santos, que foi aluno do dr. José Aristodemo Pinotti. Anuncia a entrega do
"Prêmio de Responsabilidade Social 2011" a quatro entidades.
015 - GILZE MARIA COSTA
FRANCISCO
Presidente do Instituto Neo Mama de
Prevenção e Combate ao Câncer de Mama, elogia os homenageados. Ressalta a
importância de "fazer o bem a si mesmo e ao outro". Faz saudação pelo
"Dia das Mães", transcorrido no dia anterior. Adianta votos de
felicitações pelo dia 12 de maio, dedicado às enfermeiras. Elogia a Casa pela
iniciativa.
016 - Presidente CÉLIA LEÃO
Anuncia a entrega de
"Certificados" a várias pessoas. Informa que esta sessão seria
transmitida pela TV Assembleia, em data oportuna. Discorre sobre a importância
do trabalho do voluntariado.
017 - CARLOS ALBERTO
RUIZ
Presidente Nacional da Sociedade
Brasileira de Mastologia, discorre sobre a necessidade do efeito multiplicador
pelo voluntariado. Destaca a necessidade de união dos vários envolvidos no
processo para enfrentar a doença. Lembra Plano Nacional contra o Câncer de
Mama, lançado pela Presidente Dilma Rousseff,
018 - Presidente CÉLIA LEÃO
Anuncia apresentação musical feita
pela cantora Pamela Suelen. Elogia o trabalho das voluntárias. Lembra a
passagem do Dia das Mães, no dia anterior. Fala do esforço de superação. Faz agradecimentos gerais. Encerra
a sessão.
* * *
- Assume a
Presidência e abre a sessão a Sra. Célia Leão.
* * *
A SRA. PRESIDENTE – CÉLIA LEÃO - PSDB - Havendo número legal, declaro
aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Com base nos termos
da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de
bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.
* * *
- É dada como lida a Ata da sessão
anterior.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - É com muita alegria que abrimos
agora a nossa Sessão Solene com a presença de todas as senhoras e senhores,
amigas e amigos que comparecem a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
nesta manhã de segunda-feira para todos nós aqui, se puder usar essa palavra de
alguma forma pensando positivo, comemorar o Dia Estadual de Prevenção e Combate
ao Câncer de Mama. Eu digo comemorar no sentido que hoje a nossa sociedade
brasileira e mundial, e particularmente do Estado de São Paulo tem uma forma
diferenciada de encarar e de forma positiva essa questão do câncer de mama. E a
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo não poderia se furtar num momento
tão importante como este lembrando o nosso dia nacional, lembrando o nosso dia
estadual, que será ainda nesta próxima semana, no terceiro domingo, em trazer o
debate para toda sociedade. E que possa nos Anais da Casa ter isso como
registro, e mais do que isso no nosso Diário Oficial, que publica todo o trabalho
realizado dentro da Assembleia. Da mesma forma também a TV Assembleia leva para
todo o Estado de São Paulo ao vivo e em cores um pedaço daquilo que acontece
dentro do Parlamento paulista. Este tema é de extrema importância, e todas as
senhoras e senhores sabem disso, fazendo com que esta Casa venha viver este
momento de uma Sessão Solene, no auditório principal, para trazer aqui a magnitude
e a importância que merece quando falamos de câncer de mama, quando falamos de
vida, quando falamos de prevenção.
Então com muita
alegria nós abrimos os nossos trabalhos, e gostaríamos com muita honra de
convidar para fazer parte da Mesa o professor, doutor Carlos Alberto Ruiz,
Presidente Nacional da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Uma salva de palmas ao doutor Carlos Alberto Ruiz. (Palmas.) Muito obrigada
pela presença do senhor.
Gostaria de chamar
para estar conosco o doutor Luiz Henrique Gebrim que também está aqui
representando o secretário da Saúde doutor Giovanni Guido Cerri,
que é do Hospital da Mulher Pérola Byington. Por favor, doutor Luiz Henrique
Gebrim uma salva de palmas a ele que representa o nosso secretário de Saúde.
(Palmas.)
Também doutora Maria
Eugênia Chiorino Lopez Presidente da Unaccam, nossa
parceira literal aqui de dentro desta Assembleia Legislativa. (Palmas.) Por
favor, doutora Maria Eugênia, muito obrigada pela presença e pelo trabalho que
a senhora faz por todos nós.
Doutora Vera Lucia
Fedato Monari, Presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer do Estado de
São Paulo. (Palmas.) Por favor, também tome assento conosco.
Queria registrar e
convidar para estar conosco também o nobre Deputado estadual doutor Ulysses
Tassinari que está conosco neste momento. Uma salva de palmas ao deputado
estadual doutor Ulysses Tassinari. (Palmas.)
Queremos ainda
justificar as seguintes ausências: o doutor Geraldo Alckmin, Governador do
Estado de São Paulo; a senhora Lu Alckmin, Presidente do Fundo Social de
Solidariedade; o doutor Herman Voorwald, nosso
secretário de Educação; o doutor Roberto Haddad, desembargador federal; o doutor
Carlos Vilela prefeito de Caçapava; a professora doutora Paola Zucchi, vice-Presidente
da Academia da Ufifesp-Osasco; o Deputado Estevam
Galvão; Deputado Antonio Mentor; Deputado Luis Carlos Gondim;
a esposa do Deputado Campos Machado, dona Marlene Campos Machado; o próprio Deputado
Campos Machado; o senhor secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e
Tecnologia, doutor Paulo Alexandre Barbosa; o doutor Wilson Pollara,
diretor- executivo do Instituto do Coração, e também o doutor Elival da Silva
Ramos, procurador-geral do Estado de São Paulo.
Queremos dizer que
com essas justificativas esta Casa se sente mais uma vez muito honrada e
privilegiada pela atenção que as grandes lideranças e autoridades do Estado de
São Paulo dão não só ao Parlamento paulista, mas, sobretudo, a esse tema que é
um tema que interessa a todos nós.
Gostaríamos aqui de
agradecer e justificar e enaltecer a pessoa da Deputada Analice
Fernandes, que tem também na sua bandeira de trabalho e defesa da sociedade,
sem sombra de dúvida a Saúde, que é um trabalho direto da Deputada Analice Fernandes, e, sobretudo, o câncer de mama, que tem
sido uma preocupação para ela diuturna. Ela gostaria muito de estar aqui nesta
Sessão Solene, fazendo a Sessão Solene, mas por uma série de dificuldades de
agenda, ela não poderia estar cumprindo mais essa essa tarefa. Por isso ela nos solicitou para que
pudéssemos fazê-la. Certamente não farei com o brilhantismo que ela faria, mas
tenham a certeza que me empenho, me empenharei a estar aqui de forma completa,
de corpo e alma, de coração aberto.
Moro no município de
Campinas, portanto, sou do interior. A plaquinha do interior está depois da
cidade, se puser na cidade os campineiros não gostam, mas de qualquer forma é
uma cidade grande, pujante, bonita, uma cidade do interior. Desloquei-me de
Campinas hoje muito cedo, acordei hoje um pouco antes das cinco horas da manhã,
tentei colocar a roupa, que eu me sinto muito bem, passar o batom que eu gosto, o melhor perfume, enfim, estar de acordo para receber
todas as senhoras e senhores para marcar de forma definitiva essa questão da
prevenção do câncer de mama que certamente é a salvação de dezenas, centenas,
milhares de vidas, especialmente num grupo maior de mulheres, e não podemos nos
esquecer dos homens também, que mesmo num número inferior, infinitamente
inferior, mesmo assim são vidas, e toda vida tem que ser preservada. Por isso agradecemos
imensamente a presença de todos aqui e tenham a certeza que aqui estou para
cumprir uma tarefa, para cumprir uma obrigação legislativa, para cumprir parte
do nosso trabalho, mas tenham a certeza que cumpro cada detalhe desta missão
com muito amor, com muito carinho e com muito respeito, e, sobretudo, com muito
compromisso com a vida.
Nós queríamos
agradecer mais uma vez a Casa, aos funcionários da Assembleia, o nosso
Cerimonial, e todas as pessoas que ajudaram diretamente para que esta Sessão
pudesse acontecer.
Eu quero agora
convidar a todos para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado
pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do
Subtenente PM Vilas Boas, que é Maestro da Seção Especial do Corpo Musical.
* * *
- É executado o Hino
Nacional Brasileiro.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Quero dizer que esta questão de
aplaudir ou não o Hino Nacional é um tema bastante polêmico hoje discutido no
Brasil todo. E acontece sempre a discussão após os eventos e acontecimentos,
porque as pessoas ficam: aplaude ou não aplaude? Eu sou uma daquelas que
defende a corrente do aplauso, porque penso que fazer esse carinho, esse
reconhecimento da importância da Bandeira Nacional, do Hino Nacional, significa
reconhecer a importância da nossa Pátria, da nossa Nação. Porque o país é a
nossa terra geograficamente falando, a nossa Nação é o nosso povo, então de
qualquer forma eu penso que aí pelo Brasil todo já uma norma, ou pelo menos um
costume, de se aplaudir depois da entoação do Hino Nacional.
Mas queremos
registrar aqui com muita alegria a presença da doutora Marialice Cerello que
está neste ato representando doutora Linamara Rizzo Battistella que é a nossa secretária de Estado dos Direitos
da Pessoa com Deficiência, que não pode estar, e está aqui doutora Marialice
Cerello, muito obrigada pela presença.
Também estão presentes o doutor Cristiano Lanfredi, delegado de
polícia da Assembleia Legislativa, que está representando o doutor Marcos
Carneiro Lima, delegado-geral de Polícia Civil do nosso Estado de São Paulo; e
o doutor José Antonio Marques, doutor Magro, da Fundação Oncocentro.
Queremos registrar as
presenças também do doutor Paulo Roberto Pirozzi, muito obrigada pela presença,
professor da Faculdade de Medicina do ABC; da doutora Maria Del Pilar Estevez
Diz, coordenadora médica do Serviço de Oncologia Clínica do ICESP,
representando o professor doutor Paulo Hoff diretor-geral em exercício; da doutora
Maria do Carmo Checchea Fernandes Pereira, vice-Presidente da Unaccam,
muito obrigada querida Maria do Carmo; do doutor César Cabello
dos Santos, professor associado livre docente da Unicamp, da nossa cidade de
Campinas e Presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia Regional de São
Paulo, e da sua esposa dona Adriana, muito obrigado pelas presenças, aquela
grande universidade se sente aqui muito bem representada.
Quero agradecer e
registrar a presença da Vereadora Siméia Zanon, da Câmara Municipal de Paulínia; da doutora Gilze Maria Costa Francisco, Presidente do Instituto de
Prevenção e Combate ao Câncer de Mama.
Queremos agradecer e
registrar a presença da nobre Vereadora Wanda Corrêa,
da Câmara Municipal de Taguarituba; e também com
muito carinho uma das voluntárias da Unaccam - são
dezenas delas - a Senhorinha Amaro de Souza, muito obrigada pela presença; as voluntárias
do município de Valinhos - senhora Maria Elizabete Adaid, senhora Edileusa
Andrade Leão, senhora Stella Hatzidimitriou, senhora
Maria da Conceição Martins Luz -, muito obrigada pela cidade de Valinhos; e também
da doutora Gianna Venâncio, da Saúde da Mulher do
município de Santo André.
Obviamente temos aqui
diversas lideranças, associações, entidades que estão aqui participando, mas
não temos ainda o registro de todas as pessoas, vamos fazendo conforme a sessão
vai acontecendo.
Ainda queremos
registrar e agradecer a presença da senhora Leonor Tufani Beogini que é
Presidente a Rede de Voluntárias de Combate ao Câncer do município de Itatiba, e
do prefeito João Fatore, muito obrigada à presença de Itatiba. Também da
primeira dama do Fundo Social de Solidariedade de Diadema, senhora Débora de
Carvalho Batista, leve ao nosso abraço ao prefeito de Diadema, por gentileza. E
ainda da representante da Secretaria de Educação do município de Diadema,
professora Elisabete Marques, muito obrigada pela presença.
Eu fico muito feliz
de ver este plenário praticamente lotado nesta manhã de segunda-feira, um dia
“comum de trabalho”, um dia que cada um de nós nas nossas tarefas, na nossa
profissão, nas nossas obrigações de trabalho temos uma agenda já formatada. Eu
fico muito feliz que pessoas como aqui já foram citadas e compõem a nossa Mesa
- professores, doutores, universidades, clínicas, hospitais, entidades,
associações, instituições - ,uma parcela importante da
sociedade, deixem um pedacinho do seu tempo, do seu dia de hoje para compor na
Assembleia esta Sessão Solene para marcarmos definitivamente aquilo que precisa
ser feito na nossa sociedade.
Basta nós pegarmos os nossos diários,
os jornais de grande circulação, a internet que nos traz informações 24 horas,
os telejornais, programas de rádio para nós sabermos como vive lado a lado,
lamentavelmente, a sociedade e a violência em qualquer formato. Na semana que
vem começa a Década Contra Violência no Trânsito, que é obviamente uma
violência grave e que todas as senhoras e senhores haverão de acompanhar, se já
não acompanham, imagino que sim, quem defende a vida defende em todas as
situações. E nós tivemos na década passada que terminou
agora no ano passado um milhão e quinhentas mil pessoas mortas no trânsito no
Brasil. Eu vou repetir para nós não perdermos os números: um milhão e quase
quinhentas mil pessoas perderam as vidas. Cada uma dessas pessoas perdeu a vida
em acidentes de trânsito, quer seja acidentes nas estradas, no perímetro
urbano, seja aonde for.
A vida é importante
em todos os momentos, em qualquer situação e nós temos que preveni-la. Quando
falamos em acidente, queda de avião tudo isso nos chama muito atenção. Quando o
avião cai obviamente chama a atenção da sociedade a forma,
a violência, o medo, a quantidade de pessoas de uma forma conjunta numa só
aeronave. Tudo isso marca muito e suscita na sociedade uma discussão até
incontrolável. Mesmo se não quiséssemos, essa discussão ela aconteceria.
Diferente da nossa luta hoje - já de década - de tentar prevenir e combater o
câncer de mama que também leva dezenas, centenas, milhares de pessoas e
particularmente mulheres a perderem suas vidas.
Ele acontece quase
que de forma muda, de forma calada, de forma separada. A sensação que pode dar
num primeiro momento absolutamente equivocado é que quando vai uma pessoa
isolada isso não chama atenção. Vai chamar atenção de quem? Dos familiares mais
próximos, dos amigos mais próximos, dos colegas de trabalho, da comunidade, da
igreja, enfim, das pessoas que convivem com aquela que perdeu a vida. Estou
dizendo aquela no sentido feminino, pois sabemos que o número maior é de
mulheres. Não faz diferença quando cai um avião e se perde vidas, mas o clamor
é maior quando uma só mulher perde a vida por uma doença que poderia ter sido
absolutamente e quase 100% prevenida e resguardada a vida daquela pessoa, ou
daquela mulher.
Quero dar
continuidade a nossa Sessão Solene, além de agradecer todas as lideranças que
justificaram ausências e as pessoas que estão aqui presentes conosco, os
professores, doutores, voluntárias, cada um que tem um trabalho nessa direção. Agradeço
por estarem conosco para ‘engrossar o caldo’, como se diz na gíria popular, e fazer
um coro mais forte.Que cada voz possa gritar e possa falar
a respeito desse tema, não só na terceira semana de maio, não só no dia nacional,
não só em eventos que às vezes são isolados, ou chamados de isolados, mas na
hora que acordamos e na hora que dormimos, pois ele vem silencioso, ele vem
pequenininho, as pessoas não enxergam, e quando vão enxergar não conhecem, e
quando vão conhecer muitas vezes já é tarde.
Assim, com muita
alegria doutores, professores, presidentes, representantes do nosso secretário
de Estado doutor Giovanni Guido Cerri, representante da nossa secretária
Linamara Rizzo Battistella que tem um trabalho também diretamente ligado com
isso, dando continuidade, queremos convidar algumas pessoas para nos ajudar no
discurso, na integração pela voz para marcarmos nos Anais da Casa o que
significa esta Sessão Solene. Então gostaria de convidar neste momento o doutor
Luiz Henrique Gebrim que aqui representa o senhor secretário de Saúde para
fazer o uso da palavra. Por favor, doutor Luiz Henrique Gebrim.
O doutor Luiz
Henrique Gebrim vai se deslocar até a tribuna oficial da Assembleia Legislativa,
aqui à nossa direita, para fazer o registro não só da sua presença, da sua
pessoa física, mas também em nome do senhor secretário doutor Giovanni Guido Cerri. Uma salva de palmas ao doutor Gebrim.
O microfone é de Vossa Excelência. (Palmas.)
O
SR. LUIZ HENRIQUE GEBRIM - Muito
obrigado. Bom-dia a todos. Eu queria em nome do
professor Giovanni Guido Cerri agradecer a oportunidade de estar aqui
justamente para discutir um assunto que estamos vivendo há mais de 25 anos
tanto na carreira acadêmica como também no Hospital Pérola Byington,
que é um hospital estadual. Agradeço a iniciativa da Deputada Célia Leão e
todos os demais parlamentares, e quero mostrar a importância que esta data tem
para a sociedade, principalmente hoje vivenciando um período mundial de grandes
demandas na medicina, e que nos colocam muitas vezes em situações de extrema
dificuldade em direcionar recursos. E falando em nome do atual Secretário,
professor Giovanni Guido Cerri, há uma preocupação
cada vez maior em usar racionalmente aquilo que é de recurso público para
promover o melhor efeito para a sociedade. E uma das prioridades, óbvio, é o
câncer de mama.
Praticamente aqui no
Estado de São Paulo há cerca 15 mil casos por ano novos de câncer de mama, e na
Grande São Paulo e na Capital cerca de seis mil. Se o Brasil tem 50 mil, seis
mil, mais de 10% numa cidade, numa grande cidade como São Paulo, porque é uma
cidade que graças à condição estratégica está dotada de bons hospitais, bons
médicos, uma equipe dinâmica aprimorando cada vez mais o acesso, o acolhimento
da mulher que tem muitas vezes queixas mamárias, ou nódulos mamários já
presentes. Temos conseguido atender muitas vezes cidades vizinhas, estados
vizinhos, e graças a uma política que se iniciou há mais de sete anos. E aqui
eu gostaria de lembrar o Secretário Luiz Barradas, uma pessoa que há sete anos
criou os mutirões para evitar filas de mamografias e reduzir o tempo para
iniciar o tratamento, diagnosticar o câncer e tratar o mais rápido possível. Estamos
tendo evidências aqui no Estado de São Paulo de já estar conseguindo uma redução
de mortalidade em torno de 19 por cento. Esse é um dado auspicioso, porque
poucos países que tem um serviço público de acesso livre e gratuito, tem podido oferecer e mostrar a população. Então é um
trabalho contínuo, não se pode dar antibiótico por um dia, precisa ser sete
dias, 10 dias, e uma política para câncer, para detecção, para diagnosticar
mais precocemente e tratar evidentemente onera o Estado. Mas há impacto na
redução de mortes. Se contabilizarmos quantas mulheres estão
sendo salvas nos últimos anos pelos programas de acelerar o diagnóstico e o
tratamento desses grandes hospitais do Estado de São Paulo, aí, sim, iremos dar
valor aquilo que se gasta, aquilo que se investe. Na verdade não é um gasto, é
um investimento.
Estamos aqui
representando o Secretário e também o Hospital Pérola Byington,
que é o hospital que trata mil casos novos por ano, dos seis mil casos da
Grande São Paulo. Acreditamos que três mil casos são tratados pelos seguros, pelos
convênios. E dos três mil da rede pública do SUS, mil acabam sendo tratados
nesse hospital. Então é evidente que agora com excessos nos grandes hospitais
estaduais do interior nós teríamos um grande desafio, que é o que o Secretário
vem colocando, que é a criação de uma rede. Ninguém faz nada sozinho, nós
precisamos nos unir. Temos a linha e a agulha, precisamos confeccionar e deixar
essa rede de tal forma bem estruturada no Estado, e que ela possa ser replicada
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB – Obrigada, doutor Luiz Henrique Gebrim. Uma salva de palmas a ele, e leve essa salva de
palmas também ao Secretário doutor Giovanni Guido Cerri.
Diga ao Secretário que depositamos toda a nossa confiança e entusiasmo nessa
questão da prevenção do câncer de mama com todos os projetos e programas que
certamente a Secretaria já os tem, mas que pode cada dia mais incrementado no
sentido de tentarmos chegar, dizem que perfeição não existe, mas sempre é bom
tentarmos alcançá-la. Então leve ao Secretário Giovanni Guido Cerri o nosso
apoio, o nosso entusiasmo e a confiança que a cada dia mais será melhor.
Queremos convidar
também para fazer uso da palavra na tribuna de honra da Assembleia a senhora
Wanda Corrêa, que é vereadora da Câmara Municipal de Taguarituba.
Por gentileza, V. Exa. tem a
palavra também para fazer a sua manifestação.
Queremos registrar,
enquanto a vereadora se dirige até o microfone, a presença da doutora Maria
Amélia Alencar, que é coordenadora dos Direitos da Mulher do município de
Taboão da Serra. Muita obrigada, doutora Maria Amélia Alencar pela presença. E
também da Câmara Municipal de Diadema o Vereador José Dourado. Muito obrigado, Vereador.
Leve o nosso abraço também a Câmara Municipal de Diadema. E eu fico muito feliz
quando as Câmaras Municipais participam das nossas sessões solenes porque
certamente cada um desses vereadores levam para as
suas respectivas Câmaras Legislativas um pouco das ideias,
do clamor e das notícias em projetos e programas que o município pode também
fazer.
Tem a palavra a Vereadora
Wanda Corrêa.
A
SRA. WANDA CORRÊA - Bom-dia
a todos. É uma honra, Excelentíssima Deputada Célia Leão, estar presente hoje e
poder estar explanando para vocês a realidade da nossa região Sudoeste do
Estado de São Paulo, na qual Taguarituba é vizinha da Cidade de Itapeva do
nosso excelentíssimo Deputado Ulysses Tassinari, que
hoje representa muito bem a nossa região.
A nossa região é
totalmente agrícola, a nossa realidade é totalmente diferenciada do restante do
Estado de São Paulo. Então trabalhei por sete anos na área da Saúde e foquei
muito bem que o Secretário de Estado doutor Giovanni Guido Cerri teria que estar
focalizando e qualificando a Equipe do Médico da Família para estar levando
informação e orientação a todas as famílias, porque são os profissionais da Saúde
que estão mais em contato com a população. Então seria de grande importância o
nosso Secretário da Saúde do Estado estar focando a qualificação do médico da família,
o PSF, a enfermeira, o agente comunitário da Saúde, que estão buscando e vivendo
a realidade da nossa região, principalmente no Estado de São Paulo todo, porque
é um programa do nosso Governador Geraldo Alckmin, que implantou no governo
dele.
Então é de grande importância focalizar e qualificar esses
profissionais para estar levando essas informações e trazendo para toda
comunidade a realidade que cada município vive. Mas a nossa região é uma região
muito carente e nós temos que estar nos locomovendo até a Unesp de Botucatu para fazer esse exame. Então seria
de grande importância também que o doutor Ulysses Tassinari
levasse para a nossa região um mamógrafo, um aparelho de mamografia, para estar
atendendo e diagnosticando esses casos, principalmente na região Sudoeste do
Estado de São Paulo. Fica essa indicação ao doutor Ulysses Tassinari
para que V.Exa. possa estar focalizando, por ser um
médico que atende com excelência toda a nossa região. Muito obrigada. (Palmas.)
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Obrigada, Vereadora Wanda Corrêa.
A Sessão Solene
também tem desses bons momentos, a vereadora além de participar com sua pessoa,
como mulher, aproveita a presença do senhor Secretário de Saúde aqui
representado, traz também da sua região as reivindicações mínimas possíveis
para se melhor cuidar daquela população. É bom não esquecermos hoje que estamos
com quase 42 milhões de habitantes morando no Estado de São Paulo. Reconhecendo
o valor do Brasil como um todo e cada Estado - todos são muito lindos e muito
importantes – mas o Estado de São Paulo é o carro-chefe do nosso país, é o
Estado mais populoso, e temos uma população maior do que a de muito países. Podemos aqui fazer um comparativo até,
inclusive com a Europa e a própria América Latina. A Argentina, um país vizinho,
é importante para o desenvolvimento do Cone Sul. Tenho que falar bem da
Argentina porque casei-me com um argentino. Ninguém é
perfeito também. Gente, vocês tem que entender isso. Mas eu estou brincando, ele
é um marido maravilhoso. De qualquer forma lembrei-me da Argentina por conta de
que é um país grande e bonito com 36 milhões de habitantes. Sem menosprezar a
nenhum país que tenha menos habitantes do que o nosso Estado, muito pelo
contrário, tudo é importante, mas vamos lembrar a importância que tem o Estado
de São Paulo, a sua grandeza geográfica, e as diferenças que nós vivemos. E
disse agora a vereadora de que a sua região tem um diferencial: ela é agrícola,
ela é uma parte rural e, portanto, doutor Gebrim, há um diferencial também no
atendimento. Então Sessão Solene serve para isso, para fazer as reivindicações
ao vivo, em cores e aí não tem como errar, os direcionamentos depois das
respostas certamente chegarão.
Dando continuidade,
nós queremos convidar agora com muita honra, alegria,
particularmente para mim, em conviver na Casa com pessoas que representam com
dignidade, com grandiosidade e com competência e seriedade o Parlamento
paulista. Eu peço 30 segundos só para fazer esse preâmbulo para dizer que, as
senhoras e senhores que estão presentes aqui, os professores doutores que
compõem esta Mesa, doutores e doutoras que compõem o plenário, colaboradores,
funcionários, todos são importantes, todos têm a sua importância enquanto seres
humanos, pessoas, humanas. E eu quero aproveitar isso para dizer a importância
do Parlamento de São Paulo. Quando falamos em política, ela não é uma palavra
muito bem acolhida aos ouvidos hoje; e quando falamos de políticos é uma
palavra menos ainda bem-vinda ao coração da sociedade.
Eu queria que as
senhoras e senhores que aceitaram o nosso convite, que vieram aqui de bom
grado, que certamente vieram com carinho, mais do que isso vieram com respeito
para sentar-se aqui neste plenário e pisar nesse chão sagrado. Alguém pode dizer, como outro dia me disse, me contestou uma pessoa, com
todo respeito: “Mas, Deputada, a senhora está chamando o chão da Assembleia ou
do plenário de chão sagrado, chão sagrado é chão de igreja.” E eu disse a essa
pessoa: “A senhora tem razão, chão de igreja também é sagrado, obviamente, mas
aqui na Assembleia pra mim o chão desse Parlamento onde nós pisamos também é
sagrado.” E se não for para alguns tem que modificar o sentimento e a
orientação, e tem que ver esse chão como um chão que tem que ser respeitado
pela sociedade, e, sobretudo, pelas pessoas que vem aqui em nome da sociedade.
Quando as pessoas são eleitas deputados ou deputadas, homens ou mulheres, dos
partidos que forem, aqui não tem nenhuma conotação ou
coloração político partidária, hoje a Assembleia de São Paulo é representada
por 94 pessoas, dos quais 10 são mulheres, e somos representados hoje nessa
nova legislatura por 15 partidos políticos de diversas tendências aquilo que a
democracia no Brasil acolheu e permitiu. Eu chamo de chão sagrado porque para
cá vieram 94 pessoas para representar esses quase 42 milhões de brasileiros que
moram no Estado de São Paulo, e tem que representar com dignidade, com
seriedade, com respeito, com responsabilidade, mas, sobretudo, tem que
respeitar com compromisso. Compromisso de vida. O voto é sagrado. O voto é
decisão pessoal da cabeça e do coração de cada indivíduo brasileiro que possa
exercer esse maior direito que tem de escolher os seus representantes.
E, portanto, querido
doutor Ulysses Tassinari, eu fico muito feliz e muito honrada de ter aqui na
Assembleia colegas homens e mulheres que sabem honrar esse voto, e que sabem
trabalhar pelo bem da sociedade. Parlamento não é local para se locupletar.
Parlamento não é lugar para se enriquecer. As pessoas que vêm para cá têm que
ter o sentimento vivo no coração de que vêm aqui em função de bem representar a
sociedade de São Paulo. E trazer aqui a voz e o voto dos interesses dessa mesma
sociedade, se não for assim não vai estar aqui. E se fizer coisas diferenciadas
daquilo que a Constituição Federal e Estadual nos obrigam a fazer, se for
alguma coisa criminosa não pode ser debatida aqui dentro. Lugar de criminoso é
na cadeia e não no Parlamento. Lugar de pessoa que não tem responsabilidade com
a vida não é aqui dentro. Portanto, eu tomei esses dois minutinhos para falar
da importância do Parlamento porque as senhoras e os senhores aceitaram um
convite para vir num lugar que para mim no Estado de São Paulo é um dos mais
importantes. Afinal de contas aqui é a Casa de 42
milhões de pessoas, homens e mulheres, jovens e idosos, crianças, brancos e
negros, ricos e pobres, de todas as tendências. Nós aqui representamos - me
permitam chamá-los assim por um segundo e com todo respeito - nós aqui representamos
vocês, e temos que saber a obrigação que nos cabe.
Por isso quero passar
a palavra agora a este homem que, de forma carinhosa cochichou de forma muito
delicada: “Deputada, comecei tarde, por isso tive que correr um pouco.”
Ele já foi vereador
da sua cidade, já foi vereador por dois mandatos, foi vice - Prefeito da
cidade, e quis o povo daquela região que viesse aqui representar essa mesma
região que é a região que a vereadora acabou de nos falar, que é a cidade de
Itapeva. Portanto, eu queria que se assomasse a tribuna o nobre Deputado
estadual doutor Ulysses Tassinari, que tem uma história importante na vida
pública, e certamente aqui no Parlamento já começa a contribuir com todos nós.
Uma salva de palmas ao Deputado que assoma a tribuna agora para nos
representar. (Palmas.)
O
SR. ULYSSES TASSINARI - PV - Muito
bom - dia senhoras e senhores. Quero saudar a nossa nobre e querida Deputada
Célia Leão que preside esta sessão. Saúdo o doutor Luiz Henrique Gebrim, do Hospital Pérola Byington;
a senhora Vera Lúcia Fedato Monari, Presidente da
Rede Feminina de Combate ao Câncer; o senhor Carlos Alberto Ruiz, Presidente
Nacional da SBN; adoutora Maria Eugênia Chiorino
Lopez, Presidente da Unaccam. E de uma maneira muito
especial, muito feliz, muito surpreendente ver que a minha cidade, a minha região
está muito bem representada aqui por duas pessoas que são exemplos na nossa
região, a Senhoria Amaro de Souza, grande voluntária, dedicada, e a Vereadora Wanda Corrêa, que vim a conhecer hoje, mas tenho certeza
que são pessoas sensíveis, voluntárias, dedicadas e realmente demonstram um
grande coração, um grande sentimento de estarem aqui presentes, se
conscientizar, de levar a nossa região tudo aquilo de importante que for dito
aqui hoje. (Palmas.)
Eu quero parabenizar
e enaltecer a iniciativa da nossa querida Deputada Célia Leão. Eu acho que é de
extrema importância, de uma grandeza, de uma magnitude esse tema Prevenção do
Câncer de Mama. Naturalmente a gente tem oportunidade de viver todas as fases da vida: as doenças, as dores, os sofrimentos. Às
vezes quantos recursos financeiros e humanos são despendidos, e principalmente
quanta mutilação e até mesmo vemos vidas humanas serem ceifadas prematuramente.
Eu acho que todos nós temos que levar daqui hoje a conscientização, e levarmos
daqui de que podemos vencer a luta do câncer. O câncer tem cura. Acho que se
nós levarmos daqui hoje esses dois pensamentos realmente nós estaremos
promovendo um bem estar a saúde em toda a sua
plenitude para toda a nossa população.
Eu me lembro, ainda
quando era Vereador em Itapeva, que artistas iam a televisão incentivar as
mulheres a fazer a prevenção do câncer de mama, fazer a sua mamografia. Mas eu
ficava muito triste quando as mulheres chegavam e diziam: “Doutor Ulysses, eu
não consigo fazer mamografia, eu não tenho onde fazer. Espero um, dois anos
para conseguir uma mamografia!” A Santa Casa de Itapeva já tinha um mamógrafo mas, eu, como vereador, naturalmente fiz uma moção ao
Ministério da Saúde, solicitando mais um mamógrafo para a região, e que fosse
instalado na rede pública de Itapeva para atender toda a região. Fiquei muito
surpreso com a resposta: já tem um mamógrafo na Cidade de Itapeva, e um
mamógrafo é para satisfazer uma área de 300 mil habitantes. Então a gente tem
que lutar contra esses absurdos e incoerentes parâmetros. Às vezes essa
burocracia emperra e não vai realmente de encontro as
reais necessidades e peculiaridades de uma região.
Felizmente progredimos
nesse sentido. Hoje, as mamografias são conseguidas com uma rapidez maior.
Temos que enaltecer a iniciativa do Governador do Estado, da Administração
estadual. Acho que já tivemos em Itapeva nos últimos dois anos uns três
mutirões de mamografia. Isso faz com que a fila ande bastante, que a demanda
seja vencida mais rapidamente.
Então, nós, não só
como agentes políticos, mas todas as lideranças religiosas, comunitárias,
voluntários, temos que levar a todas as mulheres essa necessidade, e dizer que
o câncer tem cura, que nós vamos vencer essa luta. Mas devemos dar o máximo de
todos nós para que consigamos esse sucesso.
Minha cara Vereadora Wanda Corrêa, eu assumo aqui publicamente o compromisso
dentro das minhas limitações de fazer todo o possível de vencer a burocracia, e
fazer com que também Taguarituba e a sua microrregião possa contar com o
serviço de mamografia mais eficiente e mais rápido. Acho que isso é de extrema
importância, eu acho que isso é o mínimo que nós podemos fazer para justificar
estarmos aqui. Acho que a razão fundamental de estarmos aqui é realmente de
promovermos essas ações que às vezes parecem até pequenas, mas assumem uma grandeza muito grande, uma magnitude muito
grande porque está envolvida a saúde, a vida humana. Muito obrigado. Sucesso a
todos. (Palmas.)
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Muito obrigada, nobre Deputado Ulysses
Tassinari.
Lembrando uma frase
do Governador Geraldo Alckmin com as palavras do Deputado Ulysses Tassinari: A política tem que servir para melhorar a vida
das pessoas. Se a política não servir para melhorar a vida das pessoas ela não
serve para nada. Absolutamente para nada.” Então
queria agradecer em nome aí da atividade política a presença do Deputado
Ulysses Tassinari.
Queremos convidar
agora para fazer uso da palavra a nossa querida Vera Lúcia Fedato
Monari, Presidente da Rede Feminina de Combate ao
Câncer do Estado de São Paulo. Por favor, querida amiga doutora Vera Lúcia que
preside essa Rede Feminina tão importante. Uma salva de palmas a doutora Vera
Lúcia Fedato Monari. Obrigada pela presença da
senhora (Palmas.)
Queremos ainda
registrar a presença com muita alegria da senhora Sonia Rosaline Felipe, do
Projeto Colibri. Muito obrigada, querida Sonia. Do Grupo Andanças do município
de Sorocaba, a doutora Elisa Maria Neiva Vieira. Muito obrigada e um abraço a
todo o Grupo. E também a presença, mais uma vez, do município de Paulínia a
senhora Maria Lúcia, que é Vice-Presidente da Associação Amigos Unidos por Amor
contra o Câncer. Muito obrigada, e leve um abraço nosso a todos os Amigos
Unidos.
Com a palavra a nossa
querida Vera Lúcia Fedato Monari.
A
SRA. VERA LÚCIA FEDATO MONARI –
Bom-dia. Muito obrigada pelo convite, Deputada, é uma
honra estar aqui.
Eu gostaria de
colocar uma coisinha bem rápida. A Rede Feminina de Combate ao Câncer do Estado
de São Paulo é composta por pessoas de diversas regiões do Estado. Em Barretos
nós temos uma representante, e faz parte da nossa diretoria com muita honra a Gilse, que é de Santos e cobre todo o litoral. Nós temos a
Vera Taruel, que é de Santo André. E como vocês
citaram bastante Diadema. Diadema tem a rede mais nova do Estado de São Paulo.
Ela completou dois anos, é a nossa caçulinha.
Eu gostaria de falar
para vocês que a prevenção do câncer de mama no Estado de São Paulo passou por
várias fases. Acho que nós estamos numa terceira fase. Eu tenho 40 anos de voluntariado,
comecei aos 22 anos. Primeiro tivemos uma parte da conscientização médica,
depois do voluntariado, depois da imprensa. Então a prevenção já está bem
divulgada. É claro que todos os anos nós temos que fazer esse reforço, mas
agora o nosso papel como voluntária é ajudar na
acessibilidade. Acessibilidade, depois que vem o resultado, e o tratamento,
fase em que estamos.
Sinto-me muito
honrada por ser uma representante do Estado de São Paulo, porque nós temos aqui
280 instituições de combate ao câncer. Isso só
A Vereadora citou
aqui que não tem um mamógrafo na cidade dela, mas no ano passado nós
participamos do I Fórum Intersetorial de Combate ao
Câncer. Nesse I Fórum participaram médicos, voluntários e interessados na área,
e ficou estabelecido que as regiões ou municípios que têm um número muito
pequeno de pessoas para atender a demanda de prevenção do câncer de mama, os exames
seriam feitos em conjuntos de cidades e por um ônibus itinerante como tem em
Barretos, que serviu como modelo para nós. Então, a Vereadora pode se inteirar
aí com o Fórum Intersetorial, que foi feito pela
American Society. Fizemos um trabalho muito bom, cujos
resultados foram divulgados numa revista. Por isso há regiões que não adianta
nada ter um mamógrafo e ficar ocioso durante seis meses do ano. Então que se
aglutine para que não haja o que o Deputado falou, sobre dispersão ou gasto de
um dinheiro sem necessidade.
Então o nosso papel agora como voluntária é ajudar as pessoas ande
encontrar o acesso para o tratamento, porque nós estamos numa segunda, terceira
fase. E o Estado de São Paulo é referência. Tenho andado muito pelo Brasil. Gente,
nós estamos
Quando vocês fizerem
algum evento ponham no papel, quanto vocês gastariam
se todas as pessoas que trabalharam nesse evento exigisse uma remuneração,
vocês vão ver quanto a nossa mão de obra tem valor, tem peso. Não é só um peso
emocional é um peso econômico também.
Então, meus parabéns
para todas vocês que são minhas voluntárias, que fazem parte da minha
diretoria. Eu estou muito honrada de estar aqui. Muito obrigada. (Palmas.)
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Muito obrigada, querida
Presidente Vera Lúcia Fedato Monari.
Antes de dar
continuidade a alguns oradores que serão convidados para fazer uso da tribuna, gostaríamos
de convidar com muito carinho e com muita alegria, a nossa querida cantora
Pamela Suelen, que vai agora nos oferecer com uma das
suas músicas: a música “Mulher”. Por favor, uma salva de palmas a nossa querida
Pamela Suelen que vai nos brindar com a sua linda voz, e o seu lindo coração.
(Palmas.)
A
SRA. PAMELA SUELEN - Boa-tarde. Quero dizer que eu estou muito feliz de estar
aqui. Eu quero oferecer uma música da Elba Ramalho para vocês, mulheres tão
especiais que trabalham por um projeto muito importante que é o câncer de mama.
Quero parabenizá-las e dizer que não tem palavras para agradecer o que vocês
fazem pela vida de muitas mulheres.
E não vou cantar ela,
eu vou oferecer pra vocês. Eu vou cantar depois.
* * *
- É feita a
apresentação musical.
* * *
A
SRA. PAMELA SUELEN – Parabéns,
mulheres, vocês merecem aplausos, merecem tudo de bom porque a gente é mulher.
E sem a gente acho que não dá para progredir, o mundo sem a gente não iria para
frente. Vamos combinar, não é, homens?!
Então quero oferecer
essa música e depois eu canto. (Palmas.)
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Está ótimo minha querida Pamela
Suelen. Uma salva de palmas a ela pelo carinho, pela determinação e pela
coragem de enfrentar junto com todos nós essa boa luta. (Palmas.)
Aliás, a cadeira dela
muito linda, toda cor de rosa. Ela está toda organizada, muito linda. Parabéns,
querida. As mulheres merecem.
Com muita alegria,
convidar aquela que faz a diferença, nossa querida Senhorinha Amaro de Souza,
para também fazer uso da palavra e nos deixar um pouco do seu sentimento
através das palavras. Por favor, uma salva de palmas a ela que é uma das nossas
grandes e maravilhosas voluntárias nessa luta em favor da vida da mulher.
(Palmas.)
Nós queremos ainda
registrar a presença da senhora Mônica Rosa Focesi,
que está aqui representando o município de Paulínia, e particularmente a
Secretaria de Saúde daquele município. Muito obrigada, Mônica, e leve o nosso
abraço a toda Administração municipal.
Com a palavra então
Senhorinha Amaro de Souza.
A
SRA. SENHORINHA AMARO DE SOUZA - Bom-dia
a todos. Eu sou Senhorinha voluntária da Unaccam
desde 2002.
Quando conheci a Unaccam, a Unaccam é puro amor.
Eu posso dizer a vocês que a Unaccam é amor. Quando
aqui cheguei a Tininha era Presidente, a Maria do Carmo 2
ª Presidente. A Tininha chegou para mim e disse: “Senhorinha, o que você pensa
da Unaccam?” Eu falei: “Tininha, eu vim aqui à
procura de uma mão amiga, a minha cidade precisa de apoio, tem muitas mulheres
que têm câncer, eu preciso abrir portas.” Aí ela falou: “Pois aqui estamos de
braços abertos.” O que eu fiz foi segurar na mão dela, continuei lutando. Toda
semana eu vinha para cá na segunda-feira, saía à meia-noite para chegar cedo
aqui. Saía na terça-feira e trabalhava no Hospital Sírio Libanês, no Pérola
Byington, e na Santa Casa de Misericórdia -onde
trabalho até hoje-, e no Hospital Santa Cecília. Na Santa Casa de Misericórdia,
trabalho com criança oncológica e eu faço um personagem a Nega Maluca e o
Palhaço Espirro, e arranco milhões de gargalhadas das crianças.
Também faço um
trabalho bom, gostoso na minha cidade. Esse trabalho eu faço nos postos de
saúde, faço também nas escolas, reuniões de pais, em que eu aproveito para
pegar os pais, as mães, os maridos porque às vezes as esposas não podem ir,
porque o homem também tem câncer de mama, não é só de próstata. Só que o homem
é machista ele não se auto bolina, e há mulher que não
sabe se tocar. Então eu digo para todas para que se toquem. Tudo no começo tem
solução. Se você se tocar alguma coisa que você acha que é estranho em você, me
procure, eu deixo telefone, eu sou massoterapeuta, esteticista, me procure a
qualquer momento na clínica e eu estou à disposição. Quantas e quantas vezes eu
não liguei para cá, para São Paulo, e o doutor Gebrim
já ajudou, assim como o doutor Ruiz. Não tenho palavras para falar, dentro dele
não é um coração, é uma montanha. Esse homem é boníssimo, vocês não têm ideia de como esse homem é humano, carinhoso. Ele é uma
pessoa maravilhosa.
Outra pessoa muito
querida é a Maria Eugênia, nossa Presidente da Unaccam.
Eu aprendi muito com a Unaccam que foi uma faculdade
para mim, da qual não consegui me formar ainda, porque cada dia você conhece
coisas diferentes. Ser voluntário é um dom de Deus. Como é bom você esticar a
mão para dar ao invés de pedir. É coisa maravilhosa você arrancar um sorriso de
alguém. Ninguém é tão rico que dele não precise. E ninguém é tão pobre que não
possa dar um sorriso a alguém. Ser voluntário não é fácil, você tem que abrir mão de tudo, e eu abro mão do meu sábado, do meu
domingo, porque eu sei que tem alguém que precisa de mim. E eu estou aqui no
mundo para servir.
Então eu agradeço a
Deus por estar aqui, e agradeço a Deus pela Unaccam
existir. Através da Unaccam, muitas mulheres em
Itapeva conseguiram tratamento. A Tininha arrumava vaga para mim, conversava
com o doutor Ruiz, conversava com o doutor Pinotti. Vocês não têm ideia quando nós começamos na Unaccam
nós não tínhamos local para fazer as nossas aulas, nossos encontros. Foi
difícil, a gente não conseguia. A Tininha lutando, o doutor Ruiz junto, doutor
Pinotti que foi uma pessoa maravilhosa, maravilhosa. Então o que eles fizeram?
Abriram para nós juntamente com a Deputada a Sala José Bonifácio onde se
reciclou muitas mulheres, que hoje fazem a diferença.
Cheguei em Itapeva há 18 anos, vai fazer 19 anos, e fundei a
primeira ONG chamada Elo do Amor com 5 mulheres, até mulheres de médicos também.
Fundamos essa ONG e o doutor Esperidião, já falecido, cedia o posto de saúde
para a gente fazer reuniões. E começamos as primeiras consultas no Amaral Carvalho
na época que era pago. Eu cozinho, e modestamente cozinho razoavelmente bem. Sou
pernambucana e fazia muita comida baiana que na cidade ninguém conhece, mas
fazia pratos, doces e salgados, compotas, antepastos, geléias para arrecadar
fundos para mandar esse paciente para lá e depois não se pagava mais nada
porque lá também é filantrópico.
Conclusão: eu acho
que cerca de cento e poucas mulheres já se trataram aqui
Peço a todas vocês,
voluntárias, para que lutem, mas lutem mesmo, gritem forte. Na minha cidade
talvez muita gente não saiba, mas eu faço compotas e geléias e vendo para
arrecadar dinheiro para vir para cá. Então eu sei que tem crianças me esperando
na brinquedoteca, na sala: “ A tia não vem hoje? A tia
maluca não vem hoje?” Porque eu faço a Nega Maluca. Vem. Eu tenho que vir de
qualquer forma. Então eu carrego junto comigo, e o meu coração expandindo de
felicidade, porque eu fiz alguém sorrir.
Então eu peço a todas
vocês para que lutem, lutem com todas as armas. Nós temos que exterminar esse
mal que é o câncer. Mas nós só vamos poder fazer isso na hora que vocês fizerem
reuniões em posto de saúde, reuniões de pais para que o homem e a mulher se
auto se toquem. Aqui tenho certeza que na Unaccam
vocês vão conseguir apoio. Porque se você ligar para a Maria Eugênia, Maria do
Carmo, Tininha, doutor Ruiz nas reuniões, eles já dizem: “Nos procurem a hora
que vocês quiserem. Eu estou de braços abertos, o que eu puder ajudar eu vou
ajudar.”
A nossa cidade de
Itapeva hoje já tem hemodiálise, que não tínhamos, e a mamografia. A cidade
gritou, está gritando. Nós temos nosso representante aqui que é um médico
ilustre na cidade, doutor Ulysses, que é chamado de médico dos pobres. É um
médico incansável que trabalha pela cidade. Não tem rico, não tem pobre, se
tiver dinheiro ele faz, se não tiver ele faz, ele é o
médico dos pobres. A esposa dele, a dona Marli, é uma mulher maravilhosa, que
tem um coração imenso. São pessoas humildes. Então a humildade da gente leva
muito longe, nós atravessamos fronteiras.
Nós, voluntários,
temos uma potência que vocês não têm ideia, nós somos fortes. Só que nós
precisamos usar armas. E qual é a arma? Se toca,
Brasil. Cada cidade gritando, “Se toquem.” Porque só assim a gente consegue
exterminar esse mal. Se tocando e ensinando. Há muitas pessoas do sítio,
principalmente onde eu moro, que não sabe se tocar.
Como se toca? A gente ensina como se toca. Tem alguma coisa que você não é
normal? Não é câncer, pelo amor de Deus não é câncer, mas vamos olhar o que é.
Então se nós pegarmos
e passarmos para outras pessoas que não tem a experiência que nós temos, porque
aqui a Unaccam é uma faculdade, ela é uma faculdade,
aqui você sai lapidada, só faça uso disso, porque a Unaccam
hoje e ontem e amanhã ela vai melhorar muito e muito o poder de vida de várias
mulheres e de vários homens. Porque o homem machista não se toca, mas a mulher
pode numa brincadeira tocar o seu parceiro. “Deixa eu
dar uma olhadinha?” No seu filho, no seu marido. Só assim vamos ter uma vida
melhor.
E eu peço a vocês, voluntárias, que use o poder que vocês têm. A Unaccam dá esse poder para todos que participam. Quando eu
comecei em 2002, tinha mais homem fazendo o curso do que mulheres, muito mais
homens do que mulheres. Porque eles estavam interessados em passar para frente,
nas firmas, na faculdade. Aonde eles estavam eles
queriam passar para frente, porque eles já passaram por isso. Eles achavam que
com eles nunca iria acontecer porque eles eram homens. Só que ele esqueceu que
qualquer homem pode ter, criança, mulher. Então vamos
exterminar esse mal fazendo o toque e passando para outras pessoas como se auto tocar.
Agradeço a todas
vocês pelo dia de hoje porque muitas não puderam vir, outras vieram, largaram
compromissos para estarem aqui. Peço a vocês, voluntárias e não voluntárias, para
que aproveitem o máximo, passem para frente toda
sabedoria, não guardem numa gaveta e nem dentro do baú. Eu peço a vocês. Outra
coisa, numa conversa que eu estava tendo com uma pessoa, uma senhora de idade
disse assim para mim: “Dona Senhorinha, onde a senhora arruma tanto tempo para
a senhora ajudar as pessoas?” Porque eu cuido de 23 pacientes
sozinha com câncer, tuberculose, AIDS e hanseníase. Como eu cuido? Eu
faço cesta básica, pego remédio nas Clínicas, levo amostra grátis. Eu sou
marceneira também. A primeira marceneira do Brasil
sou eu. Restauro móveis, faço pátina, e com esse dinheiro vou juntando e faço
as 23 cestas básicas. Então ela pergunta: “Como a
senhora tem tanto tempo? A senhora trabalha na clínica de segunda a sexta, como
a senhora tem tempo?” A minha agenda não sou eu que faço, a minha agenda é Deus
que faz. Porque se eu hoje não tiver tempo de ajudar, amanhã não vai ter
ninguém para cuidar de mim, porque eu não tive tempo também para alguém. Então
o tempo é você que faz. Faça o seu tempo, ajude. Ninguém nunca viu uma
funerária, um velório passando e o caminhão de mudança atrás. Da vida não se
leva nada. Uma boa-tarde a todos. (Palmas.)
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Obrigada, Senhorinha Amaro de
Souza, pela sua participação, seu trabalho, sua luta, sua história e seu
exemplo.
Queremos dizer da
alegria de poder - já falei aqui, e só quero reforçar - fazer um evento desta
magnitude de importância e necessidade dentro do Parlamento do Estado de São
Paulo, Parlamento onde se vive, se faz e se defende a
política. Com isso queria dizer que o coração fala o que a boca está cheia. É
um velho ditado, mas de fato quem me conhece sabe que eu só posso pronunciar
palavras, portanto, pouco escrevo para fazer leitura delas se de fato acreditar
naquilo que estou fazendo. Se não acreditar, dificilmente sairá alguma coisa, e
se sair certamente não serão boas as coisas que saírão.
Eu disse agora há pouco da importância da vida pública, a importância da
política, a importância de um Parlamento, e disse que se a política não servir
para melhorar a vida das pessoas, ela de fato não serviu para absolutamente
nada. Mas nesse quesito tivemos exemplos de pessoas que vieram, fincaram,
fizeram, marcaram, ajudaram, defenderam, escreveram a história. Pessoas que
quando aqui estavam não deixaram nada sem fazer, e quando foram deixaram um legado,
uma história e mobilização de tentar segui-lo. Eu estou me referindo ao
professor José Aristodemo Pinotti, do qual eu tive o privilégio politicamente
falando de conviver com ele. Como parlamentar, como deputado, como deputada nas
nossas andanças, nas nossas boas e interessantes lutas e brigas no bom sentido,
nas campanhas, nas contagens dos votos, nas vitórias. Foi para mim um grande
professor como literalmente o é, professor doutor tanto na sua matéria na área médica como professor doutor em tantas outras que ele se
arriscou a fazer e todas teve um bom resultado. Quem teve o privilégio de
conhecê-lo, de conviver, de aprender sabe do que eu estou falando. E quem não
teve esse privilégio pode conhecer nos Anais da Câmara Federal, dos livros que
falam dele, enfim, da história que ele escreveu.
E é com essa alegria,
essa honra, e com essa grandiosidade que um homem na vida pública e política contribuiu muito não foi com São Paulo, foi com o Brasil que
deixou história, um grande profissional, profissional de ponta, um médico
respeitado, sobretudo, pela sua classe médica. Reconhecido e aplaudido pelas
camadas mais simples da sociedade, e ouso falar isso no meu pedacinho de
Campinas, imagino no resto todo de São Paulo e no grande Brasil o que o doutor
Pinotti não pôde fazer.
E é com grande
alegria então que nós recebemos aqui de forma honrada para esta Casa a pessoa
da sua querida filha, Mariane Pinotti, que além de
tudo é diretora da Clínica Professor Pinotti e também da Sociedade Brasileira
de Mastologia. Uma salva de palmas a doutora Mariane Pinotti que tem muito
contribuído, além de geneticamente ser uma pessoa próxima a perfeição. Muita
obrigada, doutora Mariane Pinotti. (Palmas.)
A
SRA. MARIANE PINOTTI - Bom-dia a todos,
querida Deputada
Célia Leão. Meu pai gostava muito da senhora, e eu entendo tantas lutas que
realmente vocês lutaram juntos. Meu pai foi um grande lutador pelas mulheres
deste país, e a senhora também. Então me emocionam muito suas palavras e o seu
carinho para com ele, que eu sei que de qualquer lugar que ele estiver vai
estar aqui com a gente porque era uma luta dele essa pelas mulheres vítimas do
câncer de mama.
Queria cumprimentar a
Mesa, na pessoa do representante do Secretário de Saúde, doutor Gebrim ,que
foi meu chefe durante alguns anos no Pérola. Professor, prazer
Enfim, me deram cinco
minutos para falar, mas acho que falarei menos. Eu queria fazer pequenas, mas
importantes considerações sobre esse tema trazendo a nossa bagagem de trabalho
na área de câncer de mama, trazendo a bagagem de coração e de sangue sendo
filha do meu pai, doutor Pinotti, e hoje fazendo parte da Sociedade Brasileira
de Mastologia, da diretoria junto com o doutor Carlos Ruiz.
Acho que o mais importante
e o que nós precisamos levar em consideração hoje é que o nosso objetivo não
pode ser mais pontual e nem tímido, o nosso objetivo tem que ser a redução da
mortalidade do câncer de mama no Brasil. E como a gente alcança isso? Já
falaram aqui dos mutirões, do voluntariado, já falamos aqui de instituições
públicas e privadas que lutam por esse tema há muitos anos. Nós precisamos de
uma grande força-tarefa do nosso Estado e do nosso país para que isso aconteça.
Nós precisamos que o Brasil enfrente essa doença realmente de frente e instale
um programa de controle de câncer de mama no nosso Estado e no nosso país. Um
programa que vai reunir tudo isso que foi falado aqui e nada está errado, mas
que vai reunir a sensibilização da população, educação para saúde, que vai
reunir “screening”, rastreamento mamográfico, o encaminhamento
e ao atendimento dos casos diagnosticados, um tratamento eficiente, eficaz e
humana às vitimas de câncer de mama. Esse humano tem que trazer consigo a preservação estética e funcional da mama. As
mulheres precisam receber o direito que é delas da reconstrução mamária. Se a
sua mama foi retirada, ou do aspecto estético bom se a mama foi conservada.
Isso tudo precisa ser feito pelo nosso sistema de saúde.
Eu comentava aqui com
funcionários da Casa quantos pedidos a gente não recebe de pacientes que estão
tentando serem atendidas aqui ou acolá num hospital público ou privado e que
vem pedir ajuda para os deputados, para os médicos diretores de hospitais. O
sistema de saúde precisa acolher essas pacientes de forma organizada. Elas vão
lá fazem a mamografia, deu um problema na mamografia fazem a biópsia, deu um
problema na biópsia são encaminhadas e tratadas rapidamente. Esse é o nosso
sonho, esse era o sonho do meu pai, esse continua sendo
o meu sonho. E que o nosso país possa oferecer as nossas mulheres um programa
de controle de câncer de mama organizado, porque é isso que elas merecem. Elas
merecem serem acolhidas no momento que elas mais precisam. Se a gente for
pensar a mulher pensa em tudo na casa, ela pensa por ela por último. Então ela
tem que resolver o problema das crianças, tem que fazer a comida para o marido
levar para o trabalho, tem que levar as crianças ao médico, tem que cuidar da
roupa da casa, às vezes trabalha fora, e deixa ela
mesma por último de tudo. Então a gente precisa fazer com que ela se torne
prioridade dentro da nossa sociedade. As mulheres brasileiras merecem isso e eu
tenho muita fé que isso seja alcançado.
O nosso Estado é o
Estado mais rico da Federação, e há dois anos vem cumprindo a Emenda 29. Vocês
sabem o que é a Emenda 29? É uma emenda que diz que o Estado precisa investir
no mínimo 12% do seu orçamento
Muito obrigada. Um beijo a todos, fiquem com Deus, e boa sorte para o nosso
curso da Unaccam este ano.
Deputada, muito
obrigada, um grande abraço e um beijo para a senhora. (Palmas.)
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Nós é que agradecemos a doutora Mariane Pinotti. Uma salva de palmas a ela, e sempre a
lembrança da memória, trabalho e carinho do doutor Pinotti. (Palmas.)
Enquanto a doutora Mariane se desloca até o seu assento, digo que quando nós
falamos do doutor Pinotti, mais que um carinho que é verdadeiro, mais do que
uma amizade que eu tive o privilégio de poder compartilhar com aquele grande
mestre, professor e doutor e mais do que isso humanista. O Doutor Pinotti
durante toda a sua vida sempre pensou no próximo. E isso é conhecido de todos,
não sou eu que está falando neste momento. O doutor
Pinotti nas horas mais difíceis da vida dele soube e conseguiu superar. Superou
as dificuldades e não parou pelo caminho, pelo contrário, entendeu que tinha
tarefa, entendeu que tinha missão, entendeu que tinha que ter compromisso e
continuou durante a sua vida a salvar centenas, milhares de vidas quer seja com
conscientização, quer seja na parte clínica, médica, quer seja como amigo e,
sobretudo, como foi um grande político.
Assim, Mariane, leve para a sua família o grande legado da
história que todos vocês me permitam assim chamá-los, vocês construíram junto
com o seu pai, Doutor Pinotti. Esse sobrenome famoso e importante que você leva
com todo direito, esse sobrenome se espalhou por São Paulo e pelo Brasil.
Doutor Pinotti deixou de ser apenas um marido, deixou apenas de ser apenas um
bom e grande pai para ser, sobretudo, pai, amigo de toda sociedade de São Paulo
e do Brasil. Seu pai não foi mais só de vocês, o marido não era só da senhora
sua mãe, ele não era só alguém componente de uma família, ele virou uma família
que a gente pode chamar família brasileira. Portanto, nesta Casa todas as vezes
que o doutor Pinotti é lembrado pelos seus feitos, pela sua luta, pelas suas
falas, sua oratória marcada nos registros dos Anais desta Casa e do Congresso
Nacional, todas as vezes ele é falado com muito
respeito, com muita saudades, com muito carinho, mas, sobretudo, como um grande
exemplo.
Por isso nessa Sessão
Solene a gente furta 60 segundos ou 120 segundos, para independente da sua
pessoa física, doutora Mariane, que também é uma lutadora nessa causa e nessa
defesa para fazer uma honra sempre viva na lembrança de todos nós ao doutor
Pinotti. Uma salva de palmas ao doutor Pinotti, leve isso como carinho e
reconhecimento do Brasil. (Palmas.)
Dando continuidade, a
nossa querida Senhorinha já cantou em verso e prosa, já falou com tanta
propriedade e conhecimento a questão da Unaccam. Não
tenha dúvida, ela mesma disse, a própria vida dela
hoje. Mas, nós com muita alegria também nessa manhã solene - daqui a pouco
vamos passar a entrega de algumas homenagens, alguns diplomas àqueles que vão
simbolizar todo trabalho e a defesa dessa causa -, nós queremos chamar a nossa
querida doutora Maria Eugênia Chiorino Lopez, que é a Presidente da Unaccam, para fazer uso da palavra e transformar em
palavras o sentimento que ela traz presidindo essa grande entidade. Por favor,
uma salva de palmas a nossa querida Maria Eugênia. (Palmas.)
A
SRA. MARIA EUGÊNIA CHIORINO LOPEZ -
Bom-dia a todos. Preliminarmente nós homenageamos
hoje todas as mães presentes na pessoa da Deputada Célia Leão pelo transcurso
ontem de data tão festiva.
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Muito obrigada.
A
SRA. MARIA EUGÊNIA CHIORINO LOPEZ - Que
a ternura e a suavidade das flores resplandeçam a magia de ser mãe.
Agradecemos a nobre Deputada
pela propositura dessa sessão, e ao Presidente da Casa, Deputado Barros Munhoz,
pela acolhida. Agradecemos ainda o apoio da Deputada Analice
Fernandes e funcionários desta Casa.
Senhoras e senhores, estamos aqui reunidos acima de tudo compartilhando um
interesse comum, desenvolver estratégias que visem disseminar informações a
respeito do câncer de mama, lutando para diminuir a sua mortalidade e
morbidades.
A Unaccam
– União e Apoio ao Combate ao Câncer de Mama colabora
nesse sentido capacitando voluntários, tornando-os multiplicadores de
informações em saúde mamária, e prestando apoio aos pacientes com câncer de mama
e seus familiares. Através de estreita colaboração de equipe multidisciplinar
constituída com profissionais que se destacam nas especialidades, conseguimos
capacitar cerca de 600 voluntários que atuam em 60 municípios do Estado de São
Paulo. Atualmente o 15º Curso de Capacitação acontece às segundas-feiras nesta
Casa das 16 às 16hs30 no plenário José Bonifácio.
Confiamos na educação
a valorização do papel do voluntário e a sua
participação no processo da cura. Trabalhamos para a conscientização do diagnóstico
precoce, informando também sobre os cuidados da saúde de forma abrangente e
integral. Lutamos pela acessibilidade a um serviço eficiente. E mais,
reconhecemos que a oportunidade de sermos importantes na vida de alguém pode se
apresentar em casa, no trabalho, com amigos e até com desconhecidos. Enfim, que
essa sintonia com os outros nós entendemos que faz sentido em nossa vida.
Em nome da diretoria
da Unaccam apresento o nosso reconhecimento àqueles
que nos incentivam, nos apoiam em nossos sonhos, que
compreendem as nossas dificuldades, que reconhecem os nossos esforços e
comemoram conosco as nossas vitórias e nossas realizações. Desejamos que a
máxima de Madre Tereza de Calcutá norteie as ações dos voluntários: “A todos
que sofrem e estão sós dai sempre um sorriso de
alegria, não lhes proporcione apenas os vossos cuidados, mas também o vosso
coração”. Muito obrigada. (Palmas.)
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB – Obrigada, querida Presidente,
amiga de todos, doutora Maria Eugênia. Obrigada pelo trabalho que faz frente à Unaccam, esta União que já mostrou para o que veio e tem
feito diferença na vida de centenas de mulheres.
Essa Assembleia
Legislativa tem o privilégio de poder conviver com a Unaccam
fisicamente muito próxima, porque nós trabalhamos juntas todas nós aqui dentro
da Assembleia.
Nós queremos agora
também com muita honra e alegria convidar a nossa coordenadora médica do
Serviço de Oncologia da Clínica do ICESP, que é a doutora Maria Del Pilar
Estevez Diz, que aqui também representa o professor doutor Paulo Hoff que é o
nosso diretor-geral. Muito obrigada pela presença, que para nós é mais que um
aprendizado. Com toda competência, cultura e compromisso que a senhora tem, para
nós é um estímulo dar continuidade a essa boa causa, essa grande luta, sabendo
que tem pessoas da sua magnitude nos ajudando. Por favor, com a palavra.
A
SRA. MARIA DEL PILAR ESTEVEZ DIZ – Bom-dia a todos. Em primeiro lugar
gostaria de parabenizar pela iniciativa e cumprimentar a Deputada Célia Leão, o
doutor Gebrim, representando o Secretário de Saúde,
doutor Ruiz; a doutora Maria Eugênia, Presidente da Unaccam,
a doutora Vera Lúcia, que é Presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer, o
Deputado Ulysses Tassinari, e em nome da senhora
Senhorinha cumprimento todos os outros presentes, todos os voluntários e todas
as pessoas que estão aqui trabalhando para melhorar as estatísticas de câncer
do Estado de São Paulo.
Eu estou aqui
representando o ICESP, o professor Paulo Hoff que é o
diretor- geral do Instituto. O ICESP é um instituto muito jovem, na verdade
neste mês de maio estamos comemorando três anos de fundação. Ele é uma proposta
bastante ambiciosa de trazer um tratamento mais efetivo, mais adequado possível
ao primeiro hospital especializado em câncer público do Estado de São Paulo.
Apesar de ter apenas só três anos nós temos cerca de 60% da capacidade
atividade, isso significa mais de 10 mil consultas por mês, e dessas 10 mil
consultas pelo menos 20% desse atendimento é para pacientes com câncer de mama.
No nosso instituto a
gente não trabalha exatamente com a prevenção, se bem que trabalha de uma certa forma porque nós trabalhamos com a graduação, nós
temos as nossas voluntárias e a gente trabalha no mínimo educando médicos,
inclusive fazendo palestras e discussões com a rede pública do ponto de vista
de como melhorar o diagnóstico e como encaminhar mais rapidamente esses
pacientes que têm qualquer suspeita diagnóstica para que o tratamento seja
feito o mais breve possível. A gente se propõe a fazer um tratamento integral
para as pacientes com câncer de mama, e isso começa com a complementação do
diagnóstico, com a cirurgia, com a reconstrução da mama sempre que indicado, e
com o tratamento clínico o mais adequado possível, o mais acertado para aquele
caso, e com a reabilitação. Nós temos um grande serviço de reabilitação que
desempenha um papel importante na retomada da vida normal dessas pacientes
quando elas voltam para suas tarefas domiciliares.
Uma questão
importante é chegar rapidamente. Nós podemos ter um grande hospital, um
hospital com tecnologia, com recursos clínicos do ponto de vista de tratamento
médico adequado, e recurso de reabilitação, mas é importante também que a gente
desenvolva uma rede de atendimento que comece com o diagnóstico e termine no
tratamento sem que se perca tempo. Porque nós sabemos que a curabilidade, a
taxa de cura, a redução da mortalidade do câncer de mama depende basicamente do
diagnóstico precoce e do tratamento eficiente. É desse binômio que nós vamos
ter os melhores resultados. A gente está tentando, e vai tentar sempre cumprir
com a nossa parte, e lógico colaborar com todos os hospitais do Estado e com a
rede básica para que a gente possa trabalhar no sistema de referência de rede
para cada vez mais melhorar o atendimento de câncer de mama no Estado de São
Paulo. (Palmas.)
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Muito obrigada, doutora Del Pilar,
pelo seu trabalho. Nós a agradecemos muito.
È muito importante
nessa luta contra o câncer de mama que tanto essa sessão quanto outros
movimentos chamem a atenção das mulheres. E como já foi dito aqui, a questão da
prevenção tem sido bastante debatida, e relativamente é bastante conhecida. O
que precisamos agora é não deixar que isso acabe com a vida das pessoas. Então
as mulheres estão envolvidas o tempo todo, quer seja numa palestra, numa sessão
solene, num hospital, seja onde for.
Mas é muito
importante assim como a força das mulheres nós termos também presente, não só a
presença masculina, mas a competência e a credibilidade que o homem traz quando
ele entra na luta tanto da saúde quanto na luta da saúde da mulher como foi
doutor Pinotti. Então com essa mesma honra, mesma
alegria nós aqui da Assembleia Legislativa, eu particularmente por ser do
município de Campinas, quero convidar o doutor César Cabello dos Santos que é
nosso professor também, livre docente da Unicamp, Presidente da Sociedade
Brasileira de Mastologia Regional de São Paulo, transformar em palavras o seu
sentimento na sua trajetória, na sua luta e competência nessa luta contra o
câncer de mama. Por favor, doutor César Cabello dos Santos, uma salva de palmas
a esse jovem mestre doutor. (Palmas.)
O
SR. CÉSAR CABELLO DOS SANTOS – Bom-dia a todos, senhores e senhoras,
nobres Deputados, autoridades ilustre aqui presentes, membros das Ligas e
grupos de combate ao câncer de mama, é um grande prazer estar aqui.
Queria cumprimentar
fundamentalmente a Unaccam e a nobre Deputada Célia
Leão, a nossa querida deputada, por essa solicitação, por essa possibilidade da
gente ter um dia para discutir prevenção e câncer de mama no nosso Estado.
Certamente nobre Deputada, Campinas está muito orgulhosa novamente da senhora
pela iniciativa.
Eu sou mastologista,
sou discípulo do professor Pinotti também com muito orgulho, e quero dizer a
todos vocês que a prevenção do câncer de mama é fundamental para que nós
possamos combater a doença, o câncer de mama. O câncer de mama, como foi dito
previamente pelos colegas, pelo professor Gebrim, é uma doença terrível. Uma
morte a gente tem para cada quatro casos novos da doença no nosso país, e as
incidências vêm aumentando bastante. Nós, médicos, pesquisadores, não sabemos
ao certo porque isso está acontecendo. Certamente tem a ver com as mudanças de
hábito de vida da mulher moderna, as imposições da vida
moderna às mulheres e isso reflete na doença. Mas existem variáveis
ambientais que ainda não são detectadas, mas uma coisa nós certamente sabemos:
a prevenção é o que existe de mais importante em termos de diminuição da
mortalidade por câncer de mama. E dentro as modalidades de prevenção a mais
importante é a prevenção secundária, que nada mais é que o diagnóstico precoce
da doença, o que a doutora Mariane comentou anteriormente a mim. O diagnóstico
precoce é a busca do diagnóstico da lesão ainda quando ela está muito pequena
na mama, quando ainda o nódulo ainda não é palpável, o achado não é palpável
nem pelas mulheres, nem pelos médicos. São os exames de imagem que propiciam o
diagnóstico precoce adequado. Isso, sim, comprovadamente tem impacto na
diminuição da mortalidade por câncer de mama.
Vocês sabem, Maquiavel no século XV no seu livro “O Príncipe” já
dizia: “Quando você tem um início de uma conspiração no governo é difícil se
detectar, mas se você detecta, facilmente se trata o problema.” Mata lá dois,
três resolveu o problema. Mas quando a conspiração é muito grande todo mundo
enxerga, mas, no entanto, é difícil o controle. Isso vale também para o
diagnóstico precoce do câncer de mama. É difícil o diagnóstico precoce, e nós
acreditamos baseado no que existe de evidência científica que o instrumento
mais importante atualmente é o rastreamento com mamografia populacional de
forma organizada. É assim que a gente consegue. Não basta só o mamógrafo na
cidade, eu preciso de mamógrafo bom, mão de obra especializada, eu preciso de
material logístico, médicos vinculados a isso, especialistas, e a população
conscientizada. É preciso que as mulheres que não façam exame de forma metódica
sejam chamadas novamente para que elas façam exame. Se uma mulher vai mais de
uma vez ao ano, ela tem que ser reconhecida e identificada como programa
naquele período. Dessa forma a gente consegue combater a mortalidade. Então não
basta o exame em si, nós precisamos de um programa bem estabelecido, e não
existe isso no nosso Estado de uma forma global. Existem alguns pontos, como
também não existe no nosso país.
Nós acreditamos que
essa situação agora de ter um dia de prevenção pode ser um catalisador dessa
ideia de montarmos um grande programa de rastreamento populacional organizado.
Isso, sim, vai ser efetivo. Nós acreditamos como mastologistas que nós
precisamos tirar das mãos das mulheres a responsabilidade pelo diagnóstico. A
cura, sim, está nas nossas mãos, nas mãos de vocês
mulheres, no entanto, nós somos responsáveis, nós precisamos oferecer pra vocês
o que existe de mais importante hoje em termos de diagnóstico precoce que é o
exame de imagem, que é a mamografia feita de forma organizada e bem
estruturada.
Acho que esse passo
que São Paulo certamente está tomando vai refletir muito positivamente no nosso
país de uma forma global. Nós acreditamos - como diz a doutora Mariane – que aqui nós temos o que existe de melhor na
saúde do nosso país e certamente, novamente, nós vamos ser pioneiros por uma
causa tão importante que é a diminuição da mortalidade por essa doença que
assola o nosso Estado, nosso país e todo o mundo. Muito obrigado pela presença
de todos. (Palmas.)
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Muito obrigada, doutor Cabello, para
nós é uma honra, um orgulho tê-lo na nossa cidade, na nossa região e,
obviamente, que se estende pelo Estado e pelo Brasil pela sua competência. Me permito aqui fazer um carinho ao doutor Pinotti, já que o
senhor disse que foi o seu seguidor, seu aluno. Diz um velho ditado da academia
que a gente reconhece que o professor é bom quando o aluno supera o mestre. E
certamente o doutor Pinotti onde está - e o seu lugar é o céu, seja o céu onde
for -, ele está muito feliz e muito orgulhoso de ter deixado aqui na terra
pessoas que estão trabalhando com competência para cuidar da sociedade que ele
tanto cuidou. Parabéns pelo seu trabalho. Uma salva de palmas para o doutor
Cabello. (Palmas.)
Nós já estamos nos
encaminhando para o final da nossa sessão e ainda temos a nossa querida cantora
a se apresentar, mas antes disso temos a entrega de alguns prêmios, e depois de
alguns diplomas que de forma simples e carinhosa nós queremos reconhecer e
marcar o trabalho que as pessoas estão fazendo nessa direção.
Mas neste momento
queremos fazer a entrega do Prêmio de Responsabilidade Social 2011 que será
feito pela senhora Gilze Maria Costa Francisco, que é
Presidente do Instituto Neo Mama de Prevenção e Combate ao Câncer de Mama aos
seguintes senhores: representando a Libra Terminais a senhora Luciana Astolfo, que é supervisora de Recursos Humanos.
Representando a Unicred Metropolitano os senhores
doutores Antonio Fernandes Ventura, diretor presidente, e o doutor Bruno
Antonini diretor administrativo. Representando o Moinho Paulista Ltda., o senhor
Luiz Fernando Pereira, coordenador do Trade Marketing. Representando a Clínica Multi-Imagem o senhor Luiz Carlos Pereira Pinho, que é
coordenador administrativo, representado pelo senhor doutor José Carlos
Clemente, que é diretor clínico.
Então agora eu pediria
que se colocasse uma música, mesmo a que estava tocando no início desta sessão
para que a nossa querida Maria Costa possa fazer a entrega junto conosco, e
também fazer a fotografia a esses que vão receber esses lindos diplomas para
colocar aonde for, na parede da sua casa, do consultório, da clínica, ou do
trabalho para lembrar o quanto eles são importantes nessa caminhada.
* * *
- São feitas as
entregas do Prêmio de Responsabilidade Social 2011.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Muito obrigada à Assembleia poder
ter o privilégio de homenagear essas pessoas, essas empresas que trabalham em
favor das mulheres e que o câncer de mama seja de fato, se possível,
exterminado da nossa história.
Queremos agora
convidar para fazer o uso da palavra ela que nos ajudou e ofereceu esses
prêmios a senhora Gilse Maria Costa Francisco que é Presidente do Instituto Neo
Mama de Prevenção e Combate ao Câncer de Mama. Por favor, nossa querida amiga Gilze Maria.
A
SRA. GILZE MARIA DA COSTA FRANCISCO – Bom
- dia a todos e todas. Na pessoa da Deputada Célia Leão cumprimento todas as
autoridades presentes, na pessoa do doutor Gebrim e do doutor Carlos Ruiz todas
as autoridades médicas presentes, e na pessoa da minha amiga, minha grande
amiga Vera Monari todas as voluntárias que estão presentes
aqui, e todas as mulheres de peito como nós tiveram câncer de mama e que
merecem hoje além de poder pisar neste solo conforme a Deputada tão
brilhantemente colocou também serem homenageadas. É um dia de homenagem à vida.
Homenagem à vida que conquistamos depois de uma luta tão grande contra o câncer
de mama. E fica aqui também o meu respeito a Maria
Eugênia, da Unaccam, pelo trabalho desenvolvido.
Eu gostaria somente
de falar que ainda tem muita coisa a ser conquistada. Eu acho que para nós que
fazemos parte desse trabalho essa luta é uma luta diária, incessante, uma luta
onde ninguém é melhor que ninguém, conforme a Deputada citou tão bem. Na nossa
Constituição, somos todos iguais perante a lei, temos direito ao mesmo espaço,
às mesmas condições, aos mesmos direitos. E não podemos esquecer nunca dos
nossos deveres, e o nosso dever principal hoje é de lutar pela nossa própria
vida. É de lutar pela nossa saúde, pela nossa qualidade de vida pós-tratamento
ou durante o tratamento, assim como, vocês aprendem em todos os cursos de
capacitação, mas principalmente no decorrer da vida e das horas que vivemos nós
aprendemos que o importante é a gente fazer o bem a nós
mesmas, mas também fazer o bem ao outro. E isso nenhum voluntariado
ensina, isso é a vida que nos mostra a cada minuto, principalmente depois que
nós somos visitadas por esse inimigo íntimo que é o câncer de mama.
Então eu quero
parabenizar todas as mães pelo dia de ontem, não está atrasado, porque afinal
de contas como todo mundo fala e é uma verdade, o Dia das Mães é todos os dias,
não adianta um filho tratar a mãe mal o ano inteiro e nesse dia chegar com
flores e com presentes. Não é verdade? Quero parabenizar, se houver alguma
enfermeira aqui, todas as enfermeiras e profissionais da área de enfermagem,
porque o dia 12 de maio é o Dia Nacional da Enfermagem. E quero parabenizar
esta Casa por ter nos acolhido.
Deputada, se a
senhora estava preocupada por não ter presidido esta Sessão Solene à altura, eu
a estou tranquilizando-a porque a senhora tratou com
delicadeza e respeito um assunto tão sério, um assunto tão intimamente ligado
ao sexo feminino, e que nos denota, que nos mostra a fragilidade e ao mesmo
tempo a superação que só uma mulher é capaz. E ninguém melhor que a senhora
para demonstrar isso. Muito obrigada a todas vocês. Vivam a vida porque ela
vale muito à pena. (Palmas.)
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Muito obrigada, e uma salva de
palmas a nossa querida Gilze Maria da Costa
Francisco. (Palmas.)
Obrigada pelo carinho,
Gilze, e tenha a certeza que vou receber as suas
palavras com muita humildade, mas também com muita honra e orgulho. Como eu lhe
disse e disse a todos os presentes me organizei da melhor forma possível
física, espiritual e mentalmente nesta manhã para poder fazer honra a cada um dos senhores e senhoras presentes, pois o
tema merece. O tema não é câncer de mama, o tema é vida, é muito diferente. E
pela vida nós temos que estar sempre prontos atender com muito respeito.
Nós queremos agora
passar e convidar o professor doutor Carlos Alberto Ruiz para fazer a entrega
aqui em cima de algumas homenagens muito simples. É um certificado muito bonito
todo cor de rosa, assim como a nossa cantora Pamela Suelen, para ser guardado
em qualquer parede importante e que a gente passe todos os dias. E com isso
quero lembrar o quanto somos importantes nas nossas atitudes, nas nossas ações,
nos nossos gestos, às vezes parecendo ser simples, mas é na simplicidade que a
gente vê a grandeza do ser humano. Então é um certificado que simboliza em
algumas pessoas, ou sintetiza em algumas pessoas, o trabalho de todos aqueles
que estão aqui hoje e certamente de dezena, centenas de outras mulheres e
homens também que não estão no plenário da Assembleia, mas que de alguma forma
direta ou indiretamente recebem um pedacinho desse certificado.
O professor doutor
Carlos Alberto Ruiz vai fazer a entrega e tirar a foto para depois guardar nos Anais
da história da Casa. Convidamos, então, a doutora Maria Del Pilar Estevez Diz
que receberá das mãos do doutor Carlos Alberto Ruiz este certificado. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega do
Certificado.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Doutora Maria Del Pilar Estevez
Diz, leve este certificado em nome de milhares de mulheres que agradecem o seu
trabalho.
Também convidamos
para receber o certificado a nossa querida Senhorinha Amaro de Souza das mãos
do professor doutor Carlos Alberto Ruiz. Também uma salva de palmas a nossa
querida Senhorinha, que da mesma forma está representando milhares de vidas e
milhares de mulheres. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega
do Certificado.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Queremos convidar também a nossa
querida Wanderléia, a nossa querida Wanda Corrêa, para receber o certificado.
Uma salva de palmas a vereadora que representa o Poder Legislativo municipal
também em luta e defesa da vida da mulher. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega do
Certificado.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Chamamos agora com muita honra
também o nosso Secretário de Estado aqui representado pelo doutor Luiz Henrique
Gebrim, e a ele é oferecido o certificado na pessoa pela luta e pelo trabalho
em favor das mulheres. Por favor, doutor Luiz Henrique Gebrim receba o
certificado das mãos do doutor Carlos Alberto Ruiz. Uma salva de palmas.
(Palmas.)
* * *
- É feita a entrega do
Certificado.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Também com a mesma emoção, com a
mesma alegria, queremos convidar a nossa, que já foi também aqui cantada em
verso e prosa sua história, sua luta, sua genética, para que com esse pedacinho
de papel escrito com uma letra bonita e com um desenho cor de rosa ela saiba
que a sua história tem marcado e vai marcar a vida de milhares de mulheres.
Doutora Mariane Pinotti receba, por favor, este certificado das mãos do doutor
Carlos Alberto Ruiz. Uma salva de palmas. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega do
Certificado.
* * *
A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Queremos convidar
também o nosso grande amigo, nosso querido doutor Ricardo Caponero.
O doutor Carlos Alberto Ruiz levará pessoalmente esse certificado.
Convidamos então
doutor Paulo Pirozzi, que recebe aqui o nosso certificado das mãos do professor
Ruiz. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega do
Certificado.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - O Doutor César Cabello dos Santos disse
que vai receber das mãos do doutor Ruiz e levar para o doutor Caponero. Uma
salva de palmas, por favor. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega do
Certificado.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - A entrega de outros certificados serão feitos aí embaixo de uma
forma mais rápida pelo adiantado da hora. Daqui a pouco eu convidarei a descer
as lideranças que estão aqui em cima.
Coube a mim ter o privilégio entregar ao doutor Carlos Alberto Ruiz
por todo trabalho, toda uma vida que ele tem dedicado, uma salva de palmas
então ao doutor Ruiz. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega do
Certificado.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Essas paradas não estão no
script, mas elas precisam acontecer senão a gente não marca com uma foto um
pedacinho da nossa história também.
Nós gostaríamos agora
de convidar as lideranças que estão conosco para que pudessem descer até o
plenário, os médicos presentes, para que fossem entregues lá embaixo os
certificados, assim também aos nossos alunos e alunas que estão fazendo o nosso
curso na Unaccam, o que para nós é uma alegria porque
sabemos que são mais vozes, mais braços e pernas, e, sobretudo, mais corações
para estar fazendo essa luta em favor da vida.
Queremos convidar
doutor Carlos Alberto Ruiz, doutor Luiz Henrique Gebrim, doutor César Cabello
dos Santos, doutora Mariane Pinotti, doutora Maria Del Pilar Estevez Diz,
doutora Vera Lúcia Fedato Monari, nossa querida Senhorinha Amaro de Souza,
senhora Maria Eugênia Lopes descerem para podermos chamar agora os nossos
alunos que receberão esses certificados.
Pedimos que também a
imprensa e a fotógrafa se posicionem para marcar também com a fotografia e com
a TV Assembleia. Gostaria de informar ainda que esta sessão será
transmitida pela TV Assembleia, portanto, poderemos nos assistir no próximo dia
14, sábado, às 21 horas, e também pela TVA canal 66, TV Net canal 13, TV
Digital 61.2.
Solicito uma música
baixa, por favor, para entregar a essas alunas e alunos que são os nossos
Voluntários 2011. Nem todos estão presentes, os que não estão nós entregaremos depois.
Aqui foi falado por
várias pessoas e enfatizado pela Senhorinha Amaro de Souza: “Que horas nós achamos
tempo?” Essa velha frase é conhecida no mundo todo, se você quer que alguém
faça alguma coisa, chame alguém que já faz bastante coisa porque certamente
essa pessoa encontrará tempo para fazer. Isso é uma verdade que precisa ser
modificada. Precisamos buscar pessoas que talvez façam menos, façam pouco ou aquelas que quase não fazem nada para fazer
também. O voluntariado hoje no mundo todo tem um papel eu não diria importante,
eu arriscaria e tenho certeza que não erro, um papel imprescindível na mudança da
sociedade por um momento melhor para a qualidade de vida. São os voluntários
que não ganham pecuniariamente, mas certamente ganham além da experiência de
vida um retorno de força e de entusiasmo que faz valer a vida dessa pessoa e
daqueles que a contornam todos os dias na casa, no trabalho, na igreja, seja
onde for de forma diferenciada. Então eu queria chamar aqui uma salva de palmas
os voluntariados, aos alunos e alunas que vão receber agora das mãos dos
professores esses diplomas. (Palmas.)
Eu vou chamando e já
podem se posicionando, recebendo os diplomas das mãos dos professores doutores
que com muito carinho estarão entregando a vocês. Os fotógrafos vão tirando as
fotos de todas elas, dos professores doutores, é uma honra as voluntárias
receberem das mãos dos senhores esse certificado: nossa querida Andréa Mauricio
Da Vitti, Aneleide de Barros Henning, Áurea Cristina L. Ferraz. Nossa querida
Catarina Cailan Oliveira Branco, Cleide Campregher Figueira Silva, Elizabeth
Barbosa da Silva, Francine Honório Moris, Ideli Anselmi, Isabel Alves da Silva;
como é bom ver também homem colaborador e voluntário, João Batista de Morais,
Julio Cezar Fortunato, esses grandes homens que entendem o valor do
voluntariado. (Palmas.); a nossa querida Kátia Ribeiro de Santana, Magali Bredariol Arauem, Maria da Conceição Martinslu, Maria de
Lourdes Silva do Nascimento, Maria Inez Gomes Macieira, Maria Jacob Yamamoto,
Maria Julia S. Silva, Maria Neusa Sanfins Fornazieri, Marlene de Fátima Nanni
Ventura, Meipe Olava Jorge, Myriam Hoffmann, Neuza Borges Rodrigues de
Oliveira, Stella Parakevi Hatzidimitron, Vera Emilia
Chiavelli Teruel, Cristiane M. Funai Amorim.
E desses nomes que eu chamar se alguém estiver
venha à frente: Beatriz Helena Dobke Sakano, Cleuza
Maria Ariano dos Santos, Edileuza Andrade Leão, Elisabeth Alves Pereira Adaid,
Fátima Aparecida Lazarine Aparecido, Gimara Nakasone, Maria Isabel de França
Araújo, Maria Teresa Nunes Lancioni, Patrícia da Silva Santos. (Palmas.) Assim
que é bom, gente, se identifiquem, levantemr
a mão para receber, uma salva de palmas, porque se manifestar, além de ser um
direito de vocês é um dever nosso reconhecer os valores que cada um de vocês
homens e mulheres tem e receber esse certificado como voluntárias.
* * *
- É feita as entregas
dos Certificados.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Eu pediria que todas ficassem de
frente agora junto com os professores doutores - doutor Ruiz e doutor Gebrim - para que seja tirada uma foto oficial e a TV
Assembleia também registre esse momento do recebimento do certificado. A música
pode continuar e ficar um pouco mais alto para podermos marcar com essa foto.
Uma salva de palma então a todas as voluntárias e a todos os voluntários que
estão recebendo esse certificado que significa, Pamela
Suelen, um pedaço importante da nossa luta e da nossa vitória. (Palmas.)
Encerrando essa
Sessão Solene, agradecemos já a presença de todos: a fotografia, o diploma, o
carinho da Unaccam, os Presidentes das entidades e
instituições que participam conosco neste momento. Peço a todos, por favor, que
voltem aos seus lugares.
E convidamos com
muita honra e com muita alegria ele que é voz uníssona que tem feito a
diferença na luta contra o câncer de mama com a informação. E queria dizer ao
professor doutor Carlos Alberto Ruiz que se eu não tivesse nada do seu
currículo para lhe apresentar como médico, professor, doutor, Presidente da
Associação, Presidente Nacional da Sociedade Brasileira de Mastologia, bastaria
uma palavra que eu ouvi da Presidência dos trabalhos nesta manhã, onde várias
pessoas que ocuparam esse microfone para fazer a sua fala, algumas delas
repetiram de forma singular e forte da bondade que o senhor tem, da atenção que
o senhor tem, do respeito que o senhor tem, e do coração humano que o senhor
tem em relação à causa das mulheres e dos homens também.
Mas vamos aqui
enfatizar a vida das mulheres. Dezenas, centenas, milhares delas que precisam
da voz ativa e altiva de alguém que acredita assim como eu acredito que é a ação
da mão humana que faz, é a ação da mão humana que transforma, é a ação da mão
humana que colabora com uma vida melhor. E tem sido assim na sua vida, tem sido
assim na sua trajetória, tem sido assim na sua missão e no seu compromisso.
Então para nós é uma honra recebê-lo aqui neste plenário, aqui nesta augusta
Casa de Leis, alguém que tenha ajudado os governos
independente da questão político-partidária a fazer uma sociedade
melhor, uma sociedade mais feliz, e uma sociedade com qualidade de vida.
Assim, assome a
tribuna como última oratória desta manhã para depois ouvirmos a nossa cantora e
encerrarmos a nossa Sessão. E para nós mais que orgulho, mais que emoção é a tranquilidade em saber que milhares de mulheres ficam tranquilas em estar em suas mãos. Por favor, com a palavra
professor doutor Carlos Alberto Ruiz. Uma salva de palmas a ele. (Palmas.)
O
SR. CARLOS ALBERTO RUIZ - Obrigado
pelas palavras Deputada Célia Leão. Boa-tarde a todas
vocês, boa-tarde minhas queridas amigas e amigos, é um prazer muito grande
estar aqui. Parabenizo o Deputado Ulysses Tassinari, os meus amigos Cabello,
Pirozzi, Mariane, Pilar, que fazem na verdade, formam um grupo de ação. Não fazemos
nada sozinhos e vocês melhores do que ninguém sabem
disso.
A importância do
voluntariado está em cada um de nós sermos a boa semente para poder multiplicar
ações, para poder multiplicar efetivamente para quem precisa determinismos
diferentes daqueles que estamos acostumados a ouvir em relação ao câncer de
mama.
Câncer de mama,
pessoal, todos nós sabemos que é uma doença altamente letal. se
diagnosticarmos tardiamente, é por isso que esse Dia Estadual de Prevenção do
Câncer de Mama é importante. Nós só temos uma forma de curar o câncer de mama: é
diagnosticá-lo precocemente como todos os meus antecessores já disseram aqui.
Mas de uma forma muito especial formando uma corrente do bem, do voluntariado,
do grupo médico, do grupo político em si, porque o nosso sonho se não estivermos
unidos morre na praia. A única forma que nós temos efetivamente de realizá-lo é
nos unindo em prol de um bem maior que é diminuir enormemente a mortalidade por
câncer de mama no nosso país. É só juntos, não tem outra
alternativa, e com ingrediente fundamental que é o amor no coração de
todos nós, amor a nós e fundamentalmente ao nosso próximo. O amor é a única
força que na verdade transforma. Se você não tiver com amor no coração nem
entre numa negociação, num bate papo, porque só ele é que transforma de uma
forma abrangente aquilo que a gente busca.
Eu digo isso
pessoalmente porque nós estamos juntos com a Presidente Dilma
Rousseff inclusive convocados pelo Ministério da Saúde a fazer parte desse
grande Plano Nacional de Combate ao Câncer de Mama. A Presidente lançou
essa campanha em Manaus há alguns meses atrás, nós estamos fazendo parte junto
com a Sociedade Brasileira de Mastologia valorizando o especialista que cuida
da mama que é o mastologista, a busca específica de uma planificação, de
acesso, resolutividade para os problemas
Falamos aqui da
mamografia, um grande problema que temos hoje. Pasmem,
quase 60% dos mamógrafos do Brasil não tem qualidade adequada. Contamos com o
apoio político, porque pior do que fazer uma mamografia é realizá-la e acharmos
que ficamos adequadamente diagnosticadas a esse exame, e na verdade o exame não
mostrou aquilo que precisava. Então a condição de qualidade é importante. Não
basta colocar mamógrafos. Nós temos que cuidar da qualidade e formar aquela
pessoa que interpreta essas imagens para que tenhamos com a maior fidelidade
possível aquilo que a gente busca que é achar precocemente o câncer de mama.
Recebemos em todos os
lugares que a gente vai as mulheres dizendo muitas
vezes: “Poxa, Carlos, eu fiz a mamografia todos os anos e acabei tendo câncer.”
Importante: a mamografia não fecha seu corpo contra o câncer, a mamografia
propicia aquilo que a gente mais deseja que é diagnosticá-lo precocemente.
Porque se essa mulher desenvolveu o câncer e nós conseguimos diagnosticá-lo no
momento inicial, é igual a cura do câncer de mama.
Estou falando aqui da cura do câncer de mama que é através dessas ações. Vou
mutilar menos, vou poder propiciar uma condição estética fundamental, e vou
usar menos as terapias adjuvantes que às vezes, desculpe-me professora Pilar -
uma oncologista de mão cheia -, mas a própria droga que a gente usa na
quimioterapia às vezes agride muito também. E se a gente quer diminuir a
possibilidade de usar a quimioterapia é diagnosticar precocemente, não tem
outra forma de. A quimio ajuda muito, mas se a gente puder evitar
diagnosticando precocemente, estamos agregando valor a nossa causa.
Por isso eu acredito
que a única forma que a gente dispõe para tudo isso é estarmos juntos. Consegui
vários bate papos com voluntários porque tive oportunidade pelos convites da
Maria Eugênia. A Unaccam que mora no meu coração. Vocês
sabem que eu estou há muitos anos dentro da Unaccam, ajudando-a a poder multiplicar esse conhecimento,
porque essa é a única forma real que a gente tem de combater o câncer de mama.
Todos juntos de uma forma crítica, de uma forma amorosa, podemos multiplicar
esse processo.
Eu faço minhas aqui as palavras do doutor Cabello e da
doutora Mariane - minha amiga, minha irmã na pessoa
do professor Pinotti. Na verdade hoje o serviço que o doutor Gebrim chefia -
ele representando aqui o Secretário da Saúde - foi iniciado há muitos anos pelo
professor Pinotti. E eu tive lá a oportunidade de começar a militar com ele na mastologia na década de 80 ainda. Tenho por ele um grande
carinho. E ele sempre, sempre, buscou como objetivo mais importante o
diagnóstico precoce.
Hoje nós estamos num
outro momento, São Paulo começa a apresentar uma diminuição da mortalidade,
graças a Deus, porque os programas aqui desenvolvidos começam a reverberar de
uma forma positiva. Mas o Brasil é muito maior que São Paulo, precisamos, na
verdade, multiplicar o que fizemos aqui para os demais no Brasil de uma forma
extremamente organizada, de uma forma que nós tenhamos a condição específica de
poder nesses nossos três anos de Presidência de Sociedade Brasileira de
Mastologia diminuirmos efetivamente no final, e no
decurso desta gestão a mortalidade pelo câncer de mama.
Queridos e queridas, são essas minhas palavras. Obrigado e um beijo no coração a
todos vocês e uma ótima tarde. (Palmas.)
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Uma salva de palmas ao doutor
Carlos Alberto Ruiz, muito obrigada pelo trabalho, obrigada em nome de todos.
Uma salva de palmas em pé que representa todo o agradecimento aos médicos,
professores doutores que aqui estão, aqueles que não estão,
que lutam e nos ajudam a vencer este mal que assola a toda sociedade brasileira
e mundial. Muito obrigada, doutor Ruiz, não só pelas suas palavras, mas por sua
trajetória. (Palmas.)
Gostaria de pedir ao Deputado
Ulysses Tassinari que fizesse a entrega ainda de três
certificados. Cada certificado é importante, cada pessoa é importante.
Uma salva de palmas a
nossa querida Vera Lúcia Pereira Alves que vai receber o seu certificado como
voluntária. Muito obrigada, Vera Lúcia, parabéns pelo seu trabalho. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega do
Certificado.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Pamela
Suelen, por favor, venha receber também o seu certificado das mãos do nosso
querido Deputado Ulysses Tassinari. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega do
Certificado.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - E antes da Pamela Suelen cantar e
encerrar os nossos trabalhos eu queria convidar com muito carinho e as pessoas
ficam por detrás das cortinas, por detrás dos bastidores, e alguns ficam na
frente do microfone é nossa tarefa também, outros ficam por detrás e pouco
aparecem, mas fazem muito. Arrisco a dizer que fazem quase tudo, porque telefonam,
passam e-mail, recebem as críticas, sugestões, as broncas,
faz a coisa caminhar. Então eu queria sintetizar na pessoa dele dezenas
de pessoas que fazem as instituições e entidades crescerem e cumprirem a sua
tarefa, e na Unaccam não é diferente. Então eu queria
uma salva de palmas muito carinhosa a esse jovem senhor, o nosso querido Omar
dos Santos, que é o secretário da Unaccam, para que
também receba das mãos do nosso Deputado Ulysses Tassinari
o seu diploma, guardando-o com muito carinho, lembrando que todos nós - homens
e mulheres - reconhecemos o seu valor, o seu trabalho e o seu voluntariado.
Muito obrigada, senhor Omar dos Santos. Uma salva de palmas ao senhor Omar dos
Santos por tudo que ele tem feito na Unaccam por
todas nós mulheres. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega do
Certificado.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - E agora com vocês essa doce e
linda menina, a nossa querida Pamela Suelen. Agora é com você, Pamela Suelen.
A
SRA. PAMELA SUELEN - Estou
me sentindo muito honrada ter recebido um diploma tão importante, não me sinto
nem digna, mas estou muito feliz.
Ao cantar esta música,
quero cantar para vocês voluntárias, vocês parceiros. Quero dizer a vocês que
essa luta contra o câncer se não fossem vocês acho que não iria para frente do
jeito que está indo. E homenageio cada um de vocês dizendo que vocês são
especiais e que Deus possa abençoar a vida de cada um. E ao cantar essa música quero
que vocês se sintam amados.
* * *
- É feita a
apresentação musical.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB – Obrigada, minha querida Pamela Suelen. Parabéns a você por sua luta, por sua trajetória
também e compromisso.
Agradeço muito a
todos vocês, senhoras e senhores presentes, amigos e amigas, voluntárias, todas
as entidades, instituições, a TV Assembleia, os funcionários da Assembleia, o
pessoal do Cerimonial, ao nosso gabinete, a Deputada Analice
Fernandes carinhosamente está aqui também presente conosco, as Deputadas desta
Casa - todas indistintamente da questão político-partidária. Somos 10
deputadas, e certamente as 10 temos esse compromisso e essa tarefa também.
Agradeço também ao Presidente Deputado Barros Munhoz por mais uma Sessão Solene
como esta de teor, eu diria, imprescindível, não só lembrando o Dia Nacional de
Luta, o Dia Estadual, quiçá o Dia Internacional, mas que seja presente em todos
os debates como disse o professor doutor Carlos Alberto Ruiz.
Recebi também a flor
das mãos da Maria do Carmo, muito obrigada minha querida vice-Presidente, amiga e companheira. O Dia das Mães
foi ontem, e obviamente esse Dia das Mães não só nos reporta como nos traz a
lembrança e nos dá obrigação de deixarmos marcado aqui nos Anais da Casa e mais
do que isso, do que num papel com letras escritas, deixar no coração de cada um
a importância de ser mãe. Mãe no sentido lato senso,
mãe no sentido mulher, porque mãe é toda aquela que cuida de alguém, é uma
cuidadora, mãe é aquela que cuida do neto, do sobrinho, do filho do vizinho,
enfim, de alguém da sociedade. Ela não precisa ter necessariamente o seu filho,
mas ela precisa cuidar de alguém para ser mãe. E nesse sentido e nesse quesito
arrisco a dizer que a grande maioria, senão todas as mulheres acabam tendo essa
missão e essa tarefa de mãe.
E quando falamos em
mãe, com todo respeito aos grandes homens lindos por fora e por dentro que são,
e fazem parte da nossa vida, lembramos obviamente das mulheres. E é exatamente
em nome dessas mulheres que eu quero encerrar esta Sessão Solene, e com a
lembrança de ser mãe. Alguém aqui disse e eu quero só reforçar a importância da
saúde, a saúde é garantia da vida. A doutora Mariane
Pinotti conclamou que o Governador Geraldo Alckmin possa investir mais que 12%,
que é o mínimo que a Constituição Federal nos obriga na questão da saúde a
nível nacional. Todas as áreas são importantes. A educação garante a
informação, doutor Ruiz. Sem educação as pessoas não sabem quais são os seus
direitos e deveres, portanto, sem educação uma sociedade não se desenvolve.
Obviamente quando
falamos no meio ambiente a qualidade de vida que todos nós lutamos para que ele
seja bem cuidado, quer seja na floresta, na água, no ar, na poluição, no lixo,
tudo aquilo que todos os dias a televisão maciçamente os jornais, os programas
e projetos governamentais a nível federal, estaduais e municipais falam, todas
as áreas são importantes. Segurança pública, quem é que pode prescindir da
segurança pública? Isso indistintamente de cor, credo, religião, questão
sócio-econômica todos nós estamos lamentavelmente, suscetíveis à questão da
violência. Quando falamos no turismo e no lazer que é um direito de todos.
Quando falamos no transporte que é um direito de todos, enfim, tudo que faz
parte da nossa vida é importante. E naquilo que é quesito governamental
programas e projetos políticos também são importantes
em qualquer área.
Mas, eu não tenho a
menor dúvida e menor preocupação em errar, em falar o que eu vou dizer agora. Vocês,
que são literalmente da área da saúde - professores, doutores, mestres,
médicos, clínicos, enfermeiras, atendentes, ajudantes, copeiras, faxineiras,
tudo aquilo que cuida da saúde seja num hospital de grande porte, seja num
posto de saúde, seja num grupo de voluntariado, seja numa entidade, numa
associação como a nossa querida Vera que é Presidente da Rede Feminina de
Combate ao Câncer - enfim, todos vocês que trabalham nessa área, não tem nada
mais importante do que a saúde. Nada. Nada mais é importante que a saúde.
Porque sem a saúde não há o que pensar
Mas eu queria dizer a
cada um de vocês que a vida não pode nunca, em tempo algum, deixar de ser
levada a sério. Não importa quanto tempo de vida tenhamos, cada segundo dessa
vida é importante, e ela tem que ser respeitada, defendida e enaltecida sempre,
a cada milésimo de segundo da nossa vida. Alguém me colocou como mãe para receber
as homenagens de ontem, e que eu as recebi e as recebo com muito amor, e com
muita alegria, particularmente na minha vida. Assim como a Pamela Suelen, e
isso é claro para quem me conhece isso não é tristeza, nunca foi, e doutora
Mariane Pinotti me conhece, talvez fosse muito jovem e menina, o senhor seu pai
teve uma parcela importante naquele momento até a esse quando eu apenas com 19
anos deixei de andar. Obviamente que a vida muda, muda e muda bastante, é
significativa essa mudança. Mas eu aprendi ao longo desses 36 anos que por
livre e espontânea pressão eu estou sentadinha nesta cadeira de rodas. Quero
dizer a vocês que ninguém escolhe uma cadeira de rodas para sentar, ninguém
escolhe uma muleta para se apoiar, ninguém escolhe aparelho auditivo, ninguém
escolhe, enfim, uma outra condição de vida que não
seja a normalidade, porque o melhor é a normalidade, e vista aos olhos de Deus
também. Talvez alguns equivocados não entendam, mas eu quero dizer, doutor
Ruiz, que essa cadeira para mim nunca foi problema, ela sempre foi solução.
Essa cadeira para mim não é prisão, ela é liberdade, até para poder ser
parlamentar, mãe, cuidar da casa, ter amigos e viver. Esta cadeira de rodas
nunca foi tristeza, ela sempre foi alegria, nunca foi problema sempre foi
solução.
Eu digo isso para
dizer que problemas na nossa vida, na maioria das vezes, nós não vamos atrás
deles, eles acontecem. Algumas vezes de forma imprudente nós também acabamos
facilitando que ele chegue na nossa vida. Mas
independente de facilitar ou não, de ir atrás ou não, quando ele chega, seja
qual for e do tamanho que for ele só é um problema, ele não é a vida. A vida
vale mais do que qualquer problema. Eu arrisco dizer a vocês sem medo de errar,
de que andar ou não andar, por exemplo, que é alguma coisa que muito afeta
diretamente a minha vida pessoal, é como usar brinco e ir para uma festa. Se
você tem o brinco que está na moda, que enfeita você vai para a festa. Mas se
você não tem o brinco porque esqueceu, perdeu ou não tinha dinheiro para
comprar e a festa existe, você também vai para a
festa. Só vai sem o brinco, e o brinco é acessório. O principal é a festa. E a
festa é a vida, e o importante é nos termos a vida e não importa se com brinco
ou sem brinco, o importante é ter a festa, o importante é ter a vida, não
importa se andando ou sem andar. Não importa se com seio ou com prótese, o
importante é ter a vida.
Todo o resto que eu
disse aqui, para terminar, são acessórios, e acessórios o próprio nome diz, são
acessórios. O principal tem que ser enxergado diferente, como
esses professores doutores homens e mulheres, voluntários,
colaboradores, Presidentes de entidades enxergam, o valor da vida. É isso que a
sociedade precisa enxergar. Os nossos governantes e governos de instância
federal, estaduais e municipais precisam oferecer recursos no orçamento. Querida
Mariane Pinotti, você tem toda razão, para que a
gente não possa perder um só segundo de cuidar bem dessa vida.
Estamos nesta Casa há
20 anos e já participamos de muitos eventos, várias solenidades e Sessões
Solenes que também marcam a nossa vida, mas tenha a certeza, doutor Ruiz, que nenhuma
delas me trouxe tanta emoção, e mais do que emoção - porque emoção é uma coisa
que vem no coração e pode passar, mas essa não vai passar - me trouxe tanto compromisso
com uma causa e com uma verdade que nós temos que continuar lutando e
trabalhando.
Portanto, nesta Casa de
94 gabinetes de homens e mulheres, do PT, PMDB, DEM, PSDB, PTB, PV, não importa
o partido, tenham a certeza os senhores e as senhoras - não tenho procuração
dos 93 deputados, mas me sinto muito à vontade de falar em nome deles, e do
Presidente da Assembleia Deputado Barros Munhoz - de que esta Casa está de
portas abertas, gabinetes abertos, para tudo aquilo que vocês precisarem para
engrossarmos esta luta em favor da vida e contra o câncer de mama. Muito
obrigada pela presença de todos. Uma salva de palmas a vocês. (Palmas.)
E não tendo mais
nenhum objeto a ser deliberado, encerramos esta Sessão. Muito obrigada mesmo,
de coração. E depois desta Sessão esta Casa a partir de hoje é uma outra Assembleia. Parabéns pelo trabalho de vocês.
(Palmas.)
Está encerrada a
sessão.
* * *
- Encerra-se a sessão
às 13 horas e sete minutos.
* * *