28 DE AGOSTO DE 2024
112ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: GILMACI SANTOS, DANILO CAMPETTI e CONTE LOPES
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h01min. Convoca sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos.
2 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - DANILO CAMPETTI
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - DANILO CAMPETTI
Assume a Presidência.
6 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI
Cumprimenta alunos da Faculdade Anhanguera de Jundiaí, presentes nas galerias.
8 - EDIANE MARIA
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI
Cumprimenta alunos de Direito da Universidade Yale, presentes nas galerias.
10 - ANDRÉA WERNER
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - VITÃO DO CACHORRÃO
Para comunicação, faz pronunciamento.
12 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
13 - PAULO MANSUR
Por inscrição, faz pronunciamento.
14 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
15 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
16 - CONTE LOPES
Assume a Presidência.
17 - DANILO CAMPETTI
Por inscrição, faz pronunciamento.
18 - DR. ELTON
Por inscrição, faz pronunciamento.
19 - DR. ELTON
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
20 - PRESIDENTE CONTE LOPES
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 29/08, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 16 horas e 30 minutos. Levanta a sessão às 15h31min.
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* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.
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* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
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* *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presente o número regimental de
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos
trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e
recebe o expediente.
Convocação. Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V.
Exas. para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, às 16 horas e 30
minutos ou dez minutos após o término da presente sessão, em cumprimento ao
interstício mínimo previsto no § 3º do Art. 100 do Regimento Interno, com a
finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:
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* *
-
NR - A Ordem do Dia para a 43a Sessão Extraordinária foi publicada
no D.O. de 29/08/2024.
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* *
Passamos então à lista dos oradores
inscritos no Pequeno Expediente. Deputado André Bueno. (Pausa.) Deputado Dr.
Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Paulo
Fiorilo. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
funcionários e funcionárias da Assembleia Legislativa. Sr. Presidente, hoje
quero trazer aqui os nossos parabéns aos bancários e bancárias, porque hoje,
dia 28 de agosto, é comemorado o dia do bancário, da bancária. E também hoje
são comemorados os 41 anos da Central Única dos Trabalhadores. Então, queria
colocar isso aqui rapidamente. Nós estamos acompanhando aqui a data escolhida
para comemorar o Dia do Bancário.
Há 73 anos,
justamente em agosto de 1951, em 28 de agosto, os bancários realizaram uma
primeira greve aqui no País, nobre deputado Carlos Giannazi, que durou 69 dias.
E, nesse período, as greves no Brasil eram proibidas. Realizar greves... Mesmo
assim, a categoria bancária rompeu o silêncio de algumas décadas e conseguiu
realizar a sua primeira greve, por 69 dias.
E a partir daí
garantindo direitos importantes. Hoje o bancário é uma das categorias que
conquistaram o auxílio-creche, que conquistaram a jornada de seis horas, que
conquistaram o fim do trabalho aos sábados. Hoje a categoria bancária trabalha
de segunda a sexta, e essa greve garantiu o fim do trabalho aos sábados e a
jornada de seis horas para a categoria bancária.
A categoria
bancária - pode passar ao próximo - é uma referência, hoje, de conquistas aqui
no Brasil, de (Inaudível.), porque hoje a categoria bancária é a única
categoria que tem uma convenção coletiva nacional.
Então hoje,
quando há uma negociação para os bancários, vale para os bancários do Rio
Grande do Sul até os bancários e as bancárias do Acre. É uma categoria que
consegue congregar, na sua mesa de negociação, várias outras centrais
sindicais.
Então ali nós
temos a CUT, temos a CTB, temos a Intersindical, temos o Conlutas e tudo. Na
mesma negociação garantimos as representações do movimento sindical, diversos
matizes, hoje, no nosso País.
Nós trazemos
aqui, inclusive, um dado deste ano agora. Os bancários estão em campanha
salarial há dois anos. Pode passar para a próxima. Nós temos aqui uma categoria
bancária em que o sistema financeiro lucrou, em 2023, 145 bilhões de reais; só
no primeiro semestre de 2024, claro, os bancos juntam 54 bilhões de reais. E os
bancos, agora, querem propor nessa conversa a retirada de direitos. Retirada de
direitos.
Então eu queria
parabenizar aqui a presidenta Neiva; a presidenta da nossa federação, Aline,
que é a Fetec-São Paulo; a Juvândia Moreira Leite, que é presidenta da Contraf,
a Confederação dos Bancários que coordena essa mesa de negociação no nosso
estado e no País. E a Juvândia também é a presidenta, hoje é vice-presidenta,
da Central Única dos Trabalhadores no Brasil.
E é importante
que, quando falamos em representações de trabalhadores, no caso dos bancários e
das bancárias, as conquistas não só são conquistas econômicas, porque na
categoria bancária se luta por emprego, por condições de trabalho, por melhoria
nas condições de trabalho, aumento real permanentemente, melhoria na PDR.
A categoria
bancária foi a primeira categoria que teve, em convenção coletiva, a
participação nos lucros e resultados. E essa parcela que vem melhorando a cada
ano. Em 2004, nobre deputado Carlos Giannazi, eu iniciei minha presença nos
sindicatos bancários e ali nós fizemos uma convenção coletiva única, para todos
os bancos, bancos públicos e bancos privados. Foi uma mudança também no formato
da negociação.
Agora, além dos
bancários - pode passar a próxima -, nós temos aqui a Central Única dos
Trabalhadores, que também hoje, completa 41 anos de vida. A Central Única dos
Trabalhadores. E qual é o papel da Central Única dos Trabalhadores no estado de
São Paulo e no País?
A CUT, hoje,
congrega os bancários, os metalúrgicos, os trabalhadores da educação,
trabalhador do setor químico, do comércio, o pessoal da agricultura,
principalmente a Contag, que hoje é uma forte confederação dos agricultores
familiares no nosso País, sindicatos rurais. Então, hoje podemos dizer que a
Central Única dos Trabalhadores é a quinta maior central sindical do País. Pode
passar para o próximo.
E as principais
lutas que nós temos hoje, é a garantia de emprego, luta contra a precarização
do trabalho, contra demissões, campanha por trabalho, moradia, salário e
Previdência Social.
E a CUT, além
de fazer essas lutas e organização dos trabalhadores em todo o Brasil, também
lutou em diversos momentos do País, seja contra a ditadura militar, quando teve
o impeachment do Collor, agora uma luta contra um processo que hoje nós temos
fortíssimo no Brasil, a questão da luta do campo e também o fim do
neoliberalismo. Essas são algumas das ações que a CUT tem organizado e tratado
no Brasil.
Então parabéns
à Central Única dos Trabalhadores por 41 anos de existência. E parabéns ao
Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, porque hoje, dia 28 de
agosto, é o Dia do Bancário e da Bancária. É uma categoria que tenho muito
orgulho de fazer parte e ter sido presidente dessa entidade.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado. Com a palavra, deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Major
Mecca. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputada Professora Bebel.
(Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.)
Deputado Danilo Campetti, tem V. Exa., o tempo regimental, deputado.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas,
Srs. Deputados, servidores da Casa, policiais civis, militares, assessores,
aqueles que nos acompanham pela TV Alesp.
Eu venho aqui,
Sr. Presidente, para falar hoje de uma aprovação - não é, deputado Conte Lopes?
-, que nós tivemos lá na Comissão de Constituição e Justiça. Nós aprovamos o
parecer do deputado Carlos Cezar com relação à PEC n° 9.
E sobre essa
PEC n° 9, nós precisamos fazer alguns apontamentos, para que alguns argumentos
da oposição sejam esclarecidos. Então nós temos que, desde 1988 na Constituição
Federal foi estabelecido um piso para a Educação e um piso para a Saúde. Então,
nós temos 25% para a Educação, 12% para a Saúde.
Aqui em São
Paulo, ato contínuo, a Constituição Estadual estabeleceu que a Educação deveria
ter o piso de 30% e a Saúde 12 por cento. Ocorre que, com o passar do tempo,
houve algumas mudanças demográficas, ou seja, a expectativa de vida
aumentou.
Ou seja, a
Saúde passou a ter mais necessidade, tanta necessidade quanto a
Educação. E o que ocorre? O que essa PEC pressupõe? Não é que se corte,
deputado Conte Lopes, da Educação 5%, mas que se flexibilize esses 5% da
Constituição Estadual para dar liberdade ao gestor para poder agir também
perante a Saúde.
Então, a
Educação hoje é prestigiada no nosso Estado. Nós temos mais de duas mil escolas
em reforma, nós temos um projeto de climatização de mais de mil escolas,
temos lá o “Estágio São Paulo”, temos o programa “Prontos para o Mundo”,
que leva jovens em intercâmbio a outros países. Temos várias medidas na
Educação que são consideradas pelo governo Tarcísio e continuarão tendo
atenção.
Ocorre que a
Saúde, principalmente agora, com o advento do SUS Paulista e com o
envelhecimento da população, a Saúde precisa também de recursos. Só para o
senhor ter uma ideia, deputado Conte Lopes, nós temos hoje 105 hospitais
próprios, 363 unidades filantrópicas. E aí, de uma forma, são as Santas
Casas, por exemplo, de uma forma ou de outra, o estado também envia recursos.
Ou seja, eu
tenho um aumento, um incremento de 27% do número de atendimentos e a gente
precisa do recurso necessário também para a Saúde. Então, eu quero deixar
claro aqui, os deputados da base que também estiveram lá na Comissão de
Constituição e Justiça, que não há corte na Educação. Não há corte na
Educação. O que há é uma flexibilização, Sr. Presidente, de 5%, para que seja usado
ou na Educação ou na Saúde.
Então, pode ser
que no ano o Orçamento continue 30% na Educação e 12% na Saúde. No outro
ano, que haja uma flexibilização, por exemplo, a critério do gestor e também
vai passar aqui por esta Casa. Por exemplo, 17% na Saúde, 25% na Educação.
Então, é
necessário esse esclarecimento para a gente poder colocar os “pingos nos
is" aqui, para a gente poder realmente mostrar à população, e é a
população que votou no governador Tarcísio, é a população que deu mais de
13 milhões e 400 mil votos ao governador Tarcísio, que escolheu também esse modelo.
Então, é a
população que está sendo representada assim. Desde a campanha, o governador
Tarcísio já mostrava essa necessidade, e agora tem cumprido com os seus
compromissos, e cabe a nós aqui ratificar esse posicionamento, porque somos da
base, porque concordamos com essa política, que realmente traz avanços à
Saúde.
E para o senhor
ter uma ideia, Sr. Presidente, não haverá, por exemplo, problemas com a
Educação. Hoje, no Orçamento de hoje, nós temos 35%, Sr. Presidente, para a Educação. São 28% da
relação de Educação, da função Educação e 7% do déficit previdenciário.
Então, imagine,
se negocia, por exemplo, esse déficit previdenciário, nós aumentamos a
receita, nós temos, com o advento da PEC, a possibilidade de flexibilizar
esses 5% e esses 5% serem investidos na Saúde, porque a Saúde do nosso Estado
precisa exatamente dessa flexibilidade.
Isso fica a
critério, obviamente, do gestor, que tem lá o plano de Saúde a ser empregado no
Estado. Então, fica aqui o nosso esclarecimento, fica aqui a nossa posição
pela aprovação dessa PEC, Sr. Presidente, que muito provavelmente virá, e muito brevemente virá
aqui a esse plenário, e nós seremos favoráveis à aprovação dessa PEC.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Campetti. Com a palavra o deputado Sebastião Santos.
(Pausa.) Com a palavra o deputado Carlos Giannazi. Tem V. Exa. o tempo
regimental.
O SR. CARLOS GIANNAZI
- PSOL - SEM REVISÃO
DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da
TV Assembleia, no dia de hoje, pela manhã, nós tivemos um dos maiores
atentados, um dos maiores ataques à nossa Constituição Estadual.
Na
verdade, um dos maiores ataques, ou talvez o maior ataque à educação do estado
de São Paulo: a Comissão de Constituição e Justiça aprovou a famigerada PEC nº
9, a Proposta de Emenda à Constituição Estadual, que reduz na prática o
orçamento da educação estadual de 30% para 25%, retirando praticamente quase dez
bilhões de reais, aproximadamente dez bilhões de reais por ano da escola
pública, da educação estadual.
Nós nunca vimos
um ataque tão brutal, cruel e perverso como esse à educação do estado de São
Paulo, que tem uma rede sucateada, degradada, com salas superlotadas, com
profissionais da educação ganhando um dos piores salários da Federação, um
governo que não paga corretamente o Piso Nacional do Magistério, com demissão
em massa de professores, com fechamento de salas.
Temos uma das
maiores crises: a ditadura com a máfia das plataformas digitais, que está
enriquecendo as empresas que vendem essas plataformas, esses aplicativos, e
prejudicando a aprendizagem dos nossos alunos e também a autonomia pedagógica
dos professores, além da precarização das contratações dos professores.
Temos mais professores
categoria “O” admitidos pela Lei nº 1.093, de 2009, que é a Lei da Precarização
da Contratação, do que professores efetivos. Houve uma inversão. O governo não
quer efetivar os aprovados.
No entanto,
hoje a Comissão de Constituição e Justiça, na verdade, a base do governo, que
compõe a Comissão de Constituição e Justiça, aprovou essa PEC do governador
Tarcísio de Freitas. É um absurdo.
Enquanto isso,
o secretário da Educação, Renato Feder, está lá fazendo a dancinha dele em
Campinas, no encontro que ele chama de líderes, um encontro de formação de
líderes, alguma coisa assim. Eu quero até colocar um vídeo aqui que nós
recebemos, dos professores.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Está lá, olha,
nosso secretário, dono da Multilaser, antiga Multilaser, agora é Multi o nome
da empresa, está lá dançando em um encontro com os diretores em Campinas, Sr.
Presidente. É um absurdo a Assembleia Legislativa se prestar a reduzir o
orçamento da Educação.
O secretário
acho que está comemorando, talvez, a redução do orçamento da pasta dele.
Deveria estar aqui, defendendo mais investimento para a Educação. Está lá
Renato Feder dançando.
Não sei em que
contexto, mas sei que é no evento exatamente do encontro que ele marcou com os
diretores lá em Campinas, um encontro que é bem questionado, inclusive pelos
próprios diretores, onde ele reuniu os diretores de todas as escolas da rede
estadual. Mas é grave essa situação, o projeto foi aprovado na Comissão de
Constituição e Justiça, mas tem que passar aqui no plenário.
E aqui ele não
vai passar, porque o deputado que votar a favor desse projeto vai deixar a sua
digital em um atentado contra a educação do estado de São Paulo. O deputado que
aprovar esse projeto, que mexe na Constituição Estadual, que foi votada aqui
nesse plenário. Em 1989, nós tivemos uma Assembleia Estadual Constituinte, que
aprovou a Constituição Estadual, onde nós avançamos e aprovamos 30% para a
educação estadual.
Foi um avanço
importante com o estado de São Paulo, que tem a maior rede de ensino do Brasil,
que tem o maior número de servidores da educação e o maior número também de
alunos da América Latina, não estou dizendo do Brasil, deputada Ediane, e, no
entanto, a base do governo, os deputados e deputadas da base do governo da
Comissão de Constituição e Justiça votaram para reduzir o Orçamento da Educação
dizendo: “Não, a gente vai transferir uma parte para a Saúde”. Isso não é
verdade.
Nós temos
outras fontes. Se o governo quiser mesmo investir em Saúde - que ele não investe,
ele está privatizando e terceirizando a Saúde - ele iria cobrar a dívida ativa
do estado de São Paulo, ele teria outras possibilidades e não jogar uma área
contra a outra. Então nós vamos aqui fazer a resistência no plenário para que
esse projeto não seja aprovado.
A Educação
precisa de mais investimento e não de menos. Mas para concluir, Sr. Presidente,
esse é um governo de extrema direita que é contra a Educação, que é contra a
Cultura, que é contra a Ciência, que é contra a pesquisa, que é contra a
diversidade, que é contra o investimento nas áreas sociais e a favor do grande
capital e das grandes empresas, dos grandes monopólios. Por isso que ele faz
exatamente isso: canaliza o recurso público para o poder econômico.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
*
* *
-
Assume a Presidência o Sr. Danilo Campetti.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Carlos Giannazi. Convido agora o deputado Reis. Vossa
Excelência tem a palavra pelo tempo regimental.
O
SR. REIS - PT – Quero
cumprimentar o presidente, o deputado Danilo Campetti, o público presente, os
integrantes da Polícia Civil, da Polícia Penal, da Polícia Militar, da Polícia
Técnico-Científica, os funcionários desta Casa e aquelas e aqueles que estão
nos acompanhando pela Rede Alesp.
Eu quero falar
- está aqui presente o deputado Conte Lopes - e ele ontem usou a tribuna para
falar que o PL deveria ter lançado um candidato a prefeito de São Paulo. Um dos
maiores partidos e não lançou um candidato, não teve coragem de lançar um
candidato.
E o PL é o
partido do Bolsonaro, não sei se vocês sabem disso. Interessante que hoje saiu
uma matéria, deputado Conte Lopes, saiu aqui na Mônica Bergamo, “A campanha de
Pablo Marçal, PRTB”. Um partido que tem muitas denúncias de envolvimento com o
PCC e nós temos o PCC governando algumas cidades, em que pessoas do PCC se
elegeram prefeito.
Não quer dizer
que isso não possa acontecer aqui em São Paulo também. É um tema que muitas
vezes a gente leva para a sociedade, mas a população está meio desconectada da
realidade.
E aí quando vai
à urna, acaba muitas vezes escolhendo pessoas que não estão em condições de
governar, que não estão preparadas para governar. Como foi o caso do João
Agripino Doria, que se achava o imperador, que podia fazer tudo e fez um monte
de bobagem quando chegou à Prefeitura de São Paulo.
Mas aqui está
dizendo a Mônica Bergamo, que “lideranças bolsonaristas estabeleceram pontes
nesta semana para tentar unificar a chamada direita em torno do ex-coach em São
Paulo. Emissários como Filipe Sabará, responsável pelo plano de governo de
Marçal, têm mantido diálogo intenso nesta semana com parlamentares e dirigentes
políticos ligados a Jair Bolsonaro, do PL”.
Há alguns dias
atrás, eu encontrei o prefeito Ricardo Nunes e, quando estava ainda naquela
discussão de ter apoio ou não do Bolsonaro, falei para ele: “Sai fora do
Bolsonaro que você vai se ferrar”. E o que está acontecendo agora é que o
Bolsonaro e o bolsonarismo estão abandonando o Ricardo Nunes para entrar na
canoa do ex-coach.
“A ideia é que
grandes estrelas bolsonaristas comecem a declarar apoio a Marçal” - não sei se
V. Exa. vai declarar apoio a Marçal, mas aqui está dizendo que essa é a ideia
do bolsonarismo – “saltando do barco do prefeito Ricardo Nunes”. Olhe, o que V.
Exa. falou ontem está acontecendo. Estão abandonando a nau do Ricardo Nunes
para entrar no barco do coach.
“Com isso,
criaram um movimento que poderia trazer a própria família de Jair Bolsonaro
para a campanha ou, ao menos, mantê-la distante da campanha de Nunes. Os
argumentos dos que discutem a adesão a Marçal são diversos. O primeiro deles é
de que, com o ex-coach, a direita poderia assumir sozinha o comando de São
Paulo.”
Então, o
bolsonarismo quer assumir, junto com esse Pablo Marçal, o comando da cidade de
São Paulo, ou seja, quem olha para o Ricardo Nunes fala: “Não vou votar, porque
ele está com o Bolsonaro”, mas, na realidade, o Bolsonaro não está com Ricardo
Nunes. O Bolsonaro está com o coach! Perceberam a estratégia da direita para se
apropriar da Prefeitura de São Paulo, sem dever nada a políticos do “centrão”,
como Valdemar Costa Neto?
Olha aí, não
querem dever nada para o “PLdoV”. Tem dois PLs: o “PLdoB”, que é o PL do
Bolsonaro, e o “PLdoV”, que é o PL do Valdemar Costa Neto. Então, eles também
querem se livrar.
Essa direita
extremista, raivosa, truculenta, das redes, das fake news, das notícias falsas,
quer tomar a Prefeitura de São Paulo, mas se livrando do líder de V. Exa., que
é o Valdemar Costa Neto. É o que está aqui na matéria da Mônica Bergamo. “Ou do
MDB.” Também se livrando do MDB.
“O outro é que
Marçal não está interessado em disputar qualquer cargo.” Então, tem a questão
das eleições futuras a senador, a presidente da República, em 2026. Então, está
todo esse time da extrema-direita olhando também para 2026 e abandonando o
Ricardo Nunes para entrar na canoa do coach.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Reis. Eu anuncio aqui a visita dos alunos da Faculdade
Anhanguera de Jundiaí. Muito obrigado pela presença na nossa galeria. São
sempre bem-vindos, viu?
Continuando a lista de oradores,
convido o deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Deputada
Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Barros Munhoz. (Pausa.) Deputada Carla Morando.
(Pausa.) Deputada Letícia Aguiar. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado
Teonilio Barba. (Pausa.)
Deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputado
Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Rogério Santos. (Pausa.) Deputada Thainara
Faria. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Deputada Delegada
Graciela. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado Felipe Franco.
(Pausa.)
Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputado
Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez. (Pausa.) Deputada Marina
Helou. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputada Solange Freitas.
(Pausa.) Deputado Alex Madureira. (Pausa.) Deputada Ediane Maria.
Vossa Excelência tem a palavra pelo
tempo regimental, deputada.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Boa tarde a todos os
funcionários, a quem está acompanhando agora pela TV Alesp, a todos os
deputados, a quem está acompanhando aqui no plenário.
Bom, esses dias
a gente acompanhou... Foi no final de semana. A gente acompanhou um final de
semana de muito fogo em mais de 48 municípios. É importante trazer esse olhar,
deputada Andréa, porque todo mundo entrou no desespero.
Inclusive, eu
estava em Rio Claro, no lançamento de uma pré-candidatura, e eu fiz um discurso
muito importante. Eu falei que, no sertão, quando chove... Porque nós estávamos
saindo aqui de São Paulo, indo para o interior de São Paulo e nós pegamos uma
forte chuva.
Até chegamos
atrasados uns 30 minutos. Aí eu falei que a gente chegou atrasado, pedi - é
lógico - desculpas e agradeci a todos por terem esperado, mas falei daquela
chuva que nós pegamos no meio do caminho.
Aí eu falei:
“Quando chove no sertão, a gente sabe que é coisa boa, a gente sabe que vai
chegar a mudança, a transformação”. E é aquilo que eu estava desejando que
chegasse também naquelas queimadas; que, de fato, acabassem aquelas queimadas.
Mas, do meio do caminho, também soubemos de um grande avanço e um desgaste
propositalmente orquestrado. Porque quando a gente vê um grande desastre
climático, a gente logo, a sociedade logo associa com o Ministério do Meio
Ambiente.
É importante a
gente tirar uma descentralização desse espaço, porque, automaticamente, a gente
para de olhar para o objetivo e para o foco principal, que são os municípios e
que é o governo. Inclusive, o governador Tarcísio que, quando recebe esta Casa,
ele retira, ele extingue a Secretaria de Meio Ambiente, e coloca em outra
pasta, mostrando que não tinha nenhuma preocupação com o Meio Ambiente, com as
queimadas, com os desastres naturais, que a gente coloca como
“tragédias-crime”, que é o deslizamento de terra, que é toda a violência... Que
a gente já sabe que todo verão, toda chuva ou em toda seca vão vir queimadas,
vão vir deslizamentos, vão vir fortes chuvas e alagamentos.
É importante a
gente olhar para o cenário climático, que está cada vez mais devastado. Olhar
para a biodiversidade é entender que tem coisas no nosso País que só tem no
nosso País. Se a gente não cuida, quem vai cuidar de nós? O mundo está olhando
para nós, o mundo está olhando para o estado de São Paulo como o maior
representante da América do Sul.
É importante
trazer esse olhar e esse foco, de fato, para as queimadas que estão
acontecendo, muitas vezes, inclusive, colocadas como queimadas criminosas,
porque foi muito orquestrada. Em 48 lugares, queimadas, assim, consecutivas,
deputado Conte Lopes, foi muito estranho.
E, logo,
rapidamente, em um governo que mostrou que não tinha nenhuma preocupação com o
meio ambiente, rapidamente, deputado Paulo Mansur, já foi liberado um pacote do
governo de mais de dez milhões para ajudar os pequenos agricultores a combater
os incêndios e ajudar também no que perderam.
Mas, quando
você olha para o cenário como um todo, é importante olhar para o todo. A gente
está falando das fazendas, do agronegócio que tiveram grandes queimadas, mas
ninguém olhou para o entorno, ninguém olhou para a contratação de mais médicos,
porque tem muita gente adoecendo, que mora ao entorno, por causa das fuligens,
do incêndio, pessoas com problemas respiratórios e pessoas procurando mais os
postos de saúde.
A gente vê que,
nessa outra área, não houve nenhum olhar, não tiveram essa mesma preocupação
que foi para salvar os agricultores. Então, é importante trazer essa pauta.
Mudando de
pauta, mais ou menos importante, agora a gente tem a PEC 9. A PEC 9 que retira
dinheiro da Educação. Educação, esta, já muito fragmentada. Tem aqui vários
deputados que trazem a pauta da Educação, e é importante a gente trazer
Educação para todos, de fato.
A gente está
falando do EJA, que não tem investimento. A gente está falando de lugares que
estão sendo cada vez mais silenciados e abafados por falta de investimento
público, como o EJA, que atende jovens, inclusive, jovens que não puderam
terminar no seu ano - igual eu, que terminei com 34 anos, deputado Conte Lopes.
Trinta e quatro anos. Sendo que era para ter terminado com 18 anos de idade,
não consegui, porque tive que trabalhar. Com 34 anos, terminei pelo EJA.
E aí, você olha
que não tem uma grande... nem ao entorno, sabe, deputada Andréa? Nem ao entorno
do bairro, onde tem uma sala, muitas vezes, em uma escola de 30 salas, de 20
salas, de 15 salas, às vezes, liberam uma sala. Esta sala só pode ser aberta se
tiver mais de 15 alunos inscritos.
Como que esses
alunos vão chegar, muitas vezes, que eu estou falando... já que são pais, são
mães solos, são aqueles trabalhadores que tiram um tempinho para focar no seu
ensino, porque senão não conseguem pular para a próxima fase, não conseguem se
especializar em outra profissão.
Se não tem uma
comunicação, um investimento do governo, de fato, nem essa única sala nessa
escola consegue abrir, porque não existe uma publicação, não existe uma
visibilidade para coisas tão importante. Mas, para o desastre, para a retirada
de direitos, eles conseguem se organizar, eles conseguem arrancar tudo da
gente. Inclusive, da própria Educação, que já está tão atacada ultimamente.
Então, muito
obrigado, Sr. Presidente.
Força para
todos nós, porque precisamos.
O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS
- Obrigado, deputada Ediane Maria. Eu anuncio também a presença dos alunos de
direito da Universidade de Yale, dos Estados Unidos. (Palmas) Recebemos a
ilustre presença deles, de New Haven, Connecticut, Estados Unidos. É isso, não
é? Welcome. Sejam bem-vindos.
Continuando aqui a lista de oradores
inscritos, eu convido para fazer uso da palavra o deputado Eduardo Nóbrega.
(Pausa.) A deputada Ana Perugini. (Pausa.) Convido a deputada Andréa Werner, V.
Exa. tem a palavra pelo tempo regimental.
A
SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, presidente. Boa tarde a todos os funcionários
aqui da Alesp, ao pessoal que está saindo da galeria agora. Hoje de manhã eu
visitei escolas estaduais aqui no estado de São Paulo, presidente, na zona
leste de São Paulo, especificamente.
É uma coisa que
eu faço muito, porque a minha pauta é da Educação Inclusiva, e eu preciso ver
como que está a realidade mesmo do chão das escolas, e as maiores denúncias que
a gente recebe no gabinete são sobre a falta de acessibilidade nas escolas
estaduais, infelizmente.
A gente está
com um problema já, há algumas semanas, de que uma empresa que fornecia
cuidadores para o estado - os famosos AVEs, Auxiliares de Vida Escolar, que
levam as crianças ao banheiro, ajudam com a locomoção ou com a alimentação -
não estava pagando as cuidadoras e os cuidadores, portanto os cuidadores
pararam de trabalhar. Isso começou a acontecer em Campinas, a gente começou a
receber denúncias, e agora também chegou aqui à Capital.
São muitas
escolas que estão sem esses profissionais que são essenciais para que essas
crianças e adolescentes com deficiência consigam frequentar a escola com alguma
dignidade.
Hoje eu estive
em uma escola, na verdade, em mais de uma, porque na sexta-feira, quinta, eu
falei com o secretário adjunto Vinicius Neiva - foi na quinta-feira -, e ele me
explicou que estava acontecendo esse problema com o contrato, que essa empresa
não estava pagando, e que eles iriam fazer um contrato emergencial ainda na
sexta-feira para já resolver esse problema, só que a gente continuou recebendo
denúncias na segunda-feira de mães que não puderam ir trabalhar porque os
filhos não puderam ir para a escola porque ainda estavam sem os cuidadores.
Eu sempre falo
“mães”, e é importante a gente lembrar que, quando uma criança é diagnosticada
com uma deficiência, os estudos dizem que 80% dos maridos vão embora.
Então, a gente
está falando de uma maioria de mãe solo que tem que se virar para sustentar
aquela criança ou adolescente, e por mais que algumas escolas que eu visitei
falassem assim: “Olha, a gente até abriu uma exceção, que podia vir alguém da
família, uma tia, a mãe ficar com a criança, já que não tem o cuidador”.
Essa mãe não
pode fazer isso, ela tem que trabalhar para botar comida dentro de casa, já que
ela é a única cuidadora e mantenedora daquela criança ou adolescente com
deficiência. E aí? Como faz? A criança ou o adolescente não vai para a escola,
a mãe não vai trabalhar, quem vai se responsabilizar por todo esse prejuízo
depois?
Então eu queria
cobrar da Secretaria da Educação uma resolução urgente para esse problema, até
porque o estado de São Paulo já não cumpre todas as leis que têm a ver com a
inclusão escolar.
Esse
profissional AVE, que é o Auxiliar de Vida Escolar, que fica do lado de fora da
sala e só ajuda as crianças com locomoção, com higiene ou com alimentação, está
na Lei Brasileira de Inclusão como profissional de apoio.
Ele também está na nossa Política Nacional de
Educação Especial, lá de 2008, porém, tem uma lei muito importante de 2012, que
é a mais importante para os autistas, que é a Lei Berenice Piana, Lei nº
12.764, lei federal, que garante o direito ao acompanhante especializado para
os autistas que precisam, e isso é um profissional que fica dentro da sala,
ajuda com a interação, ajuda com a comunicação. A minha lei, que foi sancionada
pelo governador Tarcísio aqui, no ano passado, também reforça esse direito ao
acompanhante especializado.
Só reforçando:
a gente não está falando do mesmo profissional, e o estado de São Paulo não
fornece acompanhantes especializados para crianças com deficiência de alto
nível de suporte, que não precisam só de alguém do lado de fora da sala,
precisam de alguém do lado de dentro da sala para ajudar com a interação, com a
comunicação, para ajudar ali até na parte pedagógica.
O estado já não
está cumprindo isso, e é nesse cenário que eu fico muito preocupada com essa
discussão de uma PEC que vai tirar investimento da Educação. Eu entendo,
presidente, toda a argumentação sobre as mudanças demográficas, o que entrou no
orçamento e o que vai sair, vai para outra pasta, mas eu não consigo...
Como que eu
posso votar um projeto que vai tirar valor da Educação se eu tentei colocar uma
emenda no nosso orçamento para o ano que vem para que fossem contratados,
finalmente, os acompanhantes especializados, mas a emenda não passou?
Quer dizer, a
gente já não investe o que era devido na Educação, como que vai ficar se a
gente ainda tirar 5 por cento? Como que eu vou falar para as pessoas que me
seguem, que votaram em mim, que me colocaram aqui querendo que eu ajudasse para
que as leis fossem cumpridas que agora, além de a gente ainda não ter os
acompanhantes especializados, a chance de ter vai ficar ainda menor, porque a
gente vai tirar 5% do orçamento?
Então, basta a
gente visitar as escolas estaduais, conversar com diretores, professores e,
principalmente, com as famílias, que também são afetadas por essas ausências,
para entender que não tem justificativa plausível para a gente virar para um
eleitor agora e falar: “eu estou votando para tirar 5% da Educação”, não tem
como isso acontecer.
Eu já queria
deixar aqui a minha justificativa e, mais uma vez, reforçar o pedido para que a
Secretaria de Educação resolva logo esse problema das AVEs, porque tem muitas
crianças sem ir para a escola, e que finalmente o estado de São Paulo seja o primeiro estado do Brasil
provavelmente a cumprir a Lei Berenice Piana e contratar os acompanhantes
especializados para ficarem dentro da sala com os alunos que de fato precisam
disso.
Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputada Andréa Werner. Convido o deputado Donato. (Pausa.) Convido a
deputada Paula da Bancada Feminista. (Pausa.)
Deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.)
Agora passamos à Lista Suplementar de
oradores. Convido a fazer uso da palavra o deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.)
Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado
Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Enio Tatto.
(Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. Vossa
Excelência tem a palavra pelo tempo regimental.
O
SR. VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - Presidente, uma
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Uma comunicação, deputado Vitão.
O
SR. VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado. Quero agradecer aqui ao
Conte Lopes também, que vai usar a palavra. Eu vou ser breve. Ontem tive uma
reunião, presidente, muito positiva, e não vou desistir do que foi promessa do
governador Tarcísio de Freitas. Lá na cidade de Sorocaba, há muita gente ainda
passando fome. Eu vejo criancinha pegando comida do lixo com o pai quando eles
vão pegar reciclagem.
A nossa
proposta é mais unidades do “Bom Prato”, tanto um “Bom Prato” móvel para a
cidade - com quase um milhão de habitantes, Conte Lopes - quanto mais um “Bom
Prato” fixo também, em frente à Santa Casa, porque daí vai atender 48
municípios.
Vem muita gente
ali tratar o câncer, fazer hemodiálise, e não tem o que comer. Também a zona
norte de Sorocaba e outras partes da cidade... Só na zona norte há 350 mil
habitantes, então a gente precisa de mais “Bom Prato”.
Eu fui muito
bem atendido pela secretária da pasta, a Andressa, junto com sua equipe, e já
está mandando a equipe para Sorocaba, para ver a possibilidade da cozinha lá,
que tem somente um “Bom Prato”. Vamos dar um exemplo aqui: Santos é menor que
Sorocaba e tem quatro unidades do “Bom Prato”. Sorocaba, com quase um milhão de
habitantes, tem só uma unidade do “Bom Prato”.
Eu vim da
periferia, com muito orgulho, e tenho certeza de que o governador vai cumprir,
junto com o Vitão do Cachorrão, e vai colocar unidades móveis do “Bom Prato”
para Sorocaba e também para a cidade de Votorantim, que é do lado, e para a
cidade de Itu. O meu mandato vai fazer isto aqui, continuar colocando Deus na
frente de tudo e lutando pelo povo. Que Deus abençoe e que o governador atenda
esse pedido de mais “Bom Prato” para a cidade de Sorocaba.
Muito obrigado,
Conte Lopes.
Muito obrigado,
presidente.
Que Deus
abençoe todos os funcionários aqui da Alesp.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Amém,
deputado Vitão, obrigado. Deputado Conte Lopes, V. Exa. tem a palavra.
O
SR. CONTE LOPES - PL - Sr.
Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, o deputado Reis, do Partido dos
Trabalhadores, me acusou de estar abandonando o barco do Ricardo Nunes,
coordenando, comandando uma operação de abandonar o barco do Ricardo Nunes e
indo para o barco do Pablo Vittar. Ora, primeiro, eu nem conhecia o deputado
Pablo, Pablo Marçal, desculpe.
Bom, eu volto a
repetir, deputado Reis: quando houve uma reunião aqui do PL com o presidente
Jair Messias Bolsonaro, com o Valdemar, com todos nós aqui do PL, quando me
deram a oportunidade de falar... Eu fui o deputado mais votado aqui do estado
de São Paulo, na cidade de São Paulo. Quando me deram a oportunidade de falar,
deputado Reis, eu disse o seguinte, que nós não devíamos ser cabeça de
sardinha, nós devíamos ser... É melhor ser cabeça de sardinha do que traseiro
de baleia, foi isso que eu falei aqui em cima, deputado, que nós devíamos ter
um candidato.
Se nós somos o
maior partido do Brasil, o PL, nós teríamos que ter um candidato aqui em São
Paulo para a prefeitura, o filho do Bolsonaro, o astronauta, quem quiser. Você
coloca o camarada para ser candidato.
Pelo menos eu
aprendi com o Paulo Maluf que, se o time não joga, não tem torcida, né? Então
era necessário ter um candidato, mas não. Não me aceitaram, deputado Reis. Não
foi bem assim como V. Exa. falou, não foi bem assim.
Então, a minha
colocação foi para ter candidatura própria, sim, e até hoje falo isso. Então,
ninguém estaria pulando em barco nenhum porque nós estaríamos apoiando o nosso
candidato do PL. É simples, muito simples, só que não acharam que conseguiriam
conduzir todo mundo, conduzir o eleitor e não conseguiram, ou não estão
conseguindo, não é? Não estão conseguindo, essa é grande verdade.
Pelo contrário,
estão até se queimando com a população, porque isso a gente conhece. Nós
ganhamos já 10 eleições; já perdemos também. Então, a gente conhece o povo, e
na rua está esse Pablo aí, o cara está tomando conta, esse Pablo Marçal.
Não sou eu que
estou falando, é o povo que está falando. Não sou eu. Eu conheci a pessoa
aqui... Quando ele veio aqui até tinha marcado uma reunião com nosso partido e proibiram
a reunião. E eu tive a oportunidade de tirar uma fotografia, cumprimentá-lo
aqui, só isso.
Agora, se,
deputado Reis, a fraqueza dos políticos é essa total aí, é outro problema.
Vossa Excelência tem o candidato de V.Exa., o Guilherme Boulos. Troca o Hino
Nacional, deputado Reis, põe negócio de eles não sei o que lá, negócio de
gênero aí no Hino Nacional. Ganha o que com isso?
Então, é um
pessoal que é meio cabeçudo. Vai fazer o quê? Então, eles perdem votos
sozinhos. Então a direita não tem voto, a esquerda não tem voto, o centro
também, aparece uma pessoa como Pablo Marçal e ele está assumindo a candidatura
aqui em São Paulo. E vai fazer o quê?
Fui aqui na
zona norte, acompanhei o Ricardo Nunes, para acompanhar o vice que foi lançado
por nós, que é coronel da Rota, o Mello Araújo, não tinha nenhum vereador lá de
ninguém que apoia. Um, não tinha nenhum; eu estava lá, mas não havia nenhum.
Tinha alguns candidatos a vereador, mas não vereador eleito; nenhum.
Então, veja que
a situação não é assim, deputado Reis. Não é desembarca de um lado e vai para o
outro. É evidente que agora a coisa começa a complicar, e aí, faz o quê?
Não adianta o
governador falar: “Agora eu vou com ele porque ele é o melhor, o Ricardo
Nunes.” A primeira reunião que nós tivemos lá nós já ouvimos isso aí. “Não, tem
que ser não sei quem.” Não tem que ser, o povo vota em que ele quer, o povo
vota em quem ele quer. É sempre assim e vai ser sempre assim. É o que está
acontecendo.
Então, deputado
Reis, não sou eu que estou coordenando. Pelo contrário, quem sou eu, quem sou
eu? Tem um monte de líder aqui no PL, o único que não é líder lá sou eu.
Agora, que
muita gente está pulando do barco, está mesmo. Aliás, aqui entre nós, à boca
pequena, não tem muito barco para puxar, não, porque os outros barcos já estão
indo embora.
O povo está
escolhendo o que ele quer, uma pessoa que nunca foi política. Talvez porque os
políticos mesmo estão pensando em vir do Senado fazer uma reunião dia 7 aqui
para derrubar o ministro. Vir de lá aqui, não; é de lá que se derruba, os
senadores que estão lá que foram eleitos pelo Bolsonaro. Derruba aí, meu Deus,
é igual nós temos diferença aqui. Ele está presidindo, o Campetti está
presidindo e eu estou aqui.
Só para
terminar, lá o filho do presidente, que é senador, fala na cara do Pacheco lá,
da mesma forma o astronauta fala na cara do Pacheco. Quem quiser falar, fala;
quem quiser parar a sessão no Senado, ir parar o Senado e parar o Congressão,
para.
Não adianta vir
para São Paulo fazer reunião aqui e achar que aqui nós vamos mudar Brasília.
Todos foram eleitos, tiveram voto para agir. Vamos agir lá, façam greve de
fome, façam alguma coisa para ver se derrubam o ministro, ou não, porque desse
jeito vir para cá para voltar para lá...Já fui a 10 reuniões dessa daí, e
continua a mesma coisa.
Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Obrigado,
deputado Conte Lopes.
Convido agora o deputado Paulo Mansur.
Vossa Excelência tem a palavra, pelo tempo regimental.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Cumprimentar você, presidente, cumprimentar o deputado
Conte Lopes, os deputados presentes, todo mundo que está nos assistindo pela TV
Alesp.
Olha, saiu uma
notícia que o Mark Zuckerberg, que é o dono das maiores redes sociais do mundo
- Instagram, Facebook, inclusive do Meta -, enfim, ele acabou dando um
depoimento, falando que na época da pandemia ele acabou sendo obrigado pelo
governo dos Estados Unidos, Biden, a censurar alguns vídeos de informação
contra a vacina.
E a gente tem
uma notícia que também saiu no “Estadão”, ontem: “vacina Butantan contra Covid
não atinge o resultado esperado em pesquisa e é descontinuada”. Ou seja, uma
vacina do Butantan tem que sair do mercado, porque não atingiu, depois que ela
foi colocada no mercado, o ápice para ela estar funcionando.
Ou seja, nós
temos vacinas da Covid até hoje que as pessoas têm dúvidas se elas devem tomar
ou não, porque foi uma vacina feita rápida, em um ano, oito meses - acho que nem
chegou a ser um ano, oito, dez meses -, já foram colocadas no mercado.
Ou seja, quando
falam que o presidente Bolsonaro tem razão, na realidade ele tinha razão. Existiam
algumas dúvidas e ele colocou isso para o público ver quando ele leu realmente
a bula.
Eu fui uma das
pessoas que acabei pegando Covid, tomei Ivermectina, sempre fui a favor do
livre mercado, inclusive na pandemia, dos comerciantes estarem se sustentando
no seu comércio. A gente tinha o “calça apertada”, que era o governador do Estado,
entre outros prefeitos que eu não quero citar aqui, mas que foram totalmente
contra o livre-comércio.
A gente tem
eleição agora, a gente tem que lembrar, é importante a gente colocar os pingos
nos “i”s. A gente realmente passou por uma época turbulenta, quando o
presidente Bolsonaro estava no poder, até porque ele teve a maior pandemia do
mundo e conseguiu deixar o Brasil no azul. Agora a gente já passou essa época
da pandemia, e o governo federal consegue deixar o Brasil no vermelho.
E eu tive agora
- um outro assunto -, eu estive agora também com o chefe de gabinete do Derrite,
fui lá falar com o major sobre o meu projeto de lei, que está na mão do Derrite,
para ele qualificá-lo para ir para a mão do governador.
O governador
tem 11 dias para sancionar ou não o meu projeto de lei, que é o projeto da tornozeleira
eletrônica no estado de São Paulo para estupradores. É o projeto mais avançado
contra o estupro que se passa em um Parlamento dentro do Brasil.
Então, eu já
falei aqui e volto a repetir, a gente tem 3.145, não sei se subiu até agora,
mas desde a época em que eu vi, 3.145 estupradores no semiaberto no estado de
São Paulo.
E a gente tem
68% desse crime de estupro dentro do estado de São Paulo até 11 anos de idade,
ou seja, abaixo dos 11 anos de idade, 68% desse crime. Ou seja, a maioria
dentro de casa. Então, quando esse estuprador está no semiaberto, muitas vezes
a vítima tem medo de que ele volte para casa, e o monitoramento com
tornozeleira eletrônica é uma grande solução para isso, a gente sabe.
Está na mão do
governador Tarcísio para sancionar. Lá, com a equipe do Derrite, eles já
aprovaram parte do projeto, já são super a favor, porque o projeto não só se
trata da tornozeleira eletrônica, mas do cadastro do estuprador, da área médica
também da vítima.
Então eu estou
indo falar com o Eleuses também, secretário da Saúde, sobre parte do projeto.
Partes do projeto já estão sendo aprovadas e vão para a sanção do governador. Eu
já fiquei muito feliz hoje, porque eu recebi a notícia de que parte do projeto
vai ser sancionado, agora eu estou lutando para a tornozeleira eletrônica se
tornar uma realidade dentro do nosso estado de São Paulo.
Até porque o
cinto de segurança nos carros foi um projeto de lei, acho que na época até do
Maluf - Conte Lopes esteve na época desse Governo -, que foi para o mundo, foi
para o Brasil, saiu de São Paulo.
Ou seja, era
inconstitucional, era área do governo federal atuar no trânsito? Muitas vezes
até que sim, do cinto de segurança, mas uma lei do Governo do Estado, uma lei
do município de São Paulo se tornou exemplo para o Brasil, então dá para a
gente fazer uma lei dentro do estado, que por muitas vezes a gente acha que o
todo dela não é inconstitucional para o Brasil, mas ela saiu do estado de São
Paulo para tomar corpo para o Brasil. Então, eu torço para que dê certo e a
gente ajude essas vítimas do estupro.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Paulo Mansur. Convido o deputado Luiz Claudio Marcolino para
fazer o uso da palavra. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, nobres deputados que nos
acompanham aqui no plenário. Queria inicialmente saudar a Esther, que nos
acompanha aqui no plenário, que é de Ferraz de Vasconcelos, é uma liderança da
região, também pré-candidata a vereadora hoje da cidade de Ferraz de
Vasconcelos.
Quero até
aproveitar, Esther, falar um pouco hoje sobre um tema importante, você que
acompanha a questão da Educação também, dos movimentos sociais, na cidade de
Ferraz de Vasconcelos, hoje, na CCJ, que é a Comissão de Constituição e
Justiça, foi aprovado um projeto de lei encaminhado pelo governador Tarcísio,
que retira dinheiro da Educação do estado de São Paulo, em tese para remanejar
para outras áreas.
E todo lugar
que a gente vai no estado de São Paulo, em qualquer município, não só aqui no estado
de São Paulo, mas em todo o País, todo mundo fala que a educação é prioridade.
Que a educação é prioridade.
Só que a
educação, pelo que nós estamos vendo, não é prioridade do governador Tarcísio
no estado de São Paulo. Como não é e não foi prioridade a questão da CPTM. Como
não é e não foi prioridade a questão da Sabesp. Não é e não foi prioridade a
questão das terras devolutas.
A gente percebe
que o governo Tarcísio tem desmontado o estado de São Paulo e tirado recursos
importantes, como é esse projeto que tira recursos da Educação. E esse ano, nós
estamos no ano de eleição.
Não é eleição
para governador, não é eleição para prefeitos, não é eleição para deputados
estaduais, federais ou senador. Teremos eleição para prefeitos e vereadores e
vereadoras em todo o estado de São Paulo.
Nós estamos
falando... No estado de São Paulo, tem 645 municípios no estado de São Paulo.
Só que muitas vezes, quando você vai escolher o seu vereador, a sua vereadora,
o seu prefeito, a sua prefeita, muitas vezes o pessoal fala: “Tanto faz, votem
qualquer um”.
E tentam nos
levar a um erro de achar que, de fato, todos os candidatos a vereadores,
vereadoras, prefeitos e prefeitas, de fato, são iguais. Mas quando a gente olha
para o Brasil e olha agora para o estado de São Paulo, nós temos dois projetos
diferentes de governar o nosso povo.
Um é um modelo
inclusivo, que nós estamos agora fazendo, fazendo, no caso do governo federal,
o presidente Lula, no Brasil inteiro, investimentos universitários federais,
institutos federais, investimento na agricultura familiar, investimento no
estado de São Paulo, principalmente agora com cirurgias eletivas e recursos
para as UBSs, para os CAPs, para as UPAs, o próprio SAMU, recursos do governo
federal vindos para o estado de São Paulo.
Ao mesmo tempo,
a gente olha para o governo Tarcísio, aqui no estado de São Paulo, quem de fato
ele representa. Nas terras devolutas, não defendeu a agricultura familiar, está
defendendo o agronegócio.
No caso da
Sabesp, não está defendendo a população, está defendendo os grandes
empresários, principalmente o pessoal do mercado financeiro, do mercado de
capitais. E agora na Educação, também não está defendendo o trabalhador, não
estão defendendo a trabalhadora agora na PEC 03. Então, eu quero trazer um
pouco essa referência para a gente pensar a eleição.
E quem está nos
ouvindo aí nos municípios do estado de São Paulo, dê uma olhada nessas três ou
quatro leis que foram encaminhadas pelo governador Tarcísio e que foram
aprovadas aqui na Assembleia.
Questão da priorização
da Sabesp, o desmonte da CPTM, as terras devolutas e agora a PEC 03, que retira
5% da Educação, que aprovou na CCJ. Mas vamos olhar quais são os partidos que
estão dando sustentação ao governador Tarcísio, aqui no estado de São Paulo,
retirando o seu direito.
A mesma lógica
que esse governador trabalha com esses partidos aqui, na Assembleia
Legislativa, trabalha também nos seus municípios. Então, nós temos
Republicanos, nós temos o PL, nós temos o PSDB, nós temos aqui alguns partidos
que sempre deram sustentação ao governador Tarcísio, vêm dando nesses projetos.
E, na hora de
votar, é importante que você que está me ouvindo agora separe quem efetivamente
merece o seu respeito e merece seu voto - eu falo enquanto partido - e quem de
fato não merece seu voto e não merece o respeito. Então deixar novamente aqui:
privatização da Sabesp, desmonte da CPTM, retirar 5% da Educação e também
valorizar os empresários, os grandes latifundiários, em relação às terras
devolutas.
Então quero ter
aqui alguma referência, porque você, na eleição municipal, o seu voto é muito
importante. O voto do trabalhador é igual ao voto do maior empresário que tem
na sua cidade; é igual. Tem poucos empresários, tem a maioria dos
trabalhadores. Então, na hora de mudar agora a visão da eleição na sua cidade,
dá uma olhada em quem foram os deputados, os partidos que aqui na Assembleia
Legislativa retiraram os seus direitos.
E que agora
você não dê o voto, para que essas pessoas não possam governar a sua cidade,
porque nós não podemos ter cidades que também retiram direito do trabalhador,
da trabalhadora, como nós temos hoje no governo Tarcísio.
Então queria
trazer um pouco essa referência em relação ao debate da PEC. Vai dar muito
debate aqui na Assembleia Legislativa essa retirada de 5% da Educação. Mas nós
vamos querer fazer essa relação agora, também, com as eleições municipais desse
ano.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Luiz Claudio Marcolino. Não havendo mais oradores, está
encerrado o Pequeno Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Imediatamente, abrimos o Grande Expediente. Eu convido, para fazer o uso da
palavra, a deputada Beth Sahão. (Pausa.) Convido o deputado Conte Lopes. Vossa Excelência
tem a palavra, pelo tempo regimental.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, volto a esta tribuna, até um
pouco mais calmo, tentando responder ao nobre deputado do Partido dos
Trabalhadores, deputado Reis, dizendo que eu não encabecei coisa nenhuma de
mudança de Ricardo Nunes, Pablo Marçal. Eu não; pelo contrário. Pelo contrário.
Não tenho nem força para isso. A única coisa que eu falei, aqui numa reunião do
PL, com a presença do presidente Jair Bolsonaro, eu falei que era melhor nós
sermos cabeça de sardinha do que rabo de baleia, tendo um candidato do PL à
prefeitura - só isso.
Nós somos o
maior partido do Brasil. Na maior cidade do Brasil, evidentemente nós teríamos
que ter um candidato. Provavelmente, eu tenho certeza de que não estaria essa
confusão aí, que o deputado Reis colocou aqui, de alguns deputados, alguns
políticos saindo do barco do Ricardo Nunes e indo para o barco do Pablo Marçal.
Essa é a grande verdade.
E o deputado
Reis também falou de PCC. Deputado Reis, o PCC... Em todo o debate a que eu vou
assistir dos candidatos a prefeito, só se fala sobre o PCC, a organização mais
bem situada e colocada.
É bom dizer que
eu combato o PCC desde 1993, quando se criou aqui em São Paulo, após o episódio
do Carandiru. Fizemos aqui uma CPI contra o PCC, contra o crime organizado, que
estava se criando na gestão Mário Covas.
Até o
secretário da época de Mário Covas disse que tinham erros de português no
estatuto do PCC, a ponto de o deputado Afanasio Jazadji falar: “opa, espera aí, isso aí é
um negócio de crime, não é aula de gramática, de português”.
Então a gente
acompanha. E já estava na relação de quem eles estavam perseguindo para matar; eu
era um deles. Desde aquela época, noventa e três. E o PCC veio criando e
crescendo.
Então, deputado
Reis, em todo lugar está o PCC agora. Está no Porto de Santos, está na
contratação de jogador de futebol do Corinthians, está em todo lugar. Está no
transporte; é só assistir ao debate. Está na creche. Onde tem dinheiro, o PCC está
lá.
E, por incrível
que pareça, só tem um cara que eu acho que combate o PCC, que é um promotor
público aí, que eu esqueci o nome agora. Mas acho que só ele que dá isso aí.
Porque o resto, ninguém combate mais nada. Pelo contrário, eles soltam. Como
soltaram realmente o André do Rap.
André do Rap
não foi solto pelo PRTB, foi solto pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, é
bom colocar aqui. E no debate diz que é o cara do PRTB que soltou o cara... que
o cara falou que soltou o cara, porque desde quando alguém solta alguém? Não.
Um ministro do Supremo Tribunal Federal, o bandido mais perigoso do mundo, o
traficante maior do mundo, em um sábado à tarde, o ministro estava de plantão e
chegou um pedido de soltura.
A polícia ficou
dez anos para prender o cara - a Polícia Civil. Pegou o maior bandido, o cara,
em uma penada, soltou em um sábado. Na segunda-feira, quando ele percebeu quem
ele havia solto, ele escreveu embaixo para a Polícia: “prenda-se”. Prenda-se,
para a Polícia Civil, à qual pertence o deputado Reis.
Então veja, o
PCC está em todo lugar, não é no PRTB, que eu nem sei nem que partido é esse.
Sei que é do aerotrem, mas não sei nem quem está lá, quem fica, quem não fica.
Agora, se você
vai para qualquer partido, entra isso aí tudo no meio. Então, na verdade, o que
a gente percebe é o seguinte, é o descrédito da classe política. É o descrédito
da classe política.
Quantos
deputados federais o PL elegeu através do Bolsonaro? Quantos senadores? Os
senadores trabalham com o presidente do Senado, com o Pacheco lá, como a gente
está aqui ao lado do presidente.
Se quiser tirar
o microfone e xingar o cara, parar a sessão, fazer não votar mais nada, não
vota. É só fazer isso aí lá, até tomar uma decisão sobre o impeachment de não
sei quem lá, do Alexandre. Então faça lá, faz greve de fome para o Senado.
Não. Vão fazer
uma reunião dia 07 aqui para voltar para lá de tudo de novo. Esse é o caminho?
Talvez isso aí que deixe o povo meio descrente. E é bom colocar, a gente já
disputou dez eleições. Ganhei dez e já perdi também, que o voto “nosso” não é
nosso, não. Você tem voto um dia, na outra eleição você tem que correr atrás
para ver se você consegue de novo. Não é seu, não.
E quando você é
eleito prefeito, ou governador, ou presidente, não é porque você se elegeu, que
se você falar: “vota nele agora”, que todo mundo vai votar. Isso é só no
quartel, que é ordem unida. Aqui não é assim, não. Está muito enganado quem
pensa que é assim, você tem que conquistar o voto.
Ponto do Pablo
Marçal conquistar o voto de São Paulo. Está conquistando aí, não sou eu que
estou falando. Volto a repetir, deputado Reis, eu conheci o tal de Pablo Marçal
aqui, quando ele marcou uma reunião aí e depois proibiram a reunião no PL.
Proibiram. E eu o cumprimentei aqui em cima.
Agora, se a
classe política está no que está, se o PL, se o PT apoia o PSOL e o PSOL leva o
Lula para cantar o Hino Nacional e canta “filhes do Brasil”, mudou tudo, até o
Hino Nacional mudaram, por causa de negócio de gênero. Será que eles não percebem
que com isso aí eles vão perder voto? Qual é a vantagem de fazer? Eles já estão
lá, todos meio cabeçudos. E eu só posso dizer isso.
Então o outro
corre sozinho mesmo. Então o Sr. Pablo Marçal está correndo sozinho, é isso que
está acontecendo. Não somos nós do PL que estamos apoiando o Pablo Marçal, e o
Pablo Marçal vai ganhar a eleição com culpa do PL e da direita, não é nada
disso. O cara já estava passando a frente, aí.
Se tem cara que
vai desembarcar, é problema de cada um agora. Esse é o problema. Esse é o
problema. O cara inventou o corte, eu não sei nem o que é corte. E a Justiça
corta o cara, e o cara continua cortando todo mundo e continua indo para frente
mesmo. É isso eu que estou vendo.
Agora, o erro é
do cara ou é erro dos partidos políticos? Nós, como eu disse, não conseguimos
lançar um candidato, com tanta gente quanto senador, deputados federais,
deputados estaduais.
Já saímos
apoiando o prefeito que aí está, que não foi eleito, foi vereador comigo. Foi
vereador comigo na cidade de São Paulo. Foi eleito na chapa do Bruno Covas, foi
eleito na chapa do Bruno Covas.
E agora, em
todas as pesquisas, um está lá na frente e ele está em terceiro. Adianta ir lá
para: “vamos agora”? Tem que falar com o povo. É o povo que escolhe. Agora o
povo acredita? Quando a gente passa para o povo o impeachment de um ministro do
Tribunal Federal, que tem que decidir aqui em São Paulo, na Paulista, pela
milésima vez e não decide nada, lá em Copacabana, não sei onde.
Os caras estão
lá, estão eleitos, meu, e não falam nada lá, vêm falar aqui. O Malafaia diz que
vai fazer discurso aqui e que escolhe o deputado Reis, como V. Exa. excelência
fala, brinca, goza deste deputado. “Eu te olhei no Zoom, lá, você não sobe, não
estava no caminhão”. Não, não deixam subir. Sobem quem eles querem, faz o
discurso quem eles querem, quem eles acham que é do time deles. Quem não é, não
tem problema nenhum.
Quer dizer,
esse é o problema. Agora, eu acho, esse é o lado político, a coisa? Ou é cobrar
do Sr. Pacheco, presidente do Senado, se põe, deixa de pôr, porque é lá que tem
que decidir. É no Congresso Nacional... para o Congresso Nacional.
Ou os caras só
sabem trabalhar no TikTok? Ou são deputados federais e senadores só disso aqui,
não conseguem tomar atitude? Ou algum general. Tem general aí no TikTok. Vai
lá, meu. Cadê o Sr. Mourão da vida? Vai dar porrada. Dar porrada.
O PT não faz
isso? O PT ou a esquerda não briga? Por que a gente não briga? Agora vem aqui
fazer uma reunião aqui? O que nós vamos resolver aqui em São Paulo se o
problema tem que ser resolvido lá?
Então, fica aí
a minha colocação. Não fui eu. Viu? Agora. É evidente. A eleição de São Paulo
está aí. Alguns acharam que mandavam no eleitor, e a única coisa que eu aprendi
com várias eleições que disputei - perdendo e ganhando, ganhei dez -, volto a
repetir, é que a voz do eleitor é dele. Ele que escolhe seus candidatos.
E até andando
pelas ruas na campanha, a gente sabe quem vai e quem não vai. É simples, nas
cidades do interior, os caras sabem quem vai e quem não vai. E essa é a grande
verdade.
Então, volto a
repetir, eu não, não fui nada disso. A única coisa que eu achei é que o PL
deveria ter candidatura própria. Não estaríamos aí, agora, sem saber o que
fazer, como estamos. E querendo empurrar a goela abaixo quem não consegue ir,
ou quem não tem força para ir.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Conte Lopes. Convido o deputado Barros Munhoz. (Pausa.)
Deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado Luiz
Claudio Marcolino. (Pausa.)
Deputado Teonilio Barba. (Pausa.)
Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Deputada
Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputado Marcos
Damasio. (Pausa.)
Deputado Alex de Madureira. (Pausa.)
Deputada Andréa Werner. (Pausa.) Deputada Solange Freitas. (Pausa.) Deputado
Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputada Delegada Graciela.
(Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.)
Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Altair Moraes. (Pausa.) Deputada Analice
Fernandes. (Pausa.) Deputado Danilo Campetti.
Convido o deputado Conte Lopes para
assumir a presidência.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Conte
Lopes.
*
* *
O SR. DANILO CAMPETTI -
REPUBLICANOS -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente,
Conte Lopes, deputado Conte Lopes, senhoras, senhores que nos acompanham, Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, assessores, policiais civis e militares, aqueles que
nos acompanham pela TV Alesp.
Sr. Presidente,
eu retorno a esta tribuna para expressar o meu mais absoluto repúdio, repúdio à
esculhambação que foi feita a um dos símbolos nacionais no último dia 24, em um
evento da esquerda, com a presença, inclusive, do atual presidente da
República. O senhor falou, deputado Conte Lopes, e eu reitero aqui, um ataque a
um dos símbolos nacionais, que é o nosso Hino Nacional.
Tratar um
símbolo nacional dessa forma merece todo o nosso repúdio. Enquanto eu tiver voz
aqui, não passará em branco nenhum ataque à nossa Pátria, nenhum ataque aos
símbolos nacionais, que o Hino Nacional representa ao lado da bandeira, das armas
e dos símbolos nacionais. Então, fica registrado aqui o ato de repúdio.
E não só isso.
Eu já protocolei uma moção de repúdio e eu tenho certeza de que o Ministério
Público aqui de São Paulo, órgão diligente que é, está atento, que, inclusive,
esse ato é um ato de contravenção penal, cuja multa pode chegar a dezoito mil
reais. Está previsto, Sr. Presidente, na Lei n.º 5.700, de 1971. Eu tenho
certeza de que esse ato é repudiado por toda a população paulista e deverá,
sim, ser repreendido.
Deputado Conte
Lopes, é por essas e por outras atitudes que eu sou muito favorável à escola
cívico-militar. É por isso que nós temos, sim, que trazer às nossas crianças e
adolescentes os valores cívicos.
E, sim, eu
tenho certeza de que o programa de escola cívico-militares que foi aprovado por
essa Casa e que será implementado com certeza no governo Tarcísio, porque tenho
certeza que será derrubada a decisão que suspendeu. A Dra. Inês, que é a nossa
procuradora-geral do estado, não perdeu uma até agora e não vai ser essa que
ela vai perder.
É por isso que
é imprescindível a defesa de valores e princípios cívicos. É por isso que nós
defendemos aqui Deus, pátria, família e as liberdades, para que situações como
essas não ocorram, e com a presença do atual presidente da república, que não
fez nada, aplaudiu.
Então fica aqui
o nosso repúdio a essa esculhambação. É um absurdo, uma forçação de barra, uma
lacração que nós não podemos tolerar perante um símbolo tão caro à nossa
população, que é o Hino Nacional.
Feitas essas
considerações, Sr. Presidente, eu quero aqui deixar também o meu mais profundo
sentimento ao nosso colega Tomé Abduch, que perdeu seu pai no último final de
semana, e também ao secretário de Habitação, Marcelo Branco, que também perdeu
sua mãe, a Sra. Vilma, no final de semana. Ficam os meus mais profundos
sentimentos. Que Deus conforte o coração de todos os familiares.
Passando agora
para um segundo assunto, eu quero evidenciar e parabenizar aqui a atuação, Sr.
Presidente, do governo Tarcísio de Freitas diante das tragédias que ocorreram
nesse final de semana em razão dos focos de incêndio, em razão das queimadas.
Percebam,
quando um governo age dando prevalência às instituições, prevalência à técnica
ao invés do oportunismo político, como tudo dá certo. A prevalência técnica faz
com que as instituições tenham liberdade de atuação.
E o governador,
que é o ente político, ele passa a ser o gerente da crise. O protagonismo é das
instituições, e nós vimos isso acontecer no último final de semana, quando o
estado, e não só o estado de São Paulo, vários outros estados foram tomados por
incêndios, um período de estiagem muito longo.
Mas aqui no
estado de São Paulo a resposta foi rápida, Sr. Presidente. Aqui no estado de
São Paulo foram mais de 15 mil pessoas envolvidas, dez aeronaves, mais de três
mil veículos que foram colocados à disposição.
E aí nós temos
que prestigiar a ação dessas entidades paulistas sob o comando do governador
Tarcísio. Para a gente ter uma ideia, na Amazônia, no mesmo período, foram
1.658 focos de incêndio.
Aqui, na
sexta-feira, já tinha chegado a 1.800; no sábado, os focos chegaram, as
ignições, a aproximadamente 2.800 ocorrências de incêndio. E a atuação rápida
do governo Tarcísio fez com que na segunda-feira nós tínhamos apenas seis
focos, o que foi debelado rapidamente.
Então quando há
integração dessas instituições e com humildade o governador Tarcísio também
recebeu a ajuda das Forças Armadas, E aqui eu faço um agradecimento público às
Forças Armadas, ao Exército, à Marinha e à Força Aérea, faço na pessoa do
general Amin, que é o comando, que é o comandante militar do Sudeste, por terem
colocado também à disposição todos os equipamentos que tinham para poder, de
forma conjunta, debelar todos esses focos de incêndio.
Tenho que
evidenciar também a atuação das secretarias, e aí eu faço meu cumprimento à
secretária Natália, da Secretaria de Meio Ambiente Infraestrutura e Logística,
ao secretário Guilherme Piai, de Agricultura, ao secretário Eleuses Paiva, da
Secretaria de Saúde. Faço também cumprimentos à Defesa Civil na pessoa do
coronel Henguel, secretário-chefe da Casa Militar, que no esforço conjunto,
numa atuação eficaz que apresentou resultados e livrou a nossa população de
maus maiores.
Obviamente, na
minha região de São José do Rio Preto, juntamente com Ribeirão Preto, foram as
regiões mais atacadas, quero também transmitir as minhas condolências aos
familiares do Saulo Rodrigo de Oliveira, de 47 anos, e do Gerci Silveira
Júnior, de 30 anos, moradores da região que foram fatalmente vitimados na
cidade de Urupês. Então ficam também os meus sentimentos, as minhas condolências
aos familiares, às famílias enlutadas.
São heróis,
brigadistas, que, infelizmente, perderam sua vida no combate a esses incêndios.
Faço também uma menção, Sr. Presidente, à Unica, a União das Usinas
Sucroalcooleiras de Etanol, que também auxiliaram muito nesse combate. Então
houve uma integração dos órgãos públicos com a sociedade civil e essa
integração gerou resultados realmente efetivos à nossa população paulista.
Então fica aqui
também o meu agradecimento e os meus parabéns ao secretário Derrite, que também
atuou com a Secretaria de Segurança Pública. Atualizamos aqui as prisões. São
seis presos até agora: dois na cidade de Rio Preto, dois em Batatais, um na
cidade de Guaraci e o último agora, na segunda-feira, em Jales.
Então com
certeza a Secretaria de Segurança envidará esforços para que sejam apuradas
todas as ocorrências e se houver culpados, eu tenho certeza de que serão
descobertos, que os fatos serão elucidados e serão - se eles assim o fizeram
-responsabilizados e culpados por esse fato.
Então ficam
aqui os meus parabéns ao Governo do Estado, ao governador Tarcísio. E não é a
primeira vez que o governador Tarcísio entra em campo numa situação dessa.
Realmente não é ir lá e sobrevoar. Ele realmente vai no local e permanece, como
fez, Sr. Presidente, lá em São Sebastião.
O governador
Tarcísio, por ocasião daquela tragédia em São Sebastião, no começo de 2023,
desceu até o litoral e lá permaneceu durante todo o período de crise. Ele
montou um gabinete de crise lá, como fez agora com o gabinete de crise que foi
montado em Ribeirão Preto. Então ficam meus parabéns a toda administração
estadual.
Quero
evidenciar também que o decreto de emergência dos municípios perdura por 180
dias e há na região de Ribeirão Preto por parte da Secretaria de Saúde também
um gabinete instalado lá em que médicos do Hospital das Clínicas atendem 24
horas por telemedicina, orientam as equipes para aqueles que também foram
afetados com a fumaça e que possam vir a ter problemas respiratórios. E ficam
também os nossos parabéns ao nosso secretário de Saúde, Eleuses Paiva.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
Era o que eu
tinha a dizer.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Agradecemos a
palavra do nobre deputado Danilo Campetti e passamos à continuação da lista do
Grande Expediente. Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Nobre deputado Rômulo
Fernandes. (Pausa.) Nobre deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Nobre deputado Paulo
Mansur. (Pausa.) Nobre deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Nobre deputado Carlos
Cezar. (Pausa.) Nobre deputado Dr. Elton, V. Exa. tem a palavra pelo tempo
regimental de dez minutos.
O
SR. DR. ELTON - UNIÃO -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente, pela oportunidade e a todos
aqueles que nos assistem aqui na Casa e também pela Rede Alesp. Neste momento
eu faço dois pronunciamentos.
Primeiramente,
parabenizando todos os esforços do governador do estado de São Paulo frente
toda essa situação realizada por meio das queimadas que acontecem hoje no
estado de São Paulo.
Como médico, eu
tenho que salientar os problemas que têm acontecido ou transtornado em relação
à Saúde do nosso estado. Em virtude das queimadas, da fuligem que hoje está em
suspensão e do tempo extremamente seco, nós temos um aumento também das
demandas ocasionadas pelas doenças respiratórias. É necessário que todas essas
ações aconteçam exatamente também para privilegiar e para cuidar da parte de
Saúde.
Existe uma
intersetorialidade muito importante dentro de cada secretaria e aqui, nesta
Alesp, no ano passado, eu instituí a Frente Parlamentar de Gestão de Riscos e
de Catástrofes. Tudo isso veio à tona em virtude do meu trabalho realizado
durante oito anos por meio do trabalho com a Corporação de Bombeiros.
Ali nós
enfrentamos diversas lutas, mas, dentre elas, também tivemos a abordagem sobre
diversos focos de incêndio na cidade. No ano passado, quando houve também a
propositura daquele projeto “São Paulo Sem Fogo”, isso foi extremamente
importante, preparando as equipes para atuação frente uma possível catástrofe
ou um grande problema como esse das queimadas que acontecem esse ano.
Então, desse
modo, primeiramente eu quero parabenizar
o Governo do Estado por todas essas ações tão importantes e também, como eu
tive uma ação diretamente ao lado do governador Tarcísio sobre o que aconteceu
ali na catástrofe de São Sebastião, essa frente parlamentar também está à
disposição do Governo do Estado, sendo parceira no controle tanto dos focos
quanto de demais catástrofes que possam acontecer durante esse tempo no nosso
estado de São Paulo.
Mas, neste
momento, a minha fala vem diretamente também ao Governo do Estado em relação ao
projeto de lei que foi aprovado esse ano, que é o Projeto nº 868, de 2023, que
trata da disponibilização do sensor de glicemia intersticial ou de glicemia
contínua para o controle do diabetes tipo 1.
Todos os
diabéticos, tanto tipo 1 quanto tipo 2, podem utilizar esse tipo de aparelho;
inclusive, a diabetes gestacional também, mas esse projeto trata principalmente
daqueles que têm o diabetes tipo 1, em especial nossas crianças e adolescentes.
Por que eu digo
isso? Hoje, uma criança portadora de diabetes tipo 1, assim como eu, que
adquiri a doença aos 10 anos de idade, ela precisa realizar a sua glicemia
entre cinco e oito vezes através da glicemia capilar.
Fura o dedo,
retira uma gota de sangue e, através disso, faz a glicemia do seu sangue; mas,
estando na escola e não sabendo exatamente qual é a glicemia, é necessário que
esses testes sejam realizados ou por equipe interna das escolas ou pelos pais.
Isso faz com que os pais precisem estar à disposição nas portas das escolas,
uma vez que não podem estar presentes no interno das escolas.
Dessa forma, há
uma dificuldade para que esses pais realizem a glicemia; colocam as crianças sob risco e instituem uma
dificuldade no controle glicêmico, que, no final das contas, pode culminar com
doenças nos órgãos alvo, seja coração, seja rim, sejam os olhos, com a perda da
visão, ou através de outras alterações, como alterações neurológicas, como
doenças como o mal perfurante plantar, que é uma doença típica do diabetes
prolongado.
Sou diabético
há 40 anos e tenho tratado e utilizado todas as possibilidades de tratamento
para cuidar da minha saúde, mas muitos dos nossos cidadãos não têm essa
possibilidade. A utilização de uma tecnologia assistiva como essa dá realmente
a possibilidade de minimizar as doenças a longo prazo, trazer saúde e melhorar
a expectativa de vida.
Hoje, o estado
já gasta em torno de 300 reais, eu creio, para esses diabéticos que precisam
realizar a perfuração do dedo com a coleta da glicemia pela gota de sangue.
Esse sensor possivelmente terá hoje um custo em torno de 600 reais, mas é
necessário dizer que, a longo prazo, a redução do custo em saúde é extremamente
grande e incalculável. Incalculável porque trará saúde e melhoria na
expectativa de vida de todos aqueles que são os portadores do diabetes tipo 1.
Então, desta
forma eu venho aqui mais uma vez agradecer a esta Casa, que juntamente comigo,
de maneira unânime, realizou a votação, aprovando o Projeto de lei 868, de
2023, com a possibilidade da utilização desse sensor de glicemia contínua.
E eu venho
trazer a minha fala ao governador e ao Governo do Estado para que possa sancionar
esse projeto, trazendo realmente saúde e possibilitando, inclusive, que haja um
controle por meio do Estado daqueles pacientes que estão em tratamento, fazendo
com que a monitorização deles e o acesso mais rápido à Saúde possa ser feito
por meio dessa tecnologia assistiva.
Muito obrigado
a todos, Deus abençoe, obrigado presidente.
O
SR. DR. ELTON - UNIÃO - Presidente, gostaria
de pedir o levantamento dessa sessão.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - É regimental,
Dr. Elton.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados,
havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoca V.Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, sem Ordem do Dia. Lembrando-os ainda da sessão extraordinária a
realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos.
Está levantada a presente sessão.
*
* *
- Levanta-se a sessão às 15 horas e 31
minutos.
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