04 DE JUNHO DE 2001

12ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO DO “DIA DA COMUNIDADE ITALIANA”

 

Presidência: WALTER FELDMAN e VITOR SAPIENZA

 

Secretário: DORIVAL BRAGA

 

DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 04/06/2001 - Sessão 12ª S. SOLENE Publ. DOE:

Presidente: WALTER FELDMAN/VITOR SAPIENZA

COMEMORAÇÃO DO DIA DA COMUNIDADE ITALIANA

 

001 - Presidente WALTER FELDMAN

Abre a sessão. Nomeia as autoridades. Anuncia que esta sessão foi convocada pela Presidência da Casa, a pedido do Deputado Vitor Sapienza, com a finalidade de comemorar o Dia da Comunidade Italiana.

 

002 - VITOR SAPIENZA

Assume a Presidência.

 

003 - WADIH HELÚ

Saúda o Presidente Vitor Sapienza, as autoridades e homenageados. Conta um pouco da história dos imigrantes da Itália para ao Brasil.

 

004 - Presidente VITOR SAPIENZA

Convida todos a ouvirem a execução dos hinos nacionais da Itália e do Brasil. Entrega o troféu "Loba Romana"  aos Srs.: Giulia Farfoglia Barbieri, Enrico Busdraghi, Gianluca Cortese, Claudio Roque Buono Ferreira, Américo Finardi, José Francisco Giannoni, Oswaldo Emílio Grassi, Giovanni Laspro, Adhemar Henrique Malzoni, Mauríco Martinelli, José Elias Matieli, Luciano de Oliveira Montenegro, Octávio Pedreschi Junior, Leonardo Placucci, Veriadiana Victória Rossetti, Ernesta Scappini, Carmelo Scuderi, Ennio Tiano, Gilberto Tinetti, Dagoberto Veltri, José Luiz Ventura, Valeria Zorgano Vorländer e Conrado Zambrini Filho.

 

005 - MAURÍCIO MARTINELLI

Em nome de todos os agraciados, cumprimenta as autoridades e agradece a homenagem recebida.

 

006 - GIANLUCA CORTESE

Como Cônsul da Itália cumprimenta o Presidente Vitor Sapienza, as autoridades e os presentes. Agradece o troféu "Loba Romana". Considera a forte vontade da colônia italiana em estreitar laços com a terra de origem. Sublinha os objetivos a que se dispuseram os governos italiano e brasileiro na promoção de uma maior presença do Brasil na Itália e da Itália no Brasil.

 

007 - SALVATORE MANGONI

Na qualidade de respresentante consular e Presidente do Circolo Italiano, em Peruíbe, presta homenagem ao Presidente Vitor Sapienza.

 

008 - Presidente VITOR SAPIENZA

Agradece a todos que colaboraram para o êxito da solenidade. Encerra a sessão.

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - WALTER FELDMAN - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Convido o Sr. 2º Secretário para proceder à leitura da Ata da sessão anterior.

 

O SR. 2º SECRETÁRIO - DORIVAL BRAGA - PTB - Procede à leitura da Ata da sessão anterior, que é considerada aprovada.

 

                                                             * * *

 

O SR. PRESIDENTE - WALTER FELDMAN - PSDB - Este Presidente passa a nomear a Mesa que compõe os trabalhos: Sr. Gianluca Cortese, Cônsul-Geral da Itália em São Paulo; Sr. Cláudio Pieroni, Presidente dos Comitês; nobre Deputado Dorival Braga e nobre Deputado Wadih Helú.

Srs. Deputados, senhoras e senhores, esta sessão solene foi convocada por este Presidente, a pedido do nobre Deputado Vitor Sapienza, com a finalidade de comemorar o Dia da Comunidade Italiana.

Venho, com muita satisfação, realizar a abertura dos trabalhos. A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo sente-se agradecida, tanto ao nobre Deputado Vitor Sapienza como aos deputados italianos desta instituição, pela presença. Nós, brasileiros e paulistas, temos satisfação pela contribuição, pelo trabalho e dedicação da comunidade italiana na construção do estado paulista, na construção da Nação brasileira. Eu, particularmente, tenho parentes italianos: minha mulher, minha filha menor, meu sogro. Todos nós, na verdade, devemos ter uma pitada italiana no sangue. E é com muita alegria que o nobre Deputado Vitor Sapienza, de maneira rotineira, habitual, realiza o Dia da Comunidade Italiana, nesta Assembléia, já há muitos anos, e condecora aqueles que mais se destacaram, em sua atividade, no período.

Por esta razão quero, imediatamente, passar a presidência dos trabalhos ao extraordinário Deputado de origem italiana, o nobre Deputado Vitor Sapienza.

 

* * *

 

-                   Assume a Presidência o nobre Deputado Vitor Sapienza

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - VITOR SAPIENZA - PPS - Esta Presidência concede a palavra ao nobre Deputado Wadih Helú, da Bancada do PPB.

 

O SR. WADIH HELÚ - PPB - Sr. Presidente Vitor Sapienza, Srs. Deputados, autoridades e homenageados presentes, minhas senhoras e meus senhores, hoje, creiam-me, é um dia de festa para a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. À propositura do nobre Deputado Vitor Sapienza em homenagear-se a família italiana aqui em São Paulo, aqueles que conhecem São Paulo, aqueles que nela vivem, aqueles que da Itália vieram para São Paulo - e muitos, acredito, ainda aqui se encontram - hão de compreender a alegria de um paulista que rende suas homenagens à colônia italiana. E homenageando - e rendendo homenagens - à colônia italiana marcamos nossa admiração ao que representa, no conceito mundial, a Itália - no passado a Roma Eterna: os italianos e romanos.

Este Deputado tem a condição que lhe permite contar um pouco da História, e muitos dos senhores viveram parte dela, porque alguns são mais antigos do que ele. E é aos mais antigos que este Deputado se dirige, para que os mais novos saibam o que representou a colônia italiana em São Paulo, para que tenham idéia e lhe permitam contar um pouco da história da Cidade de São Paulo.

Se voltarmos ao Século XIX - hoje estamos no começo do Século XXI -, quando para cá começaram a vir aqueles imigrantes da Itália, que vieram para, com sua inteligência, sua vontade e seus braços, trabalhar para o progresso de São Paulo e do Brasil. Se atentarmos ao fato de que em 1870 a população de São Paulo era de 30 mil habitantes - e quase não havia imigrantes, pois seu número era pequeno -, quando os chamados ‘Barões do Café’ entenderam de trazer o braço europeu para colaborar com a grandeza de São Paulo e do Brasil, a Itália foi o país escolhido, por sua tradição, origem e vínculos com os que vieram primitivamente, juntamente com os descobridores de nossa terra.

Se em 1870 São Paulo tinha 30 mil habitantes, com a imigração italiana que veio, com homens do Primeiro Mundo, para um país que sequer Terceiro Mundo era, hão de compreender os senhores por que a nossa admiração, o nosso respeito e o nosso amor. Em 30 anos - de 1870 a 1900 - São Paulo, que em 1870 atingira 30 mil habitantes, atingiu, em 1900, uma população de 200 mil almas. E, rejubilem-se, meus senhores - principalmente aqueles que vieram no começo do Século XX para cá: dessas 200 mil almas - quando já havia o imigrante árabe, o americano, o alemão, todos em pequena escala, assim como o espanhol -, da população de 200 mil habitantes de São Paulo, 110 mil eram italianos, 110 mil vieram do Primeiro Mundo, 110 mil irmanaram-se aos paulistas e brasileiros para construírem, juntos, somando esforços, a grandeza de São Paulo. E nós, que viemos conhecer São Paulo - do interior que somos - no final da década de 20 (1929), auferimos todo aquele calor humano, aquela alegria e solidariedade que o italiano trouxe, como herança, para os seus descendentes e para nós que para cá viemos.

São Paulo foi uma marca em nosso Brasil. Tornou-se a cidade industrial e o estado produtivo graças ao braço de quem veio do Primeiro Mundo e que foi assimilado por nós. Inicialmente os italianos aqui chegaram, eram estranhos. Com o decorrer dos anos foram cruzando o seu sangue com o dos brasileiros e de outras origens raciais que para cá vieram, e deram a São Paulo um progresso como poucos.

Peço licença para também contar um pouco da história do que foi a presença do italiano, que para mim tem uma importância muito maior do que os senhores podem imaginar. Grande parte tem conhecimento no campo esportivo de minha origem corintiana. Pois saibam que o Corinthians, fundado no Bom Retiro - bairro cuja população, em 1910, era composta em 80% por italianos - teve, em sua formação, os italianos. Eu gosto de contar essa história do Corinthians, de que os dois primeiros presidentes, italianos natos: Miguel Bataglia - primeiro presidente do Corinthians - e Alexandre Magnani - segundo presidente - (1910 a 1912 e 1912 a 1914). Aí deu-se a briga, em São Paulo. Foi uma briga esportiva, porque em 1914 foi fundado o Palestra Itália. E não se pode dissociar a presença do italiano, no Brasil e em São Paulo, de Corinthians e Palestra Itália.

Aí foi o início de tudo, inclusive da rivalidade. E por que essa rivalidade? Porque antes do Palestra Itália a quase totalidade da colônia italiana era corintiana, porque lá estavam Miguel Bataglia, Alexandre Magnani e toda aquela turma do Bom Retiro. Ao fundar o Palestra Itália - e é necessário que se alie essa parte à história da Itália em São Paulo e à festa de hoje - a maior parte dos italianos passou para o Palestra Itália, e os corintianos italianos que ficaram não concordaram. Daí nasceu a rivalidade, porque era briga de irmãos. E aqui em São Paulo o que era Palestra naquele tempo, com o Corinthians deste lado, era uma rivalidade no esporte, mas de irmãos nos ideais.

Assim foi crescendo São Paulo, assim foram nascendo as indústrias de São Paulo. E quem pontificou tudo isto era um italiano, Francisco Matarazzo, que começou em Sorocaba e depois tornou-se a maior indústria deste país - a presença do italiano na grandeza de São Paulo e do Brasil. E esta Assembléia, que é a representação legítima do povo, nada mais faz do que todo o ano proclamar essa nossa alegria, marcando a presença daqueles que vieram da Itália e, com sua descendência, tomaram aquele mesmo amor dos primeiros imigrantes, fazendo de São Paulo a sua segunda pátria - e para seus descendentes, do Brasil, sua primeira pátria.

Crescemos. E os que têm cabelos brancos e conheceram São Paulo hão de concordar conosco: até 1950, quando predominavam os italianos, que cidade gostosa, que cidade respeitosa. Era uma cidade de costumes europeus. Temos de programar, para aqueles que não sabem, para aqueles que vieram depois, o respeito e tudo o que os italianos fizeram por São Paulo e pelo Brasil. E nesta noite, nesta homenagem que prestamos, marcar o nosso reconhecimento, de paulistas e brasileiros, pela grandeza do nosso país, que já foi maior e hoje paga o preço dessas incertezas. Cada um dos senhores pode contar muito bem o que era São Paulo, com a presença latina, a marca do italiano; a marca de meu ancestral paterno, que é o libanês; a marca do português que aqui se formou e que formou a nossa cidade; do espanhol; do americano - que também foi imigrante. Mas esta realmente é a segunda pátria da Itália - São Paulo.

Na homenagem que lhes prestamos, os senhores, como lídimos representantes e descendentes que são da Itália, hão de compreender o respeito que temos, a alegria que temos, o orgulho que possuímos por havermos recebido dessa Itália as lições de educação que, em São Paulo, propagou-se do Primeiro Mundo. E os senhores têm de ter o orgulho de serem originários do Primeiro Mundo, um Primeiro Mundo que sonhávamos algum dia alcançar. Mas alcançamos, graças à presença do italiano.

Parabéns e viva a Itália! (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - VITOR SAPIENZA - PPS - Meus senhores e minhas senhoras, quem está acostumado ao rito legislativo deve ter percebido que houve uma falha, que no entanto foi proposital. Eu deveria ter, de início, solicitado que fosse tocado o hino da Itália e do Brasil. Sabendo da lição histórica que o nobre Deputado Wadih Helú nos daria, no entanto, fiz propositadamente este ato, a fim de que agora possamos ouvir o hino nacional, conhecendo a causa do trabalho e a causa social.

Esta Presidência convida todos os senhores para juntos, de pé, ouvirmos os hinos nacionais da Itália e do Brasil.

 

* * *

 

- São executados os hinos nacionais da Itália e do Brasil, pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - VITOR SAPIENZA - PPS - Passaremos agora à entrega do Troféu “Loba Romana” aos homenageados de hoje.

 

* * *

 

- É feita a entrega do Troféu Loba Romana aos homenageados abaixo.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - VITOR SAPIENZA - PPS - Com o troféu "Loba Romana" distinguimos aqueles que melhor vêm representando os valores dos nossos antepassados pela tenacidade e dedicação do trabalho e à causa social.

Chamaremos cada um dos agraciados pela orcem alfabética de seu sobrenome:

1. Nossa primeira homenageada é Giulia Farfoglia Barbieri, nascida em Gênova. Foi procuradora legal na Itália de 1967 a 1971 e assistente de direito privado da Faculdade de Economia e Comércio da Universidade de Trieste. Chegou ao Brasil e formou-se em direito pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. É a fundadora da Associazione Friulivenezia Giulia di San Paolo e membro do comitês, fazendo parte do conselho diretivo como tesoureira. Foi responsável pela intermediação do acordo de colaboração entre a região Fruilivenezia Giulia e o governo de Santa Catarina, firmado em março de 2001.

2. Enrico Busdraghi nasceu na cidade de Ponteara, Piza, onde passou grande período de sua formação estudantil. Em 1950 chegou ao Brasil fixando‑se na cidade de Ribeirão Preto. Destacou‑se na área esportiva, difundindo junto aos seus companheiros a equipe de futebol do Palestra Itália. Chegando em São Paulo, fundou com seu pai a tecelagem Santa Edwige, a metalúrgica Enrico's e a Têxtil San Giusto.

3. Gianluca Cortese formou‑se em direito na Universidade de Roma. Exerceu as funções de primeiro cônsul geral em Nova York; de primeiro secretário da embaixada da Itália em Tóquio; responsável pela seção econômico‑comercial da embaixada da Itália em Washington e pela coordenação da rede consular nos Estados Unidos e Washington; responsável pela coordenação da sede consular nos Estados Unidos; responsável pelo programa de cooperação do desenvolvimento na África junto ao Ministério do Exterior. É o atual cônsul geral da Itália em São Paulo.

4. Cláudio Roque Buono Ferreira é médico oftalmologista formado pela Faculdade Federal de Medicina do Triângulo Mineiro, tendo cursado pós‑graduação na Faculdade Paulista de Medicina e obtido o título de especialista em oftalmologia. Exerceu inúmeros e importantes cargos de direção como no Hospital Santa Monica, em Itapecerica da Serra e no Hospital e Maternidade Santa Rosa de Lima, na capital.

5. Américo Finardi é descendente de italianos da província de Rovigo. Estudou no Liceu Coração de Jesus. Formou‑se em direito na FMU e em economia na PUC-São Paulo. Exerceu consecutivamente a diretoria do Clube Espéria sendo também sócio do Clube Palmeiras. É exemplo louvável de descendente que se orgulha em consolidar os vínculos e suas raízes italianas. Desde 1991 promove e coordena consagradas reuniões entre parentes e amigos de famílias de origem italiana no Clube Espéria, permitindo o memorável encontro de 4 gerações. Nestes eventos o homenageado presenteia os parentes com um livrete de cânticos com as canções italianas que são acompanhadas em coro por todos. Nosso homenageado possui a magia da confraternização que os italianos e seus descendentes sabem acolher e desenvolver com muito encanto e amor.

6. José Francisco Giannoni, filho de italianos, é coronel da Polícia Militar e atualmente comanda o policiamento de trânsito da capital paulista. Ingressou na Academia de Polícia Militar do Barro Branco e galgou todos os postos do oficialato da milícia paulista por merecimento. Entre inúmeras condecorações recebidas destacamos a Medalha Tobias de Aguiar e a Medalha Comemorativa do Centenário do 14° Batalhão de Polícia Militar Metropolitano.

7. Oswaldo Emílio Grassai, filho de italianos da cidade de Padova que aqui chegaram em 1903 e trabalharam na lavoura de café na cidade de Cravinhos. O homenageado concluiu o curso técnico de Contabilidade, de Ciências Econômicas e Ciências Contábeis e exerceu a profissão de contador em várias empresas. Juntamente com sua família fundou e preside a concessionária Treville de veículos da marca Fiat, sendo que sua sede, com aproximadamente 8 mil m² e 220 funcionários, foi pioneira ao estabelecer‑se como revendedora de automóveis em Alphaville. Possui uma propriedade rural em Capela do Alto, que produz e fornece leite à população carente da região.

8. Giovanni Laspro nasceu na Itália e mora há 42 anos no Brasil. Trabalhou na Philips do Brasil. É diretor da Mialbras ‑ fabricante de componentes eletrônicos, da Giovanni Laspro Importação e Exportação e da Roga Corretora de Seguros. É membro ativo do Lions Clube‑Cambuci, do Circolo Italiano de São Paulo, do Comites­ (órgão oficial do governo italiano), sendo o atual presidente do Circolo Cultural Lucano do Brasil e da Fundação Lions. São incontáveis as benesses que efetua em prol da coletividade, sobretudo, ítalo‑brasileira.

9. Adhemar Henrique Malzoni, advogado e procurador municipal de São Paulo estudou o curso primário no Colégio Sagrado Coração de Jesus, tendo concluído o curso superior na PUC. Exerceu relevantes cargos públicos como o de relações públicas das usinas elétricas do Paranapanema e os de Secretário de Governo e de Esporte e Lazer da Prefeitura de Atibaia. Foi conselheiro do Clube Palmeiras; presidente do Rotary Club de Atibaia, sendo o atual presidente da Federação Paulista de Hóquei e Patinação Artística.

10. Maurício Martinelli é filho de italianos, cirurgião-dentista com especialidade em ortodontia. Participou de variados cursos nesta área com renomados professores nacionais e estrangeiros. É credenciado junto às empresas Metrus, Petrobras e Banco Central. Há vários mandatos é conselheiro do Clube Palmeiras; conselheiro e diretor de esportes da Associação Lucchesi nel Mondo e organizador de eventos esportivos entre associações italianas nas modalidades bocha e futebol de salão; coordena os jogos da comunidade italiana organizados pelo Comites em Águas de Lindóia.

11. José Elias Matieli. Filho de italianos oriundos de Verona e Treviso, é coronel médico da Força Aérea Brasileira. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense concluiu o doutorado em cirurgia-geral na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Recebeu o título de especialista em cirurgia-geral pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões e de especialista em cirurgia vídeo‑laparoscópica pela Sobracil. Como diretor do Hospital de Aeronáutica de São Paulo, promove o intercâmbio entre a Força Aérea e a comunidade italiana.

12. Luciano de Oliveira Montenegro é médico oftalmologista, formado pela Universidade Federal do Espírito Santo. Com inúmeras especializações e trabalhos científicos publicados, tem destacada participação em congressos e palestras, sendo um vitorioso na aprovação em concursos públicos. É membro filiado da Sociedade Brasileira de Lentes de Contato e Córnea, da Catarata e Implantes Intraoculares; de Cirurgia Refrativa e do Centro de Estudos de Oftalmologia "prof. Moacyr E. Álvaro" da Escola Paulista de Medicina.

13. Octavio Pedreschi Júnior. Neto de italianos, cursou contabilidade na Escola Técnica de Comércio Álvares Penteado e ciências econômicas na Faculdade de Ciências Econômicas de São Paulo. Foi diretor da Piratininga Companhia Nacional de Seguros Gerais e Acidentes do Trabalho e da Companhia Ceará de Seguros Gerais. É o fundador da Sociedade Brasileira de Ciência do Seguro e diretor das Firmas Pedreschi Corretora de Seguros e da Construtora Pedreschi Ltda.

14. Leonardo Placucci, advogado e administrador de empresas com cursos de especialização em direito processual civil pela PUC‑São Paulo. É o presidente do Instituto Santanense de Ensino Superior, mantenedor das Faculdades Sant'Anna; presidente da Fundação Leonídio Allegretti que é uma entidade voltada ao atendimento do crédito educativo; membro do conselho deliberativo da associação comercial de São Paulo e vice‑presidente do conselho deliberativo da Portuguesa de Desportos.

15. Veridiana Victoria Rossetti. É brasileira descendente de piemonteses. É conhecida como o "anjo protetor dos laranjais", pelo grande amor herdado de seu pai pelas plantas. Foi a primeira engenheira agrônoma do estado de São Paulo. Ingressou no Instituto Biológico e dedicou‑se ao estudo das plantas cítricas, e como digna estudiosa muito fez pela citricultura brasileira. Foi eleita membro da Academia Nacional de Agricultura Italiana e recebeu do presidente Itamar Franco o "Prêmio Frederico Menezes Veiga" pelos inestimáveis serviços prestados à citricultura do país.

16. Ernesta Scappini, nasceu em Trecenta (Rovigo) e estabeleceu‑se no Brasil em 1957 com suas três irmãs. Participa ativamente de trabalhos junto à comunidade italiana. Dedica‑se fervorosamente à Associação de Voluntários pela Integração dos Imigrantes e como membro da diretoria da instituição presta assistência às pessoas provenientes do nordeste do Brasil nas primeiras necessidades na cidade de São Paulo. Todas essas ações solidárias fazem com que a nossa homenageada contribua pelo bem-estar de pessoas carentes, sentindo‑se útil e parte integrante da comunidade ítalo‑brasileira.

17. Carmelo Scuderi nasceu em Catania, Itália, vindo para o Brasil em 1952. Dedicou‑se ao estudo de eletrônica, sendo admitido pela Philco Rádio e televisão chegando, após muito esforço, a perito eletrônico da fábrica. Após 07 anos de trabalho abriu sua própria empresa, como representante da Philco e, posteriormente, da Evadin e da Sharp. Atualmente é o representante exclusivo da Sansung para todo o Brasil, principalmente na área de monitores de computador.

18. Ennio Tiano nasceu em Aprigliano, província de Casenza, Calábria. Desde cedo demonstrou sua tendência pelas artes. Aqui chegando, em 1953, desenvolveu sua atividade profissional na formação como designer e estilista de tecidos. Durante vários anos e devido ao sucesso nacional atingido, participou das feiras Fenit e Fenavem, sendo inúmeras vezes capas de jornais que elogiavam suas criações como os melhores designers da coleção. Recebeu a medalha de ouro Salon Ubatuba e a "Pla Curtis Academia Convention Center Florida", além do Troféu Tancredo Neves.

19. Gilberto Tineta apresenta‑se regularmente como solista das principais orquestras, como recitalista e em concertos de música de câmara, tendo sido considerado pela crítica como um dos melhores cameristas brasileiros. Iniciou seus estudos com o prof. Hans Bruch e, já em Paris, com Magdalena Tagliaferro e Alfred Cortot e na Alemanha com Friedrich Wüher. Realizou a primeira audição em Paris, do concerto n° 4 para piano e orquestra de Villa‑Lobos. Desde 1961 vem exercendo importante papel na formação de jovens pianistas brasileiros. Atualmente é professor do departamento de música da Escola de Comunicações e Artes da USP.

20. Dagoberto Veltri, filho e neto de italianos, durante 34 anos serviu à Polícia Militar nos postos de aspirante a oficial, segundo-tenente, primeiro-tenente, capitão, major, tenente-coronel, coronel-inspetor, sendo que suas promoções sempre ocorreram por merecimento. Foi condecorado com a medalha de prata por 20 anos de bons e leais serviços prestados ao estado de São Paulo; "Medalha Brigadeiro Tobias de Aguiar" e "Medalha Centenário do Corpo de Bombeiros".

21. José Luiz Ventura, neto de italianos, é o presidente da Società Italiana de Mutuo Soccorso "Pátria Dovere" e diretor da Sociedade Beneficente de Santa Rita. Foi o responsável pela criação do acervo histórico da imigração italiana em Santa Rita e pela exibição do filme "A vida é bela" no imóvel da sociedade italiana. Efetua louvável trabalho de distribuição de produtos alimentícios às entidades assistenciais de Santa Rita do Passa Quatro. É autor da obra "O Imigrante" , trabalho de pesquisa sobre a imigração italiana em Santa Rita do Passa Quatro, que motivou a vinda da RAI (televisão italiana) à sua cidade.

22. Valeria Zorgno Vorlander é filha de italianos e atual delegada do Ministério da Cultura no estado de São Paulo. Formada em comunicação social pela Faap, foi colunista da Editora Abril na revista Nova e trabalhou na Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão. Em 1996, ingressou no Ministério da Cultura, sendo a responsável pela criação e implementação do curso básico sobre a lei Rouanet para proponentes e pelo estabelecimento de parcerias e formatação do projeto para a viabilização da programação da delegacia para o ano de 2000.

23. Conrado Zambrini Filho formou‑se pela Faculdade de Medicina de Valença, Rio de Janeiro. Participou de inúmeros cursos e especialização em cirurgia de esôfago, estômago, fígado, duodeno, cardíaca, entre outras. É membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de Colo‑Proctologia, da diretoria da Unimed‑ABC e provedor da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Bernardo do Campo e do corpo clínico do Hospital e Maternidade Rudge Ramos/Hospital Itacolomy.

 

O SR. PRESIDENTE - VITOR SAPIENZA - PPS - Esta Presidência concede agora a palavra ao Sr. Maurício Martinelli, que discursará pelos homenageados.

 

O SR. MAURÍCIO MARTINELLI - Exmo. Deputado Vitor Sapienza, Exmos. Deputados aqui presentes, Exmo. Cônsul da Itália em São Paulo, Gianluca Cortese, Exmo. Sr. Cláudio Pieroni, Presidente do Coemites, demais membros da Mesa, senhores e senhoras, é com grande júbilo que, neste Dia da Comunidade Italiana, dirijo-me a todos, por ocasião do recebimento desta homenagem, expressando o meu orgulho - e dos demais colegas homenageados.

Minha satisfação ao receber o Troféu “Loba Romana” é imensa e me traz à lembrança a viagem feita há 75 anos por um jovem italiano, Urbano Martinelli, de apenas 17 anos, que deixou a Itália, em guerra, para tentar a vida no longínquo país chamado Brasil. Quis o destino que ele aqui encontrasse uma jovem, também italiana, Maria Roselli, e juntos constituíssem a família Martinelli, família que ambos edificaram, sob a égide da honradez, do respeito, da dignidade do trabalho e do temor a Deus. Foi a formação calcada em tais valores que possibilitou a mim, a meus dois irmãos, a minha esposa e a meus três filhos a coragem, a tenacidade e a capacidade para vencer honestamente. Esta é também a história de muitos italianos no Brasil.

Desta volta ao passado, retorno, emocionado e com muito estímulo, a fim de trabalhar cada vez mais em benefício da Comunidade Italiana em nosso país. Desejaria porém que houvesse uma união mais firme e intensa entre as diversas associações, a fim de que se alcançasse maior amplitude na divulgação da cultura italiana, e maior consolidação da identidade desta cultura em nosso país. A agregação das associações e sua atuação conjunta não podem ser prejudicadas por interesses menores e desavenças pessoais. Sua ação fragmentada e desintegrada, acarretando o desencontro de esforços e a dissipação de energia, debilita a capacidade da comunidade italiana em expressar-se com maior alcance.

Independentemente da região de origem do italiano aqui radicado, o essencial é que a vinda de muitos para o Brasil decorreu de uma situação comum - o abandono de uma Europa em guerra - ou pós-guerra - em busca de um trabalho e perspectiva de vida favorável. Este é um elo inquebrantável de toda a comunidade italiana em nosso país, o qual deveria servir de amálgama às associações italianas. Não se pode olvidar também um outro sólido vínculo a uni-las, qual seja, a natividade de todas elas em solo brasileiro. A brasilidade de todas as nossas associações italianas deveria servir também como uma força centrípeta, impulsionando a congregação delas em torno da valorização da cultura brasileira.

Encerrando, externo aqui o meu especial agradecimento ao ilustre Deputado, Vitor Sapienza, organizador deste evento, e manifesto meu desejo no sentido de que ele prossiga neste mister. Parabenizo-o e agradeço-lhe por um acontecimento tão significativo, para mim e para os demais agraciados. É esta honrosa premiação que reforça mais ainda os laços entre Brasil e Itália.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - VITOR SAPIENZA - PPS - Caro Sr. Gianluca Cortese, Cônsul da Itália; caro amigo Cláudio Pieroni, Presidente dos Coemites; caro amigo e irmão Wadih Helú, ao qual tive a honra de conferir, no passado, o ‘Troféu Loba Romana’. As pessoas podem muitas vezes ficar surpresas, pois o nobre Deputado Wadih Helú é descendente de libaneses, homem lutador, mas posso dizer-lhes que poucos deputados conseguiram, nesta Casa, demonstrar a importância do Estado de São Paulo no contexto da Itália. O nobre Deputado Wadih Helú consegue emocionar-me, principalmente quando faz uma digressão pela nossa história, quando faz a colocação justa dos vínculos entre Palmeiras - Palestra Itália - e Corinthians, e entre Corinthians e o Palmeiras (ex-Palestra Itália). Para amanhã ou depois ele não dizer que priorizei um dos dois, falo os dois, para que fique bem claro.

Caros homenageados, senhores e senhoras, vou permitir-me voltar a um passado, esse passado em que tivemos, ao longo de todo esse tempo, duas guerras mundiais. Ao longo desse tempo tivemos também a fundação do Colégio Dante Alighieri e a fundação do Circolo Italiano, que neste ano, por coincidência, completam 90 anos.

Nesse tempo todo tivemos a oportunidade, talvez fruto de um passado em que  vivi de ser chamado de “italianinho”, no Bom Retiro, pagando uma conta que não devia, em decorrência da Segunda Guerra Mundial, em que vi e senti, em casa, meus avós ouvirem o rádio em ondas curtas, porque em sua limitação cultural achavam que os jornais não estavam refletindo a realidade e que, permitam-me um desabafo, o “eixo” estava ganhando a guerra. Saí às ruas e paguei um preço.

Ao chegar à Casa, eleito deputado, veio-me à mente toda essa situação. E toda ela fez com que, em 1988, criássemos o “Dia da Comunidade Italiana”, porque este Deputado via que, no dia a dia, fugiam os vínculos com a origem. No meu caso daquele italiano que veio, como clandestino, saído do Sul da Itália (o pai de minha mãe), via que no dia a dia a coisa estava se distanciando, e aquilo que a cidadania prega, que é o apego à tradição, o apego à origem, estava, pouco a pouco, esvaindo-se no tempo. Então, talvez como reflexo de alguma fotografia ou literatura, pensei em criar o “Dia da Comunidade Italiana”, no que fui imediatamente apoiado por todos os Srs. Deputados. O interessante é que, já naquela época, a ascendência dos italianos refletia-se na quantidade dos deputados existentes na Casa - como ainda hoje.

A seguir, em 1991, criamos o “Loba Romana”, pretendendo, à época, fazer uma homenagem. Talvez muitas vezes tenhamos esquecido pessoas que mereciam ser homenageadas, mesmo porque a formação e a contribuição do italiano na cultura, na história e na economia do nosso estado e do Brasil, foram muito importantes. Talvez tenhamos cometido alguns enganos e esquecimentos, mas pretendemos esforçar-nos para que fazer com que as coisas sejam trazidas e sejam as pessoas homenageadas.

Disse que pretendia fazer uma recapitulação e uma reflexão. Ao longo de todo este tempo vemos que existe o Hospital Santa Catarina, da colônia alemã, o Hospital Albert Einstein, da colônia judaica, o Hospital Sírio-Libanês, o hospital japonês. E neste meio tempo vimos e sentimos na pele o fechamento do Hospital Matarazzo; sentimos na pele algumas empresas representativas da pujança italiana - sem que seja necessário mencionarem-se nomes - irem sumindo. Sentimos, ao mesmo tempo, toda aquela parte italiana ser substituída pelo luso, pelo hispano, pelo americano, pelo francês. E perguntamo-nos: “e nós, ítalo-brasileiros, onde estamos, neste processo?”

Para terminar, gostaria de pedir aos senhores que reflitam comigo: “será que nossos filhos ou netos vão ter a oportunidade de, um dia, participar de uma comemoração em que se evoque a presença italiana, no Estado de São Paulo e no Brasil?” A resposta deverá ser dada por cada um de nós.

Com estas palavras, pedindo a reflexão de todos, encerro minha participação e peço que os senhores que ouçam, com o mesmo silêncio, que demonstra a atenção e importância que estão dando a esta comemoração, as palavras do Cônsul da Itália, o Exmo. Sr. Gianluca Cortese.

Tem a palavra o Exmo. Sr. Gianluca Cortese.

 

O SR. GIANLUCA CORTESE - Senhor Presidente da Assembléia Legislativa, Deputado Walter Feldman, Deputado Vitor Sapienza,  Autoridades, Senhoras e Senhores, como romano agradeço vivamente pelo reconhecimento (a Loba Romana) a mim concedido por ocasião da comemoração nesta Assembléia Legislativa do Dia da Comunidade Italiana de São Paulo.

A presença da Itália nesta grande cidade é ainda hoje muito evidente, se bem que a força catalisadora de São Paulo tenha quintuplicado o número de seus habitantes relativamente à situação existente nos anos 50, quando cessou o fluxo imigratório da Itália.

Resta, seguramente, a forte vontade do núcleo histórico de italianos que aqui chegaram depois da guerra em preservar os estreitos laços com a terra de origem.

E, paralelamente, se está manifestando, com sempre maior evidência, o desejo de tantos descendentes de italianos em resgatar e valorizar o patrimônio histórico familiar e aproximar‑se da Itália também através de um estudo da sua historia e cultura.

Muitos ítalo‑brasileiros de segunda e terceira geração empreendem viagens à Itália para visitar lugares de proveniência de suas famílias e desejam reconstruir a genealogia com a finalidade de poder, no respeito das leis brasileiras, obter o reconhecimento da cidadania italiana: não são casos isolados, já que o nosso Consulado consegue tratar cerca de 10.000 casos de reconhecimento de cidadania por ano, um dado que representa somente uma parte dos pedidos que nos são formulados.

Estes sentimentos de aproximação com a Itália por parte de nossos oriundos são particularmente fortes não somente em São Paulo, mas também no interior do Estado, principalmente naqueles centros urbanos, muito numerosos, onde a população de origem italiana conserva uma prevalência com relação às outras comunidades.

O conjunto destas circunstâncias criou uma situação nova com relação ao passado: noutra época a comunidade dos italianos no Brasil aumentava anualmente em proporção à chegada dos novos imigrantes da Itália, enquanto hoje, a nossa coletividade cresce para efeito de reconhecimento da cidadania italiana.

Da coletividade italiana no Brasil, mais da metade reside na nossa jurisdição consular.

Diante de tal situação, as instituições governativas italianas no Brasil, ou seja, a Embaixada da Itália em Brasília, a nossa rede consular no País, os Institutos de Cultura do Rio de Janeiro e São Paulo, os escritórios do Instituto para o Comércio Exterior, colaboram entre eles para uma sempre, contínua aproximação entre os dois Países.

Gostaria também de mencionar outros entes italianos que atuam conosco em benefício da nossa comunidade e para o fortalecimento das relações bilaterais. Estas instituições são o Comitê dos Italianos no Exterior, o patronato assistencial, os patronatos, a Escola Italiana "Eugenio Montale" e a Câmara de Comércio  Ítalo‑Brasileira de São Paulo, que dispõe de uma rede de 60 delegados operantes na cidade de São Paulo.

O Estado de São Paulo representa um ponto central nas relações bilaterais dos nossos dois Países. A este respeito, gostaria de evidenciar como o nosso Consulado conseguiu assinar, em 40 municípios do Estado de São Paulo, acordos para a introdução do idioma italiano como língua facultativa nas escolas do ciclo fundamental.

Como evidência de uma colaboração em sentido contrário ‑ do Brasil para a Itália ‑ gostaria de mencionar uma importante iniciativa que o nosso Ministério das Relações Exteriores e o Instituto para o Comercio Exterior estão elaborando com o Itamaraty. Tal iniciativa permitirá apresentar no próximo outono, em Milão, ao mundo empresarial e financeiro italiano, uma imagem atualizada do Brasil, do seu processo de desenvolvimento econômico e das oportunidades que este país pode oferecer aos investidores italianos. A delegação brasileira que partirá para a Itália será de alto perfil político e técnico.

Tudo isso responde plenamente aos objetivos aos quais se dispuseram o Presidente Cardoso e o Presidente Ciampi durante as visitas oficiais ‑ em Roma em 1997 e em São Pauto no ano passado - consistentes na promoção de uma maior presença do Brasil na Itália e da Itália no Brasil.

 

* * *

O Sr. Salvatore Mangoni, representante consular e Presidente do Circolo Italiano, em Peruíbe, prestará agora uma homenagem ao nobre Deputado Vitor Sapienza.

* * *

 

- É feita homenagem ao nobre Deputado Vitor Sapienza.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - VITOR SAPIENZA - PPS - Muito obrigado a todos. Esta surpresa não estava no “script”. Encerrado o objeto da presente sessão este Deputado agradece a presença de todos. A continuar assim, deveremos fazer a próxima comemoração no Parque Antarctica, em São Paulo. Antes de encerrar, esta Presidência convida a todos para um coquetel no Hall Monumental da Assembléia Legislativa de São Paulo.

Está encerrada a sessão.

* * *

-                   Encerra-se a sessão às 21 horas e 25 minutos.

* * *