16 DE ABRIL DE 2010

012ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AOS “80 ANOS DA ESCOLA DE SAMBA VAI-VAI”

 

Presidente: JOSÉ CÂNDIDO

 

RESUMO

001 - JOSÉ CÂNDIDO

Assume a Presidência e abre a sessão. Anuncia autoridades presentes e faz agradecimentos. Informa que esta sessão foi convocada pelo Presidente desta Casa, atendendo sua solicitação, com a finalidade de comemorar os 80 Anos da Escola de Samba Vai-Vai. Convida a todos os presentes a ouvirem, de pé, o Hino Nacional Brasileiro cantado pelo Sr.Edmar Tobias, presidente da escola.

 

002 - VICENTE PAULO DA SILVA

Deputado Federal, faz saudações. Faz leitura de requerimento de sua autoria, a Indicação Parlamentar nº 5.999, de 2010. Informa que tal projeto está na mesa da Presidência da República.

 

003 - ARNALDO FARIA DE SÁ

Deputado Federal, faz cumprimentos. Enaltece a Escola de Samba Vai-Vai. Lembra problemas vividos pela escola neste Carnaval e durante o ano. Faz elogios à escola. Afirma que o samba é cultura.

 

004 - JAMIL MURAD

Vereador do Município de São Paulo, elogia a atitude do Deputado Estadual José Cândido em solicitar esta sessão solene. Faz cumprimentos. Cita que desfilou pela escola em 1981. Fala sobre as pessoas que congregam a Vai-Vai. Afirma que para ele a Vai-Vai é a número um das escolas de samba do Brasil.

 

005 - MARCO ANTONIO ZITO ALVARENGA

Advogado, em nome da Ordem dos Advogados do Brasil, fala sobre a importância da Velha Guarda da Vai-Vai. Relembra o tempo em que seu pai cooperava com a escola de samba. Fala sobre a ala da escola de samba em que os advogados participam e sobre a sinergia entre a Ordem dos Advogados e a Vai-Vai. Afirma que a Vai-Vai representa a cultura brasileira.

 

006 - KAXITU RICARDO CAMPOS

Presidente da União das Escolas de Samba Paulistanas, fala de sua emoção em estar nesta celebração. Afirma que é filho e neto da Vai-Vai e que a história da escola se confunde com a de sua entidade, a Uesp. Tece elogios à escola de samba. Menciona a valorização que a Uesp dá ao Carnaval.

 

007 - Presidente JOSÉ CÂNDIDO

Fala de sua satisfação em estar nesta sessão solene e da importância de fazer esta homenagem à Vai-Vai. Faz cumprimento especial ao Presidente da Vai-Vai e afirma que a homenagem que será prestada a ele é extensiva a toda a escola. Parabeniza a Vai-Vai e anuncia a entrada dos pavilhões das escolas co-irmãs, porta-bandeiras trazendo as bandeiras das escolas de samba paulistanas.

 

008 - FERNANDO PENTEADO

Diretor Cultural da Escola de Samba Vai-Vai, discorre sobre o início da escola de samba Vai-Vai e sobre a Velha Guarda. Faz interpretação musical. Faz agradecimentos gerais.

 

009 - DONÉ KIKA DE BESSEN

Do Centro Nacional de Resistência e Africanidade Brasileira, fala sobre sua emoção na entrada da Vai-Vai, este ano, na Avenida. Lembra que sua família é oriunda da Bela Vista. Afirma que a Vai-Vai merece essa homenagem. Fala sobre o projeto do Deputado Vicente Paulo da Silva. Parabeniza a escola de samba.

 

010 - Presidente JOSÉ CÂNDIDO

Anuncia a exibição de um vídeo institucional.

 

011 - FRANCISCO DE OXUM

Babalorixá da Escola de Samba Vai-Vai, faz cumprimentos. Informa que está na Bela Vista há 30 e que há 5 anos é Babalorixá da Escola. Conta como foi feito o convite para ser o Babalorixá da Vai-Vai. Afirma que continuará zelando pela escola de samba. Faz louvação e agradecimentos.

 

012 - Presidente JOSÉ CÂNDIDO

Faz uma leitura. Entrega placa comemorativa a Dona Benedita de Oliveira, da Velha Guarda da Vai-Vai. Faz homenagem à D. Dita entregando-lhe um ramalhete de flores.

 

013 - Presidente JOSÉ CÂNDIDO

Faz homenagem ao Mestre Tadeu.

 

014 - TADEU

Mestre da bateria , agradece e informa que dirige a bateria da Vai-Vai há 36 anos. Afirma que fez parte dos 13 títulos que a Vai-Vai ganhou.

 

015 - EDMAR TOBIAS DA SILVA

Presidente do Grêmio Recreativo Cultural Social  Escola de Samba Vai-Vai, relembra momentos da escola. Afirma que ela está recuperando seu prestígio frente à sociedade e que está crescendo. Agradece a todos que até agora ajudaram a escola. Faz agradecimentos gerais.

 

016 - JOSÉ CÂNDIDO

Pede uma salva de palmas para a Vai-Vai. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 22h 29min.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. José Cândido

 

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O SR. PRESIDENTE – JOSÉ CÂNDIDO - PT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CÂNDIDO - PT - Esta Presidência quer agradecer a presença do Sr. Edmar Tobias, presidente da Escola de Samba Vai-Vai. Quero agradecer e dizer seja bem-vindo ao Deputado Federal Vicentinho, também simpatizante da Escola de Samba Vai-Vai; da mesma forma agradeço e digo bem-vindo ao Vereador Jamil Murad, ao Deputado Federal Arnaldo Faria e Sá, e ao Kaxitu Ricardo Campos, Presidente da Uesp, União das Escolas de Samba Paulistanas, que vieram aqui nos homenagear.

Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, minhas senhoras, meus senhores, esta Sessão Solene foi convocada pelo Presidente desta Casa atendendo, à solicitação deste Deputado com a finalidade de comemorar os 80 Anos da Escola de Samba Vai-Vai.

Esta Presidência convida a todos os presentes para, de pé, para ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro cantado pelo Sr. Edmar Tobias, Presidente da Escola.

 

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- É cantado o Hino Nacional Brasileiro pelo Sr. Edmar Tobias.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CÂNDIDO - PT - Esta Presidência concede a palavra para uma breve saudação ao Deputado Federal Vicente Paulo da Silva, o nosso Vicentinho.

 

O SR. VICENTE PAULO DA SILVA - PT - Boa-noite senhoras e senhores, companheiros e companheiras, amigos e amigas, preferi falar daqui porque assim fico perto do Edmar Tobias, nosso Presidente. Quero saudar a todos os parlamentares aqui presentes na figura do nosso colega Arnaldo Faria de Sá, nosso companheiro Jamil Murad, especialmente na figura do nosso querido companheiro José Cândido, meu irmão de sonhos, de jornadas de lutas. Quero saudar o povo do samba na figura do nosso querido Kaxitu Ricardo Campos, presidente da Uesp, com quem tive a honra de acompanhar o carnaval da comunidade este ano. Quero saudar todos a os dirigentes de todas as escolas de samba na figura do nosso companheiro Edmar Tobias, a quem parabenizamos pelos 80 anos da nossa querida Escola de Samba Vai-Vai. Saúdo aqui as autoridades presentes, homens e mulheres, a nossa Velha Guarda, essa bateria maravilhosa.

A primeira vez que ouvi o Hino Nacional ser tocado em ritmo de samba foi na posse da Uesp, e hoje estou ouvindo aqui também. Um dia vamos cantar o Hino Nacional Brasileiro em ritmo de samba em todo o Brasil, porque é muito bonito, é muita energia. Quero saudar o meu companheiro Gilson em nome de toda a Velha Guarda e fundadores das outras escolas, Gilson Negão que é da minha assessoria para minha honra e saudar a nossa digníssima plateia.

O adiantado da hora não permite, mas queria aqui ler a justificativa de um projeto que conta toda a história da Vai-Vai, desde o tempo em que ela foi fundada, desde o tempo em que ela recebia o nome de Vai-Vai, não porque era escola, mas porque queriam que o pessoal saísse da outra escola: “vai, vai, saia”, e hoje a escola tem todo esse respeito.

Como o tempo é muito pequeno, e tenho que respeitar todas as senhoras e senhores, apenas gostaria de ler um requerimento de minha autoria, a Indicação Parlamentar nº 5.999, de 2010, que requer o envio ao Poder Executivo relativo à Escola de Samba Vai-Vai, do Estado de São Paulo, como patrimônio imaterial da cultura do Brasil. Este é um projeto que já está na mesa da Presidência da República, no Ministério da Cultura, por entendermos a contribuição que a Vai-Vai tem dado à família brasileira, ao Carnaval de São Paulo, aos jovens, que cada vez mais se engajam no samba bonito, sadio, construtivo. (Palmas.)

Por isso, esperamos que seja logo, logo considerada a primeira escola do Brasil. Já há uma, a Mangueira. Se Deus quiser, no Estado de São Paulo, teremos a Vai-Vai também considerada um grande patrimônio da cultura do Brasil.

Para terminar, quero manifestar meus parabéns aos companheiros da Vai-Vai. (Palmas.) Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CÂNDIDO - PT - Obrigado, meu companheiro Vicentinho.

Quero agora saudar nosso Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá, que fará uso da palavra. (Palmas.)

 

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - Boa-noite a todos vocês. É uma alegria estar aqui. Quero cumprimentar o Deputado José Cândido, Presidente desta sessão; o companheiro Vicentinho, deputado federal; o Kaxitu; Jamil Murad, deputado federal, hoje na Câmara Municipal de São Paulo; o Tobias, e em seu nome cumprimentar todos aqueles que aqui representam a Vai-Vai.

Fico contente em ver tanta gente da Velha Guarda representando a Vai-Vai neste aniversário. São Paulo tem a marca da Vai-Vai. Quem passar pelo Bixiga, quem passar pela Bela Vista e não associar com a Vai-Vai, não sabe o que é Bela Vista, o que é Bixiga, porque não sabe o que é Vai-Vai, uma escola que teimosamente superou todas as dificuldades. Lembro-me do Carnaval deste ano, quando o pessoal do Psiu estava querendo atrapalhar. Não dá para entender como podemos fazer cultura numa cidade que atrapalha a Vai-Vai. É uma coisa absurda. (Palmas.)

Espero que, daqui para frente, possamos ter uma certa tranquilidade para fazer o Carnaval do ano que vem, e a tranquilidade passa por essa compreensão, por essa necessidade de entendimento do que é a cultura. Samba é cultura; Vai-Vai leva essa cultura para a avenida e, sem dúvida nenhuma, esse trabalho tem que ser valorizado e respeitado. Sei que as dificuldades por que passou a escola neste ano acabaram impedindo que pontuasse no Carnaval, mas no ano que vem tenho certeza de que será diferente.

Parabéns a nossa querida bateria da Vai-Vai. Você merece, Negão, mostrar aqui efetivamente que o samba pode ter outra conotação e outro contexto. E aqui o Tobias mostrou como é o samba. O samba é alegria, é prazer, é vida, é Vai-Vai.

Parabéns, Deputado José Cândido, por esta oportunidade de trazer a Vai-Vai ao plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Onde houver um espaço, a Vai-Vai saberá fazer a representação da cultura popular. A periferia de São Paulo certamente ficará mais contente quando pudermos dar à Vai-Vai oportunidades de mostrar a cultura do Brasil. Em São Paulo, o samba é Vai-Vai. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CÂNDIDO - PT - Obrigado, Deputado.

Tem a palavra o Vereador, ex-Deputado Federal, Jamil Murad. (Palmas.)

 

O SR. JAMIL MURAD - Companheiro Deputado Estadual José Cândido, gostaria de não apenas cumprimentá-lo, mas elogiá-lo por essa atitude de festejar os 80 anos da Vai-Vai na Assembleia Legislativa; cumprimento também o Deputado Federal Vicentinho, nosso amigo, companheiro, grande representante do povo; nosso amigo, um incansável lutador, o Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá; o Kaxitu; e o nosso eterno presidente, artista, cantor, o Tobias, e em seu nome todos os sambistas, toda a comunidade, toda a família Vai-Vai; o Carlão, outros companheiros símbolos do samba em São Paulo, portanto, toda a família das escolas de samba.

Desfilei na Vai-Vai em 1981. Ao chegar no Hospital do Servidor para trabalhar, minhas colegas de trabalho ficaram felizes por verem que eu era da família delas. E fomos campões nesse ano. Aí, tornei-me um membro da grande família Vai-Vai, uma alegria muito grande, uma coisa que sai do coração. A Bianca também é da família Vai-Vai, fotógrafa, filha do nosso grande cirurgião Raul Cutait, que dirige o Hospital Sírio-Libanês, no Bixiga.

A Vai-Vai congrega os que gostam de samba, da cultura popular brasileira. A Vai-Vai congrega os que gostam de um Brasil de progresso, de alegria, um Brasil de respeito. Para mim, a Vai-Vai é a número um das escolas de samba do Brasil. Está na primeira fila junto com outras grandes escolas, mas o significado profundo da escola de samba é que ela ajuda o pai, a mãe, a viverem em comunidade. A meninada cresce ali na comunidade e todos ajudam a cuidar das crianças. Provavelmente, você cresceu ali, não é, Kaxitu? Todos os que crescem ali fazem parte daquela família. Há um significado social profundo, a alma brasileira é enriquecida com o nosso samba e a Vai-Vai simboliza muito bem isso.

Parabéns, companheiro Deputado José. Parabéns, Vai-Vai, e vamos em frente. Estou aqui de acordo com o Arnaldo. Eu não posso perder, não. Nós saímos para desfilar, e o nosso Presidente Tobias fala: “Não, nós estaremos bem situados. Podemos ganhar, mas existem outras escolas também; enfim, estaremos bem situados”. Mas a vontade nossa é ser campeão no começo de 2011. Parabéns! Um grande abraço, e viva a Vai-Vai! (Palmas)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CÂNDIDO - PT - Em nome da Ordem dos Advogados do Brasil, chamo para uma breve saudação o Dr. Marco Antonio Zito Alvarenga.

 

O SR. MARCO ANTONIO ZITO ALVARENGA - Boa noite a todos, Deputado José Cândido, meu amigo Arnaldo Faria de Sá, Deputado Jamil Murad, Vicentinho e todas as autoridades presentes; meu presidente Tobias da Vai-Vai.

Tobias, eu vou fazer, na verdade, a inversão dos fatores aqui. Para se ter bons frutos, como é hoje a Vai-Vai, você tem que ter uma árvore frondosa. E a árvore frondosa, na verdade, está representada pela Dona Olímpia, pelo Sr. Nenê, por toda essa Velha Guarda, da qual, se o meu pai fosse vivo, estaria participando, porque fui criado na Bela Vista, na Marques Leão (Palmas)

O meu pai, na verdade, colocava a mão nas alegorias, que não eram as alegorias de hoje, e que dependiam, como dependem, de uma forma muito mais efetiva, da comunidade. Por isso, falar da Vai-Vai hoje é falar do meu povo, é falar da minha casa, de onde eu fui criado.

A Ordem dos Advogados do Brasil tem uma sinergia direta com a Vai-Vai, porque existe uma ala onde os advogados participam, e fazem essa ligação com a escola. É claro que ao se falar da Vai-Vai fala-se da cultura brasileira, da cultura do povo brasileiro, da cultura do povo negro brasileiro, e fala-se das demais escolas, de todo esse arcabouço cultural que temos que manter sob as nossas mãos, no sentido de fazer um Brasil grande.

Mais uma vez parabenizo a todos e trago o meu abraço aos meus irmãos, aos meus amigos da minha casa Vai-Vai. (Palmas)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CÂNDIDO - PT - Convido agora, para uma breve saudação, o Kaxitu Ricardo Campos, Presidente da União das Escolas de Samba Paulistanas.

 

O SR. KAXITU RICARDO CAMPOS – Boa-noite, Presidente desta sessão, Deputado José Cândido; meu amigo Vicente Paula da Silva, Deputado Federal Vicentinho; Deputado Arnaldo Faria de Sá, que já esteve cerrando frentes com a Uesp, com o Carnaval de São Paulo, na prefeitura; meu amigo vereador, que já esteve em várias outras Casas parlamentares, Jamil Murad; nosso General Tobias.

Para mim, estar aqui é uma emoção muito grande. Sou filho e neto dessa escola de samba, e vou tentar falar sem pôr a minha emoção. A Vai-Vai se confunde muito com a história da minha entidade, a entidade que presido, a Uesp, e ambas têm uma história de resistência do nosso povo negro, do nosso povo pobre, porque nossas escolas foram expulsas da cidade para as periferias.

E a Vai-Vai, na rua, brigando e enfrentando a tudo e a todos, fazendo o seu samba na rua, mas com muita dignidade. É uma emoção muito grande ver que toda essa história completou 80 anos, com o mesmo povo, com essa Velha Guarda enorme, lutando muito forte, com essa bateria do nosso embaixador Mestre Tadeu, enfim, uma comunidade que briga e briga muito, fazendo a maior resistência da nossa cultura popular brasileira.

Por isso, eu tinha que estar aqui, como representante da entidade que valoriza o Carnaval na rua, o Carnaval popular. E a entidade do Carnaval que hoje dirige as escolas de samba e blocos mais antigas tinha que estar aqui junto com vocês e com nosso Deputado José Cândido, para homenagear essa nossa Escola de Samba, que faz 80 anos.

Obrigado. Parabéns, Vai-Vai, muitos 80 anos para você. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CÂNDIDO - PT - Agradeço a presença de Dalva Gomes, cidadã do samba de São Paulo; Eduardo Brasil, Presidente do Fórum Estadual de Sacerdotes de Matriz Afro-brasileira e também Presidente do Instituto do Terceiro Corpo; Rosemeire Oliveira da Silva, representando o nosso Deputado Federal Aldo Rebelo; companheira Sonia Rainho, coordenadora de Mulheres e Promoção da Igualdade Racial de Osasco; Mestre Tadeu, 37 anos dirigindo a bateria da Escola Vai-Vai; Maria Aparecida Nalesio, Presidente do Primado Organização Federativa de Umbanda e Candomblé do Brasil; Pai Francisco de Oxum, babalorixá da Escola de Samba Vai-Vai; nosso representante da OAB, Dr. Zito; Roberto, coordenador geral da Velha Guarda; Sr. Nenê, da Velha Guarda,  desfilando há 74 anos na Vai-Vai, é muita perseverança; dona Divina, da Velha Guarda; Dr. Antonio Lúcio, do Centro Cultural Africano; Renato Maluf, diretor financeiro e comercial da Escola de Samba Vai-Vai; Maria Cândida de Paula Thomaz, representante do Instituto Negro Padre Batista; Carlos Alberto Caetano, o Carlão, fundador da Escola de Samba Amigos do Peruche e Presidente da Associação da Velha Guarda e embaixador-mestre; Luis Carlos Ribeiro da Silva, vice-Presidente do Conselho da Vai-Vai e Conselheiro da OAB de São Paulo; Doné Kika de Bessen, do Centro Nacional de Resistência e Africanidade Brasileira; Benedita Oliveira, Benê, a Velha Guarda da Vai-Vai. (Palmas)

Quero ler algumas justificativas, como a do nosso Prefeito Gilberto Kassab que diz o seguinte: “Agradeço o convite, mas informo a impossibilidade de participação do Sr. Prefeito, em razão de compromisso intransferível. Os meus cumprimentos. Cordialmente, Carlos Takahashi, Chefe do Cerimonial.”

Temos também outra justificativa com o seguinte teor: “Prezado Deputado, ao agradecer o convite para comemorar os 80 Anos da Escola de Samba Vai-Vai, envio-lhe meus cumprimentos, extensivos aos organizadores e participantes, com voto de sucesso ao evento. Cordialmente, Alberto Goldman, Governador do Estado de São Paulo.”

Minhas senhoras, meus senhores, autoridades da Mesa, os senhores não imaginam a minha satisfação em estar aqui com a minha comunidade. Sou um “crioulo apagado”, não aprendi a sambar, porque não tive infância, mas adoro o samba minhas raízes. Quando vejo aqui tanto preto junto - preto sambista, preto autoridade -, tanto branco junto, simpatizantes, amantes das nossas raízes, dos nossos costumes, eu me sinto realmente um brasileiro, uma pessoa privilegiada. É muito importante, para mim, ter a oportunidade de fazer esta homenagem à Escola de Samba Vai-Vai, cuja história li inteira e pude perceber que foram 80 anos de perseverança.

Quero dizer que todas as pessoas que passaram pela escola são merecedoras desta homenagem, que não tem preço. Quero fazer um cumprimento especial ao meu amigo Tobias, presidente atual, extensivo a todos os Presidentes que passaram pela escola.

Ao homenagear o Presidente Tobias, estendo essa homenagem a toda a escola. É o mínimo que podemos fazer como deputado estadual desta Casa para um grêmio, que traz a cultura por meio dos sambas-enredo que chamam a atenção, conscientizam e protestam. Nosso povo precisa ter conhecimento dessas informações e exercitar esse saber.

Parabéns, Vai-Vai, parabéns aos componentes desta escola e das outras que embelezam nosso Estado, especialmente nossa Capital. Muito obrigado pela presença de todos.

Teremos agora a entrada dos pavilhões das escolas co-irmãs, porta-bandeiras trazendo as bandeiras das escolas de samba paulistanas.

Em primeiro lugar, teremos a Velha Guarda da Unidos do Peruche.

 

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 - É feita a apresentação da Unidos do Peruche.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CÂNDIDO - PT - Gostaria de apresentar e cumprimentar a Escola Imperatriz do Samba, da Cidade de Taboão da Serra. (Palmas.) Gostaria de apresentar também o mestre-sala Pablo e a porta-bandeira Kátia. (Palmas.) Estão acompanhados do Presidente Oderlan de Souza, que também é Secretário Municipal de Educação de Taboão da Serra. (Palmas.)

Apresento também o segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira da Vai-Vai: Pedro e Priscila. (Palmas.) O terceiro casal de mestre-sala e porta-bandeira: Cadu e Monalisa. (Palmas.) O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira: Pingo e Paula. (Palmas.) Quero saudar também a Ala das Baianas da Escola de Samba Vai-Vai. (Palmas.) Dulce, eu não sabia que você, além de assessora do SOS Racismo, também era baiana. Parabéns pela sua participação na nossa Casa. (Palmas.)

A Presidência concede a palavra ao Sr. Fernando Penteado, diretor cultural da Escola de Samba Vai-Vai.

 

O SR. FERNANDO PENTEADO - Boa-noite a todos. É com grande satisfação que viemos a esta Casa comemorar os nossos 80 anos. O que falar da nossa Escola? Todos vocês são componentes como eu, são Velha Guarda, Jovem Guarda, passistas, destaques, chefes de ala, baianas, enfim, a Vai-Vai é uma família e estamos aqui hoje. Queria agradecer a presença da minha embaixada do samba. (Palmas.)

O que passava pela cabeça daqueles brigões na década de 30? Seu Livinho, Seu Sardinha, Fredericão, Loro. Será que eles tinham ideia de que iriam construir esse império? Será que eles imaginavam que, passados 80 anos, estaríamos nesta Casa sendo homenageados pelos nobres deputados? Acredito que não. Mas de uma coisa eles tinham certeza: de que tinham plantado a raiz, o samba iniciado em 1930, na Bela Vista, na Saracura.

Em 1930, a nossa escola era um cordão carnavalesco. Dali, saíram grandes sambistas, como o Pé Rachado, Didinho Cristo, Dona Iracema, o grande mestre de bateria Pato N'água, Geraldo Filme, Dona Olímpia, Dona Odete e muitos outros, aqueles que começaram essa escola, como cordão, e hoje estamos aqui. Para falar de Vai-Vai, não quero me alongar, vou sintetizar num samba que vocês sabem e vão me acompanhar.

 

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 - É feita a interpretação musical. (Palmas.)

 

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O SR. FERNANDO PENTEADO - Isso é Vai-Vai, gente! Obrigado a todos vocês! Obrigado à Harmonia, que sempre se faz presente e sempre chega junto. Obrigado às baianas! Do coração, obrigado Vai-Vai! Obrigado, Deputado, por lembrar-se de nós! (Palmas.)

 

O Sr. Presidente - JOSÉ CÂNDIDO - PT - Esta Presidência concede a palavra à Sra. Doné Kika de Bessen, representando o Coletivo de Combate ao Racismo.

 

A SRA. Doné Kika de Bessen - Boa-noite a todas as mulheres presentes nesta homenagem aos 80 anos da Escola de Samba Vai-Vai; boa-noite a todos os companheiros, homens e jovens. Em nome do Deputado José Candido, cumprimento a Mesa e as ilustres pessoas que aqui estão.

Na escola de samba, conhecem-me como Kika. Sou militante do movimento negro, sou da Bela Vista. Minha família é oriunda da Bela Vista, da Vai-Vai. Meus filhos e netos criaram-se na Bela Vista. Faço parte desse coletivo. A entrada da Vai-Vai na avenida, neste ano, foi uma das coisas mais emocionantes. Quem é da Vai-Vai sabe. Podemos não ter levado o Carnaval, mas levamos o Carnaval em nossos corações, porque, todos os anos, a Vai-Vai está linda.

Aqui, vejo muitos da minha geração; outros, que foram de gerações anteriores à minha; e outros tantos, que vêm da geração do meu filho. Assim, sucessivamente, vemos as gerações da Vai-Vai.

Em nome do coletivo, quero dizer que a Vai-Vai merece esta homenagem nos seus 80 anos, neste plenário e nesta Casa. Esta Casa faz leis, e a Vai-Vai é uma escola em que seus componentes, desde o dia da sua criação, resistem e lutam por direitos nos seus enredos, no seu trabalho na comunidade. Todo Carnaval, a Vai-Vai sempre faz uma luta para garantir o seu espaço naquele que é o nosso quilombo, o Quilombo da Saracura.

Como já foi dito, muitos de nós estamos na periferia. Hoje, eu, minha família e vários outros da Família Vai-Vai moramos na Cohab Cidade Tiradentes, na zona leste. Desde pequenos, nossos filhos, netos e bisnetos são criados amando a Vai-Vai, amando a Saracura. A Vai-Vai merece que se faça esta homenagem a todos os seus componentes, a todas as gerações, nesta Casa que faz leis. Esta é a Casa da Família Vai-Vai, também!

Sinto-me muito honrada em saber que o companheiro Vicentinho está propondo, na Câmara Federal, que a Vai-Vai seja tombada como a primeira escola com patrimônio imaterial do Estado de São Paulo, porque merecemos. Somos quilombola, somos Saracura, somos Vai-Vai!

Parabéns Vai-Vai, em nome do coletivo, do eixo racial do mandato do Deputado José Cândido! Estou muito feliz. Tem uma coisa de que não me esqueço nunca, o hino que diz: “Quem quiser ver o samba amanhecer, vai no Bixiga pra ver, vai no Bixiga pra ver...”

Um grande abraço no coração de nós todos! (Palmas.)

 

O Sr. Presidente - JOSÉ CÂNDIDO - PT - Obrigado, Kika. Agora, vamos assistir à exibição de um vídeo institucional.

 

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 - É feita a exibição de vídeo.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CÂNDIDO - PT - Esta Presidência gostaria de agradecer as presenças: Débora Cristina, do Instituto do Negro Padre Batista; Sr. Alberto Ferreira, representando o Vereador Penna, do Partido Verde; Yá Ekedi Ogun Lade, do Cenarab.

Gostaria de lembrar a vocês que esta sessão será transmitida ao vivo pela Internet, pelo site da TV Assembleia, sábado, às 21 horas e 30 minutos.

Chamo agora para usar a palavra o Pai Francisco de Oxum - Babalorixá da Escola de Samba Vai-Vai.

 

O SR. FRANCISCO DE OXUM - Minhas irmãs, meus irmãos, meu caro amigo porque José Cândido para mim não é autoridade é meu amigo de longas batalhas, não só ele como o seu filho, prefeito, a quem peço que o senhor dê um abraço a ele.

Em nome do presidente da nossa Agremiação, quero cumprimentar a todos e a todas desta Mesa e, em nome da Velha Guarda aqui presente, quero cumprimentar todos que estão nessa plateia. (Palmas.)

Estou na Bela Vista há 30 anos e há cinco anos fui convidado pelo Tobias e toda equipe, que tomou posse na gestão, para eu ser o Babalorixá da Escola. Sempre faço questão de contar essa história. Tenho na minha casa e na Vai-Vai quatro filhas de Orixá: Silvana de Airá, que hoje não está mais entre nós, é nossa ancestral; Bernadete de Xangô; Claudete de Oxoce; Lúcia de Iansã e outras. Pasmem, vocês não imaginam quanto eu brigava com essas criaturas porque elas tinham tempo para estar na Vai-Vai, mas não tinham tempo para fazer o culto aos Orixás da minha casa e do Orixá delas. Nunca tiveram. Não sei o que foi que elas todas juntas fizeram. Mas sei que elas jogaram alguma coisa no Tobias porque ele chegou na minha casa e disse: “Olha, estou vindo aqui para te fazer um convite. Esse convite não é só meu, mas é de algumas pessoas da nova direção para você ser o Babalorixá da nossa Escola de Samba”.

Eu tive medo, sim. Claro, um bando de negão maior que eu. Eu disse: “Mas o que vou fazer dentro da escola?” Foi o que pensei, imaginei: “O que vou fazer dentro de uma Escola de Samba com o Babalorixá?” Aí, para ganhar tempo: “Eu sou filho de Oxum e Oxum não tem má política. Dentro da nossa religião, Oxum é estratégico”. Eu disse: “Olha, me manda uma carta assinada por todo mundo da direção porque não quero chegar lá e alguém dizer que estou entrando pela janela ou pela porta dos fundos. Quero entrar pela porta da frente”. E assim o Edmar fez. Uma semana depois, veio com uma carta. Para ganhar mais tempo ainda, eu disse: “Bom, daqui a três dias eu lhe dou a resposta”. Coloquei essa carta no pé de Xangô e disse: “Olha, Pai, é batalha. É uma comunidade maior do que a que já tomo conta. Não sei como vou fazer porque não vou chegar lá como uma vaquinha de presépio. Eu sou uma pessoa ousada, absoluta. Sou uma pessoa de dizer o que acha e isso muitas vezes traz discórdia. Não sei como vai ser porque não vou só acender velas e colocar flores no altar. Não vou me meter na administração. Quando chegar a hora de aconselhar, dizer: Gente, aqui e aqui”.

Pasmem, essas pessoas aceitaram. Todos, sem exceção. Até quem discorda comigo, me abraça e me beija. Até quem discorda com a minha presença dentro da agremiação, me abraça e me beija.

Oitenta anos da Vai-Vai e dentre todos e todas que estão na agremiação eu sou o mais novo porque vai fazer seis anos que fui convidado para estar dentro da Vai-Vai, da qual me orgulho de ter sido convidado. Mas vou fazer aqui o papel do advogado do diabo, dizendo que o que nasceu para ser dividido é o bolo, uma agremiação como a Vai-Vai não pode ser dividida.

É obrigação de todos, inclusive minha, buscar a cada dia, a cada hora, a cada momento dias melhores para nossa agremiação. Pode ter certeza que, se depender do meu trabalho, da minha orientação, de uma palavra minha vou dar sempre a minha opinião de acordo com o que o meu coração e a que Oxum determinar. (Palmas.) 

Sou zelador do Orixá e, antes de fazer a louvação, quero de público dizer que quero ver o tamanho do presente que a Vai-Vai vai me dar ou vai dar a minha Oxum pelo fato de ter me deixado de fora no desfile desse carnaval.

Vocês pensam que eu sou de quem? Eu sou de Opará. Minha mãe carrega a espada. Então, não acredito que ninguém saiba melhor de briga do que Oxum porque ela come com Xangô, come com Iansã, come com Ogum e come com Exu.

É hora de aniversário e na nossa cultura tem duas coisas muito importantes. Quero um minuto de silêncio para uma grande amiga nossa do samba. Peço para que vocês fiquem de pé, por favor. Vocês sabem de quem estou falando. É uma mulher que se dedicou, uma mulher que acreditou no samba. Tenho certeza que de onde ela estiver vai continuar fazendo por todos nós. Não só ela como todos os ancestrais da Vai-Vai que hoje estão aos pés do Oxalá. Obrigado.

 

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 - Presta-se uma homenagem.

 

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O SR. FRANCISCO DE OXUM - Muito obrigado a você, Tobias, e a todas as pessoas que fazem parte desta agremiação. Não esqueçam do que acabei de dizer: tudo pela Vai-Vai. O que se divide é bolo, não uma agremiação que tem 80 anos de tradição.

Que o axé de Oxum, a calmaria e a sabedoria política de Oxum dentro da mitologia dos orixás possam neste momento abrandar todos os corações e mentes e escolher o melhor. Axé. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CÂNDIDO - PT - “O cordão, hoje conhecido como Escola de Samba Vai-Vai, traduz de forma magnífica a presença do povo negro, no Morro da Saracura.

A Vai-Vai é a expressão da reafirmação da cultura negra e da nossa ancestralidade, em São Paulo, no bairro da Bela Vista, o nosso velho Bixiga, marcando o início da imprensa negra em São Paulo, onde foram impressos o jornal “O Clarim da Alvorada.”

Podemos afirmar com convicção que a Vai-Vai simboliza um “quilombo urbano”, onde os seus ensaios aglutinam pessoas de todas as cores e de todas as regiões da cidade.

As reformas urbanas acontecidas no centro de São Paulo dispersaram a população negra do Bixiga, que ali morava.

No entanto, a Vai-Vai se mantém em pé, resistindo e recriando “nosso quilombo” e o “samba em São Paulo”.

Saudamos as gloriosas famílias que criaram e mantêm a Vai-Vai!

Saudamos “seu” Ditinho Cristo (o primeiro baliza do cordão)!

Saudamos Sebastião Amaral (o Pé Rachado)!

Saudamos José Jambo Filho (o Chicle)!

Saudamos Henrique Filipe da Costa (o Henricão-Primeiro Rei Momo Negro do Carnaval Paulistano)!

Saudamos a querida Tininha!

Saudamos a família Penteado!

Saudamos Geraldo Filme!

Saudamos nosso querido cantor Agostinho dos Santos!

Saudamos Osvaldinho da Cuíca!

Saudamos Dona Olímpia!

Saudamos Emilia Feliciano Ferreira (a Dona China)!

Saudamos Mestre Pato N’Água!

Saudamos Mestre Feijoada!

Saudamos Mestre Tadeu e sua bateria que continuam agitando os ensaios,

Saudamos o Branca de Neve!

Saudamos as novas gerações que continuam resistindo e reafirmando a força da ancestralidade e da negritude da grande família chamada Vai-Vai!

Saudamos ainda todos os anônimos e anônimas que de alguma forma ajudaram e ajudam, fazendo da Vai-Vai um ícone do samba paulistano!!

Salve o Bixiga!  Salve o Morro da Saracura!

Salve a resistência da cultura negra!

Salve a nossa Vai-Vai!

Axé pra todos nos! Axé!”

Quero agora chamar Dona Benedita de Oliveira, Dona Benê, da Velha Guarda da Vai-Vai. Ela receberá das minhas mãos a placa comemorativa para entregá-la ao nosso Presidente.

 

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 - É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CÂNDIDO - PT - A Dona Dita também recebe uma homenagem com este ramalhete de flores.

 

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 - É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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A SRA. DITA - Muito obrigada pela homenagem. Eu acho que mereço. Tenho 65 anos de Vai-Vai. Eu mereço. Obrigada. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CÂNDIDO - PT - Chamo também para receber uma homenagem o Mestre Tadeu.

 

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 - É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. TADEU - Boa-noite senhoras e senhores, deputados federais, deputado estadual, estou muito agradecido por ter recebido esta homenagem. Há 36 anos estou dirigindo esta bateria e graças a Deus ela sempre deu alegria para a escola. A escola ganhou quatro Carnavais em cima da bateria na hora do desempate. Portanto, tenho muito orgulho dessa bateria e dessa rapazeada que está comigo. Esta é a terceira geração que está tocando comigo. Dos 13 títulos que a Vai-Vai ganhou, eu fiz parte de todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CÂNDIDO - PT - Lembramos que esta sessão será transmitida pela TV Assembleia no sábado, às 21 horas e 30 minutos.

Tem a palavra o Sr. Edmar Tobias da Silva, presidente do Grêmio Recreativo Cultural Social  Escola de Samba Vai-Vai.

 

O SR. EDMAR TOBIAS DA SILVA - Quero me dirigir a vocês, abrindo minha fala, lembrando de uma coisa que meu pai me ensinou: que a gente deve sempre ser grato, não só pelos elogios, mas também pelas críticas; a gente deve ser grato, sempre, a todas às pessoas que no momento certo nos dão a mão, nos dão uma palavra de consolo ou até mesmo de crítica.

A primeira alegria que tivemos aqui foi em 1998, com o saudoso Deputado Paulo Kobayashi, quando lançamos o enredo vitorioso “Banzai! Vai-Vai”. Passamos por momentos muito tristes, momentos alegres, sempre juntos, desde o tempo do nosso cirquinho, do qual todos riam. Hoje, o Vai-Vai está recuperando todo seu prestígio, todo seu respeito junto à sociedade, à mídia e às autoridades. Acho que quanto a isso não há dúvidas. Nesses últimos anos, crescemos bastante, conquistamos tudo isso juntos. Não foi fácil. Quero deixar isso claro e agradecer às pessoas que até anoninamente ajudaram muito, não ao Tobias, porque nunca falei em meu nome, sempre falo em nome da minha comunidade. Como ontem, estive com o Prefeito Gilberto Kassab, para fazer aquele famoso pedido, aquele sonho que temos: “Pelo amor de Deus, Prefeito, precisamos do nosso puxadinho”. Quero agradecer ao Deputado José Cândido, que hoje preside a solenidade. Quero agradecer ao Deputado Vicentinho. Por telefone, fiz essa solicitação a ele de reconhecimento da Escola de Samba Vai-Vai como patrimônio imaterial. Por telefone! Como grande amigo, ele veio com essa surpresa - já tinha me avisado - então está bem encaminhado em Brasília; falta pouco para realizarmos esse sonho. Também agradeço ao Vereador Jamil Murad, sempre abrindo as portas de seu gabinete; ao Deputado Arnaldo Faria de Sá, que esteve presente e precisou se ausentar; a outros que estão ausentes; ao Deputado Campos Machado, que nos auxilia bastante; ao Vereador Celso Jatene. Muitas pessoas merecem nosso agradecimento. O importante é a gente estar no lugar certo, na hora certa, e com as pessoas certas.

Para finalizar, quero pedir perdão a vocês se alguma coisa fiquei devendo nesses anos em que estou presidente. E agradecer a oportunidade de estar aqui, neste momento, falando por vocês. Quero agradecer a Deus por esse momento que jamais vai sair da nossa lembrança. Mais um momento feliz vai acabar em samba e com muita alegria, graças a Deus. (Palmas.) Gente, o Vai-Vai é isso. O Vai-Vai é eternamente campeão! (Palmas.)

 

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 - É feita uma apresentação musical. (Palmas.)

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CÂNDIDO - PT - Uma salva de palmas para a Vai-Vai. (Palmas.)

Esgotado o objeto da presente sessão, a Presidência agradece às autoridades que participaram da Mesa: Deputado federal Arnaldo Faria de Sá, Deputado federal Vicentinho; Edmar Tobias da Silva; Kaxitu Ricardo Campos, presidente da Uesp - União das Escolas de Samba Paulistanas; Vereador Jamil Murad, e demais autoridades. Quero também agradecer e dizer “muito obrigado” à minha assessoria que ajudou a organizar este evento, aos funcionários do Serviço de Som, aos funcionários da  Taquigrafia e da Ata; quero dizer “muito obrigado” à imprensa da Casa, à TV Assembleia, às assessorias, aos policiais civis e militares, bem como a todos que com suas presenças colaboraram para o êxito desta solenidade.

Está encerrada a sessão, em nome de Deus e da Pátria. Muito obrigado. (Palmas.)

 

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 - Encerra-se a sessão às 22 horas e 29 minutos.

 

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