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01 DE ABRIL DE 2011

013ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: BARROS MUNHOZ e JOOJI HATO

 

Secretário: JOOJI HATO

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - Presidente BARROS MUNHOZ

Abre a sessão.

 

002 - CARLOS GIANNAZI

Apela ao Tribunal de Justiça de São Paulo para que reveja acórdão que exclui as férias no mês de janeiro nas escolas e creches municipais. Acredita que a decisão deverá prejudicar professores e alunos. Informa que entrou em contato com a Comissão de Educação desta Casa e deseja que esta envie moção ao Tribunal de Justiça. Discursa acerca dos prejuízos da ausência de férias de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.

 

003 - JOOJI HATO

Solicita apoio dos vereadores e prefeitos do Estado de São Paulo em relação à lei municipal, de sua autoria, que regulamenta o funcionamento de bares. Informa que houve diminuição da violência depois da aprovação desta no Município de São Paulo. Diferencia a natureza dos delitos ocorridos em diferentes regiões da cidade. Discursa a respeito da violência pública. Informa que há resistência na aprovação desta lei em demais municípios do Estado.

 

004 - ANALICE FERNANDES

Congratula-se com o Governador Geraldo Alckmin pela criação da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, dirigida pelo Deputado Federal Edson Aparecido. Destaca a importância da integração dos municípios da macrorregião paulista. Relata problemas da região e acredita que estes deverão ser resolvidos com maior celeridade, a partir do estabelecimento da nova Secretaria. Parabeniza o Governo Estadual pela inauguração das estações de metrô Butantã, Faria Lima e Paulista, pela maior rapidez no trajeto do trabalhador. Informa acerca de novas inaugurações.

 

005 - OLÍMPIO GOMES

Comenta matéria da "Folha de S. Paulo" que trata da substituição do revólver calibre 38 na Polícia Militar de São Paulo. Apresenta fotos que demonstram que a alteração do armamento ainda não ocorreu por completo. Solicita que a Secretaria de Segurança Pública desminta tal informação ou se retrate com a opinião pública pela ocorrência de equívoco.

 

006 - DONISETE BRAGA

Informa acerca dos problemas da Região Metropolitana de São Paulo. Destaca a realização de investimentos do Governo Federal na Polícia Federal em contraste com a falta de verba destinada às Polícias Civil e Militar de São Paulo. Comemora os altos índices de aprovação do Governo Dilma. Apresenta vídeo com discurso do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, sobre o uso do crack no País. Convida os presentes para seminário no Auditório Paulo Kobayashi, dia 04/04, sobre o tema.

 

007 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

008 - Presidente JOOJI HATO

Manifesta apoio ao discurso do Deputado Donisete Braga e confirma sua presença no evento.

 

009 - FERNANDO CAPEZ

Comenta reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" acerca de operação secreta da CIA na Líbia. Cita pesquisa com crianças do ensino fundamental sobre o contato com usuários de drogas. Informa que há previsão legal de internação involuntária de usuários de drogas, com anuência da família e do Ministério Público. Acrescenta que não há clínicas em todo o Estado para realizar tal medida. Menciona Lei nº 13.343/06, que prevê a orientação dos professores da rede pública a respeito do uso de drogas aos alunos. Informa sobre projeto de lei, de sua autoria, que defende aula semanal nas escolas públicas estaduais acerca dos riscos das drogas.

 

010 - DONISETE BRAGA

Convida os Deputados Fernando Capez e Olímpio Gomes para participar do seminário a respeito das drogas, nesta Casa, no dia 04/04. Informa que o evento é suprapartidário. Menciona a questão das drogas no âmbito da Saúde Pública. Homenageia as mulheres parlamentares desta Casa. Informa a elaboração da cartilha "Mulher Cidadã", de sua autoria, com o Deputado Federal Carlinhos Almeida, que deverá orientar as mulheres em relação aos seus direitos.

 

011 - OLÍMPIO GOMES

Critica o funcionamento das Comissões desta Casa. Combate o projeto de lei que ampliou o número de funcionários em gabinetes dos Deputados Estaduais. Informa que esteve na Praça João Mendes, em concentração de servidores públicos estaduais, em defesa da dignidade salarial. Condena o atraso na correção do salário dos servidores, que deveria ter ocorrido em 01/03. Relata que a receita do Estado, desde o início do ano, foi superavitária, de forma que não há justificativa para tal morosidade.

 

GRANDE EXPEDIENTE

012 - FERNANDO CAPEZ

Informa que dia 02/04 comemorar-se-á o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Comenta matéria do jornal "O Estado de S. Paulo" que divulga o encarceramento de criança autista por mais de 10 anos, nos EUA. Relata que a Defensoria Pública do Estado de São Paulo deverá distribuir cartilhas destinadas a informar a população sobre o tema. Lê e comenta o documento. Caracteriza os sintomas da doença. Solicita aos demais Deputados apoio para o estabelecimento da Frente Parlamentar de Apoio e Conscientização do Autismo. Lê poema em homenagem ao assunto.

 

013 - DONISETE BRAGA

Pelo art. 82, elogia o Deputado Fernando Capez pelo discurso sobre o autismo. Cita artigo escrito pela desembargadora federal, Cecília Mello. Lê e comenta matéria publicada no jornal "O Estado de S. Paulo", sobre a falta de bombeiros em 11 grandes cidades da Região Metropolitana de São Paulo. Alerta o Governo no sentido de buscar soluções para o caso. Sugere temas para serem debatidos na Casa, entre eles, a Segurança Pública.

 

014 - DONISETE BRAGA

Solicita o levantamento da sessão, com assentimento das lideranças.

 

015 - Presidente JOOJI HATO

Reitera a importância do trabalho dos bombeiros. Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 04/04, à hora regimental, sem ordem do dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. Barros Munhoz.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Jooji Hato para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - JOOJI HATO - PMDB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado André Soares. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Caramez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Orlando José Bolçone. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlão Pignatari. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Regina Gonçalves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Bezerra Júnior. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ed Thomas. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Gerson Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Moura. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Isac Reis. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luis Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marco Aurélio de Souza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi, pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público que aqui presente, telespectador da TV Assembleia, venho à tribuna para fazer um apelo ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para que reveja uma recente decisão tomada por esse órgão, representada por um acórdão, que certamente vai prejudicar milhares e milhares de crianças, na faixa etária de zero a cinco anos, matriculadas na rede municipal de São Paulo, e também vai prejudicar as professoras da área de educação infantil, tanto dos CEIs - Centros de Educação Infantil, quanto das Emeis - Escolas Municipais de Educação Infantil.

As crianças serão prejudicadas porque estarão privadas do contato com as suas famílias, porque esse acórdão proíbe que haja férias em janeiro, ou seja, a criança vai ficar praticamente o ano inteiro dentro da escola. Isso causa esgotamento na criança. A criança precisa ter contato com a família. Isso é muito importante. Inclusive é uma determinação da Constituição Federal, do ECA - Estatuto da Criança do Adolescente, da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que colocam claramente a função complementar da educação infantil. Ela complementa a ação da família no campo da educação. Esse acórdão inverte totalmente essa lógica porque deixa a criança sem férias. Com isso há uma violação a um direito trabalhista do professor, que não terá férias na educação infantil, se mantido esse acórdão.

Por isso deixo nosso apelo ao Tribunal de Justiça para que haja uma revisão desse acórdão. Como um profissional da Educação não tem direito a férias na rede municipal de ensino? A maior rede de ensino da educação infantil da América Latina não vai conceder férias às professoras dos CEIs e das Emeis. Não entendemos como essa decisão foi tomada.

Então, fica nosso apelo, Sr. Presidente. Vamos levar o caso à Comissão de Educação da Assembleia Legislativa. Já protocolamos um pedido para que a Assembleia discuta essa questão e envie uma moção para o Tribunal de Justiça para que haja a revisão dessa decisão. Os professores, as professoras têm direito às férias, ao recesso escolar para recompor suas energias. Isso é fundamental para qualquer trabalhador, e também as crianças têm que ter um espaço com as famílias. É muito importante esse afastamento de pelo menos de um mês da escola.

Então não entendemos por que o Tribunal de Justiça publicou esse acórdão. Fica aqui o nosso apelo ao Tribunal de Justiça, especialmente à Seção de Direito Privado da Câmara Especial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, para que haja a revisão dessa decisão, que proíbe praticamente as férias das professoras das escolas de Educação Infantil da Rede Municipal de São Paulo. E prejudica também, como já disse, imensamente todas as crianças matriculadas na Rede Municipal de Ensino.

Tenho certeza de que a Comissão de Educação será sensível a essa discussão, até porque o Tribunal de Justiça abriu um precedente, uma jurisprudência que pode prejudicar todas as redes municipais de ensino do nosso Estado, dos nossos 645 municípios. Esperamos que a Prefeitura de São Paulo também entre com recurso contra essa medida, tome as providências jurídicas para garantir o respeito aos preceitos básicos da Constituição Federal, no capítulo da Educação, do ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, e sobretudo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Lei 9.394 de 1996. Essa lei coloca claramente que a Educação Infantil tem uma função complementar à ação da família. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, quero falar sobre uma lei de minha autoria, aqui em São Paulo, que controla bebidas alcoólicas, uma lei que está salvando muitas vidas, a chamada Lei Seca, ou do Fechamento dos Bares. Foi seguida por várias cidades deste País, mas quando a aprovamos, em São Paulo, tivemos muita dificuldade. Sofri por parte de um segmento da mídia, não diria uma perseguição, mas um debate muito forte, uma posição muito contrária. E com o tempo foi se alastrando, impondo-se essa lei, hoje aplicada em várias cidades do País, diminuindo a violência e trazendo a ordem pública.

Costumo dizer sempre, Sr. Presidente, que uma cidade com ordem pública traz investimento e gera emprego. Ninguém quer ir para uma cidade que tenha desordem pública. Ninguém quer ir, por exemplo, para o Rio de Janeiro, onde pode ser assassinado na Linha Amarela, ou no Corcovado, ou no Pão de Açúcar, ou na Linha Vermelha, em qualquer lugar daquela cidade.

E São Paulo caminhava para isso também, mas conseguimos aprovar essa lei. Aqui no Tatuapé houve uma diminuição muito grande na Praça Sílvio Romero. Tivemos uma diminuição no Itaim também. São delitos diferentes. Se verificarmos os delitos dos botecos e bares na periferia, é diferente da Vila Madalena ou de Moema. Aqui os delitos são os assaltos aos carros, são as pessoas que dirigem após ingerir bebida alcoólica na madrugada, e acabam atropelando, ou são atropelados, sofrem acidentes de carro e vão todos parar no pronto-socorro.

Minha cara Deputada Analice Fernandes, fui colega de seu esposo, que foi prefeito de Taboão; nós nos formamos juntos na Santa Casa, e essa lei nasceu nesse pronto-socorro. Eu recebia de madrugada pessoas acidentadas, esfaqueadas, baleadas, e elas provinham dos bares e por isso elaborei essa lei, para fechar os botecos mais cedo, para controlar essa bebida alcoólica, que é uma droga oficializada, mas que causa um grande estrago, muito mais que o cigarro.

O cigarro prejudica a si próprio, mas a bebida alcoólica mata as pessoas, provoca cirrose hepática, pancreatite, hepatite e outras doenças mais, até câncer. A bebida prejudica o outro, por atropelamento; o indivíduo chega em casa e espanca a esposa, maltrata a família, dá mau exemplo.

Diadema é uma cidade que seguiu essa lei, diminuindo em mais de 80% a violência. É uma lei muito simples, e por isso quero desta tribuna, do maior Poder Legislativo do Brasil, fazer esse apelo a todas as cidades, aos vereadores, aos prefeitos, para que instalem em sua cidade essa lei. Cada cidade tem os seus problemas. São Paulo tem o problema dos botecos, sim, que avançam pela madrugada, lotando os pronto-socorros, necrotérios, os IMLs, e dando um presente para as mães, que esperam que o filho volte, e ele não volta, e isso acontece às vezes nas vésperas do Natal e Ano Novo.

Em outras cidades do interior o problema é semelhante. As pessoas chegam em casa pela madrugada, espancam as esposas e os filhos, dando mau exemplo.

Estou muito feliz em vir a esta Casa. Tenho certeza de que conseguirei talvez aprovar em outras cidades. Estive em Campinas, por exemplo, numa audiência pública, e cheguei a ser vaiado porque fui ajudar um vereador do meu partido a instalar a lei. Ele conseguiu aprovar, só que o prefeito vetou.

Agradeço mais uma vez pela oportunidade de divulgar essa lei, uma lei que salva vidas e vai trazer uma economia muito grande em termos orçamentários, para a Saúde principalmente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Alencar Santana Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Telma de Souza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Bigardi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Afonso Lobato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Paulo Rillo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Grana. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edinho Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Cezar da Silva. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Célia Leão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celino Cardoso. (Pausa.)

Srs. Deputados, Srs. Deputados, esgotada a lista de oradores inscritos ao Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar. Tem a palavra a nobre Deputada Analice Fernandes.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, quero parabenizar o Deputado Jooji Hato, pela lei que luta pela vida na Cidade de São Paulo. É brilhante sua colocação para que ela possa ser estendida para todo o Estado de São Paulo, de uma forma mais eficiente.

Assomo à tribuna com uma grande alegria e satisfação, em poder compartilhar com os Deputados desta Casa a ação que aconteceu nesta semana no Palácio dos Bandeirantes, que foi a criação da Câmara de Desenvolvimento Metropolitano. Fiquei imensamente feliz com a criação do Conselho da Emplasa.

Quero parabenizar o Governador Geraldo Alckmin pela iniciativa de criar na sua gestão a Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano e convidar para gerenciar essa pasta o Deputado Federal Edson Aparecido.

Tenho absoluta certeza de que essa pasta será de grande valia para a Região Metropolitana de São Paulo. Eu, que moro na Cidade de Taboão da Serra, sei o quanto é importante haver uma integração de todos os municípios e uma ação direta do Governo do Estado com os municípios dessa macrorregião paulista, que possui milhões de habitantes. Ela merece, realmente, um olhar todo especial por parte do nosso Governo.

Sabemos que os inúmeros problemas devem ter soluções conjuntas. É isso que o Governo do Estado vem buscando. Atualmente, na nossa região existem problemas graves com relação ao uso do solo, à saúde, ao transporte de massa, ao destino dos resíduos sólidos, à coleta do lixo, ao tratamento e à coleta do esgoto, à educação ambiental e à preservação das bacias, à geração de emprego e renda. Esses problemas todos devem ser resolvidos de maneira coletiva e essa Secretaria fará a grande integração entre as Secretarias do Governo do Estado e os municípios da Região Metropolitana de São Paulo.

Fico imensamente feliz. Enche-me de esperança saber que todos esses problemas podem ser equacionados num prazo mais curto de tempo e, enfim, todos os orçamentos serem efetivamente resolvidos de uma forma melhor, menos pulverizada.

Para isso, quero dividir com os meus companheiros a criação da estação de metrô Butantã, pertencente à região sudoeste de São Paulo. É bastante importante termos um transporte de massa com qualidade. As cidades de Taboão, Embu das Artes, Itapecerica, São Lourenço e Juquitiba vêm sofrendo demasiadamente com a falta de transporte eficiente e eficaz. Com a estação Butantã e a inauguração das estações Faria Lima e Paulista, o trajeto desse trabalhador da região metropolitana à Cidade de São Paulo se dará num tempo muito mais curto.

Nessa primeira fase, está prevista a construção das estações Butantã, Faria Lima e Paulista. No segundo semestre, estações Pinheiros, República e Luz. São cinco quilômetros de metrô. Na segunda etapa, serão construídas as estações Fradique, Oscar Freire, Higienópolis, Morumbi e Vila Sônia.

Moro ao lado da estação Vila Sônia, local onde os trens fazem as trocas. Lá, haverá em breve uma estação de metrô, fazendo com que a população de Taboão seja mais bem assistida.

Parabéns ao Governo do Estado de São Paulo pela iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano; parabéns também à Secretaria dos Transportes Metropolitanos pela inauguração da estação Butantã. Muito obrigada.

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, público presente nas galerias do plenário, funcionários, recebi finalmente todas as informações que solicitei à Direção da Casa e os requerimentos de informações a respeito dos contratos de transmissão e operação da TV Assembleia, e a relação de Deputados e pensionistas aposentados da Assembleia Legislativa.

Quero dizer da minha satisfação que finalmente a Assembleia Legislativa passará a dar prioridade e a discutir e a votar projetos de Deputados, que passaremos a discutir e se possível derrubar vetos de projetos de Deputados que estão no exercício do mandato.

Quero ainda dizer que o Deputado Olímpio Gomes deverá se tornar Líder do PDT nesta Casa, e quero dizer que infelizmente tudo isso que estou falando porque é 01 de abril, Sras. Deputadas e Srs. Deputados.

Hoje é o dia consagrando como o dia da mentira. Quero inclusive no dia 01 de abril, lamentar mais uma vez a matéria de ontem do jornal “Folha de S.Paulo”, não sei se lamento o conteúdo ou a reportagem dizendo que a polícia paulista aposentou o revólver 38, armas obsoletas. E a informação da matéria diz que desde janeiro nenhum policial militar mais do Estado de São Paulo porta obsoletos e anêmicos revólveres calibre 38.

Ontem, não precisei andar muito, mostrei aqui as fotos que esqueceram dos policiais da Assistência Militar da Assembleia. Mas não foram dos policiais da Assistência Militar da Assembleia Legislativa, não. Eu gostaria que a técnica mostrasse as fotos, porque hoje estive na região do Parque Dom Pedro, na região da 25 de Março, e esses foram os policiais que eu fui me deparando. Pode ir mostrando. Pode parecer uma pistola, mas não é.

Isso são policiais de serviço hoje no Parque Dom Pedro, hoje na 25 de Março, policiais militares trabalhando sim com obsoletos revólveres 38. Como instrutor e escritor de livro de armas, defendo e bato palmas para o esforço governamental desde 99 de substituir obsoletos revólveres por pistola semiautomáticas que proporcionam maior volume de fogo. Esse calibre 40 foi um calibre concebido para o serviço policial, porque algumas forças policiais usavam pistolas 9 milímetros, 9 por 19, que são armas mais transfixantes, mas com baixo poder de parada, o chamado índice de stopping power, o poder de tirar um oponente de combate. Não é de matar, de eliminar, mas tirar de combate com um único disparo.

E louvo a atitude do Governo de tentar substituir colocando armas mais modernas e dando melhores condições ao policial. Mas isso não dá o direito ao Governo de num seminário nacional Segurança Pública, que foi realizada na FAAP, o Governador, o Secretário de Segurança Pública e o Comandante da Polícia Militar passarem essa informação para a população.

Ontem, após a minha fala, recebi inúmeros e-mails e telefonemas de policiais militares do interior dizendo “escuta, eu pertenço ao Estado de São Paulo, estou trabalhando com um revolvinho, e ainda no arma e desarma. Não é a arma que eu tenho de carga pessoal, não.”

Então, fica aqui o meu lamento. Espero que o Governo, a Secretaria, o Comando da Polícia Militar ou desmintam as informações do repórter Rogério Pagnan e digam que não disseram isso do seminário e que se retratem para a opinião pública, dizendo: “Olha, equivocamos. Desde janeiro, os revólveres não estão aposentados na Polícia Militar. Não temos uma pistola ainda de carga para cada policial militar”.

Tristemente, quero dizer também que passei na frente do QG da Polícia Militar, do Quartel do Comando de Policiamento da Capital e vi sentinelas, soldados temporários hoje, pela manhã, trabalhando desarmados.

Isso é impor à pessoa o que se chama no Direito de “capcio de minucio” - diminuição da capacidade. É colocar lá como um alvo. Se tiver uma ação agressiva, vai morrer porque não tem capacidade de resposta.

Faço aqui este alerta pedindo que a minha fala fosse encaminhada ao gabinete do Governador, do Secretário da Segurança Pública e do Comandante Geral da Polícia Militar.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga.

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT - Sr. Presidente, Deputado Barros Munhoz, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, leitores do Diário Oficial, funcionários da Casa, quero saudar aqui a minha colega, Deputada Analice Fernandes, que acompanhei o seu discurso e sei da sua luta com relação ao fortalecimento da nossa Região Metropolitana, mas especialmente da região de Osasco, Itapecerica, Taboão da Serra, que ela milita. Associo-me à sua luta árdua para que possamos defender a questão dos nossos municípios.

Também, o Deputado Major Olímpio é para nós uma referência importante nos debates relacionados à Segurança Pública no nosso País. Então, associo-me, também, à sua manifestação.

Já são 80 dias de governo da nossa Presidente Dilma e ela tem 76% da aprovação da população. Quero destacar o trabalho importante que foi o resgate, os investimentos do Governo Federal na questão da Polícia Federal Rodoviária.

Hoje, muitos delegados de polícia de São Paulo estão prestando concurso fora de São Paulo porque não só outros estados pagam mais, mas porque também o Governo Federal terminou motivando muito a segurança a nível nacional.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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Ontem, tivemos uma audiência com o Ministro da Saúde Alexandre Padilha e gostaria de apresentar aqui, no painel, a sua fala sobre um tema importante e que vamos debater na próxima terça-feira:

 

* * *

 

- É feita a apresentação.

 

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Esta manifestação do nosso Ministro da Saúde Alexandre Padilha diz bem da nossa preocupação, que é a preocupação de milhares de pais do nosso País, com relação a esta questão tão emblemática que são as drogas e este Parlamento tem a missão de enfrentar este debate e não ficar apenas nos nossos discursos. Eu dizia isto ontem na minha intervenção. O nobre Deputado Fernando Capez, promotor de grande notoriedade no Estado e no País, sabe da gravidade desta questão.

Este seminário contará com a presença de representantes do Ministério da Justiça, do Ministério da Educação, da Secretaria de Estado da Saúde, da Confederação Nacional dos Municípios e também da Secretaria Municipal da Saúde. Também estaremos recebendo representantes da Universidade Federal de São Paulo, do Ministério Público de São Paulo e do conselho estadual sobre drogas.

Não tenho dúvidas de que ao final desse nosso encontro na próxima terça-feira no Plenário Paulo Kobayashi, das 8:30 às 17 horas, estaremos apontando iniciativas da Assembleia Legislativa para combatermos esse mal que tanto aflige pais e mães nos dias de hoje. Reitero este convite para o seminário a todos os servidores da Assembleia Legislativa, bem como aos deputados e deputadas desta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência parabeniza o nobre Deputado Donisete Braga, pela abordagem do tema. Estaremos juntos nessa luta que é de todos nós. As drogas invadem as escolas, as faculdades atingindo em cheio a nossa juventude, destruindo os nossos adolescentes. Conte conosco.

Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rogério Nogueira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez.

 

O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, ouvi atentamente a fala do nobre Deputado Donisete Braga sobre o problema das drogas e pela oportunidade quero também fazer uma manifestação, mas antes quero chamar a atenção para a manchete do jornal "O Estado de S.Paulo" de ontem, que não entendi: “Obama assina uma ordem secreta e a CIA já ajuda insurgentes na Líbia.” Essa ordem secreta de certo deve ter sido muito bem guardada. Isso me lembra a época em que policiamento também andava escrito na camisa “Polícia Secreta”. Interessante isso. A matéria diz ainda que a CIA iniciou uma operação clandestina na Líbia. Acho que ninguém está sabendo.

Mas quero falar agora da manifestação do nobre Deputado Donisete Braga, a quem quero parabenizar.

Conversamos com uma pesquisadora que fez um levantamento em 600 escolas, de 37 diferentes municípios, onde foram entrevistadas crianças a partir de 10 anos, do ensino fundamental, e 90% delas disseram que conhecem um colega de turma que fuma maconha ou ingere regularmente bebida alcoólica. A bebida alcoólica corresponde a 80% dos casos de dependência química, mas é a porta de entrada para drogas mais perigosas como é o caso, primeiro da maconha; depois temos a cocaína, que é aspirada ou injetada; e a pedra bruta da coca, produzida a partir da pasta de coca, que pode ser fumada, que é crack.

Temos carências no país, em nível municipal, estadual e federal, no que tange às clínicas de internação. A Lei 10.216, de abril de 2001, determina a possibilidade da internação involuntária do dependente químico, mediante solicitação da família, ouvido o Ministério Público Estadual, e mediante um laudo médico. Internação involuntária porque a pessoa já não tem mais condições de autodeterminar a sua vontade. Infelizmente, não existem clínicas para isso.

Um dos motivos da audiência pública é a proliferação das cracolândias. A família não tem mais como lidar. A polícia não pode fazer nada porque não é um problema criminal, não é um problema que requeira investigação e processo criminal. E faltam clínicas para dar atendimento.

Além disso, a Lei 13.343, de 2006, que é a Lei Nacional Antidrogas, prevê no seu Art. 19 o treinamento de docentes para, na rede pública, dar cursos de prevenção e informação sobre o uso nocivo das drogas.

E apresentamos um projeto de lei, que se encontra pronto para entrar na Ordem do Dia, que inclui na grade curricular da rede pública estadual, pelo menos uma vez por semana, uma aula sobre os efeitos nocivos das drogas.

É necessário que haja essa união, que essa luta não tenha bandeira nem partido, mas que seja de todos os brasileiros, em defesa do jovem, sobretudo do jovem que é levado ao vício precocemente.

Quando se fala que a guerra contra as drogas tem de ser vencida, devemos lembrar que o primeiro campo de batalha em que esse conflito deve ser travado é a mente do jovem. A preparação dos docentes, os programas nas escolas, de auxílio e integração às famílias para a prevenção, e o tratamento quando se torna um caso de saúde pública dos dependentes. Para isso vamos lutar. Estamos vendo um meio de fazer isso para a implantação de clínicas em todo o estado para tratamento de dependentes químicos.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga, pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT - Sr. Presidente, quero mais uma vez cumprimentar os parlamentares e agradecer a manifestação do Deputado Fernando Capez, a quem respeito muito, não só pelo se conhecimento jurídico como promotor, mas como meu amigo. Gostaria muito de contar com a presença de V.Exa. e do major Olímpio nesse evento da próxima 3ª feira. Não tenho dúvida alguma da importante e nobre contribuição de V. Excelências. Por mais que a iniciativa seja do Deputado Enio Tatto e minha, esse evento é suprapartidário. Vamos garantir o direito de manifestação a todos os parlamentares que lá comparecerem. Acredito que a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo vai dar um passo fundamental e importante para que possamos amenizar essa dor no coração de pais e mães com relação às drogas.

E quero também saudar meus colegas Deputados Federais, Ságuas Moraes de Souza, de Mato Grosso, e Artur José Vieira Bruno, do Ceará, que apresentaram esta semana, na Câmara dos Deputados, um projeto para a criação da sub-Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas. É uma iniciativa importante, associada à manifestação do nosso Ministro da Saúde, não só porque conhece o tema, mas também porque contribui com o intuito da nossa Presidente Dilma Rousseff de combater as drogas no nosso País. O nosso Parlamento, sem dúvida alguma, dará essa grande contribuição, porque a questão das drogas, como bem falou aqui o Deputado Fernando Capez, é de Saúde Pública. E entendemos que esse é um mecanismo crucial para que possamos fazer da melhor forma possível.

Quero também, Sr. Presidente, fazer uma homenagem às mulheres do nosso País, especialmente às do nosso Estado. Juntamente com o nosso ex-Deputado Estadual, ex-1º Secretário e hoje Deputado Federal, Carlinhos Almeida, elaboramos uma cartilha, a “Cartilha Mulher Cidadã”. Ela é alusiva à Lei Maria da Penha, que tem como objetivo trazer informações sobre a violência, informar sobre a própria Lei Maria da Penha, trazer as principais Delegacias da Mulher no nosso Estado, principais motivos de agressão e também a questão da assistência às mulheres que sofrem violência.

Entendemos que a nossa iniciativa, no Parlamento, além de fiscalizar o Poder Executivo, de propor leis, é informar o cidadão. Temos leis muito bem discutidas, aprovadas no nosso País, mas que muitas vezes não são cumpridas. E entendemos que a mulher, hoje, não só participa da vida política, na figura da nossa Presidente Dilma, mas passou a fazer parte de todos os setores organizados da nossa sociedade. É verdade que na representação do Parlamento precisamos avançar. Felizmente elegemos, depois de muitos anos, a primeira Senadora da República, nossa ex-Prefeita Marta Suplicy, que representa o Estado de São Paulo no Senado Federal. Mas temos que avançar ainda mais.

Temos ainda muitos preconceitos. Não podemos aceitar esse sujeito - não quero nem mencionar seu nome - que conseguiu se eleger deputado federal trabalhando a questão do preconceito, da discriminação. Não há mais espaço para isso na política brasileira. Temos que combater pessoas que renegam as mulheres, têm preconceito racial e também em relação às minorias, para que possamos consolidar a democracia brasileira.

É por isso que elaboramos esta cartilha, que tem como objetivo informar a população do nosso Estado de São Paulo. Qualquer pessoa pode acessar o nosso site aqui na Assembleia Legislativa, o site do Deputado Carlinhos Almeida, para adquirir essa cartilha e informar-se sobre seus direitos. As mulheres precisam ainda avançar muito mais, não só na política partidária eleitoral de representação, mas na política geral como um todo. Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, graças a Deus acabou também a figura do relator especial aqui nos projetos da Assembleia Legislativa, Deputado Fernando Capez. É com muita alegria que anuncio isso, mas com muita tristeza por ser mais uma pegadinha do 1º de abril.

Todos nós sonhamos acabar com essa figura funesta, uma forma de desprestigiar as comissões temáticas desta Casa, a começar da Comissão de Constituição e Justiça. Vossa Excelência presidiu, pelos seus méritos e competência, todo esse primeiro mandato, e é sabedor exatamente de que temos que ter um canal único de acesso pelas comissões temáticas esta Casa, e não esses subterfúgios para simplesmente analisar, a princípio, projetos de Governo.

Esse projeto, por exemplo, que ampliou os cargos da Casa, tem relator especial que está na luta para derrubar a figura do relator especial, mas isso faz parte da democracia.

Acabei de chegar da Praça João Mendes, onde tivemos uma grande concentração de servidores públicos do Estado de São Paulo que, neste momento, estão se deslocando em passeata para a Praça da República, onde uma outra concentração de profissionais da Educação também já se encontra, para um grande ato, o primeiro ato deste ano em defesa da dignidade salarial e de direitos aos servidores públicos do Estado de São Paulo.

São associações, sindicatos representativos de servidores de todas as categorias do Estado de São Paulo, de forma mais massificada até, os servidores do Judiciário, da Educação, da Saúde, da Segurança Pública e representantes dos aposentados. Estão lá dezenas e dezenas de senhoras e senhores da Apampesp, representando os aposentados da Educação do Estado de São Paulo.

Eles não estão se concentrando para marcar posicionamento político-partidário, nada disso. Aliás, não cabe, neste ano em que não temos eleição para nada, esse tipo de argumentação do Governo. Mas essa mobilização se deve exatamente porque chegamos no dia 1º de abril, passados trinta e um dias do 1º de março, e o Governo de São Paulo não encaminhou para esta Casa nenhum projeto para revisão e atualização dos salários dos servidores da ativa, inativos e pensionistas do Estado de São Paulo.

Um mês de omissão. A lei que estabeleceu a data-base em 2005 foi votada nesta Casa, aprovada; foi para o Governador, e o Governador sancionou a lei. Sabem que Governo era? O Governo Alckmin. José Serra, não esperávamos coisa melhor, desconheceu a lei, porque ele se achava até acima da lei, mas nós tínhamos uma expectativa de que o Governador Geraldo Alckmin, sendo o seu Governo quem deu sanção a essa lei, fosse cumpri-la, e até agora, absolutamente nada.

Com relação à argumentação de que se aguarda a avaliação de arrecadação, a Fazenda do Estado já sabe que os três primeiros meses foram significativamente superavitários, com mais um bilhão por mês do que a previsão de receita votada no Orçamento.

Simplesmente se empurrar com a barriga, ganhar tempo, dar canseira, pode ter um efeito perverso em relação ao atendimento à população. Ninguém no serviço público deseja a greve, a paralisação. Vão dizer que o Deputado Olímpio Gomes está apagando incêndio com gasolina. Não é nada disso. Queremos que haja uma resposta concreta do Governador em relação aos salários do Executivo, um posicionamento concreto da direção do Tribunal de Justiça em relação aos salários dos servidores.

Vossa Excelência, Deputado Fernando Capez, também se encontrava no Colégio de Líderes, quando, em 17 de dezembro, esteve aqui o falecido Desembargador Viana Santos, então Presidente do Tribunal de Justiça, para agradecer à intervenção do Legislativo, mas para dizer aos líderes: “Não façam mais nada! Eu já tive uma reunião com o futuro Governador Geraldo Alckmin, que assume em 1º de janeiro, e ele já se comprometeu em dar a suplementação de recursos suficientes para que os acordos realizados com os servidores do Judiciário sejam cumpridos.”

Lamentavelmente, o desembargador faleceu. Agora, nós, que acompanhamos a luta dos servidores do Judiciário, bem como os 55 mil servidores, estamos preocupados. Será que o Governador Geraldo Alckmin empenhou a palavra com a pessoa do falecido desembargador? Ou será que empenhou a palavra com representantes do Poder harmônico, mas independente, Tribunal de Justiça?

É isso que queremos. Não dá para empurrar para frente. Tem que ser já! Estamos com um mês de atraso no encaminhamento de projetos para que esta Casa aprecie e para que as devidas correções salariais aos servidores públicos do Estado tornem-se lei.

 

O Sr. Presidente - Jooji Hato - PMDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

* * *

 

O Sr. Presidente - Jooji Hato - PMDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, por permuta de tempo com o nobre Deputado João Caramez, tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez.

 

O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, amanhã, sábado, 2 de abril, relembra-se o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Nessa data, as cidades que participarem da campanha estarão iluminadas de azul, cor símbolo do autismo.

Interessante artigo da Desembargadora Federal da 3ª Região, Dra. Cecília Mello, publicado hoje, no jornal “Folha de S.Paulo”, no caderno “Tendências e Debates”, em que ela relembra - Autismo, nem tudo é azul. Ela se refere a uma decisão do júri nos Estados Unidos da América, júri de Stafford (Virgínia), que condenou um jovem portador de autismo a dez anos e meio de encarceramento numa prisão por ter agredido um policial. Ela ressalta um choro incontido de uma mãe que não era a mãe daquele réu, mas mãe de também uma criança portadora de autismo. Ela coloca de maneira muito clara: amanhã, Dia Mundial de Conscientização do Autismo.

O encarceramento de um autista é desastroso. Pior, talvez seja injusto, considerando que ele poderá não ter a consciência prévia e lógica do resultado do ato que praticou. Quantos autistas serão injustiçados para que a sociedade se sinta mais segura, antes de constatar que a correção pode ser questão médica, de educação e inclusão social? Amanhã, no Dia Mundial do Autismo, cidades estarão iluminadas de azul, cor símbolo do autismo, mas nem tudo é azul.

A Defensoria Pública do Estado de São Paulo, órgão que tem se notabilizado pelo cumprimento escorreito de suas funções, vai distribuir amanhã uma cartilha, são cinco mil cartilhas destinadas a conscientizar as pessoas a respeito desse problema. Temos uma cópia dessa cartilha e vamos passar algumas informações. São feitas algumas perguntas e dadas as respostas de maneira bem didática.

O que é autismo? O autismo é um transtorno global de desenvolvimento, caracterizado por dificuldades na comunicação, na interação social, quer dizer, no relacionamento com outras pessoas, e no comportamento. Há um transtorno no desenvolvimento psicosocial da criança e do jovem, que vai inviabilizar o seu relacionamento com outras pessoas. Essas alterações de comportamento levam a importantes dificuldades de adaptação e já aparecem antes dos 03 anos de idade. Podem ser percebidas já nos primeiros meses de vida.

E vai dando os sintomas de como os pais podem perceber o problema na criança.

Primeiro, quando a criança começa a não ter interersse pelo relacionamento com outras pessoas. Ela começa a se isolar, a adotar uma postura individual, isolacionsita, virando as costas para o meio social em que vive.

Segundo, a criança ou o jovem agem como se não escutassem. Chamando pelo próprio nome, ela não responde. O contato visual com outras pessoas é ausente ou pouco frequente, ou seja, ela está completamente isolada. A fala ou se dá com muita dificuldade ou simplesmente não há fala, não há comunicação verbal.

Movimentos muito repetitivos podem acontecer. Ela vai movimentando muitas vezes a cabeça, os membros, os braços, de forma repetitiva.

As pessoas tendem a ter qualquer tipo de difuiculdade no que diz respeito a receber e se relacionar com outras pessoas.

Pergunta: Suspeito que o meu filho tenha autismo. As respostas estão contidas na cartilha que será distribuída amanhã, dia 02 de abril, Dia Mundial de Conscientização do Autismo, para que não se faça como o júri norteamericano, que condenou uma pessoa sem capacidade de compreender o que está fazendo, a dez anos de prisão. Sem contar que assina ordens secretas que são publicadas na imprensa.

Suspeito que o meu filho tem autismo, quem eu procuro? Ao perceber os primeiros sinais de risco para o desenvolvimento infantil, o médico deve encaminhar, o quanto antes, a criança para avaliação de uma equipe de profissionais altamente especializados. Isto tem que ser feito com diagnóstico. Leve ao médico ou ao posto de saúde, mas o diagnóstico tem que ser feito por uma equipe de profissionais especializados. Essa equipe vai precisar de um tempo para observar o comportamento da pessoa que pode ter o autismo, analisar o histórico de vida e o desenvolvimento de suas relações pessoais.

O autismo tem remédio ou tratamento? Responde a cartilha: Não há medicamentos específicos para o autismo, mas remédios podem ser receitados quando há outra doença associada ao autismo como epilepsia, hiperatividade etc. Porém, embora não exista medicamento específico, o uso de um eventual medicamento não-específico deve sempre seguir a recomendação médica e deve ser feito sempre juntamente com outros tratamentos. Cada caso é único, especial, apesar de possíveis semelhanças. Mas a maioria dos estudiosos afirma que o autismo não tem cura, ele apenas deve e pode ser controlado.

Por esta razão, nós, aqui na Assembleia Legislativa, pedimos aos colegas o apoio para subscrever a Frente Parlamentar de Apoio e Conscientização do Autismo.

É interessante o poema preparado para o Dia Mundial do Autismo - 2 de abril:

Ame-me.

Por favor

Como eu sou...

Ame-me

Como você

Gostaria que eu fosse.

Quem me concebeu...

Não imaginou

Que seria assim tão duro...

Entender que vim autista.

Mas ame-me

Fale-me desse amor

Mesmo que eu não pareça entender

Mesmo que eu fuja e me refugie

Busque-me não deixe eu me perder...

 

Ame-me...

Como se visse em mim

A imagem e semelhança de ti

No espelho das águas...

 

Não se importe

Com minha falta de compreensão

Treine-me para entender o mundo

Mas acima de tudo

Ame-me...

 

Como se eu tudo entendesse

Como se eu não fosse um peso

Demonstre seu amor

Mesmo que eu não saiba

O significado da palavra...

Deus, eu posso sentir...

E creia que em meus sonhos

Eu te vejo e te amo...

Não me negue esse amor

Que enxerga além da matéria

Pois é dele que necessito...

 

E, se nas horas que de ti eu exijo demais

Mesmo nas dúvidas constantes

Aquelas que você às vezes tem vontade de desistir

Por favor, não desista, mas Ame-me...

 

Autora: Liê Ribeiro

Paz e luz

mãe do Gabriel Gustavo que está autista

Amanhã será lançada essa cartilha. Quero parabenizar a Defensoria Pública do Estado de São Paulo por esta iniciativa.

Esperamos que esta Assembleia Legislativa, por meio da Frente Parlamentar, possa contribuir para a conscientização do grave problema e que não sejamos mais obrigados a encarar decisões absurdas como a desse Tribunal do Júri dos Estados Unidos, que condenou a 10 anos e meio um autista por supostamente agredir um agente policial quando essa pessoa nem sabia o que estava fazendo.

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT – PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, ouvi atentamente o meu colega Deputado Fernando Capez, que fez uma brilhante intervenção em relação ao dia mundial de conscientização do autismo. Sua Excelência conseguiu expor o problema de forma bem objetiva.

Este tema mereceu um artigo publicado pela Dra. Cecília Mello, do Tribunal Regional Federal da 3º Região e penso que devemos tomar a iniciativa de fazer este debate com as prefeituras, o Governo do Estado, o Governo Federal para saber que tipo de políticas podemos apontar no sentido de amenizar a dor e o sofrimento de pais e mães que convivem com este problema grave e sobre o qual V. Exa. falou com conhecimento de causa. É um tema que merece reflexão e nesse sentido associo-me a sua manifestação, feita de forma muito competente.

Quero ainda trazer outro assunto importante para o nosso País, especialmente para São Paulo.

Matéria publicada no jornal "O Estado de S.Paulo" do dia 30 de março no Caderno Metrópole fala que a maior região metropolitana do País, São Paulo, tem 11 grandes cidades sem bombeiros. Este é um tema crucial para o País e para São Paulo porque sabemos da credibilidade dos Bombeiros na sua missão de salvar vidas.

A matéria do jornal "O Estado de S.Paulo" fala que ‘das 38 cidades da região metropolitana de São Paulo, a maior do País, 21 não contam com postos de bombeiros. Dessas, 11 têm população de mais de 80 mil habitantes, o que contabiliza 1,8 milhão de pessoas que precisam contar com o atendimento de cidades vizinhas em casos de incêndios e resgates. Osasco, por exemplo, tem uma população de 660 mil habitantes, um quartel com quatro viaturas e duas motos. Atende Carapicuíba, cidade com 369 mil habitantes, a maior sem bombeiros no Estado. São mais de 30 mil habitantes por bombeiros - seis vezes mais que a média estadual. ’

Portanto, quero destacar a relevância da matéria, que inclusive serve de alerta para o Governo do Estado de São Paulo, que tem responsabilidade nessa área.

Passarei a ler a íntegra da matéria para que os leitores possam ter informações mais precisas com relação a Franco da Rocha, Osasco, Barueri, Itapecerica da Serra, Suzano, Campinas, ABC, Santana do Parnaíba, Caieiras, Mairiporã, Itapevi, Embu das Artes, enfim, vários municípios que sofrem com essa questão dos bombeiros no Estado de São Paulo.

No dia 10 de junho do ano passado, recebemos em nosso gabinete dados do coronel da reserva, Paulo Chaves de Araújo, que nos relatou exatamente essa triste realidade. Ele veio pedir apoio desta Casa para que os bombeiros particulares e voluntários, bombeiros civis, continuem a ser chamados de bombeiros e possam atuar.

Então, passo a ler essa importante matéria publicada no dia 30 de março, no jornal “O Estado de S.Paulo”, intitulada “Maior região metropolitana do país, SP tem 11 grandes cidades sem bombeiros”, para que todos tomem conhecimento de seu inteiro teor:

Maior região metropolitana do país, SP, tem 11 grandes cidades sem bombeiros

Das 38 cidades da Região Metropolitana de São Paulo, a maior do País, 21 não contam com postos de bombeiros. Dessas, 11 têm população de mais de 80 mil habitantes, o que contabiliza 1,8 milhão de pessoas que precisam contar com o atendimento de cidades vizinhas em casos de incêndios e resgates.

Osasco, por exemplo, tem uma população de 660 mil habitante, um quartel com quatro viaturas e duas motos. Atende Carapicuíba, cidade com 369 mil habitantes, a maior sem bombeiros no Estado. São mais de 30 mil habitantes por bombeiros - seis vezes mais que a média estadual.

Só em Carapicuíba foram atendidas 590 ocorrências em 2009 pelos bombeiros - com o apoio de Cotia e Barueri. E o comando dos bombeiros afirma que, se houvesse um posto na cidade, os chamados cresceriam. Já em Franco da Rocha, além de o posto atender Caieiras, Francisco Morato e Mairiporã, há apenas duas viaturas para cobrir mais de 451 mil habitantes.

Em Embu, os 240 mil habitantes dependem do posto de Itapecerica da Serra. Em janeiro, o aposentado Amaro do Nascimento, de 76 anos, morreu em um desabamento. O neto Marcio Elias do Nascimento, de 17, acredita que poderia ter sido diferente. "Os bombeiros foram dedicados, mas não deu tempo. Se tivessem chegado mais rápido, talvez ele estivesse vivo."

Para atendimentos de vítimas, o comando dos bombeiros ressalta que a parceria com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) é essencial. Mas quatro cidades - Franco da Rocha, Caieiras, Francisco Morato e Mairiporã - também não têm Samu. Permanece em processo de instalação, desde 2009, a central de Embu, que atenderá Itapecerica, Juquitiba e São Lourenço da Serra. Agora, 11 viaturas do Samu de Itapevi se dividem entre mais seis municípios.

O Corpo de Bombeiros sabe os desafios de atendimento. "Um dos objetivos do nosso planejamento estratégico é a expansão da presença dos bombeiros. Mas não é de um dia para outro", diz o chefe da 1.ª Seção do Estado Maior, major Wagner Luis Cardoso Mora. Segundo ele, o atendimento integrado entre os batalhões da Região Metropolitana e da capital tem resultados positivos. As ligações ao 193 dos bombeiros são centralizadas e os homens são despachados de forma planejada.

Parceria. Para que uma cidade ganhe um posto é necessário um convênio entre prefeitura e PM. O comando admite que as cidades citadas sem postos precisam de atendimento localizado, mas ressalta o papel das administrações locais. "É preciso vontade municipal. Normalmente, atendemos todos os pedidos", afirma Mora. A legislação indica que é responsabilidade do município o gasto com infraestrutura - de terreno a equipamentos. Ao Estado, cabe assegurar efetivo e uniforme.

Dos 11 municípios com população acima de 80 mil, cinco apontaram o custo como o motivo para que não haja posto na cidade: Santana de Parnaíba, Poá, Embu, Carapicuíba e Taboão. "Temos um orçamento pequeno", disse o coordenador da Defesa Civil de Carapicuíba, José Almeida. O secretário de Governo de Embu, Paulo Giannini, também reclamou da lei. "O gasto é muito elevado para nós."

Jandira e Ferraz de Vasconcelos já têm convênio e terreno, mas não há previsão para inauguração. Itapevi e Caieiras informaram que o pedido foi rejeitado - o que o comando nega. Francisco Morato disse não ter interesse e Mairiporã não respondeu.

Temos uma grande responsabilidade e compromisso nesta Casa. Nesse semestre o governo estadual enviará o PPA - Plano Plurianual, para discutirmos as políticas para os próximos quatro anos. No segundo semestre, debateremos a Lei Orçamentária Anual - LOA, que vai estabelecer quanto nosso estado poderá gastar e quanto vai arrecadar n em 2012. Vamos debater e apresentar emendas que possam fortalecer as políticas relacionadas aos bombeiros do Estado de São Paulo.

Não poderia deixar de fazer essa menção e mais uma vez registrar nossa preocupação com relação à ineficiência da segurança pública. Os nossos policiais militares e civis cumprem uma missão nobre, estabelecida pelas Constituições Estadual e Federal, mas infelizmente não são reconhecidos; não só na questão salarial, porque essa questão é recorrente. Sempre estamos defendendo um salário digno para os policiais civis e militares que atualmente têm salários vergonhosos em termos de Brasil. Também defendemos um melhor processo de formação e capacitação das nossas polícias.

Estamos vivendo no século da tecnologia de ponta. Tivemos a notícia de que o governo vai tirar o calibre 38 e melhorar o armamento da Polícia Civil e da Polícia Militar. Mais do que isso, queremos que o governo do Estado de São Paulo estabeleça uma política de humanização, de capacitação e de orientação para esses trabalhadores que têm a nobre responsabilidade de proteger nossas vidas em relação aos assaltos, aos crimes e aos sequestros. Nosso estado ainda deve muito para os 645 municípios. V. Exas. Sabem disso. Muitas prefeituras municipais compram papel, computadores, pagam o aluguel das delegacias de polícia para que possam prestar serviço à nossa população. Enfim, ainda há muitas carências na área da Segurança Pública em nosso Estado.

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT - Sr. Presidente, havendo acordo das lideranças, requeiro o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - É regimental o pedido de V. Exa., mas antes quero parabenizar V. Exa., que abordou um tema muito importante, porque o Corpo de Bombeiros realmente presta relevantes serviços a todos nós, protegendo-nos, salvando vidas.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 50 minutos.

 

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