06 DE MAIO DE 2013

015ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AOS "HERÓIS DA 2ª GUERRA MUNDIAL - FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA"

Presidente: OLÍMPIO GOMES

RESUMO

001 - OLÍMPIO GOMES

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que a Presidência Efetiva convocara a presente sessão solene, a requerimento do Deputado Olímpio Gomes, na direção dos trabalhos, com a finalidade de "Homenagear os Heróis da 2ª Guerra Mundial - Força Expedicionária Brasileira". Convida o público a ouvir, de pé, o Hino Nacional Brasileiro.

002 - TELHADA

Coronel e vereador da Câmara Municipal de São Paulo, saúda os presentes. Parabeniza o deputado Olímpio Gomes pela realização desta sessão solene. Afirma que a criação da Força Expedicionária Brasileira foi um momento importante na História do País. Lembra que o Brasil e o México foram as únicas nações da América Latina a enviar tropas para a 2ª Guerra Mundial. Relata o processo de criação do Pelotão de Polícia da FEB. Discorre sobre o estabelecimento da Força Expedicionária Brasileira, motivado por ataques alemães e italianos a submarinos brasileiros. Acrescenta que, apesar de a população ter se manifestado a favor de que o Brasil declarasse guerra aos países do Eixo, o número de voluntários foi pequeno, sendo a FEB formada, em sua maior parte, por oficiais e reservistas convocados. Lembra que 458 soldados brasileiros morreram durante a campanha na Itália. Recorda que, ao final da guerra, os combatentes foram desmobilizados antes mesmo de voltar ao Brasil, chegando ao País já desempregados e sem nenhum apoio psicológico. Lamenta que a experiência dos veteranos não tenha sido aproveitada pelas Forças Armadas. Traça paralelos entre a história da FEB e a situação atual das forças de segurança no Brasil, a seu ver desprezadas por todas as esferas governamentais. Lamenta que a história do grupo seja praticamente desconhecida pelos jovens. Acrescenta que os brasileiros precisam dar mais importância à própria história. Parabeniza os veteranos.

003 - Presidente OLÍMPIO GOMES

Elogia o Coronel Telhada pela pesquisa sobre o assunto. Dá conhecimento de mensagens alusivas à efeméride, encaminhadas por diversas autoridades. Anuncia a apresentação de vídeo e canção da Força Expedicionária Brasileira. Presta homenagem, com entrega de diplomas de reconhecimento "in memoriam", à Sra. Dulce Molinari da Silva, em memória do ex-combatente Samuel Silva, entregue pelo vereador Coronel Telhada; ao Sr. João Ferreira de Albuquerque, em memória do ex-combatente Jairo Junqueira da Silva, entregue pelo Coronel César Augusto Moura; e à Sra. Clélia Escobar França, em memória do ex-combatente Rômulo Flávio Machado França, entregue pelo desembargador Valdir Sebastião de Nuevo Campos Júnior. Anuncia a apresentação de vídeo com a homenagem de 2012 da Sra. Dulce Molinari da Silva.

004 - DULCE MOLINARI DA SILVA

Cumprimenta os presentes. Agradece pela homenagem. Manifesta contentamento em saber que os ex-combatentes ainda não foram esquecidos. Lembra como, durante a guerra, esperou pela volta do marido. Afirma sentir saudades do falecido. Faz apresentação de número musical.

005 - Presidente OLÍMPIO GOMES

Afirma que a Sra. Dulce é um símbolo das esposas dos combatentes e de sua perseverança durante a guerra. Presta homenagem, com entrega de diploma e placa de reconhecimento, pelos relevantes serviços prestados à Nação Brasileira, ao Sr. João Ferreira de Albuquerque, Presidente da Associação dos Ex-Combatentes.

006 - CÉSAR AUGUSTO MOURA

Coronel, parabeniza a iniciativa de realização desta sessão solene. Cita a presença de oficiais do Comando Militar do Sudeste. Afirma que a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército também realiza pesquisas sobre a Força Expedicionária Brasileira. Elogia o trabalho do Coronel Telhada.

007 - Presidente OLÍMPIO GOMES

Anuncia apresentação do cantor Rinaldo Viana.

008 - RINALDO VIANA

Comenta que seu pai tem orgulho de ter servido o Exército. Pede por mais patriotismo por parte dos brasileiros. Afirma que é necessário seguir bons exemplos de outros países. Manifesta o desejo de difundir a cultura brasileira no mundo.

009 - Presidente OLÍMPIO GOMES

Agradece a todos. Afirma que é preciso perseverar na luta pelo povo brasileiro. Menciona visita ao Comando Militar do Amazonas, em que testemunhou as ações realizadas na região. Declara sua convicção de que o trabalho das Forças Armadas deve ser mais valorizado. Assinala que a participação da Força Expedicionária Brasileira na 2ª Guerra Mundial foi decisiva. Alega que as Forças Armadas têm sido instituições que lutam pelo povo. Lamenta a falta de reconhecimento e investimento por parte de autoridades governamentais de todos os níveis. Cita a comemoração, em 19/04, dos 365 anos do Exército Brasileiro. Afirma ter certeza de que o cidadão brasileiro está disposto a dar a vida em defesa do País. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Olímpio Gomes.

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Quero convidar para compor a Mesa dos trabalhos o Exmo. Sr. Desembargador Waldir Sebastião de Nuevo Campos Júnior, representando neste ato o presidente do Tribunal de Justiça Dr. Ivan Sartori. Convido a compor esta Mesa de trabalho o coronel do Exército Brasileiro Cesar Augusto Moura, representando neste ato o general de Exército Adhemar da Costa Machado Filho, comandante militar do Sudeste. Convido a compor esta Mesa de trabalhos o Sr. João Ferreira de Albuquerque, presidente da Associação dos Ex-Combatentes.

Quero anunciar também a presença do Sr. Antonio Cruchaki, presidente da Associação Nacional dos Veteranos da FEB; Capitão Porto, representando neste ato o comandante do IV Comar, major Brigadeiro-do-Ar José Geraldo Ferreira Malta; major Edinaldo Soares Alexandre, representando neste ato o coronel PM Benedito Roberto Meira, comandante geral da Polícia Militar; capitão de Fragata Josias Porto Pereira, representando neste ato o vice-almirante Luiz Guilherme Sá de Gusmão, comandante do 8º Distrito Naval; tenente coronel do Exército Brasileiro Luiz Antonio Fraga, representando neste ato o Comando da 2ª Divisão do Exército; Sr. Ney Cardoso, representando neste ato o deputado Antonio Salim Curiati.

Com muita satisfação que anuncio a presença entre nós, de um amigo que terá uma participação significativa neste evento ao fazer um relato de importantíssima participação durante a 2ª Guerra Mundial, o vereador da Câmara Municipal de São Paulo, Coronel Telhada.

Esta sessão solene foi convocada pelo presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, Samuel Moreira, e tem por finalidade homenagear os heróis da 2ª Guerra Mundial - Força Expedicionária Brasileira. Convido a todos que se coloquem em posição de respeito para a execução do Hino Nacional Brasileiro, executado pela banda da Polícia Militar, sob a regência do Maestro Tenente Jassen Feliciano.

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- É feita a execução do Hino Nacional Brasileiro.

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Essa Presidência agradece a Polícia Militar e a essa maravilhosa banda, que teve como regente nosso amigo Maestro Tenente Músico Jassen Feliciano. Jassen e todos os nossos companheiros da banda que prosseguem para outras atividades de polícia ostensiva no decorrer do dia, muito obrigado por abrilhantarem essa sessão solene desta Casa de Leis. Parabéns à banda da Polícia Militar. (Palmas.)

Com muita satisfação anunciamos a presença do major da Polícia Militar Carlos Ricardo Gomes, comandante da Escola de Formação de Oficiais da nossa querida Academia de Polícia Militar do Barro Branco; Dr. José de Ávila Cruz, representando neste ato o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Dr. Marcos da Costa. Nossos agradecimentos à OAB. O cantor e ídolo da música brasileira, Rinaldo Viana, que no final fará uma homenagem aos nossos veteranos da FEB.

Neste momento, com muita satisfação, concedo a palavra ao coronel Telhada, vereador da Câmara Municipal de São Paulo, coronel da reserva da Polícia Militar, escritor e pesquisador da história da Força Expedicionária Brasileira. Coronel Telhada, a tribuna é vossa.

O SR. CORONEL TELHADA - Bom dia a todos. Em primeiro lugar, quero agradecer e saudar nosso deputado estadual Major Olímpio Gomes, a quem eu parabenizo por esta iniciativa, esta lembrança nos nossos dias tão falhos de memória, tão falhos de cultura nacional. Deputado, parabéns pela iniciativa, uma ótima lembrança em uma boa hora.

Eu não poderia deixar de comparecer nesta data e prestar nossa homenagem a um dos momentos mais importantes da história brasileira, onde o Brasil acabou sendo a única nação da América Latina que enviou tropas para combater o nazifascismo na Europa. Para quem não sabe, somente dois países de toda América Latina participaram ativamente da 2ª Guerra Mundial, período teoricamente compreendido de 1939 a 1945, esses países foram o Brasil e o México. O México enviou um grupo de Caça que combateu junto aos americanos no Pacífico; e o Brasil, além do 1º Grupo de Caça da Força Aérea Brasileira, também enviou um contingente de 25 mil homens, divididos em cinco escalões, que foi a 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária. Essa divisão foi formada por todos os homens do Brasil, muitos voluntários, muitos convocados, mas que foi formada pela massa do povo brasileiro.

Eu poderia discorrer, senhores e senhoras, sobre a história da Força Expedicionária, porque nós tivemos, como o próprio deputado falou, oportunidade de fazer um trabalho que começou quando nós estávamos no CAO - Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais. Nós tínhamos um trabalho de término de curso, e como sempre fui um interessado, não sou um pesquisador, sou um curioso da história, porque para chegar a pesquisador falta muito, eu tive a oportunidade de estudar um trabalho que, até então, não havia sido divulgado na história brasileira, que foi a formação do Pelotão de Polícia da FEB.

No início da 2ª Guerra, o Exército Brasileiro seguia as tradições francesas, porque a França havia ganhado a 1ª Guerra Mundial e tudo que se havia de tecnologia militar se baseava no Exército Francês. Com o crescimento do nazismo do Exército Alemão, que foi pegando muita força, muita novidade, muita tecnologia para a época, a noção francesa acabou ficando obsoleta e quando se iniciou a 2ª Guerra, nós ingressamos em 42 junto aos Estados Unidos.

Nós tivemos que mudar um pouco a concepção das armas de combate e passou-se a seguir o modelo americano; várias coisas que existiam no Exército Americano não existiam no Exército Brasileiro. Uma das coisas que não tinha era o famoso Pelotão de Polícia. Quando o Mascarenhas de Moraes, o comandante da FEB, teve que criar esse Pelotão de Polícia, viu-se numa situação difícil porque não havia naquela época no Exército homens que tinham formação policial. Como ele havia comandado a 2ª Região Militar em São Paulo e conhecia a polícia de São Paulo, que naquela época eram duas polícias, a Força Pública de São Paulo e a Guarda Civil de São Paulo. Ele tinha um conceito muito grande com a Guarda Civil de São Paulo, que eram policiais que usavam uniformes azuis, era um uniforme baseado na polícia londrina, e essa polícia era muito bem quista pela população. Mascarenhas de Moraes entrou em contato com o governador de São Paulo da época e propôs que fosse aberto um voluntariado para a FEB junto a Guarda Civil, dos 600 homens que se apresentaram, acabaram escolhidos 73 homens para compor esse Pelotão de Polícia.

Quando eu pesquisava essa história, passei a me interessar muito mais pela história da FEB. Notamos que é um movimento praticamente desconhecido pela maioria dos nossos jovens hoje em dia. Porque se nós estivéssemos aqui, major Olímpio, fazendo um movimento em prol da maconha, em prol de algum absurdo que o pessoal vive querendo, com certeza essa sala estaria lotada. Entretanto, como nós estamos fazendo um movimento em prol de uma fase da história do Brasil, de uma cultura, de um engrandecimento dos nossos homens que foram sacrificar suas vidas em terra estranha, nós vemos muitas vezes a sala um pouco vazia. Nós somos poucos, mas somos unidos e fortes; o importante é isso, não abrirmos mão de nossos ideais, nossas concepções. Porque nós temos certeza, major Olímpio, que, com o tempo, com o nosso trabalho, mudaremos a mentalidade do brasileiro, porque basta que nós queiramos fazer isso, e nós queremos fazer isso. Hoje o Brasil sofre tudo que sofre por falta, inclusive, dessa mentalidade cultural brasileira, que muitas vezes se baseia em absurdos para se falar que é educação, que é cultura e esquece-se de sua verdadeira história.

Eu poderia ficar divagando aqui sobre a história da FEB e ficaríamos horas e horas conversando, mas quero destacar dois pontos que às vezes são esquecidos ou desconhecidos pela maioria da população. Para vocês verem como a história é uma coisa que se repete, ela é cíclica. Quem gosta de história sabe que o que aconteceu 50, 100 anos atrás acontece novamente, é lógico que com as suas devidas limitações, respeitando a época, mas o fato em si se repete.

O primeiro fato que eu quero citar aqui é o seguinte, quando os nossos submarinos começaram a ser afundados pelos submarinos alemães e italianos a população se revoltou, a imprensa se mobilizou, todo Brasil pediu para que a nossa nação declarasse guerra à Alemanha. Houve um movimento muito forte das forças estudantis, da população em si, da imprensa exigindo essa guerra, clamando moralidade, clamando patriotismo e esse movimento foi praticamente em todas as grandes cidades brasileiras; e Getúlio Vargas acabou declarando esse estado de beligerância contra as potências do Eixo, que eram Japão, Itália e Alemanha, e então foi declarada guerra contra o Eixo. Quando foi declarada guerra contra o Eixo foi criada a Força Expedicionária Brasileira.

Já que havia tantas pessoas pedindo para que se fizesse a guerra, com certeza nós formaríamos tranquilamente essas tropas para serem enviadas para o combate. Mas eis que vem a primeira surpresa, quando foi aberto o voluntariado quase ninguém se apresentou. Aquelas pessoas que estavam na rua gritando justiça, gritando providências, quando foi aberto o voluntariado para se tomar providências, praticamente ninguém foi.

O Exército se viu numa situação difícil, quando foi obrigado a convocar vários reservistas. A grande maioria da FEB é formada de reservistas, porque os estudantes, a classe dominante na época, que queria tanto a guerra, na hora de tomar providência se recuou, se acovardou. E cabe a quem ter que ir pra frente de combate? O povo, o soldado humilde, os oficiais.

É praticamente o que acontece hoje em dia. Todo mundo grita que precisamos mudar, que precisamos tomar providências, então vamos tomar providências. Onde está o pessoal? Some tudo, ficamos nós na linha de frente, as forças de segurança.

Quando eu falo forças de segurança, vamos estender às Forças Armadas, Exército, Marinha, Força Aérea, vamos estender à Polícia Militar, Polícia Civil, as Guardas Civis Metropolitanas, porque todos estamos envolvidos no mesmo problema no Brasil hoje. Porque nós estamos enfrentando uma guerra, uma guerra talvez não tão declarada como uma Guerra Mundial, mas é uma guerra com as mesmas proporções, terríveis para a população. Portanto, estamos hoje na mesma situação, e passamos pelo mesmo problema, todos clamam por providências, precisamos mudar a maioridade penal, o ECA, a nossa Constituição, precisamos mudar a lei, mas na hora de mudar, onde estão as pessoas? Nem numa solenidade eles vêm. Notem que é praticamente a mesma coisa.

O segundo aspecto que eu quero dizer. Ao final da guerra dia 8 de maio de 45 foi declarada a vitória na Europa. As tropas foram reunidas novamente na Itália, as tropas brasileiras começaram a se reunir para voltar ao Brasil, conforme os escalões chegaram ao Rio de Janeiro foram recebidos pela população efusivamente.

Mas uma coisa aconteceu na Itália que muita gente na época não soube, e talvez não saiba até hoje, a FEB ela é desmobilizada na própria Itália. Aqueles homens que ficaram 2, 3 anos se preparando e ficaram um ano em combate, a grande maioria civis que estavam como convocados para o Exército Brasileiro, outros oficiais de carreira, praças de carreira, eles se viram na própria Itália já desmobilizados. Muitos quando chegaram ao Brasil já estavam praticamente desempregados, e foram jogados novamente à sociedade sem emprego, sem apoio psicológico, sem nenhuma estrutura. Por quê? Porque o Brasil vai para a Itália lutar contra o nazifascismo, contra uma ditadura, e aqui no Brasil o presidente Getúlio Vargas era um ditador.

Quando a FEB retornou ao Brasil vitoriosa, esteve em campo de batalha, lutou contra o nazifascismo, houve um grande medo do governo na época, de que esta própria FEB desembarcasse e marchasse até o Palácio do Catete para tomar o governo da mão do ditador. Para que isso não acontecesse, o que aconteceu então? A FEB foi desmobilizada. Os homens, toda aquela instrução, todo aquele aprendizado que a FEB teve em combate, simplesmente foi jogado fora. Os oficiais e praças que permaneceram no Exército foram espalhados ao longo de todas as unidades ao longo do Brasil. Praticamente não se falou na FEB após a 2ª Guerra, todos foram proibidos de falar nesse assunto, e muitos foram recebidos inclusive com muito desprezo pelos que aqui estavam. Por quê? Porque não souberam aproveitar o que foi aprendido nos campos de batalha. Não se aproveitou, não se valorizou os homens que lutaram pelo o que o Brasil mais queria na época, que era liberdade das nações.

Novamente voltamos aos nossos dias. Acontece a mesma coisa hoje, major Olímpio. Nós, das Forças de Segurança, como eu disse, das Forças Armadas, as forças auxiliares, continuamos lutando diuturnamente pela liberdade pelo povo brasileiro, pela segurança do povo brasileiro, e novamente acontece isso, o desprezo em relação às forças de segurança. As Forças Armadas não tem o seu devido valor pelo governo federal. As forças policiais pelo governo estadual, as Guardas Civis pelo governo municipal e novamente estamos na mesma situação, numa fase difícil, mas as forças de segurança são sempre relevadas para segundo plano. Ou seja, nós não aprendemos com a nossa história, porque o povo brasileiro não tem cultura, porque o povo brasileiro não aprende com os seus exemplos.

É importante nós lembrarmos nesta data do que foi a FEB, do que ela representou para o Brasil. Porque muitas vezes ela é relegada como se não tivesse feito a glória que ela trouxe para nossa pátria, foram esquecidos os exemplos de Monte Castelo, de Montese, foram esquecidos exemplos de homens que dedicaram a sua vida e morreram no campo de batalha. Passaram 18, 20 graus negativos, no meio da neve, homens que vieram do Nordeste. Por que, senhores? Porque no nosso País não se dá o devido valor a quem realmente se sacrifica.

Hoje neste evento, o deputado Major Olímpio Gomes, junto aos demais proponentes desta sessão, estão não só lembrando esta data, mas fazendo homenagem a três pessoas que eram muito especiais para nós, o Coronel Jairo Junqueira, que foi presidente, falecido, uma pessoa que foi Tenente na FEB, esteve em Montese; o major Silva, que era nosso amigo também, esteve em Monte Castelo como sargento, comandante numa seção de metralhadoras; o nosso querido Rômulo também, hoje nós temos a D. Dulce e D. Clélia representando os dois maridos já falecidos. São pessoas que foram, voltaram e venceram. Foram homens que deram na sua mocidade o que tinham de mais importante para o Brasil, a sua saúde. Eles ainda tiveram oportunidade de voltarem vivos, casarem, terem filhos, tiveram oportunidade de viver. Mas na Itália ficaram 458 homens que deixaram suas vidas, deixaram o que tinham mais de precioso, que era a própria vida, em sacrifício ao Brasil. Muitas vezes não nos lembramos desses homens e de exemplos tais como eles até hoje ainda se dedicam à Pátria brasileira.

Estamos aqui para nos lembrar da Força Expedicionária Brasileira, do Dia da Vitória, vale a lembrança também que ainda hoje nós, das Forças de Segurança, lutamos pela liberdade do Brasil. Nós queremos o melhor para o Brasil, principalmente que a população entenda que sem as Forças de Segurança a nossa integridade nacional, a nossa liberdade, a nossa integridade física não é nada na mão do crime. Vale esse alerta para lembrarmos que sempre devemos estar atentos aos nossos inimigos, tanto externos, quanto internos. Isso só vai ser valorizado se nós não deixarmos cair no esquecimento.

Parabéns, major Olímpio Gomes; parabéns à Assembleia Legislativa; parabéns a todos os nossos veteranos da FEB que hoje aqui estão ou devidamente representados pelos seus familiares. Deus abençoe a todos. Muito obrigado. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - A Assembleia Legislativa e o povo do estado de São Paulo, porque não dizer o povo brasileiro, agradece ao coronel Telhada, não só por essa aula de civismo e patriotismo, mas pela sua luta, pelo seu esforço ao longo dos 35 anos de trabalho e serviços na Polícia Militar. Quando o senhor fala da história e faz um comparativo muito próprio com os dias atuais, fala com o coração e com o sentimento de que o povo brasileiro merece mais e melhor. Portanto, Coronel Telhada, seja muito bem vindo, os meus agradecimentos. Observando daqui, o senhor tem todo jeito para usar essa tribuna e, se Deus quiser, muito brevemente a partir de 15 de março de 2015, parabéns.

Quero anunciar justificativas de pessoas que em função de outros compromissos não se fizeram presentes, mas que mencionamos e agradecemos a lembrança em relação ao convite para esta sessão solene. O Sr. Governador do estado, Dr. Geraldo Alckmin; vice-governador do estado, Dr. Guilherme Afif Domingos; o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad; secretária de Agricultura e Abastecimento do estado, Dra. Mônika Bergamaschi; o secretário de Educação do estado, Dr. Herman Voorwald; secretário da Segurança Pública, Dr. Fernando Grella.

Quero lembrar que esta sessão solene será transmitida pela TV Assembleia no próximo sábado dia 11, às 21 horas, pelos canais 13 da NET, 66 da TVA e 61.2 da TV Digital Aberta.

Manifestaram ainda, através de ofícios de agradecimento pelo convite a impossibilidade da participação, o deputado estadual Dilador Borges; deputado estadual João Caramez; deputado estadual Beto Trícoli; o secretário de Desenvolvimento Social do Governo do estado, deputado federal Rodrigo Garcia; a primeira-dama do estado de São Paulo, Sra. Lu Alckmin; e o coronel de Polícia Militar Armando Reis Filho, comandante do 4º Batalhão Metropolitano.

Neste momento assistiremos à apresentação de um vídeo e canção da Força Expedicionária Brasileira. (Palmas.)

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- É feita a exibição do vídeo e da canção.

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Para que possamos compreender o nosso presente e termos visão de futuro, é fundamental reverenciarmos o nosso passado.

Prestaremos agora homenagem ao combatente que já não estão mais neste plano conosco, com a entrega de diplomas de reconhecimento “in memoriam”, veterano Jairo Junqueira da Silva. Com impossibilidade de última hora, o comparecimento de seu filho, Jairo Junqueira da Silva Filho, é com muita satisfação que eu solicito ao coronel César Augusto Moura, do Comando Militar do Sudeste, que faça a entrega simbólica ao Sr. João Ferreira de Albuquerque, presidente da Associação dos Ex-Combatentes do Brasil da Seção São Paulo, que fará chegar à família do nosso herói. (Palmas.)

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- É feita a entrega do diploma.

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Homenagem a mais um grande herói brasileiro, Rômulo Flávio Machado França, cuja esposa, Clélia Escobar França, receberá diploma de reconhecimento do povo paulista, não da Assembleia. A Assembleia representa o povo paulista das mãos do desembargador Waldir Sebastião de Nuevo Campos Júnior, que neste ato representa o presidente do Tribunal de Justiça, Dr. Ivan Sartori. (Palmas.)

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- É feita a entrega do diploma.

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Veterano e grande herói brasileiro, Samuel Silva. Receberá o diploma de reconhecimento do povo paulista sua esposa, Sra. Dulce Molinari da Silva; convido para fazer a entrega o vereador da Câmara Municipal de São Paulo, Coronel Telhada, grande amigo do nosso saudoso Samuel Silva e da Valéria Petrela, minha assessora parlamentar, que promove este evento e acabou se tornando fraterna amiga da D. Dulce Molinari da Silva. (Palmas.)

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- É feita a entrega do diploma.

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Com muita satisfação que anuncio a presença de um grande guerreiro defensor da população do estado de São Paulo, representando milhares de guerreiros da Segurança Pública que, ao longo do tempo, tiveram sequelas físicas e tantas outras vezes psicológicas, lutando e combatendo em prol da sociedade, sargento Elcio Inocente, presidente da Associação dos Policiais Militares Deficientes Físicos do estado de São Paulo. Meu eterno agradecimento não só pela presença, mas pela perseverança e a luta em defesa da Segurança Pública, em defesa dos policiais, em defesa dos brasileiros. Muito obrigado. (Palmas.)

Nós apresentaremos um vídeo da sessão solene que realizamos no ano passado desta data nesta Casa, para mostrar que as emoções transbordam, e a valorização que devemos ter e o reconhecimento aos nossos heróis da Força Expedicionária Brasileira tem de ser transmitido às atuais e futuras gerações, para que conheçam o tamanho da luta, o esforço de milhares de brasileiros que, num conflito mundial combatendo muitas vezes a menos 20 graus de temperatura, estavam lá justamente para defender o lado do bem, defender a paz mundial. (Palmas.)

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- É feita a apresentação do vídeo.

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Nosso herói já não está mais conosco neste plano físico, mas estará sempre conosco nos nossos corações. D. Dulce, a palavra é toda sua.

A SRA. DULCE MOLINARI DA SILVA - Agradeço a toda Assembleia, aos presentes, aos amigos, aos soldados, àqueles que sempre estiveram ao nosso lado. Nesta Casa nós sempre fomos bem recebidos. Agradeço ao Sr. Deputado Olímpio Gomes, aos representantes do General Ademar, que não pode estar presente. Coronel vereador Telhada, eu não tenho mais nada a falar, o senhor falou tudo.

Aos amigos presentes, mais uma vez estamos aqui para receber a homenagem aos ex-combatentes da 2ª Guerra Mundial. Nós ficamos contentes em saber que eles não foram esquecidos, tem alguém com a memória de uma grande Pátria que esteve ali lutando e hoje ainda estão homenageando aos nossos heróis, aos nossos ex-combatentes.

Espere por mim, pois voltarei. Espere com fé que eu voltarei. Era o pedido dele. Ele pedia: espere sim, voltarei, enfrentarei a guerra, a morte, e voltarei. E eu esperei. Esperei todo tempo que foi necessário para que a guerra terminasse e ele voltasse. Ele voltou, voltou herói como todos. Nós casamos. A vida dele foi uma festa maravilhosa e o nosso casamento também foi um casamento feliz. Herói como todos, mas Deus o levou para si, Deus não quis que ele ficasse aqui. Fiquei com uma grande dor e uma grande saudade. Obrigada. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Samuel, nossos heróis que já se foram, mas sempre estarão conosco em espírito nos alimentando. D. Dulce é um símbolo da mulher, da companheira, da guerreira, daquela que acreditou quando ele disse “vamos enfrentar a morte, mas voltarei” e voltou. Símbolo da mulher que muitas vezes ouve isso do companheiro que vai à guerra defender a sua pátria, que vai à guerra de todos os dias defender a sociedade, que também por obra divina acaba não retornando.

Agora entregaremos diploma e uma placa de reconhecimento pelos relevantes serviços prestados à nação brasileira ao presidente da Associação dos Ex-Combatentes, esse herói brasileiro, João Ferreira de Albuquerque. (Palmas.)

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- É feita a entrega do diploma e da placa de reconhecimento.

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - O Sr. João Ferreira de Albuquerque diz que não fará uso da palavra porque está muito emocionado e a sua emoção e o seu sentimento traduzem muito melhor que as palavras o sentimento de todos nós. Parabéns aos nossos heróis da FEB.

Neste momento, esta Presidência concede a palavra ao coronel César Augusto Moura, representando neste ato o general do Exército Adhemar da Costa Machado Filho, que fará uso da palavra em nome das Forças Armadas, em nome dos heróis da FEB, em nome do povo brasileiro.

O SR. CÉSAR AUGUSTO DE MOURA - Exmo. Major Olímpio Gomes, exmo. Dr. Walter e o presidente da Associação dos ex-Combatentes, Sr. João Albuquerque, em nome do General Adhemar, Comandante Militar do Sudeste, agradecemos ao convite e também parabenizamos essa iniciativa. O Comando Militar do Sudeste está aqui representado por um grupo de oficiais que veio com justiça prestar homenagem aos ex-combatentes.

Major Olímpio Gomes, acho que tudo já foi dito, nosso Coronel Telhada falou muito bem sobre a história da FEB. Nós fazemos também pesquisas sobre essa história na nossa Escola de Estado Maior, e eu particularmente participei de um grupo de trabalho. E realmente, Coronel Telhada, o seu conhecimento sobre a história da FEB é profundo. Só tenho a agradecer e parabenizar o senhor, que esta iniciativa se repita por muitos anos para que possamos encher esse plenário. Tenho certeza de que, se assim o fizermos, nosso objetivo será alcançado.

Mais uma vez, em nome do General Adhemar e do Comandante Militar do Sudeste, muito obrigado e meus parabéns por esta iniciativa. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Momento de emoção. Momento de confraternização. Momento também de alegria. Temos a felicidade de termos nascido nessa terra maravilhosa, sermos brasileiros e podermos homenagear os heróis que arriscaram a vida em defesa da pátria, em defesa da liberdade.

Assistiremos agora a uma apresentação dele que já se tornou nosso amigo, amigo desta Casa, amigo dos heróis e familiares dos heróis da FEB. Nosso grande cantor, Rinaldo Viana. (Palmas.)

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- É feita a apresentação musical.

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O SR. RINALDO VIANA - Queria falar, mas a música começou e eu tive que cantar. Agradeço a D. Dulce, fiquei emocionado pela história. Como foi dito no vídeo, alguns nasceram na década de 20, outros na década de 90 e eu em 70, mas meu pai também serviu o Exército Brasileiro e tem muito orgulho, assim como todos nós temos, do nosso Exército e devemos ter mais ainda. O Brasil é o país do futuro, como já diziam antes, e hoje está sendo uma realidade mesmo. O Brasil é o alvo do mundo, nós temos que ter muito mais orgulho, sermos muito mais patriotas. Pegarmos o exemplo bom de outros países e de outras pátrias; nós, brasileiros, temos que estar mais atentos ao nosso valor. Fico muito honrado de ser brasileiro. Meu nome está crescendo, lá fora quero realmente difundir e dizer com muito orgulho que eu sou brasileiro e ser motivo de orgulho para vocês também.

Agradeço ao deputado Major Olímpio Gomes mais uma vez. Realmente nos tornamos amigos, posso falar que eu sou praticamente da Casa, não é Major? Obrigado a todos, ao nosso querido coronel vereador Telhada, também já tive o prazer de conhecer no Tobias de Aguiar, uma pessoa muito sábia e conhecedora profunda da nossa história, um defensor da nossa história. Agradeço e nós temos que aprender cada vez mais com vocês.

Agradeço a todos e que Deus abençoe a todos. Obrigado, D. Dulce. Muito obrigado. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Se pedirmos, pode haver mais uma?

O SR. RINALDO VIANA - Claro! Eu estava falando que cantar de manhã é um desafio para nós, cantores, ainda mais cantores líricos. Mas D. Dulce está dando uma força.

Vou fazer mais uma canção, eu vou fazer um poupurri italiano que eu fiz, canções italianas. (Palmas.)

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- É feita a apresentação musical.

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Muito obrigado, Rinaldo Viana, não sou eu que agradeço, mas a Assembleia Legislativa, a população do estado de São Paulo, são os nossos heróis, familiares, amigos e veteranos da Força Expedicionária Brasileira que são agradecidos.

Antes de finalizar esta sessão solene, queo agradecer a todas as presenças, a todas as manifestações das personalidades, entidades ou instituições que não se fizeram presentes, mas se manifestaram o seu apreço aos nossos heróicos veteranos da Força Expedicionária Brasileira. Muito obrigado, Coronel Telhada, por nos transmitir em breves palavras com muita emoção, mas com profundidade, o espírito de um verdadeiro brasileiro, e é esse espírito que nós temos que perseverar independente do obstáculo que possa se avizinhar, temos por obrigação lutar, lutar cada vez mais, porque o povo brasileiro merece muito.

Eu estive no Comando Militar do Amazonas a um convite do general Adhemar, junto com alguns senadores e deputados federais para conhecer o trabalho que o Exército Brasileiro, que as Forças Armadas desenvolvem na Amazônia. Voltei muito mais convicto do quanto nós temos que fazer para valorizar o nosso Exército Brasileiro, a nossa Marinha, a nossa Aeronáutica pelo trabalho que realizam. Fizeram-se presentes na 2ª Guerra Mundial com participação decisiva nos confrontos armados, as nossas Forças Armadas vem ao longo de toda nossa história sendo a instituição, ou as instituições, sempre presente ao lado do povo brasileiro.

Comemoramos no último dia 19 os 365 anos do Exército Brasileiro. Na Amazônia pude aprender que as Forças Armadas, que o Exército Brasileiro é a educação, é a saúde, a segurança, a assistência social, a integração e é a manifestação de pátria àquela população. Tomara a Deus que jamais as nossas Forças Armadas, as nossas Forças de Segurança, possam ser empenhadas em conflitos mundiais como foi o da 2ª Guerra Mundial, sangrenta 2ª Guerra Mundial. Mas se for necessário tenha a certeza o povo brasileiro que, apesar das autoridades governamentais em todos os níveis não reconhecerem, não prestigiarem, e não investirem decisivamente naqueles que protegem a pátria, naqueles protegem a vida das pessoas, cujo juramento de até oferecer a vida em holocausto em defesa da sociedade; tenha a certeza que tem nas suas Forças Armadas, tem nas suas polícias e tem no seu povo, um sentimento de defesa e de preservação dos nossos ideais.

458 brasileiros deram a sua vida em confrontos na Europa, representando milhões de brasileiros. Temos a certeza que as nossas Forças Armadas, as polícias e o cidadão brasileiro são capazes de dar a própria vida em defesa do nosso maravilhoso país.

Esgotado o objeto da presente sessão, esta Presidência agradece as autoridades, aos funcionários da Casa e a todos que colaboraram para o êxito dessa solenidade. De forma muito particular ao grupo de assessoria do meu gabinete, que, neste evento, capitaneados pela Valéria, se desdobraram para que pudéssemos mostrar aos presentes e através das imagens da TV Assembleia ou pela internet, a admiração, o respeito e a consideração que a população brasileira e que o povo paulista têm pelos nossos heróis da Força Expedicionária Brasileira.

Está encerrada a sessão. (Palmas.)

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- Encerra-se a sessão às 11 horas e 37 minutos.

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