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DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA      016ªSO

DATA:99/04/08

 

DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA        016ªSO

RODs.Nºs.:03/04/05/06/07/08/09/10/11/12/13/14/15/16/17/18/19/20/21/22/23/24/25/26/27/28/29/30/31/32/33/34/35/36/37/38/39/40/41/42/43/44/46/47.    DATA:08/04/99

 

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            - Passa-se ao

 

                                       PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - A Presidência  anuncia a visita da Escola Estadual Professor Joaquim Braga de Paula, de São Paulo, composta de 40 alunos, acompanhados pelo Professor Roberto Oliveira. A todos nossos visitantes a saudação deste Plenário da Assembléia Legislativa de São Paulo.

em a palavra o nobre Deputado Alberto Calvo. (Pausa.)  Tem a palavra o nobre Deputado Campos Machado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jamil Murad. (Pausa.)  Tem a palavra a nobre  Deputada Terezinha da Paulina. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marquinhos Tortorello, pelo tempo regimental de cinco minutos. (Entra leitura do Deputado Marquinhos Tortorello)

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI  MACRIS - PSDB -  Tem a palavra o nobre Deputado  Hamilton  Pereira. (Pausa.)  Tem a palavra o nobre Deputado José  Carlos Stangarlini. (Pausa.)  Tem a palavra o nobre Deputado Paulo Julião. (Pausa.)  Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo  Vinholi. (Pausa.)   Tem a palavra o nobre Deputado  Conte  Lopes. (Pausa.)  Tem a palavra o nobre Deputado Faria  Júnior. (Pausa.)  Tem a palavra o nobre Deputado  Edson Aparecido. (Pausa.)  Tem a palavra o nobre Deputado Hanna Garib. (Pausa.)  Tem a palavra o nobre Deputado Roberto  Morais pelo prazo regimental de 5 minutos.

 

O SR. ROBERTO  MORAIS  - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente e Srs. Deputados, a questão do pedágio foi  comentada há pouco pelo Deputado Marquinho Tortorello, do PPS,  e  há uma proposta desta Casa de se fazer uma Comissão Parlamentar de Inquérito para analisar as concessões. 

Confesso que domingo à noite, retornando da Cidade de Franca, vindo pela Rodovia Anhanguera,  fui surpreendido com mais um pedágio na altura de São Simão. Ali existia o pedágio no sentido Capital-interior, como normalmente ocorre nas nossas rodovias.  Eu estranhava o fato, quando pegamos o congestionamento muito grande, até imaginei que era a volta do feriado prolongado, tudo parado, mas não, era a cobrança ali de mais um pedágio.

 E quando estava em Franca, durante o dia, conversando com alguns amigos, eles também questionavam a colocação de pedágios ali na rodovia que liga dois pedágios, Ribeirão até a Cidade de Franca. Mas a minha surpresa maior foi  na  Anhanguera, fazia alguns meses que não passava pelo local e não sabia. Ali havia um comunicado que desde a sexta-feira santa, desde o dia 2 de abril, começou a cobrança daquele pedágio naquela região de São Simão, um pedágio em torno de 3 Reais e 30 centavos. Eles baixaram de R$4.30 para R$3.30, só que criaram também na via de acesso interior-capital.

Confesso que não entendi aquele trecho e não tinha   conhecimento de que seria cobrado. Houve ali a estranheza de quem passava pelo local, as pessoas, os motoristas todos, um olhava para o outro e falava "Mas outro pedágio!" e questionavam os próprios funcionários da empresa. Mas coitado dos funcionários, estão ali trabalhando, estão cumprindo a sua jornada de trabalho e eles informavam sempre com muita educação, distribuindo até um panfleto da empresa, que ganhou a concorrência, explicando que de novo, naquele local, foi criado mais um pedágio, portanto, mais uma despesa para aqueles que transitam em nossas rodovias.

Então, assinamos a  proposta dessa Comissão, acho que tem que ser avaliada essa questão.  Nós que somos ali da região de Piracicaba e  passamos pela Rodovia Anhanguera, também tivemos mais um pedágio, inaugurado recentemente, que foi de  Sumaré. Então, hoje de São Paulo até a Cidade de Americana, Santa Bárbara e Piracicaba acaba se pagando três pedágios, antes de chegar inclusive  à Cidade de Limeira. Então, realmente fica difícil, fica pesado para o bolso de quem transita.

            Imaginem o que desembolsam com o pagamento dos pedágios das pessoas quem usam a rodovia diariamente. Então são situações que têm de ser analisadas por esta Casa de Leis.

            Outro assunto que nos preocupa hoje diz respeito a contatos com a nossa região de Piracicaba e com o prefeito de Rio Claro quanto à notícia de que algumas delegacias de ensino seriam extintas no Estado de São Paulo. Quase 50, se não me falha a memória, as primeiras informações são estas, deverão ser extintas no nosso Estado com a criação de regionais de ensino.

            Há grande preocupação dos prefeitos, que querem conversar com a Secretária Rose Neubauer, em função destas primeiras informações dando conta de que poderá ocorrer a extinção de algumas delegacias de ensino. Ontem o nobre Deputado Rodrigo Faria, do PFL, comentava o fato conosco na Casa, relatando que um grupo de Deputados deveria entrar nesta luta para conversar com a secretária antes do ato de extinção dessas delegacias de ensino, porque a situação do ensino é muito complicada. Na minha região, principalmente,  a reorganização do ensino trouxe sérios problemas. A própria municipalização do ensino aprovada no final do ano na minha cidade foi problemática trazendo dificuldades até hoje

            Esta a preocupação deste Parlamentar, neste momento.

            Estou pedindo, inclusive, que o nosso Presidente, nobre Deputado Vanderlei Macris, também interceda neste caso no sentido de termos ainda hoje uma orientação de quais são as cidades que teriam as suas delegacias de ensino extintas, quando seria, enfim, como ficará essa situação.

 

O SR. PRESIDENTE-VANDERLEI MACRIS-PSDB- A Presidência tem o prazer de registrar a visita a esta Assembléia do Prefeito de Tarumã, Edson Schwartz, acompanhado pelo nobre Deputado Claury Alves da Silva, bem como de 40 delegados de fábricas do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região, acompanhados do nobre Deputado Cícero de Freitas.

            A todos os nossos visitantes os cumprimentos e agradecimentos da Presidência e do Plenário da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. (Palmas.)

            Tem a palavra o nobre Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ramiro Meves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Eduardo Soltur. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rodrigo Garcia. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Edir Sales. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Engler. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Willians Rafael. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Petterson Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dorival Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jorge Caruso. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Renato Simões. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Mori. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Elói Pietá. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Lobbe Neto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Aldo Demarchi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Almeida.

 

O SR. CARLOS ALMEIDA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobres Deputados, quero saudar os alunos e professores da Escola Estadual Joaquim Braga de Paula, bem como os metalúrgicos de São Paulo que comparecem a esta sessão.

            É muito importante a participação da comunidade acompanhando os trabalhos deste Legislativo, especialmente por parte dos jovens e adolescentes, porque nesta Casa se decide uma série de questões que têm importância direta na vida das pessoas. E todos que aqui estão foram trazidos pelo voto popular.

            Então é muito importante que a juventude, os estudantes, venham a esta Casa conhecer os trabalhos deste Legislativo e para, desde já, ir tomando uma consciência da importância do cidadão participar ativamente da vida política, da vida pública, não só votando, votando com consciência, mas inclusive acompanhando e fiscalizando os trabalhos daqueles que são eleitos. É exatamente aqui no Parlamento, na Assembléia, onde se votam as leis, leis que todos terão de cumprir e que devem representar os anseios da comunidade.

A Assembléia Legislativa, como todo Parlamento, toma suas decisões em reuniões que são públicas, que todos podem acompanhar. Portanto, a presença de vocês nesta Casa é importante.

Quero também saudar a realização, hoje, a partir das 15 horas, de um ato público na Câmara Municipal de São Paulo em defesa da cidade, em defesa da apuração rigorosa e criteriosa dos fatos envolvendo a chamada máfia da fiscalização.

O ato contará com a participação de várias entidades da sociedade civil, de diversos partidos políticos, lideranças como a do Senador Eduardo Suplicy e do Deputado Federal Franco Montoro estarão presentes hoje na Câmara Municipal, além dos Vereadores que lutam pelo restabelecimento do compromisso ético daquela Casa,  em especial o Vereador José Eduardo Martins Cardoso, Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que apura essas graves denúncias. Eu acho muito importante que a sociedade civil esteja se mobilizando, acho este um ato extremamente significativo. Isto ocorre num momento em que a sociedade paulista, paulistana e a sociedade brasileira, como um todo, está com seus olhos voltados para todos esses casos ocorridos na Capital de São Paulo, na capital do estado mais importante do país, na maior cidade da América Latina.

Portanto, esta Casa deve-se somar a esse anseio da população que se expressa através da manifestação que ocorrerá hoje na Câmara Municipal de São Paulo, a partir das l5 horas.

 

            O SR. PRESIDENTE-VANDERLEI MACRIS-PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Dimas Ramalho. (Pausa.).Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.).Tem a palavra o nobre Deputado Cícero de Freitas.

            O SR. CÍCERO DE FREITAS - PFL - SEM REVISÃO DO ORADOR -Sr. Presidente, Srs. Deputados, mais uma vez faço uso desta tribuna para falar de coisas que os trabalhadores têm de ouvir.

Em primeiro lugar, quero parabenizar o Presidente Nacional da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e região, bem como a escola que visita a Casa e os 40 delegados sindicais ligados à Força Sindical, que vieram para acompanhar o dia-a-dia desta Assembléia Legislativa,  enfim, como trabalham os Deputados. É lamentável que as 15 horas nós tenhamos pouco mais que oito ou dez Deputados em plenário. Sabemos, é verdade, que estão em seus gabinetes atendendo às pessoas, mas acho que é isso que o trabalhador e a população têm de observar. É claro que temos o dever, a obrigação de atender os nossos eleitores. Eu hoje, na parte da manhã, atendi a aproximadamente quinze pessoas no meu gabinete, mas estou presente à sessão. É claro que alguns vão tentar calar a minha voz, calar a minha boca, mas acho que não estarei quebrando o decoro  parlamentar por falar isso, porque isso é público e notório. Os trabalhadores querem ver os Deputados em plenário. Se tem ou não alguma coisa para votar, temos de estar  aqui. Se o trabalhador registrado em uma empresa não comparecer ao trabalho, o seu patrão vai descontar o dia, talvez fazer uma advertência, uma suspensão ou até demitir por justa causa. Então os trabalhadores estão acompanhando isso de perto, o que é muito importante.  

Quero parabenizar, mais uma vez, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e a Força Sindical pela iniciativa de termos o Centro de Solidariedade. Todas as entidades que regem os trabalhadores deveriam tomar a iniciativa que a Força Sindical e o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo vêm tomando. Temos o Centro da Solidariedade, situado na Rua Galvão Bueno, nº 782. No Palácio dos Trabalhadores, temos dezenas de cursos e é onde atendemos as pessoas desempregadas, a questão do seguro desemprego, a requalificação profissional.

            Para V.Exas. terem uma idéia, o Centro de Solidariedade, entre outros cursos tem os de: auxiliar contábil, telemarketing, auxiliar de organização e hotelaria, auxiliar de crédito e cobrança, cursos de administração de pequenos negócios, telecomunicações, baby-sitter, carpinteiro, cozinheiro, garçon, jardinagem, marceneiro, pintor, informática, entre outros tantos cursos.

            Para V.Exas. terem uma idéia, o nosso trabalho do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da Força Sindical, com o Centro de Solidariedade, tem uma parceria com o FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador, e desde de julho/98 a março/99 atendemos 492 pessoas. No mesmo período, conseguimos viabilizar e empregar 35 mil e 510 pessoas. É um trabalho pioneiro do qual não vamos desistir, e conclamamos a todos os Srs. Deputados e a esta Casa que nos ajudem, porque é só ajudando o trabalhador desempregado que este Brasil vai continuar crescendo.

            Como digo sempre, nosso País é o melhor do mundo para se viver. Lamentamos quando vemos alguns estados do Norte e Nordeste na televisão que, com cinco mil reais, conseguiriam irrigar ali praticamente cinco ou seis hectares.

            Os nossos Deputados Federais, os nossos Senadores e o Sr. Presidente da República, parecem não ter coração. Acho que não existe um ser humano que assista sem  a sensibilidade de chorar, quando passa aquelas cenas: crianças comendo palmas e outras coisas.

            Às vezes, os bilionários olham aquilo e dão risadas. É incrível como é a sociedade hoje!

Falam muito da questão política do Norte e Nordeste, mas se todos nós déssemos as mãos - e imploro - nesta Casa, através da nossa Presidência, faríamos uma moção e a encaminharíamos ao Congresso Nacional, ao Sr. Presidente da República, para que se tomassem providências sobre aquelas questões, porque temos, sim, como irrigar, temos como encontrar água em todo o solo nordestino, a 50 ou 60 metros. Não a irrigamos, porque não queremos, porque queremos viver sobre a miséria daqueles conterrâneos.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - Srs. Deputados, esta Presidência gostaria de fazer um esclarecimento a V.Exas.: para a abertura da nossa sessão é necessário 1/4 de Srs. Deputados assinando a lista de presença. Mais ainda: esta Presidência foi informada pela Bancada do PSDB que, neste momento, 20 Srs. Deputados estão discutindo com a Sra. Secretária da Educação, na Secretaria de Educação, a questão da reforma da rede física da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

Apenas para informação a este plenário, gostaria de anunciar que outros Srs. Deputados também confirmaram a presença em alguns eventos que estão acontecendo hoje na Cidade e no Estado de São Paulo.

Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jilmar Tatto (Pausa). Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado (Pausa). Tem a palavra o nobre Deputado Afanasio Jazadji. (Pausa). Tem a palavra o nobre Deputado Salvador Khuriyeh (Pausa). Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Gonzaga Vieira. (Pausa). Tem a palavra o nobre Deputado Reynaldo de Barros Filho (Pausa). Tem a palavra o nobre Deputado Milton Flávio. (Pausa). Tem a palavra o nobre Deputado Duarte Nogueira. (Pausa). Tem a palavra o nobre Deputado Junji Abe. 

 

O SR. JUNJI ABE - PFL - (entra leitura)

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa). Tem a palavra o nobre Deputado Edmir Chedid (Pausa). Tem a palavra o nobre Deputado Claury Alves Silva. (Pausa). Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Prandi.

 

A SRA. MARIA LÚCIA PRANDI - PT - SEM REVISÃO DA ORADORA - Sr. Presidente, Srs. Deputados, caros visitantes, representantes dos metalúrgicos e da comissão de fábrica, infelizmente o que nos traz a esta tribuna é mais uma das arbitrariedades, que provavelmente, será cometida pela Sra. Secretária de Educação Rose Neubauer, que pensa que reina sozinha no prédio da Praça da República, local para atender as necessidade reais da população: educação como direito  dos cidadãos.

            Segundo informações que nos chegaram, a Sra. Secretária pretende extinguir 56 delegacias de ensino, contrariando o seu próprio discurso de descentralização. Será que, mais uma vez, S.Exa. trabalhará com a lógica da linearidade que não pode prevalecer  para aqueles que administram  para a população.

            Qual será o critério da tal racionalização da Sra. Secretária? Como pretende extinguir essas delegacias? Será mais uma vez um critério numérico, simplesmente, da dita racionalização que S.Exa. sempre alega? Que racionalização é essa? Que  descentralização é essa que afasta, cada vez mais, o cidadão comum da possibilidade de ir ao serviço público, ao dirigente da educação da sua cidade e região para reivindicar uma vaga ou para uma informação?

            Lamentamos, mais uma vez, que esta Casa utiliza o velho critério, de que só representa a população só aqueles que fazem parte da base governista, porque segundo fui informada a secretária teria conversado com os deputados da base governista.

            Segundo informações, por volta das 15 horas a Sra. Secretária dará uma coletiva para informar, com certeza, mais uma vez essas medidas prejudicarão a população.

            Sua Excelência fala em descentralização e sabemos que as delegacias  responsáveis, têm as oficinas técnico-pedagógicas  para a reciclagem e capacitação dos professores.

Como ficam os funcionários e os professores lotadas nessas delegacias e principalmente os alunos, os pais dos alunos quando da necessidade da escola recorrer a uma instância superior? Terão que viajar quantas cidades para ter esse acesso?

            Estamos protocolando o pedido de uma Comissão de Representação desta Casa, uma vez que as Comissões permanentes ainda não estão funcionando.

Queremos, sim, que esta Casa discuta com a secretária este critério democraticamente com a representatividade de cada um de nós, de todos os partidos que compõem esta Casa e não meramente com alguns apaniguados da base governistas que têm acesso a informações, discussões e dar suas opiniões.

            Estamos, também, protocolando um requerimento de informações.

            A Sra. Rose Neubauer não pode querer continuar reinando sozinha numa atividade que atinge milhões de cidadãos, crianças, jovens, sendo que adultos já espantou da rede estadual.

            O processo de municipalização imposto que pretende é a política de "enxugar gelo".

            O Sr. Governador manda cortar recursos, porque temos uma política econômica perversa que diminui a arrecadação do Estado e linearmente vai cortando os gastos.

Até quando, como e com quais critérios? A educação tem como princípio constitucional a democracia, e uma Secretária da Educação não pode pensar que tem todo esse poder. Sendo assim, penso que esta Casa com certeza vai mobilizar-se, mas da maneira democrática e de representatividade, para discutir com esta senhora que não pensa que pode fazer tudo em nome de uma lógica linear, de uma lógica que não atende aos interesses da comunidade.

            Sr. Presidente,  passo a ler o editorial do jornal da Associação dos Juízes para a Democracia, intitulado "Jovem causa, velho problema." (Entra leitura)

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Braga. (Pausa.)Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Zarattini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vanderlei Siraque. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roque Barbiere. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Gilberto Nascimento. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Edna Macedo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ary Fossen.  

 

O SR. ARY FOSSEN - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente e Srs. Deputados, pouco acostumado ainda ao plenário desta Assembléia Legislativa, gostaria de chamar a atenção dos meus colegas, do povo presente e da imprensa, para realçar um fato que talvez sirva de reflexão para os Srs. Deputados. Em maio do ano passado, na minha cidade, por ocasião da assembléia festiva de comemoração do 19o aniversário da Associação dos Aposentados da minha cidade, associação esta que há 19 anos, como vice-Prefeito de Jundiaí, participei da sua fundação, da sua instalação, e durante os anos em que  passei na Prefeitura de Jundiaí, recebeu todo o nosso apoio, recordo-me que nos meses anteriores à eleição de outubro, fui com o coração aberto, como vice-Prefeito que era da cidade pela segunda vez. Tive a oportunidade de fazer o uso da palavra, já com um auditório de aproximadamente 500 pessoas, entre as quais  no mínimo 70% eram da minha convivência, companheiros de trabalho, de passeio, de escola, de futebol. Nesta ocasião, após ter feito o uso da palavra, fui questionado por dois vereadores da oposição que de uma maneira um pouco maldosa e maliciosa, jogaram o auditório contra nós, contra o nosso Governo, contra o Governo do PSDB em Jundiaí e nesta ocasião, esse cidadão, um vereador e uma vereadora, jogaram a platéia contra a prefeitura, dizendo que a Prefeitura de Jundiaí tinha dinheiro  para gastar com a vacinação de cães e não tinha dinheiro para vacinar os idosos com a vacina contra a gripe. Era mês de maio, não havia a possibilidade de abrir um crédito de 300 mil reais e colocar em um orçamento já com dificuldades recursos para a compra de vacinas. E a vacinação de cães, que é a campanha da vacinação anti-rábica, é feita todos os anos em Jundiaí. Já é um programa de muitos anos, cuja iniciativa já vêm de mais de 20 anos e praticamente erradicava a raiva em Jundiaí. A importância orçamentária era bem menor, a prefeitura tinha estrutura.

            Hoje, com que alegria, ao abrir os jornais, vi os idosos e os aposentados recebendo a vacina através da Secretaria Municipal de Educação. Nos jornais da capital o Sr. Governador Mário Covas compareceu ao Posto de Saúde n.º 1 , no bairro de Pinheiros, acompanhado de sua esposa para receber também a sua vacina anti-gripe. Todo mundo sabe as conseqüências e o resultado dessa vacinação principalmente para as pessoas da terceira idade. Este é o "Ano Internacional do Idoso" e ontem foi o "Dia Mundial da Saúde". Então, viemos aqui para relançar também a obra social que o Governo do PSDB faz em São Paulo, na minha cidade de Jundiaí, que conheço mais de perto, e no Brasil.

            Sr. Presidente, ontem a nobre Deputada  Mariângela Duarte usou essa tribuna para falar do drama que a população da Baixada Santista está vivendo com o problema da dengue. Minha cidade cuida muito bem disso, nobre Deputada. Tivemos dois casos ao longo de todos esses anos. Mas quero lembrar a S. Excelência - não conheço o prefeito de Santos, não sei a que  partido pertence - que também, assim como reconhecemos o trabalho do prefeito, Sr. David Capistrano, na área da Saúde, que ganhou repercussão nacional, o seu partido também governou por oito anos consecutivamente a cidade de Santos.

Veja V. Exa. que as dificuldades que surgem são inerentes. Dá impressão que o Governo do PSDB não pratica a parte social. Os gastos e investimentos em Educação e Saúde, pelo menos na minha cidade, é intenso. Não se faz tudo o que é preciso porque não se tem condições. Realmente,  o problema da dengue é gravíssimo, vai trazer sérios problemas para sua cidade não só no aspecto turístico como o problema da doença que tem conseqüências gravíssimas.

            Agradeço a atenção de todos. Acho que as dificuldades são grandes mas o Governo do PSDB caminha com todas essas dificuldades no Brasil, em São Paulo e na minha cidade.

 

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- Assume a Presidência o Sr. José Carlos Stangarlini

 

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            O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CARLOS STANGARLINI - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado  Edson Gomes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Augusto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José de Filippi Júnior.(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Arnaldo Jardim.(Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada  Mariângela Duarte.

 

            A SRA. MARIÂNGELA DUARTE - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR -  Sr. Presidente, Srs. Deputados, é simplesmente estarrecedora a notícia dada pela Sra. Rose Neubauer no Estado de São Paulo. Há pouco tempo, em um arroubo de sinceridade, chamei a Sra. Secretária de maluca e a imprensa da Baixada Santista publicou que deu muita polêmica. E há que se sustentar isso. Calculo que a Sra. Secretária, que é uma espécie de imperatriz do Governo do Estado de São Paulo, está anunciando hoje  a extinção de 56 delegacias de ensino no Estado de São Paulo, uma forma, temos que reconhecer, super maquiavélica de extinguir as queixas na área da Educação. Calculem a que nível de neurose chegou o centralismo imperial dessa senhora porque, ao extinguir  56 delegacias de ensino pelo Estado todo, vai reinar mais que absoluta. Em Araçatuba, se houver um problema, terão que deslocar 600 quilômetros para vir tratar do problema em São Paulo. É essa a jogada.

 Na contabilidade da Sra. Rose, que só sabe cortar dinheiro da Educação - e daí estarmos apoiando a abertura da CPI da Educação solicitada pelo nobre Deputado Cesar Callegari,  onde iremos ver o que tem sido sonegado na Educação - entregam  o País, entregam o Estado, privatizam de forma açodada e criminosa, para não dizer de forma escusa. De repente só temos corte na Educação e corte na Saúde. Que Governo é esse? Como é que se pode defender uma coisa dessa? Quero ver o tucano que terá coragem, hoje, de vir defender o fechamento de 56 delegacias de ensino pelo Estado.

Ou será que eles não têm uma função a prestar? Como iremos nos reportar, no Estado inteiro, às questões de educação? Há absoluta carência de vagas na rede pública do Estado. A Promotoria acionou a justiça, que deu ganho de causa pela ausência de vagas no 1o  grau.

            O Estado não responde à responsabilidade pela educação, a CPI da Educação nesta Casa é extremamente necessária. Como afirma o Deputado César Callegari, em mais de quatro foram sonegados mais de cinco bilhões à educação no Estado, daí a razão de pedir a CPI, que terá o apoio desta Deputada.

            Hoje, vem a Secretária agora, às 15 horas, anunciar o fechamento de 56 delegacias de ensino. É o maior lance de imperialismo antidemocrático na gestão educacional da história do País. E não se toma providência? Esse é um ato normal? Todos nós, do Estado, teremos que nos dirigir à Coordenadoria de Ensino do Interior, à Sra. Rose Neubauer que sequer recebe os deputados desta Casa? A Sra. Rose não recebe sequer os deputados governistas, que não pertencem ao partido do Governador.

            Eu pediria aos que vêm aqui com um discurso tão bonito de elogios à política social do Governo Mário Covas que nos explicassem esta medida absolutamente maluca e inaceitável.

            Estamos pedindo a cabeça da Sra. Rose Neubauer, que fique bem claro isso. Esta imperadora da educação, que está arrasando a educação no Estado de São Paulo, tem que cair do cargo. É isso que queremos. Não há diálogo com uma criatura deste naipe. É absolutamente inaceitável o fechamento de 56 delegacias no Estado, e os senhores verão o resultado disso.

            Sr. Presidente, passo a ler um documento que estou protocolando, mais um, para todas as autoridades de saúde do País e do Estado porque desde 1995, quando assumi o cargo de deputada nesta Casa, já anunciava o desmonte das equipes de vigilância sanitária da Sucem. É por isso que hoje estamos com esta epidemia de dengue incontrolável. É insuportável que na minha região tenha tido, só neste ano, 1943 casos de dengue. Só a cidade de Santos, na região já são mais de 3 mil casos.

            Passo a ler, na íntegra, o referido documento.(entra leitura)

Concluindo, Sr. Presidente, à época do Dr. David Capistrano, dos governos do PT, empregávamos médicos sanitaristas que hoje estão desempregados e que são os verdadeiros conhecedores do combate desta doença e de outras tantas epidemias. Há uma diferença que é bom nem comentar.

            Mas hoje, além da gravidade nas questões da saúde, o Governo do Estado de São Paulo terá que explicar este centralismo imperial da Sra. Rose Neubauer, porque não aceitamos, não daremos trégua e queremos a cabeça desta secretária. É o mínimo que o Governador Mário Covas pode dar a pais, comunidades, alunos e professores. 

 

            O SR. RAFAEL SILVA - PDT - PELO ARTIGO 82 - Sr. Presidente, nobres colegas, vou falar sobre a CPI do Judiciário e também sobre a reforma do Judiciário.

            O Congresso Nacional discute, e discute de forma acirrada, estas matérias. A CPI do Judiciário, num primeiro momento, parece mais algo que tenha um interesse político, um interesse de promoção. Talvez se busque realmente o crescimento do Judiciário, ou seja, das instituições democráticas, públicas deste País. Mas a reforma nos parece mais aconselhável neste momento porque o próprio Judiciário estará dando opinião e participando deste processo.

Hoje, a sociedade brasileira não aceita a morosidade do Judiciário. Antes de tudo, a morosidade representa injustiça, principalmente para aqueles que precisam desta instituição. Mas temos que prestar atenção nesse pedido de CPI porque o próprio Judiciário precisa repensar sua realidade.

            Queremos citar o exemplo de prefeitos que têm seus mandatos suspensos porque um promotor entende que, através de uma liminar, essa suspensão deve ser concedida. Não é o Tribunal de Justiça que julga essa liminar, é o juiz da cidade, que sofre pressão da população, que sofre pressão política e depois meses e meses se passam sem que uma decisão definitiva seja alcançada. Todos sabemos que, se o governador tiver seu mandato suspenso e depois de 180 dias nada for provado, ele retorna ao cargo.  Isso não acontece com os prefeitos.     

 Faço uma pergunta a todos os membros do Legislativo, do Executivo, do Judiciário e do Ministério Público: quem são esses prefeitos sobre os quais pesam pedidos de liminares de suspensão de mandatos? Quais são os partidos desses prefeitos? Será que se amanhã um partido político que hoje se encontra na situação, e no futuro seja da oposição, terá enxurradas de pedidos de suspensão? 

Entendo que é um momento de reflexão. O próprio Tribunal de Justiça, através dos desembargadores, deveria analisar com critério e carinho essa situação para ver se é o Tribunal que deveria dar a palavra final sobre a suspensão ou se são os juizes. 

A revista "Época" dessa semana trouxe uma matéria que fala sobre  procurador, sobre o Ministério Público e sobre  os promotores; seria importante que os colegas desta Casa tivessem conhecimento de todos os seus detalhes. O "Jornal do Advogado" do dia 12 de março, editado pela OAB,  em sua página 31, trás uma matéria denominada "A morte de Danton, faltam heróis", do Sr. Paulo Sérgio Leite Fernandes, muito bem elaborada, que fará parte do meu pronunciamento para que os leitores do Diário Oficial tomem conhecimento dos problemas apontados pela própria OAB, cujo texto é o seguinte.

Quero colocar outro assunto. Está em tramitação nesta Casa um projeto que tira a imunidade do parlamentar. Será que o parlamentar de oposição que denuncia fatos, o parlamentar independente, sério, amanhã ou depois não poderá ser perseguido e contra ele pesar uma prisão em flagrante, que poderá ser forjada naquele momento? Como esse parlamentar responderá à população se é ou não bandido, se é ou não culpado? Será que a retirada desse instrumento não servirá a quem está no poder e prejudicará a população como um todo? E os prefeitos que têm seus mandatos suspensos sem terem sido julgados? E se amanhã forem inocentados? Será que a população já não imaginou que aquele prefeito, por ter sido suspenso, não é marginal, bandido, corrupto? Essas são questões que precisam de reflexão profunda.

Passo a ler artigo a que me referi: (Entra leitura)

 

O SR. NEWTON BRANDÃO - PTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, quero trazer a esta Casa uma informação que se fosse só de cunho pessoal, ou esta alegria fosse apenas repartida comigo e com minha cidade, por certo não ocuparia esta tribuna.

Hoje é o aniversário de Santo André da Borda do Campo, que completa 446 anos. É uma data histórica. Temos duas datas importantes. Esta é a primeira delas.  João Ramalho saiu de São Vicente, subiu a serra e ali criou, por determinação de Martim Afonso de Souza, a Vila de Santo André, em 1553.

Em 1540, por determinação do Sr. Governador Geraldo Brasil Mendes Sá, a nossa cidade foi transferida para o Pátio do Colégio. Para nós isto tem um significado muito importante, pois todos sabem que a civilização brasileira, de acordo com o historiador Capistrano de Abreu, é uma civilização de periferia, das praias. Ninguém procura atingir o altiplano e até hoje ainda estamos na luta para a conquista do oeste da Amazônia.

As atas da Câmara de Vereadores, criadas, como dizem os seus Estatutos, pelos homens bons, dignos e honestos daquela cidade, vieram transferidas para São Paulo e, na época de Washington Luís, mandaram ser traduzidas do português quinhentista para o português moderno.

Santo André está em festa e as festas nessa cidade têm um cunho muito especial. Elas se comemoram com inauguração de obras públicas em benefício da coletividade. O ilustre deputado Milton Flávio, que está aqui ao meu lado, conhece o problema da saúde da nossa cidade Está sendo entregue oficialmente um centro médico hospitalar que, junto com a faculdade de medicina, atenderá mais de 200 leitos, com enfermaria de primeiro mundo, centro cirúrgico, tudo da melhor qualidade.

Nós só ouvimos, lamentavelmente, brigas. Não sou contra as brigas, mas já passei dessa fase. Agora sou corpo de bombeiro honorário e efetivo, mas compreendo as queixas de todo tipo. Em Santo André nós temos as nossas queixas, que resolveremos por lá mesmo.

No entanto, preciso trazer a minha alegria, porque na bandeira de Santo André e de São Paulo deve estar escrito: "Terra mãe dos paulistas".  Lá foi criada uma escola maravilhosa de sertanistas. Aqueles mamelucos saíram pelo interior do Brasil, abrindo fronteiras, criando cidades.

Há escritores que agora estão mudando tudo, querem mudar a história do Brasil, a guerra do Paraguai, a fundação da nossa cidade mas nós, que temos uma visão  conservadora, achamos que João Ramalho foi um grande homem. Quero distribuir a minha alegria com todos os deputados, com os nossos amigos que são companheiros do Sindicato dos Metalúrgicos, onde trabalhei como médico  há muitos anos. Na nossa terra ainda não havia o PT, mas já havia os anarco-sindicalistas que foram a nossa origem, a "italianada" que foi para lá no início da nossa civilização.

            Amigos, Srs. Deputados, nossos cumprimentos a nós mesmos porque Santo André e o ABC estão  em festa e São  Paulo e o Brasil também estão.

                      

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CARLOS STANGARLINI - Esta Presidência   registra sua manifestação.

 

O SR. MILTON FLÁVIO - PSDB - PELO ARTIGO 82 - SEM REVISÃO DO ORADOR-  Sr. Presidente e Srs. Deputados, ouvimos atentamente algumas manifestações dos que nos antecederam  em plenário. Quero deixar ao povo de Santo André o abraço do PSDB por essa data. Conheço bem aquela região, faço parte do corpo clínico e sou colaborador da Faculdade de Medicina do ABC. Quero deixar meu registro pela manifestação do nobre Deputado Ary Fossen que comemora, como nós, a vacinação do idoso. É bom sempre relembrar que essa vacinação começou com um projeto de lei aprovado nesta Casa e de autoria deste deputado.

            Na verdade, ocupo este microfone para tentar recolocar um pouco de ordem na Casa. Esta Assembléia conhece o Deputado Milton Flávio que  na gestão passada  teve embates sérios com a Secretária da Educação. No entanto, isto não nos faz inimigos pessoais da Secretária e  nem pessoa reconhecida do grande trabalho que tem sido feito pelo PSDB neste Estado. Poucas áreas tiveram do nosso Governo atenção maior e investimento maior no sentido de racionalizar e aprimorar, não de centralizar, mas na realidade subtrair ou suprimir  instâncias que no passado dificultavam a ação produtiva daqueles que têm  a pretensão de fazer uma boa educação neste Estado.  Ouvi a nobre Deputada Mariângela Duarte de maneira muito exaltada e emocionada pedir a cabeça da Secretária -  mais uma vez-, como ela mesma acaba de dizer .Fico surpreso porque isso parte de uma democrata; são gestos como esse que contribuem  para ampliar a violência e  não me parece que seja a maneira adequada  de falar ou proceder de uma  grande educadora.  Se alguma mudança ocorrer na área das delegacias de ensino deste Estado, na verdade ocorrerá na mesma direção do que temos feito até agora na educação, ou seja, no sentido de modernizar a máquina, de informatizar a administração, de racionalizar procedimentos e seguramente não faremos a centralização.  Aliás, a centralização,  o poder  concentrado não é prática do PSDB, que  é o Partido da Social Democracia, que socializa. Neste plenário já nos acostumamos a ver o PSDB permitindo um discurso absolutamente livre de seus membros , a contestação dentro da própria bancada, diferentemente de outros partidos que, de forma centralizada, obrigam seus membros a trabalhar e votar sempre da mesma forma. Portanto, não seria no exercício de um poder em que tivemos a aprovação da população que faríamos  uma mudança deste comportamento. Gostaria de tranqüilizar este plenário e a população de São Paulo, pois não haverá nenhuma mudança de curso. O PSDB continuará fazendo em São Paulo a revolução educacional que prometeu e, se possível, vai racionalizar e otimizar  recursos e, de preferência, vai evitar instâncias intermediárias que possam dificultar a proximidade entre o Governo e o povo.

Mais do que isso. Nós comemoramos essa possibilidade porque graças à municipalização crescente do ensino em São Paulo, obra e arte deste Governo, temos hoje menos escolas para administrar e é possível que racionalmente em função disso possamos, primeiro, reduzir a área administrativa, que não é, na verdade, a  atividade-fim da Secretaria da Educação e, segundo, diferentemente de outros governos que incharam a máquina, permitir que aqueles professores voltem àquela atividade que seguramente os motivou para o ingresso no Magistério, que é poder voltar à sala de aula, poder se reencontrar com seus alunos, ter aquele contato tão agradável e tão adequado com aquelas crianças que precisam de nós para ensinar, não para cortar cabeça, mas para fazer de fato aprender qual o caminho mais adequado de um país que pretende ser livre, inteligente e democrático.

 

            O SR. CESAR CALLEGARI - PSB - PELO ART. 82 - Sr. Presidente e Srs. Deputados, não posso me manifestar conclusivamente a respeito daquilo que tem sido noticiado neste plenário a respeito da extinção de delegacias de ensino.

                       Ainda não conhecemos, embora informações muito gabaritadas nos fossem trazidas desde o dia de ontem aqui neste plenário de pessoas que tiveram contato com o Palácio dos Bandeirantes, a verdade dos fatos, por isso vou me resguardar para uma manifestação mais conclusiva quando essas informações vierem a público. Contudo, não poderia deixar de registrar aqui a minha perplexidade com o fato de uma parte significativa de Deputados da bancada governista nesta Assembléia ter sido, desde a tarde de ontem convidada para diálogos restritos com a Secretária da Educação a respeito de temas relacionados -e agora confirmados pelo Deputado Milton Flávio-  a uma racionalização da Secretaria Estadual da Educação.

            Tenho muito medo quando se fala em racionalização por parte desta secretária estadual, porque  quando se fala de racionalização temos que ter uma tradução da tragédia que foi colocada em prática por uma secretária que fechou 152 escolas, não delegacias de ensino, que dispensou 47 mil professores e não porque estavam sobrando não, mas porque salas de aulas foram sistemática e pensadamente abarrotadas de alunos comprometendo a qualidade do projeto pedagógico nas escolas. Isso é mau para a Educação.

            Não podemos aceitar aquilo que considero o maior crime de lesa educação cometida em todos os tempos no Estado de São Paulo, qual seja, a redução de nove milhões e 200 mil aulas na racional nova grade curricular. Nove milhões e 200 mil aulas por ano foram subtraídas na rede pública do Estado de São Paulo: aulas de história, de geografia, de química, de física, de biologia, de filosofia e de sociologia. Com isso, estão retirando as condições elementares para que parcela significativa da população -e da população pobre que depende de escolas públicas- possa ter as condições efetivas de cidadania e de competir num mundo cada vez mais competitivo.

            Então quando o Deputado Milton Flávio fala de racionalização, a minha alma estremece porque sei o que pode estar vindo por aí. Estou para verificar qual a medida tomada por esta Secretaria Estadual da Educação que não tenha sido medidas propositalmente colocadas em prática para retirar as responsabilidades do Governo do Estado de São Paulo no que  se refere ao atendimento de um serviço público essencial para a população que é o serviço educacional.

            Estamos muito preocupados com isso; em tese as preocupações levantadas pelas Deputadas Mariângela Duarte e Maria Lúcia Prandi são corretas, porque  delegacias de ensino deveriam   significar sempre elementos de assistência pedagógica mais concreta nas escolas, não apenas em relação às escolas públicas, mas também em relação às escolas particulares.

            Vamos imaginar que, por azar, a Secretária Estadual de Educação consiga fazer prosperar, o que não conseguiu até agora, o projeto da municipalização. Quem vai dar assistência pedagógica de planejamento educacional para esses municípios, muitos dos quais pequenos que não têm estrutura técnica e que poderão ficar à mercê de processos canhestros em termos de Educação, porque nem todos os prefeitos têm o preparo de entender o alcance social do instrumento educacional como instrumento de  cidadania. Portanto, estamos preocupados e perplexos com isso, porque desta feita deputados estaduais da base governista foram chamados à Secretaria de Educação. Deve ser alguma coisa de muito mais grave, porque se diminuíram nove milhões e 200 mil aulas, fecharam escolas, demitiram 47 mil professores e nenhum Deputado aqui foi consultado -soube que ontem, à noite, a própria Secretária se dispunha a estar aqui- é porque alguma coisa extremamente grave está por vir.

            Esperamos, além das singelas manifestações do Deputado Milton Flávio, que o Líder de Governo nos dê uma explicação mais detalhada. E melhor ainda, Sr. Presidente, Srs. Deputados: que a própria Assembléia Legislativa assumisse, de uma vez por todas, as rédeas de seu poder fiscalizador em relação aos atos praticados pelo Governo, é nossa prerrogativa, é nossa atribuição e pergunto, para finalizar: quem tem medo da CPI da Educação?

 

           

O SR. CONTE LOPES - PPB - PELO ARTIGO 82 -  Sr. Presidente, estava acompanhando os pronunciamentos a respeito da Educação e vi o Deputado Gilberto Nascimento lendo um jornal onde dizia: bandidos executam policiais em São Paulo.

            Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Estado de São Paulo, a cidade de São Paulo, é o local onde mais se matam policiais no mundo. Às vezes a gente vê em relatórios de pessoas ligadas aos Direitos Humanos que a polícia de São Paulo é a que mais mata no mundo, mas em contrapartida São Paulo é o local onde mais morrem policiais do mundo. Então está mais ou menos empatado.

            Ontem os jornais diziam da morte de um tenente, de um investigador de polícia e de um sargento. Fora isso, na porta de uma escola, duas policiais femininas uniformizadas foram roubadas em seus revólveres. Então é uma inversão de valores total. A gente não sabe mais se quem está mandando nas ruas é a polícia ou os bandidos.

Via ontem, nos jornais também, que o Comando Geral da Polícia Militar premiava com medalhas os policiais que pretenderam assaltantes de bancos sem dar um tiro sequer, apesar de terem sido recebidos à bala.

            Então a gente vive numa inversão de valores. O policial pode ou não usar sua arma quando é recebido à bala? A lei é clara e cristalina nisso: em legítima defesa e  usando moderadamente dos meios, pode repelir agressão iminente. Quer dizer, pela lei o policial não precisa nem esperar o bandido atirar, ele pode atirar antes do bandido. Agora aqui em São Paulo, se a gente vai ter de premiar o policial porque não atirou mesmo sendo recebido à bala, vamos continuar a ver nos jornais assassinatos de  quatro, cinco, seis policiais.

Acho que está na hora da Secretaria de Segurança Pública começar a definir,  porque acredito que o policial já nem sabe mais o que faz da vida. A função dele seria dar segurança à sociedade, mas infelizmente o povo está à mercê da sanha assassinada de bandidos.

O SR. ROQUE BARBIERE - PTB - PARA UMA INFORMAÇÃO - Sr. Presidente, ouvi atentamente as palavras do nobre Deputado Milton Flávio comunicando à Casa a possibilidade do fechamento de algumas delegacias de ensino no nosso Estado, bem como a manifestação do nobre Deputado Cesar Callegari e quero falar como alguém que mora a 600 quilômetros de São Paulo e que acha que a Secretária está certa. Vou dizer o porquê.

Há um tempo atrás foram fechadas as DREs, Delegacias Regionais de Educação, foi um barulho enorme no Estado todo. Mas, ninguém sentiu falta do fechamento das Delegacias Regionais de Educação, pelo menos na minha região;   eram verdadeiros cabides de emprego que nada faziam pela Educação. Hoje, a maioria das Delegacias de Ensino do nosso Estado também são cabides de emprego.

Esse negócio de reciclagem, de orientação pedagógica, só fala isso quem está por fora, não acontece em delegacia de ensino nenhuma.. É um grande cabide de emprego e com a informatização da educação, com a municipalização da educação, porque não é culpa do governo do Estado, é uma emenda aprovada no Congresso Nacional e que obriga, sim, os municípios, ao longo do tempo - é irreversível - a municipalizarem  pelo menos parte do seu ensino. Acho que a delegada  - não sei quantas delegacias vão fechar - está certa. E se possível que ao longo do tempo esse processo se acelere , que  se fechem  todas as delegacias de ensino e se abram mais escolas, como abriu na minha cidade de Birigüi.

Esse governo, que é acusado de não construir escolas, na minha cidade construiu quatro grandes escolas, não há falta de salas. Houve aumento salarial para o professor nesse período - embora o professor mereça ganhar muito mais do que ganha, todos nós concordamos com isso - de 110 a 230% , o que não acontece no  País inteiro, nem mesmo os deputados lá de Brasília conseguem aumentar o seu salário nessa proporção.

Então, nós, que apoiamos o governo, fazemos parte da base governista, achamos justo dar aqui  para os companheiros, para esta Casa, para os leitores do "Diário Oficial" essa explicação, essa justificativa,  e entendemos que a Secretária da Educação entende de educação, tanto é  que depois que essa mulher assumiu acabaram as greves. Os professores não fazem mais greve, eles estão entendendo que a coisa realmente tem sido séria. A APEOESP hoje não manda mais na educação, quem manda na educação é o governo do Estado, que tem uma  política educacional e que a está implantando com a aceitação da sociedade, tanto que reelegeu este governo.

Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente e Srs. Deputados.

 

O SR. JOÃO  CAMAREZ  - PSDB -  PARA UMA  RECLAMAÇÃO  -  Sr. Presidente,  uso o microfone neste momento única e exclusivamente para tranqüilizar o nobre Deputado Cesar Callegari. Com todas essas mudanças de racionalização, que a Secretária está anunciando, haverá um total de duas mil e trezentas pessoas remanejadas,  que não perderão seus empregos, entre supervisores de ensino, delegados, auxiliares e serventes. Essas pessoas serão utilizadas em um outro local de trabalho. Então, do ponto de vista funcional, do ponto de vista corporativista, não há que se preocupar com relação às mudanças. Agora, com relação à racionalização, não resta dúvida alguma de que é uma medida certa, coerente, aliás, medida que o nosso Governador vem tomando desde o primeiro dia do seu primeiro mandato. Temos delegacias de ensino que hoje estão administrando sete escolas, com um corpo de funcionários muito grande. Isso é totalmente inviável. Chegou o momento de se mostrar  - e isso o nosso Governador está  fazendo -  como se utiliza o dinheiro público, de que maneira se  administra o dinheiro público. Nós não podemos mais, em  hipótese  alguma, por conta de  construir escolas-padrão, escolas- modelo, como se construíram em governos anteriores, gastar absurdos de dinheiro para satisfazer a vontade de meia  dúzia.

Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente e Srs. Deputados.

 

O SR. PRESIDENTE -  JOSÉ  CARLOS  STANGARLINI - PSDB -  Srs. Deputados, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande  Expediente.

 

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- Passa-se  ao

 

G R A N D E     E X P  E D I E N T E

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ  CARLOS  STANGARLINI - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado  Arnaldo Jardim.

 

O SR. ARNALDO  JARDIM  - PMDB - SEM REVISÃO  DO ORADOR  - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,  usarei sete minutos e meio e  o tempo restante vou passar ao nobre Deputado Gilberto  Nascimento.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, utilizo este instante para registrar a minha alegria pela constituição na Assembléia Legislativa da Frente Parlamentar pela Habitação. Inúmeros parlamentares  participaram dessa reunião.     

Tivemos um importante momento em que não só se reafirmou a questão da construção, da habitação, em nosso entender um instrumento indispensável neste momento para enfrentar a crise e gerar empregos, mas se constituíram ali iniciativas concretas para que a Assembléia Legislativa possa estar presente, propondo alternativas, tomando iniciativas com relação a essa questão.

            O sucesso desta reunião pôde ser medido pelo número de parlamentares presentes e, principalmente,  pela  participação ativa dos mesmos.

            Farei um breve resumo, porque a discussão foi muito rica e não será possível, neste curto espaço de tempo, expor tudo o  que lá foi discutido.

            Mas, por exemplo, o nobre Deputado Henrique Pacheco, ao mesmo tempo em que destacava a importância da Frente,  propôs que se fizesse uma avaliação bastante rigorosa com relação ao Programa Mutirão desenvolvido pela CDHU. Destacou  S. Exa. que a atividade hoje dos mutirões faz com que este setor já seja um concorrente importante no mercado de materiais de construção, tenha um grande peso quando decide adquirir um material, e isto deva ser usado para conseguir tanto um barateamento quanto uma melhoria da qualidade dos materiais.

            Destacou, ainda, o trabalho que a UMM vem fazendo na Cidade de São Paulo.

            Já o nobre Deputado Paulo Teixeira teve também uma participação destacada quando propôs que a Comissão se dedicasse a fazer uma avaliação sobre utilização da destinação do um por cento do ICMS ao setor habitacional. Todos sabemos que não existe mais a vinculação automática, ela se dá de uma forma informal estabelecida pela Assembléia, e há, portanto, necessidade de redobrar os esforços deste Legislativo para que se possa fazer uma avaliação da aplicação tanto do volume como da destinação destes recursos.

            Lembrou a necessidade de o conselho que deve acompanhar esta aplicação ter um funcionamento ativo.

            De outra parte, o nobre Deputado Dimas Ramalho, ex-Secretário da Habitação e profundo conhecedor do assunto, defendeu também a importância do debate aqui na Assembléia e a necessidade de acompanhamento da destinação dos recursos de um por cento do ICMS, além de propor que o trabalho da Frente Parlamentar de Habitação tivesse a garantia de uma continuidade sistemática.

            O nobre Deputado Cesar Callegari, igualmente presente de forma ativa, chamou a atenção para a importância da fiscalização da destinação do um por cento do ICMS.

            Já o nobre Deputado Willians Rafael, líder do PL,  lembrou da sua experiência  em Osasco, do movimento "Casas para Todos", que possibilitou a construção de grande número de unidades. Destacou a necessidade que os movimentos sociais têm de estar permanentemente participando das atividades da Frente.

            O nobre Deputado Cabo Wilson chamou atenção para outro aspecto, ou seja, o papel dos municípios, particularmente na cidade de São Paulo, na efetivação da política habitacional. Testemunhou a sua atividade para que o programa habitacional tivesse uma destinação específica para um setor, no caso a Polícia Militar de São Paulo.

            Já o nobre Deputado Edson Aparecido destacou o programa do Governador Covas de atingir a construção de 250 mil moradias, e chamou a atenção para a necessidade de que a Caixa Econômica Federal tenha uma maior destinação de recursos para São Paulo, e a necessidade de ir de uma forma mais decidida em busca destes recursos.

            O nobre Deputado Carlos Almeida também destacou a sua experiência e acabou abordando uma questão já anteriormente tratada pelo nobre Deputado Willians Rafael e por vários parlamentares, a proposta de constituição de uma comissão permanente nesta casa para tratar do assunto de Habitação e Urbanismo que pudesse ser incorporada, aprovada e tivesse uma instância ainda mais efetiva para seu encaminhamento e tratamento.

            A nobre Deputado Maria Lúcia Prandi também teve uma participação muito ativa quando chamou a atenção para que o conceito de habitabilidade orientasse a discussão.

De uma forma mais ampla, chamou a atenção  para a necessidade de uma política de cortiços, política com relação a locação social e destacou a sua experiência com relação às vilas de solidariedade.

 O Deputado Lobbe Neto, ao mesmo tempo em que concordava com a proposta apresentada por mim, de um debate com o ex-Secretário Nacional da Habitação Dr. Edson Ortega , chamou atenção para que os recursos do FAT, que  devem se destinar também à questão habitacional, pudessem agora ser acompanhados e pudessem vir a entregar fonte adicional de recursos para a política habitacional  do Estado de São Paulo.

 Finalmente, em nome das entidades presentes, falou lá o Dr. Sérgio Porto, Presidente do Sinduscom, destacando o peso do setor da construção da habitação 8% do PIB e a sua capacidade de geração de emprego.

 Sr. Presidente, quero destacar que lá também estiveram o Deputado Vitor Sapienza, a nobre Deputada Mariângela Duarte, o nobre Deputado Renato Simões, assim como esteve representado, durante praticamente todo o período, de uma forma muito ativa, o Deputado Ary Fossen.

 A nobre Deputada Edir Sales fez chegar, inclusive por escrito, uma proposta sua que diz respeito à constituição de políticas habitacionais municipais, de comissões municipais de acompanhamento.

 Ao final, Srs. Deputados deliberamos por: 1º -  a frente aplaudir, envidar esforços para que uma comissão permanente de habitação e urbanismo se constitua nesta Casa; 2º - tomarmos iniciativas diligentes -  e  fico até encarregado, por conta da indicação que tive, para ser o coordenador dos trabalhos da frente parlamentar da habitação. Incontinente, recorri ao nobre Deputado Edson Aparecido para que pudesse me ajudar nesse trabalho para que possamos fazer um novo debate com a presença do Dr. Edson Ortega, para que possamos tomar medidas no sentido de que a Casa seja informada sobre a destinação da aplicação de 1% do ICMS.

Todos nós podemos nos somar na realização de um grande seminário nacional sobre a política habitacional do Estado, que é iniciativa da frente parlamentar  da habitação, com o apoio, tenho certeza, de todos os partidos parlamentares desta Casa,  em fins de junho.

 

 Encerro, Sr. Presidente, agradecendo a atenção de todos e passando os sete minutos e meio que me restam, ao nobre Deputado Gilberto Nascimento.

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CARLOS STANGARLINI - PSDB - Registramos a presença do nobre Deputado Federal Fernando Zuppo,  neste plenário.

            Tem a palavra o nobre Deputado Gilberto Nascimento, por cessão de tempo do nobre Deputado Arnaldo Jardim, por sete minutos e meio.

 

                                         *          *             *

- Assume a Presidência o Sr. Newton Brandão.

                                              

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O SR. GILBERTO NASCIMENTO - PMDB- SEM REVISÃO DO ORADOR  - Sr. Presidente, Srs. Deputados, quero inicialmente agradecer ao meu amigo Deputado Arnaldo Jardim, pela cessão de tempo a este Deputado.

            Sr. Presidente,  continuo vindo a esta tribuna para dizer da minha indignação pelo que continua acontecendo neste Estado.

 Aqui não venho com objetivo crítico de figuras como o atual Secretário de Segurança Pública, ou do Delegado Geral de Polícia e muito menos do comandante Geral de Polícia.

 Venho aqui mostrar e deixar registrado nos anais desta Casa de forma triste o que continua acontecendo com o problema de segurança pública no nosso Estado, em que pese, mais uma vez, reiterarmos que reconhecemos o grande esforço do Governador do Estado que tem aplicado vultuosos recursos na área de segurança pública na compra de viaturas, na compra de coletes, na compra de armamentos.

Infelizmente, Sr. Presidente e Srs. Deputados, isso não tem surtido o real efeito porque a criminalidade está crescendo a cada dia. Estamos vivendo uma fase em que as pessoas estão com medo de andar na rua. E, mais uma vez, vou repetir aqui o que disse na semana próxima passada, que as pessoas estão se engaiolando, estão se enjaulando, com medo de andar nas ruas, com medo de estar em liberdades nas ruas, nos bairros onde moram.

Já não é mais problema hoje dos bairros ricos, pobres ou de classe média. O que temos observado é que em todas as regiões da cidade e do Estado a violência explodiu, de uma maneira inexplicável.

            Os jornais de hoje nos trazem, assim como os de ontem e anteontem, a morte de policiais. Os policiais passaram a ser o grande alvo dos bandidos. Policiais são mortos a cada instante. Temos tido uma média de 3 ou 4 policiais por dia sendo assassinados pelos ladrões.

            O SBT Repórter da semana passada, que passou novamente ontem, trouxe o quadro da violência neste Estado, inclusive entrevistando bandidos, que diziam qual era a sua forma, o seu "modus operandi". Bandidos que diziam que policiais, quando encontrados nas ruas, têm que ser mortos. Bandidos que diziam que o policial precisa ter o dedo duro e atacá-lo antes.

            Onde chegamos, Srs. Deputados! Se antes a população queria uma viatura policial perto da sua casa, hoje ela não a quer mais, porque sabe que a viatura também pode ter os soldados, a sua viatura roubada, podendo ter as suas armas roubadas e assassinados, e aquela mesma arma servir para vitimar  outras pessoas.

            Os jornais de hoje trazem na página policial: "Bandidos executam policiais". Um tenente, um sargento e um investigador forma assassinados por bandidos, que não se intimidaram e ainda atacaram duas policiais militares, levando as armas da corporação.

            Um outro sargento também não escapou dos ladrões que roubaram o seu carro, o celular e os documentos. São alguns policiais que estavam de serviço e outros que estavam fazendo bicos, dado seus salários tão pequenos, que hoje recebem.

            Observamos aqui um investigador de polícia da cidade de Osasco, o investigador Sidney Afonso de Camargo, de 34 anos, morto a tiros às 20 horas e 30 minutos, na terça-feira, por assaltantes, na porta da sua casa, em Osasco, na Grande São Paulo.  Sua mulher, dona Cleide, que o aguardava no portão, foi também baleada. Esse investigador que chegava do seu trabalho, da delegacia onde teria passado o dia trabalhando em prol da população, tentando reduzir o índice de criminalidade, e que também se torna vítima. Perde o maior bem que o ser humano pode ter que é a sua própria vida.

            Esse policial que está deixando a esposa, está deixando um filho legítimo e também três filhos adotivos; crianças órfãs, que ele agora se colocava na condição de pai. Infelizmente, essas crianças, por uma segunda vez não terão seu pai, porque morreu nas mãos de bandidos, que vivem para não fazer outra coisa, senão para assassinar pessoas nas ruas deste Estado.

            Há também um sargento da PM, que enquanto escoltava um carro de entrega de cigarros, também foi morto por assaltantes, na noite de terça-feira. Um policial, de 38 anos, foi também baleado, nas mesmas condições.

 O 2º Tenente, Elias Pinto dos Reis, de 37 anos, foi também assassinado às 21 horas e 30 minutos, de terça-feira, na zona Leste.

 Portanto, a violência existe na zona Sul, Norte, Leste e Oeste.

            Srs. Deputados, onde vamos chegar? Infelizmente, temos uma média de 60 assassinatos por final de semana.

            Desde que abrimos a sessão até agora duas pessoas já foram assassinadas; porque a cada hora uma pessoa é assassinada nesta cidade.

            Quatrocentos veículos são roubados por dia no nossa cidade. Temos a terceira cidade mais violenta do mundo; perdendo somente para cidades da Colômbia.

            Quero dizer aos senhores que, se me perguntarem se existe uma receita mágica para resolver esse problema, não sei, e creio que ninguém tenha.

 Volto a cobrar, Sr. Presidente, que esta Casa faça alguma coisa o mais urgente possível. E digo isso ao nosso querido Presidente Vanderlei Macris, vamos

 

Vamos organizar um grupo de deputados desta Casa e que se traga o Secretário de Segurança Pública, o Delegado Geral de Polícia, o Comandante Geral, o Ministério Público, a Comissão de Direitos Humanos, todos aqueles que querem ver o problema de segurança resolvido e tentar qualquer saída possível, porque o nosso povo não consegue mais viver desta forma.

Hoje estamos vivos, mas amanhã não sabemos porque andamos nas ruas.

            Há pessoas que podem circular por aí com seus automóveis  blindados e com sua segurança, mas infelizmente a maioria da população não pode.

            Sr. Presidente, somos campeões mundiais de morte por arma de fogo e o País que mais mata jovens de 15 a 25 anos. Srs. Deputados, vamos preocupar com a situação, porque, infelizmente, qualquer um de nós pode ser a vítima amanhã.

            É profundamente lamentável essa situação e o mais breve possível temos que tomar decisão drástica e tentar chegar a alguma proposta viável para que o problema de violência, nesta cidade, seja resolvido.

           

O SR. PRESIDENTE - NEWTON BRANDÃO - PTB - Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Tobias. (Pausa.)

 

            O SR. GERALDO VINHOLI - PDT - Sr. Presidente, vou usar o tempo do nobre Deputado Pedro Tobias.

           

 O SR. PRESIDENTE  - NEWTON BRANDÃO - PTB - Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi,  por cessão de tempo da liderança do PDT.

 

                       O SR. GERALDO VINHOLI - PDT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, quero manifestar a minha satisfação de conviver com meus colegas deputados nesta Casa, onde tenho encontrado respeito, competência e procedimentos dignos de um Poder que prima pela lisura das coisas públicas.

            Cumprimento a Mesa, na pessoa do Presidente Vanderlei Macris, pela seriedade e respeito com que tem tratado o nosso partido e nossos deputados. Cumprimento também  o ex-presidente do PTD e Deputado Federal Fernando Zuppo, que se encontra presente na Casa.

            Hoje venho falar da concessão de estradas no Estado de São Paulo e da conseqüente cobrança de pedágio, tema  referente ao requerimento que protocolamos ontem, nesta Casa.

            O processo de privatização implantado no País e neste Estado, seguiu o exemplo de inúmeros outros países subdesenvolvidos em que se incluem, sem distinções, as atividades ou empresas que ameaçam até a segurança, autonomia e independência do País, ou mesmo em áreas que comprometem diretamente o nosso desenvolvimento, colocando-nos, muitas vezes, na condição de escravos  das grandes potências.

            Somos favoráveis à política de privatização, tirando do governo aquelas atividades que podem ser melhor desempenhadas por empresas privadas. Mas não somos favoráveis, de maneira alguma, a que o governo abra mão da fiscalização, da definição de parâmetros de segurança e da qualidade de serviços, que deixam a nossa população usuária sem ter como se proteger; todos assistem, como tem ocorrido nesse País, e ninguém toma providências.

            No caso das estradas do Estado de São Paulo, queremos conhecer profundamente  os critérios utilizados na privatização e cobrança dos pedágios, sendo que em determinados trechos, numa época em que não há sequer inflação, temos um aumento superior a 50% já se programa novo aumento, anunciado nesta semana ou na semana passada, pelo Sr. Secretário dos Transportes.

Manifestamos a dificuldade que temos tido em obter dados oficiais, neste sentido, junto às secretarias responsáveis, para que possamos, de forma oficial, divulgá-los.

Antes do aumento abusivo, a arrecadação destinava-se aos cofres públicos, agora destina-se às empresas privadas, o que tem sido reclamação constante e crescente por parte da população do Estado, tem sido matéria na imprensa e manifestação de inúmeras organizações de atividades produtivas que sentem, no dia-a-dia, que isso é um complicador, dificultando seus negócios, prejudicando e causando, ainda mais, aumento de desemprego e perda de emprego por parte de inúmeros pais de família, neste País e neste Estado.

Tem-se colocado novos pedágios às vezes em trechos que sequer há acostamento. Tem-se colocado, em outros trechos, cobrança de ida e volta, enquanto cobrava-se somente a ida. Temos, como disse, aumentos superiores a 50%, no geral, em uma época em que não há inflação.

Com o aumento de pedágio, transportadoras têm desviado o fluxo de veículos para estradas secundárias. São veículos pesados misturados a veículos de passeio, em pistas que não fornecem nenhuma condição de segurança. Isto tem aumentado o número de acidentes, estragando inclusive o piso de estradas que ainda estão sob a responsabilidade do Governo - quanto a essas, ainda não houve manifestação e elas são, ainda, de responsabilidade do Governo.

Estamos acompanhando vários movimentos que estão se iniciando no interior: temos recebido 'fax', manifestações da imprensa, abaixo-assinados, e tenho a certeza de que teremos, nesta Casa, o apoio necessário para podermos dar uma resposta à população. Temos de dar uma resposta à sociedade, honrando a confiança do voto que recebemos. Temos de ser o instrumento de uma resposta ao povo, que não tem com quem falar.

Temos certeza de que tal resposta é de interesse de todos, inclusive do Governo e de todos nós, que somos representantes do povo, e que estamos, no dia-a-dia, recebendo as reclamações e manifestações.   

 

O SR. PRESIDENTE - NEWTON BRANDÃO - PTB - A Presidência tem a grata satisfação de anunciar a presença dos ilustres Vereadores da cidade de Lins, Srs. José Gomes e Rodolfo Alves. (Palmas.)

Tem a palavra o nobre Deputado Petterson Prado.

 

O SR. PETTERSON PRADO - PDT - SEM REVISÃO DO ORADOR  -  Sr. Presidente, Srs. Deputados, pela primeira vez faço uso da tribuna nesse começo de meu mandato. Como o nobre Deputado Vinholi falou, também estou me familiarizando com a Casa, conhecendo suas dependências e os colegas deputados.

Venho à tribuna para falar um pouco sobre o que o Governo do Estado está fazendo em algumas cidades maiores: o chamado Poupa Tempo. Tem feito um trabalho muito bom, com atendimento de ótima qualidade à população. Este trabalho conseguiu diminuir muito os afazeres da população em termos de tempo e filas, melhorando a qualidade de serviços até então intermediados por alguns despachantes, que conseguiam retardar o trabalho, sem desenvolver um serviço de qualidade, como o de hoje.

Falando em Poupa Tempo, vem-me a preocupação com o que o Governo do Estado está fazendo nas outras áreas. Se não houvesse o "Poupa Tempo", poderíamos falar que algumas feitas no Estado são incompetências. Mas havendo o "Poupa Tempo" e o Governo do Estado provando que, com sensibilidade e vontade, pode se fazer um bom trabalho, aí me vêm a preocupação do que o Governo do Estado está fazendo em relação às outras áreas que hoje não estão conseguindo atender bem à população, pelo contrário, entra com isso a questão das próprias privatizações da Eletropaulo, da CPFL e das rodovias que aumentaram muito suas tarifas e pioraram os serviços. Isso é preocupante, porque as pessoas hoje estão desacreditadas das instituições. A maioria das pessoas não acredita nesta Casa Legislativa, nos Srs. Deputados, nos vereadores e nas instituições como um todo, porque foi jogado para esta população um individualismo muito grande, onde se passa para as pessoas que a melhor coisa é elas passarem por cima dos outros para conseguir os seus objetivos. Isso tem a ver conosco e com esta Casa de Leis, pois a partir do momento em que as pessoas estão desacreditadas com as instituições, temos que ter atos de independência junto ao Governo do Estado, para provar que esta instituição é séria e possui independência para realizar um trabalho. O PDT está entrando com a CPI dos Pedágios. Há inúmeras reclamações a esse respeito, não só das empresas que trabalham nesse setor, mas também dos usuários em geral. Mas é apenas mais uma investigação que tem que ser feita, diante de tantos serviços que foram privatizados pelo Estado e não estão condizendo e conseguindo dar um bom atendimento.

            O nobre Deputado Marquinho Tortorello veio agora com a CPI da Eletropaulo. Os senhores sabem por que esta CPI? Porque temos em algumas cidades do ABC e do Estado dívidas de 30 ou 40 anos atrás. A Eletropaulo quer cobrar essas dívidas atrasadas que se não forem pagas pelos municípios, a energia destas cidades serão cortadas. Ao mesmo tempo, está tramitando nesta Casa um Projeto de lei onde o Estado vai ter que pagar 53 milhões para a Eletropaulo, porque ela não colocou isso na negociação da privatização. É esse tipo de falta de sensibilidade do Governo do Estado e do Governo Federal como um todo que não podemos admitir. Acho que o Governo do Estado provou ter condições de realizar um serviço com boa qualidade. Se ele não está realizando esse serviço e essa fiscalização das empresas que foram privatizadas, não é por competência. Pode ser por falta de sensibilidade e por falta de vontade. Este é o ponto que me preocupa, porque se fosse por incompetência, tudo bem, eu falaria. Mas não, o Governo do Estado não tem competência, ele não sabe o que está fazendo; provou que pode fazer um serviço de boa qualidade. Quando não faz um serviço de boa qualidade na educação, quando não pega normas para uma privatização, onde possa estar tendo mecanismos de fiscalização e de ordenamento do funcionamento para atender à população, então, parece-me que é falta de vontade. Aí há uma preocupação muito grande, porque se não há falta de vontade em beneficiar a população como um todo, isso é preocupante. A população acreditou novamente no Governador do Estado e nós também queremos acreditar que S.Exa. vai procurar fazer aquilo que seja melhor para o povo, como um todo, e não para aqueles que têm condições de se organizar e vir a esta Casa reclamar seus direitos, mas para aquelas pessoas que também não têm condições de se organizar e não têm, felizmente, a consciência da importância da organização, ficando totalmente marginalizados a todo esse sistema. Trabalho diretamente dando palestras para jovens em escolas.

A Educação que está aí não é a que queremos, principalmente porque não incentiva a população a pensar. Quando se discute a Educação tem que se discutir não só a questão da delegacia de ensino que está sendo fechada, mas qual o nível de qualidade que está tendo a Educação. Hoje, a Educação que está sendo passada não deixa os alunos pensarem. As pessoas que vão ao meu gabinete ou ao meu escritório, que encontro no meio da rua e converso não têm mais a consciência de pensar em alguma saída para o seu desemprego. Se está desemprega ela espera ter emprego senão morre de fome. Não tem idéia de sair, de vender alguma coisa e conseguir, com isso, seu sustento. Isso me preocupa, porque está na base da Educação.

Srs. Deputados, mais do que direito, temos obrigação de estar vendo isso. Mesmo os Srs. Deputados governistas têm a obrigação de estarem sempre questionando o Governo do Estado para melhorar os serviços que estão sendo implantados.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE - NEWTON BRANDÃO - PTB - Tem a palavra o nobre Deputado Wilson Morais, por permuta de tempo com o nobre Deputado Rodrigo Garcia.

 

O SR. WILSON MORAIS - PSDB - (entra leitura)

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, passo a ler o discurso proferido pelo ex-Deputado Estadual Eduardo Bittencourt, hoje Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, que é um alerta à nação, e o artigo de autoria do Dr. Ademar Gomes, Presidente da Acrimesp - Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo - a respeito dos justiceiros do holofote, pessoas que ao invés de se dignarem a buscar provas concretas, buscam a luz calorenta e carinhosa dos holofotes.  (entra discurso proferido pelo Sr. Eduardo Bittencourt Carvalho) (entra leitura sobre Justiceiros do Holofote)

 

*          *          *

           

- Assume a Presidência o Sr. Vanderlei Macris.

 

                                               *          *          *

           

            O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - Esgotado o tempo destinado ao Grande Expediente, vamos passar à Ordem do Dia.

 

                                               *          *          *

 

- Passa-se à

 

                                   ORDEM DO DIA

 

                                               *          *          *

 

            O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB -   Proposições em regime de urgência. Há sobre a mesa seis requerimentos de inversão da Ordem do Dia, de autoria do nobre Deputado Campos Machado A Presidência, tendo em vista o artigo 224 do Regimento Interno,  vai consultar o Plenário para verificar se aceita ou não a modificação da Ordem do Dia.  Em votação.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB -  Sr. Presidente, solicito a palavra para encaminhar em nome do PTB.

           

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB -  Tem a palavra o nobre Deputado Campos Machado, para encaminhar em nome da Bancada do PTB.

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, Srs. Deputados, por essa tribuna têm desfilado Deputados e mais Deputados. Alguns tecem críticas ferozes ao Governador Mário Covas, críticas sem qualquer sustentação e que partem de Deputados da chamada oposição, como se existisse oposição nesta Casa. Mas ainda não ouvi nenhum parlamentar vir a esta tribuna reconhecer medidas acertadas do nosso Governador Mário Covas.

            Ainda não tive, Sr. Presidente Vanderlei Macris, a oportunidade de ouvir qualquer Deputado da oposição desta Casa assomar à tribuna para elogiar a atitude de estadista do Sr. Governador quando teve a coragem de reduzir o ICMS dos carros novos. Onde estão as vozes da oposição? Será que essa oposição é sistemática? Será que é simplesmente eleitoral? Ontem, falaram sobre dengue; hoje, sobre a redução das delegacias de ensino.

Querem economia, querem reduzir os custos, mas quando o Sr. Governador propõe  medidas que reduzem os custos a oposição se manifesta ferozmente e com voracidade. Mas ainda não vi, Sr. Presidente, e repito, essa mesma chamada oposição vir a esta tribuna e elogiar o Sr. Governador.

Enquanto o ocupante de plantão do Governo de Minas Gerais  prega a moratória, isola o Estado, prejudica os mineiros, assume ares de demagogo contumaz, verifico que esta Casa se silencia, ao passo que quando o nosso Governador, agindo como estadista, toma  uma medida corajosa, quais são os resultados, nobres Deputados Gondim e Hanna Garib?

            E mais.  Tivemos 136.400 carros vendidos - 244% mais que fevereiro.  Onde está a oposição, nobres Deputados Nabi Chedid, Paschoal Thomeu, Pedro Yves e Edir Sales?  Não vejo a oposição fazendo justiça ao Governador.  Só vejo críticas às elites dominantes, propostas de tribuna, deputados esmurrando a tribuna, querendo a renúncia do Presidente, esquecendo-se da voz das urnas.  É o que verifico, nobre Deputado Chedid.

            Mas quero ouvir a oposição.  Ah, se quero.   E quero estar sentado aqui no plenário, vê-la reconhecer uma medida do Sr. Governador como corajosa, acertada, coerente.  Medida de estadista.  E já disse aqui, nobre Deputado Pedro Yves, a diferença entre um estadista e um político.  O político age apenas pensando nesta geração, enquanto o estadista pensa na geração que advir.  E o nosso Governador é efetivamente um estadista.

            E perguntam: o Deputado Campos Machado, o PTB, o nobre Deputado Nabi Chedid defendem ardorosamente o Sr. Governador?  Defendemos por duas razões.  A primeira é que estivemos desde o início apoiando sua candidatura à reeleição, e também, Srs. Deputados, porque entendemos que nosso Governador foi o maior Governador que este Estado já teve.

Alguns desavisados ficam perguntando se é subserviência o que nos move, o Deputado Campos Machado, o PTB, o nobre Deputado Nabi Chedid, o PV, o PRP.  Será, nobre Deputado Nabi, que não temos o direito de ter lado, de ter face, de ter cara?  Não chegamos depois, não, com eleição praticamente ganha, como a oposição, que pretendia olhar os horizontes e verificar a possibilidade de obter alguns cargos.

Estamos aqui defendendo o Sr. Governador e querendo ouvir da oposição, daqueles nobre Deputados que querem a renúncia de nosso Presidente, o que vão dizer.  Quero assistir aqui, nobre Deputado Rodolfo, à chamada oposição.  Não essa orquestração que pensa só em eleições.  Quero assistir à oposição curvar-se humildemente a essa medida, que atende aos interesses efetivos de nosso povo.  E o que levou nosso Governador a tomar essa posição, a luta contra o desemprego?

Já estou cansado de vir a esta Casa  assistir a deputados entoarem canções demagógicas.  Já assisti a esta galeria toda tomada de pessoas humildes que vieram aqui buscar esperança.  Pessoas que não tinham casas e que vieram de ônibus, lá de Tiradentes, de Parelheiros, para buscar aqui a realização de seus sonhos.  Queriam simplesmente o direito de ter casa própria.  E aí os deputados da chamada oposição ocuparam esta tribuna e, por três longas horas, discutiram, prometeram casas, horizontes radiantes e azuis.

No dia seguinte, esses sonhadores voltaram para suas casas, gastaram o último dinheirinho nos ônibus, acordaram de manhã, olharam nos espelhos e perguntaram: "E as nossas casas, onde estão?" Ficaram no discurso vazio da chamada oposição, que prega o discurso "quanto pior, melhor".

Quero saber de discursos construtivos, de soluções. Nada de pregar o caos, a desgraça. Somos adeptos da Teoria de Darwin: "Amor sim, ódio não".

 Vou ficar até à noite e não vou ter oportunidade de ver um deputado da chamada oposição elogiar esta medida, que aumentou o ICMS do Estado, que manteve empregos, que gerou empregos. Será que vou ter essa sorte? Será que eu vou ter a oportunidade de, hoje, assistir a esta oposição reconhecer a grandeza do nosso governador? Será que isto vai acontecer nesta quinta-feira?

Sr. Presidente, Deputado Vanderlei Macris, que, como disse ontem, é abençoado por Deus, pois assumiu esta Presidência e esta Casa recebeu os ventos bandeirantes cantados em prosa e verso por Walter Feldman, vou sentar e aguardar, tranqüila e serenamente, a vinda da oposição a esta tribuna, para reconhecer a grandeza de um ato praticado pelo nosso Governador Mário Covas.

 

 

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB -  Em votação.

 

O SR. MILTON FLÁVIO - PSDB - Sr. Presidente, solicito a palavra para encaminhar a votação em nome do PSDB.

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Milton Flávio, para encaminhar a votação em nome do PSDB, por 10 minutos.

 

O SR. MILTON FLÁVIO - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Nobre Presidente, Srs. Deputados, público que nos assiste, imprensa, funcionários, leitores do "Diário Oficial", como sempre, acompanhei atentamente a manifestação do nobre Deputado Campos Machado, que vem aqui fazer um desafio para que os políticos deste Estado, particularmente os da oposição, tenham clareza e reconheçam, de público, a grande ação que vem sendo desenvolvida pelo nosso governador. Este, de forma prática, consegue superar dificuldades deste Estado, recuperar a nossa economia e criar mecanismos que nos permitem sonhar com a regressão da taxa de desemprego e a ampliação das oportunidades que se oferecem àqueles que hoje vivem na marginalidade, sobretudo os jovens que, terminando a sua universidade, vivem o drama de não terem um trabalho à sua espera.

Lembro-me que, há pouco mais de uma semana, fomos convidados a participar de um debate na Fundação Casper Líbero, juntamente com um ex-diretor da CUT. A juventude daquela faculdade, o Centro Acadêmico Wladimir Herzog, queria que nós, representando dois setores distintos, apresentássemos aos jovens projetos de como imaginávamos CUT e PSDB superar a grave situação em que vivíamos em nosso País.

Durante duas horas e meia, pudemos debater com aquela platéia as eventuais propostas que tínhamos para defender. Depois de pouco mais de uma hora, vivemos, aí sim, um verdadeiro dilema, de um lado, o Governo de São Paulo e do Brasil tentando demonstrar, de maneira prática, como pretende enfrentar a grave crise que se abate sobre o País e sobre  o mundo e, de outro lado, nenhuma contraproposta, a não ser algo que não tinha muito a ver com o debate que ali se estabelecia, a reiterada manifestação do dirigente da CUT, dizendo que, independentemente de qualquer outra proposta, a CUT não abria mão da manutenção dos salários e sobretudo de indexá-lo aos índices inflacionários.

Questionou-se ali o Governo e o PSDB pela medida que tínhamos adotado nesta Casa: a redução do ICMS, permitindo que, no momento em que a nossa economia se mostrava fragilizada, o Estado de São Paulo garantisse os empregos de um setor importante, não apenas para economia do nosso País, mas na combatividade que teve na reabertura democrática deste País. O que nos surpreendeu foi a manifestação do dirigente dizendo que esta era uma atitude autoritária e intempestiva porque penalizava setores vinculados ao ICMS, como a habitação, a universidade e a saúde.

Tivemos que relembrar o companheiro que nos acompanhava no debate  que esta iniciativa não era exclusiva do Governo do Estado de São Paulo; ao contrário, o Governo dava uma manifestação de respeito à classe trabalhadora, às entidades sindicais, pois, conversando com elas, encampava uma tese que era polêmica.

Desta tribuna já fizemos esta consideração muitas vezes, durante quatro anos debatemos a redução de ICMS e duas teses se contrapunham. Aqueles que entendiam que a redução de imposto implementava a atividade produtiva porque aumentava o consumo e aqueles que entendiam que, num País que vivia uma crise recessiva, não adiantava reduzir imposto porque não aumentaria o consumo, portanto, se reduziria a arrecadação deste Estado. O que é mais grave e difícil de entender é que aqueles que defendiam a manutenção de imposto eram, via de regra, os partidos de esquerda, que defendiam, no passado, esta redução a pretexto de reduzir a carga tributária de cada cidadão neste País num momento de tanta dificuldade. 

Para nossa surpresa, tivemos ali uma manifestação dizendo que os dirigentes da CUT esperavam  a manifestação da sociedade organizada nas ruas para derrubar um Governo recém eleito, porque eles sentiam-se representados e representantes do povo. Eu questionava: a pretexto do quê ? Por ordem de quem? Baseado em que critério? "Iremos para as ruas e encheremos as praças públicas". Perguntava: "Quantos cidadãos em praça pública precisarão estar presentes para que os 35 milhões de habitantes de São Paulo e os quase 20 milhões que votaram se sintam representados na praça por aquele pequeno grupo que fala em nome do povo paulista ?"

O pior foi que, não tendo argumentos para se contrapor a este deputado e ao saber que nesta Casa este projeto havia sido aprovado por unanimidade, por acordo de líderes, que esta Casa preocupou-se em proteger os setores vinculados ao ICMS, ele disse: "Não vou defender porque não concordo com a CUT, discordo que ela tenha proposto ou aceitado este tipo de acordo, lamento que os partidos  de esquerda tenham votado com vocês." Eu disse: "Menos um deputado que declarou o voto." Ele disse: ­ "Pois é, sou assim mesmo, não tenho que concordar com o PT, com o PC do B, com o PPS, com a CUT, estou me representando."

 Eu disse: represento um partido.

Mas, de qualquer maneira, quero deixar aqui registrado que os alunos, os universitários, ficaram perplexos ao ver que aquele representante sequer tinha compromisso com a própria entidade, porque já discordava dela de princípio. Embora se sentindo minoritário,  sentiu-se no direito de discordar da orientação que emanava da própria entidade. Discordava dos partidos políticos, dizendo também que não se sentia vinculado a eles e que o importante era ir para a rua, que o importante era recomeçar porque foi assim que a luta contra a ditadura havia recomeçado.

            Deputado Campos Machado, nós não. Ficamos satisfeitos de demonstrar ali a propriedade e a competência desta Casa, e disse que a Assembléia teve perspicácia e foi capaz de entender a proposta, encontrou o fio do novelo, viu a luz do fim do túnel e acreditou na proposta, diferentemente de muitos. Deu uma demonstração prática de que respeita a população, respeita as entidades populares, é capaz de acreditar que o povo sabe, sim, que o metalúrgico sabe, sim, dar-nos alternativas. Diferente daqueles que se dizem vinculados a eles, mas que no momento que emerge uma proposta da base tem dificuldade de se associar à ela.

            O nosso governador, não; ele acreditou, ele ouviu, ele foi capaz de ter essa relação com o setor trabalhista, com os operários, com o setor produtivo e com os empresários. Acreditou que eles fossem capazes de gerar uma proposta adequada. E qual foi o resultado? O resultado é esse que sabemos: São Paulo ampliou as suas vendas em mais de 200%.

            A pergunta que faço àqueles que se opuseram a isso, ou àqueles que entenderam que a salvaguarda que esta Casa votou não era suficiente para proteger a universidade, é se vão nos devolver aquilo que acrescentamos ao ICMS, a universidade, a habitação. Vai, sim, devolver aos cofres do Estado tudo o que demos, o que esta Casa deu, ou seremos obrigados mais uma vez a explicar que  votamos com responsabilidade e que, acima dos interesses partidários, temos compromisso com o povo de São Paulo?

Portanto, queria aqui dizer que é importante que esta Casa continue discutindo alternativas, propostas, inversões de pauta inclusive, mas sobretudo vote na direção daquilo que são os interesses do povo de São Paulo.

            Na minha opinião, aquele que melhor encarna esse pretexto, aquele melhor que encarna esta virtude em São Paulo e no Brasil, é sem dúvida nenhuma o governador Mário Covas, do PSDB.

 

 

 

            O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB -  A Presidência gostaria de prazerosamente anunciar a presença entre nós do Deputado Maurício Picarelli, segundo vice-presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Receba S.Exa. as homenagens do Plenário desta Assembléia pela visita que faz ao nosso Parlamento. (Palmas.)

 

 A SRA. MARIA LÚCIA PRANDI - PT - Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar a votação pelo bancada do Partido dos Trabalhadores.

           

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Prandi, para encaminhar a votação pela bancada do Partido dos Trabalhadores, pelo tempo regimental de 10 minutos.

 

            A SRA. MARIA LÚCIA PRANDI - PT — SEM REVISÃO DA ORADORA-  Sr. Presidente e Srs. Deputados,  nobre visitante parlamentar do Mato Grosso do Sul que nos honra,  em nome da bancada do Partido dos Trabalhadores queremos discutir a inversão da pauta, considerando que hoje isso até não se justifique, tendo em vista a ordenação já feita no Colégio de Líderes.

            Ocupamos mais vez esta tribuna hoje, agora talvez de maneira  mais tranqüila, mas não com menos indignação, para voltarmos ao assunto do fechamento das mais de 50 delegacias de ensino no Estado.

            Já recebemos um boletim do Sindicato dos Funcionários e Servidores de Educação do Estado de São Paulo, que também nos alerta sobre essa atitude da Sra. Secretária Rose Neubauer, mais uma vez uma atitude arbitrária, antidemocrática, de concentração de poder, de concentração de verbas, de concentração de autoridade e, acima de tudo, o fechamento das delegacias fere o princípio da descentralização.

            Hoje existem, aproximadamente, 140 delegacias de ensino. O fechamento de mais de cinqüenta levará ao agravamento da situação da Rede Estadual de Ensino, que já é caótica.

            Ouvimos  o nobre Deputado Milton Flávio citar alguns argumentos dos quais queremos discordar. Na oportunidade, quando o ouvia, dizia ele que os professores, que hoje estão nas delegacias ocupando funções nas equipes técnico-pedagógicas, voltariam às salas de aula, como se durante estes quatro anos ¾ e aí eu pergunto   se, por acaso, nesses quatro anos o Governo Covas fez cabide de emprego na delegacia.

            O argumento da municipalização e diminuição do número de alunos na rede estadual e da diminuição do número de alunos da rede estadual não nos convence, porque são justamente esses professores das oficinas técnico-pedagógicas das delegacias de ensino que dão a orientação pedagógica à Rede Estadual, uma vez que o Governo do Estado diminui o número de aulas pedagógicas, uma vez que ele não investe de maneira consistente, firme e permanente na capacitação, que deve ser contínua, dos professores.

            Só temos esses núcleos das Delegacias de Ensino para orientação aos professores, que agora também irão   por água abaixo. Onde fica o direito do cidadão? O pai do aluno que tem um problema na escola, ou não encontra vagas, o que infelizmente é bastante comum,  provavelmente terá que ir de uma cidade para outra reivindicar um  direito que é seu.

            Um governo que se diz democrático coloca cada vez mais distante a autoridade pública do usuário do serviço público, do cidadão. Esses professores voltarão à sala de aula; em nenhum momento, nunca na nossa vida, não é postura do Partido dos Trabalhadores nem desta deputada, nunca defendemos que no serviço público as pessoas ficassem acomodadas. Elas não estão acomodadas. Simplesmente esses professores, que têm uma função importantíssima nas Delegacias de Ensino, ao voltarem para suas salas de aula desempregarão ainda mais professores. Os funcionários também, como serão tratados? Serão desempregados e vai ser a farra do boi; a delícia da rede privada, que anda  "pari  passu" com esse governo, que faz uma privatização branca do ensino médio. E por que vai ser a delícia da rede privada? Porque são as Delegacias de Ensino, os supervisores pedagógicos encarregados da fiscalização e da supervisão da rede privada.

            Então, não há nenhum argumento que possa convencer-nos da lógica do fechamento dessas delegacias.

            Pergunto se mais uma vez a Dona Rose Neubauer vai usar aquela linearidade imbecil: ela pega um mapa, ela pega número de alunos, como se pessoas, professores não fossem seres humanos; faz suas continhas maluquinhas e vai dizer que para tantos alunos é uma delegacia, que para tantas e tantas escolas... mas ela não respeita a realidade de cada região. Passa pela cabeça dela por quantas cidades um cidadão vai ter de andar para recorrer à Delegacia de Ensino?

E aqui na Grande São Paulo, especialmente na Cidade de São Paulo, já houve no início do governo o fechamento de  algumas delegacias, que  causou um transtorno enorme à população. A gente vai continuar assistindo o drama, especialmente da Zona Leste, de tantas regiões onde as crianças continuam sem escola e agora sequer    vão ter  a quem recorrer . Vai chamar o bispo para resolver o problema..

Então, lamentamos profundamente que mais uma vez  essa atitude arbitrária esteja sendo tomada pela Sra. Secretária da Educação. Penso que nesta Casa somos todos representantes da população e  pergunto ao líder do governo, ao líder do PSDB que informações eles têm a nos dar sobre essa atitude, porque parece que ontem houve nesta Casa uma reunião com a base governista; só os deputados do partido que dão sustentação ao governo é que têm direito a informação.

Pergunto ao nobre Deputado Roberto Engler, como líder do PSDB, que informações S.Exa. tem a dar à bancada, não só do PT, mas às diferentes bancadas desta Casa. A Sra. Secretária diz que anunciará essas medidas, mas ela discutiu com quem, como, onde?  E nós continuamos a ficar sem resposta. 

Srs. Deputados, para que a representatividade desta Casa seja respeitada estamos solicitando à Comissão de representação, com nove membros,  que tenhamos no mínimo a possibilidade do diálogo, da conversa, do entendimento dessa situação e desde já nos colocamos contrários a uma atitude tão arbitrária.

Insisto, é  a velha política do enxuga  gelo: o Governador manda cortar, porque tem que usar mais de 12% da arrecadação de ICMS como pagamento da dívida. Claro, não sobra dinheiro, enxuga, mas  com que critérios e como?

A Secretária já fechou 152 escolas, diminuiu a carga horária confiscando o direito de cidadania de milhões de jovens adolescentes. Privar do direito ao conhecimento, especialmente de matérias de ciências humanas, é confiscar direito. A Sra. Secretária ao reduzir o número de aulas no período noturno, de cinco para quatro aulas empobreceu de tal maneira o currículo da rede estadual que isso trará conseqüências para sempre para esses jovens, que têm na verdade diminuída a sua possibilidade de acesso ao conhecimento, conseqüentemente de busca no mercado de trabalho, que é cada vez mais difícil, mais competitivo.

Ontem via uma entrevista do Sr. Governador e ele dizia que a questão da violência é extremamente séria no nosso Estado e fazia até a promessa de que ao final do seu governo, com certeza, terá reduzido pela metade os índices de violência. Nós desejamos, aspiramos profundamente isso. Mas o Sr. Governador mesmo colocava que o primeiro e o mais grave problema deste Estado é o desemprego. Então, veja essa política perversa de enxugamento irracional, inconseqüente da máquina desrespeitando a cidadania  não pode continuar e deverá ser revertida.

Muito obrigado, Sr. Presidente e Srs. Deputados.

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS  - PSDB - Em votação.

 

O SR. EDSON  GOMES - PPB -  Para comunicação  -  Sr. Presidente, passo a ler o relatório dos deputados que estiveram presentes no último dia 6 na Bovespa, onde a Cesp fez apresentação das suas ações a venda: (ENTRA  LEITURA DO DEPUTADO  EDSON  GOMES)

 

O SR. LUIS  GONDIM -  PV - Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar em nome da Bancada do PV.

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI  MACRIS - PSDB - Tem a palavra, para encaminhar em nome da Bancada do PV, o nobre Deputado Luis Gondim.

 

O SR. LUIZ GONDIM - PV - Sr. Presidente, nobres Deputados, ouvimos atentamente as palavras dos nobres Deputados Campos Machado, Milton Flávio e da nobre Deputada do PT e realmente nós, do governo, temos de mostrar este apoio reconhecendo o que está cerdo, mas também reconhecer o que está errado.

            O que demonstrou a nobre Deputada do PT é que existem problemas muito sérios nas áreas da Saúde, da Educação e, principalmente, da Segurança Pública. Ao mesmo tempo, os nobres Deputados Campos Machado e Milton Flávio comentavam sobre o que ganhou e ganhará o Estado com a redução do ICMS. Parabenizar de um lado e criticar por outro faz parte da democracia. Nós não podemos viver sem oposição. A oposição é bem vinda e ela faz a construção do país juntamente com os partidos que apóiam o governo.

            Eu sempre fui oposição, mas hoje apoiando o Governo Mário Covas sinto vontade -e vou criticar- de apontar algumas falhas existentes no seu governo. 

            Não se pode sair pela Av. 23 de Maio agora porque 40 presos fugiram e está tudo parado, não se consegue chegar aqui na Assembléia. Uma situação ridícula: 40 presos fugiram de uma delegacia. Está tudo deste jeito.

            Estamos observando pontos de roubo sendo vendidos. Está deste jeito a Segurança Pública. Então a coisa não está tão bem quanto imaginamos.

            Vamos criticar, vamos aplaudir, como é o caso da nota dada pelo próprio Governador no dia 7 e publicada no "site" da Assembléia, que diz o seguinte: de acordo com a notícia extraída do "site" do Governo do Estado de São Paulo que propõe a campanha de vacinação do idoso aberta oficialmente pelo Governador Mário Covas na última quarta-feira, vai cumprir a Lei 10.003 -lei de autoria do nobre Deputado Milton Flávio- que favorece a vacinação aos pacientes de 60 anos.

            Temos de aplaudir essa iniciativa! Nos postos de saúde do nosso Município Mogi das Cruzes, do Município de Suzano, de Presidente Prudente está-se vacinando porque o prefeito assumiu a vacinação entre 60 e 65 anos, mas outros municípios não  estão vacinando. A lei foi aprovada, mas não está sendo cumprida.

            O que estamos argumentando é que pela Organização Mundial da Saúde, 65 anos é para país de Primeiro Mundo, que não é o nosso caso, que somos país de Terceiro Mundo mesmo. Aliás, faço aqui uma crítica, porque não vejo um país governado, mas um país desgovernado. Temos que cumprir esta lei de vacinação pelo menos no Estado de São Paulo, porque tem uma lei que ampara os idosos de 60 aos 64 anos. Temos de continuar pedindo para que se cumpram as palavras do Governador Mário Covas. Quatro reais custa cada vacina aos cofres do Governo ou dos Municípios. Não é tão grande e tem de ser feito, porque iremos proteger pessoas idosas de gripe e pneumonia que precisam desta ajuda.

Nós usamos desta tribuna para fazer críticas ao que temos ouvido aqui e aplaudir o Governador porque quer fazer a vacinação a partir dos 60 anos. Agora não estão cumprindo a sua determinação!

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB -  Sr. Presidente, solicito a retirada dos meus requerimentos.

 

O SR. PRESIDENTE-VANDERLEI MACRIS- SDB -  O pedido de V. Exa. é regimental. Fica, portanto, inalterada a disposição da Ordem do Dia.

                        

PROPOSIÇÕES EM REGIME DE URGÊNCIA

1-Discussão adiada e votação do Projeto de lei nº 578/98, apresentado pelo Sr. Governador do Estado, dispondo sob a proteção e defesa do usuário no serviço público do Estado. Com onze emendas. Parecer nº 1938/98 do Congresso de Comissões de Justiça e Administração Pública favorável ao projeto e contrário às emendas. Com 8 emendas apresentadas nos termos do inciso II, do artigo 175, da Consolidação do Regimento Interno. Pareceres nºs 238/99 e 239/99 e Relatores Especiais respectivamente pelas Comissões de Justiça e Administração Pública, contrários.

            Em discussão. Para discutir, tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado.(Pausa.)

Continua em discussão. Não havendo mais oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação.

            Há sobre a mesa dois requerimentos de autoria do nobre Deputado Walter Feldman.

           

O SR. WALTER FELDMAN - PSDB - Sr. Presidente, solicito a retirada do segundo requerimento.

 

O SR. PRESIDENTE-VANDERLEI MACRIS-PSDB - O pedido de V.Exa. é regimental e dá por retirado o pedido de Protocolo nº 029237 de autoria do Deputado Walter Feldman.

 

O SR. ELÓI PIETÁ - PT - Sr. Presidente, qual o requerimento que ficou então para ser votado.

           

O SR.PRESIDENTE-VANDERLEI MACRIS-PSDB - A Presidência esclarece que o requerimento em questão tem o seguinte teor: "Requeiro, nos termos regimentais, que a votação do PL 578/98 se processe da seguinte conformidade:

1 - Projeto salvo emendas;

2 - Englobadamente as Emendas 8, 9, 16 e 17 ,

            3 - Englobadamente  as demais emendas.

Sala das sessões, Deputado Walter Feldman, Líder de. Governo".

            Em votação. ( Pausa.) Os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

            Em votação o Item 1º do requerimento - Projeto salvo emendas.       

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - Srs. Deputados, item primeiro do requerimento:  Projeto, salvo emendas.

Em votação.

           

O SR. NIVALDO SANTANA - PC do B - Sr. Presidente, solicito a palavra para encaminhar pela Bancada do PC do B.

           

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Nivaldo Santana, para encaminhar a votação pela Bancada do PC do B, pelo prazo regimental de 10 minutos.

 

           

O SR. NIVALDO SANTANA - PC do B - SEM REVISÃO DO ORADOR  - Sr. Presidente, Srs. Deputados, nós que compomos o bloco de oposição nesta Casa, fazemos uma oposição lúcida, inteligente e somos movidos pelos elevados propósitos de aumentar a qualidade de vida da nossa população e desenvolver o nosso Estado.

            Infelizmente, do pacote de iniciativas legislativas do Governo, somos impelidos, por um dever de consciência, a votar contra a grande maioria de projetos e proposições oriundas do Executivo, porque na nossa opinião, ao contrário dos que procuram aqui defender aqueles partidos e Deputados que cumprem a inglória tarefa de sustentar o Governo nesta Casa, consideramos que a maioria das propostas do Governo estão em desacordo com os interesses do Estado e da nossa população.

            No caso específico deste projeto, alcunhado de "o Procon do Serviço Público", a Bancada do PC do B vai emprestar o seu apoio a esta iniciativa, porque achamos importante que os usuários dos serviços públicos, a população em geral, precisa alargar o leque de possibilidades e alternativas de defender os seus direitos básicos, muitas vezes vilipendiados na área dos serviços públicos.

            Achamos, inclusive, que diversas tarefas que deveriam ser da responsabilidade do Estado, com a política de privatização, têm sido entregues à iniciativa privada, e hoje está se mostrando um grande fracasso.

            Ontem, aprovamos aqui a criação da CPI para apurar o caos implantado no sistema telefônico em nosso Estado, porque essa empresa, a partir do momento em que foi privatizada, quando a Companhia Telefonica assumiu a responsabilidade dos telefones fixos em nosso Estado, conseguiu aqui em São Paulo o que há havia alcançado  no seu país de origem, a Espanha, que é ocupar o primeiro lugar no "ranking" das reclamações públicas.

            Há outras empresas também do setor energético e nós estamos numa trincheira que não abandonamos, que é a luta contra a privatização da maior geradora de energia elétrica do nosso Estado, a Cesp. Também estão convencidas, mesmo antes da privatização, e agora, após a privatização, pelas evidências concretas que todos estão testemunhando, ou seja, a privatização do setor energético colocou este serviço, tão fundamental para a economia e bem-estar da população, numa situação de descalabro completo. São os grandes blecautes como aquele que paralisou quase a metade do nosso País, e uma série de interrupções de energia elétrica, que têm ocorrido principalmente nos bairros da periferia. Temos aqui mesmo na capital a ocorrência de interrupção de energia elétrica, num ritmo e duração sem precedentes, quando esse serviço era prestado com qualidade e excelência pela Eletropaulo.

            Temos também percebido esse fracasso em outras áreas do serviço público, quando privatizadas. No Município de São Paulo, muita gente esgrimiu os argumentos falaciosos tentando dizer que a Companhia Municipal de Transportes - CMTC prestava um serviço ruim. Hoje, com a privatização completa do serviço de transportes urbanos na Capital, vemos que esses serviços atingiram um nível de descalabro sem precedente.        

Então, estamos aqui, aproveitando a discussão de um projeto que  propõe criar um mecanismo para garantir direitos básicos de usuários e serviços públicos, para mostrar duas questões que consideramos importantes, sem dúvida alguma, e é difícil voz que consiga contrariá-la.

            Em primeiro, os serviços públicos privatizados no Brasil e em São Paulo têm se caracterizado pela degradação dos serviços, baixa de qualidade, aumento de tarifa e uma sede por lucro sem precedente. Por isso, todas as empresas privatizadas, sem exceção, começam suas atividades não acrescentando um centavo sequer no investimento.

            Em segundo, está demitindo funcionários, técnicos e especialistas para enxugar a sua folha de pagamento e procura apenas preocupar em obter margens de lucros cada vez maiores.

            A Telefonica demitiu diversos técnicos. Fechou diversas unidades e aconteceu o colapso, porque a empresa ampliou de forma incompatível com sua capacidade operacional, multiplicou o número de linhas, o que provocou o colapso que estamos enfrentando e, em boa hora, a Assembléia Legislativa convoca uma CPI, para que possamos, à luz de uma fiscalização séria, rigorosa e profunda dar a nossa contribuição, no sentido de reverter esse processo provocado pela Telefonica.

            No caso de empresas que prestam serviços públicos, sejam quais forem, achamos que o usuário tem o direito de acompanhar as políticas tarifárias, prestação de serviços, qualidade, atendimento, direito de reclamar, protestar e direito de ter apoio institucional para dar vazão às suas reclamações e não se perder no labirinto de guichês e informações contraditórias, que muitas vezes, a pessoa menos penalizada no uso de determinado serviço público encontra dificuldades  para reivindicar e defender seus direitos, desistindo no meio do caminho com uma ação indenizatória ou reclamatória. Por isso, nesse caso particular e concreto, nos do PC do B achamos oportuna a propositura de criar o chamado Procon do serviço público e prestaremos apoio a esta medida.

Isto não significa, como alguns deputados, aqui, disseram que o Governador Mário Covas é o campeão de luta para melhoria das condições de  vida do nosso povo e desenvolvimento do nosso Estado. As evidências apostam no sentido contrário.

Devemos analisar como o Governo trata os trabalhadores do setor público, porque S.Exa. é o patrão do servidor público.

            A característica do Governo tem sido demissão em massa, tanto que está criando um novo programa de demissão "voluntária", porque existe uma verdadeira imposição para se demitir.

             A grande maioria do funcionalismo público está há quatro com salários congelados.

              Em janeiro, o Governo, editou um conjunto de decretos, suspendendo a participação nos lucros e resultados, proibindo contratação de novos funcionários e reajuste de salário, ou seja, os servidores públicos tanto da administração direta quanto da administração indireta estão tendo um relacionamento extremamente cruel e dramático com a política de arrocho implementada no nosso Estado.

Como se tudo isso fosse pouco, o governo está preparando, nos escaninhos do Palácio dos Bandeirantes, uma reforma da Previdência Estadual, que vai ser verdadeiro torpedo que vai atingir mais de um milhão de famílias no Estado de São Paulo.

O Governo que congela salários, que faz programa de demissão voluntária, que não tem nenhuma medida, no sentido de valorizar  profissional e não aumenta o salário dos servidores, está preparando uma reforma da Previdência, se for aprovada nesta Casa vai ser um verdadeiro confisco, sem precedentes, na história do funcionalismo do nosso Estado.

Por isso, a Bancada do PC do B, sintonizada com os mais altos interesses do funcionalismo que presta serviços tão relevantes ao Estado de São Paulo está organizando um seminário na próxima segunda-feira das nove às 17 horas no Auditório Teotonio Vilela para debater a questão da Previdência da reforma pública, principalmente nossos colegas parlamentares, que têm como base de trabalho trabalhadores da administração pública direta ou indireta, não vão permitir que o Governo, uma vez mais, diga que o responsável pela crise é o funcionário público, o aposentado ou o pensionista.

O simples fato de cogitar-se a cobrança de 25% como contribuição ao IPESP de quem ganha salário ou provento superior a 2 mil e quinhentos reais é uma mordida capaz de deixar qualquer leão sentindo inveja. Por isto nós, do PC do B, ao mesmo tempo em que atuamos no projeto gostaríamos de dizer que somos oposição não por uma visão esquemática, sectária e insensível, mas porque a política que o Governador vem implementando em nosso Estado não atende aos interesses da população nem de nosso Estado. A oposição, aqui, cumpre com combatividade e galhardia um papel indispensável dentro do papel democrático deste Parlamento.

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB  - A Presidência tem a grata satisfação de anunciar a presença do Vereador José de Carvalho, da Câmara Municipal de Várzea Paulista, assim como do Sr. Luiz Carlos Spinucci, Presidente do PSDB de Várzea Paulista, acompanhados pelo nobre Deputado Ary Fossen. (Palmas.)

Em votação.

 

O SR. JILMAR TATTO - PT  -  Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar a votação pelo PT .

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Jilmar Tatto, para encaminhar a votação pelo PT,  por dez minutos.

 

O SR. JILMAR TATTO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR  -  Sr. Presidente, nobres Srs. Deputados, antes de encaminhar o Projeto de lei nº 578, pela Bancada do PT, quero somar-me ao nobre Deputado Newton Brandão. Hoje é aniversário da cidade de Santo André, que tem, também, pela Bancada do PT o nobre Deputado Vanderlei Siraque, que não está presente no momento, pois encontra-se em missão, junto com uma comissão de deputados da bancada, em Brasília.

Com certeza, no entanto, a cidade de Santo André está bem representada nesta Casa. Pela Bancada, parabenizo aquela cidade, de importância estratégica para nosso Estado, cidade que tem-se esforçado, apesar de toda a deterioração na qualidade de vida no país, no sentido de melhor as condições sociais daquela população.

Parabéns, Santo André, por esta data.

Sr. Presidente, o Projeto de  nº 578 vai tornar-se lei no dia de hoje, o que vem em boa hora, porque ele dispõe sobre a proteção e defesa do usuário do serviço público no Estado de São Paulo. Nos dias atuais, e cada vez mais, tanto esta Casa quanto as câmaras de vereadores, os prefeitos, a imprensa, a sociedade civil, as entidades, têm discutido qual o papel -  não mais do presidente, do governador, do prefeito, do deputado - das entidades não governamentais, do cidadão.

Cada vez mais precisamos, a partir de uma Casa Legislativa, fazer com que os cidadãos sejam respeitados e tenham seus direitos garantidos. Isto começou, e houve grande avanço na Constituição de 1988, principalmente na primeira parte, sobre o direito dos cidadãos, onde  colocou-se de forma bastante clara e direta que a sociedade brasileira não podia mais conviver com o desrespeito aos cidadãos. Isso porque naquela oportunidade, quando da elaboração e votação da Constituição de 1988,  nosso País estava passando por um processo de transição, mais de 20 anos de ditadura militar, onde os direitos do cidadão nem sempre foram respeitados. Depois de 1988 houve muitos desdobramentos,  várias leis regulamentando  e esta Casa tem a oportunidade hoje de votar o Projeto de lei 587, que garante ao cidadão deste Estado o direito de receber serviços prestados adequadamente. Ontem, por uma felicidade muito grande, foi aprovada nesta Casa  a CPI da Telefonica, exatamente porque a sensibilidade de todos os partidos, de todas as bancadas, de todos os senhores, foi no sentido de que esta empresa espanhola, a Telefonica, não está prestando um bom serviço à população do Estado de São Paulo. Se formos verificar em outras áreas, isso também está acontecendo na Sabesp e na Eletropaulo. Parece que  há uma iniciativa de CPI em relação ao serviço prestado pela Eletropaulo. Sendo assim, esta lei vem em boa hora, porque dá garantias, dá instrumentos  para que o cidadão se sinta acolhido e respaldado pela lei de uma forma bastante objetiva, direta. E quando os seus direitos não forem respeitados, tem a quem recorrer, pode entrar com uma ação junto ao Ministério Público e ganhar.

Este Projeto de lei, de iniciativa o Governo foi bastante discutido nesta Casa democrática, um exemplo de debate parlamentar. A Bancada do PT, juntamente com outras bancadas, apresentou várias emendas visando aperfeiçoar e fazer com que esta lei não se torne uma lei morta, mas uma lei que todo cidadão possa conhecer e passar para os outros, com todos tendo direito à informação.

            Sr. Presidente, entre todas as emendas que foram apresentadas gostaria de destacar uma que é importante porque muitas vezes o cidadão tem o direito e deixa passar o tempo, sofre prejuízo com isso e não sabe, muitas vezes, que tem direito retroativo.

            Então, Sr. Presidente, queria destacar a Emenda n.º 16 ao Projeto de lei que acrescenta o seguinte artigo: "Os prestadores de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nesta qualidade, causarem ao usuário, a terceiros e, quando for o caso, ao Poder Público, assegurando o direito de regresso contra o responsável no caso de dolo ou culpa." Então, foi uma das iniciativas da oposição que visou aperfeiçoar e dar maior transparência a essa lei.

Esta Casa, na minha avaliação, tem produzido, trabalhado e tem havido uma dinâmica importante para o debate parlamentar . Esse Projeto de lei não poderia mais ficar na afila esperando para que fosse votado. A demora na votação de uma lei como essa não prejudica o proponente da lei, no caso o Governador do Estado, nem as bancadas que dão base e sustentação ao Governo, nem a oposição, mas o cidadão paulista que precisa de uma lei como essa para se proteger.

Por isso, Sr. Presidente, a bancada do PT é favorável a esse Projeto de lei.

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB -  Em votação o Projeto de lei, salvo emendas.

 

O SR.  CAMPOS MACHADO - PTB  - Sr. Presidente, para indicar o nobre Deputado Newton Brandão para encaminhar pelo PTB.

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB -  Tem a palavra o nobre Deputado o nobre Deputado Newton Brandão para encaminhar pelo PTB, por 10 minutos regimentais.

 

O SR.  NEWTON BRANDÃO - PTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, vir à tribuna é sempre um compromisso e uma obrigação dos Srs. Deputados para quaisquer temas que aqui nos sejam impostos.

 No entanto, esse projeto me traz uma grande alegria porque percebo a sensibilidade do Sr. Governador para os problemas que aparentemente podem ser comezinhos, coisas de rotina de trabalho, mas não é.

 Sabemos, que tudo hoje é violência, não só contra a pessoa e seu patrimônio mas muitas vezes até contra suas perspectivas normais de vida. É a falta de uma vaga na escola, é um hospital que não tem leito para o pobre, só preocupações rotineiras. Quando se chega em um guichê parece que não são dois amigos, dois seres que querem se confraternizar no trabalho. São pessoas que muitas vezes, pelo próprio estresse de sua vida têm um comportamento arredio, agressivo ou indiferente.

            Então, em boa hora, o Sr. Governador, louvando-se em órgãos especializados, propõe a esta Casa este projeto que o PTB apoia inteiramente porque sabe que este projeto vem a atender sobretudo àqueles que são mais sedentos e mais carentes não só de justiça mas do atendimento mínimo, básico e indispensável.

            Hoje, tenho que manifestar esta alegria. Este projeto, pelo que estou sentindo no calor dos oradores que aqui passaram, tem uma aprovação unânime. O Nelson Rodrigues diz que a unanimidade é burra mas há certos momentos em que este grande escritor também teve seus lapsos. A unanimidade, em determinados momentos, é um ato de inteligência e de justiça.

            Portanto, nós que aqui estamos, entendemos este projeto como real exercício da cidadania e que se erige em um dos fundamentos do estado democrático de direito. Temos que ser solidários mas não somente solidários votando favoravelmente ao projeto, mas enaltecendo esta iniciativa, participando desse debate que é um diálogo do entendimento. E quando todos votarmos, poderemos perceber que o nosso mandato e a nossa presença nesta Casa não são em vão. Só um projeto desta envergadura já redime, e muito, algumas faltas nossas.

            O PTB fica feliz de poder participar. E eu mais feliz estou porque hoje é um dia especial, é o aniversário da minha cidade de Santo André. Esta alegria tem que ser de todos pois Santo André, na sua história, é a mãe de todos os paulistas, de todos os bandeirantes.

            Para mim é uma satisfação, é um presente que este deputado vota. Posso voltar hoje para Santo André e lá, por certo, está havendo uma inauguração muito festiva. É uma cidade poderosa, rica, não só pelas empresas internacionais que lá estão e que não temos nada com elas e elas pouco têm com nossa cidade a não ser, muitas vezes, dando emprego de acordo com as suas conveniências e não com os interesses do município.

            Tudo isso são divagações desse momento de desemprego, de violência por que passamos e que testemunhamos. E, nesta Casa, temos ouvido o brado enérgico de todos os deputados clamando pela mudança dessa situação.

Quando se chega a um projeto destes, meu partido fica feliz e eu, duplamente. Tenho até que agradecer por trazer este projeto à análise do plenário e à votação no dia do aniversário da minha cidade. É um presente para Santo André, para o ABC.

Uns aqui falam: "O que significa Santo André e o ABC"? Muitos se lembram só das nossas indústrias automobilísticas, das nossas greves e  movimentos sociais. Até nossa sociedade civil e organizada dá exemplo edificante da sua atuação.

            Hoje podemos relembrar nossa história. Os senhores sabem, São Vicente, no litoral,  criou um pequeno núcleo, mas é sempre na praia. Santo André, quando subiu a serra João Ramalho, ele não era um náufrago, não era um exilado, desses bandidos que deixavam nas nossas costas, mas pelos estudos que vários historiadores desse Estado acrescentaram para nós ele teve um significado especial.

            Todos sabem que em São Vicente havia o famoso Bacharel de Cananéia,  que não queria o desenvolvimento deste País nos postulados que sonhamos hoje. Esse Bacharel de Cananéia pretendia, junto com os povos da sua nacionalidade, fazer contrabando e depreciar o futuro desta pátria.  João Ramalho, que é o elemento símbolo da nossa cidade, do nosso Estado,  quando veio para a Capital foi o capitão-mor do Estado de São Paulo.         Meus amigos, é uma história, é uma epopéia que temos que comemorar .

            Muitas pessoas perguntam dos seus filhos, ilustres mamelucos; criou, sim, uma corrente de desbravadores extraordinários que por esses sertões afora foram levando a palavra, não só de desbravamento, mas a segurança da autoridade, a ordem, a disciplina e o trabalho. São postulados que nossa cidade e nossa região querem. Sempre queremos trabalho, mas não o trabalho servil; queremos o trabalho digno, o trabalho em que possamos exercer nossas faculdades, em que podemos atuar criando riqueza para ser distribuída com certa quantia socialmente justa.

            Não podemos permitir que uma indústria chega na cidade, tira dali o que pode,  depois vai vender suas ações em outras bolsas e deixa para nós um prédio velho, abandonado, que, além de não nos dar nada, traz preocupações com sua manutenção. 

Por isso, meus amigos, eu estudava no Liceu Coração de Jesus, mas ia ao São Bento e, todas as vezes que ia estudar, entrava na igreja, na nave na central, e prestava minha homenagem ao grande bandeirante Fernão Dias, que também participou do desenvolvimento da nossa região e teve família organizada.

            Meus amigos, hoje é oito de abril. O paulista deveria reunir-se com sua família lá no santuário do seu lar, examinar o que fomos, o que somos e o que poderemos ser.  Não serão crises momentâneas que haverão de nos desassossegar e desestruturar.

É evidente que há erros que precisam ser sanados.  Já passamos por crises imensas e extraordinárias, mas Santo André tem sempre se prestado àquilo para que foi indicado, ajudando seus irmãos menores, oferecendo assistência médica, boas escolas.  Quando aqui se começa a discutir sobre delegacia de ensino, queria dizer que  a última coisa que deixei na Prefeitura foi um prédio que construí e doei ao Estado.  Lá construímos mais de 80 unidades escolares de estilo arquitetônico tal qual se fosse para faculdade.  Não há criança sem escola, não há professor sem cátedra.

Por isso, para esse projeto que venho aqui defender em nome de minha bancada, vamos adiantar nosso voto: votaremos favoravelmente, porque é em benefício da coletividade.

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - Em votação o Projeto de lei nº 578/98, salvo emendas.

 

O SR. PAULO JULIÃO - PSDB - Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar a votação pelo PSDB .

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Paulo Julião, para encaminhar a votação pelo PSDB, por dez minutos.

 

O SR. PAULO JULIÃO - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é com muito orgulho que hoje uso esta tribuna para, em nome de meu partido, o PSDB, encaminhar a votação de um projeto de lei de fundamental importância para os direitos do cidadão, para a cidadania tão desejada e tão buscada em nosso meio.

Trata-se do Projeto de lei nº 578/98, encaminhado pelo Governador Mário Covas em fins de 1998, e que hoje, graças a um grande entendimento desta Casa e da união de todos os partidos, irá em seguida ser aprovado num tempo bastante rápido e de uma forma até inusitada.

Essa união de partidos apoiando o projeto demonstra a importância dessa iniciativa do Governo do Estado em submeter à Assembléia Legislativa a Mensagem nº 129, que, na verdade, trata de um conjunto de normas unificando uma série de direitos dos cidadãos do Estado de São Paulo, consolidados através desse projeto.

Esse projeto não atende apenas aos usuários dos sistemas públicos estaduais diretos, mas também dos indiretos, seja na forma de concessão, de permissão, autorização ou de qualquer outra forma de delegação administrativa.  Para se ter uma idéia da importância desse projeto, que preserva um direito do cidadão, é bom que se recorde que desde o início do Governo Mário Covas muitas medidas foram tomadas nessa direção.

Não vou falar aqui no óbvio e da necessária reformulação do Estado, promovida pelo Governador Mário Covas. Não vou falar aqui da sua prioridade de investimentos na área social nos momentos de dificuldade financeira e de poucos recursos. Vou falar do poupa tempo, que foi uma das maiores conquistas dos usuários de serviços públicos que, infelizmente, até hoje muita gente desconhece. Vou dar um exemplo que ocorreu comigo recentemente, que mostra a importância de uma lei dessa natureza.

Recentemente fui procurado por uma cidadã que pleiteava a nossa interferência num processo judicial que lhe dava direito a uma pensão, que está anos a fio parada no INSS. Fomos saber o que estava acontecendo e, pasmem os senhores, estava há mais de um ano parada numa agência do INSS do interior, porque os funcionários daquela casa não sabiam como calcular quanto seria a aposentadoria daquela cidadã, que tinha sido vencedora de uma demanda judicial que demorou anos a fio.

Hoje vem o Governador Mário Covas e, através desse projeto de lei, cria uma série de normas e posturas que pretende simplificar, da maneira mais adequada possível, a forma com que o cidadão poderá se beneficiar da sua proteção e dos seus direitos aos serviços públicos do Estado de São Paulo.

É bem verdade que os direitos dos cidadãos muitas vezes dependem exclusivamente da iniciativa de cada um deles, mas também é verdade que a maioria dos nossos cidadãos nem sempre está consciente dos seus direitos. Ao serem atendidos no balcão de uma repartição pública qualquer acham que estão recebendo favor. Com esse pensamento, submetem-se aos mais variados ataques de falta de sensibilidade e respeito para com o usuário.

É muito fácil dizer "o senhor se dirija ali, acolá", quando na verdade a resposta está ali mesmo e não é dada por incompetência e falta de conhecimento daqueles que teriam  a obrigação de informar.

Esse projeto do Governador Mário Covas, a exemplo do que já dispõe o Procon  no âmbito nacional, visa dar aos cidadãos  condições efetiva de poder reivindicar seus direitos  perante os serviços públicos.

Esse projeto foi discutido nesta Casa, passou pelas comissões temáticas e, dentre 19 emendas apresentadas, houve um consenso entre as lideranças dos partidos em acatar as Emendas nºs 8, 9 e 17, pois contribuíram no entendimento das lideranças para o aperfeiçoamento desse processo. A Emenda nº 8 visa a introdução de um mecanismo que simplifique o procedimento para o usuário; a nº 9, estabelece a garantia de aditamento da reclamação, quando for o caso, e a nº 17 visa assegurar a participação do usuário na gestão desses serviços públicos.

Essa iniciativa do Governador Mário Covas para com esse projeto não deve ser nenhuma novidade, porque além do que já foi dito aqui, poderíamos também acrescentar a questão dos investimentos em São Paulo, onde mais de cinco milhões de pessoas deixaram de participar do rodízio de água, um bem fundamental para a vida da população e que deveria ser o mínimo necessário, de primeira necessidade e não deveríamos ter cinco milhões de pessoas sujeitas ao rodízio de água.

            Não sei se V. Exas. têm conhecimento, mas até o Governo anterior ao Governo Mário Covas a Sabesp tinha o segundo maior índice de reclamação no Procon por maus serviços prestados à população. Hoje, no início deste Governo reeleito, que realizou  inúmeros serviços e obras que pautaram pela busca do social e pela excelência de qualidade para a melhoria dos serviços à população, nos dá  oportunidade nesta nova legislatura, com a Assembléia Legislativa renovada em quase 50% de seus membros, o que vem enriquecer esta Casa de leis com participações importantes,  de acompanhar aqui uma nova postura, embora deputados como o Deputado Jilmar Tatto tenham alguma dificuldade em vir aqui dar seu apoio a um projeto  governamental. Isso mostra que quando os projetos vêm ao encontro daquilo que a sociedade realmente deseja,  alguns deputados mesmo engasgando e aproveitando o momento para fazer  críticas às faltas que qualquer Governo comete, vêm aqui dar seu apoio  e elogiar a postura do Governo Mário Covas na apresentação deste projeto.

            Sr. Presidente e Srs. Deputados,  está de parabéns esta Casa e o Governo Mário Covas por ter enviado este projeto em bom tempo. Esta Casa, no início desta legislatura, num consenso que não é comum, vem hoje dar à população de São Paulo um exemplo a ser seguido por  todos os estados deste País: a busca  da verdadeira cidadania ao povo deste Estado e deste País.

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - Em votação o projeto, salvo emendas.  Os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.)  Aprovado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB -  Sr. Presidente, solicito uma  verificação de votação.

           

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental. Esta Presidência vai proceder à  verificação de votação pelo sistema eletrônico. Os Srs. Deputados  que forem favoráveis deverão registrar seu voto como "sim" e os que forem contrários deverão registrar seu voto como "não".

 

                                                           ***

            - É feita a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

                                                           ***

 

           

O SR. PRESIDENTE-VANDERLEI MACRIS-PSDB - Participaram do processo de votação 58 Srs. Deputados: 57 votaram "sim" e este Deputado na Presidência, resultado que dá por aprovado o projeto salvo emendas.

            Em votação o Item 2º - Englobadamente as Emendas nº 8, 9, 16 e 17. Os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

            Em votação o Item 3º - Englobadamente as demais emendas. Os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitado.

O SR. JILMAR TATTO - PT -  Sr. Presidente, quero declarar o voto favorável  da Bancada do PT às Emendas 12, 13, 14, 15, 18 e 19.

           

O SR. PRESIDENTE-VANDERLEI MACRIS-PSDB - A Presidência registra o voto favorável da Bancada do PT às Emendas  12, 13, 14, 15, 18 e 19.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da sessão.                   

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI  MACRIS - PSDB - Srs. Deputados, esta Presidência suspende a sessão por dois minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa  às  18 horas e 20  minutos, a sessão é reaberta às  18 horas e 20 minutos, sob a Presidência do Sr. Vanderlei  Macris.

 

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O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI  MACRIS  - PSDB -  Srs. Deputados, esta Presidência quer anunciar prazerosamente a presença entre nós, em visita a esta Assembléia, o Secretário do Trabalho, Dr. Walter Barelli. (Palmas.)

Receba S.Exa. as homenagens deste Plenário e do Parlamento Paulista.

Srs. Deputados, esgotado o objeto da presente sessão, esta Presidência, antes de encerrá-la, convoca V.Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, a hora regimental, informando que a Ordem do Dia será a mesma da sessão de hoje.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 18 horas e 21 minutos.