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06 DE JUNHO DE 2011

018ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AO “DIA DO MEIO AMBIENTE”

 

Presidentes: BARROS MUNHOZ, DILMO DOS SANTOS e REGINA GONÇALVES

 

 

RESUMO

001 - Presidente BARROS MUNHOZ

Abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que convocara a presente sessão solene, a requerimento do Deputado Dilmo dos Santos, pelo "Dia do Meio Ambiente". Cumprimenta o Deputado Dilmo dos Santos pela iniciativa. Destaca o prestígio da solenidade, pela quantidade de personalidades qualificadas.

 

002 - DILMO DOS SANTOS

Assume a Presidência. Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".

 

003 - REGINA GONÇALVES

Deputada Estadual, considera vergonhosa a aprovação do Código Florestal, pela Câmara dos Deputados. Argumenta que o fato gerou o assassinato de ambientalistas no norte do País. Enaltece os desafios para o Legislativo paulista quanto ao tema. Cita prejuízos ao solo com a monocultura. Fala de problemas da agricultura familiar. Lembra a preocupação quanto à água, ao ar e à conscientização das pessoas. Discorre sobre a responsabilidade para as gerações futuras.

 

004 - ITAMAR  BORGES

Deputado Estadual, informa a sua atuação como vereador e prefeito do município de Santa Fé do Sul. Lembra que a cidade esteve por dois anos seguidos no "ranking" ambiental. Fala da importância dos gestores e das ações coletivas voltadas à natureza.

 

005 - BRUNO COVAS

Secretário de Estado do Meio Ambiente de São Paulo, discorre sobre os compromissos do Executivo e as metas da Secretaria que representa. Cita a importância de ações de preservação, da defesa da qualidade de vida, do licenciamento ambiental e educação sobre o tema.

 

006 - Presidente DILMO DOS SANTOS

Presta homenagem, com a entrega do Prêmio Reverência Verde, ao Secretário Bruno Covas. Anuncia a apresentação musical da "Banda Gerd", com a música "Amazônia", de autoria de Carlinhos Gerd.

 

007 - JOSÉ LUIZ PENNA

Deputado Federal, Presidente Nacional do PV, recorda a abertura política e o processo democrático brasileiro. Faz reflexão sobre a desigualdade social brasileira. Combate o afrouxamento das regras ambientais. Louva a trajetória de luta dos ambientalistas. Lembra passeatas ocorridas na avenida Paulista. Discorre sobre o respeito pleno à vida animal e vegetal. Fala da economia criativa.

 

008 - Presidente DILMO DOS SANTOS

Dá início às homenagens, com a entrega do Troféu "Reverência Verde", às várias personalidades, que usam da palavra.

 

009 - BETO TRICOLI

Deputado Estadual, Presidente da Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, destaca o papel do Partido Verde nas questões ambientais. Fala das mudanças climáticas. Dá conhecimento de projetos do PV. Argumenta que o Legislativo paulista deve ser pioneiro no trato de certos temas. Lembra a criação do conselho gestor do Parque do Itapetinga.

 

010 - LEILA BOÁS

Artista plástica, explica a concepção do prêmio "Reverência Verde". Faz reflexão sobre o processo criativo. Lamenta os estragos à natureza feitos pelo homem. Lembra que a Humanidade deve ser responsável pelo seu destino.

 

011 - SABETAI CALDERONI

Professor, Presidente do Instituto Brasil Ambiente, tece considerações sobre projetos de cidades sustentáveis. Cita iniciativas parlamentares que tratam da questão ambiental. Afirma que "a sustentabilidade não encarece, valoriza".

 

012 - Presidente DILMO DOS SANTOS

Presta homenagem ao doutor Paulo Affonso Leme Machado, da Unimep.

 

013 - EDUARDO JORGE

Secretário do Verde e Meio Ambiente do Município de São Paulo, recorda o esforço do PV em tornar realidade seus projetos. Afirma que a preocupação com a natureza deve envolver todas as esferas do Executivo. Lembra o encontro de prefeitos que integram o C-40, ocorrido em maio, nesta Capital. Afirma que já sofremos as consequências de alertas feitos pelos ambientalistas e que certas medidas devem ser urgentes. Recorda noticiário sobre a população que vive em áreas de risco. Comenta as prioridades sobre a moradia.

 

014 - REGINA GONÇALVES

Assume a Presidência.

 

015 - ENEAS SALATI

Engenheiro agrônomo e professor da Esalq - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", cita estudos que fizera sobre a poluição dos rios. Repudia o desmatamento da Amazônia e a perda da biodiversidade brasileira. Pleiteia ações efetivas para enfrentar o problema.

 

016 - SERGIO PRADO

Arquiteto, que representa a ONG "Curadores da Terra", informa que o Brasil tem o maior sistema solar e hidrográfico do Planeta. Faz retrospecto sobre a Eco-92. Fala da revisão prevista para o Rio + 20, a ser realizada em 2012. Lembra a retomada plena do projeto do Parque do Ibirapuera, com a obra do auditório e da ocupação do MAC no antigo Detran. Enaltece os princípios do Protocolo de Kyoto. Cita projetos da transformação do lixo em energia e iniciativas voltadas à arquitetura sustentável. Fala do efeito multiplicador de ações dos ambientalistas.

 

017 - JOSÉ PEDRO DE OLIVEIRA COSTA

Arquiteto, informa que fora o primeiro Secretário de Estado do Meio Ambiente. Recorda o tombamento da Serra do Mar. Argumenta que ainda há muito o que fazer em benefício da natureza, como o cuidado com as matas do Litoral e do Interior. Fala da criação do Corredor da Mata Atlântica e da Mantiqueira, bem como da ampliação da Rodovia dos Tamoios.

 

018 - BELOYANIS MONTEIRO

Representante da SOS Mata Atlântica, afirma que espera que o Senado mude o Código Florestal, aprovado pela Câmara dos Deputados, ou que a Presidente Dilma Rousseff vete a matéria. Fala da importância do papel do eleitor na escolha dos candidatos a cargos eletivos e da cobrança dos programas partidários.

 

019 - MENDES THAME

Deputado Federal, enfatiza a importância da conscientização da população sobre os problemas ambientais. Elogia os trabalhos aprovados e a atuação das personalidades ora homenageadas.

 

020 - CHRISTIANE TORLONI

Atriz e ativista, informa que visa estabelecer ligação entre a sociedade civil e a classe política. Agradece a homenagem, em nome de um milhão e 200 mil pessoas que assinaram o manifesto "Amazônia para Sempre". Questiona a aprovação de Código Florestal polêmico quando a sociedade clama por cuidados ambientais. Lembra o significado da Amazônia para o Brasil e para o Planeta. Recorda as tragédias climáticas que afetaram os estados de Santa Catarina e  Rio de Janeiro. Argumenta que a Democracia corre risco quando ações políticas afetam a natureza.  Sugere a mobilização da sociedade através das redes sociais para enfrentar a situação.

 

021 - MARCELO FURTADO

Representante do Greenpeace, elogia o trabalho dos voluntários da instituição. Agradece e informa que recebia a homenagem em nome do seu filho, ao revelar a preocupação com as gerações futuras. Faz retrospecto sobre a abolição da escravatura. Repudia a utilização do trabalho escravo na agricultura. Enseja votos por um "Brasil verde e limpo".

 

022 - VICTOR FASANO

Ator e ativista, recorda sua presença no Congresso, quando da votação do Código Florestal. Lembra que é neto de fazendeiros, que tiveram as terras hipotecadas, pelo desgaste provocado pela monocultura do café. Recorda a responsabilidade que deve nortear o Legislativo quanto a projetos ambientais. Fala da utilização de madeira certificada. Combate a anistia a fazendeiros que tenham desmatado. Cita preocupação quanto aos alimentos e energia. Lembra o nome "Brasil", originário da árvore pau-brasil. Recorda a luta de Angola para preservar espécie de antílope, animal símbolo do país.

 

023 - CARLOS JOLY

Do Projeto Biota/Fapesp, faz conhecer trabalhos de pesquisadores. Fala de mapas de conservação. Elogia iniciativas da Academia Brasileira de Ciências. Repudia as alterações no Código Florestal. Destaca a importância do carbono azul, com a restauração de áreas litorâneas.  Presta homenagem à memória de seu pai, que era botânico.

 

024 - FABIO FELDMANN

Representando os ambientalistas, afirma que estão colocados desafios à ciência, com as degradações impostas pelo homem. Elogia o trabalho das várias lideranças presentes.  Recorda o processo constituinte. Cita dispositivos que tratam do ambiente. Afirma que nos defrontamos com avanços e atrasos na questão. Lamenta os prejuízos aos biomas. Reproduz encontro com o Dalai Lama, durante a Eco-82. Cita indicadores sobre a felicidade e bem-estar.

 

025 - Presidente REGINA GONÇALVES

Anuncia a apresentação musical do Coral Evangélico de São Paulo, regido por Yuri Martiniuk.

 

026 - DILMO DOS SANTOS

Deputado Estadual, informa que é a primeira vez que ocorre a entrega do Prêmio Reverência Verde. Faz reflexão sobre a causa ambientalista. Destaca a necessidade de ações efetivas para conscientização geral. Lembra encontro de prefeitos que integram o C-40. Argumenta que o Legislativo e o Executivo devem ter ações conjuntas voltadas para o meio ambiente. Informa o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Cita projeto que trata da proteção das matas ciliares do Estado de São Paulo.

 

027 - DILMO DOS SANTOS

Assume a Presidência. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

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- Abre a sessão o Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ADRIANA BERNARDO - Senhoras e Senhores, boa noite. Solicito que permaneçam em pé para ouvirmos o toque de continência ao Presidente da Assembleia, Deputado Barros Munhoz.

 

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- O Sr. Presidente adentra o plenário. É executado o toque de honra.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Sob a proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos.

Nos termos regimentais esta Presidência dispensa a leitura da ata da sessão anterior.

Eu quero saudar de uma maneira muito carinhosa e com muito orgulho o Deputado Estadual, nosso colega de Assembleia, o Deputado Bruno Covas, hoje Secretário de Estado do Meio Ambiente. O grande Secretário Municipal do Verde e do Meio Ambiente, do qual eu tive a honra de ser colega na Prefeitura de São Paulo, Secretário Eduardo Jorge, o Dr. Rogério Menezes, Secretário Adjunto de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, aqui representando o Secretário Edson Giriboni e o Deputado Federal Penna, Presidente nacional do PV.

Também não posso deixar de citar a presença entre nós do Ex-Secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Deputado Federal extremamente ligado não apenas a essa boa causa do meio ambiente como a tantas outras, que é o Deputado Mendes Thame. Saudar também e na pessoa dele todos os ambientalistas de São Paulo e do Brasil, aqueles que lutam pela preservação do nosso meio ambiente, Deputado Fabio Feldmann, ele que é uma figura emblemática dessa luta tão importante para todos nós.

Mas é praxe nessa Assembleia Legislativa a Presidência da Sessão Solene ser exercida pelo Deputado que a solicita. Eu fiz questão de aqui estar para como Presidente Efetivo da Casa, trazer meus cumprimentos também ao Deputado Dilmo dos Santos, por essa oportuna iniciativa de promover essa Sessão Solene, e meu caro colega Deputado Dilmo, pela beleza da Sessão Solene. Uma Sessão Solene que quem está habituado a ver outras aqui, reconhece que é uma Sessão Solene que tem não apenas quantidade de gente, bastante gente, mas uma Sessão Solene que tem gente qualificada. É uma satisfação nós podermos receber a todos os Srs. e as Sras. que vieram nesse dia do meio ambiente, comemorar com a Assembleia Legislativa de São Paulo. Meu caro Dilmo dos Santos, Deputado Estadual, demais Deputados Estaduais que estão aqui presentes, o Itamar Borges eu vi, o Roberto Trícoli também, o Dr. Ulysses Tassinari também, vi mais alguns e talvez não tenha citado porque o protocolo não me deu ficha. A Regina está aqui também. Sem mais delongas, eu quero então passar a Presidência dos trabalhos, dizendo que hoje é uma data importante não preciso enfatizar isso, para todos nós que acreditamos que o meio ambiente é o nosso maior patrimônio. Que nós recebemos dos nossos antepassados e temos o dever de transferir para os nossos sucessores. E com essa mentalidade eu tenho certeza que todos nós haveremos de saber preservar cada vez mais, lutar cada vez mais para a construção de um desenvolvimento realmente sustentável, sempre buscando legar o maior patrimônio que o Brasil pode proporcionar aos seus filhos que é exatamente o seu meio ambiente.

Dilmo, assuma o comando da Sessão Solene, boa sorte, parabéns. Felicidades a todos os Srs. e viva o nosso meio ambiente. (Palmas.)

 

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- Assume a Presidência o Sr. Dilmo dos Santos.

 

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O SR. PRESIDENTE DILMO DOS SANTOS - PV - Agradecido a Deus, Srs. e Sras. Deputados, Sras. e Srs. que hoje fazem parte desse grande evento. Essa Sessão Solene foi convocada pelo Presidente efetivo da Casa, Deputado Barros Munhoz, atendendo a solicitação deste Deputado com a finalidade de comemorar o Dia do Meio Ambiente.

Convido a todos os presentes para de pé ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro executado pela Banda da Polícia Militar, regida pelo Segundo Tenente Músico PM Jássen Feliciano.

 

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- É executado o Hino Nacional.

 

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O SR. PRESIDENTE DILMO DOS SANTOS - PV - Essa Presidência agradece a Banda da Polícia Militar. Nesse momento nós queremos dar a palavra à nobre Deputada Regina Gonçalves, representando a Bancada do Partido Verde na Assembleia Legislativa de São Paulo.

 

A SRA. REGINA GONÇALVES - PV - Sr. Presidente, Deputado Dilmo dos Santos que está hoje presidindo essa Sessão Solene, na pessoa da qual eu quero cumprimentar todos os meus colegas Deputados Estaduais aqui da Assembleia Legislativa. Queria cumprimentar na pessoa do Fabio Feldmann todos os ambientalistas que aqui estão. Cumprimentar o Deputado Federal Jose Luis Penna, nosso Presidente Nacional do PV, e quero por fim cumprimentar na pessoa da atriz Christiane Torloni a todas as mulheres que aqui estão cumprindo o seu papel como cidadãs e agentes ativos na transformação da sociedade.

Eu falo em nome da Bancada do PV, em nome do Deputado Beto Trícoli, nome do Deputado Dilmo dos Santos, o nosso Deputado líder da Bancada Chico Sardelli, que por motivos de viagem no exterior não pôde estar presente. Deputado Feliciano, Deputado Reinaldo Alguz, Deputada Rita Passos e o nosso médico, Dr. Ulysses.

Nós estamos hoje aqui em uma Sessão Solene para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente. E eu me pergunto o que nós em especial nesse último mês de maio o que nós brasileiros temos a comemorar quando de forma vergonhosa o Congresso Nacional procura transformar o Código Florestal, que é um código que é vanguarda na questão de Legislação Ambiental em factóide. E as conseqüências dessas mudanças, a conseqüência dessa insensatez já reflete nos assassinatos de vários ambientalistas nas nossas florestas. Não querer representar e ao mesmo tempo não querer fazer jus ao que representa a cultura milenar das florestas e seus povos e o que isso representa para nós da cidade, é não querer reconhecer e procurar conhecer a historia na formação do mundo. Enquanto Deputada, nós aqui da Bancada de Deputados Estaduais de São Paulo temos muitos desafios. E tudo que acontece nas nossas florestas acarreta diretamente as conseqüências, por exemplo, no Estado de São Paulo.

Nós temos os desafios, por exemplo, de discutir dentro do nosso Estado o que a Monocultura traz para a Agricultura Familiar. Nós temos o desafio de discutir a qualidade das nossas águas, a qualidade do nosso ar, os desafios serão muitos, mas eu não tenho dúvida que homens e mulheres, cada um há seu tempo, cada um no seu segmento, no dia a dia, querendo fazer a sua parte e ajudando a transformar a consciência de alguns, nós estaremos transformando de fato e sendo em conjunto agentes transformadores da sociedade. Que nós possamos trazer para nós e acolher a sabedoria desses povos milenares e que nós possamos aprender com eles e a dignificar a importância da questão ambiental em nossas vidas e em especial a responsabilidade que nós temos em relação as gerações futuras. Que nós tenhamos sim, a partir de hoje, homens e mulheres transformando o seu dia a dia e cumprindo o seu papel em responsabilidade com as gerações futuras. Meu muito obrigada, e boa noite. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE DILMO DOS SANTOS - PV - Agradecemos o pronunciamento da Sra. Deputada Regina Gonçalves. Queremos citar a presença dos nossos amigos, Deputado Federal Mendes Thame. Também está conosco o Deputado Beto Trícoli, Presidente da Comissão do Meio Ambiente nessa Casa. Também o nosso amigo e Deputado do PV, Dr. Ulysses. Queremos também citar a presença do Arquiteto José Pedro de Oliveira Costa, Primeiro Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Deputada Regina Gonçalves que nessa oportunidade se faz presente como líder da bancada do PV e também Deputada do nosso Partido. Queremos também citar a presença do Sr. Sabetai Calderoni, Presidente do Instituto Brasil Ambiente. Queremos também acusar aqui a presença do Sr. Beloyanis Monteiro, da SOS Mata Atlântica, também a presença do Dr. Luis Eduardo Marrocos de Araujo, Procurador da República em Santos, representando o Dr. Paulo Affonso Leme Machado, da UNIMEP. Acusar também a presença do meu amigo Fabio Feldmann, ambientalista e membro do PV de São Paulo.

Queremos nesse momento pedir também ao Deputado Itamar Borges, que contribua com a sua participação, trazendo o seu pronunciamento.

 

O SR. ITAMAR BORGES - PMDB - Presidente Deputado Dilmo, eu quero cumprimentá-lo pela iniciativa, parabenizá-lo e dizer que essa Casa tem o privilegio e a honra de ter momentos como esse e que a sua iniciativa com todo o apoio do PV proporciona para o Estado de São Paulo e para todos nós. Aliás Presidente Penna, Deputado Penna, quero dizer que o PV tem feito nessa casa o papel digno da representação da defesa do meio ambiente nesse Estado. Parabéns aos Parlamentares aqui presentes, Presidente da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Deputado Beto Trícoli, Deputado Ulysses Tassinari, Deputada Regina, Deputado Dilmo aqui presente, extensivo à toda a Bancada do PV aqui nessa Casa.

Quero cumprimentar as autoridades, lideranças ambientais desse Estado que se fazem presentes. Aqui o Eduardo Jorge, Secretário Municipal, já falei do meu amigo Penna, grande líder Deputado Federal. O nosso querido companheiro dessa Casa, Deputado Bruno Covas, que como Secretário do Meio Ambiente vem lá na Secretaria demonstrando que aquele exemplo, Secretário Bruno Covas que você tanto deu nessa Casa, você está dando e vai dar a importante contribuição ao Governador Geraldo Alckmin na condução desse Estado. Parabéns, sucesso, e essa Casa têm orgulho de ter lá no comando da Secretaria do Meio Ambiente do Estado um colega, um representante do Legislativo paulista.

Quero cumprimentar aqui e permitam, fui Prefeito de Santa Fé do Sul por três mandatos, tinha sido Vereador e depois Prefeito. Eu tive o privilegio no meu último mandato, e fiz questão de estar aqui nesse momento e participando para reconhecer a iniciativa do Deputado Dilmo, para reconhecer a homenagem ao Dia do Meio Ambiente, e para reconhecer a importância do PV aqui no nosso Estado e nessa Casa, e para recordar. Eu falava ali agora com a Christiane Torloni e com o Victor Fasano e no momento em que eu concluía o meu mandato de Prefeito e eles participavam de uma homenagem aqui no Estado de São Paulo, eu tive o privilegio de logo após o Secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo elaborar e apresentar o ranking ambiental do Estado, de representar o meu Município para junto com eles receber uma homenagem para Santa Fé do Sul por ter ficado dois anos seguidos em primeiro lugar, Secretário Bruno Covas, do ranking ambiental do Estado de São Paulo. E essa experiência que eu vivi como Prefeito de ter levado uma cidade a ser a primeira colocada no ranking ambiental do Estado me fez aprender muito, e dentre as questões e as coisas que aprendi é que o papel do gestor é fundamental. Porém, ninguém faz nada sozinho, e muito menos no meio ambiente. Eu sempre procurei depois de passar dessa etapa tive o privilegio de receber o convite e vim na Secretaria de Estado do Meio Ambiente por um ano e meio coordenar a ação política do Projeto Município Verde e Azul, e aprendi muito. Passava sempre essa mensagem do Governador na integração dos Municípios.

O Presidente Barros Munhoz falou de forma genérica essa frase: “Cuidar do meio ambiente é cuidar do maior patrimônio que nós temos nas nossas cidades, no nosso Estado e no nosso país”. E foi com esse conceito e com essa concepção que eu não podia deixar de depois de ter vivido tudo isso, de vir aqui Presidente Dilmo, e parabenizá-lo. E homenageá-lo e homenagear a todas as Sras. e Srs. aqui presentes dessa noite, que vieram participar, apoiar e trazer a sua mensagem. A presença de vocês é uma mensagem de defesa e apoio a causa da sustentabilidade do meio ambiente. Parabéns e essa causa só vai ter sequencia se nós tivermos, como Prefeito eu aprendi isso, estão aqui os meus colegas Deputados, se não tiver envolvimento, participação da sociedade, envolvimento e educação ambiental, se não tiver investimento em participação, em conscientização, por exemplo, o Projeto que o Secretário Bruno Covas incrementa e lança aos Municípios tem lá as suas Leis Diretivas, coleta seletiva, educação ambiental, arborização urbana, poluição do ar, estrutura ambiental e tantas outras ações que a Secretaria coloca para elaborar o ranking ambiental. Portanto, nada disso acontece se não tiver a vontade política e não tiver o envolvimento. E a vontade política é fundamental. O Secretário Bruno Covas, eu quero dizer que a sua iniciativa somada a essa sequencia da Secretaria do Meio Ambiente fez com que os 645 Municípios do Estado de São Paulo tivessem hoje como prioridade na sua agenda a questão, o tema “Meio Ambiente”. É uma homenagem e uma resposta a esse momento.

Parabéns Deputado Dilmo, parabéns a todos. Boa noite. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE DILMO DOS SANTOS - PV - Agradecemos também a presença do nosso Secretário Bruno Covas, também do nosso Deputado Presidente do PV, meu amigo Deputado Federal Penna, que mesmo doente fez questão de estar conosco. Muito obrigado. Também ao Secretário Eduardo Jorge, meu amigo Secretário Municipal, também faz parte do nosso Partido, o PV. Meu Secretário, que também é o Secretário adjunto Rogério Menezes, muito obrigado. Aos meus amigos a partir de hoje, já os conhecemos na televisão, mas os ativistas Christiane Torloni e Victor Fasano. Muito obrigado pelas presenças e que |Deus os abençoe.

Essa Presidência concede agora a palavra ao nosso Secretário Estadual Bruno Covas, Secretário do Meio Ambiente.

 

O SR. BRUNO COVAS - Boa noite a todos. Queria cumprimentar a mesa diretiva dos trabalhos. Cumprimentar o Deputado Dilmo dos Santos que preside essa sessão. Secretário Rogério Menezes, Secretário Adjunto do Saneamento e Recursos Hídricos, Deputado Federal Penna, Secretário Eduardo Jorge, Secretário do Verde e do Meio Ambiente do Município de São Paulo.

Em nome da mesa diretiva eu cumprimento a todos os Srs. e Sras. Deputados e Deputadas, ativistas, ambientalistas, todas as amigas e amigos que tenho oportunidade de rever aqui na Assembleia Legislativa. Apesar de até hoje vigorar a famosa divisão dos Poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, e a gente ter elaborado na Secretaria do Meio Ambiente uma serie de atividades para essa semana, eu fiz questão de estar aqui hoje nessa atividade na Assembleia Legislativa. Primeiro porque aqui eu me sinto um pouco em casa, mas mais do que me sentir em casa a gente vem aqui em nome do Governador Geraldo Alckmin, em nome do Poder Executivo Estadual, reafirmar os nossos compromissos.

(ininteligível) de falar Parlamento Paulista falar para a casa do povo de São Paulo, é a oportunidade de reafirmar os nossos compromissos e os nossos valores. E a nossa meta na Secretaria do Meio Ambiente é implementar todas as ações, todos os anseios, todas as lutas que muitos do que estão aqui durante sua vida inteira vem defendendo, que é a preservação do meio ambiente, a defesa da qualidade de vida para a nossa geração e para as gerações futuras. Vários são os desafios frente às Secretarias do Meio Ambiente. O desafio do licenciamento ambiental, o desafio da educação ambiental, o desafio da qualidade da água, do ar, do solo, o desafio da conservação da nossa biodiversidade, o desafio da gestão das unidades de conservação, enfim, vários temas poderiam ser elencados aqui em um discurso. Mas, eu acho que mais do que isso é reafirmar o nosso compromisso e a certeza de que o Parlamento Paulista, o Legislativo é um grande parceiro nosso na elaboração, na implementação das políticas públicas, e mais do que a parceria com o Legislativo, é a parceria com o povo de São Paulo.

Hoje a questão ambiental está na agenda, está na preocupação de cada um de nós, e isso envolve uma serie de mudanças de atitude, uma serie de mudanças de paradigmas, de conduta que nós temos hoje em dia, onde o individual se sobrepõe ao coletivo.

Mas, a gente tem certeza que conscientizando, levando a mensagem e implementando todas as política pública que nós temos vontade de implementar, a gente vai deixar o Estado de São Paulo ainda mais verde para o próprio Estado, para o Brasil e para o mundo. A certeza de que o Parlamento Paulista e que o povo de São Paulo é o nosso parceiro nos anima e nos revigora a cada dia. Queria parabenizar o Deputado Dilmo dos Santos pela iniciativa, parabenizar a todos os homenageados que hoje tem o seu trabalho mais uma vez reconhecidos, e deixar um grande abraço em meu nome e em nome do Governador Geraldo Alckmin. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE DILMO DOS SANTOS - PV - Eu quero agradecer ao Secretário pela gentileza em poder ter nos atendido, mesmo com sua agenda tão difícil. E ele vai ter que se ausentar, mas eu gostaria de fazer a entrega. Você vai receber o primeiro troféu “Reverência Verde”.

Nós vamos convidar o Arquiteto Jose Pedro de Oliveira Costa, que é o Primeiro Secretário do Meio Ambiente para tomar assento em seu lugar, mas antes da sua saída eu gostaria e faço questão de lhe entregar o troféu.

 

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- É feita a entrega da placa “Reverência Verde”.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ADRIANA BERNARDO - Secretaria do Meio Ambiente comemorou esse ano 25 anos de atuação, marcados por conquistas e avanços na gestão ambiental, com Projetos mundialmente reconhecidos que contribuem a cada nova ação para o bem estar dos paulistas. Essa pasta serve de exemplo para que órgãos de outros Estados possam aperfeiçoar práticas sustentáveis e eficazes. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE DILMO DOS SANTOS - PV - Dando continuidade, nós gostaríamos de convidar, como já disse, o Arquiteto Jose Pedro de Oliveira Costa para tomar assento à mesa. Queremos cumprimentar também a artista plástica Leila Boás, autora do Prêmio “Reverência Verde”. Queremos também agradecer a presença do Professor Eneas Salati, Engenheiro Agrônomo e Professor da Esalq - Escola Superior de Agronomia “Luis de Queiroz”. Também ao Marcelo Furtado, do Greenpeace. Ao Vereador Felício Mancini Neto, Presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Serra, trazendo os cumprimentos do Prefeito Josias Zani Neto.

Assistiremos agora a apresentação musical da Banda Gerd, que interpretará a música Amazônia, de autoria de Carlinhos Gert.

Enquanto aguardamos Carlinhos, essa Presidência comunica que essa Sessão Solene será transmitida pela TV Assembleia no próximo sábado às 21 horas.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE DILMO DOS SANTOS - PV - Obrigado Carlinhos. Eu quero também agradecer a presença do Taumo Bauer, Demiam, representando o Padre Afonso. Do Reng Catherino, representando o Dr. Mauro, do Udine, do Cristiam Lanfredi. Também acusar aqui a presença da minha esposa Marisa, e dos meus filhos, Vitória e Bernardo. E a todos os Piracicabanos que vieram nos homenagear.

Essa Presidência agora concede a palavra ao nobre Deputado amigo e Presidente do PV, ao nosso querido Penna. (Palmas.)

 

O SR. JOSÉ LUIZ PENNA - Meus amigos, é inevitável não falar sobre esse momento histórico que nós vivemos, que é o mais longo período de abertura política que a República brasileira conheceu. Agora, de maneira alguma podemos confundir abertura política com democracia, com existência democrática. Temos um longo caminho a percorrer. Nós não podemos conviver com o nível de desigualdade social, com a indiscriminada matança de animais e árvores, com a matança e o envenenamento da nossa atmosfera e das nossas águas porque a variável ambiental está no horizonte da construção da democracia que o mundo hoje sonha.

É importante que a gente compreenda que essa brincadeira de perdoar desmatadores, que essa audácia de afrouxar as regras para os crimes ambientais estão sendo pagas pela vida das pessoas na Amazônia. Também no Paraná hoje é um dia de que nós deveríamos comemorar porque estamos revendo amigos, estamos convivendo com pessoas que tem uma trajetória de luta pelos ideais comuns que temos. Mas infelizmente não temos o que comemorar, a não ser a quantidade de adesões, essa consciência nova que brota de todos os cantos. A Avenida Paulista todos os finais de semana têm sido palco de passeatas, manifestações que ninguém sabe quem organizou, de onde vieram. Isso nos anima, mas nós precisamos perseguir as transformações necessárias que a sociedade deve implementar. Nós estamos todos imbuídos do principio ético de que os seres humanos e os seres naturais, os animais e as arvores, todos merecem respeito e todos têm direito a uma vida digna, sob pena de comprometermos nossos horizontes futuros. Então, hoje revendo amigos de longa caminhada, como Beloyanis, que várias vezes passamos tomando chuva e frio na Vila Madalena, distribuindo panfletos para que as pessoas aderissem às novas proposituras, as ideias novas que estávamos trazendo. Fabio Feldmann, Mendes Thame, nosso querido Deputado Dilmo, que vocês estão vendo ele hoje em uma Sessão Solene, mas é uma das pessoas mais agradáveis que eu conheço. Uma pessoa de uma alegria, de um riso comovente, também Rogério Menezes, que é filho da grande Vereadora da cidade de Conquista em Minas Gerais, além é claro, de Secretário Adjunto da Secretaria de Saneamento.

Mas vejo muitos amigos, a Regina, os outros Deputados todos, me perdoem por não falar o nome, o meu querido Arquiteto Jose Pedro que eu não via há muito tempo e que estou revendo, e principalmente aos artistas que aqui estão aderindo, tanto o Fasano como a Christiane, como o cantor Carlinhos que ora se apresentou, como o pessoal da Banda de Música da Polícia Militar, é preciso também a gente entender que os artistas são agentes de uma economia transformadora, que é a economia criativa e infelizmente o Brasil ainda não leva a serio. Tive ontem uma longa reunião com ele sobre isso. Enfim, esse processo de transformação que nós todos aqui estamos tentando imprimir é o processo da democracia moderna. A democracia moderna é a justiça social, é o respeito à variável ambiental, ao nosso patrimônio natural. E um país como o nosso não pode continuar depredando o seu patrimônio e principalmente não pode comprar a ideia de que o nosso grande “boom” econômico se dará plantando grãos, fazendo de tudo um tapete de soja ‘y otras cositas más’ para satisfação do resto do mundo. Nós temos o patrimônio natural como riqueza e também como inspiração para a justiça social e justiça natural.

Muito obrigado a todos. Eu vou ter que me retirar, o Dilmo sabe, mas eu estou aqui super satisfeito, revi os Deputados e nossa turma toda. Vou para a casa achando que amanha o mundo pode ser muito melhor. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE DILMO DOS SANTOS - PV - Ainda queremos cumprimentar o Capitão Paiva, representando o Secretário Chefe, também o Coronel Admir, da Casa Militar, o Arquiteto Sergio prazo da ONG Curadores da Terra, o Prefeito meu amigo Jose Carlos Alves, o “Bananinha” lá de Bom Jesus, também o Francisco Martins, Secretário de Governo de Araçariguama.

Nesse momento nós daremos início às homenagens dessa Casa, relativas ao meio ambiente. Cada homenageado usará a palavra por no máximo três minutos. Enquanto são chamados e dirigem-se a mesa, haverá leitura de breve currículo. Primeiro da noite, Deputado Beto Trícoli, Presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. (Palmas.)

 

O SR. ROBERTO TRÍCOLI - PV - Boa noite a todos. Cumprimento aos presentes dessa solenidade, o Deputado Dilmo, os que compõem essa mesa, Jose Pedro, Rogério Menezes, Secretário Eduardo Jorge. Permitam ser breve e sim de uma forma rápida estar cumprimentando a todos que foram citados aqui. Aos presentes, muitos amigos de caminhada, muitos que compõe as lideranças que estão nas cidades trabalhando pelo desenvolvimento do meio ambiente.

Quero agradecer essa menção, mas que pela trajetória da minha militância junto às questões do desenvolvimento sustentável seja como ativista há 30 anos atrás do movimento “Pedra Grande Interação Ecológica”, seja como Prefeito de Atibaia que fui por duas vezes, seja como Presidente do PCJ no Comitê de Águas, mas aguerrido militante , enfim, recebo essa menção simbolicamente como Presidente da Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável dessa Casa que recém assumo. Representando os Deputados que a compõem, bem como entendo a bancada integral do PV, que tem todos esses Deputados a responsabilidade de liderar e construir consciência dos demais pares para a solução coletiva dos Projetos e iniciativas relevantes dessa Casa sob a ótica da sustentabilidade.

Destacamos o papel preponderante da liderança do PV nessa casa frente a aprovação da política estadual de mudanças climáticas ainda em 2009. Hoje nessa Casa tramitam muitos Projetos. Dentre eles, atualmente eu queria destacar o de Inspeção Veicular, Resíduos Sólidos, Defesa e Bem Estar Animal, Regulamentação de Áreas e Proteção Ambiental, dentre tantos outros, mas frente ao Código Florestal temos que apresentar posição clara e demonstrar que São Paulo pode e deve estar à frente inovando em políticas públicas pelo desenvolvimento sustentável do país, respeitando as florestas.

Quero agradecer essa menção não pelo que fizemos, e falo em nome dos Deputados que compõem a Comissão de Meio Ambiente, mas pelo que ainda faremos juntos e prol da defesa do meio ambiente nessa Casa. Obrigado pela homenagem, Dilmo. Quero ser muito breve, tem bastante gente para ser homenageada.

Queria dizer, Fabio, que hoje instituiu a Comissão, o Conselho Gestor que vai fazer a regulamentação e o plano de trabalho do Parque do Itapetinga. Eu iniciei minha fala aqui dizendo que eu fui um ativista lá a 30 anos atrás, do movimento em defesa da Pedra Grande. Depois de 30 anos instituímos um Conselho Gestor para fazer um plano para a sustentabilidade da área do parque, foi criado há pouco tempo agora, que é a extensão do contínuo da Cantareira. E falo com tranquilidade de que a luta e o ativismo pelo meio ambiente e pela construção de cidadania e democracia no país, ela não é feita por uma pessoa, e volto a dizer que eu estou aqui representando um grupo de Deputados, ela é feita por uma amalgama de gerações e de conceitos de luta que não podem jamais ser perdidos. Fico feliz por ser Deputado nesse momento e ter trabalhado para que se construísse esse Conselho Gestor. Ainda que pudesse estar triste, porque se passaram somente 30 anos. Mas, a luta é essa e a gente está aqui para representar esse movimento, muito mais pelos que virão. Parabéns pela iniciativa e a gente está aqui para acompanhar os trabalhos até o final desse evento. Obrigado Sr. Presidente. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE DILMO DOS SANTOS - PV - Dando continuidade nós vamos chamar nesse momento a Sra. Leila Boás, que foi e é artista plástica e falará sobre a concepção do Prêmio “Reverência Verde”.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ADRIANA BERNARDO - Leila Boás, essa artista que nos honrou hoje com a confecção dos troféus tem no seu currículo 22 exposições individuais no Brasil e sete internacionais. No exterior, realizou trabalhos para Arnold Schwarzenegger, ator e Ex-Governador do Estado da Califórnia, para o Cirque Du Soleil, e para o magnata americano Donald Trump, entre outros. No Brasil, realizou o Prêmio Anamaco, destinados às empresas de materiais de construção.

Ainda agora de volta dos EUA, Leila patenteou em São Paulo no INPI o primeiro museu de cera no Brasil.

 

A SRA. LEILA BOÁS - Senhores e Senhoras, boa noite. É um imenso prazer falar nessa Assembleia. Eu, Leila Boás, viajei nas fibras óticas do ontem e hoje. Através das artes plásticas tenho oportunidade de expressar-me com os troféus que serão entregues as personalidades homenageadas nessa noite. A base simboliza a metade do globo e seus elementos. A árvore é o elemento vivo da biogeografia, que se rende tanto aqueles que a preservam como a aqueles que a agridem. Enquanto vou esculpindo, deixo voar a minha imaginação. Agora a árvore respira, abre os olhos, levanta os braços e ergue a medalha para homenageá-los. Ela fala comigo com elegância e inteligência e me faz pegar uma caneta e escrever seu discurso. Leila Boás, diga a todos os homens do planeta que o acaso favorece somente as mentes preparadas. Que a terra começou a estremecer e expandir os seus mistérios, que o homem está fazendo grandes estragos na natureza, que o mundo está em crise devido ao uso excessivo de recursos naturais, levando a terra a uma situação de risco nunca vivenciada antes. Que todos os dias, milhões de pesquisas comprovam que pela primeira vez na história uma espécie pode ser responsável por uma extinção em massa, que a humanidade é a única responsável por seu destino. E a árvore ainda falando comigo pede para que eu não coloque muitas folhas e que as flores sejam artificiais, pois se os homens nada fizerem para preservar o meio ambiente, não verão mais as belas flores naturais. Ela me pede por final que eu a faça linda, pois ainda pode celebrar o Dia do Meio Ambiente com pessoas de expressão, que estão atentos e mobilizados para a salvação do planeta.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE DILMO DOS SANTOS - PV - Obrigado Leila.

Queremos também agradecer a presença do Vereador Jose de Melo, que representa o Prefeito de Barueri, Rubens Furlan. Quero convidar também a Deputada Regina Gonçalves para tomar assento ao meu lado, aqui na mesa. Dando prosseguimento as homenagens, queremos convidar o Professor Sabetai Calderoni, Presidente do Instituto Brasil Ambiente.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ADRIANA BERNARDO - O Sr. Sabetai Calderoni elaborou para a Organização das Nações Unidas a política ambiental para a America Latina e o Caribe. Atuou junto ao Senado Federal e a Câmara dos Deputados na elaboração da política nacional de resíduos sólidos. Coordena a implantação dos primeiros Projetos integrados de cidades sustentáveis do Brasil pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável.

 

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- É feita a entrega do prêmio “Reverência Verde”.

 

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O SR. SABETAI CALDERONI - Senhoras e Senhores, quero cumprimentar inicialmente ao nobre Deputado Dilmo dos Santos a quem parabenizo pela iniciativa dessa Sessão Solene que hoje preside.

É uma honra elevada, é uma honra imensa para mim hoje receber essa homenagem do Parlamento Paulista. Quero dizer que o meu trabalho evidentemente não é um trabalho individual, devo dividir certamente essa honra com todos os companheiros da Organização das Nações Unidas com quem temos atuado na implantação da política de meio ambiente para a America Latina e Caribe, principalmente nossos amigos do Chile e outros países. Quero dividir também essa homenagem com o ilustre Professor Geraldo, que conosco participa das iniciativas de implantação de cidades sustentáveis em todo o vale do (ininteligível), ao longo de 14 cidades. Também o nosso amigo Darcy fontes, no Estado do Maranhão e particularmente aos nossos amigos do Estado de São Paulo que atuam na implantação das cidades sustentáveis. Quero aproveitar a oportunidade de estar aqui falando aos nobres Deputados, em particular ao Deputado Dilmo dos Santos para dizer que acompanham as iniciativas dos Parlamentares, e ver que temos muitas delas em tramitação, muitas delas que já se desenvolvem, seja no âmbito da política nacional estadual de resíduos, cuja elaboração, modestamente participei. No âmbito da defesa das nossas florestas, na defesa das nossas águas, no entanto quem sabe é chegado o momento de termos uma iniciativa de um Parlamentar do Estado de São Paulo no sentido da proposição de uma política estadual de sustentabilidade, de cidades sustentáveis que façam além dessa defesa desses aspectos todos de árvores, florestas, cidades, que façam a integração de todos esses elementos de forma a que possamos por essa integração, derivar benefícios que individualmente de cada uma dessas iniciativas, não podemos isoladamente derivar.

Quero dizer a todos vocês que nessa caminhada aprendi que devemos ter como lema que sustentabilidade não encarece, sustentabilidade valoriza. Muito obrigado a todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE DILMO DOS SANTOS - PV - Muito obrigado. Queremos também acusar e agradecer a presença e a ajuda de Mara Prado, que faz parte do nosso Partido e está sempre conosco e também do Alexandre (ininteligível), nosso Secretário. Nesse momento estaremos homenageando Dr. Paulo Affonso Leme Machado, da UNIMEP, representado pelo Procurador da República em Santos, Dr. Luis Eduardo Marrocos de Araujo.

 

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- É feita a entrega do prêmio “Reverência Verde”.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ADRIANA BERNARDO - Professor, médico e advogado, o Dr. Paulo Affonso Leme Machado é mestre em Direito do Meio Ambiente e Ordenamento Territorial, e Dr. por notório saber na área de Direito Ambiental.

Dos prêmios que recebeu podemos ressaltar o “Elizabeth Haub de Direito Ambiental” concedido pela Universidade de Bruxelas e pelo Conselho Internacional de Direito Ambiental, e o prêmio “Dom Bosco de Direito Ambiental”, outorgado pela OAB. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE DILMO DOS SANTOS - PV - Dando continuidade a esse momento, chamo o Sr. Eduardo Jorge, Secretário Municipal do Verde e Meio Ambiente.

 

O SR. EDUARDO JORGE - Deputado Dilmo dos Santos, demais Parlamentares, cidadãos e cidadãs aqui presentes, eu quero brevemente agradecer essa homenagem organizada pela Bancada do PV, mas referendada pelo conjunto da Assembleia Legislativa de São Paulo. Quero entender que a homenagem de certa forma é uma expressão de reconhecimento do trabalho daqueles cidadãos e cidadãs, quase 120 mil que são os responsáveis pela administração da cidade de São Paulo nas várias políticas públicas, também é um reconhecimento do esforço do nosso Partido, o PV, que faz parte da coligação que governa a cidade de São Paulo desde 2005. Quando em 2005, a cidade de São Paulo, de uma forma bastante pioneira, incorporou a questão das mudanças climáticas ao seu planejamento e o fez estendendo uma política inter-setorial ao conjunto das Secretarias, não confinando na Secretaria do Meio Ambiente, mas levando aos Programas e Projetos da Secretaria da Saúde, Educação, Transporte e Obras, ela de certa forma em 2005 acredito que contribuiu para que esse tema se tornasse mais presentes nos outros Governos Municipais, porque nós fazemos parte da Associação das Secretarias Municipais e andamos pelo Brasil falando que é possível agir, é possível atuar, mas também dos próprios Governos Estaduais e do próprio Governo Federal.

A Prefeitura acha e encara a questão das mudanças climáticas como um problema não ambiental, mas como um problema social, econômico e ambiental e o mais grave, social, econômico e ambiental problema que a humanidade se defronta nesse século XXI.

Agora mesmo teve um encontro aqui em São Paulo aonde 1500 pessoas, das quais mais de 1500 de fora do Brasil, dezenas de Prefeituras grandes, as 40 maiores cidades do mundo inteiro se reuniram durante três dias, e ações municipais das mais variadas do mundo inteiro mostrando que esse protagonismo municipal é possível e necessário para complementar o esforço tanto da sociedade por um lado, quanto dos Governos nacionais e da própria ONU nesse processo de transformação da forma de viver e conviver no século XXI. E se é verdade que a pauta do enfrentamento das mudanças climáticas tem toda uma transformação da economia, da forma de viver para que se possa viver melhor a nossa espécie e as outras espécies no mundo inteiro, existe uma questão que ficou claro nesse debate recente que tem ficado claro no trabalho tanto da Prefeitura de São Paulo quanto do Governo Estadual que tem atuado junto nesse aspecto, para algumas pessoas a questão climática e as conseqüências dos desastres climáticos, já chegaram. Para a maioria dos trabalhadores, a classe média de setores mais ricos, as conseqüências dessa forma de viver que precisa ser mudada ainda vão se exercer mais a médio e longo prazo, mas para alguns setores da população do mundo inteiro e aqui no Brasil não é diferente, as conseqüências, a presença da questão climática já chegou. Assim, nessa espécie de pronto-socorro climático, o nosso ponto de vista e o da Prefeitura de São Paulo deve ser uma urgência para o trabalho de uma Assembleia Legislativa importante como essa de São Paulo, hoje.

Eu estou falando das pessoas que vivem em áreas de riscos, que vivem em locais onde a sua vida já está sendo afetada pelos desastres climáticos, hoje. Famílias que perderam vidas já, agora. Desastres como no Rio de Janeiro com milhares de pessoas, como recentemente agora em Alagoas, Pernambuco, centenas de pessoas perderam a vida.

Assim, nessa escala de prioridade eu lembraria os Deputados Estaduais da Assembleia Legislativa de São Paulo, a mais poderosa do Estado de São Paulo, talvez do Brasil, que coloquem essa questão na linha de frente, no primeiro lugar do pronto-socorro climático. Não é possível admitir que não haja soluções habitacionais para colocar essas famílias em local seguro em curto prazo. Não permitir que nenhuma família seja vitimada pelas questões climáticas. Esse é o meu ponto de vista, a prioridade número um. Assim, eu agradeço em nome dos trabalhadores da Prefeitura de São Paulo e encaro, como eu disse, uma homenagem muito mais do que a mim, mas ao trabalho que a Prefeitura vem fazendo aqui na cidade de São Paulo. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE DILMO DOS SANTOS - PV - Dando continuidade aos trabalhos, para dinamizar nós estamos transferindo a Presidência à Deputada Regina Gonçalves.

 

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- Assume a Presidência a Sra. Regina Gonçalves.

 

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A SRA. PRESIDENTE - REGINA GONÇALVES - PV - Gostaria de chamar o Professor Eneas Salati, Engenheiro Agrônomo e Professor da Esalq - Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz.

 

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- É feita a entrega do prêmio “Reverência Verde”.

 

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A SRA. PRESIDENTE - REGINA GONÇALVES - PV - Sr. Sergio Prado, Arquiteto representando a ONG Curadores da Terra, e para entregar o prêmio, o nosso Deputado Dilmo dos Santos.

 

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- É feita a entrega do prêmio “Reverência Verde”.

 

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O SR. SÉRGIO PRADO - Senhoras, Senhores e amigos e amantes do verde, é com grande prazer poder nesse dia, nessa semana do meio ambiente agradecer ao nosso país ser o maior sistema solar e o maior sistema hídrico planetário e eu queria dizer que exatamente o primeiro passo que eu consegui ver, patrocinar e criar foi quando o Brasil foi escolhido para fazer a Rio 92, e eu percebi naquele momento uma necessidade de o Brasil se posicionar com uma proposta criativa que de fato não aconteceu naquele momento para dar um exemplo, não foi dado nenhum símbolo do que deveria ser o desenvolvimento sustentável. E no ano que vem acontece a Rio Mais 20, com uma revisão, pensando em uma nova Carta de Kyoto, e é fundamental que essa Casa, que é o início do processo de conscientização que eu participei com o Fabio Feldmann, Jose Pedro de Oliveira Costa criando a primeira Lei que a gente de algum modo fez naquele momento, que era resgatar o Parque do Ibirapuera. Tirar a Prefeitura, a PRODAM, e que agora estão terminando com o Projeto do museu onde era o DETRAN. Enfim, esse Projeto político verde é a única possibilidade do planeta, a única religião possível de todos os 192 países da Carta de Kyoto, é o ambiente. É fundamental centrar esse esforço em figurações de Leis que no próximo ano possam ser mostradas como uma revisão do conceito do aquecimento da atmosfera, que cada vez ficou mais abstrato. Cada ano os Chefe de Estado iam aos COP Um, Dois e Três, e nós não conseguíamos receber esses recados operacionalmente.

Nós criamos nessa Casa uma proposta de Lei com a Deputada Célia Leão (ininteligível) em todas as Comissões que eu queria rapidamente anunciar. É revolucionária e evolucionária contemporaneamente, porque ela fala do lixo zero efetivamente no conceito de usar matéria e energia enquanto matéria e energia. Tirar a conotação do pejorativo do homem que é a palavra ‘lixo’ através de usinas limpas, e esse Projeto ser transformado em arquitetura sustentável. Não é coleta seletiva, o processo todo tem que estar centrado na evolução e não na repetição. Coleta seletiva é um processo repetitivo. Lixo zero, arquitetura sustentável e energia renovável. Essa Lei já fala de ter mais de sete Secretarias participando, e essa transformação pode ser feita imediatamente. Nós temos uma reunião com o Secretário Bruno Covas daqui a duas semanas e o próprio Governador Alckmin, quando nós mostramos esse Projeto, ele foi candidato a Prefeito e falou que faria.

Esse mesmo Projeto está diretamente ligado à política nacional de resíduos sólidos, que nós tivemos um exemplo internacional, que é um exemplo inédito de obrigação, de responsabilidade reversa, e essa responsabilidade reversa é que nós podemos fluir para um Projeto ambiental, exatamente o de resgatar valores ambientais cíclicos e não lineares, e isso em formas de Lei eu quero convocar todos aqui presentes a reivindicarem a multiplicidade desse evento, como falou o Presidente do PV, o que está no folheto aqui, que para o PV, para os ambientalistas, todo dia é dia do meio ambiente. Que a gente possa repetir isso tendo em mente que daqui um ano o Brasil tem e deve levar o Projeto Mundial, e esse mesmo Projeto de Lei que nós fizemos, nós acabamos de ser agraciados com o prêmio em Washington que nós vamos receber em junho e é um Projeto para ser multiplicado em todo o Brasil, America do Sul, Central e Caribe. Ou seja, um Projeto brasileiro efetivamente, que possa preservar as florestas, os rios, a água, eficientemente não só com teorias e cidades sustentáveis. Cidades, biomas e (ininteligível) sustentáveis.

Nessa configuração de dimensão de um mundo global é que o Projeto Ambiental é fundamental. Obrigado. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - REGINA GONÇALVES - PV - Eu gostaria, cumprindo o meu papel na Presidência dessa mesa, e regras são para serem cumpridas e ás vezes protocolos devem ser quebrados. Nós homenageamos aqui o Professor Enéas Salati, e deixamos de colocar um pouco da sua historia. Eu acho importante que o público aqui presente possa conhecer. E após esse pequeno breve histórico dele, nós gostaríamos de chamar o Professor para nos agraciar com sua sabedoria.

Professor Enéas Salati, engenheiro agrônomo, foi livre docente da cadeira de física e meteorologia e diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, o IMPA, seu nome se destaca com principal pesquisador responsável pela descrição do ciclo da água da Amazônia Brasileira. Desenvolveu e publicou mais de 120 trabalhos científicos em revistas nacionais e internacionais, sobre temas que passam por ecologia da Amazônia, pesquisas do nordeste brasileiro semi árido e energia solar. Com vocês, Professor Enéas Salati. (Palmas.)

 

O SR. ENÉAS SALATI - Muito obrigado pela oportunidade, eu só queria trazer dois pontos que eu acho que são os problemas ambientais mais importantes para o Brasil no momento. Solução dos problemas decorrentes da poluição das águas, do interior e do litoral. Esse é um problema sério que está relacionado com a saúde, relacionado com a qualidade de vida. Praticamente todos os rios, pequenos e grandes do território nacional onde tem população, estão contaminados. A maior parte. Esse é o problema mais serio que eu enxergo, do ponto de vista da parte mais colonizada do país. E na Amazônia, que é a parte menos colonizada, o problema ambiental mais importante é o desmatamento. Eu acho que esse é um assunto, foi levantado por vários oradores aqui, mas o desmatamento da Amazônia o que vai indo, embora o Governo tenha interesse de não desmatar, nós estamos vendo o que ocorre. Há um desmatamento generalizado. Nós já perdemos muito, porque ali se perde a biodiversidade que é impossível refazer de novo, não só do solo, da planta, dos animais, então, dois pontos importantes. Problemas que eu acho que hoje os Legisladores devem se debruçar para transformar realmente em um plano de ação para salvar as águas, especialmente no Estado de São Paulo, mas em todas as regiões e da Amazônia, que é o ponto mais importante que controla grande parte do clima do nosso planeta. Obrigado. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - REGINA GONÇALVES - PV - Agora nós vamos chamar o Arquiteto José Pedro de Oliveira Costa.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ADRIANA BERNARDO - Mestre em planejamento ambiental pela Universidade da Califórnia, o Arquiteto José Pedro de Oliveira Costa foi Secretário de Estado do Meio Ambiente de São Paulo. Atualmente, leciona na USP e exerce pela segunda vez a Presidência do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. É membro do Conselho da Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza e da fundação SOS Mata Atlântica.

 

A SRA. PRESIDENTE - REGINA GONÇALVES - PV - Nós vamos ouvir o Arquiteto e quem estará entregando o prêmio será o Deputado Dilmo dos Santos.

 

O SR. JOSÉ PEDRO DE OLIVEIRA COSTA - Sra. Presidente, Sr. Deputado Dilmo dos Santos, Deputados, Secretários, muitos amigos aqui presentes. Eu gostaria em primeiro lugar de agradecer essa muito honrosa homenagem, realmente acontece com os mais velhos, a gente tem alguns privilégios de estar presentes em alguns locais como quando da criação da Secretaria do Meio Ambiente por parte do Governador Montoro, fui honrado com ser o primeiro Secretário, Secretaria que foi honrada também pelo Deputado Fabio Feldmann, que também foi Secretário do Meio Ambiente, e tive o privilegio de fazer a proposta da criação do Parque Estadual da Serra do Mar, tombamento da serra do mar, parque nacional (ininteligível) me especializei nessa questão da proteção da biodiversidade.

Eu gostaria de aproveitar a oportunidade para lembrar que apesar de muita coisa feita, há muito o que fazer. Inclusive no Estado de São Paulo. Eu não poderia perder a oportunidade nessa Casa, que foi honrada inclusive pela presença do meu pai e do meu avô, que também foram honrados por essa Casa, de dizer que há prioridades, como colocou o Professor Salati, e no Estado de São Paulo no campo da biodiversidade muito bem lembradas pelo Professor Joly, que lidera um Projeto importantíssimo Projeto (ininteligível) aqui também homenageado. Nós temos que preservar além das matas do litoral que tem muito que fazer, temos que preservar as matas do interior. Os fragmentos do interior são essenciais para a proteção da biodiversidade. É um trabalho para ser completado e mais que todos, a proteção do corredor da mata atlântica, uma área de proteção integral. A proteção da serra do mar já está feita, mas o corredor da Mantiqueira não está completado. Lanço um pedido ao PV e a todos os Deputados, todos aqui presentes. Nós teremos agora a duplicação da Rodovia dos Tamoios, que é um fato necessário à sociedade, e como compensação eu reivindico que nós completemos o trabalho de proteção à Serra da Mantiqueira, também no Vale do Paraíba. Eu acho que é uma troca em compensação, importante, e nós devemos reivindicar ao Estado. Eu peço que essa Assembleia Legislativa nos ajude e assuma esse papel e essa liderança também. Muito obrigado pela homenagem e parabéns pela iniciativa. (Palmas.).

 

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- É feita a entrega do prêmio “Reverência Verde”.

 

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A SRA. PRESIDENTE - REGINA GONÇALVES - PV - Continuando os trabalhos, nós gostaríamos de chamar Beloyanis Monteiro, da SOS Mata Atlântica.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ADRIANA BERNARDO - A Fundação SOS Mata Atlântica é uma ONG criada em 1986. Sua missão é promover a conservação da diversidade biológica e cultural do bioma Mata Atlântica e ecossistemas sob sua influência, estimulando ações sobre o desenvolvimento sustentável e para promover a educação e o conhecimento sobre a Mata Atlântica. Mobilizando, capacitando e estimulando o exercício da cidadania sócio ambiental.

 

A SRA. PRESIDENTE - REGINA GONÇALVES - PV - Para entregar o prêmio, eu gostaria de chamar o nosso diligente estadual e nacional, Secretário Adjunto de Recursos Hídricos e Saneamento aqui do Estado de São Paulo, Rogério Menezes. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do prêmio “Reverência Verde”.

 

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O SR. BELOYANIS MONTEIRO - Eu queria cumprimentar a todos e agradecer. Eu acho que é importante essa premiação porque dá ânimo para a gente que é ativista do movimento ambientalista, mas infelizmente hoje a gente ainda não tem nada para comemorar. A gente ainda precisa de vencer algum desafio. A questão do Código Florestal, nós enquanto eleitores temos que cobrar dos nossos Deputados. Das lideranças dos Partidos para que esse Projeto de Lei não seja aprovado no Senado e pressionar a Presidência da República para que vete esse Projeto. Então, se a gente ficar calado, isso vai passar e a gente vai reclamar futuramente. Esse é o momento de a gente convocar toda a sociedade e convocar essa Casa para colaborar conosco nessa pressão, porque essa Casa tem um papel fundamental. Muito obrigado. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do prêmio “Reverência Verde”.

 

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A SRA. PRESIDENTE - REGINA GONÇALVES - PV - Na sequência, gostaria de chamar o Deputado Federal Mendes Thame, e para entregar o prêmio, eu gostaria de chamar o Deputado Estadual Beto Trícoli, que já teve inclusive possibilidades de terem um trabalho em conjunto.

 

O SR. MENDES THAME - Boa noite. Queria cumprimentar a todos e dizer da imensa satisfação de participar desse momento aqui sugerido pelo Deputado Dilmo dos Santos, que vem se revelando um excelente Parlamentar, preocupado com aquilo que realmente mais interessa a população. E esse, acima de tudo é um evento que realmente foi de uma forma direta para a conscientização. Nós sabemos que para enfrentar problemas ambientais, nós temos que atuar em três áreas, Legislação, investimento público e privado, e conscientização.

A consciência é em nós o depositório de princípios e valores. Os nossos comportamentos é ditado por princípios e valores, por isso, o que nós temos que fazer é transformarmos preocupações ambientais em valores ambientais. E isso só se faz no processo de conhecimento. Só se ama, só se apaixona, só se abraça aquilo que a gente conhece. E por isso essa reunião. Com tantas informações uteis. Com tanta coisa relacionada ao meio ambiente, contribui decisivamente para o processo de conscientização.

Meus cumprimentos a todos, em especial ao meu amigo pessoal Pastor Dilmo e a todos que compartilham com ele dessas preocupações ambientais. Muito obrigado. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do prêmio “Reverência Verde”.

 

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A SRA. PRESIDENTE - REGINA GONÇALVES - PV - Dando prosseguimento a nossa solenidade, eu gostaria de chamar a atriz e ambientalista, Christiane Torloni. (Palmas.)

 

A SRA. CHRISTIANE TORLONI - Boa noite. Antes de mais nada eu queria agradecer a todos que já foram agradecidos, e dizer que tudo de importante de alguma maneira, já foi dito também, por aqueles que estudam, por aqueles que militam, por aqueles que fazem as Leis. No papel de atriz eu devo dizer que a minha função é basicamente fazer ponte. Ponte entre a sociedade civil e essa comunidade política, que de alguma maneira ás vezes abre um pouco as portas para nós. Victor Fasano e eu há alguns anos temos arrombado algumas portas, colocado os pés em algumas janelas, achado algumas brechas para tentar fazer com que pelo menos um milhão e 200 mil pessoas que assinaram o abaixo assinado Amazônia Para Sempre, sejam representados dentro dessas Casas.

Receber uma homenagem nessa Casa hoje, significa que um milhão e 200 mil pessoas estão sendo homenageadas porque elas saíram das suas zonas de conforto e foram trabalhar por aquilo que elas entendem que seja a preservação da floresta amazônica.

O que me espanta ouvindo os discursos e ouvindo principalmente as apresentações que foram feitas nessa noite, é que basicamente existe uma unanimidade. Todos nós queremos realmente a mesma coisa. Todos nós queremos a preservação do meio ambiente, todos nós queremos a preservação das nossas águas, dos nossos biomas e das nossas florestas. E o que me espanta mais é ver o que aconteceu na semana retrasada, na votação do Código Florestal, em Brasília. Então, como é possível se todos nós de alguma maneira concordamos que sem a floresta nós (ininteligível) não só ao Brasil em todos os sentidos como alguns já falaram, já estão sentindo nas zonas de trabalho o efeito do aquecimento global, das secas, do excesso das chuvas, como é possível depois do que aconteceu no Rio de Janeiro que nós ainda tenhamos dúvida sobre a preservação das APPs? Como é possível depois do que aconteceu em Santa Catarina alguém ter dúvida do que significa Mata Auxiliar?

Existe uma distância entre o discurso, o fato, o que se vota, o que se diz. Eu fico muito a vontade de estar em uma casa de Parlamentares porque há 27 anos atrás eu também sai da zona de conforto e fui para a rua trabalhar pela abertura e pela liberdade, pela democracia. E concordo plenamente que a democracia está correndo um grande risco nesse país hoje em dia, porque nós estamos a ponto de ver a democracia ser golpeada pela chamada ‘democracia’.

Então, eu gostaria muito de pedir a vocês, Parlamentares, e os próprios homenageados que receberam os seus prêmios, que nós estejamos atentos, e que nós usemos todas as nossas redes de amizades, todas as redes do Facebook, Twitter, o que for, e criar nesses próximos dias, semanas ou meses que o Código Florestal está sendo discutido e anunciado, que nós façamos a nossa opinião ser ouvida.

Aqueles que não têm opinião, que coloquem as suas dúvidas, porque tem muita gente que não está entendendo o que está acontecendo, e nós estamos falando não é do Brasil hoje, nós estamos falando daquilo que se chama ‘missão geracional’.

Nós não quisemos a construção da Transamazônica, e, no entanto estamos pagando até hoje. Nós não quisemos a construção de Belo Monte, no entanto vamos pagar por ela. Ninguém pergunta para o Brasil se nós queremos essa obra, no entanto chama-se democracia. Eu concordo com o Ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso quando ele diz que democracia significa transparência. E não está havendo transparência nem nas discussões e nem no que está em jogo nas discussões. São cargos, a floresta amazônica virou moeda de troca. Ela é moeda, ela é um ágil. Se nós cobrarmos essa floresta em pé, talvez nós chegamos a primeiríssimo lugar nesse planeta.

Então eu agradeço, mas de alguma maneira eu sinto que a minha responsabilidade aumenta e a de todos nós, que estamos aqui. Boa noite. Obrigada. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do prêmio “Reverência Verde”.

 

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A SRA. PRESIDENTE - REGINA GONÇALVES - PV - Dando continuidade, eu gostaria de chamar o Greenpeace, representado pelo Diretor Executivo, Marcelo Furtado.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ADRIANA BERNARDO - O Greenpeace é uma organização global e independente que atua para defender o meio ambiente e promover a paz. Investiga, expõe e confronta crimes ambientais para que a sociedade e os tomadores de decisão, termo usado pelos próprios integrantes da organização, possam rever suas posições e adotar novos conceitos. Defendem ainda soluções economicamente viáveis e socialmente justas, que ofereçam esperança para o futuro do planeta.

 

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- É feita a entrega do prêmio “Reverência Verde”.

 

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O SR. MARCELO FURTADO - Muito obrigado. Eu gostaria de agradecer essa homenagem em nome dos milhares de brasileiros que transformam o trabalho do Greenpeace como um trabalho possível no país. Em nome da nossa equipe que trabalha no Greenpeace e dos voluntários pelo Brasil afora que vão as ruas fazer esse trabalho de mobilização.

Eu queria fugir um pouco do protocolo, Deputada, se a Sra. me permite. Agradecendo esse convite e conhecendo a todos, na verdade na figura do meu filho que está aqui presente, porque eu acho que ele simboliza o Brasil de hoje e o Brasil de amanha. Por isso eu tomei até a liberdade de vir aqui para poder falar, olhando para ele.

Eu só queria lembrar que o Brasil, há 120 anos atrás teve um dilema muito parecido com o Código Florestal. Existiu algo chamado ‘Escravatura’, que era imoral, inaceitável e justificado porque a agricultura brasileira dizia que sem a escravatura não existia condições econômicas de se competir no mercado. Sem escravatura não haveria condições de produzir alimento no país. Sem escravatura não haveria como competir, porque a gente precisava da mão de obra escrava para poder desmatar e produzir.

Cento e vinte anos depois, eu agora ouvindo o que se fala no Congresso Nacional, eu sinto que nós voltamos no tempo, porque estamos ouvindo que o Brasil precisa desmatar para poder produzir, e isso é um absurdo. Nós defendemos a produção de alimentos para o Brasil e para o mundo, nós defendemos o meio ambiente.

Eu gostaria então, de agradecer e convidar aqui, ao invés de ficar no luto, que nós transformemos essa energia em oportunidade. E a oportunidade é agora, de nos manifestarmos e dizermos que a gente não aceita essa visão. Queremos um Brasil verde e limpo. Verde, com floresta em pé, e limpo com energias limpas. O mundo está dando um recado de que a energia nuclear está no seu fim, e o Brasil pode ser um grande exemplo de um país que pode abandonar essa tecnologia suja, cara e perigosa, e ser um país renovável. Muito obrigado. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - REGINA GONÇALVES - PV - Dando sequência ao ato, eu gostaria de chamar, para receber o prêmio das mãos do Deputado Dilmo dos Santos, o ator e ambientalista Victor Fasano. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do prêmio “Reverência Verde”.

 

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O SR. VICTOR FASANO - Boa noite a todos. Eu saúdo todos em nome do nosso bom brasileiro, Feldmann, a minha querida parceira Christiane Torloni, porque sem ela o movimento Amazônia Para Sempre não poderia andar sozinho. Muito obrigado por estar comigo nessa luta. Estávamos há duas semanas atrás em Brasília, e enquanto fazíamos o nosso papel principalmente falando para a população, para as pessoas que desconhecem esse novo Código Florestal, tentando explicar para eles o que significa isso quando um adepto do agronegócio chegou para mim e disse: “Sr. Victor Fasano, mas o Sr. é ator, o que o Sr. entende de agronomia, de pecuária?”. Aí eu disse assim, “Meu Sr., eu sou neto, bisneto e tataraneto de fazendeiros e por isso mesmo que eu estou aqui”. Me lembro dando a mão para a minha avó quando eu era criança, e nós chegando na fazenda dela no Paraná, e ela olhando aqueles cafezais imensos, todos queimados, ela pegou a minha mão e disse, daqui voltamos. E foi naquele momento que ela perdeu a sua fazenda que estava hipotecada. Como outros familiares também perderam as suas fazendas por uma economia que não existia.

Hoje nós temos uma economia forte. Nós temos tecnologia, Embrapa, a própria Esalq, fazem um trabalho excelente nisso. E com certeza os meus familiares não teriam perdido suas terras por causa disso, talvez por outras razoes, talvez pela falta de água, talvez pela falta de um equilíbrio de um meio ambiente.

Então, essa Casa tem uma responsabilidade muito grande de rever esse Código que está sendo apresentado e de explicar a população do que se trata. São Paulo, como vocês sabem, é o maior consumidor das madeiras vindas da Amazônia. A obrigatoriedade, a responsabilidade dos paulistas em não comprar madeira que não for certificada é um grande passo. O clima de São Paulo seria diferente se os ventos que vem da Amazônia não trouxessem a umidade que traz. E isso claramente afetaria a agricultura nesse Estado tão rico, o Estado mais rico da União.

Então, eu peço aos Srs. que tenham muito cuidado e demonstrem interesse em brigar por um melhor Código. E nós não podemos aceitar de forma nenhuma que violadores da Lei sejam anistiados, nós não podemos aceitar de forma nenhuma que as nossas florestas sejam diminuídas e que a proteção na beira dos córregos sejam alteradas, justamente porque não existirá agricultura sem água, sem equilíbrio de um clima. Eu tenho certeza que todos nós somos a favor de um grande Brasil, produtor de alimentos, produtor de energia sustentável, energia limpa, mas nós temos que preservar principalmente as nossas grandes florestas. A última grande floresta da Terra está aqui conosco e é responsabilidade nossa defendê-la e defender o meio ambiente para as futuras gerações, para que elas possam plantar, cultivar, sermos esse país que todos esperamos, e vou repetir apenas uma pequena frase que está no nosso Manifesto, que é uma frase muito importante.

“É hora de enxergar as nossas árvores como monumentos de nossa cultura e historia”. Não se esqueçam nunca que Brasil é o nome de uma árvore. Existem outros países no mundo, como é o caso de Angola, que eu tentei há anos atrás atuar, tentamos salvar o símbolo daquele país, que é um antílope chamado de Palanca Negra, 12 anos atrás enquanto ainda estava em guerra. Eu, uma ONG americana e cientistas africanos estivemos lá e um Ministro me disse, se essa espécie tiver que ser extinta, ela vai ser extinta aqui.

E aí eu fiquei indignado, fui embora quase expulso de Angola, e hoje por acaso há uma semana atrás falando por e-mail com um pesquisador eu perguntei quantas Palancas ainda existem. E ele me disse, são apenas 60. As últimas 60. Pergunto aos Srs. será que vai ser muito interessante quando perguntarmos onde estão as nossas árvores, será que elas existirão? Será que chegaremos ao ponto de falar e constatar que não existem mais árvores no grande país das árvores? Obrigado, Brasil. (Palmas.).

 

A SRA. PRESIDENTE - REGINA GONÇALVES - PV - Eu acho que o que está sendo colocado aqui hoje por todas as pessoas que aqui passaram e que estão sendo homenageadas, cada um no seu tempo, cada um no seu segmento, esse ato colocado pelo nosso Deputado Dilmo dos Santos só reforça que nós sairemos daqui diferentes do que nós entramos. Com uma responsabilidade maior de fazer jus ao que representamos ambientalmente no mundo.

Dando sequência, eu gostaria de chamar o Sr. Carlos Joly, do Projeto Biota, da Fapesp. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ADRIANA BERNARDO - Graduado em ciências biológicas, e com mestrado em Biologia Vegetal, Carlos Joly leciona Ecologia Vegetal pela Unicamp desde 1998. É Chefe do Departamento de Botânica, do Instituto de Botânica dessa mesma instituição. Publicou cerca de 60 trabalhos em periódicos científicos e editou nove livros com essa temática.

 

O SR. CARLOS JOLY - Sra. Presidente, Deputado Dilmo dos Santos, eu gostaria de agradecer essa homenagem em nome da Diretoria Científica da Fapesp, que apóia e financia o Programa de pesquisas em conservação da biodiversidade no Estado de São Paulo há mais de 10 anos. Agradeço também em nome da comunidade de pesquisadores que compõem o Programa Biota. São mais de 500 pesquisadores das universidades USP, Unesp, Unicamp, das federais, São Carlos, Unifesp, os institutos de pesquisas, Agronômico, Botânico, o INPI, os centros da Embrapa e algumas ONGs, e cerca de mil alunos de pós graduação que desenvolvem os seus mestrados e os seus doutorados focados na questão da biodiversidade no Estado de São Paulo.

É essa comunidade que produziu o mapa de áreas prioritárias de conservação que, como já mencionou o Deputado Beto Trícoli, serviu de base para a criação do Parque Estadual de Itapetinga, e da mesma forma servirá de base como já mencionou o Zé Pedro, a conservação e formação do corredor da Mantiqueira, que nós ainda precisamos nos esforçar para conservar.

É uma honra coordenar um Programa que soube fazer além da produção científica a interlocução com os tomadores de decisão, com a Secretaria do Meio Ambiente que sempre quis nos ouvir e que produziu, aprovou e apoiou, tomou como rumo para a sua definição de política o mapa de áreas prioritárias que foi produzido pelos pesquisadores do Programa. Esses mesmos pesquisadores trabalharam em conjunto com o grupo de trabalho da Academia Brasileira de Ciências e da Sociedade Brasileira (ininteligível) no documento que mostrou aos Srs. Deputados Federais as falhas técnicas do substitutivo que estava em discussão naquela Casa e os problemas sérios que a aprovação daquele substitutivo traria ao Brasil e consequentemente ao planeta como um todo.

Infelizmente não fomos ouvidos, infelizmente o tempo que nós solicitamos para que se discutisse de uma forma mais aprimorada o que deve ser o novo Código Florestal, não foi respeitado. Esperamos que a discussão no Senado tome outro rumo. Estaremos lá, estaremos em audiências públicas, estaremos levando a posição da comunidade científica em relação às alterações que estão sendo feitas no Código Florestal.

É uma satisfação muito grande estar sendo homenageado como Coordenador desse Programa, e eu gostaria de, na linha do que falou o Professor Salati, chamar a atenção para um outro aspecto que aqui no Brasil ainda tem recebido pouca atenção. Nós temos falado muito do carbono verde, nós temos falado da importância de diminuirmos o carbono na nossa economia, mas a gente precisava começar a falar também do carbono azul. O carbono azul é a restauração das nossas áreas litorâneas que são importantíssimas do ponto de vista do balanço do carbono e que continuam sendo degradadas pelas atividades portuárias e também por serem o destino final dos nossos rios já poluídos, como mencionou o Professor Salati.

Então, eu agradeço a todos e agradeço principalmente aqueles que me inspiraram. Eu aprendi a importância da conservação com o meu pai que era Professor de botânica. E a ele eu devo grande parte do trabalho que eu desenvolvo para deixar para as minhas filhas que aqui estão assistindo essa cerimônia, um mundo um pouco melhor. Muito obrigado.

 

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- É feita a entrega do prêmio “Reverência Verde”.

 

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A SRA. PRESIDENTE - REGINA GONÇALVES - PV - E agora eu gostaria de chamar o Sr. Fabio Feldmann representado os ambientalistas do Brasil. Nosso grande amigo, colega de Partido, nosso ex-candidato a Governo do Estado, Fabio Feldmann.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ADRIANA BERNARDO - Um dos fundadores da SOS Mata Atlântica, Fabio Feldmann foi Deputado Federal por três mandatos consecutivos, e participou na elaboração da Constituição de 1988, com destaque para o texto do capítulo destinado ao meio ambiente.

No Legislativo, foi autor de diversas Leis com temas voltados para educação ambiental, energia nuclear e outros. Dentre as principais Leis de sua autoria, podemos ressaltar a Lei de Redução de Emissões de Poluentes por veículos e a Política Nacional de Educação Ambiental. Atuou como Conselheiro em diversas instituições entre as quais está ‘Amigos da Terra’, ‘Amazônia Brasileira’, ‘Instituto Akatu’, no Centro de Estudos em Sustentabilidade, da Fundação Getulio Vargas.

 

O SR. FABIO FELDMANN - Boa noite a todos. Eu queria agradecer ao Pastor Dilmo, e dizer, Dilmo, que seus filhos Bernardo e Vitória devem estar muito orgulhosos de você aqui, porque o conflito que nós estamos assistindo no mundo é de uma visão do século XXI versus uma visão de século XX e nas disputas que nós estamos tendo no Congresso Nacional, uma visão de século XIX. Quer dizer, nós estamos em um país que encontra um grande desafio e um grande dilema em ser uma referencia para o mundo, no momento em que a ciência demonstra que os limites do planeta estão colocados. No ano que vem foi falado muito rapidamente aqui, haverá uma reunião chamado ‘Rio Mais 20’, e eu queria dizer para vocês que o documento mais importante do ponto de vista de ciência que deverá ou deveria ser discutido no ano que vem, é um documento que diz que a humanidade de certa maneira lançou tanto carbono na atmosfera, retirou tanta água doce, lançou tanto fósforo, degradou tanto a biodiversidade, que nunca a humanidade esteve diante de limites tão claros. E de fato, quer dizer, diante desses limites a ação que se exige é na verdade que a humanidade tenha noção dos limites. Quando se coloca noção dos limites, eu acho que você muda radicalmente a visão de mundo que nós temos. E o que nós estamos assistindo no Brasil e aqui temos que enfatizar, esse conflito que está havendo e que existe oportunidade de o Brasil ser referencia e liderança em um outro modelo de desenvolvimento ao invés de voltarmos à década de 70 quando em Cubatão as crianças nasciam anencefálicas, em que nós não estamos mais falando em desenvolvimento. Nós estamos colocando novamente para o Brasil uma proposta de crescimento que é uma proposta do século passado que é incapaz, na minha opinião, de colocar uma opção ou alternativa ao desenvolvimento para o país. E quando se fala de que a democracia no Brasil está sendo rompida, ela está sendo rompida porque a democracia formal não é uma condição, necessária, mas não é uma condição suficiente na medida em que nós não formos capazes de colocar para o Brasil e para o planeta, já que nós estamos construindo uma cidadania planetária, uma agenda que permita a transição para a sustentabilidade.

Eu quero dizer que estou muito feliz de ser o último por uma razão. Talvez o que o planeta precisa, e talvez essa seja o grande déficit que o mundo tem, o Brasil e o mundo precisam de lideranças. E nós estamos vendo que diante desses grandes conflitos, o grande déficit é de liderança, quer dizer, o que nós estamos assistindo nessa polêmica do Código Florestal é a liderança do atraso, não é a liderança de trazer, e fazer, e possibilitar que nós façamos essa transição. Eu diria que essa liderança do atraso não é inclusive uma peculiaridade do Brasil.

Quando nós verificamos nos EUA a dificuldade do Presidente Obama apresentar uma Legislação que permita a redução ou meta de redução de gases de efeito estufa, ou mesmo uma política de energia, nós estamos vendo que o atraso e o avanço estão em conflito no mundo inteiro.

Dilmo, falando para a sua mulher, se me permite, e para os seus filhos, para as filhas do Joly, que eu tive oportunidade de conhecer a muitos anos, que eu acho que existe toda razão para esperança. Eu fui constituinte junto com o Eduardo Jorge e com o Mendes Thame que está lá mandando (ininteligível), o que eu acho é que nós perdemos uma batalha importante na Câmara dos Deputados, mas eu acredito que existe uma enorme demanda da sociedade brasileira por uma visão de mundo diferente daquela que predominou quase que conjunturalmente na Câmara dos Deputados. Quer dizer, na Câmara dos Deputados houve sim uma (ininteligível) que significou a aprovação do Código Florestal tem todos os problemas que nós apontamos, mas eu acho que se nós formos capazes de mobilizar a cidadania e os jovens em torno de uma cidadania planetária, nós vamos poder reverter esse jogo. O que você colocou, Victor, o que o Joly colocou, o Jose Pedro, o Professor Enéas Salati colocou, eu queria até registrar, o Professor Salati talvez tenha sido o primeiro cientista a colocar o papel da floresta amazônica do clima do planeta, estudar a evapotranspiração, eu quero dizer para vocês que o nosso desafio nos próximos meses é o desafio de mostrar para a sociedade brasileira que entre o atraso e o avanço existe um grande espaço.

Se formos capazes de demarcarmos os territórios, mostrar o que é o atraso, o que é a visão do século XX, a visão do século XIX versus desafios que a humanidade tem e que o avanço está em uma proposta que modifique o Código Florestal, que ao invés de nós estarmos discutindo, como extinguir o passivo ambiental dos proprietários rurais, mas se nós pudéssemos estarmos discutindo desenvolvimentos econômicos para facilitar que o passivo ambiental seja resolvido, nós estaríamos na agenda do progresso.

Eu, o Eduardo Jorge e o Thame, nós somos constituintes, e o texto constitucional fala que alguns biomas são patrimônio nacional e que deveria se fazer uma Lei para cada bioma. Infelizmente no Brasil nos últimos 20 anos, o único bioma protegido, Jose Pedro, graças a você, é o bioma da mata atlântica. Os outros biomas todos estão protegidos apenas por uma Legislação que é o Código Florestal e à medida que nós flexibilizarmos o Código Florestal, nós estaremos na verdade abrindo possibilidade de degradação de todos os biomas brasileiros, com exceção da mata atlântica.

Bioma amazônico, o pantanal, o cerrado, o pampa e a caatinga que não são patrimônios nacionais, todos esses biomas estarão vulneráveis se nós não formos capazes de criar uma regra de transição. Eu quero dizer para o Dilmo e para os filhos do Dilmo que há alguns anos atrás durante a conferencia do Rio, eu tive oportunidade de conversar com o Dalai Lama, e eu sempre comento a historia do Dalai Lama porque os chineses disseram a diplomacia brasileira que se o Dalai Lama viesse ao Brasil, a China não viria àquela reunião.

E daí eu fui com uma série de pessoas fazer pressão sobre o Governo brasileiro para trazer o Dalai Lama. E tive a oportunidade de encontrar o Dalai Lama e ele me disse o seguinte, “Quando não existe esperança, não existe futuro”. Portanto, a razão de existir esperança e de que nesse segundo jogo que nós vamos encontrar no Senado, nós possamos mobilizar a energia da sociedade brasileira que quer o progresso, quer um outro tipo de progresso, quer contrapor a simples noção de produto nacional bruto, indicador de felicidade, indicador de bem estar. Ou seja, nós queremos o Brasil do século XXI, nós não queremos o Brasil do século XIX. E se nós formos capazes junto com todas as outras lideranças que estão sendo homenageadas aqui, de mostrar para a sociedade brasileira que enfim nós queremos ao século XXI é um Brasil potencia, porque sabe respeitar, sabe que está lá o seu potencial hídrico, que o Brasil sabe defender e valorizar a sua biodiversidade na medida em que nós somos um país mega biodiverso do planeta. Que nós não queremos usina nuclear porque a usina nuclear é o atraso.

A meta da Lei de clima, Rogério, não é uma punição para o Estado de São Paulo, mas é um passaporte para o avanço para a uma economia de baixa intensidade em carbono, nós vamos vencer essa batalha. Eu só espero Dilmo e Regina, que eu e o Trícoli, que nós possamos no ano que vem, voltar a essa Casa e junto com vocês comemorar a vitória não em relação ao Código Florestal, a vitoria do Brasil que nós queremos, como a Christiane Torloni quis há 30 anos atrás. Quando nós perdemos a campanha das Diretas naquele momento, eu acho que talvez uma das imagens mais marcantes da minha geração foi a Christiane Torloni chorando depois que nós perdemos as Diretas, alguns meses depois nós democratizamos o país na Assembleia Nacional Constituinte, e agora como disse todos que falaram antes de mim, temos que democratizar o Congresso Nacional. Temos que ter uma democracia que cria e contempla cidadania planetária para que nós possamos, Dilmo, como você, estarmos orgulhosos pelo que nós fizemos e que em relação às futuras gerações, essa geração de brasileiros, essa geração que está aqui possa ser vista daqui a 40, 50, 100 anos atrás como a geração que teve sensibilidade de entender a urgência do problema ambiental, da mudança e colocar para o planeta a possibilidade da sustentabilidade. Obrigado. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do prêmio “Reverência Verde”.

 

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A SRA. PRESIDENTE - REGINA GONÇALVES - PV - Gostaria de agradecer a presença do Sr. Dalton Fávero, representando o Prefeito Ângelo Perugini de Hortolândia, Presidente do Consórcio PCJ.

Agora assistiremos a apresentação musical do Coral Masculino Evangélico de São Paulo, com a música ‘Eu Vou Proclamar’ de Paulo Field, sob a regência do Maestro Yuri Martiniuk.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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A SRA. PRESIDENTE - REGINA GONÇALVES - PV - E agora ouviremos as palavras do Deputado Dilmo dos Santos, autor da propositura dessa Sessão Solene.

 

O SR. DILMO DOS SANTOS - PV - Boa noite a todos e eu quero nesse momento agradecer a todos vocês, que em uma segunda-feira de inverno tiveram uma atitude e vieram a essa Casa para demonstrar através da atitude, a vontade de mudar a historia.

Quero agradecer as autoridades, na pessoa do meu amigo Fabio Feldmann a todos aqueles que aceitaram ser homenageados. Por esse troféu, que é o primeiro troféu “Reverência Verde”, que acredito que ano que vem estará sendo entregue pela segunda vez.

Quero agradecer aos companheiros e pares da Assembleia Legislativa de São Paulo. Aos Secretários que vieram, a todos que contribuíram para que essa festa fosse uma festa bonita como está sendo.

Nós fizemos essa solicitação para marcar o dia cinco de junho. Dia cinco de junho é o Dia do Meio Ambiente, uma data que é mundial, para que haja reflexão. Para que haja debate, para que haja atividades relativas às questões ambientais, mas acima de tudo ações efetivas para a preservação da natureza e do nosso planeta.

Essa data foi criada para que haja conscientização dos riscos que a vida corre, sim, a vida. Porque se continuarmos dessa forma, o nosso planeta não terá sobrevida por muito tempo. Caso o planeta continue sendo castigado com a emissão de gases, com os poluentes que estão sendo jogados na atmosfera, com o descarte de resíduos nos rios e na natureza de forma indiscriminada, além do desperdício de riqueza que acabam sendo jogados foram quando poderiam criar moradias, objetos capazes de gerar uma economia sustentável.

Mais do que uma data comemorativa, o Dia do Meio Ambiente é uma oportunidade para que sejam ampliadas as informações sobre os perigos que correm os principais elementos dos quais nós dependemos. Ou a vida depende, como a água, o ar, a fauna e a flora.

Tivemos na semana passada, na semana que passou, o C40, uma reunião que trouxe ao Brasil mais de 40 Prefeitos de grandes cidades do mundo, e cidades importantes, que bom que a preocupação ao meio ambiente extrapola aos ativistas, aos ambientalistas, as ONGs e chega até que enfim ao Executivo e também ao Legislativo.

É uma conquista. Talvez por conta desses ativistas que aqui estão hoje. por conta daqueles que foram anônimos, que se fizeram ouvir, e hoje o Executivo e o Legislativo tem que parar para começar com algum tipo de ação.

Essa Sessão Solene aqui na Assembleia Legislativa paulista foi pensada para que essa data possa marcar também as conquistas e os Projetos de proteção ao meio ambiente. Hoje eu aproveito um momento que tem sido até agora e eu sei que será e continuará sendo um grande momento, eu aproveito para estar fazendo um lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, o PCJ. Com a proposta que não é de um Partido, que não é do PV, uma proposta que não são de algumas pessoas somente, mas uma proposta suprapartidária para atuar na defesa e conservação das águas. Segundo o consórcio PCJ que foi quem me subsidiou com algumas informações, não existe água superficial disponível para atender o crescimento vegetativo e as demandas do crescimento produtivo e agrícola. Então, começam a falar e muitos falam em dessalinizar o oceano, construir adutora até o Município de Barra Bonita, São Paulo, entre outras. Porém todas as soluções além do alto custo implicam em problemas de má qualidade de água e problemas ambientais muito sérios. O primeiro enfoque dessa Frente será levar o ecoturismo aos Municípios mencionados.

Iniciar revitalização, a revitalização imediata e um processo continuado que levará a (ininteligível) das bacias do PCJ, como um todo, não por parte. Essa Frente tem o objetivo de assegurar o balanço hídrico das bacias PCJ e do alto Tietê que significa garantir a qualidade de vida. O setor produtivo industrial e agrícola, ou seja, estamos falando de uma Frente Parlamentar para auxiliar na garantia de estabilidade econômica do Brasil, mas uma garantia sustentável.

Também sugeri hoje o Projeto de Lei que dispõe sobre a recomposição da cobertura vegetal das matas ciliares do Estado de São Paulo, para que haja recomposição imediata florestal pelos proprietários nas áreas situadas ao longo dos rios e demais cursos d’água. Hoje nós lançamos, e estamos fazendo a nossa parte. Muito ainda deve ser feito. Nós estamos começando uma jornada. Antes não ouvíamos nem sabíamos nada com relação à defesa do meio ambiente. Era algo distante demais da população. Hoje temos muitas informações e algumas conquistas que só existem graças a militantes, instituições, estudiosos e pesquisadores dedicados ao tema. O que nos faz promover desse evento para homenageá-los como guerreiros dessa causa cada vez mais urgente da nossa sociedade.

O Dia do Meio Ambiente é na verdade, o dia da continuidade da vida, o dia em que podemos realizar hoje para que haja um amanha para as futuras gerações. Para os meus filhos e netos. Na Bíblia Sagrada tem um versículo, no Livro de Êxodo no Capítulo 23 Verso 10 diz assim:

‘Durante seis anos você semeará as suas terras e colherá o que elas produzirem, porém, no sétimo ano deixe que a terra descanse e não colha nada que crescer nela’.

Obrigado. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - REGINA GONÇALVES - PV - Dessa forma eu gostaria de passar a Presidência da mesa para o Deputado Estadual Dilmo dos Santos para que ele faça o encerramento da sessão.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Dilmo dos Santos.

 

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O SR. PRESIDENTE DILMO DOS SANTOS - PV - Obrigado a todos. Esgotado o objeto da presente sessão, antes de encerrar essa Presidência agradece as autoridades, aos funcionários dessa Casa e a todos aqueles que com suas presenças colaboraram para o êxito dessa solenidade. Agradecer em especial a todos que cooperaram no PV, todos os assessores que trabalharam e também do nosso gabinete. Muito obrigado. Declaro encerrada a sessão. (Palmas.)

 

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- Encerra-se a sessão às 22 horas e 45 minutos.

 

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