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09 DE MAIO DE 2005

019ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO DO “DIA ESTADUAL DE PREVENÇÃO AO CÂNCER DE MAMA”

 

Presidência: ROSMARY CORRÊA

 

DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 09/05/2005 - Sessão 19ª S. SOLENE  Publ. DOE:

Presidente: ROSMARY CORRÊA

 

COMEMORAÇÃO DO DIA ESTADUAL DE PREVENÇÃO AO CÂNCER DE MAMA

001 - ROSMARY CORRÊA

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades. Informa que esta sessão solene foi convocada pela Presidência efetiva, a pedido da Deputada ora na condução dos trabalhos, com a finalidade de comemorar o Dia Estadual de Prevenção ao Câncer de Mama. Convida todos para, de pé, ouvirem a execução do Hino Nacional Brasileiro.

 

002 - NISE TAMAGUSHI

Presidente da Sociedade Paulista de Oncologia Clínica, fala da importância do trabalho das voluntárias e dos cursos para capacitá-las. Convida todos para uma caminhada contra o tabaco, dia 31 próximo, nesta capital.

 

003 - CARLOS RUIZ

Presidente da Sociedade Paulista de Mastologia, agradece a possibilidade de discutir os problemas do câncer de mama nesta Casa. Aponta a necessidade de centros de referência para as mulheres que detectam o problema.

 

004 - GILZE MARIA COSTA FRANCISCO

Presidente do Instituto Neomama de Prevenção e Combate ao Câncer de Mama, lamenta que as empresas procuradas para colaborar na luta contra a doença confundem responsabilidade social com marketing social.

 

005 - Presidente ROSMARY CORRÊA

Anuncia a execução de número musical. Conduz a entrega de diplomas às formandas de curso da União e Apoio no Combate ao Câncer de Mama - Unaccam.

 

006 - MARCELO GENNARI

Diretor do Hospital Pérola Byington, reflete sobre as dificuldades para fazer a prevenção e o tratamento do câncer de mama. Observa que a grande causa da doença é o estresse da vida moderna.

 

007 - ERMANTINA RAMOS

Presidente da Unaccam e do Voluntariado da Sociedade Paulista de Oncologia Clínica, pede melhores condições para capacitar os voluntários. Elogia a primeira iniciativa de mutirão de mamografia, do governo estadual. Propugna pela prevenção primária na saúde. Presta homenagem à Sra. Maria do Carmo, "mãe da Unaccam".

 

008 - MARIA DO CARMO

Agradece a homenagem.

 

009 - Presidente ROSMARY CORRÊA

Conduz a entrega de homenagens aos que se destacaram no combate ao câncer de mama.

 

010 - GILZE MARIA COSTA FRANCISCO

Reclama da falta de apoio governamental às pacientes com câncer de mama, que muitas vezes não conseguem os medicamentos necessários.

 

011 - ERMANTINA RAMOS

Narra caso que ilustra a situação descrita pela Sra. Gilze.

 

012 - JOSÉ ANTONIO MARQUES

Diretor da Fundação Oncocentro, neste ato representando o Dr. Luiz Barradas Barata, Secretário Estadual da Saúde, explica o papel de sua entidade. Elenca as ações e esforços da Secretaria para prevenir e tratar o câncer de mama. Apresenta os números e os resultados do mutirão de mamografias realizados pelo governo estadual.

 

013 - Presidente ROSMARY CORRÊA

Anuncia a execução de número musical. Exalta o trabalho das voluntárias junto às pacientes. Cobra maior atenção das autoridades e dos empresários para as necessidades da saúde. Agradece a todos que colaboraram para o êxito da solenidade. Encerra a sessão.

 

A SRA. PRESIDENTE - ROSMARY CORRÊA - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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A SRA. PRESIDENTE - ROSMARY CORRÊA - PSDB - Gostaria de citar as autoridades presentes: Sra. Ermantina Ramos, a nossa Tininha, Presidente da Unaccam e do Voluntariado da Sociedade Paulista de Oncologia Clínica; Sra. Gilze Maria Costa Francisco, Presidente do Instituto Neomama de Prevenção e Combate ao Câncer de Mama; Dr. Marcelo Gennari, Diretor do Hospital Pérola Byington; Sra. Reinalma Montalvão, Presidente da Câmara Municipal de Caçapava.

Convido todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro 2º Tenente PM David Cirino da Cruz.

 

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- É entoado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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A SRA. PRESIDENTE - ROSMARY CORRÊA - PSDB - Esta Presidência agradece à Banda da Polícia Militar, que está sempre colaborando conosco. Peço a todos que saudemos calorosamente a Banda da Polícia Militar. (Palmas.)

Srs. Deputados, minhas senhoras, meus senhores, esta Sessão Solene foi convocada pelo Presidente desta Casa, nobre Deputado Rodrigo Garcia, atendendo solicitação desta deputada, com a finalidade de comemorar o Dia Estadual de Prevenção ao Câncer de Mama.

É um prazer muito grande, a cada ano que passa, recebermos as amigas que estiveram na sessão passada e recebermos novas amigas que vêm aqui, para que possamos fazer uma reflexão. É extremamente importante que façamos uma reflexão sobre esse dia, sobre a problemática do câncer de mama.

Faço um agradecimento especial ao nosso Governador Geraldo Alckmin e ao Secretário da Saúde, Dr. Barradas. Ontem todos os hospitais fizeram um mutirão para a realização de mamografias. Pessoas que já tinham suas mamografias marcadas, algumas para daqui a três, quatro, cinco meses, puderam ontem ser atendidas em vários hospitais da capital. Quero cumprimentar o Governador Geraldo Alckmin, o Secretário da Saúde por esse ato.

Muitas vezes já fizemos críticas, e críticas bastante severas, especialmente ao problema da dificuldade que as mulheres têm de fazer o exame preventivo, a mamografia. Quantas poderiam evitar a doença ou conhecê-la rapidamente, com uma possibilidade de cura enorme, se tivessem condições de terem sido atendidas com uma mamografia com a rapidez que se faz necessária. Já criticamos e na hora de elogiar temos de ter a imparcialidade para fazê-lo. Queremos agradecer ao nosso Governador e ao Secretário da Saúde por esse ato. Muitas mulheres foram atendidas e aquelas que não conseguiram atendimento saíram com a mamografia agendada com a rapidez que o momento requer.

Quero mais uma vez dizer da nossa satisfação em estar com todos aqui nesse momento extremamente importante. Já citei a Mesa, a Tininha, o Dr. Gennari, a Vereadora Reinalma Montalvão, de Caçapava, já na sua terceira legislatura. Mercê do seu trabalho, da sua competência, conseguiu ultrapassar a dificuldade da barreira machista da Câmara e hoje preside a Câmara Municipal de Caçapava, minha amiga de muito tempo, uma pessoa que veste a nossa camisa, que procura fazer eventos em torno da prevenção do câncer de mama. E a Gilze, nossa amiga querida, Presidente do Instituto Neomama, está sempre conosco.

Quero citar a presença de mais autoridades: Sra. Maria Evani Souza de Moraes, Presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer - São Caetano do Sul; Dr. Carlos Ruiz, Presidente da Sociedade Paulista de Mastologia; Major Sônia Saran, representando o Major-Brigadeiro-do-Ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, comandante do IV Comar; Dr. José Antônio Marques, neste ato representando o Dr. Luiz Barradas, Secretário de Estado da Saúde; Sra. Irene de Araújo Camargo Pires Fumach, Primeira-Dama e Vereadora do município de Itatiba; Dra. Nise Tamagushi, Presidente da Sociedade Paulista de Oncologia Clínica; Sra. Vera Lúcia Monari, da Rede Feminina de Combate ao Câncer; Sra. Maria José Corradine Penteado, Presidente da Rede de Voluntárias de Combate ao Câncer de Itatiba. Agradeço ao tecladista Levy Ramos pela presença. Agradeço também à Carmem Sylvia Lacerda, coordenadora da Associação Paulista Feminina de Combate ao Câncer “Volta à Vida”; Sra. Antonina Collantonio, coordenadora da Associação Comercial de São Paulo, seção Santana; agradecemos muito a presença, minha querida Efigênia de Almeida Chamma, coordenadora da Associação Comercial, também da seção Santana. Muito obrigada pela presença de todas e de todos aqui nesta nossa manhã.

Quero, neste momento, conceder a palavra à Dra. Nise Tamagushi, Presidente da Sociedade Paulista de Oncologia Clínica.

 

A SRA. NISE TAMAGUSHI - Bom-dia a todos. Cumprimento, através da nobre Deputada Rosmary Corrêa, todas as autoridades presentes, e, através da Dona Tininha, todas as voluntárias. São voluntárias da vida. Mais do que tudo, estão trazendo o seu melhor conteúdo, que é o da doação.

Acredito que na vida a possibilidade de doar é um privilégio. É um privilégio daqueles que estão melhores do que os outros que precisam receber. Entretanto, muitas pessoas acabam não tendo essa disponibilidade interna por não acharem que são capazes. Esses cursos de capacitação de voluntariado que estão sendo realizados tornam as pessoas mais capazes. Acredito que a educação é essencial. Temos no Brasil uma necessidade absoluta de treinamentos.

Estamos agora montando, através da coordenação de voluntariado da Sociedade Paulista de Oncologia Clínica, um programa de telemedicina, através da conexão médica, com doze aulas para o Brasil inteiro. Vai ser na terceira quarta-feira de cada mês, da uma hora às duas e meia da tarde. E, nas suas cidades, sites para conexão médica. Estaremos enviando depois toda a programação. Vai ser acessível e haverá um certificado no final.

Quero agradecer a oportunidade que esta Casa nos dá sempre de braços abertos, agradecer a todos aqueles que trabalham de alguma forma, anônima inclusive, para que as pacientes com câncer tenham uma melhor evolução e uma melhor sobrevida, e quero salientar que a prevenção que está sendo realizada através da mamografia, através de todo esse processo educativo, tem salvado milhares de vidas.

Estamos realmente frente a uma doença que atinge uma em oito a doze mulheres, principalmente aqui no Estado de São Paulo, que é um Estado que tem uma alta prevalência, e que basta estar viva para ser uma paciente em potencial de câncer de mama.

Eu também me incluo, sendo uma médica oncologista. Mas, dessa maneira, talvez possamos ter uma sensibilidade maior na nossa forma de atender o paciente. Sabemos que somos parte de uma grande comunidade em que o câncer é hoje o inimigo mais importante na área de doenças, depois de problemas cardiovasculares. O contingente é enorme, e todo esforço é absolutamente necessário.

No dia 31 de maio, vamos nos reunir debaixo da marquise do Masp, às 11 horas, para fazer uma caminhada contra o tabaco. Gostaríamos que vocês todos estivessem presentes. O tabaco é um problema sério no nosso país, que é o maior produtor mundial. Existe, Deputada, inclusive uma convenção quadro, no Senado Federal, que não foi aprovado.

Acho que é muito importante o Brasil fazer parte da comunidade mundial contra o tabaco. Vamos caminhar na Avenida Paulista distribuindo flores, organizadamente, até o Cemitério da Consolação, e lá estaremos soltando balões pretos no ar, em nome das duzentas mil mortes anuais causadas pelo cigarro no Brasil; depois, balões brancos pela esperança de que o Senado aprove essa convenção quadro.

Parabéns por esta iniciativa que a Unaccam teve, juntamente com a nobre Deputada Rosmary Corrêa, de instituir o Dia da Prevenção do Câncer de Mama. Acredito que precisamos dessas iniciativas também no nível de Legislativo, Executivo, e alicerçado através da comunidade de voluntariados do Estado de São Paulo.

Muito obrigada.

 

A SRA. PRESIDENTE - ROSMARY CORRÊA - PSDB - Passo a palavra agora ao Dr. Carlos Ruiz, Presidente da Sociedade Paulista de Mastologia. Porém, antes, quero agradecer a presença da Lilian Gambarine, representando o Rotary Club São Paulo Norte, quero agradecer a presença também da Madalena, que é a Presidente do Conseg Vila Maria/Vila Guilherme, e, através dela, cumprimentar todos os representantes de Consegs presentes.

 

O SR. CARLOS RUIZ - Bom-dia. Quero inicialmente agradecer, na pessoa da nobre Deputada Rosmary Corrêa, a todas as autoridades, minhas amigas aqui presentes, e dizer da felicidade que é estar aqui hoje para agradecer. Nobre Deputada Rosmary Corrêa, hoje não vim pedir, e sim agradecer.

A Tininha, que é a grande responsável pelo voluntariado, minha mãe adotiva, abriu um espaço para nós, através da Deputada, para a nossa sociedade, que mensalmente realiza uma reunião com uma média de 120 a 140 médicos, que vêm discutir os problemas do câncer de mama nesta Casa, nossa Casa. Isso nos deu uma transparência e uma condição de permeação tão grande, que hoje somos cada vez mais solicitados para participar de muitas outras reuniões, o que é sensacional.

Para vocês terem uma idéia, antigamente a reunião contava com 20 ou 30 pessoas. E nesse espaço totalmente neutro em relação à política, quer queiramos ou não, pasmem os senhores, é difícil administrar os egos. Não é muito simples. Mas, na verdade, estamos aqui, nessa conjunção, para tentar fazer isso e temos obtido resultado fantástico.

Portanto, hoje vim aqui para agradecer. Vim falar um pouco do nosso grande problema, que é o câncer de mama, desse trabalho que o Governador tem feito em relação à mamografia, que é fundamental para nós. Mas o local que essa pessoa que detecta o câncer possa buscar também é importante. Precisamos de centros de referência para essas mulheres que detectam o problema. Muito bem, fez uma mamografia, detectou um problema: e aí, doutor, para onde ela vai?

São cinqüenta mil novos casos, por ano, de câncer de mama no Brasil. Desses cinqüenta mil novos casos, dez mil mortes. Dessas dez mil mortes, o fator mais intimamente envolvido com elas é o diagnóstico tardio. Recebo em média no Hospital das Clínicas, no Pérola Byington, mulheres com tumores de mais de quatro, cinco centímetros. E, como vocês sabem, o câncer de mama para atingir um centímetro demora em média dez anos. Vejam quanto tempo temos para fazer esse diagnóstico e não o fazemos.

Quero de novo aqui agradecer a todas as minhas amigas, a todos os colegas, ao Professor Afonso César Pinto Nasário, que é o tesoureiro da nossa chapa da Sociedade Paulista de Mastologia, aqui presentes.

 

A SRA. PRESIDENTE - ROSMARY CORRÊA - PSDB - Nós é que temos que agradecer ao Dr. Carlos Ruiz pelo trabalho maravilhoso que ele faz. Na medida em que a Assembléia, no seu todo, pode oferecer este espaço, pode ter certeza de que ficamos extremamente contentes. Esta Assembléia não é dos Deputados. Ela é do povo. Portanto, está sempre aberta para todos aqueles que necessitam fazer algum tipo de evento, ou trabalho aqui na nossa Casa.

Quero cumprimentar o Sr. Joaquim Mineiro, Vereador do município de Itaquaquecetuba; a Cidinha, a Maria Aparecida da Fonseca, Vereadora da Câmara Municipal de Itaquaquecetuba; a Vera da Penha Rodrigues, Secretária Municipal da Cultura de Itaquaquecetuba; a minha amiga Roseni Acoti, 1ª suplente de vereador de Martinópolis. Só para vocês ficarem sabendo, a Dra. Ivelise Nucci Braga, que é Procuradora Geral da APAE, é também de Itaquaquecetuba e faz parte da Comissão Pró-Delegacia da Mulher de Itaquaquecetuba, que, se Deus quiser, estaremos levando brevemente; a minha amiga Cidinha, Diretora Administrativa da APAE, que todo os anos também está aqui conosco; a Eva Tânia Azevedo Francisco, Diretora social da APAE de Itaquaquecetuba; minha querida Dra. Valéria, advogada atuante, Presidente da OAB da secção de Itaquaquecetuba, que também luta há bastante tempo pela delegacia da Mulher; e o Sr. Elizeu Corrêa, Diretor do Departamento Cultural de Itaquaquecetuba, que também luta - e há bastante tempo - pela Delegacia da Mulher.

Vê-se que Itaquaquecetuba está em peso aqui. Itatiba, vocês têm de trazer mais gente, porque Itaquaquecetuba está começando a ganhar de vocês. Santos também está aí, mas nós vamos citar a presença de todos à medida que as pessoas forem trazendo para a gente.

Neste momento, quero passar a palavra à Sra. Gilze Maria Costa Francisco, Presidente do Instituto Neomama de Prevenção e Combate ao Câncer de Mama. (Palmas.)

 

A SRA. GILZE MARIA COSTA FRANCISCO - Bom-dia a todos. Cumprimento as autoridades na pessoa da nobre Deputada Rosmary Corrêa; cumprimento as autoridades médicas em geral e todas as presentes. Também me congratulo com todas aquelas que no domingo vão ter a chance de festejar a vida no Dia Estadual de Prevenção ao Câncer de Mama. Independentemente de tratamentos, taxas, índices e estatísticas, estamos aqui vivas e comemorando mais uma vez este dia, nesta sessão solene que se torna tão importante.

O assunto de hoje é responsabilidade social. Essa foi a proposta desta sessão solene.

Quero me unir à maioria das pessoas que estão aqui, que coordenam grupos, que coordenam instituições, que coordenam grupos assistenciais através de um grupo de apoio uma vez por semana, apesar de qualquer dificuldade. Venho aqui me unir a vocês e dizer que no nosso País, embora, graças a Deus, a mentalidade dos médicos sobre a mulher com câncer de mama esteja se tornando mais e mais global, infelizmente ainda esbarramos num problema muito sério e fundamental para que possamos realizar nosso trabalho, concretizar nossas ações e tornar nosso trabalho mais eficaz e abrangente: é o fato das empresas que procuramos fazerem uma diferenciação marcante - e, para nós, revoltante - entre marketing social e responsabilidade social.

Quando procuramos o apoio de alguma empresa, a primeira pergunta é: qual será meu benefício? Posso descontar no Imposto de Renda? “Não, não pode.” “Vocês atendem criança e adolescente? Não dá para dar um jeitinho de atender criança e adolescente, porque aí eu entro.”

Acho que não é o propósito de ninguém substituir ou desprezar o valor da vida da criança e do adolescente. Mas se essa criança e adolescente, que recebe todo o amparo social, toda estrutura financeira de empresas grandes e pequenas que se sensibilizam com a causa - já que sabem que a criança é o futuro do nosso País - ao chegar aos 18 anos e tiver de enfrentar o mundo, não tiver uma mãe que ofereça seu sustentáculo essencial e dê continuidade ao trabalho da instituição, não sei de que terão valido esses 18 anos da instituição. O que vai restar desse cidadão? O que o mundo espera desse cidadão? O que ele vai dar para o mundo?

Conhecemos instituições - e é só perguntar no nosso meio - onde as próprias crianças atendidas não admitem comer pão com manteiga. Elas querem pão com presunto e queijo. Isso é uma coisa muito séria. A gente pede assistência, continuidade de tratamento, reinserção na sociedade e condições de qualidade de vida, que é essencial para um pós-operatório de câncer de mama. E esbarramos no quê? Em dificuldades, em pessoas que muitas vezes burlam a lei para nos dizer ‘não’.

Infelizmente, esbarramos em grandes empresas - e tenho certeza de que várias mulheres aqui já procuraram empresas de grande porte ligadas à mulher, à estética feminina, a produtos farmacêuticos de câncer de mama e tiveram o mesmo problema - que nos respondem: “Nossa verba já está comprometida.” “Mil reais? Não podemos dar. Você deveria ter nos procurado para conceder mil reais há seis meses, quando estávamos elaborando nosso orçamento.” Quando é que haverá orçamento para o câncer de mama numa empresa?

Se eu chegar com a camiseta de um time de futebol, terei o patrocínio imediato de milhões. Mas quando chego para falar da mulher que está precisando, do eixo principal da família, para que ela se cuide e se trate, para que volte a exercer sua função de mulher, de mãe e de esposa, é ‘não’ o que a maioria de nós ouvimos como resposta. Tenho certeza de que a maioria de vocês também passa por isso.

Acho importante nos juntarmos e exigirmos dessas empresas que nos deixam na mão, já que poderiam nos ajudar ainda que minimamente. Vamos fazer da nossa luta, que é cheia de pequenas conquistas, grandes celebrações. Vamos exigir desde essas pequenas conquistas que eles podem nos proporcionar, até mesmo uma solicitação concreta junto ao Congresso Nacional, para que essas empresas também contem com um incentivo fiscal, não havendo mais argumentos para nos dizerem “não” simplesmente, mas tendo de nos explicar o motivo concreto de por que não ajudar mulheres, que, elas, sim, ajudam a sustentar o Brasil, sem as quais muitas crianças não se criariam.

Graças a Deus, na minha cidade, tenho a sorte de ter encontrado pessoas com competência, visão, solidariedade e humanidade, que me apoiaram em muitos sentidos.

Faremos uma premiação. As entidades receberão o Prêmio de Responsabilidade Social, oferecido pela Assembléia Legislativa, em prol de tudo que fizeram para o Instituto Neomama.

Temos agora um programa via internet pela TV DL. Para quem puder acessar a internet, o endereço é: www.TV DL.com.br, às terças-feiras, das 15 horas e 30 minutos até as 16 horas, no horário de Brasília. O programa chama-se “Um Toque pela Vida” e é de responsabilidade do Instituto Neomama, que conseguiu esse espaço graças à TV DL, uma das empresas que merece todo destaque.

Também temos o programa da mamografia digital gratuita. Hoje, conto com 30 mamografias/mês digitais, gratuitas, para as mulheres que detectaram o nódulo e estão com dificuldade de marcação dessa mamografia ou para aquelas que, diante da negativa do seu convênio, nos procuram para poder realizar seu exame e ter seu diagnóstico.

Deixo aqui meu apelo para que vocês não desistam de lutar pela causa. É muito fácil desistir de tudo aquilo que a gente pensa e sonha. Mais difícil é permanecer. É por isso que estamos aqui, é por isso que vale a pena viver e comemorar, é por isso que temos de vencer o câncer e esse preconceito em relação a uma doença estigmatizada, que tem, por parte do Governo Federal, poucos meios e poucos recursos para tratamento.

Obrigada. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - ROSMARY CORRÊA - PSDB - Quero citar a presença aqui da Maria do Rosário Silveira Buono, da Associação Bortolândia; da minha querida colega delegada de polícia, Dra. Clementina, titular do 100° Distrito Policial, lá no Jardim Herculano; e também do Sr. Adair Taveira Pinheiro, vice-Presidente do Lions Clube São Paulo do bairro do Tremembé.

Agora vamos coroar os esforços de um grupo de mulheres maravilhosas, que tiveram aulas de março a maio. Enquanto as nossas companheiras Iria Donadio, Elda de Francesco, Maria do Carmo Checchea, Rosana Couto Valada, Maria Eugênia Fiorino, Cleusa Minare Pinheiro, do Núcleo Pedagógico da Unaccam, e o Dr. Gennari descem até o nosso plenário para fazer a entrega dos diplomas, o nosso querido tecladista, Levy Ramos, vai nos brindar com mais uma apresentação. execução.

 

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  - É feita apresentação musical.

 

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A SRA. PRESIDENTE - Rosmary Corrêa - PSDB - Gostaria, também, de citar a presença da minha colega , a delegada de polícia, Dra. Irene Dias Luque, que neste ato está representado a nossa companheira Zulaiê Cobra Ribeiro, Deputada Federal.

Tininha, irei chamando as formandas e elas irão se apresentando. O Dr. Gennari falará ao final. (?Adriana Itomi de Paiva Hayaschi; Ana Maria de Paiva Hayaschi; Ana Rosa Gonzalez Dias; Caroline Hayaschi das Neves Lobo; Elizabeth Pischolani; Eunice Rubira Fazani; Juliana Massumi Hayaschi de Paiva; Maria Elisete Bernardinelli.  ?).

Tininha, transmita o meu abraço, de coração, à Presidente da Associação dos Voluntários do Hospital do Mandaqui, que está recebendo o seu diploma, Maria Irene (Mangini ?).

( ? Marina de Oliveira Medeiros; Neusa Maria Tironi; Rosa Virgínia Luiz Fávero; Rosália Caldeira Pedro; Rosibeli A. Rodrigues; Rosemeire Aparecida Gonçalves; Sandra Aparecida de Lima Cardoso; Soila Bertoya da Silva; Solange Monteiro Amador; Vera Lúcia Huliana; Vera Luzia Long Gabrielli ?).

Cumprimento todas as formandas e peço que todos as aplaudam , calorosamente. (Palmas.)

Gostaria de citar as presenças do Sr. Caio Martins Salgado, representando o Sr. Jorge Martins Salgado, Diretor da APAE pae de São Caetano; da Sra. Maria Medeiros Paulino, da Associação Viva Melhor, de São Bernardo; da Dra. Daniele Rubira Fazani, dentista da APAEpae  de São Caetano; da Sra.Vera Tervel, Presidente da Associação Viva Melhor, de Santo André. Muito obrigada pela presença de todos! (Palmas.)

Concedo a palavra ao Dr. Marcelo Gennari.

 

O SR. MARCELO GENNARI -- Bom- dia a todos! Gostaria de agradecer a presença de todos e parabenizar, mais uma vez, a nova turma. Faz seis anos que se formam turmas pela Unaccam, representada pela Tininha e também pela cComissão pPedagógica. Sentimo-nos muito orgulhosos por isso, que isso aconteça, mesmo porque participamos dessa capacitação desde o seu início. que foi iniciada.

Quero agradecer, também, à Deputada Rose,  e a todas as autoridades e dizer o quanto me sinto orgulhoso em poder participar desta formatura, no que diz respeito não só em relação à questão epidemiológica, à questão estatística, à questão social,  que já foi aqui hoje citada, como também à questão preventiva e de educação que as senhoras, que foram apenas formadas aqui, vão exercer durante toda a vida.

Câncer de mama, ncer de colo uterino, conhecemos bastante.  sobre essas doenças. Vemos uma diferença muito grande entre o câncer de colo uterino, por exemplo, e o câncer de mama. O câncer de colo uterino é uma doença que ainda mata quatro mil mulheres no Brasil, todos os anos. É uma doença que sabemos muito bem como evitar. Sabemos que o câncer do colo uterino é uma doença causada por feridas do colo do útero, por doenças sexualmente transmissíveis e por infecções ginecológicas. O exame papanicolau pode resolve este problema e pode erradicar a doença, como alguns países já erradicaram.

A situação do câncer de mama é completamente oposta à do câncer de colo uterino. Sobre o câncer de mama vemos hoje que, por mais que você conheça a doença, é difícil fazer a prevenção. Você consegue fazer a detecção precoce. Carlos disse, Tininha disse da importância da mamografia, da importância dos grandes centros tecnológicos para tratar as pacientes que, infelizmente, hoje chegam a nossos serviços - eu estou no Pérola Byington também - e verificamos que chegam com doenças avançadas.

Eu idealizo um pouco o Professor Pinotti, de quem sou seguidor há vários anos. Ele tem um conceito diferente. É lógico que é necessário fazer todas essas prevenções para a detecção precoce, tratar as mulheres com câncer avançado, mas principalmente tentar mudar hábitos de vida, hábitos alimentares, hábitos reprodutivos para que essas mulheres não venham a ter essas doenças.

No nosso país, por ser um país em desenvolvimento, isso é muito difícil. Sabemos o que causa o câncer de mama: é o estresse. É a mulher moderna que compra câncer durante a vida. Ela tem poucos filhos, amamenta pouco, fuma, bebe, é estressada, utiliza-se da vida moderna acidulante, acidificante, estabilizante, todos os ‘antes’. É telefone celular, é energia eletromagnética. Todas essas coisas fazem ela ter o câncer de mama. É muito difícil você, num país em desenvolvimento, deixar tudo isso de lado e falar: “Vou morar no meio do mato, terei 20 filhos, amamentarei por um ano cada um deles e assim não terei câncer de mama.” Isso é muito difícil.

A fundamental importância que vejo hoje aqui desse grupo formado é a capacidade de penetração em todas as unidades, em todas as camadas sociais. Essas pessoas que estão aqui hoje poderem reproduzir tudo isso que elas aprenderam: aparato tecnológico e desmistificar essas questões técnicas, difíceis até de serem compreendidas pela maioria da população, e terem a capacidade de discorrer sobre isso a outras pessoas: vizinhas, amigas, filhas.

Não é aqui que vamos resolver o problema do câncer de mama no nosso país, mas é fundamental começarmos a pensar na prevenção da saúde. Não é detecção precoce, e sim prevenção.

Temos um programa interessante que já está sendo difundido em todo o Estado, pelo qual sou o responsável. Estão aqui presentes vários representantes de municípios. Temos o Programa de Atenção à Saúde Primária, baseada num questionário. É um questionário simples, de fácil resposta. Com 100 perguntas conseguimos traçar um perfil de risco para essas mulheres. Este questionário foi idealizado pelo Professor Pinotti. A tese de livre docência do Carlos Ruiz, que aqui se encontra também, é baseada neste questionário. Estou aqui me colocando à disposição para os municípios que têm interesse em replicar essa questão.

É um prazer estar com vocês. Parabéns mais uma vez a todas as formandas, e esperamos estar aqui no ano que vem de novo. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - ROSMARY CORRÊA - PSDB - Agradecemos ao Dr. Marcelo Gennari. Passo a palavra agora para a Sra. Ermantina Ramos, a nossa Tininha.

 

A SRA. ERMANTINA RAMOS - Parabéns às formandas. Muito obrigada por tudo, Dra. Rosmary Corrêa; a todos os representantes do setor público; ao setor do voluntariado; à Dra. Nise Tamaguchi; ao Dr. Carlos Ruiz. Digo sempre que o nosso apostolado é seguir Carmem Prudente, a voluntária do amor à luta contra o câncer.

Pedimos ao Senhor luzes necessárias para o cumprimento da nossa missão dificílima, e que nos socorra nas angústias, nas dúvidas, perplexidade, aflições, desânimo e dor para que possamos socorrer a quem precisa.

Sem a perene compreensão do meu esposo Denis, sem o carinho dos meus filhos, Clarizia, Clarici e Denis Jr., do meu genro Leonardo, da minha nora Sílvia, e dos meus netos, Nicole e João Pedro, as pedras do meu caminho seriam espinhos dolorosos para perseguir o meu ideal.

Procurei e procurarei espargir idéias próprias para aprender. O que se sabe não está na ciência alheia, que se absorve principalmente nas idéias próprias, que geram principalmente dos conhecimentos absorvidos mediante a transmutação por que passa o espírito que o assimila. Isso já dizia Rui Barbosa.

No nosso tempo, o relativismo do nosso conhecimento é fundamental. O respeito à opinião alheia, à decisão e à humildade fazem parte do voluntariado capacitado. A troca de experiência com outros grupos nos faz crescer e amadurecer para tal. Na convivência com os membros da Unaccam, pude aparar as arestas da minha vida, as minhas deficiências e eles me ajudaram no cumprimento desta missão.

Eu sei que muito aprendi nesses anos, temperando com a ciência dos nossos mestres que nos ensinaram a parte científica. Com os mais velhos aprendi a ficar jovem para crescer e aferir a natureza que premia a idade.

Para tanto, devemos lembrar que, além de estimular o estudo e o progresso dos voluntários que colaboram esclarecendo os pacientes, investir na própria capacidade e aprimorar os voluntários é muito importante. Tenho certeza que hoje vocês estão sentindo um pouco mais de força e segurança nas palavras que saem de suas bocas.

Se quisermos mudar o Brasil gerando dias melhores para os pacientes, temos de mudar este modelo de voluntariado existente. O voluntariado não tem direito de falar coisa errada. Se não souber falar, simplesmente ‘não sei’. É muito simples falar ‘não sei’, mas é muito importante saber explicar para os pacientes, ter condições de abraçá-los; sentir o carinho da voluntária para o paciente é importante. Se estudarmos, teremos educação de qualidade para os voluntários. É só investindo na educação é que poderemos ajudar os pacientes a conhecer melhor a sua doença.

O que é de estarrecer é como todos vão ficando cada vez mais anestesiados diante dos horrores que acontecem no Brasil.

Muito já foi falado aqui, inclusive quando Gilse falou sobre a responsabilidade social que procura ajudar a criança. Eles esquecem que atrás de uma mulher mastectorizada tem uma família. E muitas vezes são jovens senhoras que têm filhos pequenos. E esses filhos precisam de apoio. É o nosso trabalho: apoiar a família, não só a paciente.

Temos de cumprir as leis que nos são impostas pelo governo. Este ano, estou um pouco mais feliz porque está se cumprindo um pouquinho só. Começou ontem a fazer alerta dessa importância - preciso agradecer ao Governador - com a primeira iniciativa de mutirão de mamografia.

Nós lutamos desde 1997, é uma briga grande para que isso viesse a acontecer. Em 1999 a lei foi aprovada. O que adianta ter uma lei se ninguém tem conhecimento? Fizemos um trabalho de estarmos aqui todas as segundas-feiras nesses anos, após o Dia das Mães, para conseguir falar um pouco sobre o nosso trabalho e alertar o governo, os médicos, os jornalistas. A importância deste trabalho é grande. Se conseguirmos quebrar o mito do câncer de mama, teremos menos morbidade, menos mortalidade no nosso país.

Gostaria de lembrar uma retórica: o sapo de Einstein. Não sei se todos conhecem. Se colocarmos um sapo em uma panela quente com água, e for aumentando a temperatura aos poucos, o sapo não percebe que a água está se aquecendo. E ele vai se habituando ao ser cozido e morre. Mas se colocarmos um sapo numa panela de água fervendo, ele imediatamente sente o choque e pula fora.

Fico pensando, muitas vezes, que estamos sendo cozinhados, embora esteja falando para um público que é consciente. Mas não são todos conscientes. Eu gostaria que vocês levassem essa nossa idéia para outras pessoas. Queremos que todos se conscientizem da importância da prevenção primária dentro da saúde, não só do câncer de mama, mas do diabetes, da arteriosclerose, de todas as doenças que envolvem o ser humano.

Temos de ter uma voz ativa e espero que todas vocês, formandas, tenham voz ativa. Precisamos nos unir cada vez mais para a luta dos direitos dos pacientes. Garanto a todos vocês que unidos seremos fortes e peço a vocês que receberam o certificado, que se unam cada vez mais na nossa luta por um país melhor.

Muito obrigada. (Palmas.)

Gostaria de tomar um pouquinho mais do tempo de vocês, pois quero homenagear a nossa “mãe da Unaccam”. Seria possível?

 

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-         É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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A SRA. MARIA DO CARMO - Estou muito feliz de estar com vocês. Há cinco anos trabalhamos aqui na Unaccam para levarmos um pouquinho de alegria aos corações de todas as pessoas que sofrem desse mal. Agradeço a vocês por me chamarem de “mama”, porque acho que sou a mais velha. Um beijo a todos. Continuem o trabalho, todas vocês que estão se formando.

Muito obrigada por tudo. A Tininha me pegou de surpresa e me fez chorar. Obrigada. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - ROSMARY CORRÊA - PSDB - Já que estamos na fase de homenagens, esta Assembléia Legislativa também quer fazer algumas. Começamos homenageando o Dr. Pércio Benitez, que é Presidente da Associação Médica de Santos, pela ajuda que vem prestando e por tudo aquilo que vem fazendo.

 

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-         É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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A SRA. PRESIDENTE - ROSMARY CORRÊA - PSDB - Continuando as nossas homenagens, queremos homenagear o Dr. José Carlos Clemente, Diretor da Clínica Mult Imagem, que tem feito mamografias para as pessoas de Santos gratuitamente.

 

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-         É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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A SRA. PRESIDENTE - ROSMARY CORRÊA - PSDB - Queremos também homenagear o Sr. Sérgio de Souza, do Grupo Diário do Litoral de Comunicação, por toda a ajuda que tem dado, através das publicações, falando dos eventos.

 

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-         É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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A SRA. PRESIDENTE - ROSMARY CORRÊA - PSDB - A nossa homenagem agora é para a Sra. Aglair Quaresma Coelho, da 4.2 Produtora e ao João Guilherme Peixoto.

 

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-         É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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A SRA. PRESIDENTE - ROSMARY CORRÊA - PSDB - Gostaria de chamar a Secretária de Cultura de Itaquaquecetuba, Vera da Penha e o Elizeu de Miranda Corrêa, Diretor do Departamento de Cultura de Itaquaquecetuba.

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-         É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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A SRA. VERA DA PENHA RODRIGUES - Bom-dia a todos os presentes. Viemos de Itaquaquecetuba, com muita alegria e muito carinho, para fazer uma homenagem a uma batalhadora que recebeu no dia oito de março o título honorífico do Dia Internacional da Mulher. Ela tem prestado muitos serviços à nossa cidade. Nós a amamos muito e aqui estamos trazendo a nossa homenagem.

Estamos aqui também com o nosso vereador e a nossa vereadora. Brevemente a Delegada Rose irá receber o título de Cidadã Itaquaquecetubense, com muito merecimento e muito orgulho para nós. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - ROSMARY CORRÊA - PSDB - Quero agradecer muito a todos os nossos companheiros e amigos de Itaquaquecetuba, especialmente à Vera, ao Elizeu, ao Mineiro, nosso Vereador, à Cidinha, nossa Vereadora, à Valéria, Presidente da OAB à Cidinha, da APAE, enfim, a todos muito obrigada pela gentileza.

 

A SRA. GILZE MARIA COSTA FRANCISCO - Em primeiro lugar, gostaria de me desculpar porque me entusiasmei falando. Gostaria de lembrar que a nossa luta, como a Tininha disse, é diária.

E espero que assim como eu, que têm dias em que quando chego em casa acho que é hora de parar porque é tão difícil, custa tanto, me desgasto, não tenho paciência, estou cansada etc, tenho certeza que com muitas de vocês também acontece isso.

Para mim é muito difícil ainda ver nos noticiários ONGs, OCIPs e outras instituições clamando porque acabou por dois, três dias, por exemplo, o coquetel para os pacientes soropositivos, e no dia seguinte chega um avião com uma remessa para que não falte medicação, e eu ver e ter de dar assistência a mulheres que estão sem o tamoxifeno e mulheres que estão em fase terminal sem morfina. Isso dói muito, porque essa é a realidade daquelas que não têm convênio, daquelas que o convênio se nega a pagar.

Falei aqui no ano passado e volto a repetir: se existe um programa no governo para medicações de alto custo, esse programa tem de ser respeitado porque à hora em que no Instituto Neomama falecer uma assistida que necessitava de uma medicação que o SUS não ofereceu ou não cobriu, vou entrar na Justiça solicitando uma indenização a essa família. (Palmas.)

 

A SRA. ERMENTINA RAMOS - Vou aproveitar o gancho da Gilze. Somos muito unidas e nunca comentamos isso. Em fevereiro uma pessoa me procurou dizendo que há três meses precisava tomar um remédio.

Na Secretaria da Saúde, quando se fala em Tininha, todos me conhecem, e muitas vezes não me atendem porque sabem que todas as vezes que ligo é para pedir - só sei pedir, não sei fazer outra coisa. Fiquei muito triste porque eles não me atendiam.

Estava tomando conta do meu neto, na casa do meu filho, que estava viajando. A enfermeira do meu filho foi enfermeira do filho do atual Secretário de Segurança Pública. Pois bem, ela me disse para eu não ter receio e que deveria ligar para ele, pois certamente ele resolveria o caso.

Como realmente o caso era muito sério, eu não tive receio e liguei para ele. Liguei para a Secretaria da Segurança Pública e falei com ele, que me disse para aguardar um pouco. Não se passaram 10 minutos e me ligaram da Secretaria da Saúde. Comentei o caso, a paciente era do Hospital Brigadeiro, um hospital público. Sei que isso foi na sexta-feira. Na segunda-feira a paciente foi chamada e na terça-feira ela tomou o remédio.

Acho um absurdo isso acontecer, porque não é todo mundo que conhece a Unaccam, não é todo mundo que nos procura. Então, temos que lutar pela dignidade do ser humano. As mulheres têm filhos e marido em casa, elas têm uma família por trás delas. Assim, acho super importante a nossa educação e o nosso trabalho para que isso não aconteça mais.

Se você sabe, tome essa atitude também: procure a Secretaria!

 

A SRA. PARTICIPANTE - O negócio é ser pidona igual à Tininha.

Sra. Presidente, um minutinho, gostaria de explicar o porquê desses prêmios serem oferecidos.

A Associação dos Médicos de Santos, na pessoa do Dr. Pércio Benitez, abriu as portas graciosamente para qualquer evento do Instituto Neomama. Ele nos dá total apoio, nos incentiva e sempre nos chama para participar dos eventos promovidos pela própria Associação dos Médicos. Quem luta sabe que conseguir espaço é uma coisa muito difícil.

A Clínica Mult Imagem nos fornece 20 mamografias digitais gratuitas por mês, mais as mamografias que conseguimos através de convênios com empresas.

A TV DL é aquela que tem o programa “Um toque pela vida”. A 4.2 Produtora deu ao Instituto Neomama um filme institucional e também uma campanha sobre o câncer de mama, que em breve vocês verão.

Então, tenho muito orgulho de poder apresentar essas pessoas que são de Santos. Acho que vocês não sabem, Santos é o berço do voluntariado, tudo começou em Santos. Tenho muito orgulho de ter uma parceria pessoal e profissional com essas pessoas que são sensíveis a uma causa que tantos preferem desprezar.

 

A SRA. PRESIDENTE - ROSMARY CORRÊA - PSDB - E nós aplaudimos calorosamente os homenageados. (Palmas).

Para encerrar as falas da nossa Sessão, convido o Dr. José Antonio Marques, que neste ato está representando o nosso Secretário da Saúde, Dr. Luiz Barradas Barata.

 

O SR. JOSÉ ANTONIO MARQUES - Bom dia a todos. Em nome do Dr. Luiz Barradas Barata quero cumprimentar todos vocês; a Deputada Rose, que todo ano promove não só este encontro como todo esse trabalho; a Tininha, que não nos vemos há um tempo, mas conheço muito bem o trabalho. Parabéns a todos vocês!

Bom dia, autoridades presentes e médicos. Atualmente estou dirigindo a Fundação Oncocentro, uma fundação ligada à Secretaria da Saúde e que trata do câncer no Estado de São Paulo como um todo, fornecendo dados para que a Secretaria de Estado da Saúde possa realizar algum tipo de política sobre câncer, que é a segunda causa de morte hoje no Estado de São Paulo.

A Fundação Oncocentro nesses últimos cinco anos tem organizado um registro de todos os cânceres tratados pelo SUS no Estado de São Paulo. Já são 150 mil casos registrados de 2000 até 2004, sendo que mais ou menos de cinco a seis mil casos novos por ano são de câncer de mama.

A Secretaria de Estado entende muito bem o problema, porque a primeira causa de morte no Estado de São Paulo em mulheres por câncer hoje é o câncer de mama. Entendendo isso, este ano a Fundação Oncocentro e a Secretaria de Estado promoveram esse mutirão de mamografia que foi realizado no sábado.

Como todos sabem, a mamografia é um jeito de tentarmos descobrir hoje um tumor no estado inicial. Podemos tentar interferir na morte de uma mulher se ela fizer um diagnóstico mais precoce, ao invés de ser diagnosticada já com um tumor mais avançado.

Disponibilizamos 15 mil mamografias no sábado. Ainda não consegui saber quantas foram realizadas, mas no fechamento do sábado, às 18:00 horas, de 10 regionais de Saúde, já tínhamos realizado 7 mil mamografias.

Foram 200 serviços no Estado de São Paulo com 300 mamógrafos. São realizadas 50 mil mamografias por mamógrafo, o que resulta em 15 mil mamografias. Todas as mulheres que compareceram ao serviço, mas não puderam realizar a mamografia foram agendadas para o próximo sábado e para os dias subseqüentes onde esses serviços tenham vaga.

Estamos calculando mais ou menos 45 mil mamografias com esse mutirão. Isso quer dizer que nesse mutirão vamos fazer 10% de todas as mamografias realizadas no Estado de São Paulo no ano, que são 450 mil mamografias. Além de tudo, estamos garantindo que todas as mulheres em que há diagnóstico, ou a suspeita de tumor nesse mutirão, sejam tratadas nos centros de alta complexidade em oncologia.

Essas mulheres vão chegar aos serviços e vão receber os resultados. Se o resultado for normal, elas vão ser orientadas para ainda procurarem o médico que solicitou a mamografia. Se o resultado for suspeito, ou positivo, elas serão imediatamente encaminhadas aos centros de alta complexidade em oncologia. Já está tudo organizado e elas vão receber o endereço para serem encaminhadas.

O pagamento tanto do mutirão como de todo o tratamento das pacientes diagnosticadas no mutirão - ultra-sons e biópsias- vão ser financiados pela Secretaria de Estado no próximo mês, 40 dias, dois meses.

Entendemos que o controle do câncer de mama realmente é muito difícil. Não é difícil apenas aqui no Brasil, é difícil em qualquer lugar do mundo exatamente por toda complexidade. O controle do câncer de mama depende do esforço do Ministério da Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde, das secretarias municipais e da sociedade civil organizada.

E vocês fazem parte desse elo, não um elo com correntes separadas, mas um elo em que as correntes devem estar juntas. Vocês são parte importante disso. Vocês estão lá na ponta do elo, trabalhando com as mulheres. A Tininha sabe disso, faz parte desse elo, ela junta esse elo. Tudo o que ela faz é parte dessa tentativa desse controle.

É difícil? É difícil. Mas só vamos conseguir se todo mundo, se cada elo, cada pessoa tiver consciência e cobrar uma política para câncer da sociedade, das secretarias, do Ministério da Saúde.

Já vim aqui algumas vezes representando o Secretário e a Fundação Oncocentro está à disposição para discussão. A Tininha está falando aqui “Unidos seremos fortes!” Com certeza seremos fortes. Temos consciência disso.

A verba para câncer é uma verba complicada. Todos os dias discutimos na Fundação Oncocentro que precisamos dar o melhor para os centros oncológicos, mas não podemos quebrar o Sistema Único de Saúde.A verba tem que ser muito bem estudada. A verba do Estado de São Paulo para tratamento de câncer é uma das maiores verbas e mesmo assim ela é insuficiente e sabemos disso. Assim, temos que organizar, como disponibilizar essa verba.

Estamos tentando fazer uma reorganização no atendimento em todos os casos de câncer, em todas as regionais de saúde no Estado de São Paulo. Estamos trabalhando para isso. Como já foi falado, as voluntárias fazem parte dessa corrente, não só trabalhando mas também cobrando das secretarias estaduais e do ministério uma política, não só para câncer de mama, mas para câncer no Brasil como um todo.

Obrigado e parabéns! (Palmas).

 

A SRA. PRESIDENTE - ROSMARY CORRÊA - PSDB - A Tininha não deixa barato, ela já está cobrando aqui. Quero agradecer ao Dr. Marques.

Vamos ter agora a apresentação de uma música dedicada às mães. Ontem foi o Dia das Mães e o nosso tecladista Levy vai apresentar a música.

Antes quero dizer que temos quatro arranjos. A Irene vai levar um para deixar na nossa Associação das Voluntárias do Hospital do Mandaqui. Estou encaminhando outro para Itaquaquecetuba, para a Vera, na Secretaria da Cultura. Estou encaminhando outro para Itatiba, para deixarem na entidade de vocês e estou encaminhando outro para Itaquaquecetuba, do lado de lá, para que deixem ou na OAB ou na APAE, como lembrança da nossa Sessão Solene. Depois eu mando entregar.

Vamos ouvir a música com o Levy, homenageando o Dia das Mães.

 

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- É feita a apresentação do número musical.

 

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A SRA. PRESIDENTE - ROSMARY CORRÊA - PSDB - Meus amigos,minhas amigas, quero cumprimentar a todos na pessoa da Tininha, todas as autoridades e nossas amigas e amigos presentes.

Tudo aquilo que devia ser dito já o foi, mas eu não poderia me furtar de em primeiro lugar agradecer a presença de todos que aqui estão. Agradecer a presença das autoridades ligadas à área da Oncologia. Agradecer a presença das autoridades do Executivo, aos meus companheiros parlamentares, ao Mineiro, à Neuza, a minha amiga Reinalma por estarem aqui. Agradecer a cada uma de vocês e principalmente às nossas voluntárias que hoje receberam os seus diplomas.

Queria dizer da importância que vocês, voluntárias, representam na vida de cada paciente. Recentemente tive a minha mãe internada para uma operação de urgência e verificamos quão frio é um hospital. Como é difícil estarmos num ambiente para nós completamente, de certa forma, até hostil, porque estamos lá porque estamos passando por um momento difícil de saúde.

E muitas vezes os médicos, as enfermeiras estão tão habituados com aquele dia-a-dia, com aquela rotina que não avaliam o que as pessoas que estão naquele momento na cama do hospital ou acompanhando uma pessoa doente estão sentindo, o quanto é importante uma palavra amiga, quanto é importante um ombro amigo. O quanto é importante um carinho especial, um prestar mais atenção às pessoas.

Porque as pessoas têm as suas atribuições, têm o seu trabalho, uma série de quartos para visitar, uma série de doentes para conversar, mas quem está ali sozinho, na solidão de uma cama de hospital ou com um familiar do lado, que não consegue uma informação, não sabe a quem se dirigir, precisa muito mais do que aquela frieza profissional.

Vocês, voluntárias, são esse calor humano. Vocês representam esse elo de ligação entre as pessoas que estão ali sofrendo e aqueles profissionais para trazer, principalmente para aqueles que estão nos leitos de hospitais e para os seus familiares a informação, a palavra amiga, o apoio, a solidariedade que com certeza todos vão estar precisando naquele momento.

Sabemos da dificuldade que têm hoje as mulheres que são portadoras de câncer de mama. O Dr. Marques teve oportunidade de estar aqui em outros momentos e numa ocasião - inclusive muitas de vocês se lembram - eu critiquei acerbamente o Dr. Barradas, que não veio e não mandou sequer um representante aqui no Dia Estadual de Prevenção ao Câncer de Mama.

Ligaram-me dizendo: “Puxa, Rose, não precisava...” Precisava, sim. O senhor é Secretário de Saúde do Estado, o senhor tem que estar lá ou estar lá representado porque a sua participação, a participação da sua Secretaria é extremamente importante. Depois disso ele nunca mais deixou ou de estar ou de mandar representante. O Dr. Marques, independentemente de representá-lo, já esteve aqui outras vezes pela Fundação Oncocentro.

Temos que trazer as nossas autoridades, aqueles que são responsáveis por essa área para estar conosco, para conhecer um pouquinho dos nossos problemas, para se inteirar um pouco daquilo que acontece. Para nós, num gabinete bonito, com garçom servindo cafezinho e despachando em cima de papel é fácil. É muito fácil. Difícil é você estar ali, acompanhando, do lado da pessoa que está precisando, do lado da família que está precisando, muitas vezes, aquela verdadeira odisséia que essas pessoas vivem para poderem ser atendidas.

Os nossos representantes do Legislativo sabem como é isso, porque, tenho certeza que nos seus municípios também são procurados por pessoas necessitadas, principalmente da área da saúde, em vários setores, em vários tipos de dificuldade, em vários tipos de doenças.

Nós somos procurados aqui por pessoas desesperadas, que não têm dinheiro para comprar remédio porque o remédio custa 700, 800 reais para alguém que ganha o salário mínimo. Como é que vai conseguir comprar um remédio desses? Não têm convênio, dependem do SUS, dependem do hospital público e o médico receita o remédio que custa 800 reais. E é questão de vida ou morte, a pessoa precisa tomar esse remédio porque senão vai morrer. Como é que ela vai comprar? Aonde é que ela vai buscar esse remédio?

Isso é muito importante. Temos que questionar. Temos que reclamar. As pessoas têm que ter acesso ao medicamento. Uma das críticas mais ferrenhas que faço - e vejo o Dr. Marques que esclareceu isso - você vai fazer uma mamografia. Você detectou o problema. E daí? Vai fazer o quê? Vai para casa e diz está bom, quanto tempo eu vou durar agora? Como é que esse tumor vai se desenvolver, quanto tempo eu vou durar? Porque eu não encontro uma consulta num hospital; ninguém marca.

Tem gente que vê uma mamografia positiva e tem consulta marcada para dali a seis meses, um ano. Esse é o maior absurdo do mundo! Quer dizer, vai chegar para o médico simplesmente assinar o atestado de óbito, porque o tumor se desenvolveu de tal maneira que ela não tem mais salvação, quando sua vida podia ser preservada, quando essa pessoa podia ter sido salva.

Quando digo que hoje esta sessão solene é mais uma sessão de reflexão e por isso nós gostamos que venham cada vez mais autoridades ligadas à área é por esse motivo, é porque têm que entender, têm que estar mais perto de nós que vivenciamos o problema.

Quero cumprimentar e agradecer muito ao grupo de Santos, aos homenageados de Santos, Dr. Pércio, Dr. José Carlos do Mult Imagem, do setor de comunicação, por tudo aquilo que vocês fazem. Queira Deus que aqui na nossa capital de São Paulo também consigamos sensibilizar empresas para ajudar.

Ora, eu não vou descontar no Imposto de Renda, mas não tem problema porque eu posso ter alguém da minha família, amanhã o diretor da empresa pode ter alguém da sua família que pode desenvolver um câncer de mama também. O que custa a uma empresa disponibilizar mil reais para ajudar num evento, para ajudar em algum trabalho de atendimento?

Mas é aquela coisa: fazemos só no começo do ano, agora não podemos mais. E quantas vezes vão dar dinheiro para futebol, tênis e outras coisas e não ajudam efetivamente a área da saúde, onde tem tanta gente necessitada, que precisa de atenção e que precisa de atenção com urgência?

Nós temos é que falar. Nós temos é que questionar, temos que reivindicar. O Legislativo aqui, através desta Deputada, tem obrigação de cobrar e de falar e sempre vou usar esta tribuna para fazer essas cobranças.

Parabéns a todas vocês, muito boa sorte, senhoras voluntárias, que vocês consigam desenvolver - e tenho certeza de que vão conseguir - a atividade de vocês com muito amor, com muito carinho, com muita sensibilidade e que vocês possam, com certeza, ajudar a todas as pessoas das quais vocês vão estar próximas.

Um abraço carinhoso a todos os nossos convidados, um abraço carinhoso a todas as autoridades e, para que possamos dar por encerrada a nossa sessão solene do Dia Estadual de Prevenção ao Câncer de Mama, vire-se para o seu companheiro ou companheira do lado, dê-lhe um abraço e cumprimente-o por ter estado aqui hoje na nossa sessão.

Muito obrigada.

Esgotado o objeto da presente sessão esta Presidência, antes de encerrá-la, agradece às autoridades, aos funcionários desta Casa e àqueles que com suas presenças colaboraram para o êxito desta solenidade. Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 11 horas e 47 minutos.

 

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