21ª SESSÃO
SOLENE EM COMEMORAÇÃO DO "CENTENÁRIO DA IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE
DO BRASIL"
Presidência: VAZ DE LIMA e WAGNER SALUSTIANO
Data: 13/06/2003 - Sessão
21ª S.
SOLENE Publ. DOE:
COMEMORAÇÃO DO
"CENTENÁRIO DA IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE DO BRASIL"
001 - VAZ DE LIMA
Assume
a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades. Anuncia que a sessão foi convocada
pela Presidência efetiva da Casa por solicitação do Deputado ora na
Presidência, com a finalidade de comemorar o Centenário da Igreja Presbiteriana
Independente do Brasil. Convida todos a ouvirem a execução do Hino Nacional
Brasileiro.
002 - WAGNER SALUSTIANO
Deputada
da bancada do PSDB, neste ato representando a Alesp, lembra da Igreja
Presbiteriana Independente à qual pertenceu.
003 - Presidente VAZ DE LIMA
Anuncia
um número musical, apresentado pelo Coral do Presbitério de São Paulo.
004 - SAULO PORTO DA SILVA
Como
presbítero, faz uma oração pela Alesp, pelas autoridades do Estado e do Brasil.
005 - DANIEL CÂNDIDO DE
OLIVEIRA
Presidente
da Igreja Evangélica Cristã Presbiteriana, saúda a Igreja Presbiteriana
Independente do Brasil, em nome das Igrejas convidadas à solenidade.
006 - CARLOS ALBERTO BEZERRA
JÚNIOR
Vereador
à Câmara Municipal de São Paulo, fala em nome dos demais detentores de mandato
eletivo e saúda a Igreja Presbiteriana
Independente do Brasil por seu centenário.
007 - Presidente VAZ DE LIMA
Anuncia
a apresentação do Coral do Presbitério Leste Paulistano.
008 - ELENI MENDER RANGEL
Como
presbítera, faz uma oração pelo Brasil.
009 - ASSIR PEREIRA
Presidente
da Assembléia Geral e moderador da Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana
Independente do Brasil, registra a gratidão desta Igreja centenária pela
manifestação da Alesp. Lê o Capítulo II, versículos 11-14 das Lamentações de
Jeremias e os comenta.
010 - Presidente VAZ DE LIMA
Anuncia
números musicais a cargo do Coral do Presbitério Ipiranga.
011 - WAGNER SALUSTIANO
Assume
a Presidência.
012 - VAZ DE LIMA
Agradece
a Deus pela existência da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, nesses
100 anos. Manifesta-se orgulhoso de representar essa Igreja.
013 - VAZ DE LIMA
Assume
a Presidência. Anuncia a execução do Hino do Centenário da Igreja Presbiteriana
Independente do Brasil.
014 - ZAAR DIAS DE GOES
Na
qualidade de Presbítero e Prefeito de Pilar do Sul, faz uma oração de gratidão
a Deus pelo Centenário da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil.
015 - Presidente VAZ DE LIMA
Agradece
a todos que colaboraram para o êxito da solenidade. Anuncia uma bênção
apostólica pelos Presbíteros Sérgio Camargo e Assir Pereira.
016 - SÉRGIO CAMARGO
Vereador
à Câmara Municipal de São José do Rio Preto, profere uma bênção, agradecendo a
Deus por aquele momento.
017 - ASSIR PEREIRA
Como
Presidente da Igreja, impetra a bênção.
018 - Presidente VAZ DE LIMA
Anuncia a execução do Amém pelos corais. Encerra a sessão.
O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Convido o Sr. Deputado Wagner Salustiano para, como 2º Secretário "ad hoc", proceder à leitura da Ata da sessão anterior.
* * *
O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Esta Presidência tem a grata satisfação de anunciar a presença, entre nós, do Reverendo Assir Pereira, Presidente da Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil; a presbítera Eleni Mender Rangel, vice-Presidente da IPIB; o presbítero Saulo Porto da Silva, secretário da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil e o Reverendo Auri Vieira Renaldet, também tesoureiro da Igreja.
Está conosco também o Prefeito Zaar Dias de Góes, Prefeito Municipal de Pilar do Sul; o Sr. Rui Amaral, Presidente da Câmara Municipal de Porangaba e presbítero da IPIB; o Sr. Edson Roberto Estella, Presidente da Câmara Municipal de Iguape, também membro da Igreja; o Sr. Grimaldo Leite da Costa, Vereador à Câmara Municipal de Miracatu; o Sr. Marcos Arruda, Vereador à Câmara Municipal de Osasco; o vereador e presbítero Sérgio Camargo, da nossa Igreja, também representando a Câmara Municipal de São José do Rio Preto; o Pastor Daniel de Oliveira, Presidente da Igreja Evangélica Cristã Presbiteriana, filha da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil; o Sr. Aquevirque Nholla, Presidente do Conselho Deliberativo da Associação Paulista de Municípios; o Sr. Aparício Soares de Carvalho, Superintendente da Guarda Municipal de Ibiúna, e disse-me ele, na verdade, que é Secretário da Segurança de Ibiúna e o Sr. Vereador à Câmara Municipal de São Paulo e membro da Comunidade da Graça, meu grande companheiro Carlos Alberto Bezerra Júnior, Vereador à Câmara Municipal de São Paulo.
À medida que outros chegarem à Mesa, vamos nomeá-los.
Minhas senhoras e meus senhores, esta Sessão Solene foi convocada pelo Presidente desta Casa, Deputado Sidney Beraldo, atendendo a solicitação deste deputado com a finalidade de comemorar o Centenário da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil.
Tratando-se de uma Sessão Solene, quero convidar a todos para, em pé, ouvirmos e cantarmos - já que está impresso na nossa liturgia - o Hino Nacional Brasileiro executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
* * *
- É executado o Hino Nacional Brasileiro pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
* * *
O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Esta Presidência agradece a Banda da Polícia Militar e o Primeiro Sargento PM músico Edson Ferreira, maestro da Banda.
Tem a palavra o nobre Deputado Wagner Salustiano, da Bancada do PSDB, neste ato representando a Assembléia Legislativa. O nobre Deputado Wagner Salustiano é meu vizinho de gabinete. Por uma dessas coincidências do destino, que chamamos providência, é hoje membro da Igreja Universal do Reino de Deus. A presença dele aqui tem um significado maior: ele nasceu e cresceu na Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, Água Rasa. Aliás, quando estivemos lá em 1974, eu era seminarista do último ano, conheci o Wagner e o tio dele foi meu padrinho de casamento.
Muita alegria em tê-lo aqui, Wagner, obrigado, é muito bom tê-lo como companheiro de bancada e como companheiro deste Parlamento. Vossa Excelência nos dignifica.
O SR. WAGNER SALUSTIANO - PSDB - Sr. Presidente, nobre Deputado Vaz de Lima; Revmo.
Sr. Presidente da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, Assir Pereira,
na pessoa de quem cumprimento os demais integrantes da Mesa; demais autoridades
civis e militares; senhoras e senhores, é um privilégio muito grande ocupar a
tribuna num momento tão importante, tão sublime para a Igreja Presbiteriana
Independente do Brasil.
Faço
minhas as palavras daquela canção do Roberto Carlos que diz “eu me lembro com
saudades do tempo que passou”. Ah, eu me lembro com saudades da minha Igreja
Presbiteriana Independente, de Água Rasa, lá na rua Major Basílio, 745. Até
hoje me lembro com precisão o endereço correto. Lembro-me com saudades da
escola dominical, onde o Professor Josué Rodrigues Figueiredo me ensinou a
conhecer a palavra de Deus. Lembro-me com saudades da sociedade de jovens, da
qual tive a honra e o privilégio de ser presidente. Lembro-me com saudades da
mocidade da Igreja Presbiteriana Independente, de Água Rasa, da qual pertenci.
Lembro-me com saudades dos meus tempos de diácono. Lembro-me também com muitas
saudades dos momentos em que participei do nosso coral, cujo regente era o
Dorival Gomes Paula. De quantos cânticos bonitos nas noites de Natal
participamos juntos. Nunca fui um bom cantor, mas fazia de coração porque era
para o nosso Deus. Lembro-me com saudades das noites de domingo, dos cultos
onde adorávamos o nosso Deus, das pregações, das mensagens, dos muitos
pastores, dentre eles quero citar o saudoso Reverendo Tércio Morais Pereira.
É
uma alegria muito grande relembrar momentos tão importantes da minha vida,
momentos que dividi com os irmãos da Igreja Presbiteriana Independente de
muitas localidades do Brasil.
Quero parabenizar o nobre Deputado Vaz de Lima, brilhante Deputado desta Casa, nosso Líder, pela iniciativa de convocar uma sessão tão importante para aqueles que amam o Senhor Jesus, tão importante para a Igreja do Senhor Jesus, para a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, que, com brilhantismo, tem cumprido a palavra de Deus de ir por todo o mundo e pregar o Evangelho a toda criatura.
Sinto-me honrado e muito feliz por ocupar esta tribuna num momento tão importante para a igreja, para os evangélicos, para os crentes, enfim, para todos aqueles que amam a obra de Deus.
Parabéns, nobre Deputado Vaz de Lima! Parabéns Igreja Presbiteriana Independente do Brasil inteiro! Que Deus abençoe, abundantemente, esta brilhante Igreja do Senhor Jesus, os homens de Deus - pastores, reverendos, presbíteros, diáconos, sociedade de jovens, superintendentes da escola dominical. Saibam que os senhores têm nesta Casa um representante digno, honrado, de caráter ilibado, um homem de Deus na política, defendendo a obra de Deus, chamado Deputado Vaz de Lima.
Que Deus abençoe o Deputado Vaz de Lima, que Deus abençoe todos, em nome do Senhor Jesus! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Agradeço as palavras do nobre colega e auguro-lhe também as mais ricas bênçãos de Deus na família, na igreja e aqui no seu mandato parlamentar.
Vamos ter agora a apresentação do Coral do Presbitério de São Paulo, que vai cantar dois hinos: “Glória”, de Mozart, e “Oh, dai graças ao Senhor”, com regência da Maestrina Sandra Regina de Almeida.
Com muita adoração, vamos nos preparar para este momento.
* * *
- É feita
apresentação do coral.
* * *
O SR. PRESIDENTE - VAZ DE
LIMA - PSDB - Por
favor, todos de pé, vamos ter uma oração pelo presbítero Saulo Porto da Silva,
que vai orar pela Assembléia Legislativa e pelas autoridades do Estado de São
Paulo e do nosso País. A Bíblia diz que isto é justo. Façamos isto neste
instante.
O SR. SAULO PORTO DA SILVA - “Pai, nesta hora de muita
alegria para nós, meu Pai, para o povo da Igreja Presbiteriana Independente do
Brasil, nesta hora tão solene a Deus, nós queremos elevar a nossa voz aqui,
pedindo, meu Deus, as Tuas bênçãos, a Tua graça, sobre esta Casa de Leis, meu
Pai, sobre a Assembléia Legislativa de São Paulo, o berço da nossa democracia.
Que o Senhor esteja abençoando, meu Pai, a cada parlamentar, meu Pai, que aqui
desenvolve as suas funções. Que a Tua graça, a Tua bênção, meu Pai, dê
sabedoria a cada um, meu Pai, para que possam realmente representar o povo de
São Paulo com sabedoria, meu Pai, com desprendimento. Abençoa a cada um, meu
Pai, que aqui adentra, para desenvolver as suas funções. Abençoa os
funcionários desta Casa, que a Tua bênção e a Tua graça sejam sobre cada um,
meu Pai. Pedimos também a Tua bênção sobre todas as autoridades do nosso
Estado, meu Pai, desde o vereador do mais pequeno município, até o nosso Sr.
Governador, o nosso secretário, os prefeitos, meu Pai. Que todos possam ser
abençoados recebendo sabedoria para desenvolver com aquele espírito de
desprendimento, meu Pai, representando-nos com sabedoria, meu Pai. Em nome de
Jesus, dá a Tua bênção, a Tua graça. Nós Te pedimos, em nome de Jesus. Amém,
Senhor”.
O SR. PRESIDENTE - VAZ DE
LIMA - PSDB - Sentem-se,
por favor. Como temos diversas igrejas irmãs, diversas autoridades, optamos por
não alongar muito também a nossa cerimônia e, imaginando que possamos fazer
isso pela representação, escolheremos dois irmãos e duas igrejas irmãs para se
manifestarem.
Primeiramente,
o Pastor Daniel Cândido de Oliveira, que vai usar do microfone. O Pastor Daniel
também é filho da nossa igreja, primeiro lá no interior e, posteriormente, aqui
na nossa Igreja Vila das Mercês. No final dos anos de 69, 70, aprouve Deus que
ele tivesse outro caminho, e hoje preside um ramo da igreja cristã, que é
denominado Igreja Evangélica Cristã Presbiteriana, onde é pastor.
Tem
a palavra, para a sua saudação, o Pastor Daniel Cândido de Oliveira.
O SR. DANIEL CÂNDIDO DE
OLIVEIRA -
Bendiz minha alma ao Senhor, e tudo o que há em mim, bendiga o seu santo nome.
Bendiz minha alma, Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.
Estou com o meu coração cheio de alegria de poder também compartilhar com vocês
desses cem anos de presbiterianismo, meu amado e querido Presidente, Vaz de
Lima, meu primo irmão, porque nossas mães são irmãs.
Visitando
agora papai e mamãe, na Cidade de São José de Rio Preto, e ali mexendo num baú,
eu pude ver a minha primeira igreja, quando ainda eu era bem criança, meus
quatro, cinco anos de idade, e vendo essa fotografia, pude ver a foto do meu
primeiro pastor, Reverendo Rubens Cintra Daniel, e aquilo mexeu muito com o meu
coração. Agora, neste momento, estou lembrando também dos meus outros pastores,
o falecido Reverendo Eliseu,
o falecido Reverendo Francisco Morais, Reverendo Tércio Nogueira e outros.
Então, eu faço parte dessa família.
Estou
pensando o que Deus está pensando de nós. Deus, agora, olhando para este lugar
e vendo as nossas atitudes de gratidão a ele, por tudo o que ele tem feito por
nós. Então, é um momento de lembranças de tudo o que ele tem feito por nós. E
que Deus continue abrindo o céu sobre nós, abençoando cada igreja, cada
ministério, cada pastor, e que tudo o que está acontecendo e que virá acontecer,
aqui, nós transportemos para Deus e dizemos glória a ele, porque só ele merece
toda glória e toda honra. Deus te abençoe, reverendo Vaz de Lima e presidente,
em nome de Jesus.
Muito
Obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - VAZ DE
LIMA - PSDB -
Para fazer a sua saudação, o vereador Carlos Alberto Bezerra Júnior, para falar
em nome dos demais detentores de mandato eletivo, que estão presentes , e
também de sua comunidade, que é a comunidade da Graça. É uma alegria ouvi-lo,
Carlos Alberto.
O SR. CARLOS ALBERTO BEZERRA
JÚNIOR -
Gostaria de cumprimentar o presidente desta sessão, Líder do PSDB, nesta Casa,
deputado Vaz de Lima, irmão, amigo, companheiro, a quem tenho aprendido a amar
e respeitar nesses últimos anos, cumprimentar todos os parlamentares, Deputado
Wagner Salustiano, todos os vereadores, prefeitos, autoridades presentes, em
especial o presidente da Igreja Presbiteriana Independente, o reverendo Assir
Pereira, também amigo, a quem admiro e respeito, e todos os pastores presentes
e a cada um de vocês.
Ali
no meu lugar, pensando, hoje é um dia especial, dia de festa. Aliás, um dia que
mostra um pouco, reflete um pouco da nova realidade do país, realidade
democrática, realidade de abertura de novos tempos, e vemos a importância e a
presença positiva do evangelho, não apenas nas Casa Legislativas, mas em todos
os setores da sociedade. Todos os setores, hoje em dia, neste país, raras são
as exceções que alguns espaços onde não haja uma influência evangélica
positiva. Onde a contribuição evangélica não se faça presente.
Eu
estava pensando a respeito dos cem anos da Igreja Presbiteriana Independente,
estava pensando exatamente nisso, na história da igreja, na questão da
contribuição, e um fato pitoresco, que olhava ali no boletim me chamou a
atenção: que no momento em que a Igreja Presbiteriana Independente nasce em
1903, aliás, fico imaginando quando que aqueles sete pastores ou quinze
presbíteros imaginariam a possibilidade de cem anos depois, nós estarmos no
parlamento legislativo estadual mais importante do país, comemorando aquela
data.
Quando
que alguém poderia imaginar. Aliás, nós não podemos imaginar o que vai
acontecer daqui a cem anos. Eu quero estar para ver. Eu quero ver se dou um
jeito. Mas, enfim, estava pensando na questão da contribuição. A contribuição
da Igreja Presbiteriana Independente , um fato me chamou a atenção no boletim e
que no momento em que surge a Igreja Presbiteriana Independente, aquele grupo
de sonhadores e de idealistas querendo fazer uma igreja realmente brasileira, e
que nascesse a partir da raiz brasileira e que se sustentasse a partir da raiz
brasileira, muita gente achou aquilo absurdo: imagina, como é que uma igreja
vai se sustentar, vai viver da contribuição dos fiéis, a partir do seu próprio
país?
E
fico imaginando o seguinte: que não só ela chegou até aqui, mas que a
contribuição que ela ofereceu em termos de sociedade, a este País, é algo que é
impossível a cada um de nós medirmos. Ouvia o testemunho de vários irmãos,
deputados, vários irmãos que estão aqui, todos tocados, de alguma maneira
influenciados, e fiquei imaginando quantos alunos, como sistema educacional,
universidades, o trabalho social, quantos que estavam excluídos, quantos
analfabetos alfabetizados, quantos excluídos, incluídos, quantas famílias destroçadas,
recompostas a partir do toque de Deus, via Igreja Presbiteriana Independente?
Encerro
a minha fala nesta noite, cumprimentando pela excelente manifestação , pela
grata lembrança de reconhecimento da contribuição, aquela igreja que se iniciou
na dúvida de que se teria contribuição para sobreviver, essa igreja contribuiu
para que o país, que este estado e a nossa cidade fosse melhor. Quantos e
quantos alcançados por ela? E fico pensando e encerro a minha fala nesta noite,
relembrando um texto bíblico , que deixo para a Igreja Presbiteriana do Brasil,
registrado nos Anais desta Casa, e procuração de cada um de vocês, que é a
lembrança que me vinha ao coração, quando ouvia os testemunhos, e tantos outros
que aconteceram nesta noite, texto de Mateus, capítulo 5, versículo 16: “E
vendo as vossas boas obras, glorifiquem ao Vosso Pai, que está no céu.”
E
penso que a sociedade, que a Assembléia Legislativa, vendo as boas obras da
Igreja Presbiteriana do Brasil, suas sementes neste país, glorifiquem ao nosso
Pai, que está no céu. Muito Obrigado. ( Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - VAZ DE
LIMA - PSDB - Muito
Obrigado, ao Carlos Alberto. Não vai ficar sozinho. Garanto que o Marco Arruda
também quer estar. Ele já falou, sei como ele é, o nosso irmão da Assembléia de
Deus, e vereador muito bem quisto de Osasco.
Quero
pedir desculpas aos demais irmãos, que sei que gostariam de se manifestar, e
Carlos Alberto, seriam tantos e bons testemunhos, sem dúvida, aqui, mas temos
que limitar, evidentemente. Vamos ouvir o Coral Presbitério Leste Paulistano,
para cantar dois hinos: segurança e alegria, e justo é Senhor. Regência da
Maestrina Hozeas Stroppa e Maestro Mauro sob a regência da Maestrina Hozeas
Stroppa e do Maestro Mauro de Souza.
* * *
-
É feita a apresentação musical. (Palmas.)
* * *
O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Vamos, em pé, ouvir a Oração pela nossa Pátria, a ser feita pela presbiteriana Eleni Mender Rangel.
A SRA. ELENI MENDER RANGEL - Oremos: “Pai de amor, Pai de bondade, Senhor Deus, soberano Senhor. Nesta hora nós te louvamos e te agradecemos pelo país que nos acolhe. Te agradecemos Senhor pelo povo brasileiro. Te agradecemos pelas bênçãos que o Senhor tem derramado sobre este povo. Te agradecemos Senhor porque somos povo, resultado da influência de tantos outros povos. E nós te agradecemos, Senhor, por isto, porque isto tem tornado o povo brasileiro um povo generoso. Nós te agradecemos, Senhor, por cada canto deste país, por cada diferença, por cada grupo, por cada tradição; ricas tradições, Senhor. E nós te pedimos ó Pai, que o Senhor venha abençoar poderosamente esse povo. Povo, Senhor, que passa por tantas dificuldades. Povo, Senhor, de um território tão grande, com tantos desafios, com tantas lutas, com tantos obstáculos a superar, Senhor. Mas nós cremos, ó Pai, que com a tua direção tudo isto poderá ser vencido e este povo poderá ser um povo plenamente feliz. Nós te pedimos, Senhor, que tu abençoes a cada brasileira, a cada brasileiro desde o extremo sul até o extremo norte deste país. Nós te pedimos, Senhor, que tu estejas abençoando cada governante deste país, seja em nível municipal, seja em nível estadual, seja em nível federal. Que tu, Senhor, coloques a tua mão de poder, de sabedoria, de discernimento e de generosidade sobre os nossos governantes para que este povo, Senhor, possa louvar-te e bendizer-te pela obra maravilhosa que tu já tens realizado e realizarás neste país. Ó Pai, ouve as nossas orações. Ouve, Senhor, as nossas petições. Nós oramos em nome de Jesus. Amém.!
O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - A Presidência vai conceder a palavra ao Reverendo Assir Pereira, Presidente da Assembléia Geral e moderador da Assembléia Geral da IPI do Brasil.
O SR. ASSIR PEREIRA - Exmo. Sr. Presidente desta sessão solene, líder nesta Casa, quero manifestar a gratidão inicialmente da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil pelo seu gesto, registrando nos Anais desta Casa a sua solicitação, que foi acompanhada pelos seus pares. Quero saudar esses seus pares, Sr. Presidente, e na pessoa do querido Deputado Wagner Salustiano cumprimentar os demais deputados desta Casa.
E que fique registrada a gratidão desta Igreja centenária por essa manifestação registrando para os Anais desta Casa a celebração do nosso centenário. Já em outras ocasiões este nobre Deputado, que honra muito nossa Igreja com sua presença ética e de zelo e amor por este país, já tem se manifestado oficialmente registrando o nome da nossa Igreja aqui.
Quero saudar todos os meus colegas pastores, pastoras, presbíteros, presbíteras, diáconos, diaconisas, outros parlamentares presentes, nosso querido Prefeito Zaar, enfim a todos os irmãos, irmãs, os queridos corais que estão aqui abrilhantando esta sessão que logo no início deixou de ser uma sessão desta Casa para ser um culto de adoração ao nosso Deus. Deus abençoe a vida dos nossos coristas que estão aqui.
Queria ler um texto. Sei que é um texto não muito festivo. E nós temos tudo para celebrar e temos tudo para manifestar diante de Deus e desta nação a nossa alegria. Mas é impossível manifestar alegria e gratidão sem pensar na realidade na qual estamos inseridos como Igreja de Jesus.
Por isso, Sr. Presidente, criei coragem de abrir as escrituras do Antigo Testamento para ler o lamento do grande profeta Jeremias, nas suas Lamentações, no Cap. II. Queria convidar todos os irmãos, irmãs, todos os presentes para permanecerem de pé em reverência à palavra do nosso Deus.
Lamentações de Jeremias no Cap. II. Lerei apenas os versículos de 11 a 14. Depois o 19 e o 21: “Os meus olhos estão gastos de tanto chorar, estou muito aflito. A tristeza acabou comigo por causa da destruição do meu povo e porque vejo crianças e bebês morrendo de fome nas ruas da cidade. Essas crianças dizem: Mamãe, estou com fome,morrendo de fome nas ruas da cidade. Essas crianças dizem: “Mamãe, estou com fome; mamãe, estou com sede.” Elas caem pelas ruas como se estivessem feridas, e morrem, aos poucos, nos braços das mães.
Jerusalém querida, o que posso lhe dizer? Como posso consolar você? Nunca ninguém sofreu assim. A sua desgraça é tão grande como o mar. Quem poderá lhe dar a esperança? As visões dos seus profetas foram falsas e enganosas. Se eles tivessem condenado abertamente os seus pecados, tudo teria sido diferente e melhor para você.
O que esses profetas fizeram foi enganá-la com mentiras. Levante-se várias vezes de noite para clamar pedindo ajuda ao Senhor. Derrame o seu coração na presença dele e peça pela vida dos seus filhos que morrem de fome nas esquinas das ruas. Há mortos, tanto jovens como velhos, largados nas ruas. Os meus moços e minhas moças foram mortos à espada. Palavra do profeta, dura e tão realista, mas tão atual como poucas palavras bíblicas são atuais quanto esta. Que possamos aprender com esta palavra nesta noite. Amém!
Queridos irmãos e irmãs, acho que não há melhor local como esta Casa para fazermos reflexão sobre a presença da nossa igreja na história brasileira. Nossos púlpitos vivem, quem sabe, ouvindo pregações a respeito da situação do nosso país. Mas eu acho que aqui é o lugar para falarmos daquilo que os nossos país, há cem anos, falaram. Daquilo que nossos pais, há cem anos, tiveram coragem de falar. Em uma realidade tão adversa para se falar, eles levantaram as suas vozes. Precisava ter muita coragem para um pastor da igreja, em 1888, na imprensa, clamar, falar e denunciar os abusos da escravidão. Mas, tivemos lá um pastor, um profeta, chamado Eduardo Carlos Pereira, que fez isso.
É impressionante quando lemos este texto do Profeta Jeremias. Traz à luz uma realidade com a qual trombamos todos os dias nas ruas da nossa cidade. Parece que o quadro vivido pelo profeta na cidade de Jerusalém é o mesmo que vivemos hoje na cidade de São Paulo, do Rio de Janeiro e nas grandes capitais brasileiras.
O Profeta Jeremias escreve esses cinco poemas, que é o Livro das Lamentações, em forma de poesia. Assim, faziam os profetas. Todas as vezes que eles queriam dramatizar a realidade do seu tempo, e denunciar alguma coisa, o faziam em forma de poesia. Porque a dramaticidade da realidade se tornava mais clara e as suas palavras ainda mais contundentes. Assim, Jeremias se expressa chorando, vivendo o drama daquela nação cujos governantes conduziam a sua nação para o abismo.
Queridos, começamos a pensar onde estão os nossos profetas. Lá, no início do século passado, alguns desses profetas estavam de pé e tiveram a coragem de seguir caminhos próprios, sonhos próprios. E não apenas sonhar, mas colocar em prática e persegui-lo. Assim foram os nossos profetas no início da nossa igreja.
Às vezes, tento penetrar na vida, no coração daqueles sonhadores de cem anos atrás: “Ah, como nossos sonhos são pequenos! Ah, como eles tiveram a coragem de desafiar a realidade do seu tempo e enfrentar essa realidade que os oprimia, que oprimia cidadãos, que oprimia mulheres”.
Eduardo Carlos Pereira não levantou apenas contra a falta da democracia e de liberdade no país. Ainda ontem, conversei com o neto do Revmo. Eduardo Carlos Pereira, Dr. Flávio Magalhães, e ele disse que estaria hoje à noite aqui. Vou pedir a ele licença para eu contar um episódio, que ele me narrou ontem, a respeito da luta do Revmo. Eduardo Carlos Pereira em favor da mulher.
Um dia ele foi procurado, na década de 10, por uma jovenzinha no seu gabinete pastoral. Vinha trazer o seu lamento e a sua angústia porque ela queria entrar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Ela era mulher e estava impedida de entrar naquele lugar, de estudar no Largo São Francisco. Até então, nenhuma mulher ousara estava impedida de entrar naquela casa, de estudar no Largo São Francisco. Até então, nenhuma mulher ousara fazer essa tentativa e havia um movimento entre os estudantes, os professores, e dentro da banca examinadora, para impedir que isso acontecesse.
E quando ela o procurou - ela procurou o Revmo. Eduardo - ele lhe disse: “Querida, que dia vai ser o exame? Você vem aqui e nós vamos juntos.” E Eduardo Carlos Pereira pegou essa moça pela mão, no pátio do Largo São Francisco, e chegou com ela diante da banca examinadora. A banca, sem saber o que fazer, porque estava diante daquele homem público notável, respeitadíssimo na sociedade paulistana e brasileira - ele era uma das mais notáveis inteligências do país, na época - ficou inibida e começou o exame dessa moça. Ele simplesmente voltou as costas e foi embora. Essa moça se chamava Pérola Byington.
Queridos, nossa igreja nasceu assim. Nós tivemos profetas assim. Profetas que aceitavam correr o risco até do ridículo para levar seus sonhos, seus projetos e suas emoções até diante de homens e de personalidades notáveis do país. Hoje nós reverenciamos a memória dessa mulher notável chamada Pérola Byington.
Eu fui Presidente da Febem, e uma das mais importantes instituições da Febem chama-se Escola Profissionalizante Pérola Byington. Um dos mais importantes hospitais, institutos da mulher, no Brasil, chama-se Pérola Byington.
Queridos, Deputados desta Casa, políticos que estão aqui, é assim que são os profetas. Profetas que sabem o momento, o lugar de levantar a sua voz, de fazer a sua denúncia, de levantar o seu clamor e a hora de dizer quais são os caminhos a seguir. Profeta não é apenas aquele que denuncia, que grita, que clama, mas aquele que indica as direções. Onde estão nossos profetas hoje?
Gostaria de encerrar a minha fala lembrando um texto que eu li, ainda no tempo do seminário, e todas as idéias que na época existencialista nos empolgavam. Caiu-me na mãos um livreto de um grande filósofo russo, chamado Nicolás Berdiaef, que escreveu sobre as cinco meditações da existência. Uma das meditações foi uma comparação que ele fazia entre o profeta e o filósofo.
Ele dizia mais ou menos que o filósofo é aquele que, como ninguém, conhece a realidade do seu tempo. Como ninguém, interpreta e descreve essa realidade. Como ninguém, sai às ruas e clama, levanta sua voz para falar dessa realidade. Mas ele fica nessa atitude metafísica e contemplativa. Enquanto isso, diz Berdiaef, o profeta é aquele que, como o filósofo, conhece também sua realidade, descreve-a como ninguém. Ninguém sabe interpretar melhor essa realidade como o profeta, porque ele faz parte dessa realidade. Mas, diferentemente do filósofo, o profeta é aquele que, ao levantar a sua voz, começa a participar dessa realidade e transforma a realidade. Ele não fica na atitude contemplativa, mas ele parte para transformar verdadeiramente a realidade.
Queridos, é assim que queremos ser com a Igreja. Não apenas uma igreja que levanta o seu clamor com os joelhos em terra, em favor da nossa nação. Não apenas uma igreja que reserva momentos para o seu jejum. Não apenas uma igreja que levanta nas vigílias da noite, para levantar o seu clamor e a sua oração, mas uma igreja que levante a sua voz para dizer para a nação que há rumos, há nortes, há direção. Nós cremos que é possível transformar, e queremos ser o instrumento de mudança e de transformação para o nosso país.
Sr. Presidente, queremos dizer para este Parlamento que estamos à disposição do serviço deste Legislativo, desta Casa de Leis. Estamos à disposição do serviço de todos os poderes constituídos na nossa nação, para continuar dando testemunho daquilo que Deus já fez na nossa história, nesses 100 anos. Daquilo que Deus já fez na vida deste país, através da instrumentalidade de homens e mulheres ao longo da história dessa nossa Igreja nos últimos 100 anos. Queremos dizer aos poderes constituídos que continuaremos servindo nossa nação. Não apenas no Fome Zero, mas para nossa nação que continua sonhando, da mesma maneira que nós, no passado, tivemos homens que sonharam. Queremos fazer que esses sonhos entrem nos palácios que governam o nosso país, no Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio dos Bandeirantes, Palácio Tiradentes, e tantos outros palácios, para dizer que vale a pena sonhar, que vale a pena acreditar como Jeremias acreditou e perseguiu seu sonho. Ele foi vilipendiado. Durante 40 anos clamou, mas teve a alegria de ver seus sonhos se concretizando com a marcha histórica do povo de Deus.
Que sejamos esse povo. Que, na marcha histórica, possamos ver também nossos sonhos se tornando realidade, e que a esperança e o brilho dos nossos olhos possam contagiar a nossa Nação Brasileira.
Que o brilho dos olhos desta Igreja, que celebra o seu Centenário, possa também ganhar o coração e a alma da nossa Nação.
Amém.
O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Deus, abençoe o Reverendo Assir na condução desta Igreja. Ele tem o privilégio de presidir a Igreja neste seu Centenário.
Teremos agora a apresentação do Coral do Presbitério do Ipiranga com os Hinos “Deus dos Antigos” e “Vinde, Adorai”, sob a regência da Maestrina Gláucia Lopes Gonçalves Silva.
* * *
- São feitas as apresentações musicais. (Palmas.)
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- Assume a Presidência o Sr.
Wagner Salustiano.
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O SR. PRESIDENTE - WAGNER SALUSTIANO - PSDB - Ouviremos agora a palavra
do nobre Deputado Vaz de Lima, que ocupará a tribuna da Casa por cinco minutos.
O SR. VAZ DE LIMA - PSDB - Sr. Presidente desta
sessão, meu amigo particular, irmão em Cristo, Wagner Salustiano, por quem tive
o privilégio, por um pequeno tempo, de pastorear na Água Rasa, quando era muito
jovem ainda, meu grande amigo e companheiro Reverendo Assir Pereira, com quem
tenho convivido ao longo desses 30 e tantos anos. Aconteceu uma coisa
interessante, pois acabei pastoreando o Córrego dos Pintos, que foi onde o
Reverendo Assir nasceu e cresceu e sua
família toda teve origem dentro da nossa Igreja. Quero cumprimentar os
colegas pastores - o Reverendo Assir me disse que são 20 - e dizer que não os
nomeei porque os nomes não chegaram pelo Protocolo. Quero cumprimentar os
presbíteros, as presbíteras, os diáconos, as diaconisas, todos os irmãos da
Igreja Presbiteriana Independente, os irmãos de outras igrejas que afluíram a
este local a nosso convite, para juntamente conosco agradecer a Deus pela vida
da nossa Igreja nesse seu centenário. Sinto-me extremamente privilegiado por
participar deste momento da história da nossa igreja. Sinto-me extremamente
privilegiado por representá-la neste Parlamento e na vida pública. Sinto-me
envaidecido porque nela nasci, nela cresci e nela fui formado. Nasci alguns meses
antes de a igreja completar 50 anos. Nasci em 1952.
A
minha vida foi vivida o tempo todo dentro do contexto da Igreja Presbiteriana
Independente. Meu privilégio seria maior se a minha mãe pudesse estar aqui
comigo, para poder prestar-lhe uma
homenagem. Ela já estava na igreja quando nasci. Está viva ainda, mas muito
velhinha, com 87 anos. Devo a ela o amor e a paixão pela igreja de Jesus
Cristo, especialmente pela Igreja Presbiteriana Independente. Assim, quero
deixar aqui o registro nesta Casa, nesta sessão, à minha mãe, que me ensinou as
sagradas letras e o amor pelo Evangelho e pela igreja.
Pensava
falar outra coisa nesses minutos, mas o Reverendo Assir mudou o tom da
conversa, na medida em que fez menção àquele fato do Reverendo Eduardo Carlos
Pereira com o Pérola Byington. Isso me trouxe à memória, Reverendo Assir, um
texto de um dos maiores escritores, na minha opinião, que o Brasil já teve.
Um
caboclo, ou pelo menos que escrevia como um caboclo, chamado Guimarães Rosa.
Era um literato, mas a sua sabedoria se expressava na linguagem simples do
caboclo Manuelão, um homem do norte de Minas, que ele ouvia para escrever os
seus livros. E, talvez pelo fato de ter usado este artifício, a sua literatura
tenha sido tão rica quanto foi e ainda é, e tão brasileira, talvez a mais
brasileira de todas. Ele escreveu um livro que depois se transformou em série
de televisão, chamado “Grande Sertão Veredas”. Conto popularizado, que tinha a
figura de Diadorin - todos se lembram disso. Esse personagem, muito utilizado
por ele disse uma frase, a qual, quando li não entendi muito bem, mas que foi
mexendo e remoendo a minha vida. A frase é a seguinte: “Há que se colocar antes
do acontecer das coisas para que elas não armem a assanhação de acontecer.”
Traduzindo num português mais nosso, é preciso nos anteciparmos às coisas,
especialmente às coisas ruins, para que elas não aconteçam, ou para que elas,
na linguagem dele, “não armem a assanhação de acontecer.”
A
Igreja Presbiteriana Independente tem dado essa contribuição. Ela tem tentado
de todas as formas se colocar antes do acontecer das coisas. Não tanto quanto
deveria, não tanto quanto poderia, não tanto como a sociedade precisa, não
tanto como Deus quer. Mas, a bem da verdade, a Igreja nasceu se antecipando às
coisas. E, o exemplo dado pelo Reverendo Assir, na figura do líder maior, o
Reverendo Eduardo Carlos Pereira, poderia ser transmitido através de tantos
outros que deram a sua vida e têm dado a sua vida pela Igreja e têm, de alguma
forma, tentado minimizar a dor e o sofrimento das pessoas, tentando, no mais
das vezes, fazer de tudo para que as coisas más não aconteçam na vida das
pessoas ou que não armem a assanhação de acontecer na vida das pessoas. Aí
daria para lembrarmos de tantas coisas. Daria para lembrarmos de Betel, de seus
filhos. Daria para lembrar de tantos projetos sociais espalhados por este país
e que de alguma forma têm tentado ajudar as pessoas a romperem a barreira do
sofrimento, ou impedir que o sofrimento maior aconteça na vida das pessoas.
Por
isso, Rev. Assir, esta é a minha palavra de saudação e de homenagem à Igreja
Presbiteriana Independente do Brasil, a minha Igreja Presbiteriana Independente
do Brasil.
Gostaria de me associar às
suas palavras na tribuna desta Casa no sentido de que a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil e todas outras igrejas têm muito a contribuir.
Dias
desses ouvi do Governador do Estado - e o Rev. Assir estava junto -, um fato
que me alegrou muito e que não dizia a respeito da Igreja Presbiteriana
Independente especificamente, mas dizia respeito ao mundo evangélico de modo
geral. Ele tinha acabado de sair de um evento na Igreja Adventista do Sétimo
Dia, lançando um projeto de alfabetização de adultos do Governo do Estado de
São Paulo. Há 700 mil analfabetos em São Paulo. Setecentos mil analfabetos! E
não são crianças não! Ele me disse uma coisa muito interessante: nas Igrejas
Evangélicas o índice de analfabetismo cai quase a zero. O Rev. Assir estava
perto e o governador disse: “As igrejas precisam dar a sua contribuição
para que os outros que estão excluídos
do básico, que é a leitura, possam se incluir, possam, pelo menos, ter o
direito de ler na placa do ônibus para onde é o seu destino e não precise ficar
perguntando no ponto de ônibus, sendo enganado muitas vezes, porque não sabe
sequer reconhecer as letras do Jardim Irene, ou do Jardim Ângela, ou do
Butantã, etc.
A
igreja pode contribuir. E nesta passagem do centenário tenho o grande sonho de
ver a nossa Igreja continuar contribuindo com a nossa Pátria em todos os
sentidos: levando a palavra do Evangelho, levando a palavra de conforto e de
ânimo, tudo isso. Eu tenho o grande sonho de ver a Igreja se colocando antes do
acontecer dessas coisas ruins na vida do povo brasileiro. Lembro que a nossa
igreja ficou conhecida como “igrejinha dos milagres”, porque um grupinho
pequeno foi capaz de construir uma história que agora se torna uma história
centenária.
Vamos
à luta, Igreja Presbiteriana Independente do Brasil! Vamos rumo ao nosso
segundo centenário! Que Deus nos abençoe. (Palmas).
* * *
-
Assume a Presidência do Sr. Vaz de Lima
* * *
O SR. PRESIDENTE - VAZ DE
LIMA - PSDB -
Convido a todos os presentes para, de pé, cantarmos o Hino do Centenário da
Igreja Presbiteriana Independente do Brasil.
* * *
-
É entoado o Hino do Centenário da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil.
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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Ainda em pé, vamos nos dirigir a Deus, em oração, pelo presbítero Zaar Dias de Goes, Prefeito de Pilar do Sul, que vai fazer a oração de gratidão a Deus pelo Centenário da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil.
Em seguida, vamos, ainda em pé, cantar o hino oficial da igreja, “Um Pendão Real”, sob a regência da Maestrina Gláucia Lopes Gonçalves Silva.
O SR. ZAAR DIAS DE GOES - “Recebe, ó Deus querido, a nossa gratidão por este momento de alegria para os nossos corações. Ó, Deus, Tu que conheces o íntimo antes que a nossa palavra venha a nossa boca, Tu sabes tudo. Muito obrigado, Senhor, por termos o privilégio de ter nascido nesta Igreja. Ó, Deus, Tu tens caminhado conosco, Tu tens sido o nosso verdadeiro pastor. Ó, Deus, agora com os nossos corações cheios de gratidão queremos dizer a ti, Senhor, muito obrigado. Muito obrigado, Senhor, pelos 100 anos que já se passaram. São vidas, Senhor, que deram tudo de si para testemunhar o Teu nome. Ó, Deus, Tu nos tem escolhido para vários ministérios. Queremos Te pedir, em nome de Jesus: Tens misericórdia de nós e permita, Senhor, que possamos ser uma bênção, ó Deus, na comunidade, em todo o lugar onde colocarmos as plantas dos nossos pés. Ó Deus, testemunha para a glória do Teu nome e a Tua Igreja, Senhor, possa crescer, falando e testemunhando do maravilhoso amor de Jesus. Ó Deus, muito obrigado, Senhor, abençoe grandemente o Teu povo por todo o nosso querido Brasil, para que possamos caminhar seguros. Sabemos, Senhor, que Tu tens sido fiel para conosco. Recebe a nossa gratidão, por amor de Jesus. Amém.”
* * *
- É cantado o Hino. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB – Vamos nos assentar por mais algum momento para que eu possa, em nome desta Casa, agradecer à Igreja Presbiteriana Independente do Brasil o privilégio de tê-la recebido aqui para este momento importante da vida da Igreja, da vida do nosso País pelo centenário dela, pelo tanto que ela tem feito e pela vida da Igreja particularmente aqui no Estado de São Paulo, onde ela surgiu e se espalhou por todo o nosso País.
São os nossos que estão por aí ocupando funções importantes e são tantos! Aqui, nesta Casa, temos alguns e não sei se a minha vista está muito boa, mas estou vendo, na verdade, o Jessé lá em cima cantando no coral. Ele é funcionário da Casa, o Odair está aqui, a Olga também, todos funcionários da Casa. (Palmas.)
Quero aproveitar agradecendo a presença de todos os que falaram e os que poderiam ter falado, dar o seu testemunho aqui, mas não foi possível. Portanto, quero agradecer os irmãos que vieram de tantos lugares, particularmente aos coristas que vieram até esta Casa e que renunciaram alguma coisa para estar aqui; aos maestros, às maestrinas, aos pastores, enfim a todos que, de alguma maneira, chegaram até nós. Da mesma forma, agradecer o meu colega Deputado Wagner Salustiano que esteve aqui o tempo todo e presidiu parte da nossa sessão, enfim vamos dizer da minha gratidão a Deus por este momento, pelo privilégio de servi-lo principalmente na Igreja Presbiteriana Independente do Brasil e servi-lo nesta Casa.
Vamos agora fazer a oração final e a bênção apostólica, o amém pelos corais e vamos encerrar a sessão - e que é uma coisa informal que tenho que fazer - mas vou quebrar o protocolo. Vou pedir para fazer essa oração, e nem está no programa, aquele que está mais longe de nós, o presbítero Sérgio Camargo, Vereador em São José do Rio Preto. Ele viajou 430 e tantos quilômetros para estar aqui conosco. É o que veio de mais longe. Portanto, vou pedir para que ele faça essa oração final. A impetração da bênção será feita pelo Reverendo Assir Pereira, Presidente da Igreja. Vamos ouvir, então, cantar com os corais ou, pelo menos, ouvir o amém deles.
Que Deus nos abençoe! Vamos ficar em pé.
O SR. SÉRGIO CAMARGO - “Senhor Deus Nosso Pai, queremos Te louvar e agradecer a Deus por este momento, ao Deus nesta Sessão Solene, também ao Deus neste culto de gratidão a Ti pela Igreja Presbiteriana Independente do Brasil. Ó Deus, Te damos graças por esses 100 anos, por essa história, por irmãos e irmãs que ao longo desses anos puderam dar suas vidas e sua contribuição ao Evangelho e à instituição. Graças a Deus por tudo que a Igreja fez e agora, Deus, queremos Te pedir a sua bênção para mais uma jornada e que os anos que se seguirão, ó Pai, possam ser anos de muita luta; ó Deus, de muita visão, de muito compromisso com o Evangelho e, acima de tudo, com o nosso Deus. Ó Deus, abençoe muito esta Igreja e que ela possa se espalhar por todos os cantos deste País, que possa levar a mensagem de paz, de alegria, de amor, de justiça, ó Pai, por todos os lados. Que a Igreja possa ser abençoada. Ó Deus, abençoe todos os pastores, todos os presbíteros, diáconos, todas as lideranças, todas aquelas pessoas que estão convictas do seu chamado para o Evangelho e para o compromisso com essa instituição. Ó Pai, oramos em nome de Jesus. Amém.”
O SR. ASSIR PEREIRA - “O Senhor te abençoe e te guarde. O Senhor sobre ti levante o teu rosto e tenha misericórdia de ti. O Senhor sobre ti levante a tua face e te dê a paz e que a graça preciosa de Jesus, amado Pastor, a comunhão, o amor de Deus, o nosso amantíssimo e eterno Pai, as consolações, a inspiração do Espírito Santo respousem sobre todos vós, sobre todo o povo de Deus espalhado sobre este País e sobre a face da Terra, sobre esta Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, sobre todas as igrejas que se reúnem debaixo da coroa real do Salvador em nosso País, sobre esta Casa hoje e pelos séculos dos séculos, amém.”
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- É feita a apresentação pelos corais. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Esgotado o objeto da presente sessão, antes de encerrá-la, esta Presidência agradece às autoridades e àqueles que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta solenidade, bem como aos funcionários desta Casa que não mediram esforços para nos auxiliar na realização desta Sessão Solene.
Está encerrada a sessão. (Palmas.)
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- Encerra-se a sessão às 22 horas e 21 minutos.
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