20 DE AGOSTO DE 2007

021ª SESSÃO SOLENE PARA HOMENAGEAR O “DIA DO MAÇOM”

 

Presidência: VAZ DE LIMA e ALDO DEMARCHI


DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 20/08/2007 - Sessão 21ª S. SOLENE  Publ. DOE:

Presidente: VAZ DE LIMA/ALDO DEMARCHI

 

HOMENAGEM AO "DIA DO MAÇOM"

001 - Presidente VAZ DE LIMA

Abre a sessão. Anuncia as autoridades presentes. Informa que esta sessão solene foi convocada pela Presidência efetiva, a pedido do Deputado Aldo Demarchi, com a finalidade de homenagear o "Dia do Maçom". Convida a todos para, de pé, ouvirem a execução do Hino Nacional.

 

002 - BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO

Eminente Grão-Mestre do Grande Oriente do Estado de São Paulo, presta homenagem ao Presidente Vaz de Lima e ao Deputado Aldo Demarchi.

 

003 - Presidente VAZ DE LIMA

Diz do respeito que tem pela maçonaria e pelo seu trabalho em prol da sociedade paulista e brasileira.

 

004 - ALDO DEMARCHI

Assume a Presidência.

 

005 - ALOÍSIO VIEIRA

Deputado Estadual, cumprimenta os maçons pelo transcurso de sua data. Demonstra sua alegria em fazer parte dessa família e incentiva a todos para que continuem a servir à humanidade, semeando o bem, a paz e a prosperidade em todos os campos do universo.

 

006 - OLÍMPIO GOMES

Deputado Estadual, fala que maçonaria tem papel fundamental na história do País e que em determinados momentos foi decisiva para mudar os rumos da história.

 

007 - UEBE REZECK

Deputado Estadual, tece comentários sobre a organização da maçonaria e seus fundamentos. Discorre sobre a participação da instituição nos principais fatos históricos que tem a liberdade com maior princípio.

 

008 - BRUNO COVAS

Deputado Estadual, relata sua impressão pessoal sobre a maçonaria, que na sua essência assume a missão de zelar e propagar liberdade, fraternidade e igualdade.

 

009 - JOSÉ MARIA DIAS NETO

Grão Mestre do Grande Oriente Paulista, mensagem que o Grande Oriente Paulista transmite nesta data a todos seus obreiros.

 

010 - WALKER BLAZ CANONICI

Grão Mestre Adjunto da Grande Loja do Estado de São Paulo, discorre sobre a filosofia maçônica.

 

011 - BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO

Grão Mestre do Grande Oriente do Estado de São Paulo, fala sobre o dever dos maçons em tomar iniciativas para prevenir e combater com eficácia a corrupção, para resgatar ativos subtraídos ao país, promover o ensino e a prática da ética e da transparência na prestação de contas do emprego dos recursos públicos.

 

012 - Irmão FLÁVIO GUIMARÃES

Faz a leitura da "Carta da Maçonaria Paulista contra a corrupção" e a entrega à Presidência da Mesa.

 

013 - Presidente ALDO DEMARCHI

Diz que a corrupção destrói os valores fundamentais da democracia e apela aos maçons para refletir sobre a sua missão de construtores sociais. Anuncia a execução do "Hino Maçônico Brasileiro". Agradece a todos que colaboraram para o êxito da solenidade. Encerra a sessão.

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

 

- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O Sr. Presidente - Vaz de Lima - PSDB - Esta Presidência irá nomear as principais autoridades presentes. Quero dizer da minha alegria, como Presidente efetivo desta Casa, de iniciar esta Sessão Solene, convocada a pedido do nobre Deputado Aldo Demarchi.

Aqui conosco, encontram-se: Sr. Antônio Carlos Caruso, Presidente do Tribunal de Contas do Município de São Paulo; Eminente Grão-Mestre do Grande Oriente do Estado de São Paulo, Sr. Marques Ballouk Filho; Sr. Walker Blaz Canonici, Grão-Mestre Adjunto da Grande Loja do Estado de São Paulo, representando o Sr. Pedro Luiz Gagliardi, Sereníssimo Grão-Mestre; Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista, Sr. José Maria Dias Neto. Também presentes os Srs. Deputados Olímpio Gomes, Uebe Rezeck, Jorge Caruso, Aloísio Vieira e Aldo Demarchi. As demais autoridades serão nominadas posteriormente.

Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta Sessão Solene foi convocada por este Presidente, atendendo solicitação do nobre Deputado Aldo Demarchi - um homem de bem, de respeito, um Deputado muito atuante e que tão bem representa a sociedade paulista neste Parlamento -, com a finalidade de homenagear do Dia do Maçom.

Convido todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do Maestro PM Músico Subtenente Benedito Paulo de Aguiar.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O Sr. Presidente - Vaz de Lima - PSDB - Agradeço à Banda da Polícia Militar, na pessoa do Subtenente Benedito Paulo de Aguiar, que tem sido tão importante em nossos eventos.

Concedo a palavra ao Sr. Benedito Marques Ballouk Filho.

 

O SR. Benedito Marques Ballouk Filho - Preclaro Presidente desta nobre Casa de leis, através de quem cumprimento todas as autoridades políticas; meu querido irmão e amigo José Maria, Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista; Sr. Antônio Caruso; Sr. Mário Sérgio Nunes da Costa, meu querido irmão Adjunto. Através dessas pessoas cumprimento todos os maçons reunidos.

Minhas senhoras e meus senhores, serei bastante breve. Para prestar uma justa homenagem a esta Casa de leis, na pessoa do seu eminente Presidente, o Deputado José Carlos Vaz de Lima, oferecemos uma recordação do Grande Oriente do Estado São Paulo.

 

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- É feita a homenagem.

 

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O SR. Benedito Marques Ballouk Filho - Peço uma salva de palmas ao nosso amigo. (Palmas.) E também ao não menos preclaro ínclito Deputado desta Casa de leis, homem que enobrece a Maçonaria do Estado de São Paulo e sempre o nosso anfitrião nos dias 20 de agosto, em que a Maçonaria comparece a público, demonstrando a sua força e pujança: meu querido irmão e amigo Aldo Demarchi. (Palmas.)

 

* * *

 

- É feita a homenagem.

 

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O Sr. Presidente - Vaz de Lima - PSDB - Muito obrigado. Está aqui um malhete, que para nós, maçons, significa o trabalho incansável na busca da liberdade, igualdade e fraternidade. São Paulo, 20 de agosto de 2007. Benedito Marques Ballouk Filho, Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo. Agradeço muito. (Palmas.)

Antes de passar a palavra ao Deputado Aldo Demarchi, que é o amigo, o irmão de caminhada, quero pedir desculpas porque vou ter que me retirar por outro compromisso, em função do cargo.

Esta sessão está sendo transmitida “on-line”, pela Internet. Aliás, a Assembléia Legislativa está numa luta no sentido de dar a maior transparência possível aos seus trabalhos.

Atualmente, este Plenário e um dos plenarinhos, como chamamos aqui, já estão disponibilizando pela Internet todas as atividades. Espero que dentro de mais 20 dias, todos os plenários da Casa estarão equipados para, na Internet, colocar à disposição não só da população paulista, mas do Brasil e de onde mais chegar a Internet, os trabalhos que se realizam nesta Casa.

Este é um exemplo. Os irmãos maçons que acessarem a Internet, poderão ver, ao vivo, o que está acontecendo aqui.

Quero dizer de todo o respeito que tenho pela Maçonaria. Aprendi a respeitar muito aquilo que a Maçonaria fez e tem feito em benefício da sociedade paulista e brasileira, aquilo que ela representa mundialmente, por seus princípios, pela sua busca pela justiça, pela sua busca pela democracia, pela sua luta pela igualdade e fraternidade e pela sua busca pelos ideais do bem comum, porque pauta e orienta os seus integrantes na busca da justiça justiça, da ética e do bem da sociedade como um todo. Esta Casa se transforma, pois, nesta hora, no templo onde, de forma sagrada, todos poderão cumprir o seu papel. Boa-noite a todos. Muito obrigado. (Palmas.)

 

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- Assume a Presidência o Sr. Aldo Demarchi.

 

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O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Meus agradecimentos ao Presidente Deputado Vaz de Lima, que valorizou a abertura deste trabalho nesta noite. Sei que tinha compromissos agendados, mas fez questão de fazer a abertura da nossa sessão e nós, Deputados maçons desta Casa, ficamos muito sensibilizados. Agradecemos do fundo do coração.

Dando seqüência, concedo a palavra ao nobre Deputado e irmão Aloísio Vieira.

 

O SR. ALOÍSIO VIEIRA - PDT - Deputado Aldo Demarchi, Presidente nesta sessão solene, Srs. Deputados, inicialmente cumprimento a todos os irmãos presentes na pessoa do nosso irmão Benedito Marques Balloouk Filho, Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista.

Cumprimentando os maçons pelo transcurso de sua data, quero aqui demonstrar a minha alegria em fazer parte dessa família e incentivar a todos para que continuem a servir à humanidade, semeando o bem, a paz e a prosperidade em todos os campos do universo.

Não é possível, como já comprovaram historiadores renomados, escrever e estudar a história do Brasil passando ao longo da história da maçonaria. Elas se confundem, se misturam, se entrelaçam na luta pelas grandes conquistas sociais do Século XIX, misturando-se no trabalho sempre renovado, da busca do equilíbrio político-social dos momentos em que a República parece frágil e periclitante, entrelaçando-se nos grandes movimentos pelo aperfeiçoamento integral do homem brasileiro apesar dos heterogêneos meios em que ele vive, num país continental onde os problemas sociais equiparam-se ao gigantismo da terra.

Estamos comemorando mais um 20 de agosto, Dia do Maçom brasileiro porque o Dia Internacional do Maçom ocorre em 22 de fevereiro, data do nascimento de George Washington, seguramente o mais notável dos maçons norte-americanos e do mundo.

Que nesta data seja renovado o compromisso dos maçons brasileiros de luta constante para que não tenhamos de continuar a lamentar os milhões de analfabetos, de miseráveis, de doentes, de desesperançados que vegetam em nosso território e implorando ajuda porque a maçonaria, acima de tudo, é solidariedade humana. Essa é a nossa esperança, a nossa meta e a nossa existência da maçonaria brasileira.

A maçonaria trabalha basicamente em silêncio, não buscando holofotes, nem palcos para desempenhar seu papel na comunidade onde se faz presente.

O meu desejo neste dia é mostrar para o povo desta terra o nosso reconhecimento àqueles que, por suas próprias custas, estão diariamente colaborando com a população carente nos mais longínquos rincões da Pátria.

A maçonaria dos dias atuais tem presença constante em todos os grandes acontecimentos sociais, permitindo que o desenvolvimento tão necessário continue sem entraves, buscando sempre um rumo certo para que a Nação sobreviva pelo desenvolvimento constante de seus próprios filhos e irmãos.

A nossa felicidade é por demais grandiosa, pois sendo maçom, talvez dos mais pequeninos em relação à grandiosidade dos espíritos maçons aqui reunidos, tenho a honra de saudá-los e dizer de todo o coração: a maçonaria está presente, a maçonaria é imorredoura, a maçonaria é a pátria grandiosa que sempre vencerá. Viva sempre a maçonaria universal! Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Nosso irmão, Deputado Aloísio Vieira, falou em nome da Bancada do PDT nesta Casa.

Esta Presidência concede a palavra ao nobre Deputado e irmão Olímpio Gomes, que falará em nome da Bancada do PV.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PV - Nobre Deputado Aldo Demarchi, grande amigo e irmão, presidindo os trabalhos na noite de hoje; caro Benedito Marques Ballouk Filho, eminente Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo; meu caro Antonio Carlos Caruso, irmão e Presidente do Tribunal de Contas do Município de São Paulo; Walker Blaz Canonici, Grão-Mestre Adjunto da Grande Loja do Estado de São Paulo; José Maria Dias Neto, Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista; se me permitem os irmãos, quero fazer uma saudação especial a quem me iniciou em 1990 na Acácia da Paz, Cláudio Roque, e a quem tenho a felicidade e o prazer de reencontrar nesta data.

Meus irmãos, não poderia deixar de prestigiar uma data de suma importância para o nosso País.

Liberdade, igualdade, fraternidade, princípios fundamentais que mais do que nunca a sociedade brasileira deseja, quer, espera e merece. A maçonaria tem papel fundamental na história do nosso País e em determinados momentos foi decisiva para mudar os rumos da história.

Temos, sim, de trazer esses princípios maravilhosos que estão internalizados na alma do verdadeiro maçom, que traz no seu coração o sentido ético e moral. Se nós conseguirmos tê-los na sociedade profana, com certeza teremos uma sociedade muito melhor.

Temos de agregar nossos esforços, temos de fazer valer o nome e a força da maçonaria universal, interagindo decisivamente em coisas fundamentais que comprometem a história do nosso país, que comprometem muitas vezes o destino da nossa sociedade. Temos de estar de pé e à ordem, cerrar fileiras para defender a sociedade como um todo, quer na atividade profana, quer na atividade da maçonaria.

Peço a todos os irmãos que continuem a perseverar com força, dedicação e abnegação para manter cada vez mais forte e firme a maçonaria, que é exemplo de dignidade, de solidariedade, de construção. Parabéns ao meu irmão Deputado Aldo Demarchi pela feliz iniciativa, que além de ser um grande Deputado, também é um grande irmão maçom.

Que possamos estar junto, sim, não só no Dia do Maçom, mas, com força e perseverança, nos 365 dias do ano, lutando para termos uma sociedade melhor e mais digna, e lutando contra todos aqueles que por interesses pessoais, casuísticos, criminosos às vezes, acabam por deformar ou tentar deformar a nossa sociedade. Parabéns a todos os irmãos pelo Dia do Maçom. Viva a Maçonaria Universal! Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Tem a palavra o nobre Deputado Uebe Rezeck, em nome da Bancada do PMDB.

Anunciamos também, pertencente à mesma bancada, a presença aqui do querido irmão, Deputado Jorge Caruso.

 

O SR. UEBE REZECK - PMDB - Exmo. Sr. Presidente, Deputado Aldo Demarchi; Grão Mestre do Grande Oriente do Estado de São Paulo Benedito Marques Ballouk Filho; Grão Mestre Adjunto da Grande Loja Walker Blaz Canonici, representando Pedro Luiz Ricardo Gagliardi; Grão Mestre do Grande Oriente Paulista José Maria Dias Neto; Grãos Mestres de honra, autoridades maçônicas, meus irmãos, meus senhores, ao me manifestar desta tribuna, quero saudar todas as autoridades presentes, bem como prestar uma justa homenagem à Maçonaria do Brasil, pelo transcurso do seu dia.

A Maçonaria não é uma entidade secreta, é apenas discreta. É uma organização constituída por homens de todas as raças e nacionalidades que, acolhidos por iniciação e congregados em Lojas, nas quais, auxiliados por símbolos, alegorias, estudam e trabalham para o aperfeiçoamento de nossa sociedade.

A Maçonaria é uma organização fundamentada no amor fraternal e na esperança. Uma organização tolerante, que investiga a verdade, a evolução do conhecimento humano pela filosofia, ciências e artes, e que sob a tríade da liberdade, da igualdade e da fraternidade, e seguindo os princípios da moral, da razão e da justiça, acredita que o mundo alcança a felicidade geral e a paz universal.

É uma organização supra-religiosa, na qual são aceitos cristãos, judeus, muçulmanos, budistas e qualquer homem de fé, que se iniciam alicerçadas na moral e na retidão de suas condutas. É uma organização que nos últimos séculos influenciou em vários acontecimentos da humanidade.

Há registros da Maçonaria na Revolução Francesa. Basta dizer que liberdade, igualdade e fraternidade, ideais da Maçonaria, foram os lemas adotados naquele movimento histórico. É muito forte a sua presença no processo independência dos Estados Unidos da América, tanto que pelo menos 14 presidentes maçons já governaram aquele país. A independência dos países da América Latina foi idealizada e planejada dentro das Lojas Maçônicas.

Nos países hispânicos, sua ação foi dirigida por Francisco Miranda, que iniciou na Maçonaria as maiores figuras dos movimentos libertadores, como Bolívar, São Martim.

A presença da Maçonaria, na Historia do Brasil - só para ilustrar - foi marcante na Inconfidência Mineira, na independência, na campanha abolicionista, na Proclamação da República, e em muitos outros acontecimentos marcantes para o nosso povo.

Sr. Presidente, o Dia do Maçom brasileiro é comemorado no dia 20 de agosto, porque no dia 20 de agosto de 1822, numa reunião conjunta das lojas Comércio e Artes e União e Tranqüilidade, em Niterói, Joaquim Gonçalves Ledo, com um discurso inflamado, fez sentir a necessidade de se proclamar a Independência do Brasil, proposta essa aprovada por todos os presentes e ratificada por D. Pedro, que, em menos de um mês depois, proclamou a independência do Brasil, às margens do riacho do Ipiranga, em São Paulo.

Da mesma maneira como os nossos antepassados defenderam a liberdade, venho dizer a todos que não é necessário que se peça hoje a um maçom que defenda as nossas instituições democráticas e a liberdade, até porque um dos fundamentos da nossa instituição é a liberdade, sem a qual nós, maçons, não vivemos. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Esta Presidência concede a palavra ao Deputado, irmão, Bruno Covas, em nome da Bancada do PSDB.

 

O SR. BRUNO COVAS - PSDB - Sr. Presidente, Srs. Deputados, irmãos, cunhados, sobrinhos, não vou discorrer sobre a história ou a importância da Maçonaria, porque talvez eu não seja a pessoa mais qualificada para isso, como fez o nobre Deputado Uebe Rezeck.

Vou falar aqui, no dia em que comemoramos o Dia do Maçom, hoje 20 de agosto, sobre a minha impressão pessoal sobre a Maçonaria, sobre o que entendo ser a ação maçônica.

Foi uma honra muito grande ter sido chamado para entrar na Maçonaria. A iniciação, momento sublime e emocionante, fez com que eu percorresse um caminho de autoconhecimento, disciplina e ação, orientadas por princípios e valores importantes para a humanidade, mas, infelizmente, demasiadamente ausentes no mundo em que vivemos.

Quando abrimos as páginas dos jornais, e vemos uma criança arrastada pelas ruas do Rio de Janeiro, um médico assassinado na porta de um hospital, por causa de um celular, um casal assassinado no semáforo, na presença de seu filho de sete anos, e o nível em que se chegou a corrupção dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, evidencia que a sociedade passa por uma crise de valores morais, humanos e espirituais.

Considero um dever premente nós, maçons, resgatarmos em nossa sociedade valores e princípios que desde sempre fomos guardiões veementes. A Maçonaria em essência assume a missão de zelar e propagar liberdade, fraternidade e igualdade. Acreditando no equilíbrio espiritual e na evolução contínua e harmônica do universo, prega a conduta altruística, ou seja, a prática do bem tão necessária, sobretudo, nos tempos atuais.

Neste Dia do Maçom, quero me congratular com todos os irmãos maçons. Sejamos bons maçons, não apenas dentro de nossas lojas, mas também transmitir a toda sociedade os nossos valores e princípios. Um abraço fraternal e boa noite. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Encerrada a lista de Deputados desta Casa, vamos passar a palavra ao Grão Mestre do Grande Oriente Paulista, Sr. José Maria Dias Neto.

 

O SR. JOSÉ MARIA DIAS NETO - Quero saudar primeiro o eminente Presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, Deputado Vaz de Lima, e o faço com grande satisfação, na pessoa do nosso querido irmão e Presidente desta cerimônia, Aldo Demarchi. Quero transmitir meus cumprimentos ao eminente grão-mestre do Grande Oriente de São Paulo, valoroso irmão Benedito Marques Ballouk Filho; ao querido irmão Grão-Mestre adjunto das Grandes Lojas, Walker Blaz Canonici; ao nosso querido irmão Antonio Carlos Caruso, Presidente do Tribunal de Contas do Município de São Paulo; aos eminentes Deputados major Olímpio Gomes, Uebe Rezeck e Jorge Caruso; ao nosso querido irmão Aloísio Vieira; às demais dignidades e autoridades das grandes lojas do Grande Oriente de São Paulo; ao meu querido companheiro Grão-Mestre Adjunto do Grande Oriente Paulista, irmão Jurandir Alves de Vasconcelos; a cada um dos maçons aqui presentes; a cada um dos irmãos; a cada uma das cunhadas; aos nossos sobrinhos; a todos os que comparecem a esta cerimônia dignificante para a Maçonaria, data que se comemora de forma festiva numa Casa de Leis tão importante como a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. A cada um dos senhores quero deixar o fraternal abraço do Grande Oriente Paulista e agradecer ao eminente irmão e Deputado Aldo Demarchi pelo honroso convite para que aqui estivéssemos.

Meus irmãos, vou ler mensagem que o Grande Oriente Paulista quer transmitir nesta data a todos seus obreiros.

Homenagem do Grande Oriente Paulista ao Dia do Maçom

Ser maçom é ser amante da sabedoria, da virtude, da justiça, da humanidade. Ser maçom é ser amigo dos pobres, dos desgraçados que sofrem, que choram, que têm fome, dos que clamam pelo direito, pela justiça e os utilizam como única norma de conduta, o bem de todos os seus e o engrandecimento para o progresso da pátria.

Ser maçom é querer a harmonia das famílias, a concórdia dos povos, a paz do gênero humano. Ser maçom, meus irmãos, é derramar por toda a parte os divinos esplendores da instrução, educar para o bem, a inteligência, conceber os mais belos ideais do direito, da moralidade, da honra e essencialmente, meus irmãos, praticá-los.

Ser maçom é levar para o terreno prático aquele formosíssimo preceito de todos os lugares de todos os séculos, que diz com infinita ternura aos homens de todas as raças, desde o alto de uma cruz e com os braços abertos ao mundo. Amai-vos uns aos outros, formai uma só família, sede irmãos.

Ser maçom é pregar a tolerância, praticar a caridade sem distinção de raças, crenças ou opiniões. É lutar contra a hipocrisia e o fanatismo. Ser maçom é viver para a realização da paz universal, tendo pelos vivos o mesmo respeito que dedicamos aos nossos mortos.

Queridos irmãos, reitero os votos de parabéns a todos os maçons na passagem de mais um aniversário, esta data tão importante para a Maçonaria. Salve o Dia 20 de Agosto! Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Concedo agora a palavra ao Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, irmão Luiz Ricardo Gagliardi, que neste ato se faz representar pelo adjunto Walker, que deverá neste momento falar em nome da potencia da grande loja.

 

O SR. WALKER BLAZ CANONICI - Muito boa noite! A todos os queridos irmãos presentes quero estender o tríplice e fraternal abraço do Sereníssimo Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, irmão Pedro Luiz Ricardo Gagliardi, que por motivos alheios a sua vontade não está hoje entre nós.

Saúdo o Exmo. Sr. Presidente desta Casa, Vaz de Lima, que honrou-nos fazendo a abertura da sessão; saudações especiais aos irmãos Benedito Marques Ballouk Filho, respeitável eminente Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo; respeitável Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista, querido irmão José Maria Dias Neto; irmão Sérgio Antonio dos Santos, respeitável Grão-Mestre eleito para a próxima administração da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo; querido irmão Antonio Carlos Caruso, digníssimo Presidente do Tribunal de Contas do Município de São Paulo; nobres Deputados, queridos sobrinhos, sobrinhas, cunhadas, demais autoridades presentes, nossos cumprimentos especiais.

Mais uma vez quero agradecer ao querido irmão Aldo Demarchi, que com seu decreto possibilita a todos nós a realização deste encontro fraternal há 12 anos. Hoje temos uma pauta especial que inclui a “Carta de São Paulo contra a Corrupção”, que será lida.

Não há erro algum em afirmar que a Maçonaria sempre esteve presente, ativamente, nos principais movimentos da História em prol do progresso da Humanidade.

Nas palavras do grande professor Moisés Mussa Battal, a Maçonaria é uma instituição universal, fundamentalmente filosófica, que trabalha pelo advento da justiça, da solidariedade e da paz entre os homens.

Não é uma escola filosófica, mas uma escola do Filosofar.

Não é uma escola filosófica, porque não tem uma ordenação conceitual de juízos, de doutrinas, tal como qualquer dos sistemas clássicos; tampouco tem um filósofo que seja seu pai, nem como as outras têm prosseguidores, inimigos, que somente se referem à doutrina e não à instituição em si.

Escola do filosofar como verbo vivo e ativo, porque significa ação. Meditar, refletir, examinar, tudo quanto ocorre em nós, em nosso redor. Examinar a realidade para melhorá-la. Projetar-se até o porvir para consecução da satisfação de um ideal superior.

Como escola é uma Oficina de humanidade, de humanismo e de humanitarismo e sua tarefa principal é irradiar a luz de nossos princípios e de nossos hábitos para melhorar a condição humana.

No mundo profano, é um grande Delta que se reparte em possibilidades e alternativas, porque é Polivalente, com infinitas vertentes que a alimentam.

É Tradicionalista e às vezes Progressista. Embora pareça um paradoxo, mas não o é, porque bem sabemos que "tradição" é conservar o melhor do passado para utilizá-lo em compreender mais o presente e preparar um porvir melhor que o presente.

Ela não é o ensinamento de um conjunto de normas e princípios, nem um pensar exclusivo e excludente; é uma reflexão da vida e para a vida. Por isso, coloca o homem no centro de sua preocupação e trabalha pela crescente melhora de suas condições vitais.

A filosofia maçônica nos incita a procurar para o homem a dignidade, o decoro, a consideração e o respeito à sua personalidade, cinzelada nas contingências da vida, enquanto ela se desenrola em torno de um temperamento, de uma vontade, uma inteligência e uma vocação.

A filosofia maçônica deseja que o ser e a existência do homem girem em torno de três valores superiores que a História destacou como as maiores conquistas do homem e da humanidade: a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade. Ela pondera mais que nenhuma outra, dentre as três, a Fraternidade, pela transcendência e os benefícios que implica e abarca tanto na esfera do individual como no coletivo.

A filosofia maçônica quer defender o homem da ignorância e da incultura, dos temores e das necessidades, da exploração e das injustiças, do fanatismo do dogma, dos tabus, sobretudo da opressão e das tiranias interiores e exteriores de qualquer classe.

A filosofia maçônica deseja situar o homem numa sociedade onde reine a ordem e o trabalho, a igualdade de possibilidades e de oportunidades, a paz e o progresso, a competência não bastarda, mas que desenvolva as capacidades e a iniciativas, e a cooperação e a solidariedade contidas em seu ser. Quer prepará-lo para viver e atuar inteligente e construtivamente num regime democrático e conseguir a melhora e o aperfeiçoamento deste seu regime, de maneira que alcance o que ele ofereça nos campos econômico, social, cultural e político. Defende o regime democrático porque, até agora, é o que melhor se apresentou. E o quer total e não parcial.

A filosofia maçônica quer fazê-lo sentir, segurar e incorporar a seu ser e existência esta noção da independência, da interação, da intercomunicação dos indivíduos e dos grupos e dos povos da humanidade.

A filosofia maçônica mostra ao homem o incalculável valor da arte de pensar bem e do domínio humano, pelo saber, sobre a natureza e a sociedade. Mostra também o valor incalculável do livre exame e da dúvida metódica e o domínio sobre os meios e instrumentos que reclamam uma ação sábia, prudente e eficaz.

Evidencia e lhe demonstra que a ciência e a lógica, em que pese sua eficiência e utilidade, não satisfazem toda a ânsia humana de saber nem sobrepujam nem superpassam as contingências na existência humana.

Demonstra a ele que o concerto harmônico de cérebro, mão e coração é superior a todo intelectualismo enfermiço, a todo falso ou aparatoso romantismo, a todo predomínio controlado da técnica desumanizada.

Procura fazer que sua vida se deslize dentro do triângulo áureo da verdade, do bem e da beleza. E que uma vez organizada e afinada sua vida, ela se ponha ao serviço do bem comum. Forma homens, forma dirigentes, forma líderes e combatentes pela verdade e o bem. Homens preparados na Virtude, que podem ser medidos, testados e aprovados na adversidade da vida.

Gonçalves Ledo, Caxias, George Washington, Bonifácio, D. Pedro I, San Martin, Benjamin (o nosso) e o Franklin, Rui Barbosa, Simon Laplace, Roosevelt, Januário da Cunha, Bolívar, Pestalozzi, José do Patrocínio, Benito Juarez, Deodoro, Truman, Feijó, Voltaire, Mozart, Berzélius, Prudente de Morais, Garibaldi, Rio Branco, Mazzini, Lumière, Montesquieu, Hermes da Fonseca. Todos mestres, que aprenderam que o maior, não é aquele que domina, muito menos o que possui o poder político ou Financeiro, o maior é aquele que vive para servir!

"Nunca tantos homens tão grandes se fizeram tão pequenos para tornar grandes os pequenos; os mais deserdados da sorte...” Serviram com coragem e inteligência ao mais nobre propósito da vida. Por isso, não passaram. Ficaram para sempre!!!

Todas as experiências de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, nasceram dos sonhos de grandes homens. A bandeira da Maçonaria é dourada como o sol e brilhante como a Liberdade. Que o Grande Arquiteto abençoe a todos os maçons neste dia e jamais os disperse de seus sonhos. Muito obrigado! (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Concedo agora a palavra ao eminente Grão Mestre do Grande Oriente do Estado de São Paulo, nosso irmão Benedito Marques Ballouk Filho.

 

O SR. BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO - Exmo. Deputado Aldo Demarchi, meu amigo, meu irmão, em nome de quem cumprimento todas as autoridades políticas; meu querido irmão Grão-Mestre Adjunto Walker Blaz Canonici, representante da Grande Loja Maçônica; José Maria Dias Neto, Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista; meu querido irmão Mário Sérgio Nunes da Costa, meu adjunto, meu companheiro de trabalho, em cujo nome cumprimento todos os maçons aqui presentes.

Aqui estamos novamente comemorando em todo Brasil o Dia do Maçom, relembrando grandes lutas e conquistas, grandes maçons e a evolução social. Tudo é muito importante e gratificante, mas, especialmente nesta ocasião um novo desafio, imediato e gigantesco, se nos impõe.

Vivemos hoje dias de grande expectativa e tribulação. Por um lado, o Brasil é reconhecido em todo mundo como o grande país sul-americano emergente, economicamente em desenvolvimento progressivo ao lado de antigos países asiáticos como índia e China. Por outro lado, vivemos o paradoxo de um País onde o desenvolvimento humano e social não acompanha o progresso econômico e assistimos num misto de indignação e perplexidade as notícias do cotidiano dando conta dos bolsões de pobreza em regiões específicas, da violência urbana que assola as grandes metrópoles e suas áreas circunvizinhas, do impedimento de formação escolar em parcelas significativas da população, gerando uma exclusão social incompatível com a evolução do PIB.

Diga-se de passagem, que apesar dos economistas abrirem um sorriso largo ao comentarem sobre a evolução do PIB, desconversam e buscam explicações elaboradas para tentar amenizar o impacto nefasto da concentração de renda numa minoria inferior a 10% da população brasileira enquanto a maioria absoluta da população necessita a cada dia se equilibrar para assegurar o dia seguinte, seja a classe média ou pobre, ambas sofrem algum tipo de exclusão social.

Complicando ainda mais os problemas internos, embora o Brasil lidere a América Latina e o Mercosul, vive um momento de grandes lutas diplomáticas para colocar o etanol como substituto vantajoso do petróleo. Essa luta que afeta milhões de dólares em negócios e divisas, também atrai ataques ao País, ao Presidente e à diplomacia brasileira. Apesar dos desmentidos periódicos, dando conta que os países vizinhos são harmônicos e amigos do Brasil, trava-se uma luta surda de bastidores para conquistar ou manter a hegemonia latino-americana.

Como entendemos que a estabilidade social interna é a única segurança para grandes empreendimentos globalizados, fica claro que sofremos diuturnamente uma ameaça solene vinda da prática da corrupção que torna o povo cativo da pobreza e atinge hoje patamares nunca registrados anteriormente.

A corrupção é um grande mal que elimina a dignidade do cidadão, motiva negativamente as pessoas deteriorando o tecido social e, sobretudo, compromete a vida e a esperança das gerações atuais e futuras. A corrupção estimula a marginalidade e a formação de quadrilhas que se associam ao crime organizado, o tráfico de drogas e armas. Como maçons, temos uma tarefa de grande envergadura a realizar.

Devemos tomar iniciativas maçônicas para prevenir e combater com eficácia a corrupção-, para resgatarmos ativos subtraídos ao País, promovermos o ensino e a prática da ética e da transparência na prestação de contas do emprego dos recursos públicos. E qualquer dessas iniciativas passa necessariamente pelas demandas sociais de emprego, habitação, saúde e educação. Passa enfim por uma situação que diz não á exclusão social.

Passaram as etapas da Independência, da Abolição e da República. A nação hoje reclama da Maçonaria uma nova tomada de posição em defesa da Pátria - um combate sem tréguas à exclusão social e à corrupção.

Esse é o chamado para os maçons de São Paulo - Estado gerador das grandes e profundas mudanças evolutivas a serem repercutidas no destino glorioso do Brasil.

Atualmente, questões relevantes para a própria soberania nacional são inéditas para os governantes de todos os níveis. A ameaça ao meio ambiente, mais do que uma posição filosófica é uma efetiva necessidade para a sobrevivência humana.

Meus Irmãos em Maçonaria, autoridades, senhoras e senhores, a Maçonaria sempre se colocou à frente do próprio tempo, não medindo esforços e lutando patrioticamente pelo bem estar da sociedade brasileira e desta vez não pode ser diferente.

Numa síntese do que abordamos, passarei a ler a conclamação do próximo trabalho maçônico, denominada Carta da Maçonaria Paulista contra a Corrupção:

Nós, maçons jurisdicionados ao Grande Oriente de São Paulo, federado ao Grande Oriente do Brasil e da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, reunidos na noite do dia 20 de agosto de 2007 na Capital do Estado, nas dependências da Assembléia Legislava do Estado de São Paulo, em sessão solene comemorativa do Dia do Maçom, debatemos e aprovamos os seguintes princípios desta carta, denominada "Carta da Maçonaria Paulista Contra a Corrupção".

Tendo em vista que:

1. Vivemos no Brasil um cenário de exclusão social, onde, a miséria, o preconceito e a corrupção são os principais vilões do País emergente. A miséria leva à marginalidade milhões de pessoas; o preconceito afasta o indivíduo das relações sociais, marginalizando-o; e finalmente, a corrupção mostra a face mais sombria e tenebrosa dessa exclusão social, pois, como decorrência direta da malversação do dinheiro público, faltam recursos para investimentos em educação, saúde, habitação, segurança e transportes. Assim, as populações mais pobres, que demandam a grande maioria dos serviços públicos, ficam prejudicadas, impedidas até mesmo de exercer o direito constitucional de ir e vir;

2. Combater a corrupção em todas as suas formas é um dever maçônico e uma exigência da sociedade, acabando com essa epidemia social que subtrai do povo a possibilidade de uma vida digna e o pleno exercício da cidadania, regando a todos o direito à esperança de um futuro melhor

E considerando que:

A história pátria brasileira se confunde com a ação de vanguarda social exercida pela Maçonaria através de árduas lutas e conquistas nacionais, legando ao povo o desfrutar da verdadeira liberdade responsável;

A permanente e relevante representatividade da Maçonaria na sociedade paulista e brasileira fazem-na uma força viva da sociedade;

A constante preocupação da Maçonaria com as questões sociais regionais e nacionais, acompanhando a evolução humana e identificando um pensamento social cada vez mais exigente para o acolhimento de soluções sérias e definitivas, caracterizando um real interesse na valorização da família brasileira;

Concluímos que:

É necessário recuperar a moralidade pública e instituir a transparência como fio condutor das ações governamentais, criando através da Maçonaria sistemas de operação mais eficientes e permitindo melhor controle da gestão pública, viabilizando fiscalização efetiva e uma oitiva da vontade popular, incentivando a participação da sociedade nas questões de relevante interesse público. Portanto, as Potências Maçônicas que esta subscrevem decidem:

1. A Maçonaria atuará de maneira homogênea, exigindo dos maçons que se acham investidos em funções públicas, um comportamento ainda mais austero e compatível com o rigor da filosofia maçônica;

2. Estimular todos os maçons para que se transformem em focos permanentes de luta contra a corrupção na sociedade, trabalhando ainda para difundir essa luta junto a todos os cidadãos com quem convivem;

3. Acentuar em cada loja maçônica a importância da tomada de posição clara e firme que precisa ser tornada por ocasião das eleições municipais, estaduais e federais, orientando os Maçons e, sempre que possível, promovendo debates entre candidatos.

4. Criar no âmbito das Jurisdições maçônicas um Fórum permanente destinado à análise e discussão das origens, práticas e disseminação da corrupção, definindo e adotando ao final, medidas práticas e contundentes para extirpar todas as ramificações da corrupção:

5. Desenvolver um cadastro de restrição maçônica onde constem todos os nomes de pessoas envolvidas nas condenáveis práticas de corrupção e improbidade administrativa, mantendo tais indivíduos vigiados e afastados de qualquer contato maçônico, e sempre que possível, mantê-los fora do serviço público;

6. Promover a construção de uma sociedade revigorada em seus princípios morais e sociais, baseando-nos para tanto na trilogia Liberdade, Igualdade e Fraternidade;

7. Para que sejam concretizadas as decisões anteriormente expostas, as Potências Maçônicas signatárias desta comprometem-se a manter uma comunicação comum e homogênea entre todos os maçons jurisdicionados, conscientizado-os da gravidade do problema e também da importância da participação individual para viabilizar as soluções propostas, a fim de obter um congraçamento de trabalho produtivo e sempre sob os auspícios do Grande Arquiteto do Universo.

São Paulo, 20 de agosto de 2007.

Benedito Marques Ballouk

Eminente Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo

Pedro Luiz Ricardo Gagliardi

Sereníssimo Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo

(publicar nos Boletins do GOSP e da GLESP)

Obrigado pela atenção. Que possamos estar unidos e irmanados em ideal nesta luta gratificante por São Paulo, pelo Brasil e pelas nossas famílias!

 

O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Ocupará a tribuna, neste momento, para fazer a leitura da Carta da Maçonaria Paulista contra a corrupção, o irmão Flávio Guimarães.

 

O SR. FLÁVIO GUIMARÃES - Nobres membros da Mesa, senhoras e senhores, cunhadas, sobrinhos, meus queridos irmãos, este é o conteúdo da Carta da Maçonaria Paulista Contra a Corrupção:

Nós, maçons jurisdicionados ao Grande Oriente de São Paulo, federado ao Grande Oriente do Brasil e da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, reunidos na noite do dia 20 de agosto de 2007 na Capital do Estado, nas dependências da Assembléia Legislava do Estado de São Paulo, em sessão solene comemorativa do Dia do Maçom, debatemos e aprovamos os seguintes princípios desta carta, denominada "Carta da Maçonaria Paulista Contra a Corrupção".

Tendo em vista que:

1. Vivemos no Brasil um cenário de exclusão social, onde, a miséria, o preconceito e a corrupção são os principais vilões do País emergente. A miséria leva à marginalidade milhões de pessoas; o preconceito afasta o indivíduo das relações sociais, marginalizando-o; e finalmente, a corrupção mostra a face mais sombria e tenebrosa dessa exclusão social, pois, como decorrência direta da malversação do dinheiro público, faltam recursos para investimentos em educação, saúde, habitação, segurança e transportes. Assim, as populações mais pobres, que demandam a grande maioria dos serviços públicos, ficam prejudicadas, impedidas até mesmo de exercer o direito constitucional de ir e vir;

2. Combater a corrupção em todas as suas formas é um dever maçônico e uma exigência da sociedade, acabando com essa epidemia social que subtrai do povo a possibilidade de uma vida digna e o pleno exercício da cidadania, regando a todos o direito à esperança de um futuro melhor

E considerando que:

A história pátria brasileira se confunde com a ação de vanguarda social exercida pela Maçonaria através de árduas lutas e conquistas nacionais, legando ao povo o desfrutar da verdadeira liberdade responsável;

A permanente e relevante representatividade da Maçonaria na sociedade paulista e brasileira fazem-na uma força viva da sociedade;

A constante preocupação da Maçonaria com as questões sociais regionais e nacionais, acompanhando a evolução humana e identificando um pensamento social cada vez mais exigente para o acolhimento de soluções sérias e definitivas, caracterizando um real interesse na valorização da família brasileira;

Concluímos que:

É necessário recuperar a moralidade pública e instituir a transparência como fio condutor das ações governamentais, criando através da Maçonaria sistemas de operação mais eficientes e permitindo melhor controle da gestão pública, viabilizando fiscalização efetiva e uma oitiva da vontade popular, incentivando a participação da sociedade nas questões de relevante interesse público. Portanto, as Potências Maçônicas que esta subscrevem decidem:

1. A Maçonaria atuará de maneira homogênea, exigindo dos maçons que se acham investidos em funções públicas, um comportamento ainda mais austero e compatível com o rigor da filosofia maçônica;

2. Estimular todos os maçons para que se transformem em focos permanentes de luta contra a corrupção na sociedade, trabalhando ainda para difundir essa luta junto a todos os cidadãos com quem convivem;

3. Acentuar em cada loja maçônica a importância da tomada de posição clara e firme que precisa ser tornada por ocasião das eleições municipais, estaduais e federais, orientando os Maçons e, sempre que possível, promovendo debates entre candidatos.

4. Criar no âmbito das Jurisdições maçônicas um Fórum permanente destinado à análise e discussão das origens, práticas e disseminação da corrupção, definindo e adotando ao final, medidas práticas e contundentes para extirpar todas as ramificações da corrupção:

5. Desenvolver um cadastro de restrição maçônica onde constem todos os nomes de pessoas envolvidas nas condenáveis práticas de corrupção e improbidade administrativa, mantendo tais indivíduos vigiados e afastados de qualquer contato maçônico, e sempre que possível, mantê-los fora do serviço público;

6. Promover a construção de uma sociedade revigorada em seus princípios morais e sociais, baseando-nos para tanto na trilogia Liberdade, Igualdade e Fraternidade;

7. Para que sejam concretizadas as decisões anteriormente expostas, as Potências Maçônicas signatárias desta comprometem-se a manter uma comunicação comum e homogênea entre todos os maçons jurisdicionados, conscientizando-os da gravidade do problema e também da importância da participação individual para viabilizar as soluções propostas, a fim de obter um congraçamento de trabalho produtivo e sempre sob os auspícios do Grande Arquiteto do Universo.

São Paulo, 20 de agosto de 2007.

Benedito Marques Ballouk

Eminente Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo

Pedro Luiz Ricardo Gagliardi

Sereníssimo Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo

(publicar nos Boletins do GOSP e da GLESP)

O Sr. Pedro Luiz Ricardo Gagliardi está muito bem representado nesta noite pelo Grão-Mestre Adjunto, companheiro Walker Blaz Canonici, para minha felicidade, nosso irmão. (Palmas.)

Passo o documento, neste momento, à Presidência da Mesa.

 

* * *

 

- É feita a entrega do documento.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Meu caro irmão Antonio Carlos Caruso, que responde pela Presidência do Tribunal de Contas do Município de São Paulo; eminente Grão-Mestre do Grande Oriente do Estado de São Paulo, Benedito Marques Ballouk Filho; Grão-Mestre Adjunto da Grande Loja do Estado de São Paulo, neste ato representando o Sereníssimo Grão-Mestre Pedro Luiz Ricardo Gagliardi; nosso irmão Walker Blaz Canonici; Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista, nosso irmão José Maria Dias Neto; permitam-me na pessoa do nosso irmão decano Cláudio Roque Buono saudar todos os irmãos aqui presentes; minhas queridas cunhadas, que abrilhantam esta noite fazendo parte e coro deste ato significativo para a história da Maçonaria Paulista; agradeço também a presença dos sobrinhos; agradeço a presença dos meus colegas na Casa Deputado Olímpio Gomes, Deputado Uebe Rezeck, Deputado Jorge Caruso, Deputado Aloísio Vieira e Deputado Bruno Covas; nas pessoas da comitiva que vem lá de Rio Claro quero saudar todos os nossos irmãos do Interior que se fazem presentes nesta noite aqui na Assembléia Legislativa.

Hoje, sinto-me especialmente feliz por algumas razões: primeiro, porque esta sessão solene realiza-se pela décima primeira vez por requerimento deste Deputado, sempre contando com o apoio e participação de nossos Irmãos Deputados com assento nesta nobre casa de Leis, a casa dos legítimos representantes do povo paulista. Desde que estou neste parlamento, o único ano em que não se homenageou os maçons do Estado de São Paulo foi ano passado. Isto porque, embora tivéssemos requerido a realização da Sessão Solene, como de costume, este plenário estava em reformas, impedindo assim qualquer atividade nesse sentido.

Minha reverência aos maçons, como irmãos e como agentes da construção de uma sociedade mais justa e perfeita, vem do aprendizado da doutrina maçônica, adquirida no correr dos 3 8 anos em que pertenço a esta sublime Ordem iniciática, filosófica e filantrópica. Se os Irmãos não sabem, fui iniciado em 1969 e tive o privilégio de portar o primeiro malhete de minha Loja, "Fraternidade e Justiça, 1 1 0" de Rio Claro, por duas vezes.

Depois, porque nesse ano a Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo completou 80 anos de fundação e mais, nesta data, há 185 anos atrás, no dia 20 de agosto de 1822, na Grande Loja Maçônica Comércio e Artes no Rio de Janeiro, Joaquim Gonçalves Ledo teria iniciado o movimento de persuasão do então príncipe regente, D. Pedro, para que o mesmo proclamasse a Independência do Brasil, o que ocorreu 18 dias depois. Talvez, esse fato histórico, dentre tantos outros, tenha sido o mais significativo da participação dos maçons na construção do nosso país e por essa razão, 20 de agosto foi aclamado como o Dia do Maçom.

E mais, porque no dia 20 de agosto, comemora 10 anos de fundação a Augusta e Respeitável Loja Simbólica Quilombo dos Palmares nº 493 e no dia 14 de agosto completou 35 anos, a Excelsa Loja de Perfeição Gonçalves Ledo nº 2 onde meus diletos Irmãos Antonio Simas e Kalil Nasraui fazem parte dos fundadores daquele corpo filosófico. Em ambas as oficinas estão presentes Irmãos muito queridos que procuram desenvolver o conhecimento e a doutrina da nossa Ordem com muito empenho.

Também, vejo que, a cada dia, os maçons externam com mais veemência sua preocupação no que tange ao rumo que toma nossa nação, que mostra uma inequívoca tendência à degradação moral e espiritual de nossa sociedade.

A maçonaria, formada por cidadãos livres e de bons costumes, que ensina que o objetivo maior de seus membros é o trabalho incansável para construir um mundo onde a humanidade possa viver a plena felicidade, não poderia ficar indiferente aos bárbaros acontecimentos que ocorrem nesses dias.

A violência gratuita, os desmandos no setor público, a corrupção e tantos outros indicativos de graves desvios morais e sociais necessitam de respostas imediatas para que a população tenha a certeza que as instituições estão ai para defender os direitos das pessoas de bem e não daqueles que agridem a sociedade. Assim, a reação da maçonaria é necessária pela natureza da sua doutrina e bem-vinda pela necessidade da população.

Mas falar da filosofia maçônica, das qualidades de sua doutrina, dos vultos e fatos históricos ligados à maçonaria, se nós fizermos uma pesquisa nos anais deste parlamento, veremos que em anos anteriores já foram feitos diversos pronunciamentos sobre esses temas, elaborados com muita erudição e conteúdo. Porém, tudo o que foi dito ficou apenas no discurso.

Hoje vejo que a hora não é para enaltecer os feitos pretéritos de nossa Ordem ou de nossos Irmãos. Muito pelo contrário. É hora de uma profunda reflexão sobre a nossa missão como construtores sociais e, principalmente, sobre nossas ações para cumprirmos essa missão.

Nesta noite nos pronunciamentos anteriores ouvimos falar de multas coisas sobre a maçonaria. Falou-se de aspectos de sua história, das qualidades exigidas aos maçons e outros temas importantes para nós.

Dentre esses temas falou-se sobre a corrupção; e as grandes potências maçônicas paulistas, inclusive, apresentaram a "Carta da maçonaria paulista contra a corrupção”.

Aqui, de público, quero parabenizar todos os Irmãos que tiveram a iniciativa de elaborar esse documento e os Grão Mestres por acolhê-lo e colocá-lo como um indicador para a conduta dos maçons no que tange ao seu comportamento e sua ação no combate à corrupção. Mas somente isso será suficiente? Tenho minhas dúvidas.

Em recente entrevista dada à revista Veja, o cientista político americano, Stuart Gilman, chefe do programa global da ONU contra a corrupção, que se dedica há trinta anos ao estudo e implantação de programas dês envolvidos em diversos paises, incluindo o Brasil, diz que antes de tudo, o combate à corrupção deve sair do discurso e se materializar em ações concretas e efetivas.

Mas somente o efetivo combate à corrupção é a solução para os diversos problemas que atingem nossa sociedade como a violência e tantos outros que vemos por aqui? Para esta questão minha opinião é não.

A corrupção faz com que os recursos, que já são escassos, sejam mal gastos, quando não desviados para o beneficio de poucos em detrimento de milhões de pessoas. Diz Stuart Gilman que "A corrupção não é um crime sem vítimas. Na verdade, as vítimas podem ser contadas aos milhões".

Se os Irmãos pensarem bem, o desvio de recursos do sistema de saúde detectado pela CPI dos sanguessugas poderiam, se adequadamente aplicados, terem salvos milhares de pessoas.

Mas isso não ocorreu e não saberemos quantos morreram nas filas do SUS esperando atendimento ou algum procedimento que não foi feito por falta de equipamento ou material que poderia ser comprado com o dinheiro desviado.

Ainda, segundo o professor Gilman, nos países onde a corrupção é mais elevada, o desvio resultante dessa prática atinge entre 25% a 30% do PIB e em países onde a corrupção está sob controle, mesmo assim encontramos um desvio de até 3% do PIB.

Se admitíssemos que o Brasil encontra-se no grupo dos países onde a corrupção esta sob controle e que nosso PIB está em torno de 1 trilhão de reais, 3% de desvio representa 30 bilhões de reais, que é 1/3 do orçamento do Estado de São Paulo. Mas sabemos, infelizmente, a corrupção abocanha parcela muito maior dos recursos de nossa sociedade.

Porém, pior que as perdas pecuniárias e materiais, a corrupção descontrolada, segundo o professor Gilman, destrói um dos valores fundamentais de uma democracia, qual seja, a confiança da população no governo e nas instituições.

Sem contar com a confiança da população, as instituições não conseguem cumprir sua missão, abrindo caminho para a destruição da própria democracia. Todos os males sociais, tais como a violência, tráfico de drogas, degradação da educação e outros mais, podem ser ligados à corrupção que, sem controle, leva à falência as instituições.

Então, o que os maçons podem fazer em complemento à essa iniciativa da "Carta da maçonaria paulista contra a corrupção”?.

Essa indagação é fácil de se responder. Basta ter vontade e colocar mãos à obra, com a trolha numa mão para construir um novo cenário e a espada na outra para lutar contra os males. Entretanto, é difícil de se fazer porque depende de nossa verdadeira vontade de ir além do plano do discurso e entrar no plano da ação.

Dentre tantas alternativas que poderíamos utilizar para pôr em prática o discurso contra a corrupção, encontramos texto desenvolvido pelos Irmãos Luiz Couto e Luzo dos Santos Ferro, ambos membros do Grande Oriente de São Paulo, onde eles advogam que os maçons, como estão congregados em Lojas em todos os municípios do nosso Estado, devem tomar posições e agirem conforme grupos de pressão, influenciando as decisões dos políticos e se manifestando contrariamente aos desvios de conduta dos mesmos. Isso porque, reconhecidamente, a maçonaria tem os seus quadros compostos por formadores de opinião.

É óbvio que existem outras alternativas para se combater a corrupção, e atuar na melhora das condições do nosso povo, mas para tudo é necessário se começar e é isso que não estamos fazendo.

Ano a ano comparecemos aqui, neste plenário, e ouvimos belos discursos, muitos deles falando da glória conseguida pelos nossos predecessores que mudaram a história do Brasil e do mundo.

Posteriormente, vamos embora e no dia seguinte voltamos a nossa rotina esquecendo o que ouvimos. E só.

Em nosso dia a dia, nas Lojas estudamos a rica e elevada Doutrina Maçônica, a ritualística e tantos outros assuntos, mas pelo que vemos, ficamos apenas no estudo, e esquecemos que todo o conhecimento que nos é dado, em nossos templos deveria servir para transformar o mundo em algo melhor para a humanidade.

Pior! Apesar de tudo que estudamos, esquecemos que também estamos inseridos nesse mundo e que tudo que os vícios e a corrupção destroem nos atinge diretamente. Se este mundo ruir, ele cairá sobre nossas cabeças e nem o abrigo de nossos templos poderá nos proteger.

Assim, mais uma vez devo aplaudir aqueles que apresentaram a "Carta da maçonaria paulista contra a corrupção” a qual também subscrevo, mas alerto novamente, que somente o discurso não basta.

Por esta razão, como temos aqui presentes os dignatários das maiores e maiores potências maçônicas do Estado de São Paulo, peço a eles que façam valer a sua liderança organizando a maçonaria paulista na efetiva luta contra este mal que corrói o substrato moral de nossa sociedade e rouba os recursos necessários ao desenvolvimento do nosso querido Brasil.

Para finalizar quero lembrá-los que há 185 anos atrás, no dia vinte de agosto de 1822, Joaquim Gonçalves Ledo, dentro de um templo maçônico proclamou a independência política do Brasil, Hoje, em presença de tantos Irmãos e lideranças maçônicas eu digo:

É hora de sermos verdadeiros maçom e proclamarmos mais uma vez, a independência do Brasil. Não a política, mas a moral, erradicando a corrupção e tantos outros vícios que afligem a humanidade, para tornarmos o mundo mais Justo e perfeito.

Não basta sonhar, há que se edificar! Não basta estudar, há que se praticar! Não basta ser bom, há que ser Maçom! Muito obrigado a todos!

Antes de encerrar a sessão vamos ouvir o Hino Maçônico Brasileiro.

 

* * *

 

- É entoado o Hino Maçônico Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Esgotado o objeto da presente sessão, antes de encerrá-la, esta Presidência agradece às autoridades, aos funcionários desta Casa e àqueles que com suas presenças colaboraram para o êxito desta solenidade.

Está encerrada a presente sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 47 minutos.

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