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04 DE MARÇO DE 2011

023ª SESSÃO ORDINÁRIA DO PERÍODO ADICIONAL

 

Presidentes: IDUIGUES FERREIRA MARTINS, VANESSA DAMO e TEREZINHA DA PAULINA

 

Secretária: VANESSA DAMO

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - IDUIGUES FERREIRA MARTINS

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - FERNANDO CAPEZ

Pleiteia que os três Poderes cumpram seus papéis constitucionais. Ressalta a necessidade de serem deliberados por esta Casa projetos parlamentares. Destaca a aprovação na Comissão de Constituição e Justiça de projeto, de sua iniciativa, que trata da instalação de postos de atendimento do Procon. Enaltece as necessidades dos clientes.

 

003 - VANESSA DAMO

Faz prestação de contas de seu mandato. Recorda a aprovação de projetos como o da entrega de produtos com hora marcada, a criação da aglomeração urbana de Jundiaí, a instalação de Ambulatório Médico de Especialidades em Mauá, bem como a passagem do Rodoanel pela cidade. Agradece ao Executivo paulista pelo atendimento às vítimas das enchentes na cidade. Lembra a sua participação na CPI da Pedofilia e na que tratou da queima da palha da cana, da qual foi relatora.

 

004 - CARLOS GIANNAZI

Repudia o desmonte dos cursos para jovens e adultos em âmbitos municipal e estadual, que afeta 25 mil pessoas. Informa que a informatização de convênio com a Prodam e a Prodesp "desconhece" a realidade social. Pede autonomia para as escolas quanto ao assunto. Cita tratativas junto ao Ministério Público e as Secretarias de Educação do Estado e do Município de São Paulo. Argumenta que há escolas ociosas, que poderiam atender esse segmento.

 

005 - VANESSA DAMO

Assume a Presidência.

 

006 - TEREZINHA DA PAULINA

Faz agradecimento aos Deputados desta Casa. Recorda que é representante da região de Itapeva. Cita conquistas, como a instalação de campus da Unesp, a instalação de unidade do Corpo de Bombeiros, equipamentos para as polícias Civil e Militar e a transformação de Paranapanema em estância turística. Saúda a memória do Governador Mário Covas, que destinou recursos para a região.

 

007 - OLÍMPIO GOMES

Saúda o discurso da Deputada Terezinha da Paulina. Cita PLC 75/06, de autoria do Executivo, que altera a promoção de sargentos e policiais da Polícia Militar. Faz observação acerca da matéria, que se encontra defasada, de acordo com o Deputado. Apela às autoridades nesta direção.

 

008 - IDUIGUES FERREIRA MARTINS

Faz menção ao Dia Internacional da Mulher. Realiza histórico sobre o surgimento da data. Considera ínfimo o número de dez mulheres parlamentares nesta Casa. Relembra sua militância política como sindicalista. Relata problemas estruturais em rodovias na região de Mogi das Cruzes. Ressalta necessidade de duplicação no trecho da rodovia Mogi-Dutra.

 

009 - DINIZ LOPES

Reivindica ao Governo novas unidades escolares na cidade de Mauá. Pede por unidade dos bombeiros na cidade de Ferraz de Vasconcelos, que busca tornar-se comarca. Requer aparelho de tomografia computadorizada na cidade de Conchal. Menciona reunião entre municípios que serão afetados pela construção de trem-bala. Solicita que o trem possua estação em Potim. Elogia o trabalho do Deputado Olímpio Gomes.

 

010 - CARLOS GIANNAZI

Considera precário o avanço nesta legislatura das prerrogativas parlamentares. Menciona projeto de lei que destinou 25% dos leitos hospitalares aos convênios. Cita projeto, já aprovado, que extingue a carteira previdenciária dos advogados e cartorários. Lamenta a aprovação de lei que criou a quarentena para professores da rede pública estadual. Considera o Poder Legislativo dependente do Executivo no Estado de São Paulo.

 

011 - FERNANDO CAPEZ

Pede a discussão e votação do projeto que trata de maus tratos dos animais. Explana o projeto.

 

GRANDE EXPEDIENTE

012 - IDUIGUES FERREIRA MARTINS

Ressalta o trabalho realizado por Carlinhos Almeida, Parlamentar a quem substitui durante o período adicional. Cita deficiências da Rodovia que liga Mogi das Cruzes a Bertioga. Lamenta a falta de vagas nos hospitais públicos da sua região. Faz menção aos problemas ocasionados pelas enchentes no Alto Tietê. Pede por investimentos em Segurança Pública. Faz agradecimentos gerais.

 

013 - TEREZINHA DA PAULINA

Assume a Presidência.

 

014 - VANESSA DAMO

Comenta reunião realizada com Secretário de Segurança Pública do Estado, na qual requisitou a instalação de um posto fixo do Poupatempo em Mauá. Informa que, em breve, a cidade deve receber a visita do Poupatempo móvel. Afirma haver solicitado postos do "Acessa São Paulo" para as cidades que mencionou. Reflete acerca da presença feminina nesta Casa. Ressalta a necessidade de uma maior participação das mulheres na política nacional.

 

015 - DINIZ LOPES

Recorda que, quando Prefeito da cidade de Mauá, aumentou o número de atendimentos na Santa Casa de Mauá. Pede pela duplicação das marginais Barão de Mauá e Castelo Branco. Destaca a importância da medida para a região. Demonstra solidariedade ao bairro Jardim Zaíra, na cidade de Mauá, segundo o Deputado, um dos mais afetados pelas chuvas. Refuta acusações do jornal "Diário do Grande ABC", destinadas a ações do Parlamentar. Parabeniza as mulheres por seu dia.

 

016 - VANESSA DAMO

Assume a Presidência.

 

017 - TEREZINHA DA PAULINA

Faz menção ao Dia Internacional da Mulher. Reflete acerca da data. Pede pela apreciação do PL 37/07, destinado a criar programa de desenvolvimento para a região do Sudoeste Paulista. Solicita audiência com o Governador Geraldo Alckmin. Menciona dados a respeito do IDH da região mencionada.

 

018 - TEREZINHA DA PAULINA

Assume a Presidência.

 

019 - VANESSA DAMO

Requer o levantamento da sessão, com assentimento das lideranças.

 

020 - Presidente TEREZINHA DA PAULINA

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 14/03, à hora regimental, sem ordem do dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Iduigues Ferreira Martins.

 

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O SR. PRESIDENTE - IDUIGUES FERREIRA MARTINS - PT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido a Sra. Deputada Vanessa Damo para, como 1ª Secretária “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

A SRA. 1ª SECRETÁRIA - VANESSA DAMO - PMDB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - IDUIGUES FERREIRA MARTINS - PT - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Valdemar Corauci Sobrinho. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Leite Filho. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Camilo Gava. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Augusto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Uebe Rezeck. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez.

 

O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, esta é provavelmente a última sessão desta legislatura, e pretendo encerrar da forma como tenciono iniciar a minha manifestação na próxima legislatura: pedindo que o Poder Legislativo legisle, pedindo que a Assembleia Legislativa legisle, que a Assembleia Legislativa de São Paulo discuta e vote projetos apresentados por deputados, projetos como, por exemplo, esses que eu gostaria de expor, de nossa autoria, que foram aprovados ontem pela Comissão de Constituição e Justiça, por unanimidade.

Vejam, por exemplo, o Projeto 799/10. Vamos acompanhando: “É obrigatória a disponibilização de espaço físico para a instalação de postos de atendimento do Procon em portos, aeroportos, shopping centers, centros comerciais com mais de 65 lojas e hipermercados com mais de dez mil metros quadrados.”

O intuito desse projeto é obrigar o shopping center, o hipermercado ou o centro comercial a destinar um espaço para que o Procon coloque ali um servidor. Esse posto só vai atender reclamações feitas por clientes daquele estabelecimento. Se uma pessoa adquire um produto num shopping, é desrespeitado como consumidor, naquele mesmo shopping procura um posto do Procon, que não terá tanta aglomeração, pois só vai atender a reclamações daquele estabelecimento, e registra sua queixa. Com isso, o estabelecimento sabe que se violar o direito do consumidor sofrerá uma reclamação na mesma hora, dentro do próprio centro comercial. E mais do que isso: na porta desse posto de atendimento vai ficar o rol das lojas que desrespeitam o consumidor.

Aconteceu com um cidadão: foi a uma loja de um shopping center numa região nobre da Cidade de São Paulo, comprou um eletrodoméstico, voltou para reclamar do defeito e ouviu: vá procurar seus direitos. Ele acabou desanimando. Se houvesse ali um posto do Procon, já reclamava naquele mesmo local. Mas infelizmente, o projeto ainda não foi votado. Vejam as áreas onde haveria esse posto de atendimento: portos, aeroportos, shopping centers, centros comerciais com mais de 65 lojas e hipermercados com mais de dez mil metros quadrados.

O Art. 2º do projeto diz: “Os postos de atendimento ao consumidor atenderão apenas os conflitos e questionamentos oriundos das relações de consumo ocorridas naquele local onde estiverem instalados, condição que deve ser comprovada pelo consumidor.”

Então, telespectador da TV Assembleia, você, com toda a comodidade, faz sua reclamação. Na mesma hora o responsável pela loja tem de ir até o Procon para dar suas explicações. É importante, pois o espaço físico passa a ser cedido obrigatoriamente e temos a possibilidade de defender de maneira mais eficaz o consumidor. Essas pequenas e sucessivas violações ao seu direito como consumidor muitas vezes acabam impunes, estimulando novas afrontas, novas violações por falta da disponibilização de um local mais próximo para que seja feita a reclamação. Se esse Projeto de lei nº 799, de 2010, que foi aprovado ontem na Comissão de Constituição e Justiça, pudesse ser votado pela Assembleia Legislativa, já seria uma lei, já estaria em vigor protegendo todos os consumidores. Por isso, peço aos nossos pares que façamos valer os projetos dos deputados para que a tripartição dos poderes preconizada por Montesquieu no final do século XVIII não seja apenas um mito e que os poderes sejam harmônicos, porém independentes. Assembleia Legislativa, vamos legislar.

 

O SR. PRESIDENTE - IDUIGUES FERREIRA MARTINS - PT - Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo.

 

A SRA. VANESSA DAMO - PMDB - SEM REVISÃO DA ORADORA - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, pessoas que nos assistem nesta Casa, a você que nos acompanha de casa, quero aproveitar esses cinco minutos do Pequeno Expediente já nessa última sessão da legislatura do nosso mandato para fazer um pequeno balanço. Não seriam todas as ações do meu mandato, mas questões importantes que gostaria de citar como uma prestação de contas, algo tão importante e fundamental que toda a pessoa pública deve fazer: prestar conta dos projetos que apresentou, quais ações foram tomadas, quais conquistas foram efetivadas para a população do Estado de São Paulo. E aí posso dizer que dentre as muitas atribuições do deputado estadual, uma delas, acho a principal, é a de legislar.

Fico muito feliz de neste meu mandato ter contribuído com a defesa do consumidor através de uma lei que foi sancionado, regulamentado e funcionando em todo o Estado de São Paulo, que é a Lei da Entrega com Hora Marcada. Hoje, se chegar numa loja, ou num prestador de serviços, uma empresa que instala televisão, telefone, seja o que for, tem o direito, por lei, de ter hora marcada. A empresa é obrigada a marcar com você o dia da entrega do produto que comprou, e também o turno de horas: manhã, tarde ou noite.

Chega daquela novela de horas e horas a fio esperando um produto chegar a sua casa, das oito às 18 horas. Não tem mais isso. Agora os turnos são muito bem definidos, o nosso tempo é valorizado e caso a empresa desrespeite você, consumidor, não cogite, vá ao Procon mais próximo, ou reclame através do número 151. É uma lei importante que vale para o Estado todo, conhecida popularmente como Lei da Entrega com Hora Marcada, de minha autoria.

Além disso, pude legislar e atuar, através da criação da aglomeração urbana da região de Jundiaí, fazendo com que haja um conselho de prefeitos que se reunirá para tratar de problemas comuns e, de forma coletiva, encontrar a solução para os problemas. São sete os municípios que participam da aglomeração urbana: Jundiaí, de Louveira, de Cabreúva, Itupeva, Jarinu, Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista. Será um projeto pioneiro encaminhado por esta Casa pelo Governador Geraldo Alckmin. É um projeto meu de quatro anos, de muito luta e de audiências públicas, e que finalmente foi aprovado.

Quero agradecer a todos que contribuíram neste processo: vereadores, comunidades, prefeitos, Emplasa e o próprio Governo do Estado, através também do nosso Secretário Edson Aparecido. O projeto ajudará muito a região e vai melhorar o sistema de transporte, de saúde e de educação. Sinto-me muito feliz de ter contribuído com essa primeira criação de aglomeração urbana do Estado de São Paulo, um projeto pioneiro.

Temos também um importante papel de reivindicar as melhorias para todas as cidades do Estado de São Paulo, mas fazemos especialmente para a base. E quero aí complementar aqui a minha alegria de ter solicitado um ambulatório médico de especialidades para Mauá, ajudando as pessoas a fazerem exames mais rapidamente e tirando muitas pessoas da fila de espera. Quero agradecer também, e foi uma solicitação minha, de que a entrada do Trecho Sul do Rodoanel se desse na cidade de Mauá. Sabemos que esse escoamento de cargas da produção nos dois polos industriais foi facilitado com o Trecho Sul, e tornou Mauá e o Grande ABC, região que é a menina dos olhos para o desenvolvimento do Estado de São Paulo, com grande chance de expansão industrial e geração de emprego. Considero isso fundamental.

Quero também cumprimentar e agradecer ao Governo do Estado pela ajuda que deu às famílias que foram atingidas pelas fortes de janeiro e fevereiro. Nós solicitamos cestas básicas e atendimento do projeto habitacional, que está sendo estudado também para que as famílias sejam realocadas e tiradas da área de risco, e que possam ter um lar seguro para poder abrigar a sua família e os seus filhos. Isso é importante demais.

Gostaria de solicitar mais uma vez, tenho pedido todos os dias, para que a Prefeitura de Mauá possa entregar através da Defesa Civil Municipal, um cadastro feito para que a CDHU possa efetivamente dar às famílias que foram desabrigadas ou que foram atingidas, que são mais de 500 famílias, tanto a Bolsa Aluguel estadual, que são 300 reais, e também mil reais do Programa Novo Começo. Fiz essa solicitação, que foi atendida, intermediei junto ao Governo do Estado, porém, a Prefeitura de Mauá ainda não entregou. Então, fica essa minha solicitação para que as famílias não esperem mais porque já estão aguardando há 30 dias.

E para finalizar, Sr. Presidente, também temos a função de fiscalizar. Participei de duas CPIs nesta Casa: a CPI contra a Pedofilia e quero divulgar o Disque 100 para denúncias, para que possamos proteger as nossas crianças. E gostaria também de colocar a minha luta contra a queima da palha da cana no Estado de São Paulo, CPI na qual fui relatora e da qual derivou um projeto de lei que tramita nesta Casa para colocar fim até 2012 essa prática tão danosa, que tanto mal faz à saúde da população no interior do Estado.

Quero agradecer de coração a todos que confiaram no meu trabalho e que me deram mais de 93 mil votos para que eu continuasse com estes e com muitos outros trabalhos para Mauá, para a região do Grande ABC e para todo o Estado de São Paulo. Muito obrigada de coração.

 

O SR. PRESIDENTE - IDUIGUES FERREIRA MARTINS - PT - Tem a palavra a nobre Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ed Thomas. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Massafera. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

* * *

 

- Assume a Presidência a Sra. Vanessa Damo.

 

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O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL – SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, público presente nas galerias do plenário, funcionários, gostaria de mais uma vez desta tribuna da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, reafirmar a denúncia que nós já fizemos em exaustão, inúmeras vezes, tanto nesta Casa de Leis como ao Ministério Público, como às Secretarias de Educação. Estou me referindo ao desmonte, ao desmantelamento dos cursos de educação de jovens e adultos, não só na cidade de São Paulo, mas em todo o Estado.

As duas Secretarias de Educação, a municipal de São Paulo e a estadual, estão desmontando, esvaziando um curso importante, o EJA, de Educação para Jovens e Adultos, impedindo, inviabilizando as matrículas nas duas redes de ensino. E esse mecanismo é feito de uma forma extremamente sofisticada e perversa, através de um convênio feito entre a Prodan e a Prodesp, que são as duas instituições de informática, que vem colocando em curso, primeiro, o fim da autonomia das escolas. As escolas em São Paulo das duas redes não podem mais fazer matrículas. As matrículas são feitas por um sistema informatizado que foi organizado por burocratas da educação, que não conhecem a realidade das nossas escolas, das nossas comunidades. Isso vem impedindo praticamente que as escolas matriculem os seus alunos.

E nós recebemos milhares e milhares de denúncias e continuamos recebendo, não só da cidade de São Paulo, mas em todo o Estado. Já acionamos o Ministério Público Estadual, já acionamos a Comissão de Educação. Tivemos recentemente uma reunião com Secretário Municipal de Educação e nada foi feito até agora. Já fizemos contato com a Secretaria Estadual também e até agora esse programa não foi alterado e os nossos alunos, que têm direito por lei, pela Constituição Federal, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei Federal nº 9394/96, têm direito a ingressar no ensino fundamental e no ensino médio. Diz a lei que o ensino fundamental é obrigatório e gratuito também para aqueles que não tiveram acesso em idade própria. No entanto, há um desmantelamento dos dois governos, tanto o Prefeito Gilberto Kassab como o Governador Geraldo Alckmin estão cometendo um grande crime constitucional contra o direito público subjetivo de acessar uma escola pública, ensino fundamental e ensino médio. O fato é esse.

Já fizemos inúmeras denúncias, reuniões com as secretarias e nada é feita. Há um descaso generalizado. Por isso que a última pesquisa, que saiu do Inep, órgão do MEC, mostrou à sociedade que há uma diminuição no número de matrículas nesse nível de ensino, principalmente no Estado de São Paulo. O Estado de São Paulo deixou de matricular 25 mil alunos porque há um esvaziamento, uma pulverização dessas matrículas. Isso é crime. O Ministério Público tem que reagir.

Já entramos com uma representação. Realizamos aqui na Assembleia Legislativa uma grande audiência pública com mais de 700 alunos prejudicados e até agora nada foi feito. Nem a Secretaria Municipal tomou providências e nem a Secretaria Estadual. Enquanto isso, os nossos alunos continuam fora da sala de aula.

Já estamos no mês de março e os alunos estão sem estudar e as escolas vazias à noite. Temos milhares de escolas ociosas no período noturno e os alunos querendo estudar em Educação de Jovens e Adultos. Exigimos do Ministério Público uma intervenção na Prefeitura de São Paulo e também no Governo do Estado em relação a esse caso, porque é inconcebível que essas pessoas que foram impedidas, que não tiveram acesso na idade própria ao ensino fundamental e ao ensino médio, não tenham a oportunidade de estudar nesse momento.

A Prefeitura, por exemplo, de São Paulo não realiza a chamada pública, não divulga o período de cadastramento e de matrículas em Educação de Jovens e Adultos e isso é uma obrigação da Prefeitura e do Estado também, como consta na lei. Isso consta na LDB, na Constituição Federal e na Constituição Estadual. Além disso, não ocorre a chamada pública porque a divulgação das matrículas é feita pelos professores, pelas comunidades que organizam vaquinhas para recolher dinheiro para mandar confeccionar faixas e panfletos e distribuir nas igrejas, na feira, no bairro em geral, para que os alunos saibam do período de matrícula, porque a Prefeitura é omissa e o Estado também.

É inconcebível que, na maior cidade da América Latina e no Estado mais rico da nossa Federação, tenhamos milhares de alunos não conseguindo fazer uma matrícula na Escola Municipal e na Escola Estadual, por conta de, talvez, uma burocracia relacionada ao processo de informatização. Mas, na verdade, duvido que seja isso, porque quando há vontade política as coisas são resolvidas e a informática tem que estar a serviço da cidadania e da educação e não o contrário. Essa desculpa esfarrapada e sem fundamento é utilizada justamente para atrasar e desmotivar as matrículas desses alunos que já estão desistindo porque estão peregrinando pelas escolas.

Muitas escolas já estão colocando placas dizendo que não há vagas. Mas tem muitas vagas. Acontece que as matrículas são impedidas de serem realizadas pelas escolas que perderam praticamente a autonomia.

Vivemos esse paradoxo: de um lado salas vazias à noite e alunos querendo estudar. Essa a triste realidade tanto da Prefeitura de São Paulo, como do Estado de São Paulo. Isso é crime de responsabilidade. Isso é negligência. Temos que tomar providências imediatas.

Faço aqui um apelo para que a Comissão da Educação tome providências, que o Ministério Público faça uma intervenção porque parece que o Prefeito Gilberto Kassab agora só pensa no novo partido, nos seu futuro político para 2014 e esquece a cidade. A cidade está abandonada, a educação abandonada e os alunos não podendo estudar em Educação de Jovens e Adultos.

Fica aqui a nossa denúncia, a nossa exigência para que a sociedade saiba o que vem acontecendo. Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - VANESSA DAMO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marquinho Tortorello. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luis Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Waldir Agnello. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Aguimarães de Caldas. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Terezinha da Paulina.

 

A SRA. TEREZINHA DA PAULINA - DEM - SEM REVISÃO DA ORADORA - Sra. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários da Casa e você que nos assiste em casa, recebam os meus cumprimentos.

Hoje é uma sessão especial porque terminamos um trabalho. Embora tenhamos assumido por um curto período de tempo como suplente, o chamado mandato tampão, queremos nestes cinco minutos agradecer, agradecer a Presidência - na verdade, desde 1994, quando assumimos pela primeira vez, sempre tivemos todo apoio da Presidência, dos colegas deputados, da Liderança - e agradecer pelas conquistas que conseguimos para o Sudoeste paulista e para o Alto Vale do Ribeira.

Como todos sabem, sou da região de Itapeva, uma cidade que tem poucos habitantes, uma região muito carente e que necessita das ações muito fortes do Governo Estadual e do Governo Federal.

Conseguimos graças a Deus, além de todo um trabalho, várias ações do Governo Estadual na região. Conseguimos levar uma unidade da Unesp para a cidade - e esperamos aumentar o número de cursos - conseguimos a instalação de uma unidade do Corpo de Bombeiros porque não havia nenhuma, conseguimos equipar a Polícia Militar, a Polícia Civil e as prefeituras com veículos e atendimento mais eficiente, conseguimos também transformar a Cidade de Paranapanema em estância turística através de uma lei de nossa autoria, conseguimos aprovar projetos de lei homenageando muitas figuras que contribuíram para o desenvolvimento da região com os nomes nos próprios públicos, enfim.

Quero agradecer os funcionários desta Casa e como são muitos citarei alguns para que representar todos eles: o Carneirinho, que desde 94 acompanha o nosso trabalho; a Sonia, do Café dos Deputados, e a Emilia, da Liderança do DEM. Em nome dos três agradeço a contribuição de todos porque sem eles com certeza não teríamos executado o nosso trabalho.

Desejo que o novo representante da região possa continuar obtendo a atenção do Governo para a nossa região.

Aqueles políticos que não têm o espírito estadista com certeza não irão olhar para a região porque o custo/benefício dos votos não justifica um olhar mais profundo. Quando um político investe numa região que tem poucos eleitores é porque ele tem dentro dele o espírito estadista e queremos aqui destacar uma pessoa que já não está entre nós: o Governador Mário Covas, que conseguiu dar para o Sudoeste paulista, para o Vale do Ribeira e para o Alto Vale do Ribeira a infraestrutura necessária para que pudessem pelo menos dar início ao desenvolvimento da região e é necessário que esse olhar continue.

Portanto teremos nesta Casa, para nossa alegria, um outro representante, que com certeza também buscará benefícios para a nossa região, onde fui eleita de forma distrital embora a reforma política não tenha acontecido. Embora o estado eleja seus deputados nossa eleição não acontece principalmente dentro de nossa região. Portanto, Dr. Ulisses, que vai representar nossa região, desejo-lhe muito sucesso, que acelere o desenvolvimento de nossa região. O sudoeste paulista abriga 26 municípios que fazem parte dos 50 municípios mais pobres do estado. Isso é medido tecnicamente pelo IDH. Há que se ter atenção do governo estadual para que realmente possa haver desenvolvimento na região.

No Grande Expediente vamos falar sobre projeto de lei de nossa autoria que está na Ordem do Dia para votação e que faz com que o governo acelere o desenvolvimento criando programa de ações.

Agradeço, mais uma vez, a todos os funcionários desta Casa, aos meus colegas deputados, à presidência e à liderança por terem compartilhado comigo desde 1994 até 2003 e depois em duas suplências o desenvolver do sudoeste paulista. Muito obrigada.

 

A SRA. PRESIDENTE - VANESSA DAMO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Widerson Anzelotti. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Augusto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Uebe Rezeck. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, primeiramente gostaria de cumprimentar a nobre Deputada Teresinha da Paulina pelas suas palavras, pelo seu histórico de vida e luta e dizer que o sentimento do dever cumprido e de representatividade é um valor impagável. E V.Exa., na sua história de vida nesta Assembleia, sempre buscou representar o interesse público.

Falou, V.Exa., do pensamento de estadista, e V.Exa. comunga desse pensamento. Tenho certeza de que sua passagem por esta Casa ficará marcada como alguém que pensa na comunidade, no Estado, como pensava o governador Mário Covas.

Mas volto a esta tribuna porque ontem solicitei ao Governador Geraldo Alckmin bem como a todos os partidos desta Casa que, num esforço conjunto, logo no início da nova legislatura, desengavetássemos o Projeto de lei Complementar nº 75, de 2006, projeto esse de autoria do governador, do Executivo, portanto não é um projeto meu, nem de nenhum deputado ou de alguma bancada. Esse projeto está literalmente dormitando aqui na Assembleia porque foi encaminhado no final de 2006, ainda no governo Alckmin, e, com o início do governo Serra já era contrário de pronto. Mas esse período Nero já passou, graças a Deus.

O Deputado Fernando Capez, que é ligado à segurança pública e é do partido do governador, pode nos auxiliar muito nessa luta para que se tire do seu estado dormitante o PLC 75, encaminhado pelo governo Geraldo Alckmin, visando alterar a lei de promoção de sargentos e oficiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Não é um projeto meu, não é um projeto de deputado; é um projeto do governador. E com o início do governo Serra, lamentavelmente, esse projeto foi colocado de escanteio. Os que foram comandantes durante o período Serra, por conveniência ou porque temiam o governador e os secretários, não tomaram a iniciativa de que esse projeto fosse discutido, entrasse em pauta e fosse alterado.

Atualmente temos um problema seriíssimo na Polícia Militar porque as carreiras estão completamente truncadas: desde cabos para sargentos, sargentos para subtenentes e oficiais. A lei de promoção de sargentos é de 1965; a dos oficiais é de 1943; a de cabos e soldados foi alterada em 2001 por um projeto de autoria do Cabo Wilson, presidente da Associação de Cabos e Soldados, e à época era deputado nesta Casa. Para V.Exas terem uma ideia, na lei de promoção de sargentos, a pontuação para promoção por merecimento é feita por estado civil. O casado tem mais pontos do que o viúvo, que tem mais pontos do que o solteiro.

Precisamos usar o Legislativo para fazer as devidas alterações. Em 2006 foi encaminhado pelo governador o PLC 75, que está dormitando nesta Casa. Era Governador Geraldo Alckmin, embora ele estivesse afastado para disputar a presidência e Cláudio Lembo ocupasse o cargo naquela época.

A partir de 1º de janeiro, não temos mais nenhum tenente-coronel que não esteja com o tempo mínimo vencido para passar para a inatividade; e pelo menos 1/3 dos majores.

Esse projeto vai dar fluxo na carreira, vai oxigenar a oficialidade da Polícia Militar, vai oxigenar os quadros de sargentos e subtenentes.

Então, fica aqui minha manifestação. Peço novamente que esse pronunciamento seja encaminhado ao gabinete do Governador, à Casa Civil, ao secretário da Segurança Pública e ao comandante da Polícia Militar do Estado de São Paulo, para que todos juntos possamos, nesse início de legislatura, aprovar um projeto de governo que é do interesse público, porque vai literalmente oxigenar a Polícia Militar do Estado de São Paulo.

 

A SRA. PRESIDENTE - VANESSA DAMO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Luis Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Neder. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Cássio Navarro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rogério Nogueira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Barbosa. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vinicius Camarinha. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Iduigues Ferreira Martins, pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. IDUIGUES FERREIRA MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidenta, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, servidores da Casa, público presente, telespectadores da TV Assembleia, antes de falar sobre uma reivindicação da população do Estado de São Paulo, em especial da região do Alto Tietê, quero aproveitar esta oportunidade, já que nos aproximamos do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, para lembrar um fato que nunca poderemos esquecer: por que surgiu o 8 de março, e por que é o Dia Internacional da Mulher.

Há mais de um século, quando trabalhadoras da indústria têxtil dos Estados Unidos decidiram reivindicar melhores condições de trabalho e de salário, o dono da fábrica as trancou na fábrica e ateou fogo, queimando e matando dezenas de mulheres. O mundo mudou de lá para cá, evoluiu bastante, mas conversava agora com a Deputada Vanessa Damo e ela colocava que nesta Casa há apenas 10 deputadas, portanto 84 deputados.

Felizmente, hoje, temos uma mulher na Presidência da República, Dilma Rousseff, e eu, oriundo do movimento sindical, aproveito para desejar um feliz Dia das Mulheres para as trabalhadoras do Brasil e do Estado de São Paulo, em especial de um setor do qual participo muito. Hoje sou dirigente do Partido dos Trabalhadores, mas tenho minha origem no movimento sindical no setor de Papel e Celulose, portanto dirijo-me também às aposentadas desse setor, pelas quais tenho o maior carinho.

Mas quero aproveitar a oportunidade para falar sobre as condições das rodovias estaduais. Na região de Mogi das Cruzes, Alto Tietê, temos alguns problemas que têm ceifado a vida de dezenas de pessoas, por termos estradas em péssimas condições, sem acostamento, sem condições para se trafegar com segurança, trazendo risco aos pedestres, aos motoristas, provocando graves acidentes.

Em nossa região, a SP-88, que liga Mogi das Cruzes à Via Dutra, teve um trecho duplicado, que por sinal contribuiu para poupar a vida de dezenas de pessoas que trafegam por aquela estrada em direção a Mogi, a Bertioga, por toda a região. Só que essa estrada tem um trecho, de Mogi à Cidade de Arujá, e ela foi duplicada apenas no trecho Mogi à Rodovia Ayrton Senna. No trecho Ayrton Senna à Cidade de Arujá, a SP 88, mais conhecida como Mogi/Dutra, lamentavelmente se encontra em péssimas condições. Por ali trafegam diariamente milhares de pessoas, ou que se dirigem à Via Dutra ou à Rodovia Ayrton Senna ou às cidades circunvizinhas. É comum observarmos, lamentavelmente, acidentes fatais, como já disse, tirando a vida de centenas de moradores daquela região.Então fica aqui o nosso alerta para que o Governo do Estado promova a duplicação da SP-88.

 

A SRA. PRESIDENTE - VANESSA DAMO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Diniz Lopes.

 

O SR. DINIZ LOPES - PR - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários da Casa, telespectadores da TV Assembleia, assomo à tribuna para fazer uma reivindicação ao Governo do Estado, solicitando a construção de novas unidades escolares no Município de Mauá. O município tem cerca de 420.000 habitantes e algumas regiões da nossa cidade ainda carecem de unidades escolares. Portanto, peço ao Senhor Governador que estude com carinho a construção de novas unidades para atender à demanda da Cidade de Mauá.

Faço também uma indicação, solicitando também ao Governo do Estado do Estado a instalação de uma corporação do Corpo de Bombeiros na Cidade de Ferraz de Vasconcelos, por intermédio da Secretaria da Segurança Pública e da Polícia Militar do Estado de São Paulo. A Cidade de Ferraz tem uma população de cerca de 170.000 habitantes e ainda luta para se tornar uma comarca. Hoje Ferraz ainda é distrito da Cidade de Poá. É muito maior que Poá, mais estruturada que Poá, mas infelizmente ainda é um distrito. Estamos lutando para transformar Ferraz de Vasconcelos em uma comarca, o que vai ajudar mais ainda o desenvolvimento da cidade.

Solicitamos também ao Governo do Estado que conceda ao Hospital e Maternidade Vannini, da Cidade de Conchal, um aparelho de tomografia computadorizada, para atender à demanda daquela cidade e das cidades vizinhas. O Hospital e Maternidade Vannini tem convênio com a municipalidade da Cidade de Conchal.

Vi uma matéria ontem, sobre a reunião que houve entre representantes do Estado do Rio de Janeiro, de São Paulo e 17 municípios por onde o trem de alta velocidade, o trem-bala, estará passando. Quero pedir ao Governo do Estado, que estude com carinho, porque acho que já está sendo encaminhado, que a estação do trem seja na Cidade de Potim.

Potim é vizinha à Cidade de Aparecida do Norte. É uma cidade que precisa dessa estação, que vai ajudar a desenvolver toda a região. O prefeito de Potim, meu amigo Benito, vem governando a cidade com muita competência e muito apreço; embora a cidade seja humilde, com poucos recursos, é muito bem administrada pelo Prefeito Benito.

Estou aqui reforçando o pedido do prefeito Benito, que já vem lutando constantemente com o Governo Federal e o Governo estadual, para que a Cidade de Potim seja contemplada com a estação de trem, do trem-bala, que vai cortar o Estado de São Paulo rumo ao Rio de Janeiro.

Tenho visto aqui o Major Olímpio, um árduo batalhador, um exímio representante da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Quero dizer, Deputado Olímpio, que na cidade de Mauá existem muitos admiradores do seu trabalho, muitos, muitos policiais. Tenho a honra de voltar a minha cidade, encontrar policiais militares e dizer a eles que V. Exa. tem defendido a classe com muito empenho, com muita garra, e que eles são muito bem representados aqui na Assembleia Legislativa, haja vista que V. Exa. teve votos em praticamente todo o Estado de São Paulo. Isso, para a Polícia Militar, para os representantes da Segurança, é um orgulho. E é um orgulho fazer parte da Assembleia Legislativa com Vossa Excelência. Posteriormente, gostaria de discutir com V. Exa. alguns aspectos da Polícia Militar. Tenho um apreço muito grande por esses profissionais que garantem a nossa segurança com todas as dificuldades que têm para fazer esse brilhante trabalho. A Cidade de Mauá tem 420 mil habitantes, mas o Policial Militar recebe menos do que o Policial Militar da Cidade de Santo André, que tem mais de 500 mil habitantes. E a nossa cidade não é menos violenta do que a cidade vizinha. Na Cidade de Ribeirão, que tem menos habitantes, os policiais ganham menos ainda. É uma discussão que gostaria de ter com V. Exa. para ver se conseguimos beneficiar esses profissionais.

 

A SRA. PRESIDENTE - VANESSA DAMO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, estamos praticamente encerrando esta legislatura que teve início em março de 2007. No próximo dia 15 teremos a posse dos novos deputados eleitos e dos reeleitos. É lamentável que não tenhamos avançado em quase nenhuma área, principalmente nas prerrogativas do Poder Legislativo. Temos dito que a Assembleia Legislativa, durante todo esse período, não legislou, não fiscalizou e não representou de fato os interesses e as necessidades da população, dos mais de 41 milhões de habitantes do Estado de São Paulo. Os 71 deputados da base governista deram sustentação a um tipo de comportamento político que levou à desmoralização da Assembleia Legislativa.

A Assembleia consome 680 milhões de reais, praticamente sem votar projetos. E, quando vota, é contra a população do Estado de São Paulo. Não me canso de citar exemplos de projetos aprovados pela base do governo contra a população do Estado de São Paulo. O mais recente de todos é o projeto que privatizou a saúde no Estado de São Paulo, que entregou 25% dos leitos hospitalares do Sistema Único de Saúde para os convênios médicos. Se hoje já é muito difícil para uma pessoa no Estado de São Paulo ter acesso a uma consulta médica, a uma cirurgia, ela fica na fila, espera três, quatro anos, isso vai ficar mais difícil, pois vai disputar a vaga com quem tem convênio médico. Vamos ter duas portas no SUS do Estado de São Paulo, uma para quem tem convênio, que logicamente vai ter um atendimento privilegiado, e uma para quem não tem convênio. Essa lei do ex-Governador Alberto Goldman foi aprovada pela base do governo, pelos 71 deputados do PSDB, do PV, do DEM, do PMDB, do PPS, do PDT, de todos os partidos que compõem a base do governo.

Ficaria durante horas citando exemplos de projetos votados contra a população. Quando tem a Casa cheia, coisa boa não é. É sinal de que há uma verdadeira trama contra a população do Estado de São Paulo. O projeto que foi aprovado é o aquele que extinguiu a Carteira Previdenciária de 40 mil advogados. Foi uma lei aprovada pela base do Governo. Outra lei aprovada na Assembleia Legislativa, também do ex-Governador José Serra, é a que acabou com a Carteira Previdenciária dos Trabalhadores dos Cartórios. Enfim, a lei que criou a quarentena, essa verdadeira aberração no ordenamento jurídico da Secretaria da Educação de gestão pública, e que criou a duzentena, quarentena para professores da rede estadual de ensino. O professor só pode ser contratado por um ano. Depois, ele entra em processo de duzentena e fica 200 dias fora da sala de aula. É uma lei de excrescência que foi aprovada aqui pela base do Governo.

Estamos então encerrando de uma forma extremamente triste essa legislatura de quatro anos. É lamentável que a população tenha investido 680 milhões no Parlamento paulista para que ele tivesse legislado de costas para a população, defendendo os interesses do agronegócio, das empreiteiras, das construtoras, dos bancos. Enfim, das elites econômicas do Estado de São Paulo e, sobretudo, dos interesses do Palácio dos Bandeirantes. É um quadro muito ruim.

O nobre Deputado Fernando Capez tinha citado aqui Montesquieu, grande filósofo francês que desenvolveu a tese de que o estado moderno tem de ter três poderes com autonomia e com independência. Na verdade, essa tese já vem de Aristóteles, de Locke e de outros filósofos. De qualquer forma, o que temos no Brasil, sobretudo na Assembleia Legislativa, é essa democracia do estado moderno e republicano, que é manca, pois nesta Casa não tem autonomia e nem independência. Ela não passa de uma extensão, de um apêndice e de um cartório do Poder Executivo, do Palácio dos Bandeirantes que tem uma única função: homologar as decisões do governador de plantão. Essa tem sido a função da Assembleia Legislativa, que legislou contra a população, principalmente contra todos os servidores públicos do Estado de São Paulo. Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - VANESSA DAMO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez, pelo tempo restante do Pequeno Expediente.

 

O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, venho aqui solicitar atenção dos telespectadores para um projeto aprovado ontem na Comissão de Constituição e Justiça, e que deve, a nosso ver, ser submetido à votação. Se ele não for submetido à votação, perde a população.

Faço um apelo para que seja submetido à votação o projeto que dispõe sobre penalidades a serem aplicadas à prática de maus tratos aos animais. Ela define o que é considerado crueldade contra animais:

“Artigo 2º - Considera-se crueldade toda e qualquer ação ou omissão que implique em abuso, maus-tratos, ferimento ou mutilação de animais silvestres, nativos ou exóticos, domésticos e domesticados, tais como:

I - privar os animais da liberdade de movimentos, impedindo-lhes aqueles próprios da espécie;

II - manter animais em lugares anti-higiênicos, ou que lhes impeçam a respiração, o descanso, ou os privem de ar ou luz;

III - abandonar animal;

IV - ter animal encerrado juntamente com outros que os aterrorizem ou molestem;

V - sujeitar animais, em especial cães, à prestação comercial de serviço de guarda, segurança ou vigilância patrimonial privada.

Artigo 3º - São passíveis de punição as pessoas, inclusive os detentores de função pública, civil ou militar, e toda organização social ou empresa, com ou sem fins lucrativos, de caráter privado ou público, instaladas neste Estado, que intentarem contra o que dispõe esta lei.

Artigo 4º - A prática dos atos de crueldade aos animais a que se refere esta lei será apurada em processo administrativo, que terá início mediante:

I - reclamação do ofendido;

II - ato ou ofício de autoridade competente;

III - comunicado de organizações não-governamentais de defesa dos animais ou do meio ambiente;

IV - representação do Ministério Público ou da Defensoria Pública.

Artigo 5º - A denúncia poderá ser apresentada pessoalmente ou por carta, telegrama, telex, via Internet ou fac-símile ao órgão estadual competente.

§ 1º - A denúncia deverá ser fundamentada por meio da descrição do fato ou ato que caracterize crueldade, seguida da identificação de quem faz a denúncia, garantindo-se, na forma da lei, o sigilo do denunciante.

§ 2º - Recebida a denúncia, competirá ao órgão designado pelo Poder Executivo promover a instauração do processo administrativo devido para apuração e imposição das penalidades cabíveis.

Artigo 6º - Aqueles que praticarem atos de crueldade aos animais previstos nesta lei estarão sujeitos às seguintes penalidades:

I - advertência;

II - multa de 1000 (um mil) Ufesps - Unidades Fiscais do Estado de São Paulo;

III - multa de 3000 (três mil) Ufesps - Unidades Fiscais do Estado de São Paulo, em caso de reincidência;

IV - suspensão da licença estadual para funcionamento por 30 (trinta) dias;

V - cassação da licença estadual para funcionamento;

VI - apreensão do animal.”

É um projeto que pretende ampliar o espectro de proteção contra os animais domésticos ou não, livrando-os da crueldade. Já ficou para trás desde a Idade Média a visão de que o animal era um objeto à disposição do prazer e da satisfação do homem. Hoje, é considerado um ente não racional, mas dotado de um mínimo de direitos relativos à sua subsistência e à sua existência sem sofrimento.

É um projeto importante porque as práticas de crueldade continuam se difundindo, e nós precisamos ter um aparato legislativo.

Agora, se nós não levarmos os projetos à discussão e votação, vamos ficar apenas na boa intenção. A Assembleia Legislativa precisa discuti-los. Assim haverá o encontro das diferentes posições ideológicas, de pensamento, de ideias, e desse conflito surge a síntese de um projeto ideal para a sociedade.

Estamos pedindo que o projeto seja discutido, debatido e votado. Os Deputados necessitam que seus projetos sejam apreciados. O Poder Legislativo, afinal de contas, tem por função legislar. Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - VANESSA DAMO - PMDB - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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A SRA. PRESIDENTE - VANESSA DAMO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Iduigues Ferreira Martins por permuta de tempo do nobre Deputado Roberto Felício, por 10 minutos regimentais.

 

O SR. IDUIGUES FERREIRA MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, público presente nas galerias do plenário, funcionários, é com muita satisfação, com muito prazer, que permaneci durante esses dias nesta Casa substituindo o brilhante Deputado Carlinhos Almeida, hoje Deputado Federal, que desenvolveu um belo trabalho como 1º Secretário, como Deputado e como Vereador na cidade de São José dos Campos.

Sinto-me muito honrado de tê-lo substituído. E sempre faço questão de deixar claro para todas as pessoas que confiaram em mim e me deram a oportunidade de estar aqui com a suplência do Partido dos Trabalhadores, que durante todo o tempo que permanecesse nesta Casa, iria defender os interesses da população do Estado de São Paulo.

Sei das dificuldades que existem para em tão curto espaço de tempo apresentar um projeto que pudesse contribuir para melhorar a qualidade vida da população do nosso Estado.

Mas faço questão de deixar registrado nos Anais desta Casa algumas reivindicações do povo do Estado de São Paulo.

Há pouco falei das estradas que têm tirado a vida de milhares de brasileiros e de milhares de paulistas às vezes de forma precoce. Muitas pessoas, muitos jovens, perdem a vida por falta de condições de tráfego nas estradas paulistas.

Quero citar, por exemplo, a estrada que liga o Município de Mogi das Cruzes à Cidade de Bertioga. Uma estrada que há muitos e muitos anos o Governo do Estado disse que vai duplicar e melhorar as condições de tráfego nessa estrada.

Lamentavelmente não observamos isso. Inclusive, no período de chuvas, é comum a queda de barreiras que interdita a estrada por vários dias, deixando isolados os moradores de Bertioga e os paulistanos que se deslocam ao litoral ficam sem condições de chegar a esse Município de Bertioga.

Por se tratar de uma estrada estadual, quero deixar registrada a necessidade de melhoria nessa estrada para que as pessoas possam ir e voltar do litoral com segurança. Mas, lamentavelmente, todo final de semana, especialmente no verão observamos a perda de muitas vidas nessa estrada.

Aproveito também esta oportunidade para abordar a questão da saúde, em especial da Região do Alto Tietê, onde o hospital regional de Ferraz está com sua capacidade no limite, ou já passou do limite, não conseguindo atender a população do entorno que não tem um hospital público do Estado e ela se desloca à Cidade de Ferraz.

Na Cidade de Suzano, dois hospitais privados se fecharam: o Hospital São Sebastião e o Hospital Campos Salles. Felizmente, com medida corajosa, o Prefeito Marcelo Cândido, do PT, fez intervenção em um desses hospitais privados e hoje a municipalidade administra o Hospital Campos Salles, senão a população ficaria desprovida de serviço de saúde porque, como todos sabem, as santas casas também estão pedindo socorro.

Em Mogi das Cruzes, temos o Hospital Luzia de Pinho Melo que necessita de ampliação, que necessita de um melhor atendimento à sua população. Esse hospital não comporta mais uma população de 400 mil pessoas, recebendo pacientes de Biritiba Mirim, Salesópolis, Guararema, toda essa região do entorno da Cidade de Mogi das Cruzes. Portanto, é necessário que o Governo do Estado de São Paulo promova melhorias e ampliação nesse hospital para dar conta dessa demanda crescente.

Eu não poderia deixar de falar também sobre a enchente que assola gravemente a nossa região. Como todos sabem, como já diz na música: “...são as águas de março fechando o verão”, as águas de março estão chegando e a Cidade de Mogi das Cruzes fica submersa quando vem as chuvas de maiores proporções. Observamos que o Centro da Cidade sempre fica submerso. Essa cidade necessita de investimentos do Governo do Estado em obras para conter as enchentes, na construção de mais piscinões, para desassorear o Rio Tietê que corta a nossa cidade. Lamentavelmente, em vários pontos o rio está estrangulado sem condições da água fluir normalmente e aí invade vários bairros baixos de Mogi das Cruzes, um deles o bairro Mogilar. As obras para desassorear o rio ajudaram, mas ainda observamos problemas com relação às enchentes. Deixo registrado, assim, os graves problemas que afetam o Alto Tietê.

Ontem abordei o problema do transporte coletivo, uma luta nossa para melhorar o transporte ferroviário com circulação de trens em intervalo menor para que as pessoas não sejam transportadas como se estivessem em latas de sardinha. Também pedimos a extensão desse trajeto até o bairro César de Sousa.

Outros pontos discutidos por nós foram os radares, instalados em número abusivo penalizando a população da região; o grave problema que é a Saúde e as estradas estaduais que cortam a nossa região.

Quero ainda aproveitar a oportunidade para falar da Segurança Pública, tema abordado ontem de forma superficial.

Já disse que prédios públicos e escolas estaduais têm tido problemas e carecem de uma maior segurança. Os adolescentes ficam vulneráveis à marginalidade e à oferta de drogas próximo às escolas, o que exige uma maior atuação da Segurança Pública.

Finalizando esta minha manifestação, quero agradecer os servidores desta Casa, que nos trataram de forma carinhosa, em especial aqueles que atuam na Liderança do Partido dos Trabalhadores que nos assessoraram e nos ajudaram muito nestes dias e desejar aos futuros deputados boa sorte e um bom trabalho na próxima Legislatura.

 

* * *

 

- Assume a Presidência a Sra. Terezinha da Paulina.

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - TEREZINHA DA PAULINA - DEM - Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo, por permuta de tempo com o nobre Deputado Orlando Morando.

 

A SRA. VANESSA DAMO - PMDB - SEM REVISÃO DA ORADORA - Sra. Presidente, nobre Deputada Terezinha da Paulina, primeiramente quero cumprimentá-la desejando antecipadamente um feliz Dia das Mulheres. Na verdade, todo dia é dia da mulher, mas 8 de março foi o dia escolhido como uma data de reflexão e estamos nós, mulheres, presidindo a sessão no dia de hoje, o que é importante: mulheres em todos os segmentos do mercado de trabalho, dentro de casa e na política também.

Quero aproveitar o tempo do Grande Expediente para falar um pouco de uma audiência que tive hoje, às 11 horas da manhã, com o Secretário Júlio Semeghini, Secretário de Gestão Pública do Estado e trago boas notícias dessa audiência, dessa reunião na Secretaria do Estado que cuida do Poupatempo e à qual está submetida a Pasta de Gestão Pública, o Posto do Acessa São Paulo e também outros programas importantes para o Estado.

Pude mostrar ao secretário a importância de termos um Poupatempo fixo na cidade de Mauá. Mauá é uma cidade com quase 500 mil habitantes, uma cidade que tem uma demanda muito grande para ter um Poupatempo fixo lá. Sabemos que quando é instalado o Poupatempo móvel, quando fica estacionado o posto do Poupatempo móvel no pátio do Shopping de Mauá chega-se ao atendimento diário de umas 40 mil pessoas. A demanda é muito grande não só na cidade de Mauá, mas sabemos que esse posto móvel atende toda a região do grande ABC.

Fiz a solicitação ao secretário e quero cumprimentá-lo e agradecer pela atenção. Ele prontamente colocou-se à disposição para fazer um estudo e termos em breve esse Poupatempo fixo na cidade de Mauá. É uma reivindicação antiga, eis que o único Poupatempo fixo na região do grande ABC está na cidade de São Bernardo do Campo, o que dificulta para a população de Mauá, de Ribeirão Pires e de Rio Grande da Serra ter acesso a importantes serviços do Poupatempo como tirar documentos, prestação de informações e outros serviços. Devido à distância, torna-se difícil para a população dessas cidades ir para a cidade de São Bernardo.

Mauá, certamente, pelo seu tamanho, pela sua demanda e por também atender cidades vizinhas teria todas as condições de receber um Poupatempo fixo.

Então, fica registrada a solicitação feita hoje ao secretário Julio Semeghini, da Gestão Pública, e meu agradecimento pelos estudos que serão feitos dentro da Secretaria.

Além disso, reivindiquei para a cidade de Mauá ter o mais rapidamente possível a visita do Poupatemo Móvel. Sabemos que o serviço por ele prestado é muito importante. Conhecemos a demanda de atendimentos diários que reflete no atendimento á população local e das cidades vizinhas. Isso em razão de que Mauá foi atingida fortemente pelas chuvas de janeiro e fevereiro. Mais de 500 famílias foram atingidas de alguma forma; ou totalmente, com a perda de sua casa, ou ficando desalojadas ou desabrigadas, ou parcialmente, com perda de móveis, de utensílios domésticos, roupas e documentos.

Então, para que essas famílias possam ser atendidas, e mais a demanda da cidade e região que já existe, pedi para rapidamente sermos contemplados com a visita do Poupatempo Móvel. Tive, então, uma notícia muito boa, a de que Mauá será a primeira cidade visitada pelo Poupatempo Móvel. É um compromisso do secretário, do governo do estado. Solicitei, inclusive, que Ribeirão Pires também, dentro dessa linha de visitação regional, recebesse o Poupatempo Móvel. A solicitação foi atendida e brevemente a cidade receberá o Poupatempo Móvel. Ele atenderá não apenas a cidade de Ribeirão Pires, com quase 120 mil habitantes, mas também a cidade de Rio Grande da Serra, que conheço muito bem e que me contemplou com 22% de minha votação. É uma cidade que enfrenta muitas dificuldades por ser a menor e mais distante do grande ABC, com território totalmente em área de mananciais.

Mais uma vez coloco à disposição de Mauá, de Ribeirão Pires e de Rio Grande da Serra o meu trabalho. Este é também um importante trabalho do parlamentar. Reivindicar, solicitar audiências, conversar com o secretariado e colocar as prioridades de cada região e de poder ser a voz ativa da população que nos elegeu.

Além disso, fiz outro pedido. Como disse anteriormente, o acesso a São Paulo, que é um programa de inclusão digital - quer dizer, a pessoa que não tem condições de pagar pela internet ela pode acessar os sites e ter acesso à informação pela internet através do Acessa São Paulo. Fiz questão de fazer uma solicitação de posto de Acessa São Paulo para Santo André, cidade que conheço muito bem, onde atuo, vizinha da cidade de Mauá; também fiz a solicitação de mais um posto para Mauá, outro posto para Ribeirão Pires e outro para Rio Grande da Serra. São cidades que têm uma demanda muito grande.

Fazendo uma retrospectiva do mandato, fico feliz em divulgar que o primeiro posto do Acessa São Paulo na cidade de Mauá foi uma reivindicação minha junto ao governo do estado, instalado por minha solicitação onde havia maior demanda, no maior e mais populoso bairro de nossa cidade, com uma população que enfrenta grandes dificuldades de acesso à informação através da internet, que é o Jardim Zaíra.

Tive também uma resposta muito positiva do secretário Júlio Semeghini. Quero colocar de primeira mão que vamos ter mais postos do Acessa São Paulo. Foi um compromisso do governo do estado, é uma certeza, não vai se passar por averiguações, a demanda existe, o pedido é mais do que necessário e a solicitação foi acatada, e no final de março saberemos quais cidades serão contempladas com mais um posto do Acessa São Paulo.

Acho isso fundamental. Quando damos oportunidade a jovens e pessoas de todas as idades de acessarem sites, de colocarem seus currículos na internet, de pesquisarem para fazerem trabalhos de escola, para que possam ter mais informação, fazem com que sua entrada ou permanência no mercado de trabalho seja efetiva, isso é uma grande contribuição. E isso é o vem fazendo o Acessa São Paulo em todo o estado. Sabemos que é um programa que vem dando certo, é um programa positivo, um programa com alto índice de aprovação pela população do Estado de São Paulo.

Colocando mais a questão do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, gostaria de ilustrar a situação da nossa Assembleia Legislativa. Estamos num parlamento que tem 94 cadeiras, das quais somente 10 são ocupadas por mulheres. Precisamos refletir sobre isso. Aproveito o espaço na tribuna para chamar você mulher que está nos assistindo a participar efetivamente da vida política, seja se candidatando diretamente a vereadora, a prefeita, a deputada, enfim, a todos os cargos eletivos que se possa escolher, ou até mesmo indiretamente. Sabemos que as mulheres têm grande satisfação no que chamamos de política participativa, que é a política do bairro, a política da reivindicação, a política que as mulheres conhecem no seu dia a dia à medida que vão requerer mais vagas em creches, que é uma grande reivindicação do Estado de São Paulo. Inclusive, foi tema de várias indicações minhas ao secretário de Educação, que colocou em matéria no jornal - aproveito para parabenizá-lo - que construirá mais de 1500 creches em todo o Estado de São Paulo. Sabendo que hoje a mulher trabalha fora muitas vezes, é arrimo de família, sabemos que temos muitos lares chefiados por mulheres.

Sabemos que é importante que todas nós mulheres tenhamos essa oportunidade de deixar os filhos em creches para poder ter o espaço no mercado de trabalho e em outros lugares também. Então, fiz a solicitação de creches para toda a região do grande ABC - Mauá, ribeirão Pies, Rio Grande da Serra, São Caetano, São Bernardo, Diadema. E fiz questão também de incluir outras cidades: Monte Castelo, Olímpia, Tupi Paulista, Bebedouro, São Joaquim da Barra, cidades onde estive muitas vezes, onde meu trabalho é efetivo, e onde existem muitas mulheres que têm problemas de vagas em creches.

Então, finalizando meu discurso, nobre Presidenta, quero desejar a todas as mulheres um dia especial, em 8 de março. Que seja um dia de reflexão e que possamos chamar mais e mais mulheres para participar e contribuir com os debates, com as tomadas de decisão. E que possamos também ver em outras legislaturas, em outros momentos mais cadeiras ocupadas, que não sejam somente 10 em um universo de noventa e quatro. Que sejam 20, 30, 40, quanto mais melhor. E sinto-me muito orgulhosa de hoje poder aqui fazer essa homenagem às mulheres e colocar que minha luta é pela saúde da mulher, eu que sou autora do projeto de implantação do Centro de Referência da Saúde da Mulher no Estado de São Paulo.

Vou continuar, nesse próximo mandato, instalando mais centros de referência, para que as mulheres possam fazer mamografia e outros exames com rapidez, diagnosticando rapidamente o câncer de mama e de colo de útero, uma bandeira de prevenção muito forte de meu mandato. O primeiro já existe em Rio Grande da Serra, o segundo está em Bebedouro, e muitas outras cidades do nosso Estado serão contempladas. É um compromisso de trabalho pela saúde da mulher, que faço com muito carinho, muito amor, e que certamente salvará vidas. Muito obrigada, Sra. Presidenta.

 

A SRA. PRESIDENTE - TEREZINHA DA PAULINA - DEM - Tem a palavra o nobre Deputado Diniz Lopes.

 

O SR. DINIZ LOPES - PR - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, em nome da nossa Presidente quero saudar todas as mulheres do Brasil, do mundo, as mulheres que no dia 8 de março estarão comemorando seu dia internacional. Parabéns a todas vocês.

Sra. Presidente, na nossa cidade existe muito debate sobre mais um hospital regional, sua construção. Temos em Mauá o Hospital Radamés Nardini, que precisa de socorro. E temos a Santa Casa de Mauá, como a maioria das cidades tem uma Santa Casa. E o que acontece? Quando fui prefeito, em 2005, a Santa Casa estava com as portas fechadas e não atendia ninguém pelo SUS. Por quê? Porque o SUS tem uma tabela muito abaixo do mercado. O que fizemos? Convoquei o diretor da Santa Casa e fiz um acordo com ele de complementação da verba SUS, ou seja, naquela época o SUS pagava por uma consulta cerca de sete reais. Os convênios pagavam em torno de 15 reais pela consulta. Ou seja, sete reais em 2005 era muito pouco. Na época, então, a Prefeitura deu mais seis reais, reajustando o valor para 13 reais. A Santa Casa abriu as portas para o povo da Cidade de Mauá. Ela fazia o relatório para o SUS, recebia os sete reais e fazia o relatório para a Prefeitura. Isso veio a ajudar muito a nossa cidade.

Então venho aqui pedir ao Governo do Estado, através da Secretaria de Saúde, que faça agora uma complementação da verba SUS. O Governo tem construído alguns hospitais em algumas regiões e ao mesmo tempo as Santas Casas estão fechando as portas, porque não têm condições de dar atendimento ao povo. Se o Governo do Estado fizer o que nós fizemos em 2005, complementar a verba SUS, as Santas Casas vão abrir as portas para o povo, sem que o Governo precise construir alguns hospitais, como era solicitação para construir o Hospital Regional na Cidade de Mauá. Nós temos o Hospital Radamés Nardini; nós temos lá uma Santa Casa. Se for feito o que eu fiz em 2005 - complementar a verba SUS - tenho certeza de que as Santas Casas vão abrir as portas e atender toda a população. Isso nós fizemos em 2005 e deu certo. Nosso povo ficou muito contente e foi atendido.

Faço essa solicitação não só pela Santa Casa de Mauá, mas por todas as Santas Casas do Estado de São Paulo, para que o Governo do Estado faça um convênio técnico-financeiro para as Santas Casas atenderem toda a população gratuitamente.

Pedimos também ao Governo do Estado, através da Secretaria de Transportes, que nos ajude a construir as marginais paralelas à Castelo Branco na Cidade de Mauá, no Jardim Zaíra, e a duplicação da Avenida Barão de Mauá. Essas duas marginais são de suma importância para o escoamento de todo o nosso trânsito, que hoje está caótico porque a Cidade de Mauá, devido ao seu déficit público, devido a seus problemas financeiros, não tem condições de construir essas duas marginais, muito importantes para o desenvolvimento da nossa cidade.

Venho aqui pedir ao Governo do Estado que olhe pela Cidade de Mauá, que nos ajude a construir a duplicação da Barão de Mauá e a duplicação da Castelo Branco. Quando fui prefeito em 2005, nós fizemos três quilômetros da Castelo Branco, mas precisamos que o Governo do Estado nos ajude a terminar essa obra, ligando com a Avenida do Estado e com a Jacu-Pêssego. É muito importante para todo o nosso povo.

Também quero que o Governo do Estado olhe com muito carinho pelo povo da Cidade de Cubatão, principalmente o pessoal da Água Fria, perto da Imigrantes e da Anchieta. É um povo que, através do grande líder comunitário, Ivan Hildebrando, vem lutando constantemente, mas precisa de mais informações quanto ao projeto Serra do Mar do Governo do Estado.

Peço ao Governo do Estado que olhe com carinho por aquele povo trabalhador, um povo ordeiro, honesto, que merece todo o carinho do Governo do Estado. Fica aqui a minha reivindicação pelo povo de Cubatão, principalmente da Água Fria.

Quero pedir também ao Governo do Estado que instale no bairro Jardim Zaíra, que tem mais de 100.000 habitantes, na cidade de Mauá, um bairro muito carente, o Bom Prato, que virá ao encontro do interesse de toda aquela comunidade carente. O Jardim Zaíra foi o bairro mais afetado pelas chuvas, pelas enchentes na cidade. Houve várias mortes naquele bairro. Estamos pedindo em nome da prefeitura de Mauá, em nome do nosso povo, Sr. Governador, a instalação do Bom Prato nesse bairro.

Temos também um pedido ao Governador, para que nos conceda verbas. Temos na cidade a necessidade de pavimentar muitas ruas. Nossa cidade tem um relevo muito acidentado e as chuvas estão destruindo as ruas dos nossos bairros.

O Governador Geraldo Alckmin é uma pessoa séria. Quando fui perfeito ele era Governador e nos atendeu muito bem, deu-nos muita atenção e construiu os nossos piscinões. Tenho a certeza de que ele vai olhar com muito carinho.

Eu me espanto com algumas matérias do Clipping da Assembleia; muitas matérias, penso, são matérias produzidas para serem usadas em época de campanha, contra a minha pessoa. Vejo aqui o jornal “Diário do Grande ABC” fazendo uma matéria, falando da minha colocação quanto ao Tribunal de Contas. Eu respeito demais o Tribunal de Contas, que merece respeito, mas precisa ser complementado pelo Ministério Público, que vai ajudar nas decisões do Tribunal de Contas. É isso que queremos, tanto é que o Governador já tomou as medidas cabíveis para isso.

Quando fui Prefeito de Mauá, em 2005, chegou um cheque de 90 mil reais para o “Diário do Grande ABC”. Fui procurar saber do que se tratava. Era de um projeto chamado “Diário na Escola”. Era enviada uma página desse jornal por semana para as escolas municipais. Cancelei esse contrato, pois nossa cidade precisava de verba para a saúde, para o ensino. É claro que o dono do jornal não gostou do que fiz, pois ele deixou de ganhar mais de um milhão de reais por ano da Prefeitura de Mauá. E me deparo constantemente com a perseguição desse jornal, porque não demos continuidade àquele projeto que, posteriormente, foi considerado irregular pelo Tribunal de Contas. Mas, infelizmente, o papel aceita tudo, e esse jornal constantemente faz matérias que, certamente, alguns candidatos, no ano que vem, usarão contra mim em futuras campanhas. São matérias produzidas diretamente para usarem contra a minha pessoa. É essa a explicação de toda essa perseguição.

Quero voltar a saudar todas as mulheres, cumprimentá-las pelo Dia Internacional da Mulher. Quero agradecê-las pela importância que todas têm na construção do nosso Brasil. Muito obrigado.

 

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- Assume a Presidência a Sra. Vanessa Damo.

 

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A SRA. PRESIDENTE - VANESSA DAMO - PMDB - Tem a palavra, por permuta com o nobre Deputado Hamilton Pereira, a nobre Deputada Terezinha da Paulina.

 

A SRA. TEREZINHA DA PAULINA - DEM - SEM REVISÃO DA ORADORA - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, acho que cabe, também, homenagear as mulheres, apesar de, a meu ver, apenas a existência de um dia específico para homenagear a mulher já seja uma grande discriminação. Vai ser bom o dia que tenhamos dias normais para todos, ou então criar o “Dia do Homem”, para que não discrimine só a mulher. Mas como há o Dia Internacional da Mulher, vamos usá-lo para cumprimentar as mulheres e os resultados que essas mulheres têm trazido para o meio em que vivemos. Desde que nascem, as mulheres são educadas de uma maneira muito eclética. Quando crescem, têm de se preocupar com a alimentação, com a casa, com o marido, com os filhos, com os parentes. A mulher está preparada para pensar em muitas coisas simultaneamente. Portanto, viva a mulher. E o dia oito de março foi escolhido para lembrar que a mulher, ainda, é minoria em vários segmentos. Na vida política, como bem lembrou a nossa Presidenta, é necessário que a mulher ouse mais. É necessário que a mulher busque seus espaços, pois certamente toda uma comunidade será beneficiada.

Mas minha fala de hoje é para destacar o Projeto de lei nº 37, de 2007. Elaboramos esse projeto de lei de maneira muito subjetiva para que o governador da ocasião pudesse delegar à nossa região maior assistência. Nós pedimos a ele que criasse programas específicos para o desenvolvimento de 26 municípios, que são uma vergonha para todo o Estado de São Paulo. O nosso IDH é muito baixo, a falta de infra-estrutura é assustadora, mas como a densidade demográfica é pequena não existem muitos eleitores e poucas ações governamentais são dedicadas à região.

Fazemos uso deste espaço, que nos é de direito, para pedir ao líder do Governo desta Casa que se sensibilize. Já falamos com ele, conversamos com o Presidente e com o Colégio de Líderes da necessidade de que um pedido para o governador, com força de lei, aconteça. Por que é necessário um pedido com força de lei para fazer aquilo que é tão óbvio e obrigatório para que se tenha qualidade de vida numa região? Porque há poucos moradores infelizmente. A região toda tem mais de 500 mil habitantes, mas são mais de 20 municípios, são cidades pequenas por falta de água, de estrutura de rodovia. Muito foi feito no tempo do Governador Mário Covas, como lembrei na fala anterior, mas muito tem que se fazer ainda para que a qualidade de vida aconteça. E muito me assusta quando vejo a construção de um AME, Ambulatório Médico de Especialidades. Lindo, uma construção bonita, mas que não tem resolução quando se precisa de uma cirurgia eletiva. Os pacientes são consultados, mas são encaminhados para uma fila de espera. E fico triste quando vejo um colega deputado fazer uso desta tribuna e dizer que parte dos leitos foram para convênios. Porque na minha região os convênios praticamente são inexistentes. O SUS é que atende o maior número de pessoas. E nestes anos todos - trabalho muito na área social -, com a facilidade de ter emissoras de rádio, que são os maiores instrumentos da região para atender aquilo que é emergente, fico triste que uma máquina do tamanho do Governo do Estado de São Paulo se preocupe e tenha medo de aprovar uma lei que apenas e tão somente cria programas específicos de desenvolvimento.

Portanto, eu peço ao Líder do Governo, nobre colega Samuel Moreira, ao Presidente desta Casa, Barros Munhoz, e aos líderes dos partidos que aprovem esta lei na segunda-feira, dia 14, quando ainda teremos uma sessão extraordinária possível. Porque desde 2007 ele se encontra na Ordem do Dia para ser votado. Fico pesarosa quando vejo que a Casa não mais discute, não mais vota e muitas coisas são decididas de uma forma muito fria.

De 94 a 2003 tive a felicidade de poder trabalhar nesta Casa, de servir a minha região, de ser parceira do Governador Mário Covas, e poder ouvir dele, sempre que estava lá, ao sair da sala, um agradecimento: “Muito obrigado, deputada, por me ajudar a governar.”

Ontem pedi uma audiência para o Governador Geraldo Alckmin. Estou esperando a resposta. Tomara que eu possa falar com ele na quinta ou na sexta após o carnaval, ou na segunda. Nós não queremos com esta lei colocar nenhuma faca no pescoço do governador. Queremos apenas lembrar a ele que a região precisa de mais ação do Governo do Estado, que precisa de programas específicos. Vamos citar, como por exemplo, na privatização da Comgás, quando a metade do ágio conseguido pela venda foi destinada a programas do Baixo Vale do Ribeira.

Mas o Alto Vale do Ribeira, a região sudoeste paulista, ficou desamparada. Então, cabe um reparo desta Casa e do Governo Estadual para que possamos realmente dar toda a atenção necessária.

Na justificativa do nosso projeto, nós apenas descrevemos dados que são muito óbvios, como o Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, que mede a pobreza em relação à escolaridade, à riqueza e à longevidade. Fizemos um trabalho junto com a Unesp, com a ajuda de consultores jurídicos, com indicadores de vulnerabilidade, com propostas para programas assistenciais, para programas de desenvolvimento, com análises de deficiências. Fizemos o diagnóstico, fizemos o trabalho de como avaliar o que teria que ser aplicado, qual a ação estratégica necessária, sugestões de diretrizes de ação governamental, como estruturar projetos. É um trabalho profundo que poderia ser aplicado com certeza nos 50 municípios mais pobres do Estado de São Paulo.

Estamos neste momento pedindo a generosidade de atender com todo direito que o sudoeste paulista tem com programas especiais.

Se não pode ser feito com a criação de programas especiais, que nós possamos autorizar o Governo a cuidar com mais atenção, e desta forma estaremos ajudando a diminuir as diferenças e projetando este Governo para poder alcançar voos maiores, porque não importa o número de pessoas que serão beneficiadas e sim a diminuição da miséria no nosso Estado.

Mais uma vez aproveito para agradecer aos meus pares desta Casa, agradecer a Sra. Presidente, e dizer que Mauá é muito feliz em tê-la como representante, porque vejo que sua luta realmente é determinada e incansável.

Que bom para uma cidade que tem mais de um representante, representando e lutando por suas reivindicações.

Fica o meu abraço a todos os Deputados que continuarão aqui a partir 15 de março. Eu saio com a sensação plena de dever cumprido, com a sensação gostosa do interior de ter desenvolvido um trabalho com dedicação extrema e que eu gostaria muito de ver coroado com a aprovação deste Projeto 37/07, que faz com que o Governo olhe para o Sudoeste paulista.

Muito obrigada mais uma vez a todos os funcionários desta Casa e a todos que puderam compartilhar comigo as glórias e conquistas do nosso tão querido Sudoeste paulista. Um abraço à população de Itapeva, Itararé, Capão Bonito, Apiaí e região. Muito obrigada.

 

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- Assume a Presidência a Sra. Terezinha da Paulina.

 

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A SRA. VANESSA DAMO - PMDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

A SRA. PRESIDENTE - TEREZINHA DA PAULINA - DEM - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de segunda-feira, dia 14 de março, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 20 minutos.

 

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