024ª SESSÃO SOLENE
RESUMO
001 - ROBERTO MORAIS
Assume a Presidência e abre a sessão.
Anuncia autoridades presentes. Informa que esta Sessão Solene foi convocada
pelo Presidente efetivo da Casa, Deputado Barros Munhoz, por sua solicitação,
com a finalidade de comemorar os "30 Anos da ADJORI - Associação dos
Jornais do Interior do Estado de São Paulo". Convida a todos a ouvirem, de
pé, a execução do Hino Nacional Brasileiro pela Banda da Polícia Militar.
002 - VAZ DE LIMA
Deputado estadual e Líder do Governo,
parabeniza o Deputado Roberto Morais. Faz cumprimentos. Discorre sobre sua
carreira profissional. Fala sobre a importância da imprensa.
003 - CARLOS GOMES DA SILVA
Vereador à Câmara Municipal de Avaré, tece
elogios ao Deputado Roberto Morais. Repudia má distribuição da verba
publicitária feita pelos governos. Ressalta a importância do jornal.
004 - CARLOS ALBERTO BUZZANO BALLADAS
Presidente da ADJORI, fala sobre carta que
recebeu do Google. Discorre sobre imprensa eletrônica e mostra que ela não
impede o crescimento de jornais impressos. Afirma crescimento dos jornais no
país. Ressalta a importância de se ter meios de comunicações democráticos.
Lembra a essencialidade da comunicação para o ser humano. Afirma que a ADJORI
paulista tem contribuído para o aperfeiçoamento do processo democrático no
país. Menciona trabalhos realizados pela mesma.
005 - ROGÉLIO BARCHETTI URRÊA
Prefeito Municipal da cidade de Avaré, faz
saudações e cumprimentos. Fala sobre o valor e a importância da imprensa.
006 - Presidente ROBERTO MORAIS
Anuncia e presta uma homenagem à ADJORI.
007 - Presidente ROBERTO MORAIS
Discorre sobre a importância de uma
imprensa livre, responsável e respeitada para uma sociedade democrática. Lembra
momentos que vivenciou como jornalista. Faz agradecimentos gerais. Encerra a
sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre
a sessão o Sr. Roberto Morais.
* * *
O SR. PRESIDENTE – ROBERTO
MORAIS - PPS - Havendo
número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os
nossos trabalhos.
Com base nos termos da XIII
Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas
presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.
* * *
- É dada como lida a Ata da sessão anterior.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ROBERTO MORAIS - PPS - Compõem a Mesa o senhor Carlos Alberto Buzzano Balladas, do
Jornal Ponto Final, de Santo André, e Presidente da ADJORI; o Deputado Vaz de
Lima, Líder do Governo na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo; o
Prefeito de Araçariguama, senhor Roque Normélio Hoffmann; o Vereador Carlos
Gomes da Silva, 1º Secretário da Câmara Municipal de Piracicaba representando o
Presidente da Câmara Municipal Vereador José Aparecido Longatto. (Palmas.)
Senhoras Deputadas, senhores
Deputados, senhoras e senhores, esta Sessão Solene foi convocada pelo
Presidente efetivo desta Casa, Deputado Barros Munhoz, por solicitação deste
Deputado com a finalidade de comemorar os 30 Anos da ADJORI – Associação dos
Jornais do Interior do Estado de São Paulo.
Convido a todos para, de pé,
ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro executado pela Banda da Polícia Militar
regida pelo 3º Sargento PM Cristiano Vaz Coelho.
* * *
- É executado o Hino Nacional
Brasileiro.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ROBERTO MORAIS - PPS - Esta Presidência agradece o 3º Sargento PM Cristiano Vaz
Coelho e a nossa Banda da Polícia Militar pela execução do Hino Nacional
Brasileiro, abrilhantando a nossa Sessão Solene. Nosso muito obrigado.
Compõem também a Mesa o
senhor Sérgio de Azevedo Redó, Presidente da Associação Paulista de Imprensa; o
senhor Itamar Borges, ex prefeito de Santa Fé e diretor da Associação Paulista
de Municípios; o senhor Vrejhi Sanazar, diretor do “Diário da Região”; a
Vice-Presidente do “Jornal Cidade de Adamantina”, a senhora Carolina Sanches Guizelin Galdino da
Silva; a 1ª Secretária senhora Weimar Lúcia Dorini de Oliveira, do jornal “A
Tribuna Regional de Rancharia”; o 2º Secretário senhor Carlos Alberto Mello da
Silva, do “Jornal da Economia de São Roque”; do Conselho Fiscal, o 3º Suplente
senhor Agalmo Moro Filho, do “Correio de Aguaí”; o diretor regional do Leste
Paulista senhor Ernani Selber de Freitas do jornal “O Imparcia” de Aguaí; do
Conselho Fiscal, o 2º Conselheiro senhor João Bosco de Rezende, do jornal
“Cidade de Barueri”; do Conselho de Ética, a 3ª Conselheira senhora Silvia
Elena do Carmo Marques, do “O Movimento de Pirassununga”; o diretor regional da
Região Sudoeste Paulista senhor Alexandre Augusto Taniguchi Andrade, do jornal
“A Comarca de Avaré”; o diretor regional da Região Alto do Tietê senhor Sidney
Antonio de Moraes do jornal “Mogi News” e “Diário do Alto Tietê”; o 1º Tesoureiro
senhor Evaldo Augusto Vicente, dos jornais “A Tribuna Piracicabana”, “A Tribuna
de Rio das Pedras”, “A Tribuna de São Pedro”; do Conselho Fiscal, o 3º
Conselheiro senhor João Carlos Andrioli Ferreira do jornal “A Cidade de
Votuporanga”; o diretor regional do Vale do Paraíba senhor Ivan Leyraud Moniz
Ribeiro Filho, do Jornal e Revista “Vale Mais”, de Guaratinguetá; do Conselho
de Ética, o 4º Conselheiro senhor Luiz Carlos Ferraz, do jornal “Perspectiva de
Santos”; o prefeito municipal de Avaré senhor Rogélio Barchetti Urrêa; o senhor
Marcelo José Ortega, Secretário de Governo e Comunicação da Estância Turística
de Avaré.
Quero aqui agradecer a
presença do nosso ex-Presidente e hoje Líder de Governo Vaz de Lima, meu
companheiro de 11 anos aqui, desde que eu estou na Assembleia Legislativa.
Gostaria que fizesse uso da palavra o Deputado Vaz de Lima, que tem um
compromisso com o Governador Alberto Goldman, mas fez questão de prestigiar
essa Sessão Solene em homenagem aos 30 Anos da ADJORI. Com a palavra o Líder do
Governo, Deputado Vaz de Lima.
Lembro os presentes que a TV
Assembleia vai mostrar esta sessão no próximo sábado, dia 29, às 22hs30.
O
SR. VAZ DE LIMA - PSDB - Senhor
Presidente desta sessão, nobre Deputado, colega e amigo Roberto Morais, sempre
uma pequena palavra, primeiro, a respeito do Roberto, para nós, o Roberto
Morais, Deputado Roberto Morais. Roberto Morais é uma daquelas pessoas raras
que a gente encontra pelo comprometimento que tem com a causa pública, pela
maneira como trata os seus companheiros, e pela respeitabilidade que tem na
vida pública. Então, Roberto é para nós unanimidade. Parabéns pela sua forma de
ser, pela sua forma de atuar, pela maneira de V.Exa. enxergar a vida e viver a
vida pública. Não há nenhum dia que eu converse com o Deputado Roberto Morais
que ele não fale de sua Piracicaba e de sua Charqueada. Acho que isso é bom.
Então parabéns, eu, em nome
de todos os nossos companheiros pela bela contribuição que V.Exa. dá a esta
Casa já por 11 anos. Permita Deus que V.Exa. retorne a esta Casa para continuar
esta caminhada, tem muito ainda a contribuir, até porque a gente vai
amadurecendo e cada vez a gente vai compreendendo melhor a vida e a sua
contribuição é inestimável a esta Casa.
Cumprimento o Carlos Alberto
Buzzano Balladas, Presidente da ADJORI, o prefeito de Araçariguama o senhor
Roque Normélio Hoffmann, e também o Vereador Carlos Gomes da Silva, que é o 1º
Secretário da Câmara de Piracicaba, que representa a Câmara de Vereadores de
Piracicaba, e através deles cumprimentar toda a Mesa e todos que estão aqui
para este momento de Comemoração dos 30 Anos da ADJORI.
Aproveito e cumprimento
também um grande amigo lá da minha região - também sou eu de uma região - sou
da região de São José do Rio Preto, o João Carlos do jornal “A Cidade de
Votuporanga”, uma das pessoas respeitadíssimas lá na comunidade, na região,
pelo trabalho que faz. João, tenho orgulho de ser seu amigo, muito orgulho.
Meus amigos, eu quero fazer
este meu momento de congratulações a ADJORI pelos seus 30 anos me lembrando,
Deputado Roberto Morais, que eu iniciei a minha vida profissional em Bebedouro,
e ali a minha primeira atividade foi escrever no jornal, que na época era
semanal. E eu tinha uma coluna no jornal “A Gazeta de Bebedouro”, jornal de 80,
100 anos. Quis a Providência que agora eu voltasse a ser articulista, e escrevo
lá quinzenalmente. Hoje o jornal tem três ou quatro edições por semana, e duas
vezes por mês eu escrevo como colaborador naquele jornal.
Estou iniciando assim minha
fala para dizer como é que eu dou importância, Prefeito Itamar, para os jornais
das cidades do interior. Aliás, logo de manhã, em casa eu recebo o “Clipping”
impresso quando eu estou aqui
Perguntei para o Presidente
quantos jornais fazem parte hoje da ADJORI, ele me falou que 114, se não me
engano. É isso, Presidente? Cento e catorze. E eu perguntei se ele sabia dizer
mais ou menos o número de exemplares. Ele não tinha muito claro, mas passa de
dois milhões. Vejam a importância desta mídia, deste jornal regional e local, o
quanto isso tem importância na formação dos cidadãos que optaram em viver nas
cidades menores e não na capital.
Isso me faz lembrar uma frase
que está muito presente hoje nas discussões, e ela diz mais ou menos assim: “É
preciso pensar globalmente e agir localmente.” Eu ouço isso quase todas as
semanas. Pois é exatamente isso, Presidente, que os jornais que V.Sa.
representa na ADJORI fazem no dia a dia. São capazes de pensar no conjunto da
sociedade brasileira, no conjunto da sociedade paulista, são capazes de saber o
que está ocorrendo no mundo, especialmente hoje que temos tão à mão as
informações pela Internet, mas são capazes, Prefeito Barchetti, de traduzir
tudo isso para o seu leitor, para aquele que de manhãzinha vai correndo na
banca ou recebe o jornal em casa para saber o que está acontecendo na sua
província, no seu local de vida, na sua cidade. Não é assim, João? É exatamente
assim. Parece, Presidente Carlos, que falta alguma coisa quando a gente não faz
isso. Por isso homenagear os senhores desta imprensa é de fundamental
importância. Porque a informação qualificada, oferecida a partir do veículo de
comunicação que os senhores e senhoras dirigem, tem uma importância vital para
a vida da sociedade.
Ao encerrar essas minhas
palavras, senhor Presidente, agradeço-o muito pelo privilégio que me dá de
falar aqui logo no início da sessão, e pela dispensa que já me fez por causa do
compromisso que tenho, mas eu queria muito estar aqui. Preciso sair para o meu
compromisso em seguida com o Governador. Deputado Roberto Morais, sou muito
grato por isso.
Quero terminar dizendo uma
frase, que é atribuída a tanta gente que não vou citar: “Quem quer ser
universal que cante primeiro a sua aldeia.” Ninguém vive deslocado da sua
cidade, da sua região, da sua província, como eu costumo brincar. E por isso
quero dizer que os senhores e senhoras têm um papel importantíssimo na
informação e na formação daqueles que no Estado de São Paulo optaram por viver
em outras regiões do que na Região Metropolitana, ou mesmo particularmente
dentro da Capital. Afinal, é preciso compreender que as pessoas são chamadas
para realizar um trabalho, e os senhores e senhoras foram chamados para isso e
têm realizado, não tenho nenhuma dúvida, um grande trabalho nas comunidades que
optaram por viver e onde dão a sua contribuição.
Parabéns, Deputado e
Presidente Roberto Morais. Parabéns, doutor Carlos, sucesso ao senhor e a todos
os seus companheiros de caminhada. Um abraço e que Deus ajude a sua Associação.
(Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ROBERTO MORAIS - PPS - Agradeço o nobre Deputado Vaz de Lima, ex-Presidente da
Casa e atual Líder de Governo, obrigado por suas palavras. Depois de quatro
mandatos aqui na Casa, talvez o destino nos separe. O Deputado Vaz de Lima está
com vôo mais alto para o Congresso Nacional. Muito obrigado pelas palavras,
nosso querido Líder de Governo Deputado Vaz de Lima.
Para ocupar um lugar na Mesa,
eu peço a presença do Prefeito Municipal de Avaré, senhor Rogélio Barchetti
Urrêa.
Com a palavra o nobre
Vereador Carlos Gomes da Silva, representante do Presidente da Câmara Municipal
de Piracicaba, senhor José Aparecido Longatto. Vereador Carlos Gomes da Silva
com que eu tive o prazer de ser vereador em Piracicaba é o 1 º Secretário da
Mesa da nossa cidade.
O
SR. CARLOS GOMES DA SILVA - Prezado
amigo, nobre Deputado Roberto Morais que hoje preside a cerimônia e Deputado
Vaz de Lima nas pessoas de quem eu quero cumprimentar os companheiros que fazem
parte da Mesa, minhas senhoras, meus senhores, para mim é um motivo de muita
satisfação estar aqui nesta noite memorável para poder fazer parte dessa
homenagem que o nobre Deputado Roberto Morais faz aos senhores proprietários de
jornais, Associação dos Jornais do Interior de São Paulo. Presidente Carlos
Balladas, o meu respeito e minha enorme consideração.
Há pouco o Deputado Vaz de
Lima abriu o seu discurso falando do meu amigo Roberto Morais. Roberto foi
vereador comigo na Cidade de Piracicaba e já naquela época eu aprendi a
respeitar e admirar esse nobre companheiro. O Deputado Vaz de Lima deixou no ar
a possibilidade - que eu digo que é concreta - do retorno do Roberto a esta
Casa Legislativa. Com certeza ele voltará. Piracicaba sente-se muito orgulhosa
de ter aqui na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo o nobre Deputado
Roberto Morais.
E essa iniciativa de hoje,
Roberto, logicamente ratificada por todos os nobres deputados desta Casa, nada
mais faz do que cumprir um dever e fazer justiça àqueles que realmente lutam
por uma sociedade melhor. Os senhores são proprietários de jornais. Eu quero
falar para o pequeno proprietário de jornais, quero falar diretamente colocando
em evidência um amigo querido, o Evaldo Vicente, proprietário de “A Tribuna
Piracicabana”, que é um pequeno jornal. Evaldo, jovem ainda mas na imprensa já
guiado pela mão do meu amigo Galdino, que aqui está. Eu aprendi a respeitá-lo e
vejo a luta do Evaldo no dia a dia para levar o seu jornal adiante, que eu
tenho certeza, Carlos, é a luta dos senhores também, que é muito difícil.
Eu sou um parlamentar
municipal, eu sou um vereador, a minha força é muito limitada, mas me deixa
indignado a má distribuição da verba publicitária que os governos fazem. Seja
ele governo federal, estadual ou municipal no rateio daquela verba que poderia
ser melhor dividida, principalmente favorecendo aqueles que são os pequenos
jornais. O grande já é grande, vamos mantê-lo grande, mas o pequeno precisa
crescer. Então a minha luta, e o Roberto sabe disso lá em Piracicaba, é
exatamente nesse sentido: para que essa verba publicitária seja melhor
distribuída. Os senhores merecem isso que está aí.
E também eu acho
particularmente que nós temos uma dívida de gratidão com a imprensa de um modo
geral. Fala-se muito em ditadura, eu sou militar de carreira, mas se realmente
existe uma ditadura, e se quer matar de morte a sociedade é amordaçar a
imprensa, é calar a imprensa e isso nós, políticos, não podemos permitir, seja
um deputado federal, seja um deputado estadual, seja o vereador na sua cidade.
O político gosta muito de ser
aplaudido. Quando o jornal fala bem, ele esquece de agradecer, mas quando o
jornal faz uma crítica, ele quer ir para a Justiça, ele quer processar. Não é
isso que acontece? Está errado. Eu, capitão Gomes, vereador na cidade de
Piracicaba, vejo com muito respeito o trabalho dos jornalistas, o trabalho do
proprietário de jornal, porque se nós estamos hoje vivendo esse momento
democrático no Brasil devemos muito aos senhores.
Então, nesta noite que o meu
querido amigo Deputado Roberto Morais e o Carlos Balladas fazem essa homenagem
pelos 30 Anos da Associação, eu quero pedir a Deus, em nome de Jesus, que os
abençoe, que lhes dê coragem, sabedoria e luz para que os senhores possam
perseguir, persistir nessa luta pelo bem da sociedade brasileira. Muito
obrigado. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ROBERTO MORAIS - PPS - Agradecemos ao Vereador Capitão Gomes, 1º Secretário da
Câmara de Vereadores de Piracicaba.
Justificaram ausência o
senhor Valentin Viola, diretor do Jornal “Opinião” e da TV Opinião, de Araras;
o senhor Bruno Caetano, Secretário de Comunicação do Governo do Estado de São
Paulo; a senhora Patrícia Sanches, chefe de cerimonial de Marcos Antonio
Monteiro, Secretário de Estado e Gestão Pública; o senhor Gilberto Valter,
vereador da cidade de Santo André; o senhor José Pascoal Filho, Presidente da
Câmara Municipal de Osasco; o senhor Domingos Paulo Neto, o delegado-geral de
Polícia do Estado de São Paulo, e da Universidade de São Paulo – USP, o
professor Carlos Alberto Amadio.
Também justificaram a
ausência o senhor Roberto Haddad, desembargador Federal e Presidente da 3ª
Região do TRF; o senhor Celino Cardoso, Deputado estadual; o senhor Edson
Simões, Presidente do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, o
Governador Alberto Goldman; o Chefe da Casa Civil senhor Luiz Antonio Guimarães
Marrey.
Nós anunciamos também a
presença do senhor Edmar de Almeida, Secretário de Comunicação da Prefeitura de
São Bernardo do Campo representando nessa ocasião o Prefeito Luiz Marinho.
Esta Presidência concede a
palavra ao senhor Carlos Alberto Buzzano Balladas Presidente da ADJORI –
Associação dos Jornais do Interior do Estado de São Paulo, entidade que é
homenageada nesta noite na Assembleia Legislativa.
O
SR. CARLOS ALBERTO BUZZANO BALLADAS - Obrigado,
Deputado Roberto Morais. Quero agradecer a você a ideia, a inspiração de fazer
esta Sessão Solene que, para nós, é uma honra, uma satisfação.
Quero saudar a todos os
presentes, e vou me permitir citar somente o nome daqueles que ainda não foram
citados. Quero fazer um agradecimento especial para dois ex-Presidentes que se
encontram presentes: um é o Walter Estevão, que presidiu a ADJORI num período
também difícil, mas conseguiu. Foi no mandato dele que a sede que nós ocupamos
atualmente foi adquirida. Então nós temos estabilidade de local lá. E o Evaldo
Vicente que antecedeu ao Walter Estevão (Palmas.).
Aos demais, muito obrigado.
Muito obrigado a minha família pela presença aqui, e a todos já citados aqui.
Vou me permitir passar direto
para aquilo que eu escrevi. Eu sou melhor escrevendo do que falando, então vou
falar o que eu escrevi, fica melhor. Os outros falaram de improviso.
Nesta semana, recebi uma
correspondência que me deixou extremamente feliz e, imagino que essa
correspondência alguns de vocês também receberam. Essa correspondência reforça
a minha crença em tudo que faço e naquilo que eu acredito.
A carta que chegou ao
endereço do meu jornal, no jornal que eu atuo, o “Ponto Final”, tem como
remetente o Google. O Google mandou uma carta para mim lá no jornal. Ela tem em
seu corpo ofertas e vantagens para anunciar publicidade do jornal no portal
Google, que é o mais acessado do planeta atualmente.
Meus caríssimos, se o Google
se utiliza de um dos recursos de comunicação mais antigos, que depois da
invenção da escrita é a carta, o primeiro recurso de comunicação depois da
invenção da escrita é porque os recursos da Internet que o Google reforça não
são totalmente suficientes para a divulgação de seus serviços.
Mesmo sendo o sítio da
Internet mais visitado do mundo, mesmo tendo nascido da Internet, e
exclusivamente utilizado por aqueles que acessam a Internet, o Google, ao
enviar uma carta para nós, demonstra cabalmente que os demais recursos de
comunicação ainda estão longe, muito longe de morrerem. Se a carta não morreu,
e o Google prova isso, o jornal que é uma forma mais sofisticada de comunicação
por meio da escrita não morreu tampouco. E a sua morte diferente do que muitos
preconizam não deve acontecer tão cedo.
Em sociedades mais avançadas
do que a nossa, pelo menos em termos econômicos, como os Estados Unidos cuja
população possui grandes facilidades de acesso à Internet, os jornais se mantém
fortes, e em alguns segmentos e regiões apresentam até crescimento na sua
tiragem. Lá nos Estados Unidos como aqui no Brasil, na verdade são os grandes
títulos que padecem atualmente. Lá também se percebe um aumento de tiragem e de
leitura justamente nos jornais locais e regionais americanos. Aqui no Brasil
esse fenômeno felizmente se repete. Nós estamos vendo aqui os jornais,
principalmente os jornais do interior, os jornais gratuitos, crescendo em
tiragem, crescendo em número de páginas, crescendo em volume de publicidade,
crescendo em número de assinaturas. Há um interesse muito grande, nunca se leu
tanto no planeta como se lê hoje. E mesmo assim, lá nos Estados Unidos,
diferente do que acontece aqui no Brasil, há movimentos dentro e fora da esfera
governamental para preservação dos jornais locais. Constata-se, por exemplo,
projeto que tramita no Congresso americano para transformar as empresas
jornalísticas que atuam nas pequenas cidades fora das grandes metrópoles em
entidades sem fins lucrativos para poderem dessa forma receberem subsídios e
verbas para continuarem vivas e levando nas páginas dos seus periódicos aquilo
que de fato interessam aos moradores das milhares localidades do interior
daquele país.
Então nós percebemos que nos
Estados Unidos há uma preocupação hoje muito grande de preservar os pequenos jornais,
ou jornais locais. Tanto lá como no Brasil é por meio do jornal local que os
cidadãos de uma comunidade conversam entre si, debatem os temas mais
importantes das suas cidades ou região, que quase sempre são temas muito
diferentes daqueles abordados pelos grandes veículos de comunicação.
Quanto mais a sociedade
mundial se globaliza, quanto mais a nossa democracia sofre aperfeiçoamentos e
se consolida, mais cresce o interesse do indivíduo pelo local onde ele e sua
família estudam, trabalham e vivem.
Todos os jornais locais
constituem-se em forjadores de identidade das comunidades. Os cidadãos destas
cidades se enxergam como participante da comunidade pelo jornal local. Nenhum
outro meio de comunicação, até o momento, é mais poderoso para oferecer ao indivíduo
a ideia de pertencimento a uma sociedade do que o jornal local. São as páginas
do jornal que valorizam o cidadão e defendem os reais valores da comunidade na
qual circula.
E os jornais do interior
paulista, sem exceção, são comandados por empreendedores, que como poucos
brasileiros são verdadeiros idealistas. Ninguém funda um jornal numa cidade do
interior brasileiro para ficar milionário. Isso vocês podem ter certeza. Esse
pessoal todo de jornal que está aqui, a minha diretoria que está aqui e me honra
neste mandato, ninguém aqui tem a pretensão de um dia se tornar milionário com
a atividade que exerce. Na verdade o que nós pretendemos é a defesa da
comunidade e da democracia. E não existem sociedades democráticas sem meios de
comunicação social democráticos. Não se imagina uma democracia sem liberdade de
expressão. E a democracia se aprende na comunidade na qual vive cada um de nós,
é lá que acontece a real democracia participativa.
Cidadãos em debates em
audiências públicas nas Câmaras de Vereadores, nos Conselhos Municipais, nos
programas de construção do orçamento da cidade, e em outras formas de
participação direta popular. E em todos esses lugares onde existem cidadãos
discutindo os rumos de suas comunidades lá está o jornal local para cobrir e
documentar, escrevendo a história da sociedade, da sua sociedade no dia a dia.
O jornal local é o veículo de
comunicação mais próximo do indivíduo, e é o que com mais freqüência e
intensidade supre uma das necessidades básicas do ser humano, que é a comunicação.
Mais do que a troca de conhecimento e experiências, o ser humano só se torna
sociável por meio do processo comunicacional entre seus pares. Nenhum animal
sobre a terra necessita tanto de comunicação como o homem. Se o nosso cérebro
for comparado ao computador ele é o hardware e os nossos processos mentais que
formam os nossos pensamentos são os softwares. O homem é o ser que nasce com a
menor quantidade de programas, de software no seu cérebro. Diferente dos
animais que vêm ao mundo já praticamente com o cérebro sem espaço para novos
programas, para novos softwares. Quando a gente vê aquelas pequenas
tartaruguinhas quebrando as cascas dos ovos e saindo em direção ao mar é porque
elas sabem exatamente, já está no cérebro delas escutar o som do mar, o cheiro
da água. Não se sabe ao certo, mas ela toma a direção certa, ela não vai para
trás, não vai para a esquerda nem para a direita, ela vai para frente, porque
ela nasce com esse programa. E não é preciso a comunicação da sua mãe-tartaruga
para ela fazer esse ato e ir ao mar e nadar.
O homem não, nós somos
diferentes. Nós nascemos com pouco conhecimento, ou melhor, com poucos
programas no nosso cérebro, e nós passamos a aprender e a ser programados por
meio da comunicação.
O ser humano depende essencialmente
da comunicação para sobreviver. Sem a comunicação o homem padece e sofre. Haja
vista que o pior castigo dado a um condenado, excluindo-se a pena de morte, é a
prisão solitária.
A comunicação como
necessidade básica e imprescindível a exemplo da alimentação, habitação e sexo,
ainda não é vista pelo Poder Público como tal. Necessitamos urgentemente,
portanto, implantar no Brasil políticas públicas voltadas para a comunicação,
isto é, um conjunto de conceitos, decisões e planos que orientam as ações do
Estado e dos governos no setor. É preciso definir qual o tipo de comunicação, e
por que meios, que interessa ao povo brasileiro, como ela será implantada e
quando isso será feito. E a população tem o direito de participar de todas as
decisões pertinentes à comunicação.
Há muito que pregamos,
Deputado Roberto Morais e outros, a instalação
Tal Conselho aperfeiçoaria,
temos certeza, os instrumentos do exercício do direito de acesso livre à
informação, de seu interesse por parte do cidadão, direito que o brasileiro
ainda não conquistou em sua plenitude.
A ADJORI paulista, em seus 30
anos, tem contribuído substancialmente para o aperfeiçoamento do processo
democrático
Temos trabalhado arduamente
para que os jornais do interior paulista sejam reconhecidos como grandes e
importantes protagonistas da comunicação
A redução de custo e
qualidade formal é um deles. Por inspiração e trabalho de um dos nossos
companheiros mais valorosos, nosso diretor Evaldo Vicente, de “A Tribuna
Piracicabana”, dezenas de jornais do interior paulista hoje gastam menos na
importação de papel, e se utilizam de uma matéria prima de melhor qualidade, o
que permite entregar um jornal esteticamente melhor ao leitor.
Realizamos o primeiro
seminário em setembro do ano passado, no qual discutimos os desafios que temos
a enfrentar nos próximos anos. Esse seminário só foi possível ser realizado com
a cooperação irrestrita do senhor Edmar de Almeida, que está aqui presente, ao
lado do fotógrafo Celso, que está representando o Luiz Marinho. E o Prefeito
Luiz Marinho nos ajudou muito para a realização desse seminário. Levamos lá
mais de 40 jornais para discutir aspectos técnicos e outros tantos muito
relevantes para o desenvolvimento de todos os nossos veículos.
Possibilitamos acesso de
dezenas de jornais às verbas de publicidade do Governo Federal. Muitos foram os
contemplados pela primeira vez, pois a ADJORI destruiu barreiras para que isto
acontecesse. Fizemos, portanto, a inclusão de muitos excluídos no acesso às
verbas de publicidade do Governo Federal. Por motivos inexplicáveis, o mesmo
não se replicou aqui no Governo estadual. O diálogo com o Governo estadual e os
jornais do interior é um diálogo muito frágil e restrito. (Palmas.) E nós
tivemos inúmeras iniciativas de vir ao Palácio dos Bandeirantes e conversar com
aqueles que atuam na comunicação, mas até hoje não tivemos eco daquilo tudo que
levamos até eles.
Em breve iniciaremos,
entretanto, um projeto inédito no Brasil. Por meio de convênio com o Ministério
da Cultura vamos implementar oficinas de comunicação em vários grupos que atuam
em atividades culturais, nos chamados Pontos de Cultura. Vamos orientá-los para
que cada um desses grupos possam confeccionar uma edição de jornal e
distribuí-los na comunidade na qual atuam. Esta ação proporcionará a
apropriação de conhecimento em comunicação, em especial na confecção de um
jornal, por parte de milhares de paulistas. O efeito disso será, certamente, um
aumento de leitura de jornais nas comunidades afetadas pelo projeto.
A ADJORI também implementará
em breve, ações visando que os jornais do interior apropriem-se de novas formas
de transmitir informação. É necessário e premente que os jornais façam fluir o
seu principal produto, que é a notícia local por diversas outras formas, com o
objetivo da conquista de novos públicos. As empresas jornalísticas,
principalmente aquelas do interior, têm duas competências imprescindíveis para
tanto: a credibilidade e o conhecimento de sua comunidade. Não importa o
suporte utilizado para transmitir a informação, essas duas qualidades, forjadas
ao longo do tempo e com muito suor, proporcionam as notícias honestas e
apuradas com rigor, hoje transmitidas por meio de páginas de papel, o interesse
do leitor, qualquer que seja a plataforma utilizada.
Jornalismo sério e honesto
será consumido avidamente, seja qual for o meio para isto. E nisso estamos à
frente de qualquer outra empresa em nossos territórios. Qualquer um que chegue
lá, nós somos insuperáveis para fazer a cobertura e transmitir as notícias nas
nossas cidades e nas nossas regiões.
Mas nós temos uma outra
missão, antes de discutirmos o nosso futuro tecnológico, que é a de repudiarmos
qualquer tipo de censura, seja econômica ou ideológica. Os jornais do interior
paulista ainda padecem principalmente da censura econômica imposta por várias
formas e meios. Este é, e será por muito tempo, a principal tarefa da ADJORI de
São Paulo.
Só seremos um país livre e
independente por meio da liberdade de expressão, e a liberdade de expressão só
é praticada através de veículos de comunicação independentes.
Viva os jornais do interior
paulista! Viva a ADJORI. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ROBERTO MORAIS - PPS - Registramos a presença do Prefeito de Votuporanga Júnior
Marão. (Palmas.)
Justificam a ausência o
Prefeito da capital Gilberto Kassab; a proprietária do jornal “O Combate”, de
Jabuticabal, Maria Alice de Campos, e o comandante da Polícia Militar do Estado
de São Paulo, senhor Álvaro Batista Camilo.
O Prefeito de Avaré, que
compõe a Mesa, não queria falar, mas até fez um pedido para que depois da fala
do nosso Presidente Carlos Alberto Buzzano Balladas fizesse o seu
pronunciamento falando em nome dos prefeitos presentes nesta sessão dos 30 Anos
da ADJORI.
Com a palavra o Prefeito
Rogélio Barchetti Urrêa, da Cidade de Avaré.
O
SR. ROGÉLIO BARCHETTI URRÊA - Boa-noite
a todas e todos. Depois do pronunciamento do nosso Presidente da ADJORI, o
senhor Carlos Balladas, que colocou com tanta propriedade essa questão dos
jornais do interior serem um aríete, um baluarte, um dos pilares da atual
democracia, nós, prefeitos, não poderíamos deixar de homenagear todos os
jornais do interior. Estão aqui o nosso amigo Júnior Marão, de Votuporanga; o
nosso sempre Prefeito Itamar Borges, de Santa Fé; o nosso amigo Roque Hoffmann,
de Araçariguama, e eu também, que sou Presidente advindo da imprensa. Fiz
jornal diário durante muitos anos da minha vida e depois rádio também, e
sabemos o valor que tem a imprensa.
A imprensa tem o seu valor
pelas grandes lutas democráticas iniciadas para terminar com aqueles anos de
chumbo que vivemos no regime militar. Entidades como a OAB – Ordem dos
Advogados do Brasil, como a ABI – Associação Brasileira de Imprensa, como
tantas entidades, a UNE, a OEA, enfim, entidades de luta que derrubaram o
regime militar. Mas agora, como muito bem colocou o Presidente Carlos Balladas,
a democracia também é garantida por esse patamar que são os jornais do
interior.
Então queria cumprimentar o
Presidente Carlos Balladas, da ADJORI, pelos seus 30 anos de resistência às
sanções econômicas e eventuais censuras. E também cumprimento o Presidente da
Sessão, Deputado Roberto Morais, um homem da imprensa, um jornalista que virou
deputado e também defende a causa de toda imprensa e jornalistas aqui na Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo.
Os 114 jornais que fazem
parte da ADJORI eu os saúdo cumprimentando agora os jornais da região, e,
particularmente, da minha cidade de Avaré, o jornal “A Comarca”, também tem a
TV Avaré, da Maria Helena Ceconi; o Alexandre Taniguchi; também o empresário de
jornais e rádio que é o Cláudio Salomão, que também é ligado lá a Edu Vale; o
Marcelo Ortega, nosso Secretário de Comunicação; o Sérgio Azevedo Redó, que
preside a Associação Paulista de Imprensa, e tantos outros amigos aqui
presentes.
Queria colocar em breves
palavras que Montesquieu definiu que os pilares de um Estado Democrático seriam
os pesos e contrapesos de três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. Se
Montesquieu fosse vivo hoje com certeza ele incluiria um quarto poder, que é o
poder da imprensa. (Palmas.) Que é aquele poder que garante a democracia que o
Carlos Balladas colocou com muita sobriedade hoje aqui.
Mas não é pelo poder, muito
menos pelo dinheiro que essas pessoas guerreiras fazem jornalismo de interior.
É por paixão. Pura paixão. A paixão de serem permanentes construtores de
pontes. Como diria aquela parábola em que um fazendeiro chamou um lenhador e
disse a ele: “Olha, faz um muro, um muro aqui na minha propriedade, um muro que
me separe da propriedade vizinha. Tem um rio que nos separa, mas eu queria que
também um muro nos separasse, porque do outro lado eu tenho um irmão meu que
mora lá, e eu não falo com ele há muitos e muitos anos, e nem com a família
inteira dele. Então construa esse muro para mim enquanto eu vou à cidade,
quando eu voltar eu te pago. E quando o fazendeiro voltou ao invés do muro a
dividir as duas propriedades e consolidar de vez a divisão de toda aquela
família, o lenhador tinha construído uma ponte.”
Marão, Itamar Borges e meu
amigo Roque, uma ponte em vez do muro. E o fazendeiro disse: “Mas você não está
com a sua razão perfeita? Eu te falei que pagaria se você construísse um muro e
você fez uma ponte!” E, ele olhou para o outro lado do rio e a família inteira do
irmão dele já vinha correndo e estava se encontrando já no meio da ponte com a
família do fazendeiro. Houve uma união por conta daquela ponte. E aquilo
comoveu aquele fazendeiro que olhou para trás e disse: “Cadê o lenhador? Venha
aqui que eu quero te pagar. No fim das contas foi melhor você construir uma
ponte do que construir um muro.” Daí o lenhador disse: “Agora eu não tenho
tempo, eu tenho que construir outras tantas pontes, em outras tantas fazendas
para ligar irmãos de novo.” E o que são jornais no interior senão grandes
construtores de pontes! (Palmas.)
Um abraço carinhoso e
fraterno a todos os jornais do interior, e aos 30 anos da ADJORI, que com
certeza se multiplicarão por mais 30, por mais 60 anos.
Fica o convite para que todos
participem de um Seminário de Comunicação que faremos na Cidade de Avaré. Que,
com a vontade e o ímpeto, todos nós possamos fazer como Cora Coralina - a
grande poeta que também morou em Avaré um período da vida dela - que dizia: “A
nossa vida fica melhor quando nós quebramos pedras e no local delas plantamos
flores.”
A homenagem a vocês da
imprensa que quebram pedras e as diversidades o tempo todo e plantam flores na
sociedade, e fazem disso o sacerdócio da sua vida, a missão de serem a
imprensa, o quarto poder da sociedade brasileira. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ROBERTO MORAIS - PPS – Obrigado, Prefeito Rogelio Barchetti Urrêa, de Avaré.
Neste momento a Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo presta uma homenagem a ADJORI em nome do seu
Presidente senhor Carlos Alberto Buzzano Balladas.
* * *
- É feita a
homenagem.(Palmas.)
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ROBERTO MORAIS - PPS - Sr. Presidente Carlos Alberto Buzzano Balladas, demais
componentes da Mesa, senhores e senhoras convidados, a imprensa livre,
responsável e respeitada é, sem sombra alguma de dúvida, o principal pilar de
sustentação das democracias plenas existentes ao longo de nossa história
recente.
Não é possível conceber uma
sociedade livre e soberana sem o respaldo de órgãos de imprensa atuando como
agentes informadores, formadores e fiscalizadores dos poderes constituídos e da
sociedade como um todo.
Nada define melhor o papel da
imprensa do que o pensamento de Rui Barbosa: “A imprensa é a vista da nação.
Por ela é que a nação acompanha o que lhe passa ao perto e ao longe, enxerga o
que lhe mal fazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam,
ou roubam, percebe onde lhe alvejam, ou nodoam, mede o que lhe cerceiam, ou
destroem, vela pelo que lhe interessa, e se acautela do que ameaça”.
Como homem de imprensa há
mais de trinta anos atuando em rádio, jornal e TV em Piracicaba, sei dessa
importância e da nobre missão que nos cabe. Como político e homem público sei
da necessidade imperiosa de sua existência.
Ao longo da vida jornalística
presenciei fatos e acontecimentos que marcaram profundamente e ajudaram a
compor a formação pessoal e hoje são marcas que carrego na vida parlamentar.
Carregado com essa
experiência, aprendi com o tempo a respeitar cada vez mais os jornais do nosso
interior, instrumentos de comunicação formados por verdadeiros guerreiros em
uma nobre luta diária em levar a informação aos seus leitores, cidadãos
paulistas.
Venho de uma cidade pequena.
Nasci no bairro de Recreio, município de Charqueada, a
Não posso, portanto, deixar
de citar nominalmente meus queridos amigos e verdadeiros mestres: Evaldo Vicente,
aqui presente de “A Tribuna Piracicabana.” (Palmas.) Essa Sessão Solene nasceu
em uma conversa do Evaldo com o Carlos lá em Piracicaba num momento de
descontração em janeiro do ano passado. Ao me informarem dos 30 anos da ADJORI,
propusemos essa homenagem. Já fizemos várias homenagens a várias entidades
representativas não só de Piracicaba, mas da região. Por isso essa homenagem
hoje à ADJORI – Associação dos Jornais do Interior do Estado de São Paulo.
Lembro também da querida
amiga Antonieta Rosalina da Cunha Losso Pedroso, hoje enferma, com quem falei
ao telefone. Presidente, ela lamentou profundamente não poder estar aqui
presente, ela está em casa recuperando-se. Sempre presentes, esses dois amigos,
Evaldo e Antonieta, são os defensores da boa imprensa e da sua querida
Associação dos Jornais do Interior do Estado de São Paulo, a nossa querida
ADJORI.
Representando ao longo desses
30 anos as empresas jornalísticas do nosso Estado, a ADJORI é, sem dúvida, um
selo de qualidade para os jornais paulistas, tão responsáveis pelo progresso e
desenvolvimento do nosso Estado de São Paulo.
Criada na sede da Associação
Paulista de Imprensa, vivenciou o fim do regime de exceção dos governos
militares, e teve um papel fundamental na reconstrução da imprensa livre
brasileira, atuando na defesa e consolidação dos princípios democráticos e na
defesa intransigente da liberdade de expressão.
São 30 anos de defesa da
democratização da informação. Presente em mais de 300 municípios do Estado e
representando 114 jornais, nossa ADJORI é um exemplo emblemático dos princípios
éticos e morais que devem nortear nossas instituições.
Por tudo isso e por saber
reconhecer entidades e homens de valor é que, nessa solene noite, a Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo, o maior Parlamento deste país rende suas
homenagens a essa essencial entidade e a todos os homens e mulheres que com seu
trabalho ajudaram a construir a democracia e a grandiosidade do nosso Estado e
do nosso querido país que é o Brasil. (Palmas.)
Senhor Presidente Carlos
Alberto Buzzano Balladas e demais integrantes da Mesa, quero agradecer a
presença de todos que vieram das diferentes partes do interior do Estado de São
Paulo numa noite de segunda-feira, noite fria, para participar desta Sessão
Solene, uma Sessão Solene simples, mas feita do fundo do coração, como eu disse
a partir da conversa que tivemos com o nosso querido Evaldo Vicente, e com o
Carlos lá em Piracicaba quando foi proposto já há um ano e meio atrás que nesta
data tivéssemos então essa homenagem.
Esgotado o objeto da presente
sessão a Presidência agradece as autoridades presentes, à minha equipe de
trabalho, aos funcionários do Serviço de Som, da Taquigrafia, do Serviço de
Atas, do Cerimonial, da Secretaria Geral Parlamentar, da Imprensa da Casa, da
TV Assembleia e das assessorias da Polícia Civil e Polícia Militar, bem como a
todos que com suas presenças colaboraram para o êxito desta solenidade.
Muito boa-noite a todos e
muito obrigado. (Palmas.)
Em nome de Deus, está
encerrada esta sessão.
* * *
- Encerra-se a sessão às 21
horas e 23 minutos.
* * *