10 DE MARÇO DE 1999
25ª SESSÃO ORDINÁRIA DO PERÍODO ADICIONAL DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA, DA
13ª LEGISLATURA
Presidência : MARIÂNGELA DUARTE, ALDO DEMARCHI, LUCAS BUZATO e JAYME
GIMENEZ
Secretário: LUCAS BUZATO
A
SRA. PRESIDENTE – MARIÂNGELA DUARTE – PT
- Havendo número legal,
declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Convido o Sr. Deputado Lucas Buzato para,
como 2º Secretário “ad
hoc”, proceder à leitura da Ata da
sessão anterior.
O
SR. 2º SECRETÁRIO - LUCAS BUZATO –
PT procede à leitura da Ata da sessão anterior, que é considerada
aprovada.
A
SRA. PRESIDENTE – MARIÂNGELA DUARTE - PT - Convido o Sr. Deputado Lucas Buzato para, como 1º Secretário “ad hoc”,
proceder à leitura da matéria do Expediente.
O
SR. 1º SECRETÁRIO – LUCAS BUZATO - PT procede à leitura da matéria do Expediente publicada
separadamente da sessão.
-
Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
* * *
A SRA. PRESIDENTE - MARIÂNGELA DUARTE - PT - Tem a
palavra o nobre Deputado José Carlos Tonin. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Flávio. (Pausa.) Tem a palavra
o nobre Deputado Erasmo Dias. (Pausa.)
Tem a palavra o nobre Deputado Jamil Murad. (Pausa.) Tem a palavra o
nobre Deputado Lucas Buzato.
O SR. LUCAS BUZATO - PT SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidenta, Srs.
Deputados, demais colegas, assomo a tribuna no dia de hoje para trazer uma
grave denúncia, a pedido dos companheiros do Partido dos Trabalhadores da
vizinha cidade de Cajamar.
Esses companheiros nos informaram que, na
noite passada, o companheiro vereador daquela cidade, José Neves, do PDT, ao
chegar em sua residência, foi seqüestrado por algumas pessoas, levado a um
terreno baldio e barbaramente espancado. Este vereador da cidade de Cajamar se
encontra, no momento, num Hospital da cidade de Jundiaí.
O assunto é de tal gravidade que alguns
canais de televisão já levaram ao ar essa notícia. O curioso é que o PDT,
partido do Sr. José Neves, juntamente com o PT e o PV, são oposição ao Prefeito
daquela cidade, que já passou por esta Casa. Trata-se do Sr. Toninho Ribas,
conhecido na região por seus métodos violentos de tratamento, não só a seus opositores, mas a todos aqueles que
contestam a sua administração.
Não é a primeira vez que ocorrem, no
município de Cajamar, notícias de violência, de ataques contra os vereadores de
oposição. Vamos nos inteirar melhor dos fatos, mas há uma forte suspeita de que
esse espancamento do vereador José Neves, do PDT da cidade de Cajamar, tenha um
cunho político. Aguardaremos os acontecimentos, para não fazermos qualquer
denúncia sem maior consistência.
Queremos alertar que esta Casa, na
realidade, é uma escola da democracia, da convivência entre os múltiplos
pensamentos da sociedade, para todos os que por aqui passam. Parece que o Sr.
Toninho Ribas não aprendeu a lição. Vamos aguardar os acontecimentos, mas
parece que o Sr. Toninho Ribas está enfiado nessa história.
Quero ainda dizer que na próxima
segunda-feira, dia 15, no ato de posse dos deputados da nova legislatura, os
funcionários do Banespa de todo o Estado de São Paulo estarão aqui, na
Assembléia Legislativa. O objetivo do movimento é trazer pelo menos cinco mil
banespianos, para fazer uma demonstração pacífica e política, no sentido de
mostrar que será um erro o que vai acontecer a respeito da privatização do
Banespa.
Vimos
hoje nos jornais que os Srs. Malan e Armínio Fraga sairão pelo mundo com um
pires na mão, como se diz na linguagem popular, desesperados para arrumar 20
bilhões de dólares para fechar as contas do Brasil.
Já se fala em privatizar a Petrobrás e o
Banco do Brasil. Se conseguirem privatizar o Banco do Brasil, a Petrobrás e o
Banespa vão querer privatizar o Pantanal, a Bacia Amazônica, tudo que for
possível, tal qual o modelo argentino, onde só falta privatizar o palácio onde
fica o Sr. Menem.
Então, entendemos que o Sr. Fernando
Henrique Cardoso, o governo tucano deste País, tanto nacional como estadual,
colocou a nação brasileira numa enrascada onde as contas não fecham.
Tivemos durante o decorrer do Plano Real,
na conta balanço de pagamentos, um déficit crescente. Em 1993 tivemos um
déficit de 592 milhões de dólares. Em 1994, o déficit subiu para um bilhão, 689
milhões de dólares. Em 1995, foi para 19 bilhões, 972 milhões de dólares. Em
1996 o déficit alcançou 23 bilhões, 137 milhões. Em 1997 o déficit foi de 33
bilhões, 445 milhões de dólares. Não tenho os dados de 1998, mas deve ter
aumentado ainda mais.
Portanto, acabou a festa dos tucanos.
Se não atuarmos politicamente, eles vão
vender tudo que restou de importante e que foi construído por décadas e
décadas, por gerações e gerações. O patrimônio do povo brasileiro será vendido
para pagar uma dívida fruto da irresponsabilidade deste governo do Sr. Fernando
Henrique Cardoso, este sociólogo que levou o País a este desastre. E,
juntamente com ele o Sr. Mário Covas, um homem que não teve a coragem de se
contrapor a esta política nefasta do governo federal e agora está dizendo que
os governadores que estão questionando a rolagem da dívida têm que fazer a
lição de casa. Sabemos que a situação do Estado de São Paulo é tão complicada,
periclitante, tão fragilizada quanto a
dos outros Estados.
Estamos levantando estes dados. Temos
dados consistentes, e viremos a esta tribuna, nós, do Partido dos
Trabalhadores, o meu amigo nobre Deputado Renato Simões, para mostrá-los,
demonstrando mais uma vez que Mário Covas não só tem a habilidade de manipular
os dados das pesquisas eleitorais para enganar os eleitores, para meter a mão
na candidata do PT, Marta Suplicy, mas também para enganar a
população do Estado de São Paulo e do
Brasil com estes dados financeiros do Estado de São Paulo.
-
Assume a Presidência o
Sr. Aldo Demarchi.
O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - PPB - Esta Presidência tem a honra de comunicar à
Casa que se encontra presente o Presidente da Câmara Municipal de Brotas, nobre
vereador pelo PPB Sérgio Braga, acompanhado do presidente do PSDB local, nobre
vereador João Domingues Barbosa.
A
Presidência agradece as ilustres visitas. (Palmas.)
Tem a palavra o nobre Deputado Lobbe Neto. (Pausa.) Tem a palavra
o nobre Deputado Renato Simões.
O SR. RENATO SIMÕES - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs.
Deputados, ontem, a Assembléia Legislativa recebeu no seu Colégio de Líderes o
Secretário do Trabalho Walter Barelli, representantes de Sindicatos Patronais e
dos Trabalhadores do Setor Automotivo, que vieram a esta Casa apresentar aos
partidos políticos o acordo que deu origem ao Projeto de lei 30/99, encaminhado
pelo Executivo, na semana passada, e que tramita de forma velocíssima nesta
Casa, com aprovação, ao que tudo indica, segundo nos informa “O Jornal”, da
Assembléia, na sua edição de hoje, em sessões extraordinárias.
Queremos estabelecer aqui um debate com os
Srs. Deputados sobre esse projeto.
Já manifestamos na Bancada do PT e também no
Colégio de Líderes uma série de questionamentos que formaram a nossa opinião
contrária à aprovação deste projeto que reduz de 12 para 9% a alíquota do ICMS
para o setor automotivo no Estado de São Paulo.
Mas o primeiro apelo que gostaria de fazer
desta tribuna, nesta tarde, diz respeito
ao fato de que nunca nos Anais desta legislatura se viu um projeto
passar de forma tão rápida entre a sua apresentação na última sexta-feira, no
“Diário Oficial”, e a sua aprovação nesta noite, quarta-feira. Trata-se de um
precedente perigosíssimo. E quero alertar meus companheiros do PT e das
bancadas de oposição desta Casa para a gravidade de deixarmos tramitar um
projeto tão polêmico e de tal magnitude num período recorde, sem o conseqüente
amadurecimento por parte desta Casa das conseqüências deste projeto.
Quero lamentar, inclusive, junto à Mesa
Diretora desta Casa, que a importante publicação em “O Jornal”, da Assembléia,
que respeitamos profundamente, traz apenas argumentos favoráveis ao projeto na
sua matéria de capa, na tarde de hoje, como se não tivesse havido debate no
Colégio de Líderes. Quanto aos posicionamentos aqui expressos, não registraram,
por exemplo, a manifestação contrária do nobre Líder do PC do B, Deputado Jamil
Murad, como também não registraram os questionamentos feitos por este
Parlamentar e pelo nobre Deputado César Callegari, Líder do PSB, bem como as
correspondentes respostas, que, no entendimento deste Deputado, não
satisfizeram a todas as dúvidas apresentadas.
Não será dessa forma, criando um falso
clima de unanimidade em torno desse
projeto, que responderemos ao povo de São Paulo, que pergunta se não
haverá perdas orçamentárias que
comprometam setores como das universidades públicas, como os programas de
moradia popular, como o financiamento da saúde pública, do ensino básico, com
esta diminuição de alíquota de um setor que é responsável por uma grande
parcela da arrecadação, embora, ontem, o Secretário Walter Barelli não tenha
sabido responder ao questionamento de quanto representa este setor no contexto
do ICMS, que vem caindo, mês a mês. Portanto, temores, que sem dúvida não são
apenas meus, mas compartilhados por vários dos Srs. Deputados representantes do
povo nesta Casa, não tiveram resposta.
A questão que coloco hoje ao Colégio de
Líderes, que dentro de pouco tempo receberá representantes do movimento
sindical e de outros setores também
envolvidos, como por exemplo, o Fórum das Seis Entidades, que está aqui
já aguardando a reunião, ou de representantes de sindicatos de metalúrgicos que
também não concordam com este acordo, é para que a Assembléia Legislativa saiba
exatamente o que está fazendo e, portanto, possa dedicar um tempo maior para a
discussão deste projeto antes do horário fatal da segunda sessão extraordinária
de hoje.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Lucas Buzato.
* * *
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BUZATO - PT - Tem a palavra o nobre Deputado Duarte Nogueira
Júnior. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sidney Beraldo. (Pausa.) Tem a
palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado
Dorival Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Paulo Julião. (Pausa.)
Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Engler. (Pausa.) Tem a palavra o nobre
Deputado José Pivatto. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Célia Leão.
(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sidney Cinti. (Pausa.) Tem a palavra a
nobre Deputada Maria Lúcia Prandi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado
Rafael Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dráusio Barreto. (Pausa.)
Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra a nobre
Deputada Mariangela Duarte. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Fernando
Cunha. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jayme Gimenez. (Pausa.) Tem a
palavra o nobre Deputado José Caldini Crespo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre
Deputado Paulo Barboza Filho. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edmir
Chedid. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hatiro Shimomoto. (Pausa.) Tem
a palavra o nobre Deputado Junji Abe. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado
Dalla Pria. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.)
Tem a palavra o nobre Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre
Deputado Djalma Bom. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Wilson Tristão.
(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado César Callegari.
O SR. CÉSAR CALLEGARI - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs.
Deputados, aqueles que acompanham o nosso trabalho pelo “Diário Oficial”, venho
a esta tribuna, na tarde de hoje, para render, em nome pessoal e em nome do
nosso partido, uma singela homenagem ao nosso companheiro Pedro Dallari, que
deixará, pelo menos por algum tempo, o convívio conosco nesta Casa, já que
termina agora o seu mandato, ele que disputou de maneira brilhante a
candidatura de Deputado Federal pelo PSB.
Como muitos sabem, o Deputado Pedro
Dallari, eleito por duas legislaturas -1990 e 1994- tem uma atuação marcada
pela preocupação em defesa dos direitos humanos e do cidadão. Pedro Dallari,
que é Conselheiro da Fundação Abrinq, dos direitos da criança, da Fundação do
Sangue e da Fundação Conrado Adenauer, em novembro de 1997 foi Conselheiro da
OAB -Ordem dos Advogados do Brasil- secção
São Paulo, onde participou de maneira muito atuante, como aliás de resto
toda sua trajetória como profissional e ativista na área de defesa dos direitos
humanos.
Entre os inúmeros projetos que apresentou
e defendeu enquanto Deputado, podemos destacar a Lei 9797/97, aprovada
recentemente, que exclui das licitações estaduais as empresas que exploram o
trabalho infantil. Na realidade, uma contribuição concreta do Deputado Pedro
Dallari na defesa dos direitos das crianças, sobretudo das crianças pobres do
nosso Estado.
Outro projeto importante que apresentou
anteriormente à iniciativa do Executivo para a mesma matéria é o que
determinava que o Governo do Estado realizasse convênio com a Secretaria da
Receita Federal para aderir ao sistema integrado de pagamento de impostos e
contribuições -o Simples- já regulamentado em lei federal, essa batalha que
pioneiramente o nosso companheiro Pedro deu à Assembléia Legislativa, alertando
e formando consciência de que era necessário, de fato, contribuirmos para o
desenvolvimento econômico, principalmente aquele sustentado pelas atividades
realizadas pelas pequenas, médias e até microempresas do nosso Estado.
Gostaria ainda de destacar que o nobre
Deputado Pedro Dallari iniciou sua vida pública como Vereador em São Paulo, em
1988, assumindo a função de Líder da ex-Prefeita Luíza Erundina, hoje nossa
Líder na Câmara Federal; foi Secretário de Governo no Município em 1992. S.Exa.
é formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, em
Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas e Advogado desde 1982.
Mestre em Direito Internacional, vem lecionando esta disciplina em várias
faculdades no Estado de São Paulo, sobretudo na Faculdades Metropolitanas
Unidas.
Quero apenas arrematar, de maneira bem
singela, que certamente vamos sentir muita falta de um deputado temático como
foi, durante estas duas legislaturas, o nobre
Deputado Pedro Dallari. Não apenas
temático no sentido de ter uma diretriz da qual nunca se afastou, que foi esta
luta obstinada para que o País possa, de fato, se conscientizar e concretizar
de todos os mecanismos de defesa e de preservação dos Direitos Humanos e do
cidadão. Essa tem sido uma luta e talvez uma das heranças importantes que o
nobre Deputado Pedro Dallari nos delegue neste momento para que possamos
continuar segurando esta bandeira aqui dentro da Assembléia Legislativa, já que
temos completa convicção de que o nosso companheiro Pedro Dallari continuará
militando com todo o seu brilhantismo e toda a sua competência em todas as
instâncias e condições na luta, não apenas pelos Direitos Humanos, mas que o
País possa, de fato, se transformar numa nação livre, democrática, desenvolvida
e sobretudo num Brasil socialmente justo.
Diferentemente da maior parte dos
deputados estaduais, aqueles que continuarão e os que adentrarão nessa Casa a
partir do dia 15, nós do PSB temos o
privilégio de poder contar de uma maneira permanente com a participação, o
convívio e a iluminação que o nosso companheiro Pedro Dallari certamente vai
dar nas fileiras partidárias.
O Pedro, que foi pré-candidato a
Governador de São Paulo num pequeno partido e que demonstrou toda a sua coragem
de iniciar um processo de crescimento e de construção partidária no campo da
esquerda no Estado de São Paulo, e o fez de maneira generosa, ampla,
democrática, certamente vai continuar contribuindo para que o nosso partido, o
PSB em São Paulo, tenha condições de estar se apresentando à sociedade como uma
das alternativas no campo democrático, popular e desenvolvimentista para a
elaboração e a concretização de um projeto do Brasil para os brasileiros.
Quero, portanto, finalizar essas minhas
palavras para dizer, agora sim, em nome pessoal que foi, durante todo esse
período, um privilégio ter convivido com o nosso companheiro Pedro Dallari
nessa Assembléia Legislativa e fora dela. Foi, na realidade, sempre e
constantemente uma lição de vida, de humanidade, de seriedade, de honestidade
que o Pedro necessariamente dá no seu desempenho como cidadão, como homem, como
amigo, a todos aqueles que convivem com ele.
Fazemos um apelo não em nome pessoal mas
um apelo geral por esta Casa para que ele possa continuar contribuindo com as
suas idéias, seus projetos, sua permanente provocação às mudanças que este
legislativo certamente precisa passar e que a sociedade brasileira certamente
exige de todos nós, homens e mulheres que têm de fato compromisso com o país, e
que precisamos de fato nesse momento criar todos os espaços de convergência
para que seja possível a construção de um projeto verdadeiramente nacional; que
possa ser, de fato, arrastado do nosso horizonte esse modelo que aí está
liderado pelo Governo Fernando Henrique Cardoso e todas as forças que lhe dão
sustentação: os estados brasileiros, os municípios, as forças políticas e os
partidos políticos que na realidade têm construído um projeto perverso, imposto
à nação brasileira um modelo antipopular, antidemocrático, que tem alienado a
própria soberania do País, que tem gerado uma quantidade muito grande de
desemprego e sofrimento à sociedade brasileira, um modelo que fecha empresas e
que leva a desesperança a uma parcela ponderável da Nação brasileira.
Isso precisa ser substituído e para que
assim o seja, é necessário que seja construída uma alternativa. Essa
alternativa não poderá se dar senão com um profundo diálogo com todos os
setores organizados e até pouco organizados da sociedade, que possamos ter o
compromisso permanente de participar, estimular e procurar ajudar os movimentos
sociais porque são os movimentos sociais que haverão de se levantar cada vez
mais neste País os responsáveis e a nossa única esperança para as
transformações que precisamos ter.
Os partidos políticos, sobretudo do campo
democrático popular e desenvolvimentista precisam estar mais unidos. Devemos
fazer com que o diálogo seja a praxe do nosso relacionamento e que com isso possamos contribuir para que as
mudanças necessárias ao País possam ser implementadas com a urgência que o
quadro de crise atual requer.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, com essa finalização rendemos uma
singela homenagem ao nosso companheiro Pedro Dallari e em seu nome, lembrando
de sua presença na Assembléia Legislativa, não podemos nominar, por falta de
tempo, todos os deputados estaduais com quem convivemos nesse período, com os
quais aprendemos coisas importantes. Cada um deles fez seu esforço para
deixar seu legado à causa do Estado de São Paulo.
A todos os companheiros, além do Deputado
Pedro Dallari, rendemos a nossa homenagem e depositamos a esperança de estarmos
cada vez mais juntos, com diálogos mais construtivos.
Sr. Presidente, muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BUZATO - PT - Nobre
Deputado Cesar Callegari, os Srs. Deputados desta Casa são solidários e
corroboram as palavras de V. Exa. no que diz respeito ao nosso querido Deputado
Pedro Dallari. Estamos todos lamentando essa ausência por algum tempo, porque
sabemos que ele irá voltar para dar continuidade a esse debate na sociedade.
Tem a palavra o nobre Deputado Paulo
Teixeira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado
Wagner Lino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Gouveia. (Pausa.)
Tem a palavra a nobre Deputada Cecília Passarelli. (Pausa.) Tem a palavra o
nobre Deputado Misael Margato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro
Dallari. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Flávio Chaves. (Pausa.) Tem a
palavra o nobre Deputado Aldo Demarchi.
O SR. ALDO DEMARCHI - PPB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs.
Deputados, leitores do Diário Oficial, (entra leitura)
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BUZATO - PT - Tem a palavra o nobre Deputado Alberto Calvo
(Pausa.).Tem a palavra o nobre Deputado Reinaldo de Barros Filho. (Pausa.).Tem
a palavra o nobre Deputado Marcelo Gonçalves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre
Deputado Salvador Khuriyeh. (Pausa.)
Esgotada a lista de oradores inscrito no
Pequeno Expediente, vamos passar à lista suplementar. Tem a palavra o nobre
Deputado Walter Feldman (Pausa.).Tem a palavra o nobre Deputado Gilson de
Souza (Pausa.). Tem a palavra o nobre
Deputado Aldo Demarchi. (Sua Excelência desiste da palavra.) Tem a palavra o
nobre Deputado Renato Simões.
O SR. RENATO SIMÕES - PT - Sr.
Presidente, Sras e Srs. Deputados, quero continuar aqui na linha de
argumentação da primeira intervenção que fiz, neste Pequeno Expediente, dizendo
que a proposta de redução de ICMS para o setor automobilístico foi apresentado
ontem pelo Presidente da ANFAVEA, Sr. José Carlos da Silva Pinheiro Neto, como
um boi de filet mignon para a economia.
Esta expressão suscitou imediatamente
risos no Colégio de Líderes, porque todo o mundo sabe que não existe boi só de
filet mignon. Mas, muitas vezes, a
realidade política deste País apresentou ao povo brasileiro “bois de filet
mignon”. Os últimos deles inclusive
está bem vivo na nossa memória, o Plano Real, que durante anos foi a chamada
âncora do Governo Federal, responsável, aliás, pela reeleição do Presidente
Fernando Henrique Cardoso. Ele também
foi apresentado como um “boi de filet mignon”.
Durante algum tempo, alguns comeram filet mignon. Hoje, particularmente os trabalhadores, os
desempregados e os excluídos da sociedade de modo geral não conseguem comer
mais nenhuma parte do boi.
Acho que devemos questionar afirmações
como essas, porque o Governo do Estado tenta nos impor um projeto cujas
dimensões não são conhecidas pela maioria das Sras. e Srs. Deputados. E nem poderia ser, porque durante todo o
período em que o Governo do Estado negociou esse acordo, tanto no âmbito
federal, fracassando na tentativa de fazê-lo em dimensão nacional com aprovação
do CONFAZ, quanto no plano estadual, em nenhum momento ao longo dessa história,
os setores sociais vinculados a políticas públicas financiadas com recursos do
ICMS, as prefeituras que recebem recursos do ICMS, além de outros setores dos
trabalhadores, que são interessados em todas as propostas capazes de gerar
emprego e renda, ninguém foi chamado ao debate. E esta Casa também não.
Ontem, uma altercação entre alguns dos
Srs. Deputados e o representante patronal do SINDIPEÇAS mostrou a esses
senhores que a Assembléia Legislativa não pode ser chantageada com a emergência
de aprovação desse projeto. Esse
projeto já se encontra há mais de 60 dias, segundo informações do próprio
Secretário Barelli. O acordo, chamado
“Acordo Emergencial do Setor Automotivo”, assinado pelo Governo Federal através
do Ministério do Trabalho e Emprego, data de 27/02. Houve muito tempo para que as Sras. e os Srs. Deputados pudessem
participar dessa discussão. Agora, o
projeto chega, em regime de urgência, e em três dias úteis precisamos votá-lo
sob pena de estarmos contrariando os interesses maiores dos trabalhadores, do
setor produtivo e do Governo.
Queremos, Sras. e Srs. Deputados, nada
mais do que a oportunidade de debater esse projeto. Quantos pronunciamentos das Sras. e Srs. Deputados houve sobre
este assunto nesta tribuna? Quantas
comissões de mérito se reuniram para discutir o assunto? Quantos documentos foram analisados para
comprovar a viabilidade do chamado “boi de filet mignon”, apresentado para
apreciação nesta Casa?
Eu temo, Sras. e Srs. Deputados, que
tenhamos chegado nesta Casa Legislativa a muito poucas conclusões sobre o
conteúdo desse projeto. Por isso, antes
de ocupar a tribuna novamente no Grande Expediente para discutir mais
especificamente o mérito do projeto, quero reiterar aqui o apelo aos líderes
partidários e às Sras. e Srs. Deputados: não vamos comprar gato por lebre, nem
vamos engolir um “boi de filet mignon” que possamos descobrir depois
inexistente.
Vamos abrir o debate, inclusive tendo a
possibilidade de voltar à matéria nesta legislatura, mas vamos fazer o
debate, vamos discutir o assunto, vamos
discutir alternativas, vamos acumular, vamos verificar o conteúdo de emendas
para que tenhamos a possibilidade de aprimorar o que todos nós queremos: a retomada
do desenvolvimento econômico, a retomada da produção, a manutenção e ampliação
dos níveis de emprego e de renda no Estado de São Paulo.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BUZATO - PT - Esgotada a lista de oradores do Pequeno Expediente,
vamos passar ao Grande Expediente
* * *
-
Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BUZATO - PT - Tem a
palavra o nobre Deputado Alberto Calvo. Sobre a mesa, requerimento de permuta de
tempo entre o Deputado Alberto Calvo e o Deputado Renato Simões.
Tem a palavra o nobre Deputado Renato
Simões, pelo tempo regimental.
O SR. RENATO SIMÕES - PT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, sem dúvida
esta matéria que venho debatendo na tarde de hoje sobre o Projeto de Lei 30/99
é uma dessas matérias que não podem passar desapercebidas por esta Casa. É uma
matéria altamente relevante. Trata-se de uma questão nacional; não se trata apenas de mais um acordo sindical
ou de mais uma proposta de benesses para setores privilegiados do capital.
Trata-se de uma questão fundamental para o
debate sobre os rumos da política econômica que vive neste período conturbado
de falência do plano real um momento de busca de alternativas. Sem dúvida, esta
Casa não pode se negar a discutir alternativas, ainda mais quando essas alternativas vêm respaldadas
por setores expressivos do movimento sindical como este Projeto de Lei.
Queremos inclusive prestar aqui novamente
o nosso respeito, a nossa solidariedade à luta dos trabalhadores da Ford, que
no começo deste ano transformaram a questão do desemprego, de um fato econômico
numa questão política de dimensão nacional.
Portanto, o que nós estamos discutindo
aqui terá conseqüências para muito além dos 75 dias de redução de ICMS do setor
automotivo ou dos 90 dias de parcial garantia de emprego para os trabalhadores
desse setor.
Nós estamos recorrendo ao Diretório
Nacional do nosso partido, o PT, porque
esta é uma questão nacional. Como
membro do Diretório Nacional do PT, acredito que esta questão diz respeito à
linha programática e de intervenção conjuntural do nosso partido no cenário político nacional. Tanto é, que esta
matéria foi discutida na última reunião do Diretório Nacional do PT e não houve
deliberação sobre o posicionamento partidário a respeito do assunto.
Pelo caráter polêmico da matéria , o
Diretório Nacional do PT decidiu não manifestar-se conclusivamente sobre o
assunto. Preferiu discutir melhor, constituiu uma comissão de alto nível,
composta pelo Deputado Federal Aloísio Mercadante, pelo Presidente da CUT
estadual de São Paulo, José Lopes Feijó, pelo ex-Deputado Federal e ex-Deputado
desta Casa, Ivan Valente, pelo dirigente da Executiva Nacional do partido,
Sávio Bonis e esta comissão recebeu a delegação do Partido dos Trabalhadores
para sistematizar os argumentos pró e contra esta questão para uma posterior
deliberação do partido sobre a linha que nós teremos a respeito de propostas
como a do acordo emergencial do setor automotivo.
Não é por acaso, Sr. Presidente, Sras. e
Srs. Deputados, que os três governos estaduais de que nós participamos e que
tem base no setor automotivo, o Estado de Minas Gerais, o Estado do Rio Grande
do Sul e o Estado do Rio de Janeiro não aceitaram no âmbito correto para esse
debate, o Confaz, a proposta de integrar esse acordo, abrindo mão de receita do
ICMS dos seus Estados.
Há uma razão muito boa para essa decisão
soberana desses três Estados da federação, que foram acompanhados por outros
Estados nessa votação. Minas, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro foram Estados
que concederam benefícios fiscais imensos ao setor automotivo nos governos
anteriores. Coincidentemente governos alinhados com o Presidente Fernando
Henrique Cardoso.
O Governador Marcelo Alencar, o Governador
Eduardo Azeredo e o Governador Antônio Britto destruíram as economias dos seus
Estados, comprometeram as finanças públicas por décadas, alimentaram
expectativas de terem resolvido o problema de emprego nos seus Estados doando
milhões de reais para as mesmas montadoras que, estabelecidas aqui em São
Paulo, pleiteiam agora do Governador Mário Covas outro representante do Governo
Fernando Henrique, a frente de um governo estadual, benesses nesse período de
crise. Evidentemente que as vitórias do Governador Olívio Dutra, do Governador
Itamar Franco e do Governador Antony Garotinho tiveram como ponto fundamental o
questionamento da política de renúncia fiscal dos governos anteriores.
São Paulo denunciou muitas vezes o
Governador Mário Covas nesta Casa e em outras oportunidades protestou contra a
guerra fiscal dos Estados, disse que São Paulo estava sendo prejudicada por
Minas, pelo Rio Grande do Sul, pelo Rio de Janeiro e por outros Estados que
buscavam atrair, com base em benefícios fiscais, as empresas estabelecidas em São
Paulo. E o governador, mesmo quando encaminhou a esta Casa um projeto de lei,
que autorizava São Paulo a entrar na guerra fiscal, disse que não utilizaria
esse recurso e que São Paulo estaria fora da guerra fiscal.
Ontem eu perguntei ao Sr. Secretário de
Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo, Walter Barelli, que
outro significado teria esse projeto senão um recuo do governo do Estado de São
Paulo na sua disposição de não entrar na guerra fiscal.
Sr. Presidente, consideramos que esta Casa deva estudar com profundidade
e não com a rapidez com que Congressos de Comissões são realizados, a própria
constitucionalidade deste Projeto de lei 30/99 porque em outras oportunidades
São Paulo questionou a constitucionalidade e a legalidade de rebaixamento de alíquotas
de ICMS para beneficiar setores do capital sediados em outros estados da
Federação.
Acredito que qualquer destes estados que outrora foram destruídos
pela política de guerra fiscal e que buscam agora, coerentemente, com os
programas que apresentaram nas últimas eleições, reconstruir seus estados,
poderão ir à Justiça contra o Estado de São Paulo caso a Assembléia Legislativa
de São Paulo aprove e o Governador sancione
o Projeto de lei 30/99.
Sr. Presidente, poderia ser argumentado
que não precisamos nos ater a esta questão nacional, que somos deputados
estaduais e a nós cabe apenas zelar
pelas interesses de São Paulo. No entanto, os interesses de São Paulo não são
apenas aqueles que se esgotam no curto período de 75 ou de 90 dias; os interesses
de São Paulo são os de, através de um respeito ao pacto federativo,
encontrarmos as melhores políticas de desenvolvimento nacional e regional para
tirarmos o País do atoleiro da crise em que fomos metidos pelo Governo Fernando
Henrique e pelo grande capital transnacional agora diretamente designados para
monitorar a nossa política econômica no plano
federal.
A São Paulo interessam os questionamentos
colocados pelos Srs. Governadores de oposição operante ao Presidente Fernando Henrique Cardoso.
Como disse, há pouco, o nobre Deputado
Lucas Buzato desta tribuna, São Paulo vive de forma dramática as
conseqüências do arrocho das finanças
públicas estaduais promovido pelo
Governo Federal. São Paulo já não tem mais investimentos previstos, já não paga
fornecedores e credores privados, envereda pelo caminho do arrocho do salário,
da demissão de funcionários , da entrega dos destinos deste Estado à política
que vem sendo presidida pelo Fundo Monetário Internacional. O Governo de São
Paulo fala em demissões, privatizações,
em retirar recursos da educação, da
saúde, do saneamento básico, em respaldar um contexto macroeconômico que
inviabilizará as próprias boas intenções anunciadas pelo acordo emergencial do
setor automotivo.
Por isso, nesta primeira abordagem de
conteúdo deste projeto, queria me ater a esta questão de caráter nacional.
Ainda no dia 15, quando os deputados da
futura legislatura estivermos tomando posse, estará acontecendo na Assembléia
Legislativa de Minas Gerais o
lançamento da Frente de Parlamentares em Defesa da Autonomia dos Estados. Uma
frente que congregará deputados estaduais de
todo o País interessados no debate sobre os rumos da federação
brasileira e sobre a forma como serão compostos os interesses entre as esferas
federal e estadual na repartição de poderes, recursos e de atribuições.
Queremos estar solidários a essa
iniciativa mas, lamentavelmente, não poderemos estar lá presentes, em função da
sessão que estaremos realizando no mesmo horário, para a posse dos Srs.
Deputados e para a eleição da Mesa Diretora para o próximo biênio.
Sem dúvida, trata-se de uma iniciativa
extremamente importante que contraria a lógica do governo federal, e contraria
também essa opção rebaixada feita pelo governador Mário Covas que, depois de quatro
anos de governo negando-se, inclusive na campanha eleitoral admitir que São
Paulo estaria na guerra fiscal, entra com esse projeto, hoje, respaldado pelo
movimento sindical; amanhã, contra os interesses dos trabalhadores virão outros
projetos de renúncia fiscal, outros projetos que lançarão São Paulo na aventura
de imaginar uma ilha de prosperidade no caos da política econômica brasileira.
Srs. Deputados, não há saída parcial para
esta crise. Repito, o contexto macroeconômico que vivemos hoje no País nem de
perto se compara ao contexto macroeconômico de 1992 e 1993 quando os acordos da
Câmara Setorial foram apresentados à sociedade como capazes de induzir a um
novo período de desenvolvimento econômico nacional.
Não acredito nesse boi de filé mignon, acredito
mais que estamos diante de um boi de piranha para que depois a boiada da guerra fiscal passe por esta
Casa tão celeremente quanto passou esse projeto nesta oportunidade. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. GILSON DE SOUZA - PFL - PELO ART. 82 -
Sr. Presidente e Srs. Deputados,
sou de uma região rica, da qual tenho muito orgulho. Tive a oportunidade
de uma passagem rápida por esta Casa,
visto que eu e o companheiro Tristão tomamos posse no dia 5 de fevereiro deste
ano. Para mim está sendo uma experiência muito rica e gratificante.
Portanto,
em nome da minha querida região, em nome da minha querida Franca e em
nome do meu povo, quero deixar aqui o meu agradecimento a todos e em especial
ao Presidente da Casa, Deputado Vaz de Lima, pela maneira carinhosa com que me
acolheu, bem como a todos os líderes e
companheiros de partidos que integram este Parlamento. Também quero dizer da
minha alegria em conhecer tanta gente
simpática, dedicada e agradável como é
a equipe de trabalho desta Casa.
Volto à minha cidade e, tenho certeza, bastante feliz, sabendo que o tempo foi
pouco, mas muito contente mesmo, porque aqui tive a oportunidade de fazer bons
amigos. Só tenho que agradecer.
Quero agradecer também à minha liderança
em nome do Deputado Edmir Chedid, que
carinhosamente me deu todo o respaldo; ao meu chefe de gabinete, Geraldo, que
também me ajudou muito e, em especial, ao Presidente da Câmara de Franca, que
se faz presente aqui, Evaldo Ismael de Oliveira; ao Diretor da Câmara Municipal
de Franca, ao Vereador Nirlei de Souza, que é meu irmão e vereador na cidade de
Franca, ao Vereador Carlinhos Miramonte, também do PFL, vereador na cidade.
Para nós é um orgulho muito grande recebê-los aqui. Tenho certeza de que todos
nós estamos muito felizes.
Quero agradecer também a todos, desde
aquele que trabalha no setor de limpeza,
porque considero todos igualmente. Quero agradecer a todos, de coração,
pela forma carinhosa que me trataram neste período.
É pena que o tempo é curto, mas considero
uma experiência, como algo que marcou minha vida, ter este momento, fazer parte da história de São Paulo como
deputado. Eu me sinto muito feliz!
Quero dizer também da minha felicidade ao
apresentar um projeto que vem ao encontro dos anseios da sociedade, que é o
crédito educativo através da Caixa Econômica do Estado de São Paulo. Hoje pude
participar da reunião da comissão e fiquei feliz por ver meu projeto sendo
recebido de uma forma muito carinhosa pelos deputados que compõem a comissão, e
em especial a deputada que se faz presente aqui. A V. Exa. meu muito obrigado
pelo apoio na comissão.
Franca, a capital do calçado, a terra do diamante, a terceira
maior bacia leiteira do Estado de São Paulo e, até brincando, porque é um
orgulho quando se fala da sua cidade, da sua região com o coração, porque
estamos dentro de um contexto que tenho mencionado muito: o Estado de São Paulo
é maior do que países do Primeiro Mundo, como Itália, Portugal, Espanha. Como é
grande este São Paulo! Como é rico este Estado! Aqui é, sem dúvida, o coração
do nosso País. É gratificante saber que faço parte da história política de uma
cidade rica, não só no seu potencial, mas por seu povo, um povo que é, sem
dúvida, um orgulho para nós, um povo que tem o coração voltado para receber de
braços abertos todos aqueles que realmente nos visitam.
Deixo aqui, então, meus sinceros
agradecimentos e minha mensagem: Franca está de coração aberto para todos
vocês. Obrigado.
SR. PRESIDENTE - LUCAS BUZATO - PT - Esta Presidência, em nome da Casa, quer saudar
os representantes do Poder Legislativo da cidade de Franca. Muito nos honra a
presença de V.Exas. na Assembléia
Legislativa. (Palmas.)
O SR. GILSON DE SOUZA - PFL - Sr. Presidente, havendo acordo entre as
lideranças presentes em plenário, solicito a suspensão dos trabalhos até as 17
horas e 30 minutos.
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BUZATO - PT - Havendo acordo de lideranças em plenário, os
trabalhos estão suspensos até as 17 horas e trinta minutos.
* * *
- Suspensa às 15 horas e 44 minutos, a
sessão é reaberta às 17 horas e 32 minutos, sob a Presidência do Sr. Jayme Gimenez.
* * *
O SR. PRESIDENTE JAYME GIMENEZ - PMDB - Srs.
Deputados, em nome da Presidência efetiva,
nos termos do artigo 100, inciso I, da IX Consolidação do Regimento Interno,
convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 19
horas, com a finalidade ser apreciada a seguinte Ordem do Dia: Projeto de lei
nº 30/99 Convoca ainda , nos mesmos termos, para uma segunda sessão
extraordinária a realizar-se hoje, 60 minutos após o término da primeira sessão
extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:
Projeto de lei nº 30/99.
O SR. NABI CHEDID - PSD - Sr. Presidente, em virtude de estar
acontecendo uma reunião de líderes, e havendo acordo entre as lideranças
presentes em plenário, solicito o levantamento da sessão.
O SR. PRESIDENTE - JAYME GIMENEZ - PMDB -
Havendo acordo entre as lideranças, esta Presidência vai levantar a
sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à
hora regimental, informando que a Ordem do Dia será a mesma da sessão de hoje.
Lembra ainda da realização de duas sessões extraordinárias, a primeira a ser
realizada hoje às 19 horas, e a segunda a realizar-se hoje, 60 minutos após o
término da primeira sessão extraordinária.
Está
levantada a sessão.
* * *
-
Levanta-se a sessão às 17 horas e 34 minutos.
* * *