16 DE JUNHO DE 2008

028ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AOs “CEM ANOS DA IMIGRAÇÃO JAPONESA NO BRASIL”

 

Presidente: VAZ DE LIMA

 

 

RESUMO

001 - Presidente VAZ DE LIMA

Abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Comunica que convocou esta sessão solene, para comemorar os "Cem Anos da Imigração Japonesa no Brasil". Convida o público presente a ouvir, de pé, os hinos nacionais do Japão e do Brasil.

 

002 - SAID MOURAD

Deputado estadual, integrante da Comissão para o Centenário da Imigração Japonesa, recorda a sua origem libanesa. Faz histórico sobre o seu pai. Enaltece o respeito dos japoneses pelas diferenças culturais. Recorda os ataques a Hiroshima e Nagazaki. Fala do simbolismo da bandeira japonesa.

 

003 - MARIA LÚCIA PRANDI

Deputada estadual, integrante da Comissão para o Centenário da Imigração Japonesa, relembra a chegada dos primeiros imigrantes japoneses, no navio "Kasato Maru". Informa que, atualmente, a comunidade soma cerca de um milhão e meio de pessoas. Destaca o trabalho dos japoneses na agricultura e na pesca. Louva o empenho, a dedicação e a inteligência dos japoneses. Informa a criação do Conselho Brasil Japão para o Século 21. Recorda que o Brasil adotou o modelo japonês para TV digital. Faz considerações sobre os desafios enfrentados pelos 300 mil dekasseguis.

 

004 - BARROS MUNHOZ

Deputado estadual, recorda o convívio com japoneses na sua infância. Lembra a sua gestão como Secretário da Agricultura, quando teve oportunidade de conhecer o Japão. Elogia as iniciativas, o amor à terra e ao Brasil de Shunji Nishimura, que administra escola na cidade de Pompéia.

 

005 - Presidente VAZ DE LIMA

Anuncia apresentação musical. Procede à leitura de currículo e à entrega de placa comemorativa aos homenageados.

 

006 - SHIRO NISHIMURA

Filho de Shunji Nishimura - fundador da Jacto -, representando o pai nesta solenidade, agradece pela homenagem recebida.

 

007 - YOSHITAME FUKUDA

Músico, agradece a homenagem.

 

008 - TOMIE OHTAKE

Artista plástica, agradece a homenagem.

 

009 - SAMUEL MOREIRA

Deputado estadual, presidente da Comissão para o Centenário da Imigração Japonesa, destaca a contribuição dos japoneses e seus descendentes para São Paulo, que é a maior cidade japonesa fora do Japão. Lembra a integração desses imigrantes, especialmente depois da Segunda Guerra. Destaca os valores da cultura japonesa, por preservar uma cultura milenar, aliada à modernidade.

 

010 - Presidente VAZ DE LIMA

Anuncia apresentações musicais. Nomeia autoridades presentes.

 

011 - KOKEI UEHARA

Presidente da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e Presidente da Associação para Comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, agradece às homenagens prestadas. Tece considerações sobre as falas dos oradores que o antecederam. Recorda a sua chegada ao Brasil, em 1936. Lembra os sacrifícios enfrentados pelos imigrantes. Faz  explicações sobre a última canção apresentada. Enaltece o legado dos antepassados.

 

012 - Presidente VAZ DE LIMA

Em nome da taquígrafa Emília Naomi Todo Liem, homenageia os servidores japoneses desta Casa. Faz homenagem póstuma ao Deputado Paulo Kobayashi, que foi presidente deste Parlamento. Agradece a todos que colaboraram para o êxito da solenidade. Encerra a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Vaz de Lima.

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Compõem a mesa as seguintes autoridades: Kokei Uehara, presidente da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social e presidente da Associação para Comemorações do Centenário da Imigração Japonesa do Brasil; Sr. Akeo Yogui, presidente do Kenren, Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil; Deputado Samuel Moreira, presidente da Comissão de Representação das Festividades Comemorativas aos Cem Anos da Imigração Japonesa no Brasil; Sr. Jiro Maruhashi, Cônsul-geral adjunto, representando o Sr. Cônsul-geral do Japão, Masuo Nishibayashi; estão presentes também o Deputado Barros Munhoz, Líder do Governo nesta Casa; Deputada Maria Lúcia Prandi e Deputado Said Mourad, que também fazem parte da Comissão do Centenário; e Deputado federal William Woo.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, minhas senhoras e meus senhores, esta Sessão Solene foi convocada por este Presidente, com a finalidade de comemorar os “Cem Anos da Imigração Japonesa no Brasil”.

Convido a todos os presentes para, de pé, ouvirmos os Hinos Nacionais do Japão e do Brasil, executados pela Banda da Polícia Militar, sob regência do Maestro, 2º Tenente Músico PM, Jansen Feliciano.

 

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-  São executados os Hinos Nacionais do Japão e do Brasil.

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Agradecemos a Banda da Polícia Militar, sob a regência do Tenente Músico Jansen Feliciano.

Esta Presidência, antes de passar a palavra aos Srs. Deputados, anuncia a presença de três grandes personalidades que serão homenageados: o músico-violinista Yoshitame Fukuda; a artista plástica Tomie Ohtake; e o fundador da empresa Jacto, Sr. Shunji Nishimura, representado pelo seu filho Shiro Nishimura.

Além do Deputado Samuel Moreira, que preside a comissão, estão presentes a Deputada Maria Lúcia Prandi, o Deputado Said Mourad, o Deputado Aldo Demarchi, o Deputado Carlinhos Almeida, o Deputado João Caramez, o Deputado Luis Carlos Gondim, o Deputado Vinicius Camarinha e o Deputado Barros Munhoz. Será dada a palavra aos integrantes da comissão e, depois, se algum outro parlamentar quiser fazer o uso da palavra, poderá falar da tribuna.

Esta Presidência dá a palavra ao nobre Deputado Said Mourad.

 

O SR. SAID MOURAD - PSC - A todos, “konnitiwa, irasshaimase”. Quero dar as boas-vindas a todos os presentes e dizer que é uma grande satisfação ser membro desta Comissão do Centenário de Imigração Japonesa. A minha família, também de imigrantes orientais, é libanesa e não japonesa. Porém, existe uma semelhança. Conheço bem a história do meu pai, que chegou aqui nos anos cinqüenta. Ele mascateava, andava da zona norte até Pinheiros vendendo produtos, sem falar o Português. Vendia os produtos de forma parcelada e, depois de um ou dois anos andando por São Paulo inteiro, a pé, conseguiu comprar uma charrete. Depois disso, ele disse que a sua vida mudou: antes da charrete e depois da charrete. Conseguiu educar e formar os nove filhos. Tem hoje uma tecelagem e está com 82 anos. Todos os dias e pontualmente às seis horas da manhã, está de bengala à porta da tecelagem.

Isso me dá muito orgulho, inclusive a história de todos os imigrantes: italianos, espanhóis e, hoje, especificamente, japoneses. Tenho muita admiração pelos japoneses, pela capacidade de desenvolvimento, sem perder as suas raízes, a essência e a cultura. O desenvolvimento de uma nação não é medido pelo avanço tecnológico, mas pelo respeito entre os povos dessa nação. E o respeito entre as diversas culturas regionais japonesas demonstra a força desse povo, que foi capaz de perdoar o maior ato terrorista da história do mundo: Hiroshima e Nagasaki. Foi um ato terrorista incomparável. Outros atos terroristas vieram depois, e somos contra todos os atos terroristas.

Muitas vezes, as pessoas confundem que, por sermos árabes, somos a favor disso ou daquilo. O árabe, o muçulmano de fato, é a favor da vida. Ele é contra qualquer tipo de luta, qualquer tipo de briga, a não ser que seja em defesa da causa própria, que seja a luta do patriotismo, dos kamikazes, que é uma luta patriota.

Nós condenamos qualquer tipo de terrorismo, nós condenamos o nazismo, tal qual condenamos o sionismo, que são discriminações. Somos pela união dos povos.

É essa mensagem de união que vem lá do sol nascente, que é essa bandeira de fundo branco, que traz paz para todo o ocidente.

Quero cumprimentar todos vocês, dizer da admiração que tenho pela cultura de vocês. A minha família tem um restaurante que não é árabe, é japonês, já tivemos a oportunidade de recebê-los, espero que tenham gostado muito, para mostrar quanto admiramos essa cultura.

Parabéns, continuem assim, com respeito entre os povos, demonstrando que a paz do mundo depende desse respeito, depende da ligação das culturas, depende de conhecermos as outras culturas para podermos melhor respeitá-las.

Parabéns do fundo do coração. Boa-noite. Parabéns.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Prandi.

 

A SRA. MARIA LÚCIA PRANDI - PT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Kokei Uehara, Presidente da Associação das Comemorações do Centenário da Imigração Japonesa, nobres homenageados, a artista Tomie Ohtake e o músico Yoshitame Fukuda; e na pessoa do filho do Sr. Shunji Nishimura, Sr. Shiro Nishimura, também nossos cumprimentos, demais presentes, não só representantes da comunidade japonesa, mas todos aqueles que se unem nesta sessão solene, para homenagear os Cem Anos da Imigração Japonesa.

Tenho a imensa alegria de saber que a minha cidade, Santos, onde moro desde menina, foi quem recebeu, por seu porto, no remoto ano de 1908, o vapor Kasato Maru. Nele, estavam as 781 pessoas, de 151 famílias, que formaram o embrião, no Brasil, daquela que é a maior comunidade japonesa fora do Japão.

Com satisfação e reconhecimento, comemoramos cem anos da chegada dos primeiros imigrantes. Uma integração fantástica une o povo japonês e o povo brasileiro desde então. Hoje, são mais de um milhão e meio de brasileiros de origem nipônica vivendo em nosso País, enriquecendo nossa cultura, introduzindo costumes e partilhando a vida nacional.

Há muito para ser contado e revivido sobre esses cem anos de história. O cultivo do arroz - também o da banana - depois do chá, foi responsável pela fixação de muitos japoneses no Litoral Paulista e no Vale do Ribeira. O interesse por essas atividades fez com que muitos deixassem, em 1910, seus empregos na Estrada de Ferro Santos-Jundiaí e na Companhia Docas de Santos. Os registros históricos mostram que, em 1918, havia turmas de portuários constituídas exclusivamente por japoneses!

Em Santos, os nipônicos surpreendiam com a beleza de suas chácaras, especialmente nos bairros Ponta da Praia, Marapé, Saboó, Campo Grande e Morro da Nova Cintra.

Destacavam-se na pesca, onde ainda se destacam, como a família Ono e tantas outras que deixaram marcas importantes para o nosso Estado e o nosso País.

O exemplo de empenho e dedicação foi sempre seguido pelas novas gerações de ascendência japonesa. Os estudantes japoneses são reconhecidos como muito inteligentes, esforçados, e ninguém se surpreende ao vê-los em algumas das melhores classificações dos principais vestibulares brasileiros, porque, para os japoneses, a educação dos jovens é ponto de honra das famílias.

Não por acaso, há dois anos, o Presidente Lula manifestava a felicidade e a honra de assinar um ato histórico de reparação, que devolveu à comunidade japonesa santista a edificação onde funcionava a Escola Japonesa de Santos. Em meio às intolerâncias e barbaridades da Segunda Guerra, o imóvel foi confiscado pelo governo brasileiro. Finalmente, reparou-se a injustiça.

Instalada na Rua Paraná, a escola era japonesa no nome, mas aberta a todos os brasileiros sem discriminação, tornando ainda mais firmes as raízes da integração.

Tive a satisfação de endossar estar junto com a comunidade japonesa nessa luta. Essa medida fortalece laços, indo ao encontro dos objetivos do Conselho Brasil/Japão para o Século XXI, criado pelo atual governo para estreitar as relações políticas, comerciais e culturais.

Importantes parcerias econômicas e tecnológicas têm sido firmadas, entre as quais aquela que resultou na adoção, pelo Brasil, do modelo japonês de TV digital. E vale destacar que o governo japonês dispensou o Brasil de pagar o royalty, comprometeu-se a colaborar com o desenvolvimento de uma indústria eletrônica no país.

Temos verdadeiras cidades japonesas dentro das cidades brasileiras. No Japão, são mais de 300 mil brasileiros que buscam novas vivências e oportunidades. São brasileiros empreendedores que vão para lá com sua raça e sua garra.

Temos muito em comum. É incontestável a contribuição do povo japonês no Brasil.

Quero dizer da minha admiração pelos valores da cultura japonesa, como o esforço, a perseverança, a disciplina. Quero reverenciar a cultura japonesa pela beleza, pela leveza, pela doçura, pela habilidade manual. Só uma cultura com tanta sensibilidade poderia ter, por exemplo, o origami. Isso tudo sempre semeado pelo espírito familiar e também toda influência que recebemos da cultura japonesa, seja nos esportes, seja, inclusive, de ordem filosófica, cultural e também religiosa.

Colhemos os frutos da melhor qualidade das duas culturas. Os nossos agradecimentos a todos os japoneses que aqui vieram, que aqui permanecem, que aqui buscam, que aqui contribuem para o nosso enriquecimento em todos os aspectos. Esperamos também que o Brasil dê melhores oportunidades aos descendentes de japoneses para irem ao Japão, sim, rever ou conhecer a cultura dos seus ancestrais, que não seja meramente em busca de oportunidade de trabalho, e que tenhamos, também no Brasil, melhores oportunidades para eles.

Resumo toda a minha gratidão, o meu reconhecimento em duas palavras: muito obrigada. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Tem a palavra o Deputado Barros Munhoz, líder do governo.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Sr. Presidente, Deputado Vaz de Lima; senhores homenageados; Presidente da Associação das Comemorações do Centenário da Imigração Japonesa, Sr. Kokei Uehara; caro Deputado Samuel Moreira, Presidente da Comissão de Festejos do Centenário; Deputada Maria Lúcia Prandi que tão brilhantemente se manifestou aqui, da mesma forma o Deputado Said Mourad; Sra. Tomie Ohtake, homenageada; Sr. Joshitame Fukuda; meu amigo Sr. Shiro Nishimura, filho do Sr. Shunji Nishimura também homenageado, eu não vou fazer um discurso sobre a importância da imigração japonesa para o Brasil porque já disse, brilhantemente, sobre isso a nossa Deputada Maria Lúcia Prandi, que é de uma cidade que teve a felicidade de primeiro receber os imigrantes japoneses em 1908.

 Quero apenas dar um depoimento pessoal como alguém que teve a oportunidade de conviver com os japoneses na sua infância. Nunca vou me esquecer da venda do Sr. Jorge, na esquina da casa dos meus pais, do quanto fiquei devendo a ele, à sua esposa e aos seus filhos na formação do meu caráter, do meu modo de ser, e o quanto eu aprendi em termos de paciência, tolerância, convivência, disciplina, enfim, pertinácia.

Depois, a vida me propiciou ocupar o cargo de Secretário da Agricultura do Estado de São Paulo. Aí, tenho duas experiências que me trazem a esta homenagem, a esta comemoração. Uma foi a de ter visitado o Japão e as províncias japonesas, irmãs de São Paulo: Mie, Toyama, Gunma, conhecer aquele país fantástico, viver a experiência - embora curta -, conhecer de perto aquela cultura extraordinária.

O segundo fato que faço questão de mencionar me relaciona exatamente com o Sr. Shunji Nishimura, pai do nosso amigo Shiro. Ele vinha me visitar sempre acompanhado do brilhante ex-secretário Dr. Paulo da Rocha Camargo. Eu estranhava porque ele nunca me pedia nada, na verdade sempre me pedia aquilo que ele oferecia: um amor impressionante à terra e um amor indescritível ao Brasil. Ele sempre me levava um folheto, uma mensagem que ele achava que eu devia ajudar a propagar porque ia estimular o amor das crianças e dos jovens à terra, o amor das crianças e dos jovens ao Brasil. Eu ficava impressionado. Um dia fui a Pompéia conhecer a sua escola e fiquei mais impressionado ainda. Depois voltei a Pompéia para conhecer uma nova escola.

Minha gente, não sei se há no Brasil - eu tenho quase certeza que não - um grupo empresarial como o grupo fundado pelo Sr. Shunji, que invista em Educação e em educação tecnológica no nosso País. Isso já bastaria para dizer do meu apreço como brasileiro, como cidadão, como paulista, à colônia japonesa, à imigração japonesa. Basta lembrar o arranque que a colônia japonesa deu para a cafeicultura brasileira. São Paulo era uma cidade muito menor que o Rio de Janeiro em 1908, o nosso estado não era a locomotiva do Brasil e eu não tenho a menor sombra de dúvida de que foram os japoneses que deram a grande contribuição para a construção deste estado-país que é o nosso querido Estado de São Paulo. Depois foi se irradiando para outros estados do Brasil, especialmente Paraná.

Portanto, quero extravasar a minha alegria, a minha felicidade por terem os japoneses vindo para o Brasil e por terem seus descendentes continuado sua trilha de seriedade, de honradez, de dignidade, marcas do povo japonês, que nos ajudaram, juntamente com povos de todos os quadrantes do mundo, a forjar uma raça brasileira baseada na convivência entre os povos sem discriminação, sem preconceito que está construindo um Brasil cada vez melhor, não apenas e tão-somente o país do futuro, mas um país vibrante, pujante, grande e cada vez mais feliz. Os japoneses nos ajudaram, nos ajudam e continuarão a nos ajudar a construir este país grande. 

Muito obrigado. Deus lhes pague. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Teremos agora a apresentação da música “Furosato” pelo quinteto de cordas Sol Nascente. O Sr. Kokei está me dizendo que o significado é “terra natal”.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Faremos neste instante algumas homenagens, de maneira muito singela.

 

O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Gostaríamos de ressaltar que o quinteto Sol Nascente, que acabou de se apresentar, foi fundado e é coordenado por um dos homenageados, Sr. Yoshitame Fukuda e sua filha Elisa Fukuda. Fazem parte, ainda, do quinteto, Karen Hanae, no violino, Márcia Fukuda Hulleman, também no violino, Marcos Fukuda na viola, Ricardo Fukuda no celo, e Rodrigo Nagamori, no oboé.

Na primeira homenagem desta noite ressalta-se a grande contribuição dos japoneses e seus descendentes para a economia brasileira, o Sr. Shunji Nishimura, um homem inventivo e sonhador e que representa o espírito empreendedor da comunidade nipônica. O grupo Jacto, de máquinas e equipamentos agrícolas, nasceu modesto, há quase 60 anos, no Município de Pompéia, no interior paulista, a 470 quilômetros da capital. Hoje é um império de quase dez empresas, três mil trabalhadores, e produtos exportados para 90 países. Não bastasse isso, Nishimura-san mantém uma escola técnica agrícola que é um modelo para todo o país.

Temos a satisfação de convidar o Sr. Shiro Nishimura, um dos seus sete filhos, para receber das mãos do Deputado Barros Munhoz, líder do governo nesta Casa, a homenagem da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, nesta sessão solene em comemoração aos Cem Anos da Imigração Japonesa no Brasil.

 

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- É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - O Sr. Shiro Nishimura  falará em nome da família.

 

O SR. SHIRO NISHIMURA - Represento o meu pai e é uma grande honra participar com vocês desta noite. Acho que ele é um japonês brasileiro. Boa-noite. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD -Homenageamos agora outro artista, este ligado à música. O Sr. Yoshitame Fukuda inscreveu o seu nome na história como criador de um método próprio de ensino do violino. Sob sua orientação formaram-se notáveis violinistas que há décadas encantam platéias do Brasil e de outros países. Sob sua inspiração nasceu, há 20 anos, a Camerata Fukuda, que honra a tradição dos melhores conjuntos de câmara impondo alto nível técnico e artístico a seus integrantes.

Convido o Sr. Yoshitame Fukuda para receber das mãos do Deputado Samuel Moreira, coordenador da Comissão de Representação para Comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, a homenagem da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

 

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- É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Está com a palavra o Sr. Yoshitame Fukuda.

 

O SR YOSHITAME FUKUDA - Sras. e Srs. muito boa-noite! Muito obrigado, boa-noite.

 

O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Nós que agradecemos sua presença, Sr. Fukuda.

A nossa próxima homenageada, Sra. Tomie Ohtake, é considerada a dama das artes plásticas brasileira. Ela construiu nos últimos 50 anos uma carreira de sucesso e reconhecimento internacional seja na pintura, na gravura ou na escultura. Suas obras conjugam força e suavidade numa permanente renovação. Alegra-me registrar que Tomie Ohtake gentilmente atendeu ao convite da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo e está confeccionando uma escultura para o acervo desta Casa, marcando o centenário da imigração japonesa. Ela receberá a homenagem das mãos do Presidente Deputado Vaz de Lima.

 

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- É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Tem a palavra a Sra. Tomie Ohtake.

 

A SRA. TOMIE OHTAKE - Boa-noite. (Fala em língua estrangeira) Estou muito agradecida e muito honrada. Muito obrigada. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Evidentemente a emoção toma conta de todos. Todos sabemos a história de cada um deles, o que representaram e o que representam para a comunidade e o que significa este momento para nós.

Para falar oficialmente em nome da Comissão de Representação para as Comemorações do Centenário da Assembléia Legislativa, tem a palavra seu presidente, Deputado Samuel Moreira.

 

O SR. SAMUEL MOREIRA - PSDB - Exmo. Sr. Deputado Vaz de Lima, Presidente da Assembléia Legislativa; Deputados Maria Lúcia Prandi, Said Mourad, Barros Munhoz; Sr. Kokei Uehara, presidente da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social; Sr. Akeo Yogui, presidente da Kenren, Federação das Associações das Províncias do Japão no Brasil; Sr. Jiro Maruhashi, Cônsul-Geral Adjunto; homenageados, convidados, quero dizer da alegria de estarmos comemorando o centenário da imigração japonesa neste ano, e da alegria por termos muito o que comemorar. Comemorar a grande contribuição, já destacada aqui em todos os setores, dada pelos imigrantes e seus descendentes, seja na nossa vida social, econômica e política.

Não é possível pensar o Brasil sem os imigrantes e seus descendentes. Dos 1,5 milhão de nipo-brasileiros, imigrantes e descendentes, 70% fazem com que São Paulo seja a maior comunidade japonesa fora do Japão.

A maior alegria é o fato de, no decorrer da história, atingirmos hoje um nível de integração absoluta, que não foi fácil. Vencidas as dificuldades, especialmente na Segunda Guerra, hoje podemos comemorar a absoluta integração também com outros povos de outras nações que convivem conosco no Brasil. Mas sabedoria não é só viver integrado. Essa integração, que já está representada na miscigenação, nos maravilhosos mestiços que já existem entre nós, mas sobretudo saber viver integrado preservando a cultura. E nós percebemos que essa é uma grande virtude da comunidade nipo-brasileira: viver integrado preservando muito fortemente a sua cultura milenar.

Quero dizer da alegria maior ainda, porque essa é uma longa história que começou com o Kasato Maru; em Kobe, no Japão; em Santos, no Brasil; uma história de muita luta, aqui muito bem representada pelos nossos homenageados que contribuíram tanto, que promovem tão bem essa integração e que são exemplos de valores importantes para os imigrantes e também para os seus descendentes, de equilíbrio entre a força e a sensibilidade, tradição e modernidade, de exemplos fortes de caráter, do valor à educação e ao trabalho.

Portanto, nas pessoas de Tomie Ohtake, Shunji Nishimura, Yoshitame  Fukuda, quero saudar todos, parabenizar e agradecer a todos os imigrantes e seus descendentes, com o compromisso de continuarmos juntos escrevendo essa maravilhosa história.

Boa-noite a todos e muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Estão presentes o Cel. PM Celso Pinhata Júnior, chefe da Assessoria Policial Militar desta Casa, representando o Comandante Geral da Polícia Militar, Cel. Roberto Antônio Diniz; Sr. Jean-Marc Gravier, Cônsul-Geral da França em São Paulo; Sr. Raul Tadeo Figueroa, Cônsul da Costa Rica em São Paulo; Sr. Sun Rong Mao, Cônsul-Geral da China em São Paulo; Sr. Gyula Misi, Cônsul, representando o Sr. Zsolt Maris, Cônsul-Geral da Hungria; Sr. Alberto Nashiro, diretor da Associação Cultural e Beneficente Nipo-Brasileira, de Jundiaí; Sr. Valter Sassaki, coordenador de esportes da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa; Sr. Jorge Miyahara, representando o Vereador Jooji Hato; Sr. Reimei Yoshioka, da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil; Sr. Henrique Morio Minami, representando o prefeito de São Bernardo, William Dib; Sr. Fábio Hitoshi Takeda, representando o Vereador da Câmara Municipal de São Paulo, Aurélio Nomura; Sr. Minor Yasuda, assessor parlamentar do Deputado Walter Iroshi; Norio Suguimoto, 1º tesoureiro da Federação das Associações das Províncias do Japão no Brasil; Sr. Jun Suzaki, membro do Conselho Fiscal Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo; Sr. Yoshishigue Mikan, presidente da Associação Cultural e Desportiva Nikkei de São Miguel Paulista; Sr. Antonio Sebastião Mendonça, coordenador de Políticas de Empreendedorismo, representando o Secretário Guilherme Afif Domingos; Profª. Kátia Maria Giannini, representando o Secretário da Agricultura e Abastecimento, João Sampaio; Sr. Waldemar Hette de Araújo, representando o Deputado Antonio Salim Curiati, desta Casa; Sra. Naoko Yamada, representando o Presidente do Centro Brasileiro da Língua Japonesa; e o Sr. Jorge Yoiti Arikita, Presidente da Associação Cultural e Recreativa Nara-Kenjin-Kai do Brasil.

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Vamos agora a mais uma apresentação do Quinteto de Cordas Sol Nascente. Os nomes das músicas serão anunciados pelo nosso mestre-de-cerimônias porque não as tenho comigo.

 

O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - “Carinhoso”, de Pixinguinha e “Sen no Kase ni Natte”, uma música tradicional japonesa.

 

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-  É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Muito lindo!

Esta Sessão Solene está sendo transmitida para o mundo, via internet. Temos aqui a TV Web. Por duas vezes falei ao telefone, para não ser pego pela tal lei que não foi feita por esta Casa, a Lei de Murphy: quando você acha que está tudo certinho, ainda dá errado. No caso da internet, está dando tudo certo, e alguém, em algum lugar do mundo, deve estar participando conosco, pelo menos essas duas pessoas com quem eu falei, e muitos outros.

Passamos a palavra ao engenheiro Kokei Uehara, Presidente da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa. Sei que tantos outros gostariam de falar, mas evidentemente vão entender que devemos, até pelo adiantado da hora, ouvir a palavra de um representante, e ninguém melhor do que o Presidente Kokei Uehara.

 

O SR. KOKEI UEHARA - Boa noite a todos. É uma honra e uma satisfação muito grande poder dirigir algumas palavras para todos os senhores.

Gostaria de agradecer, do fundo do coração - do meu, de todos aqui presentes e daqueles que não puderam estar aqui, dos 1,5 milhão de origem nipônica -, a esta Casa, em nome do nosso querido Deputado Vaz de Lima.

Agradecemos também ao Deputado Samuel Moreira, Presidente da Comissão de Comemoração dos Cem anos da Imigração Japonesa desta Casa; ao nosso querido Cônsul-geral-adjunto Jiro Maruhashi, aqui presente; nosso amigo querido, engenheiro Akeo Yogui, Presidente da Associação das Províncias do Japão no Brasil; e demais autoridades.

Parabéns aos três homenageados, que foram muito bem escolhidos. Parabéns! Para começar, Nishimura-san, de Pompéia, dispensa qualquer comentário, é um grande brasileiro nascido no Japão, como eu. Desenvolveu a indústria ligada à agricultura e dedicou-se à educação, que é um setor muito importante do País. A nossa querida Tomie Ohtake, a grande artista deste País, é internacional. É uma honra participar da homenagem à senhora. E o nosso querido professor Fukuda, que fez uma bela demonstração, através de seus filhos. Depois explicarei, rapidinho, sobre a última canção, que é ligada à minha vida também.

O Deputado Said Mourad fala com muito orgulho da sua origem libanesa. Fiquei comovido ao ouvi-lo falar sobre seu pai, que trabalhou como mascate, com charrete, a pé, até chegar a ser um industrial.

Essa é uma trajetória comum a muitos brasileiros nascidos em outras plagas, de muitos imigrantes que vieram dos cinco continentes para este país maravilhoso chamado Brasil. Vou provar que o Deputado Said Mourad diz a verdade. Estivemos em um restaurante japonês que supera muitos restaurantes japoneses autênticos. Isso é verdade.

Ouvimos também as palavras da Deputada Maria Lúcia Prandi, de Santos. Deputada, eu desembarquei na terra abençoada chamada Santos, no Porto de Santos, no dia 28 de dezembro de 1936, como um pequenino imigrante agrícola, com nove anos de idade. Santos, para mim, é uma terra sagrada. Por isso, fiquei muito comovido ao ouvir as palavras da deputada.

Deputado Barros Munhoz, ligado à agricultura, falou sobre a formação de seu caráter, que teve a colaboração de alguns imigrantes, e sobre um país sem preconceito. Pura verdade. Fiquei muito honrado em ouvir as palavras de Vossa Excelência.

O Deputado Samuel Moreira falou sobre a integração, sobre a miscigenação. Quero dizer que 40% de 1,5 milhão da população nipo-brasileira do País são mestiços; daqui a uns 20, 30 anos, serão noventa e pouco por cento. Cara como a minha, a pessoa terá de ir ao circo para ver.

Eu sou muito grato. Estou contando algumas histórias alegremente, mas, no fundo, estou fazendo um esforço tremendo para chegar até o fim. Quando se fala na imigração, fico emocionado, porque vivi 71 dos cem anos da imigração japonesa no Brasil.

Sou muito grato a este País, em particular ao Estado de São Paulo. Eu vim da enxada, lá do mato, de Olímpia. Sou puxador de enxada de sol a sol, o que é parecido com mascate.

Tínhamos, oficialmente, três dias de descanso por ano: 1o de janeiro, um dia muito importante para a comunidade japonesa; 29 de abril, o dia do aniversário do Imperador do Japão; dia 02 de novembro, dia de Finados. Eram esses três dias que tínhamos de descanso oficialmente no ano. Todos eles conseguiram, com esse sacrifício, depois de 10, 15 anos, adquirir suas terras, suas pequenas fazendas, tratores, etc.

Os imigrantes que hoje estão sendo homenageados aqui, muitas vezes, usavam camisas feitas de sacos de farinha. O máximo que conseguíamos era um paletozinho feito de brim cáqui. Os senhores, hoje, que graças a Deus estão bem de vida, nem sabem o que é brim cáqui.

A água que bebíamos era do corote, moringa. Os senhores nunca ouviram falar. Alguns se lembram disso. Todos os dias era assim.

Esse sacrifício conseguiu mudar o hábito alimentar do País para melhor - verduras, legumes, frutas. Por exemplo, no Brasil, maçã, pêra, a pessoa só ganhava quando ficava doente. Hoje, elas são vendidas em cada esquina.

A grande contribuição dos velhos imigrantes, fora a agricultura, é na área da Educação. Eles mal tinham o que comer, mas seus filhos iam para a escola. A maioria dos presentes está aqui hoje graças ao sacrifício dos velhos imigrantes.

Sr. Presidente, esta homenagem me emociona muito. É um agradecimento difícil de traduzir em palavras. É muito difícil.

Para que minha fala fique um pouco mais amena, permitam-me explicar a última canção, “A Thousand Winds”, muito conhecida em alguns meios. Inclusive esse poema foi declamado na morte de alguns presidentes e pessoas importantes da Europa, da América etc. Permita-me, porque isso faz parte da minha vida. Essa canção, resumidamente, diz assim:

“Não fiques parado no meu túmulo a chorar porque eu não estarei lá. Eu estarei voando pelo mundo em forma de vento. De manhã eu me transformarei em pássaro para despertar você. À noite eu vou virar milhares de estrelas para velar seu sono.”

São coisas lindas. Acredito que isso traduz a vida de muita gente. Infelizmente, perdi minha esposa há 34 anos. Chorei muito. Há 34 anos todos os domingos levo flores para ela. Essa canção me toca muito. É uma canção linda, muito humana. Não se sabe a origem da letra. Alguns acham que a letra é da civilização indígena americana, porque fala muito da natureza. Não importa a origem. É muito bonita. Sr. Fukuda, parabéns por ter filhos que escolheram essa canção.

Para terminar gostaria de dizer mais uma vez ao Sr. Presidente: muito obrigado em nome de um milhão e meio de componentes da comunidade nipo-brasileira. Gostaria de dizer que este centenário não é apenas a comemoração dos cem anos da imigração japonesa. Gostaríamos de mostrar para o mundo que este País é diferente dos outros. Aqui em temos todas as famílias - pretos, brancos, amarelos, vermelhos - vivendo em paz. Em todas as famílias temos budistas, católicos, protestantes, judaicos, muçulmanos. É um país, como disse o Deputado Samuel Moreira, cuja palavra símbolo é integração. Estamos caminhando para o primeiro país verdadeiramente multicultural. Que Deus abençoe a todos nós.

Jovens, por favor, não se esqueçam do maior legado que os velhos imigrantes japoneses, assim como os outros imigrantes, deixaram: em qualquer situação, a ética e a moral, compreensão mútua entre nós para formarmos um país verdadeiramente humano, onde o coração vale mais do que muitas fortunas materiais. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Quero encerrar esta sessão com mais duas homenagens. Sem dizer mais nada, para não quebrar o encanto das palavras tão tocantes do Kokei. Quero prestar duas homenagens. A primeira para a nossa companheira de trabalho que está aqui todos os dias. Em nome dela vou agradecer à comunidade nipo o serviço que presta diretamente a nós na Assembléia. Estou falando da Emília Naomi Todo Liem, que está todos os dias conosco. (Palmas.)

E uma homenagem póstuma à memória de um grande ser humano, uma grande figura, um grande cidadão, um grande homem público que presidiu com muita honra e orgulho esta Casa. Tive o privilégio de ser seu vice-presidente: Paulo Kobayashi. (Palmas.)

Esgotado o objeto da presente sessão, antes de encerrá-la esta Presidência agradece às autoridades, aos funcionários, àqueles que colaboraram para o êxito desta solenidade. Convidamos a todos para um coquetel no Hall Monumental e para a abertura de uma exposição de fotos no mesmo local.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 21 horas e 51 minutos.

 

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