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29 DE MAIO DE 2012

029ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

Presidente: BARROS MUNHOZ

 

RESUMO

ORDEM DO DIA

001 - Presidente BARROS MUNHOZ

Abre a sessão. Coloca em discussão o PLC 15/12.

 

002 - OLÍMPIO GOMES

Discute o PLC 15/12.

 

003 - Presidente BARROS MUNHOZ

Encerra a discussão do PLC 15/12. Coloca em votação e declara aprovado requerimento de método de votação ao PLC 15/12. Coloca em votação e declara aprovado o PLC 15/12, salvo emendas e mensagem aditiva. Coloca em votação e declara aprovada a mensagem aditiva. Coloca em votação conjunta e declara rejeitadas as emendas de nºs 01 a 06.

 

004 - MARCOS MARTINS

Declara voto favorável, da bancada do PT, às emendas do partido.

 

005 - OLÍMPIO GOMES

Declara voto, em nome pessoal, à integralidade da emenda de nº 06.

 

006 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra as manifestações. Coloca em discussão o PLC 17/12.

 

007 - MARCOS MARTINS

Discute o PLC 17/12.

 

008 - Presidente BARROS MUNHOZ

Encerra a discussão do PLC 17/12. Coloca em votação e declara aprovado requerimento, do Deputado Samuel Moreira, de método de votação ao PLC 17/12. Coloca em votação e declara aprovado o PLC 17/12, salvo emendas e subemendas. Coloca em votação e declara aprovada a emenda de nº 09. Coloca em votação conjunta e declara aprovadas as subemendas às emendas de nº 04, 06 e 28, restando prejudicadas as respectivas emendas. Coloca em votação conjunta e declara rejeitadas as demais emendas.

 

009 - MARCOS MARTINS

Declara voto favorável, em nome do PT, às emendas do partido.

 

010 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra a manifestação. Convoca reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, hoje, cinco minutos após o término da presente sessão. Coloca em discussão o PL 250/12.

 

011 - CAMPOS MACHADO

Discute o PL 250/12 (aparteado pelo Deputado Olímpio Gomes).

 

012 - Presidente BARROS MUNHOZ

Informa haver recebido ofício mencionado pelo Deputado Campos Machado. Afirma tê-lo levado em mãos ao Secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo. Acrescenta que o citado documento ainda não fora protocolado. Afirma que deve tomar as medidas necessárias quanto ao fato.

 

013 - MILTON VIEIRA

Discute o PL 250/12 (aparteado pelos Deputados Alencar Santana Braga e Gilmaci Santos).

 

014 - CAMPOS MACHADO

Discute o PL 250/12.

 

015 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara aprovado o PL 250/12. Coloca em votação e declara, sem debate, aprovado o PL 157/04, salvo emenda.

 

016 - ALENCAR SANTANA BRAGA

Declara voto contrário ao projeto, em nome do PT.

 

017 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra a manifestação. Suspende a sessão por um minuto, por conveniência da Ordem, às 20h33min.; reabrindo-a às 20h33min. Coloca em votação e declara rejeitada a emenda ao PL 157/04. Coloca em votação e declara, sem debate, aprovado o PL 369/11, salvo emenda. Coloca em votação e declara aprovada a emenda. Dá conhecimento de requerimento, do Deputado Campos Machado, no qual o Deputado Jorge Caruso retira seu nome como candidato à vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, colocando-se à disposição da Casa para o preenchimento da próxima vaga, a surgir em outubro. Afirma estar sendo encerrado um período de difíceis negociações parlamentares. Informa que o artigo constitucional que assegura a esta Casa a prerrogativa de indicar conselheiros para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo deve ser integralmente cumprido até outubro deste ano. Parabeniza o Deputado Campos Machado pela participação nas negociações. Enaltece as qualidades do Deputado Federal Dimas Ramalho. Elogia o Deputado Jorge Caruso, que deve ser indicado por esta Casa ao Conselho do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Afirma que este Legislativo sai engrandecido do episódio. Recorda pressões sofridas durante esse período.

 

018 - CAMPOS MACHADO

Para comunicação, agradece a ajuda prestada pela bancada do PT durante o período de negociações para a indicação, por esta Casa, de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Relata conversa com o Deputado Jorge Caruso sobre o episódio. Tece elogios ao Deputado Federal Dimas Ramalho.

 

019 - Presidente BARROS MUNHOZ

Determina a publicação de PDL, de autoria da Mesa, que indica o nome do Deputado Federal Dimas Ramalho ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, na vaga do conselheiro Eduardo Bittencourt Carvalho.

 

020 - ALENCAR SANTANA BRAGA

Para comunicação, elogia atitude do Deputado Jorge Caruso no que tange à escolha de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Reflete acerca de nova indicação, a ser realizada por esta Casa em outubro.

 

021 - Presidente BARROS MUNHOZ

Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. Barros Munhoz.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE – BARROS MUNHOZ - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

 

 

* * *

- Passa-se à

 

                                               ORDEM DO DIA

 

                                                           * * *

 

O SR. PRESIDENTE - Barros Munhoz - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, proposições em Regime de Urgência.

Item 1 - Discussão e votação - Projeto de lei Complementar nº 15, de 2012, de autoria do Sr. Governador. Altera a Lei Complementar nº 432, de 1985, que dispõe sobre a concessão do adicional de insalubridade. Com 6 emendas e Mensagem Aditiva. Parecer nº 890, de 2012, do Congresso das Comissões de Justiça e Redação, de Administração Pública e de Finanças, favoráveis ao projeto e à Mensagem Aditiva, e contrário às emendas.

Para falar a favor, tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. Olímpio Gomes - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Alesp, antes de começar a discussão do PLC nº 15 propriamente, fui surpreendido, no final da tarde, com um documento do Deputado Adilson Rossi - que conduz os trabalhos da comissão mista formada por deputados e representantes do Governo - dizendo que a reunião que estava marcada para ser realizada na Assembleia Legislativa amanhã, às 10 horas, fora transferida para o Palácio dos Bandeirantes, na Secretaria do Planejamento.

Quero dar conhecimento disso aos Srs. Deputados, até com muita tristeza. Ao consultar os demais deputados que compõem a comissão, todos tiveram uma ligação do Deputado Adilson Rossi, alguns da ex-Deputada Rosmary Corrêa, a respeito do fato. O que mais me estranha é que, no final da última reunião, ficou estabelecido que as reuniões seriam realizadas na Assembleia Legislativa. Inclusive, seria solicitada a sala anexa ao gabinete de V. Exa., em que se realiza as reuniões do Colégio de Líderes, até para a preservação do status e da condição dos deputados e da Assembleia, haja vista que a Comissão do Executivo tem a nomeação não de secretários, mas de assessores técnicos de cada área. E o fato de ele não ter sido consultado - uma desconsideração do Deputado Adilson Rossi. Não vou dizer de qualquer outra pessoa da área do Palácio dos Bandeirantes, que aí não teria sequer a obrigação. Talvez consideração, mas não é isso que entra no caso.

            Quero lamentar profundamente porque, como diz Deputado Campos Machado, são as pequenas coisas que vão colocando a Assembleia Legislativa de joelhos. É um total desrespeito à condição dos deputados. Lamento profundamente o Deputado Adilson Rossi que, mais ou menos por consenso, foi colocado na condução dos trabalhos uma vez que conduzia a Comissão de Segurança Pública. Não teve a menor consideração com este parlamentar e fez um papel menor de subserviência a funcionários de segundo escalão do Governo.

            Quero deixar claro que há todo um esforço para se resolver a questão do nível universitário de escrivães e de investigadores, e que esses procedimentos que demonstram pequenez individual e comportamental não podem macular o trabalho desta comissão. A princípio tinha decidido não comparecer a essa reunião porque não adianta falarmos em prerrogativas de parlamentares se nos dobramos, se nos quedamos. Os demais deputados tiveram uma ligação, consultando essa reunião, e eles sabiam que eu ia mostrar os problemas e a diminuição do papel da Assembleia, quero deixar bem claro. Vou comparecer amanhã não é nem pela comissão, mas porque vou fazer as considerações e dizer a quem precisa ouvir na reunião o porquê da minha discordância em relação a isso.

Vejo com muita tristeza o papel da Assembleia. Vejo o Deputado Campos Machado se desdobrando para a valorização da Casa, para buscar, através da Comissão de Prerrogativas que foi uma iniciativa sua, e que tem um membro de cada um dos partidos com representatividade desta Casa, que nada disso resolve se nos colocamos pequenos em todas as circunstâncias que somos instados em relação ao Executivo. Mas com relação ao Projeto de lei Complementar nº 15, quero dizer muito rapidamente que, muitas vezes, nós fazemos o papel de oposição dura e necessária. Mas quando há anuência de pleitos, temos também de ter a humildade de reconhecer, e até de agradecer. Este projeto de lei complementar vinha com vícios e erros que, se votados na sua íntegra, os servidores públicos do Estado que fazem jus ao adicional de insalubridade, seriam penalizados e ainda teriam de devolver de 60 a 100 reais retroativos a 1º de janeiro.

Isso por um erro. Na apresentação do projeto, estabeleceu-se como base o salário mínimo de 2011 e não o de 2012. Nós apresentamos a Emenda nº 06 e ela foi acolhida, inclusive neste substitutivo apresentado pelo Governador no dia de hoje. Ele não contempla integralmente todo o conteúdo da emenda porque o Parágrafo Único estabelecia que doravante a alteração fosse feita tendo como base a Ufesp. Já que o Governo de São Paulo arrecada em Ufesp, em unidades fiscais, que a correção da insalubridade fosse de igual forma. Mas o Governo manteve a correção pelo IPC que, percentualmente, o índice é menor normalmente. Isso acaba gerando prejuízo ao longo do tempo em relação ao que aconteceria se fosse a Ufesp, ou no sistema anterior, tendo como indexador o salário mínimo.

            Devo esclarecer para todos os servidores, e àqueles que estão nos assistindo, que não pode mais ser feito com base no salário mínimo porque o Supremo Tribunal Federal decidiu, depois de uma longa batalha, desde a Constituição de 88 até o final de 2011, que não pode ter qualquer espécie de reajuste, vencimentos ou gratificações indexados ao salário mínimo. Mas não estabeleceu qual seria o novo indexador.

Assim, este projeto vem de encontro ao anseio dos servidores públicos que têm pelo seu trabalho exposição a níveis de insalubridade - pequeno, médio ou máximo -, e que doravante volta a ter as correções. Só posso ter neste momento agradecimento, e faço questão de valorizar o papel do Deputado Samuel Moreira, Líder do Governo, que percebeu claramente que havia vícios que prejudicariam os servidores. E ele foi o interlocutor do Governo que conduziu a esse papel. O Governo não acolheu a emenda do Deputado Olímpio, mas acolheu a pretensão dos servidores para que fosse minimizada a injustiça em relação à base de cálculo para o recebimento do adicional de insalubridade a contar de 1º de janeiro.

            Fazendo justiça, também devo agradecer ao Sindasp, Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo, na figura do seu Presidente, Daniel Grandolfo, e da sua diretoria. Foram esses servidores, representando todos os servidores públicos que recebem a insalubridade, que me chamaram a atenção do equívoco apresentado e lamentável no PLC 15.

Mas neste momento teremos a votação do projeto e gostaríamos de discutir não só o adicional de insalubridade, mas também o de periculosidade. Lamentavelmente, não conseguimos ainda provar que a profissão de policial, de agente penitenciário é uma profissão perigosa. Não conseguimos provar isso. Temos de partir sim para reconhecer o adicional de insalubridade, melhorar esses valores, mas não podemos deixar de perseverar que temos profissões - o Estado de São Paulo, o nosso país, no mundo - que, notoriamente, são perigosas.

Basta nos lembrarmos dos ataques do PCC que, agora, no dia 12 de maio, marcou-se o sexto ano desses ataques, onde 40 agentes públicos foram massacrados, mortos: cinco policiais militares, sete policiais civis, sete agentes penitenciários e dois guardas civis do município de Jandira. Então, essas profissões, além de insalubres ao máximo, são também extremamente perigosas.

            Para não alongar mais a minha fala, quero dizer que espero sinceramente que a partir do retorno, com a sanção do governador, do cálculo do reajuste da insalubridade, nas profissões onde haja o grau de risco, os profissionais também sejam aquinhoados com o adicional de periculosidade. Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Não havendo mais oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação.

            Sobre a mesa o seguinte requerimento: “Requeiro que a votação do PLC 15/12 se dê na seguinte conformidade:

1 - Projeto salvo emendas.

2 - Mensagem aditiva do Sr. Governador.

3 - Emendas de nºs 1 a 6, englobadamente.

            Em votação o requerimento. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

            Em votação o item 1- Projeto salvo emendas. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

            Em votação o item 2 - Mensagem aditiva do Sr. Governador. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovada.

            Item nº 3 - Emendas de nºs 1 a 6, englobadamente. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.

 

            O SR. MARCOS MARTINS - PT - Sr. Presidente, para declarar votos favoráveis da nossa bancada às emendas do PT.

 

            O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de Vossa Excelência.

 

            O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, para declarar o meu voto favorável à integridade da emenda que apresentei à Emenda nº 6, que foi acolhida quase que na sua totalidade nesse aditivo encaminhado pelo Sr. Governador, mas o sistema de correção pela UFESP não foi atendido. Daí a minha manifestação pela integridade do acolhimento da emenda.

 

            O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Registrada a manifestação de Vossa Excelência.

2 - Discussão e votação - Projeto de lei Complementar nº 17, de 2012, de autoria do Sr. Governador. Dispõe sobre a execução de atividades médicas e odontológicas sob a forma de Plantão. Com 30 emendas. Parecer nº 893, de 2012, do Congresso das Comissões de Justiça e Redação, de Saúde e de Finanças, favorável ao projeto, à emenda de nº 9, às emendas de nºs 4, 6 e 28 com subemenda e contrário às demais.

Para discutir a favor, tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT – SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, estamos assomando à tribuna para discutir favoravelmente porque não podemos ser contra o reajuste dos salários dos funcionários, mesmo que seja uma migalha.

Estamos discutindo sobre os plantões dos servidores. Gostaria de deixar registrado - e lá na Comissão de Saúde nós falamos e tivemos, inclusive, manifestação do Deputado Curiati - que havíamos acordado no Colégio de Líderes que este projeto seria discutido na Comissão de Saúde e deixamos uma data marcada para isso, que seria hoje.

Infelizmente, o projeto não chegou à Comissão de Saúde. Ficou retido, por alguma razão, na Comissão de Justiça e mesmo assim, numa reunião lá realizada com membros da Comissão de Saúde, acordamos que as emendas apresentadas pelas entidades da saúde seriam acolhidas. Inclusive, foi proposta pelo deputado da situação e que seria encaminhado como uma proposta ao projeto como sendo de todos os membros da Comissão de Saúde. Mas, lamentavelmente, não foi discutido e hoje foi para o Colégio de Líderes e aceita apenas quatro ou cinco emendas. Duas delas parecidas que não resolvem o problema da saúde, dos servidores porque o salário é baixo e, na medida em que limitam plantões, criam mais embaraços e limitações. Continuaremos tendo problemas sérios, inclusive do IAMSPE, que também sofre as mesmas conseqüências.

Peço ao líder do Governo para que o acordo no Colégio de Líderes seja encaminhado aqui, para ser debatido, que os membros da comissão - e estou falando da Comissão de Saúde -, composta de deputados de todos os partidos, sejam acolhidos porque é a Comissão que subscreve e é uma decisão de vários membros que, de maneira homogênea, concordaram com esse encaminhamento.

Lamentavelmente, a Assembleia Legislativa continua aqui com dificuldade de ter liberdade e autonomia. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Não havendo mais oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação.

Sobre a mesa requerimento assinado pelo Deputado Samuel Moreira solicitando que a votação se processe na seguinte conformidade:

1 - Projeto de Lei Complementar nº 17, salvo emendas e subemendas.

2 - Emenda de nº 9.

3 - Subemenda às emendas de nºs 4, 6 e 28, apresentada no parecer do Relator especial das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Saúde, Finança, Orçamento e Planejamento.

4 – Emendas 4, 6 e 28.

5 – Demais emendas englobadamente.

Em votação o requerimento. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em votação o item 1 - Projeto de Lei Complementar nº 17/12, salvo emendas e subemenda.

As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Item 2 - Emenda de nº 9. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovada. 

            Subemendas às emendas de nºs 4, 6 e 28 apresentadas no parecer do Relator das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Saúde, Finança, Orçamento e Planejamento.

            As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovada a subemenda. Ficam prejudicadas as emendas 4, 6 e 28.

            Demais emendas englobadamente. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - Sr. Presidente, para confirmar a votação favorável às emendas da Bancada do PT. Apresentaremos depois a justificativa por escrito.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Está ratificada e registrada a manifestação de Vossa Excelência.

Esta Presidência nos termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”, do Regimento Interno, convoca reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação para hoje, cinco minutos após o término desta sessão, com a finalidade de apreciar a seguinte matéria em regime de urgência: PLC 17/2012. É a redação.

 

O SR. ALENCAR SANTANA BRAGA – PT – Sr. Presidente, passo a ler declaração de voto da Bancada do PT ao PLC 17/12.

“A Bancada do Partido dos Trabalhadores declara seu voto favorável ao Projeto de Lei Complementar nº 17, de 2012, mas se reserva o direito de apresentar suas restrições ao texto aprovado, consubstanciadas nas razões expostas a seguir.

Iniciativa do Governador do Estado, o PLC 17/2012 dispõe sobre a execução de atividades médicas e odontológicas, sob a forma de plantão, e dá outras providências correlatas.

O PLC 17/2012 redefine a forma de remuneração dos plantões da classe de Médico, Cirurgião Dentista e Médico Sanitarista e propõe alterações à Lei Complementar nº 1.157/2011, que trata do Plano de Cargos e Salários aplicável a servidores das Secretarias de Estado, da Procuradoria Geral do Estado e das Autarquias, para abranger os Enfermeiros, Técnicos em Enfermagem e Auxiliares de Enfermagem.

Tem por objetivo, conforme consta da exposição de motivos, “ajustar os valores e critérios adequados ao desempenho de mercado, a fim de ampliar a capacidade de resposta aos déficits apresentados, com melhora no atendimento das Unidades de Saúde, especialmente no pronto socorro”.

Os valores propostos pelo PLC 17/2012 são os seguintes: R$ 785,40 para o Local “A”; R$ 942,48, para o Local “B” e R$ 1.130,97, para o Local “C”. A identificação das unidades em Local A, B ou C será estabelecida por ato dos Secretários de Estado e dirigentes das Autarquias. O projeto fixa o limite de plantões por mês, de acordo com a jornada de trabalho do servidor.

Entendemos necessária a correção dos valores pagos a título de plantão, uma vez que a última alteração ocorreu em 2008, ou seja, há quatro anos. Não há óbices, portanto, ao mérito da proposição.

O PLC 17/2012 foi discutido com as entidades representativas dos servidores do IAMSPE, que apresentaram aos deputados suas reivindicações, em reunião ordinária da Comissão de Saúde, no dia 22 de maio de 2012.

Uma das reivindicações mais importantes dizia respeito ao número máximo de plantões, objeto de quatro emendas apresentadas pela Bancada do Partido dos Trabalhadores. As de número 10 e 11 possibilitam a fixação do número máximo de plantões em doze (12) para médicos e cirurgiões. O número máximo de dez (10) plantões para a enfermagem e os agentes técnicos de assistência à saúde se encontra contemplado nas emendas de n.ºs 12 e 13. Estas emendas não se atêm à jornada de trabalho e ao número de vínculos dos profissionais de saúde envolvidos. Infelizmente, porém, foram todas rejeitadas.

Outras emendas que receberam nossa anuência foram as de n.ºs 4, 6, 9, 15, 18, 19, 20, 21, 22 e 28, que buscam: alterar a denominação de “plantão à distância” por “plantão em estado de disponibilidade”; corrigir o valor da UBV; dar transparência à fixação do número de plantões; permitir que todos os agentes técnicos de assistência à saúde possam fazer plantão; corrigir o valor do plantão dos agentes técnicos; corrigir o valor da gratificação de assistência aos servidores públicos estaduais (GDAMSPE); e possibilitar a todos os assistentes técnicos de assistência à saúde realizarem plantões, entre outros aspectos também importantes.

Dessas, apenas a de nº 9 foi acatada na íntegra. Sob a forma de subemenda, foram acatadas as emendas n.ºs 4, 6 e 28, para permitir que os profissionais que estiverem lotados em unidades de saúde onde não haja a necessidade de plantões possam realizá-los em outro hospital. Nada mais foi acatado.

Tendo em vista, portanto, o não acatamento de quase todas as propostas de alteração apresentadas pela Bancada do Partido dos Trabalhadores é que apresentamos esta declaração de votos, consubstanciando nossas restrições.

Sala das Sessões, em 30/5/12

Deputado Alencar Santana Braga - Líder da Bancada do PT”

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - 3 - Discussão e votação - Projeto de lei nº 250, de 2012, de autoria do deputado Celino Cardoso. Revoga o artigo 3º da Lei 14.171, de 2010, que elevou à categoria de Estrada Parque da Cantareira a Estrada da Roseira, que liga São Paulo a Mairiporã. Pareceres nºs 891 e 892, de 2012, respectivamente, das Comissões de Justiça e Redação e de Meio Ambiente, favoráveis.

            Tem a palavra o nobre Deputado Campos Machado, para discutir o PL 250, de autoria do Deputado Celino Cardoso.

           

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, Deputado Barros Munhoz, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, inicialmente quero dizer que somos favoráveis ao projeto de lei do Deputado Celino Cardoso.

            Quero, aqui, fazer uma indagação: o que quer dizer a palavra prerrogativa? O Sr. Presidente, Deputado Barros Munhoz, vai ter que explicar a esta Casa o que é. 

Quero dizer aos Srs. Deputados que fui o autor da emenda que resultou no artigo 26 da Lei Complementar de reestruturação da Polícia Civil, votado ano passado, que criou um grupo de trabalho para tratar do nível universitário das carreiras de Escrivão e Investigador de Polícia. Participei da segunda reunião. Fiz requerimento dirigido à Presidência, que ficou de encaminhar ao Sr. Governador e qual não foi minha surpresa quando hoje recebo um bilhete manuscrito, que teria vindo do Gabinete do Deputado Adilson Rossi, informando que a reunião seria amanhã, às 10 horas, no Palácio dos Bandeirantes. Primeiro, nem deveria ser lá a reunião. Deveria ser aqui.

Como prerrogativa, nesta Casa, não vale mais nada,  eu, como Presidente do Conselho de Defesa das Prerrogativas Parlamentares, não tenho convocado reunião porque os Srs. Deputados não se respeitam.

Que faço eu como presidente? Convocar reunião para quê? Para convescote? Marcar reunião para ir a uma balada à noite? Portanto, Sr. Presidente, isso é inadmissível.

Vossa Excelência recebeu um requerimento protocolizado e eu, como autor da emenda, como autor do projeto que resultou em lei neste caso, fui convidado.

Para quem vou reclamar, Sr. Presidente? Para o Deputado Samuel Moreira, Líder do Governo? Para o Deputado Antonio Salim Curiati? É a V. Exa. que tenho de reclamar. Isso é inadmissível e dentro dessa linha, Major Olímpio, já começou faltando respeito. Se não se respeita um líder de bancada e nenhum deputado, vai se respeitar a quem? Nesta Casa está assim ultimamente. Direitos de deputados? Prerrogativas?

Não aceito mais queixas de deputado enquanto não se resolverem as pendências desta Casa. Deputados tinham a bolsa revistada. O que é isso. Quantas vezes o Deputado Curiati teve de ser humilhado, fotografado, filmado na porta de secretarias. Foi o Conselho de Prerrogativas que resolveu isso. E agora vamos fazer uma reunião no Palácio, o jogo é no campo adversário porque neste caso não se trata de situação e oposição. Trata-se de lei. É lei que diz que investigador e escrivão têm direito ao nível universitário. Não sou eu. Quem sou eu, Deputado Campos Machado, um advogado criminalista para afirmar que eles têm direito? É lei. A lei regula a comunidade social, estabelece regras para a sociedade.

Agora quero afirmar que, demonstrando mais uma vez a confiança que tenho nesta Casa, no caráter dos Srs. Deputados, na consciência dos Srs. Deputados, irei protocolizar agora à noite um requerimento assinado pelo Deputado Jorge Caruso requerendo duas medidas: a primeira, a retirada da sua lista de assinaturas, assinaturas que foram legalmente colhidas, que não sofreram pressão não. Assinaturas de caráter, de dignidade, de responsabilidade. Já estou manifestando, Major Olímpio, o desejo da grande maioria desta Casa para o nome do Deputado Jorge Caruso para a segunda vaga. Vou confiar nesta Casa, no caráter dos Srs. Deputados e não me venham dizer que a segunda lista prevalece sobre a primeira que é mentira. Desculpe, Deputado Barros Munhoz. Não há justificativa. Quem assinou a primeira lista publicada por analogia é igual a uma CPI: não cabe retirada. Mas nós estamos retirando, em nome da harmonia e da concórdia. Disse isso ao Governador Geraldo Alckmin e quero dizer àqueles mensageiros que gostam de agradar ao Governador, que eu reafirmo que o tenho na condição de um amigo e um irmão. Não adianta meia dúzia de deputados ir ao Palácio e dizer: ‘Tudo é o Campos Machado? Eu defendi um lado. Quem não tem lado tem o quê? E agora estamos entregando nas mãos desta Casa. Temos tempo suficiente para meditar, para refletir. Não é permitido que os deputados andem de quatro, rastejando pelo chão desta Casa.

Amanhã a nossa Questão de Ordem vai perder objeto. Vamos protocolizar agora o pedido de retirada das assinaturas contra a minha consciência. Eu estou me violentado hoje, eu estou me estuprando hoje, mas vamos retirar o requerimento e o Presidente Barros Munhoz, não tendo mais objeto, vai elaborar o PDL indicando o meu amigo - vejam o que estou dizendo - Dimas Ramalho para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

Temos horizontes pela frente e nesta Casa nunca coloquei em dúvida o caráter das pessoas. Aqui não. Aqui não há bandoleiro moral. Aqui há gente de caráter e não é uma troca: toma lá dá cá não. Estas duas vagas são nossas. Nós estamos cumprindo o compromisso de entregar nas mãos dignas do Deputado Federal Dimas Ramalho a responsabilidade de ser escolhido na vaga do Conselheiro Eduardo Bittencourt. E já estamos indicando, por grande maioria, o nome do Deputado Jorge Caruso para a segunda vaga que vai se abrir no mês de agosto.

Não me venham com lorotas de última hora dizendo que meia dúzia de deputados faz parte do novo grupo de éticos. Estes nem sabem o que quer dizer ética.

Por isso, Sr. Presidente Barros Munhoz, iremos apresentar hoje um requerimento assinado pelo Deputado Jorge Caruso. É com tristeza que digo isso. É profundamente frustrado com deputados desta Casa, que se dizem corajosos, éticos, honrados, mas só sabem andar de cabeça baixa. Por isso estou dizendo com tristeza que acabei de pedir a minha assessoria para elaborar esse requerimento que vai ser protocolizado com o apoio irrestrito da Bancada do PT.

Não é preciso dizer que eu não poderia sair daqui, Major Olímpio, e ir para a minha casa como se nada houvesse acontecido, como se eu estivesse num lugar onde as pessoas fossem se esconder de vergonha. Estou envergonhado hoje, sim, profundamente envergonhado com nosso comportamento. Mas compromisso é compromisso e vamos cumpri-lo. Só espero que as pessoas que assumiram também esse compromisso conosco tenham dignidade suficiente para cumprir a parte deles.

            Quero reiterar aqui, não preciso repetir o que vou dizer agora, sou homem independente sob todos os aspectos, mas tenho uma responsabilidade com alguém que considero mais meu irmão, que é meu amigo Dr. Geraldo Alckmin. Só faço isso por ele e porque acredito na sua palavra, na sua história e na sua dignidade. Confiança não é o que mais sinto no meu coração nesta Casa, Deputado Olímpio Gomes; o que sinto é frustração.

            Mas como dizem que a jabuticaba é uma fruta pequena que dá num pé grande e abóbora uma fruta grande que dá num pé pequeno, tenho que aceitar essas regras do jogo político.

 

            O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT – COM ASSENTIMENTO DO ORADOR – Deputado Campos Machado, Shakespeare, em MacBeth, diz o seguinte: “os covardes morrem várias vezes”. Nós vamos morrer uma vez só – graças a Deus – e com a consciência tranquila.

Com relação à retirada pelo Deputado Jorge Caruso, desse requerimento, lamento. Fui signatário da indicação dele para a primeira vaga e do Deputado Dimas Ramalho para a segunda vaga. Aliás, o documento que elaborei, assim está publicado no Diário Oficial.

Devo dizer a V. Exa. que estranhei muito quando a somatória das indicações resultou em 104 deputados na Assembleia Legislativa, quando nosso painel mostra apenas 94 o número de parlamentares.

Então, eu gostaria realmente de ter a expectativa de V. Exa., das palavras empenhadas, que o comportamento das pessoas não mude em relação aos compromissos assumidos. E fazer coro com V. Exa., que foi acionado pelo seu gabinete e por mim, quando levei ao seu conhecimento a reunião de amanhã, e dizer que ao procurar os demais Deputados da Comissão – V. Exa. foi quem apresentou a emenda que ensejou o Art. 26 – eles tiveram a gentileza de uma ligação do Deputado Adilson Rossi, ontem, da Deputada Rosmary Correa, ontem, como o Deputado Marco Aurélio do PT, e outros deputados da Comissão.

Agora, nem eu, nem V. Exa. devemos ter, ou se fazer merecer, a consideração e o respeito, porque eu e V. Exa., estávamos na mesma reunião quando ficou deliberado que as reuniões seriam aqui na Assembleia Legislativa.

Se fosse uma comissão mista, composta por secretários e deputados, entendo que até por gentileza dever-se-ia revezar os locais de reunião. O Governo colocou os seus representantes, técnicos, mas funcionários de segundo e terceiro escalão de Governo, que resolveram que seria inoportuna a reunião realizar-se na Assembleia Legislativa.

E o Deputado Adilson Rossi, lamentavelmente - em desrespeito a mim e a V. Exa., pelo menos, mas um desrespeito maior à esta Casa - já me mandou um documento dizendo o seguinte: “atendendo ao convite das secretarias que compõem o Grupo Executivo, informa a V. Exa. que a reunião do Grupo de trabalho a que se refere o Art. 26 será realizada amanhã, dia 30, - recebi agora no final do dia, V. Exa. recebeu um recado, pior ainda” no mini auditório, 1º andar, do Palácio dos Bandeirantes, Avenida Morumbi, nº 4.500, ocasião em que o Executivo apresentará a proposta elaborada, de acordo com o estudo realizado, visando a valorização das carreiras de investigador e escrivão”.

Ao que me consta, foram dados até 15 dias para a realização de estudos e para se ter um posicionamento em relação a esses estudos, e não significando que nós, do Legislativo, também possamos, nessa comissão, ter uma proposta.

E nesse ponto V. Exa. é como eu; temos a mesma opinião. O que tinha que se discutir, já foi votado em 2008. A sua emenda, em 2011, determinou 180 dias para se verificar à comissão a viabilização disso. Então, temos que pagar o padrão de nível universitário de investigadores e escrivães. Se eles têm o nível universitário, o adicional do local de exercício tem que ser de quem tem nível universitário e isso tem que ser extensivo aos inativos e pensionistas, portanto está no padrão.

Entendo só que esse documento demonstrou uma coisa que muitos deputados, V. Exa. como é Presidente da Comissão de Prerrogativas fala disso o tempo todo, que a Assembleia Legislativa não pode ficar de joelhos. Amanhã nós vamos entrar no Palácio dos Bandeirantes de gatinho. Tomara que nós não saiamos rastejando.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB -  Sr. Presidente, eu voltarei na votação do outro projeto.

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB -  Antes de passar a palavra para o próximo orador, Deputado Milton Vieira, esta Presidência quer esclarecer que recebeu o Ofício do Deputado Campos Machado, e imediatamente providenciou um ofício ao Secretário Chefe da Casa Civil, levando o ofício em mãos.

Por falha deste Presidente, não foi protocolado, até porque este Presidente entende que um ofício entregue em mãos do Secretário não precisa de protocolo. E foi pedido ao Secretário, obviamente, que providenciasse a publicação do nome de vez que na conversa tida, o Secretário Sidney Beraldo, prontamente acolheu a indicação de mais um nome representando a Assembleia, inclusive, igualando o número de seis nomes que não são da Assembleia, contra os cinco que eram da Assembleia.

Tivemos essa conversa, onde ficou tudo claro. Lamento e vou tomar providências para que a publicação dessa indicação do Deputado Campos Machado seja oficializada. Para discutir a favor do projeto, tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira.

 

O SR. MILTON VIEIRA - PSD – Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, em primeiro lugar quero cumprimentar esta Casa, cumprimentar os líderes dos partidos, na pessoa do Deputado Campos Machado, que discursava anteriormente e falava sobre a questão do Tribunal de Contas.

 Penso que foi uma decisão inteligente, Deputado Campos Machado, até porque não podemos viver o impasse dentro desta Casa. Pelo contrário, acho que todos nós estamos aqui para buscar soluções, buscar atender às necessidades do nosso Estado e, diga-se de passagem, se o Tribunal de Contas tem lá sete vagas, tem uma vaga vazia que precisa ser preenchida. E esta Casa não pode ser responsável em ficar travando essa questão de nomear o próximo conselheiro, que será votado nesta Casa. Se é o Deputado Dimas Ramalho, ou quem quer que seja, mas não podemos ser os responsáveis, Deputado Campos Machado, em ficar segurando esse processo dentro desta Casa.

Acho que foi uma decisão inteligente. O senhor é um homem ponderado, um líder que a maioria, eu diria até todos os deputados aqui se espelham em V. Exa., nas suas falas. Enfim, quero parabenizar V. Exa. pela consideração que teve pelo seu amigo, que V. Exa. fala aqui quase todos os dias, que é o Governador Geraldo Alckmin, mas entendo que não foi nem por isso. Entendo que os líderes, nosso Presidente, os deputados que estão aí nesse processo, decidindo essa questão, foram capazes de entender que era necessário fazer isso. E vamos partir para a segunda fase. Se é o Deputado Jorge Caruso, vai ser ele, vamos trabalhar para que seja aquele que esta Casa decidir.

Concordo com V. Exa. e, diga-se de passagem, Deputado Campos Machado, quando V. Exa. fala da Comissão de Prerrogativas, só encerrando essa questão, quero cumprimentar os deputados que estão disputando, o Deputado Dilmas Ramalho, que é meu amigo, que desde o início me posicionei a favor de sua eleição para o Tribunal de Contas, e se for, quero de antemão desejar a ele boa sorte e que Deus o abençoe nesse cargo, que não é um cargo fácil, é pesado. E assim sucessivamente.

            Porém, em relação à Comissão de Prerrogativas, acho que ainda existem algumas coisas que tinham que mudar. Não sei se isso acontece só comigo, mas no que diz respeito ao tratamento de secretarias, de secretários para deputado, tenho dificuldades de marcar uma audiência. Quando chega o dia da audiência, depois de ter mandado email falando sobre o assunto, e às vezes queremos falar pessoalmente, dependendo do assunto somos recebido logo ou empurrado para frente. Aí se marca uma audiência, porque dentro da Comissão de Prerrogativas foi determinado um prazo para que o deputado fosse atendido. E ao chegar perto da data, a assessoria do Secretário liga dizendo que foi convocada uma reunião com o Governador, isso e aquilo e se desmarca a reunião. Isso é muito desgastante.

Pouco falo nessa tribuna, mas quando falo, é para desabafar. Gosto de desabafar e não estou desabafando sobre questões lá de fora, não; é daqui de dentro. Isso desvaloriza muito o parlamentar. Não sei se isso acontece com outros deputados, mas isso nos deixa chateado, desmoralizado. Então, queria aproveitar, já que V. Exa. falou de Comissão de Prerrogativas, que isso venha a mudar, que é uma vergonha. Eu ia falar aqui noutro dia e tive a minha fala interrompida, porque acabamos levantando a sessão, mas no passado, quando tínhamos ainda aqui no Governo o Geraldo Alckmin, no seu mandato anterior, o Secretário Gabriel Chalita marcou uma audiência comigo - não deveria nem falar isso aqui, mas só para ilustrar o que acontece às vezes conosco. Gabriel Chalita, então Secretário de Educação, demorou dois meses ou mais para marcar uma audiência comigo e um grupo de pessoas que tinha um problema na área da Educação. Depois de esperar dois meses, no dia da audiência, eu indo para lá com aquela comitiva, desmarcaram dizendo que o Secretário tinha viajado com o Governador. Aí peguei aquele grupo e fomos almoçar. Chegando ao restaurante, encontrei o Secretário Gabriel Chalita. Então, são coisas que nos deixam desmoralizados. Foi vergonha para ele, para mim não, porque não agimos com mentira. Estamos aqui, temos um trabalho para realizar e às vezes dependemos de falar com o Secretário.

Deputado Samuel Moreira, V. Exa. que é o Líder do Governo, uma pessoa prestativa, não houve uma vez em que dei um telefonema para o Deputado Samuel Moreira que ele não tivesse retornado, se não pôde atender na hora. Quero parabenizar V. Exa. por essa atitude. Às vezes são questões que não dá para se resolver, mas pelo menos o deputado nos atende, que é o que fazemos nos gabinetes: às vezes não dá para resolver o problema da pessoa, mas atendemos, porque a pessoa que nos procurou, que nos confiou seu voto, às vezes não podemos resolver seu problema, mas vou ouvi-la, pelo menos. Alguns Secretários - não vou generalizar aqui - desfazem da gente. Não sei por quê. Não sei se é porque sou do partido A ou B, mas desfazem da gente. É essa desfeita que tem que acabar. Muitos estão lá por competência, porque são técnicos, são pessoas que merecem o cargo, mas está lá indicado pelo Governador ou por um partido político.

Estou nesta Casa porque tive mais de 70 mil votos. Acho que mereceria no mínimo respeito, não a mim, mas a meus eleitores, porque esse Governo que está aí, Deputado Samuel Moreira, nós também ajudamos a construir. Eu era do antigo Democratas, o DEM, do Prefeito Gilberto Kassab, e ajudamos a construir o Governo. Se somos reconhecidos, ou não, para mim não faz diferença, mas ajudamos a construir, no processo eleitoral, o processo de eleição dentro desta Casa e às vezes as coisas não são recíprocas.

O Governador nos respeita, trata-nos bem, não tenho o que falar do Governador. Mas em relação aos secretários, há um descaso enorme para com alguns deputados, e eu sou um deles. E quando somos recebidos por um Secretário ele ouve, ouve, ouve e também não demonstra a menor vontade de ajudar.

            Então fica aqui este protesto. Quero dizer que vou cobrar sempre isso aqui, vou falar sempre até meu último dia de mandato, se não mudar. E quando o Secretário agora marcar e não corresponder mais, vou começar dar o respectivo nome aqui e vou começar a pedir requerimentos de informação de tudo o que acontece na pasta. Vamos começar a atrapalhar a vida deles aqui dentro, porque se faltar com respeito novamente comigo - não vou falar pelos outros - de nem sequer me atender para ouvir, ou chegar no dia e desmarcar a reunião dizendo que tem compromisso com o Governador, como se eu fosse o cocô do cavalo do bandido, isso não pode continuar. Tem que mudar essa situação. Então é mesmo um recado e os secretários que estão me ouvindo sabem que é para eles. Não é normal isso.

O Deputado Campos Machado falou do Deputado Curiati, que às vezes é revistado. Ah, vamos em algumas secretarias que nem adianta falar que somos deputado, mostrar a carteira. Temos que passar por aquele processo de que “aqui dentro é diferente”. Outro dia até cobrei isso, Presidente, sei que não é o caso de V. Exa., mas tinha que se criar aqui um projeto, não sei como é isso, para começar a haver um pouco mais de restrição na entrada desta Casa, porque está perigoso entrar alguém aqui e fazer como no colégio de Realengo, sair matando deputado, porque aí fora está difícil para nós. Para quem anda nas comunidades, para quem conversa com o povo, a situação não é maravilhosa, não. A nossa situação lá fora não é diplomática, aquela coisa de status. Muitos pensam que é, mas não é. Temos que andar com o carro da Assembleia, com insulfilm e o vidro fechado, porque nos xingam no meio da rua. Por que isso? Porque deputado não tem prestígio mais, não se faz valer, não se faz deputado como antigamente, ou não temos um Legislativo como antigamente. Conversamos com os mais antigos e sabemos que era diferente. Perdoem-me usar este momento...

 

O SR. ALENCAR SANTANA BRAGA - PT – COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Deputado Milton Vieira, em seu desabafo, percebemos a sinceridade do seu depoimento em relação ao atendimento dos secretários a V.Exa., e com certeza ao conjunto de deputados desta Casa. De fato, nós é que andamos no dia a dia conversando com as pessoas, ouvindo as necessidades, afinal, é a função do parlamentar.

            Faço coro a V.Exa. e reafirmo aqui: se o Governo e os secretários têm tratado V.Exa., que é da base, dessa maneira, estão demonstrando mais uma vez a falta de sensibilidade e de compromisso com o diálogo.

            Nós, da oposição, por mais que nós gritemos, que falemos, busquemos o atendimento, não temos. Mas fazer isso com V.Exa. e outros colegas da situação, de fato o Governo está demonstrando um claro descompromisso com esta Casa e com o diálogo. Para nós, é uma característica dele, tanto que V.Exa. vem aqui nessa mesma linha.

            Obrigado.

 

            O SR. MILTON VIEIRA - PSD - Agradeço, Deputado. Não quero aqui culpar o Governador ou generalizar o Governo em si, mas chamo a atenção, gostaria muito de deixar aqui registrado: se o Governador tiver a oportunidade de ouvir minha fala, e quando eu estiver com ele, vou fazer essa reclamação pessoalmente. Que ele possa chamar esses secretários e pedir que faça valer o acordo que foi feito, no Conselho de Prerrogativas.

            Cedo um aparte ao nobre Deputado Gilmaci Santos.

 

            O SR. GILMACI SANTOS - PRB – Obrigado, Deputado Milton. Cumprimento V.Exa. e quero complementar o que V.Exa. está falando, esse desabafo. Realmente é o sentimento da maioria dos deputados desta Casa. Tenho tentado também, fazemos parte da base de sustentação do Governo e temos encontrado a mesma dificuldade em relação aos secretários.

Não vamos aqui citar nomes, mas ficamos quase 15 dias ligando diariamente para uma determinada secretaria, por três a cinco vezes ao dia, sem um retorno. Reclamamos, até cheguei a falar com o Líder do Governo, que é uma pessoa sensível, que nos atende, e parabenizo o Deputado Samuel Moreira, mas falar com outras pessoas do Palácio, gritar, reclamar, ficamos sem resposta do Secretário.

Realmente, a cada dia que passa fica mais difícil a convivência, o diálogo – não com o Governo Geraldo Alckmin, porque dificilmente ligo para falar – mas com os secretários. E encontramos dificuldades cada vez que chegamos a uma Secretaria para ter algum acesso. Há exceções, sim, mas a maioria das secretarias, como V.Exa. diz, chegamos e não adianta dizer que somos deputados. Não que queiramos ter um tratamento diferenciado, mas merecíamos, sim. Temos que passar por muitas vias de constrangimento, para poder chegar até a sala do Secretário.

Parabéns pelo seu desabafo.

 

O SR. MILTON VIEIRA - PSD – Obrigado, Deputado Gilmaci. Está presente o Deputado Samuel Moreira, Líder do Governo, que nos representa tão bem.

Continuarei tentando as minhas audiências com o Secretário. Mas aqueles que não me atenderem, vou ligar umas três vezes, como na igreja: em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Na quarta vez, virei clamar nesta tribuna, no Pequeno e no Grande Expediente, nas discussões, enfim, vou usar esta tribuna para apelar, para pedir ao Secretário para me atender, porque isso não é justo.

Não somos marinheiro de primeira viagem. Não somos um sábio também, um entendido, mas também não somos bobos ao ponto de tolerarmos o Secretário que, às vezes, apoiamos aqui dentro, nas comissões. Nós trabalhamos para dar sustentação para aquela Pasta, ajudamos, votamos projetos, e no momento em que precisamos de uma audiência, nada. Não vou pedir nada para mim lá, vamos para atender os nossos eleitores, vamos lá para ajudar às vezes um projeto que vai ajudar o Governo, que vai ajudar aquela Pasta, e o camarada faz uma desfeita dessa. Essa pessoa não tem o meu respeito, e não deveria ter o respeito desta Casa.

Obrigado.

 

O SR. ANTONIO SALIM CURIATI – PP – Sr. Presidente, lembro V.Exa. que esta Casa está sempre em atenção, oferecendo o melhor do seu propósito para beneficiar a população do Estado de São Paulo. Nesta oportunidade, ofereço o meu tempo ao brilhante parlamentar Campos Machado, para que ele ofereça, mais uma vez, a esta Casa, o seu pensamento e as condições para que esta Casa tenha um trabalho efetivo e mereça o respeito da população.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB -  Esta Presidência agradece. Tem a palavra o nobre Deputado Campos Machado, por cessão de tempo.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, a verdade é que a alegria e a tristeza são palavras harmônicas: uma não existiria se não fosse a outra.

Hoje eu sinto momentos de alegria e de tristeza. De alegria, pelo fato de o Deputado Milton Vieira ter vindo a esta tribuna e ter reclamado, com justiça, de uma decisão que já foi tomada pelo Conselho de Prerrogativas.

No ano passado, deliberamos que os Srs. Secretários, diretores de estatais, Presidentes de estatais tinham obrigação de, quando solicitado por um parlamentar desta Casa, marcar audiência em até 20 dias, e não fossem recebidos por chefes de gabinete ou por auxiliares parlamentares. Em caso de desobediência, nós, do Conselho de Prerrogativas, iríamos convocar cada Secretário a vir aqui.

Nos últimos tempos, cerca de três anos, junto com o Deputado Rui Falcão, sonhamos um Legislativo forte, independente. Neste ano não tive a coragem de convocar uma reunião do Conselho de Prerrogativas porque entendi que nós havíamos apresentado uma Proposta de Emenda Constitucional para regulamentar o processo de escolha das vagas de Conselheiro no Tribunal de Contas do Estado, que era de competência exclusiva da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Defendi, sim, a indicação de um Deputado estadual para o Tribunal de Contas do Estado. E quando verifico que os Srs. Deputados, na sua grande maioria, não defenderam as suas próprias prerrogativas, os seus próprios direitos, como podem reclamar o que quer que seja, meu amigo, meu irmão, Deputado Milton Vieira?

Deputados pressionados por liderança retiram assinatura do requerimento, rasgam o Regimento, rasgam a Constituição Estadual. O que faço eu, como Presidente do Conselho de Prerrogativas? Marco reuniões, convescotes? Qual a minha energia, com que coração, com que alma vou defender prerrogativas de deputados, se os deputados não querem ser defendidos?

A Deputada Rita Passos revelou, desta tribuna, há três ou quatro anos, que, saindo da Secretaria que trata das questões sociais, em companhia do então Secretário, teve a bolsa revistada na portaria, e o Sr. Secretário não fez nenhum ato. Abriram a bolsa da Deputada: batom, rouge, documentos.

Em função disso, criamos o Conselho de Prerrogativas, que tinha por finalidade única e exclusiva defender esta Casa, defender esta Assembleia, que já foi Casa de Janio Quadros, de Franco Montoro, do meu amigo e irmão Aloysio Nunes Ferreira, do meu amigo José Dirceu. Mas esta Casa se posta de joelhos. Digam para mim: qual é o papel do Presidente do Conselho de Prerrogativas? Marcar reunião? Como posso ter ânimo? Como posso ter eu disposição para lutar por aqueles que não a têm, que não querem ser defendidos?

Gostaria muito que resolvêssemos logo essa questão do Tribunal de Contas do Estado, questão pequena, questão menor. O mundo não é feito de coisas pequenas. Resolvêssemos logo para que pudéssemos retomar as audiências, as sessões do Conselho de Prerrogativas para atender a essa questão levantada pelo Deputado Milton Vieira. Secretários, sabendo da nossa fragilidade, não querem saber de mais nada. Para que atender deputado? Para quê? Não adianta se queixar aqui, não! Onde está, Deputado Curiati, aquela norma que votamos de convocar os secretários que não atendessem os deputados no prazo de 20 dias? Que história é essa de mandar e-mail para perguntar o assunto para, depois, atender o deputado? Quem pensam ser os Secretários? Secretário é Deus? Está no Olimpo? É Júpiter? É Zeus? Não!

E nós estamos aqui, carneiríssimos da silva! Todos nós, mansos, remansosos, quietos, subjugados, aniquilados, amordaçados, atordoados. Para que, então, reclamar? Só nos resta, silenciosamente, a guilhotina. Ou como dizia Frank Roosevelt: “Ou morremos todos juntos ou seremos enforcados separadamente.” Essa é a história da Casa. Não me atrevo mais a ouvir falar em prerrogativa. Que prerrogativa?

Quero fazer um apelo, Deputado Barros Munhoz, mais meu irmão do que meu amigo. Resolvido esse impasse que nos colocou numa situação de declínio, pudéssemos trazer de volta aquele ímpeto, aquela vontade de enobrecer esta Casa através do Conselho de Prerrogativas, para evitar fatos como esse do Deputado Milton Vieira, para evitar que chefes de gabinete mandem e-mails para os deputados: “Ou dizem qual é o assunto ou não tem audiência.” Basta convocar o Secretário para vir aqui! Quero que ele explique o porquê desse procedimento, o porquê dessa arrogância, o porquê desse comportamento! Não dá é para conviver com anjos do bem e anjos do mal. Não, não existe meia gravidez em caráter: ou se tem caráter ou não se tem caráter. Não dá mais para andarmos com cordinha no pescoço.

            Faço também um apelo ao Líder do Governo, Deputado Samuel Moreira. Vossa Excelência tem se esforçado, mas não basta. Acaba de ingressar no Plenário a Deputada Rita Passos, que, efetivamente, foi a musa do Conselho de Prerrogativas. Foi ela quem nos inspirou a defender esta Casa. Humilhada, retalhada, ela fez com que esta Casa se impusesse, se tomasse de respeito e de dignidade e mostrássemos que Ibrahim Nobre é quem tinha razão quando dizia que esta Assembleia é o supremo orgulho do Estado.

            Deputado Samuel Moreira, decorrido esse trágico episódio, volto o relógio do tempo para dizer que fui o primeiro parlamentar que defendi, há anos, que o Deputado Dimas Ramalho fosse para o Tribunal de Contas do Estado. Para quem não sabe, já fui à casa dele em Araraquara, conheço a esposa, a família. Somos amigos, somos leais um ao outro. E se a minha posição era contrária, é porque eu defendia apenas esta Casa. Não era candidato, nunca fui candidato, nunca serei candidato a conselheiro. Entendo que esta Casa tem que fazer sua opção por um deputado estadual.

            Mas quero deixo claro que, nesse andar da carruagem, fico satisfeito e alegre por ver o meu amigo, Deputado Dimas Ramalho, ser escolhido para a primeira vaga do Tribunal de Contas do Estado, sem que isso me dê o mais leve desejo de recuar. Não tinha por que dar a minha palavra ao Deputado Jorge Caruso: não pertencemos ao mesmo partido. Dei a ele a minha palavra, e com ele vou até o fim. Perco junto, choro junto, sofro junto e, se vencer, vamos vencer juntos.

Neste momento, temos a oportunidade de conduzir ao Tribunal de Contas do Estado uma grande figura, que entendeu a minha situação, que teve grandeza ao conversar comigo na última quarta-feira de saber como exatamente eu sou. Não sou de recuar, não sou de pestanejar, não sou de voltar e não sei me agachar. O Deputado Dimas Ramalho sabe disso!

Repito, meu amigo e irmão, Dr. Geraldo, falo com muito orgulho. E quero dizer que não preciso dele e de ninguém. O que nos une é amizade e lealdade. Só! Não preciso ser inquilino ou plantonista do Palácio dos Bandeirantes para ter uma vantagem ou outra. Não preciso disso, não. O meu compromisso com ele, para 2014, está dentro de mim. E se o meu partido caminha para ser o mais forte do Estado, o mais forte do País, vou estar ao lado dele, porque ele sempre foi leal comigo. Em cinco meses, não tive um contato com o Governador. Ele jamais me deu um telefonema para tentar interferir naquilo que penso, naquilo em que acredito. Não fui ao Palácio para não constrangê-lo. Os amigos não devem constranger os amigos. Os amigos devem saber as suas posições, e, se derem a sua palavra, cumpram-na. A palavra tem sangue. Dizia em Holambra, sábado pela manhã, que as palavras, enquanto nós não as proferimos, são nossas prisioneiras. Depois que nós as proferirmos, passamos a ser prisioneiros delas. É por isso, Deputado Samuel Moreira, que nós estamos formulando esse compromisso e acabei de protocolar o requerimento assinado pelo nobre Deputado Jorge Caruso, com duas vertentes: a primeira, de retirada de assinaturas para propiciar do Deputado Dimas Ramalho a apreciação do seu nome; e a segunda para reiterar a sua posição de postulante ao cargo da segunda vaga pela Assembleia.

            Eu podia, Sr. Presidente, calar-me. Ou, como dizia o Deputado Roque Barbiere dia desses, “Quedai-me ao silêncio.” Poderia. Quedo-me no silêncio. Para que falar, discutir diante das luzes que ilumina este plenário? Mas não saberia chegar à minha casa, Sr. Presidente, se não usasse esta tribuna para dizer aquilo que penso: compromisso assumido, compromisso cumprido. Começamos hoje uma nova caminhada. Espero que a dignidade se faça presente em todas as pessoas que vão fazer comigo esta caminhada até setembro.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Não havendo mais oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação o Projeto de lei nº 250, de 2012. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

PROPOSIÇÕES EM REGIME DE TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA

1 - Discussão e votação - Projeto de lei 157, de 2004, de autoria do deputado Edmir Chedid. Institui o Serviço Rodoviário Intermunicipal Metropolitano de Transporte Individual de Passageiros. Parecer nº 356, de 2010, da Comissão de Justiça, favorável, com emenda. Parecer nº 357, de 2010, da Comissão de Transportes, favorável ao projeto e à emenda. Parecer nº 358, de 2010, de relator especial pela Comissão de Assuntos Metropolitanos, favorável ao projeto e contrário à emenda.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o projeto salvo emenda. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. ALENCAR SANTANA BRAGA - PT - Sr. Presidente, declaro o voto contrário da Bancada do PT.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação do nobre Deputado Alencar Santana.

 

O SR. SAMUEL MOREIRA – PSDB – Sr. Presidente, passo a ler declaração de voto da Liderança do Governo ao PL157/04.

“Senhor Presidente,

Na qualidade de Líder do Governo, nos termos regimentais, venho declarar voto contrário ao Projeto de Lei n° 157, de 2004, de autoria do Deputado Edmir Chedid, que institui o Serviço Rodoviário Intermunicipal metropolitano de Transporte Individual de Passageiros.

Em que pesem as louváveis intenções do autor, posicionamos contrariamente a aprovação da presente propositura, tendo em vista o que disposto no artigo 158 da Constituição Estadual que determina que em região metropolitana ou aglomeração urbana, o planejamento do transporte público de caráter regional será efetuado pelo Estado, em conjunto com os Municípios integrantes das respectivas entidades regionais.

Cabe salientar, entretanto, que essa votação é fruto de um consenso dos líderes partidários com assento nesta Casa, que visa a retomar o bom andamento de nossos trabalhos.

Deputado Samuel Moreira - Líder do Governo”

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência  suspende a presente sessão por um minuto.

Está suspensa a sessão.

 

                                                          * * *

 

- Suspensa às 20 horas e 33 minutos, a sessão é reaberta às 20 horas e 33 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Em votação a emenda apresentada pela Comissão de Justiça, de parecer divergente. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitada.

2 - Discussão e votação - Projeto de lei nº 369, de 2011, de autoria do deputado Baleia Rossi. Dispõe sobre a criação do "Programa Nutricional" em escolas públicas para evitar a obesidade infantil. Parecer nº 787, de 2011, da Comissão de Justiça, favorável com emenda. Parecer nº 788, de 2011, da Comissão de Educação, favorável ao projeto e à emenda.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o projeto salvo emenda. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em votação a emenda apresentada pela Comissão de Justiça, de parecer favorável. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada.

 

O SR. SAMUEL MOREIRA – PSDB – Sr. Presidente, passo a ler declaração de voto da Liderança do Governo ao PL 369/11.

“Senhor Presidente,

Na qualidade de Líder do Governo, nos termos regimentais, venho declarar voto contrário ao Projeto de lei n° 369, de 2011, de autoria do deputado Baleia Rossi, que dispõe sobre a criação do “Programa Nutricional” em escolas públicas para evitar a obesidade infantil.

Em que pesem as razões justificadas pelo autor da propositura acima mencionada, vejo-me compelido em registrar meu voto contrário a tal iniciativa, posto que a medida consubstanciada na matéria, nos termos em que estão formuladas, invocam providências de caráter eminentemente administrativo, além de s.m.j. apresentar vícios de natureza constitucional e de mérito.

Cabe salientar, entretanto, que essa votação é fruto de um consenso dos líderes partidários com assento nesta Casa, que visa a retomar o bom andamento de nossos trabalhos.

Deputado Samuel Moreira - Líder do Governo”

               

 

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, há sobre a mesa o requerimento já mencionado pelo nobre Deputado Campos Machado, no seguinte teor:

“São Paulo, 29 de maio de 2012.

Senhor Presidente

Na qualidade de Deputado Estadual, integrante desta Casa de Leis, condição que muito me honra e muito me orgulha, na minha vida política, e em absoluto respeito e consideração aos meus pares, que então me dignificaram com a indicação de meu nome para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contar do Estado, em vaga constitucionalmente reservada a esta Assembleia Legislativa, por ocasião da aposentadoria do Conselheiro Eduardo Bittercourt Carvalho, e agora, em nome de um expresso compromisso firmado por Deputadas e Deputados, que para mim, por dever de consciência, a ele submeto e convalido, é que me dirijo a Vossa Excelência para requerer seja desconsiderada minha postulação à vaga acima referenciada, adotando-se os procedimentos que se fizerem necessários, todavia, e através da presente, colocar minha postulação, peremptoriamente, ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas na próxima vaga a ser provida, também por indicação deste Poder, em outubro próximo, em decorrência da aposentadoria do Conselheiro Claudio Ferraz de Alvarenga.

Aproveito a oportunidade para reiterar a Vossa Excelência os protestos de minha consideração e apreço.

Deputado Jorge Caruso

Exmo. Sr. Deputado Barros Munhoz

DD. Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Nesta”

 

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, estamos encerrando um processo difícil, longo, penoso e estressante de negociações políticas e da prática do diálogo parlamentar. Muita água passou embaixo da ponte, muito sofremos, muito se lamentou, mas é hora - e me permito discordar do nobre líder, companheiro e irmão Campos Machado - de comemorar. Comemorar as vitórias que dessa luta sobraram, que não são poucas e que nem são pequenas. Pela primeira vez, o artigo que constitucionalmente assegura a esta Casa o direito de indicar o Conselheiro para o Tribunal de Contas vai acontecer integralmente em outubro, ou ainda antes, deste ano. Se nada mais tivesse acontecido ao longo desses quatro ou cinco meses de conversações, de debates, de entreveros, só essa conquista teria feito essa luta valer à pena. E essa luta e essa conquista têm um grande comandante e um grande vitorioso, que é V. Exa., nobre Deputado Campos Machado que, como poucas vezes já vi na minha vida, manteve-se ereto e numa posição difícil, mas sem arredar pé dessa posição altaneira que resolveu empreender.

Sinceramente, eu entendo todo o caminhar, todos os passos dos deputados desta Casa neste affaire, e quero dizer que o melhor caminho prevaleceu. Vamos ter um bom Conselheiro ocupando esta vaga do Conselheiro Eduardo Bittencourt Carvalho; alguém que honrou esta Casa como Deputado Estadual, Dimas Ramalho - hoje honra o Parlamento brasileiro como Deputado Federal -, que merece e tem todas as condições de ser um bom Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Mas tenho a mais absoluta certeza de que, com as mais de 57 assinaturas o indicando para o preenchimento da próximo vaga, em outubro, teremos um colega desta Casa, um grande parlamentar, para substituir e suceder o nobre Conselheiro Cláudio Ferraz de Alvarenga. Trata-se do nosso querido companheiro Deputado Jorge Caruso.

Assim sendo, entendo sinceramente, meu caro companheiro, amigo e irmão Campos Machado, que a luta valeu à pena sim. Os novos capítulos dessa luta haverão de confirmar este meu prognóstico. E de todo sofrimento havido, que não foi pequeno, quero dizer que a maior vitória é o fortalecimento da minha crença, maior vitória para mim, na força do diálogo à exaustão, tendo como limite o infinito: a força da paciência de dialogar faz com que, às vezes, o impossível se torne possível. E aqui aconteceu um acordo que dignifica quem dele fez parte: Deputado Caruso, que abre mão de uma justa postulação, para colocá-la para daqui a alguns meses, e aqueles que o acompanharam nessa caminhada e o defenderam até este momento, assim como aqueles que o defenderam sinceramente à indicação do Conselheiro Dimas Ramalho. Esta Casa sai arranhada, mas não sai diminuída. Pelo contrário, sai engrandecida. Tenho certeza absoluta disso.

Agradeço a Deus por ter me dado forças porque não foi fácil resistir.  Não me lembro de ter vivido episódio em que sofri mais pressões legítimas. Nenhuma é ilegítima, todas são legítimas. A democracia é um jogo de pressões. Mas nunca sofri tantas por parte dos companheiros, dos amigos e nunca fiquei no foco de uma decisão que despertou curiosidade de tanta gente. Mas, hoje, a curiosidade termina e a luta prossegue porque ela é contínua e vai nos levar à construção de uma democracia melhor. É duro, tenho conversado com os novos deputados que, às vezes, sonham.

Outro dia, até assisti o discurso do Deputado Welson Gasparini, no Colégio de Líderes, e fiquei emocionado. Pensei comigo: Welson já foi quatro vezes prefeito, já foi deputado estadual, deputado federal e não perde a esperança e a vontade de sonhar e defende coisas que, na realidade, hoje são praticamente impossíveis. Mas é isso que faz o parlamento andar, a democracia e o mundo caminhar. Então, eu, tomando o exemplo do Deputado Welson, quero dizer que vamos continuar lutando e acreditando com os pés no chão, sabendo que a luta é uma dura realidade.

Era isto que gostaria de dizer e parabenizar a todos os 93 outros parlamentares desta Casa.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, inicialmente quero cumprimentar o Deputado Alencar Santana. A Bancada do PT foi extremamente leal conosco e as bancadas que trabalharam pela indicação do nobre Deputado Jorge Caruso jamais ficaram alheias ao processo, mostraram a sua cara, o seu rosto.

 Quero cumprimentar o Deputado Jorge Caruso pela sua humildade. Eu chamei o Deputado Alencar, às 6 horas da tarde, para conversar. Eu disse: Deputado Caruso, estamos aqui procurando o melhor caminho e o melhor caminho nem é sempre aquele que a gente acha. Ele disse até citando Antonio Machado, o poeta português, que diz: “Caminhante, não há caminho, faz-se o caminho ao andar”. Eu disse a ele: “Nós conversamos com a Bancada do PT, que foi a primeira bancada a fechar o acordo, e com os outros líderes todos, Deputado Caruso.”

Acho que, de quando em quando, temos que fazer determinados gestos para que a grandeza fique maior no horizonte. Mandei elaborar o texto: Deputado Caruso, uma confiança ilimitada nesse simples parlamentar. Ele nem queria ler o texto feito. Fiz questão que ele lesse. Afinal de contas, ele é o nosso candidato. Não é que ele era, ele é o nosso candidato. Disse a ele que o momento exigia esse comportamento, essa posição. Em nenhum instante, senti do Deputado Jorge Caruso qualquer sinal de tristeza, qualquer desânimo. Eu, sim, confesso que fiquei triste e frustrado. Ele não. Ele confia nesta Casa.

Sr. Presidente, quero cumprimentá-lo também pelas suas palavras as quais vão servir de ânimo para aquelas pessoas que não perderam a vontade de lutar, que acreditam na grandeza desta Casa, que vai mostrar que tem história, que tem luz própria, que tem vida. V. Exa. traz a todos nós, a todos signatários do documento assinado pelo Deputado Jorge Caruso, não apenas a esperança, a fé, a convicção, a certeza de que nós, com as nossas decisões hoje, vamos engrandecer esta Casa.

Quero dizer, também, ao nobre Deputado Dimas Ramalho. Como bem disse o Deputado Alencar, o Deputado Dimas Ramalho é amigo da gente, é meu amigo, é amigo de V. Exa., é amigo do Deputado Edinho, é amigo do Deputado Barros Munhoz,  Presidente. Às vezes, as conjunturas nos separam, mas sempre nos unem na frente quando os nossos horizontes são os mesmos e os sonhos são os mesmos. Portanto, quero dizer ao nobre Deputado Dimas Ramalho que esta página está virada e eu não costumo olhar para trás. Diz na minha cidade que quem olha no retrovisor bate o carro. Eu já estou olhando para frente, convencido de que nós não vamos entrar na primavera sem ver as forças das flores que vão brotar no início de setembro.

Nobre Deputado Alencar Santana, eu acredito que estamos combatendo um bom combate. Um bom combate é sempre um estímulo para os nossos sonhos e para os nossos combates. Aqui não vai ter nem derrotado e nem vitorioso. Quem vai vencer ao final vai ser esta Casa, uma Casa que todos nós amamos, respeitamos e vamos querer que seja a Casa dos nossos sonhos.

Sr. Presidente, meu irmão Deputado Barros Munhoz, em suas mãos deposito a minha confiança e a minha inabalável fé.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Muito obrigado, Deputado Campos Machado.

Esta Presidência quer comunicar que está determinando que seja protocolado o Projeto de Decreto Legislativo da Mesa, indicando o nobre Deputado Dimas Ramalho para o cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo na vaga do nobre Conselheiro Eduardo Bittencourt Carvalho.

 

O SR. ALENCAR SANTANA BRAGA - PT - Sr. Presidente, tanto V. Exa., quanto o Deputado Campos Machado, falaram que esta Casa sai vitoriosa desse processo. A Bancada do PT, de certa forma, entende isso também. Afinal de contas, vamos ter a prerrogativa e o respeito de que esta Casa possa fazer a devida indicação de um par seu para o Tribunal de Contas que todos nós entendemos que é um órgão auxiliar a esta Casa. Não somos nós que estamos dizendo, isso está na Constituição estadual.

Também quero, aqui, louvar a iniciativa do Deputado Jorge Caruso, que mostrou aqui a sua grandeza ao retirar o seu nome, nesse momento, nesse processo. Afinal, entendemos que as assinaturas que foram publicadas no Diário Oficial já há maioria e qualquer outro entendimento diferente adquire em geral uma situação jurídica muito ruim para todo o processo.

Para escolhas temos duas vagas no Tribunal de Contas. O Deputado Caruso, com o intuito de evitar que ficássemos numa disputa jurídica que saísse desta Casa, fez esse gesto. Entendemos que foi correto. Apoiamos esse gesto e quero reafirmar aqui a posição da Bancada do PT, posição já tirada no primeiro momento, que foi a indicação do Deputado Caruso. Não tenham dúvida de que a nossa posição será a mesma para o processo seguinte.

            Como foi dito pelo Deputado Campos Machado, esta Casa sai vitoriosa e esperamos – e vamos trabalhar nesse sentido – que no decorrer desse tempo não tenhamos qualquer alteração, qualquer arrependimento, que processo semelhante ao que ocorreu na primeira indicação possa se dar na segunda porque isso será péssimo para todos, pois estaremos burlando as resoluções desta Casa e principalmente indo contra as palavras firmadas entre nós deputados e sabemos que isso na política tem valor e deve ser cumprido para que se possa ter respeito no futuro.

 

            O SR. PRESIDENTE – BARROS MUNHOZ – PSDB – Cumprimentando o Deputado Jorge Caruso esta Presidência, antes de encerrar a sessão, lembra V. Exas da Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental.

            Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 20 horas e 50 minutos.

 

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