23 DE JUNHO DE 2008

030ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO "DIA DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS"

 

 Presidente: JOSÉ BITTENCOURT

 

001 - JOSÉ BITTENCOURT

Assume a Presidência e abre a sessão. Registra as autoridades presentes. Informa que esta sessão solene foi convocada pelo Presidente Vaz de Lima, a requerimento do Deputado José Bittencourt, com a finalidade de homenagear o "Dia da Igreja Evangélica Assembléia de Deus". Convida o público presente a ouvir, de pé, o Hino Nacional  Brasileiro.

 

002 - OLÍMPIO GOMES

Deputado estadual, elogia a atividade do Deputado José Bittencourt. Recorda a sua atuação como policial. Enaltece o trabalho de evangelização da Igreja Assembléia de Deus, especialmente nos presídios. Fala da importância da religião no desenvolvimento humano.

 

003 - Presidente JOSÉ BITTENCOURT

Anuncia apresentações musicais.

 

004 - Presidente JOSÉ BITTENCOURT

Ressalta a importância do Estado Democrático de Direito. Faz  referências sobre os embates políticos que ocorrem neste Plenário. Destaca a representatividade social deste Legislativo. Questiona o tratamento da mídia em relação à atividade parlamentar. Anuncia apresentação musical.

 

005 - NOEMI NONATO

Cantora e vereadora da Câmara Municipal de São Paulo, apresenta saudação do Vereador Antônio Carlos Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de São Paulo. Faz apresentação musical.

 

006 - ELIAS CROCE

Pastor da Assembléia de Deus de Guacuri, faz relato sobre a Igreja Assembléia de Deus no Brasil.

 

007 - Presidente JOSÉ BITTENCOURT

Faz a entrega de livro sobre a "História da Igreja Assembléia de Deus" ao Padre José Bizon. Anuncia apresentação musical.

 

008 - WALTER BRUNELLI

Pastor da Assembléia de Deus da Vila Mariana, faz preleção sobre Matheus, Capítulo 15, sobre a multiplicação dos pães e dos peixes.

 

009 - DEIRÓ DE ANDRADE

Pastor da Assembléia de Deus de São Mateus, faz benção apostólica.

 

010 - Presidente JOSÉ BITTENCOURT

Faz agradecimentos gerais. Anuncia a apresentação da cantora e Vereadora Noemi Nonato. Encerra a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. José Bittencourt.

 

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            O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BITTENCOURT - PDT – Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

 

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-         É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BITTENCOURT - PDT - Estamos neste dia comemorando o Dia da Assembléia de Deus numa sessão solene nesta Casa Legislativa. Desde logo esta Presidência agradece a presença de todos os queridos irmãos e cidadãos de São Paulo que estão conosco.

            A Presidência passa a nomear as autoridades que compõem a Mesa: Pastor Walter Brunelli, Digno Pastor da Assembléia de Deus em Vila Mariana (Palmas.); Pastor Pedro Domingues Zequini, representando o Pastor Genício Severo dos Santos, Presidente da Assembléia de Deus em São Bernardo do Campo (Palmas.); Pastor Deiró de Andrade, Presidente da Assembléia de Deus em São Mateus (Palmas.); Pastor Elias Croce, Presidente da Assembléia de Deus em Vila Guacuri, São Paulo. (Palmas.)

            Queremos apresentar também o Deputado Olímpio Gomes, um grande parlamentar desta Casa que nos honra com sua presença. Peço a todos que aplaudam este grande tribuno. (Palmas.)

            Srs. Deputados, esta sessão solene foi convocada pelo Presidente efetivo desta Casa, Deputado Vaz de Lima, atendendo solicitação deste Deputado, com a finalidade de homenagear a Igreja Evangélica Assembléia de Deus no seu dia.

            Convido todos os presentes para, em pé, ouvirem o Hino Nacional executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do Subtenente PM Aguiar.

 

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            - É executado o Hino Nacional.

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            O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BITTENCOURT - PDT - Esta Presidência agradece a Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo e ao Subtenente Aguiar.

Esta Presidência quer agradecer o Deputado João Caramez pela manifestação de gratidão ao convite que fizemos a S. Exa., aliás, o convite foi feito a todos os 93 deputados desta Casa. Ele nos respondeu, por isso temos o dever de fazer menção. Da mesma forma ao Deputado Estevam Galvão, que também respondeu agradecendo o convite.

Vamos ouvir, então, o Deputado Olímpio Gomes, que tem uma agenda a cumprir logo mais.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PV - Excelentíssimo Deputado José Bittencourt, Presidente desta sessão solene, a quem tenho orgulho de ter como amigo nesta Casa; senhores pastores; irmãos evangélicos da Assembléia de Deus, na abertura dos trabalhos o Deputado José Bittencourt abriu a sessão dizendo “Sob a proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos.”

Estamos num estado laico, onde há liberdade de culto. Sou um cristão católico e estou aqui, primeiro, pelo respeito que tenho pelos evangélicos da Assembléia de Deus e pelo respeito que nutro pelo Deputado José Bittencourt, realmente um homem de Deus, não é alguém que fala e age de forma diversa, como é muito comum na política. Não é o caso do Deputado José Bittencourt, que teve a felicidade de já em 2003 ter um projeto de lei aprovado estabelecendo um dia para que o Parlamento paulista agradecesse tudo o que a Assembléia de Deus fez, faz e fará pelo povo paulista evangelizando, levando a palavra de Deus, levando consolo aos mais miseráveis, levando uma palavra de alento inclusive aos criminosos nos presídios.

            Formado e trabalhando na segurança pública há 30 anos aprendi a respeitar o papel das religiões exercido sobre o comportamento humano, principalmente para fazer com que as  pessoas se voltem para Deus. Sabemos, na prática, o trabalho que cada um dos senhores, que cada um dos pastores hoje desenvolvem nos presídios, que é realmente um alento para a inserção de marginais. Sabemos que muitas vezes não é a pensa do confinamento que vai fazer com que aquele indivíduo possa refletir e mudar sua conduta de vida. Bem sabemos que é importante crer, ter fé, acreditar em algo superior, cada um na sua religião, com o seu Deus. Mas, quando se perde a referência na religião o próximo passo é perder a referência em relação à família. Quando se perde a referência em relação à família o passo seguinte é perder a referência em relação à escola, à educação. E numa seqüência, não se tendo uma referência na escola, perde-se a referência da lei, dos limites que a sociedade impõe para que cada cidadão possa conviver em harmonia. Mas tudo começa exatamente na perda da referência da religião. Daí o papel fundamental da Igreja; daí o papel fundamental do crescimento da religião, das Igrejas Evangélicas, da Assembléia de Deus que vão ampliando o seu leque e levando uma palavra de consolo, de esperança, para que as pessoas não tenham ímpetos violentos ao resolverem questões e que se forem colocadas dentro de um plano de sentimento, de humanidade, de amor ao próximo, de um sentimento de que existe um Deus que ampara todos certamente teremos uma sociedade melhor.

            Cumprimento todos por terem um deputado - um homem de Deus, um pastor -, com o perfil do Deputado José Bittencourt. Tenho muito orgulho do Deputado que a Igreja conduziu a este Parlamento. Ele realmente dignifica este Parlamento e leva muito mais do que simplesmente a palavra de um deputado, mas o tempo todo coloca a palavra de Deus. Estou no meu primeiro mandato e, nos momentos em que exacerbei nas minhas condutas tive o apoio de um amigo e um professor que, nos meus ouvidos, me acalentou, me orientou para um caminho mas próprio para se conduzir aquele processo que eu levava para o conflito.

Sou, então, por demais agradecido, sou um admirador do Deputado José Bittencourt, e tenho certeza de que ele ainda vai crescer muito na política porque ele faz exatamente o que a população precisa, espera e merece de um parlamentar. Dou meu testemunho de que ele é alguém que engrandece a Assembléia de Deus e que nunca vai envergonhá-la com sua conduta como deputado nesta Casa.

Deputado José Bittencourt, seja feliz, prestigiaremos sempre os  seus atos e é minha obrigação como parlamentar estar aqui para aplaudir e reverenciar esse trabalho magnânimo da Assembléia de Deus. Parabéns a todos e que Deus os abençoe. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BITTENCOURT - PDT -  O nobre Deputado major Olimpio é um amigo, razão pela qual utilizou essas palavras generosas e bondosas em relação a mim. Mas tem o nosso respeito, é um parlamentar combativo e que Deus o abençoe. Tenho orador por ele, tenho orado pelos deputados desta Casa, os senhores sabem disso. Estamos aqui na defesa dos interesses da cidadania de São Paulo e do Reino de Deus.

Informamos que esta sessão solene foi requerida pelo Presidente desta Casa, Deputado Vaz de Lima, atendendo solicitação nossa, com a finalidade, como já disse, de homenagear a Assembléia de Deus no Estado de São Paulo, para ficar registrado nos anais desta Casa e também na mente de todos nossos irmãos aqui presentes. São 97 anos da Igreja Assembléia de Deus no Brasil e estamos cumprindo a Lei 11.573 de 25 de novembro de 2002 que instituiu o dia 18 de junho o dia dessa Igreja no Estado de São Paulo, lei de nossa autoria sancionada pelo governador Geraldo Alckmin. Estamos cumprindo a norma e ao mesmo tempo relembrando e lembrando 97 anos de Assembléia de Deus no Brasil.

Está conosco o pastor Eliezer, representando o pastor Alcides Balarim, de Cosmópolis. Está também o suplente de vereador na Câmara Municipal dessa bonita cidade, Sr. Marcos Nogueira. Obrigado pela presença e recebam nossos aplausos. (Palmas.) O pastor Lemir está representando o pastor Silvano Dublinsk, presidente da Assembléia de Deus do Jabaquara, na zona Sul de São Paulo. (Palmas.) O pastor Elias Medeiros está representando o pastor  Leônidas José do Nascimento da Assembléia de Deus de São Miguel, na zona Leste. (Palmas.) O pastor Geraldo, setorial do Jardim dos Pimentas, Assembléia de Deus de Guarulhos.(Palmas.) Pastor José Catarino de Santana, do Jardim Mascarenhas, em Embu das Artes, e o pastor Gildásio José dos Santos, presidente da Assembléia de Deus em Embu das Artes. (Palmas.) Pastor Levi Martins, da Assembléia de Deus de Mairinque, presidente da Assembléia de Deus de Mairinque e região. (Palmas.) Pastor José Carneiro, da Igreja Batista do Renovo, em Mauá, que está ao lado de sua esposa. (Palmas.) Deus os abençoe. Pastor Artur Moratelli Bittencourt, que é nosso filho. (Palmas.) Que a igreja aplauda. Pastor Elton Alves Ribeiro, representando o Pastor Adelino, da Assembléia de Deus, em Mauá. (Palmas.) Everaldo Macedo, representando o Deputado Lelis Trajano. Conosco está o Pe. José Bizon, representando o cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer. Para nós é uma alegria. Uma calorosa salva de palmas para o Senhor Jesus. (Palmas.) Muito obrigado, Pe. José Bizon, leve as nossas considerações ao Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, que é um amigo desta Casa  e um amigo do povo de São Paulo. Conosco está a ilustre Vereadora Noemi Nonato, da Câmara Municipal de São Paulo, acompanhada de sua assessoria. Quero que vocês aplaudam o Senhor pela vereadora Noemi Nonato. (Palmas.) Uma grande cantora da nossa música gospel. Quero apresentar o Coral Triunfal, sob a regência do maestro Elias, da igreja Assembléia de Deus em Utinga, Santo André. (Palmas.) A razão da minha vida ministerial, da minha vida eclesiástica, a Assembléia de Deus em Utinga, santo André. Quero que vocês aplaudam novamente por esse Coral Triunfal. (Palmas.) Obrigado. Quarteto Bless, da Assembléia de Deus em Valinhos, presidida pelo nosso irmão, ilustre pastor Constantino. (Palmas.) Ao ensejo, ouviremos o Quarteto Bless em uma apresentação, um louvor de adoração ao Senhor.

 

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BITTENCOURT - PDT - Deus seja louvado. Quero apresentar os pastores lá do campo de Utinga. Fiquem  em pé por gentileza todos os pastores que estão conosco. Todos os pastores fiquem em pé. Dirigentes de trabalho, obreiros e obreiras que estão conosco, muito obrigado. Presbítero Toninho da banda. (Palmas.)

            Quero apresentar também o pastor Natalício Tenório Albuquerque, Presidente da Assembléia de Deus Ministério Sapopemba. Por favor fique em pé pastor Natalício Tenório Albuquerque e os obreiros que acompanham o pastor Natalício Tenório Albuquerque. Ele preside a Assembléia de Deus Ministério Sapopemba ligado à Ceadespel e à convenção geral por via de conseqüência. (Palmas.) Também presente o Álvaro, o camiseiro da Assembléia de Deus Jardim Ângela, Mogi das Cruzes. Ele dirige a Assembléia de Deus lá em Mogi das Cruzes, uma unidade do campo do Jardim Ângela. Aplaudam o Senhor pela vida do meu amigo Álvaro. (Palmas.)

            Registro, também, a presença do Pastor Edson Crispim, pastor Besaliel, representando o Ministério Ferreira, do pastor Edgar e pastor Levi Martins. Podem aplaudir o Senhor. (Palmas.) Aqui ninguém dorme, porque tem que bater palma. Com muita alegria faço o registro, também, do Prefeito Vicente Sampaio de Almeida Prado, do PDT da cidade de Rafard e a sua assessoria. Por favor fique de pé Vicente Sampaio de Almeida Prado, grande companheiro do PDT, e a assessoria do Prefeito da cidade de Rafard. Muito obrigado por sua presença Prefeito Vicente Sampaio de Almeida Prado. Deus te abençoe. (Palmas.) queremos registrar, também, a presença do pastor Henrique lá da Assembléia de Deus de Guarulhos, que acompanha o pastor Geraldo e mais outro companheiro. A Igreja pode aplaudir o Senhor. (Palmas.)

            Queremos ouvir o Soul Livre, lá da Assembléia de Deus em Vila Humaitá, Santo André.

            Enquanto se aproxima, registramos a presença de Eliabes Pessoa, 1º Secretário da Ceader, da CGADB, Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, unidade de São Paulo. Por favor fique em pé pastor Eliabes Pessoa, assim como também os companheiros que o acompanham. O pastor Eliabes Pessoa é Secretário da Convenção Estadual da Assembléia de Deus no Estado do Rio de Janeiro, unidade de São Paulo, mas vinculado à CGADB. Podem aplaudir o Senhor pela vida do pastor Eliabes Pessoa. (Palmas.)

            Soul Livre apresentará um número musical sob a maestria do Júnior.

 

            O SR. JÚNIOR - Quero saudar o Deputado José Bittencourt, todos os componentes da Mesa, e a toda platéia com a palavra do Senhor Jesus. É uma honra, uma alegria muito grande estar aqui nesta noite participando desta festa, por mais um ano que nós pentecostais estamos completando.

            Quero parabenizar a todos.

            Estamos aqui para agradecer a Deus através do nosso louvor. Amém.

 

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-         É feita a apresentação musical.

 

                                                                      

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            O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BITTENCOURT - PDT - Os irmãos querem ouvir mais um hino. Amém! Vocês não sabem como deixam alegre meu coração por estarem aqui presentes, neste palco de vários embates políticos, várias disputas, como podem testemunhar os amigos que trabalham aqui conosco, Carneirinho e Dona Yeda. Mas hoje aqui estamos adorando o Senhor dos Senhores, o Rei dos Reis, o Criador de todas as coisas.

            É importante que o cidadão de São Paulo venha conhecer este Parlamento, esta Casa, o trabalho do parlamentar. Vou fazer um esclarecimento muito oportuno: quando vocês virem algum veículo de comunicação mostrando este plenário vazio - às vezes com um ou dois deputados - não é que os deputados não estão trabalhando mas, sim, que estão nas comissões ou em seus gabinetes atendendo a população. Às vezes uma parte da imprensa quer enlamear este Parlamento, e não aceitamos.

Aqui está a representação da sociedade, o extrato da população. É o poder mais importante do Estado. O juiz vai dizer que é o Judiciário, o Executivo vai dizer que é o Executivo mas digo que o poder mais importante que sustenta o Estado é o Poder Legislativo. É daqui que sai a lei que o Judiciário tem de cumprir e o Executivo tem de executar.

Criamos recentemente, e é presidida pelo Deputado Campos Machado, a Comissão de Prerrogativas, nesta Casa, cuja finalidade é resgatar o valor do Parlamento. Quero que os senhores olhem neste sentido para que a representação popular não seja enlameada como muitos setores da mídia rasteira querem. Temos de resistir, o cidadão tem de resistir. Está em jogo a cidadania. Vivemos num Estado - depois de 88, principalmente com o advento da Constituição - com direito a cidadania plena, ou seja, exercitamos os direitos civis e políticos em sua plenitude.

            Orem por nós. É oportuna a presença de todos os senhores aqui para que compreendam como é importante o Parlamento numa democracia.

            Agora teremos mais um hino e, depois, ouviremos a nossa Vereadora Noemi Nonato, do PSD, da Câmara Municipal de São Paulo.

            Soul Livre, com Maestro Juninho.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BITTENCOURT - PDT - Nossos agradecimentos ao “Soul Livre” e à cantora vereadora Noemi Nonato.

            Registramos também a presença do Pastor João Carlos, do Ministério de Perus, leve a nossa consideração, aplaudo o Senhor pela vida do Pastor João Carlos; e a nossa consideração ao Pastor Dr. Elias Cardoso, digno Presidente da Assembléia de Deus de Perus; o Pastor Edvar Cardoso, Presidente da Assembléia de Deus, Ministério da Missão no Brasil, aplaudo o Senhor pela vida do Pastor Edvar Cardoso; vice-Presidente, Pastor Damião. (Palmas.)

            Ouçamos a vereadora Noemi Nonato, que tem feito um excelente trabalho na Câmara municipal de São Paulo. Queremos que a bênção de Deus repouse sobre ela, principalmente nesta caminhada neste ano, que todos os irmãos sabem.

 

            A SRA. NOEMI NONATO - Sr. Presidente desta Sessão Solene, Deputado José Bittencourt, componentes da mesa desta sessão, Pastor Deiró de Andrade; Pastor Walter Brunelli; Pastor Elias Croce; Pastor Pedro Zequini; nosso carinho especial a todo o público nesta noite, desde já engrandecendo o nome do Senhor. Embora estejamos numa Casa de leis, isso não nos impede de sentirmos o Senhor Jesus no nosso coração.

Confesso que estou muito emocionada, estou feliz e agradecida por esse projeto. Parabéns a V. Exa. pelo projeto. Com certeza tem trazido ao Estado de São Paulo muita alegria, ao mostrar que todos os assembleianos - não somente os assembleianos - mas todas as denominações de igrejas, independente de crença, têm buscado pessoas que estão jogadas na sarjeta, na lama, pessoas que estão andando pelas ruas sem direção, sem Pai, sem Deus, e mostrando a essas pessoas a importância de estar na sociedade como uma pessoa maravilhosa, que Deus ama.

Na qualidade de vereadora da cidade de São Paulo, trago um abraço do meu Presidente, Antonio Carlos Rodrigues, a Vossa Excelência. Tenho certeza de que durante a trajetória de vida, em todos os momentos, o Senhor esteve com você e nunca jamais vai deixar você sozinho.

Vamos cantar um louvor, cumprimentando também todos os pastores aqui presentes, com o título “A Vitória é do Povo de Deus”.

 

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-         É feita apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BITTENCOURT - PDT - A Vereadora Noemi Nonato é uma mulher de Deus e tem qualidades especiais: é crente e humilde. Não basta ser crente, tem de ser humilde.

Esta Presidência concede a palavra ao Pastor Elias Croce, Presidente da Igreja Assembléia de Deus de Guacuri, que fará um breve relato sobre a Igreja Assembléia de Deus no Brasil.

 

O SR. ELIAS CROCE - Deputado José Bittencourt, Presidente desta Sessão Solene, componentes da Mesa, autoridades, senhores pastores, mestres que labutam pela causa do Senhor neste Brasil e por este mundo, Graça e Paz.

Coube-me a honrosa oportunidade de falar abreviadamente sobre um pouco da história das Assembléias de Deus. A princípio, discorrerei sinteticamente sobre os primórdios do Evangelho no Brasil e farei um breve histórico dos movimentos que antecederam a formação das Assembléias de Deus, como o Movimento Pentecostal no Brasil e no mundo.

Primeiramente, devemos lembrar que a nossa Nação, ao ser descoberta, já começou com o Evangelho. Apesar de os descobridores chegarem aqui em 1500, os registros nos mostram que os franceses também chegaram aqui em 1557, aproximadamente.

Vieram os “huguenotes” e trouxeram os evangelhos. O primeiro sermão pregado em solo brasileiro foi no dia 10 de março de 1557, com o texto do Salmo 27.3, depois, o verso 4.

Em 1630, vieram os holandeses. Conforme nos relatam os registros, depois, vieram as primeiras denominações: Igreja Metodista, Igreja Luterana, Igreja Congregacional, Igreja Presbiteriana, Igreja Batista, Igreja Episcopal, Igreja Adventista, Congregação Cristã do Brasil. Assim nosso Brasil foi acompanhado com a pregação do Evangelho de Jesus Cristo.

Em 1910, chegam ao Brasil, enviados da outra América, os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, movidos por uma visão de Deus e como frutos de um grande avivamento que estava acontecendo em Los Angeles. A partir de 1900, um grande movimento estava surgindo no mundo. Se retrocedermos, vamos chegar no Pentecostes, Atos 2, vamos chegar nos Evangelhos, porque nosso Deus é um Deus de avivamento, é um Deus que levanta, que restaura, um Deus que fala, que usa a história, os homens, as pessoas para levar sua mensagem.

Vemos a ascensão do movimento que precede esses grandes avivamentos, precisamente a chegada das Assembléias de Deus no Brasil. No Movimento Pós-Apostólico, Montanus iniciou um movimento no segundo e terceiro século, que não foi bem sucedido. A ênfase que Montanus dava era na ação do Espírito Santo.

Temos o Movimento dos Apologistas: - Justino, Tertuliano, grande defensor das doutrinas; Agostinho, também conhecido como Santo Agostinho, que, segundo a história, era cheio do Espírito Santo, falava em línguas e era movido por todos os dons.

Depois, entramos na Idade das Trevas, um movimento difícil, do casamento da Igreja com o Estado, a ascensão de Constantino e a entrada de tantas outras crendices.

Na frente, temos os movimentos pré-reformistas - Movimento Petrobrussiano, Movimento dos Irmãos, Movimento de João Wikcliffe, que originou do movimento dos “lolardos”. Teve o Movimento de João Huss, morto na fogueira. Dizia ele: “Pode matar um ganso agora, mas, daqui a cem anos, nascerá um cisne a quem vocês não poderão matar.” Depois de cem anos, vem Martinho Lutero pregando a reforma.

Tivemos Jerônimo Savonarola, na cidade de Firenze. Um padre que pregava a palavra de Deus com veemência, e morto em uma fogueira, em uma época em que a história era compreendida de outra forma. Foi sucedido por Maquiavel.

Vieram Lutero, Calvino, os morávios. Posteriormente, temos alguns outros movimentos, de onde surgem os entusiastas. Tudo isso precede os movimentos que ainda virão, porque Deus é o Senhor de todas as coisas.

Nesses movimentos surgiram os entusiastas, que vão desencadear em Nicolau Zizendforf, que fundou a Colônia dos Morávios. Durante cem anos esses morávios oravam. Fizeram uma campanha de oração ininterrupta de mais de cem anos de oração para que Deus avivasse as nações, os povos, levantasse missionários. Essas orações são ouvidas. Deus vai atendendo essas orações no decorrer dos tempos. O Senhor vai levantando pessoas, instituições para glorificar, exaltar e bem-dizer o Seu nome. Esses movimentos surgem na Inglaterra. Tudo isso prossegue até desencadear, em 1906, um movimento de estudo sistemático das escrituras. Um desses estudos sistemáticos foi baseado em Atos dos Apóstolos. A grande questão era esta: o que Deus tinha para o novo século, o que Deus tinha para o século XX, que avivamento. Depois de estudar exaustivamente, esse líder pediu aos seus alunos, 40 estudantes, que verificassem mais amiúde a questão do batismo no Espírito Santo. Qual era a evidência de se falar em línguas? Depois de um estudo demorado chegaram à conclusão de que a evidência estava registrada no livro de Atos, que era o ato de falar em línguas, conhecido como glossolalia. É o ato de falar em línguas movido pelo Espírito Santo, sem que essas pessoas houvessem estudado, assim como aconteceu no Pentecostes, não o poliglotismo, mas acontecera ali o ato da glossolalia, o espírito de Deus vir sobre pessoas simples, pessoas até que não tinham tanta cultura das letras, mas que falavam, movidos pelo espírito, a língua das nações, tal como registra Atos, capítulo 2, versos 3, 4 e assim sucessivamente. Depois que chegaram a essa conclusão, resolveram orar. Uma jovem de nome Agnes, de 18 anos, pediu para que seu líder orasse por ela. E ao orar, então, logo ela começa a falar em línguas, fora batizada no Espírito Santo. Essa chama se acendeu. Depois o próprio Seimor e outros foram batizados. A mensagem começa a correr pelos Estados Unidos. Não necessariamente que esse falar em línguas era um movimento inicial que nunca ocorrera na história. É que houve um espaço, houve uma espécie de silêncio. Mas Deus levanta seu povo num momento oportuno. Dessa maneira, os crentes, os cristãos se reúnem na Rua Zuza, onde, numa casa antiga, onde a Igreja Metodista outrora se reunira, uma casa abandonada, os cristãos começam a orar e buscar a Deus ali, naquele lugar. E o Senhor Jesus começa a atrair pessoas. Vinham povos de diversos lugares, atraídos para a Rua Zuza. Dizem alguns historiadores que antes de chegar nessa casa eles já eram tomados pelo espírito e já começavam a falar em línguas e eram cheios de Deus. Desse movimento na Rua Zuza surgiram muitos movimentos pentecostais. E ali um jovem chamado Gunnar Vingren e outro, Daniel Berg, foram alcançados por esse movimento, orando, buscando a Deus por meio de uma grande revelação. Um homem chamado Olof Uldin teve um sonho, uma revelação, que aqueles dois, Daniel Berg e Gunnar Vingren teriam que vir para um país distante. Nesse país distante ele via o nome Pará, Belém. Foram procurar no mapa. Tendo em vista que quando o homem e a mulher estão cheio de Deus, eles se submetem a ação de Deus. Aquele jovem, Gunnar Vingren, que já tinha passado um ano na Índia, já tinha se doado à obra missionária, foi atraído pelo movimento. E agora Deus muda o direcionamento por meio dessa visão. Eles vão pesquisar para saber onde é esse lugar, Pará, Belém. Descobrem que é lá nos confins da Terra, em relação ao lugar onde estavam. Brasil. Norte do Brasil. Sem pensar duas vezes eles se colocam à disposição para fazer o trabalho. Sem uma igreja para os sustentar, sem uma missão forte para mantê-los na ação, sem estudar a língua, sem estudar missões transculturais, porque tem o problema do choque cultural quando se muda de nação, os costumes são outros, língua, moeda, comida. Mas eles, envolvidos nessa unção e nesse chamado, embarcam num navio e vêm para esta nação, Brasil. Em 19 de novembro de 1910 eles desembarcam aqui no Brasil. Quando aqui chegam é o que eu disse anteriormente: uma terra diferente, um povo diferente, uma língua diferente, não sabem falar a língua. Muitas coisas ainda estavam acontecendo. Imaginem uma pessoa num país estranho sem conhecer ninguém. Mas eles confiaram no mandado do Senhor. É a revelação que Deus deu àquele amado irmão. Chegando no Brasil, Guna Vingren era um pastor batista, procurou uma igreja batista. Guna Vingren e Daniel Berg vieram com a mensagem do pentecostes, de que Jesus salva, Jesus cura, Jesus batiza no Espírito Santo. Esse era o teor da mensagem daqueles missionários que chegaram em 1910 no Brasil. A igreja não aceitou aquela nova doutrina. Não os condeno, quem somos nós para os condenar. Não estava dentro do script, dentro da visão doutrinária. Não estava dentro daquela visão batista. Houve necessidade de separá-los. Separados, organizaram na Rua Siqueira Mendes, 97, em Belém do Pará, na casa de uma irmã chamada Celina de Albuquerque, que cedeu sua casa para que ali iniciasse o novo trabalho. Logicamente o trabalho não começou com o nome de Assembléia de Deus. Segundo a história, o trabalho iniciou-se com o nome de Missão de Fé Apostólica. Esse era o nome que já havia nos Estados Unidos. Levando adiante a pregação da palavra e a mensagem tríplice, a mensagem com três palavras básicas: Jesus salva, Jesus cura e Jesus batiza no Espírito Santo. Esse era o refrão da pregação pentecostal, o refrão da pregação assembleiana.

Logo adiante ocorreu um fato maravilhoso: a irmã Celina de Albuquerque foi batizada no Espírito Santo. Essa irmã falou em línguas e recebeu os dons do Espírito. Depois houve  a irmã Nazaré que também foi batizada no Espírito. E depois outra. Dessa forma, a notícia se espalhou. Houve perseguições, levantes. E assim a igreja foi crescendo.

Mas o que marcava a vida daqueles missionários era a unidade entre eles. Enquanto Gunnar Vingren estudava a língua portuguesa, Daniel Berg ia trabalhar, ia vender bíblias, trabalhava normalmente. Um sustentava o outro, mas o trabalho dos dois era para um só, isto é, para o Senhor. E Deus foi levantando, engrandecendo o seu nome através dessa instituição, dessa igreja, que por sinal no início teve o nome Missão de Fé Apostólica.

Muitas pessoas que aceitavam a Jesus e que estavam, por exemplo, no norte, lembravam-se de que tinham um parente no sul, deixavam o norte e vinham para o sul falar que Jesus Cristo salva, cura e batiza no Espírito Santo. Aquelas pessoas ouviam a mensagem e recebiam Jesus, e ali iniciavam o trabalho numa casa, num lar. Dessa forma as Assembléias de Deus foram crescendo no Brasil. Os próprios membros tornaram-se pregadores assim como na história da igreja, em que na primeira dispersão, na diáspora,  os cristãos foram dispersos em Jerusalém e foram por toda a parte, pregando a Palavra. Eles não ficaram esperando a consagração para o diaconato, presbiterato, pastorado, ou missionário. Ao receberem a mensagem de Deus, eles saíram por toda parte anunciando Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Depois havia a necessidade - aleluia, graças a Deus - de se enviar um pastor, uma pessoa mais inteirada na Teologia e na Bíblia. E assim foram surgindo as Assembléias de Deus no norte, no sul, leste e oeste.

O tempo foi passando, a igreja foi crescendo a tal ponto de em todo lugar que se vá do Brasil, assim como se encontra máquina Singer e Coca Cola, também encontramos as Assembléias de Deus. Portanto, nos montes, nos vales, em todos os lugares, a igreja de Jesus crescia, a igreja do Senhor tomava a sua forma.

Dentro dessa linha, a igreja foi organizada posteriormente com o nome genuinamente brasileiro. Temos hoje a igreja Assembléia de Deus em todas as partes do mundo seja em Portugal, na Itália, na Rússia, na China, até lá no Butão, um país lá no fim do mundo. Mas é um nome que nasceu aqui no Brasil. Essa igreja foi organizada oficialmente no dia 2 de janeiro de1918 com o nome de Igreja Evangélica Assembléia de Deus.

Meus queridos, segundo as estatísticas, somamos um contingente de 15 milhões de membros em todo o Brasil. É muito mais do que uma nação. Eu disse com todo o respeito aos nossos irmãos portugueses, que é mais do que a nação portuguesa, que é mais do que grandes nações existentes por aí. São 15 milhões de membros. Hoje, em 2008, temos pastores, mestres, professores, instituições, faculdades e educandários por todo o Brasil. Por onde se vá, encontra-se uma Assembléia de Deus, pessoas que pregam a anunciam a Palavra.

Para finalizar, o que nos impressiona também é que a Igreja Evangélica Assembléia de Deus segue uma linha. O nome nasceu no Brasil, mas existe um precedente histórico de avivamentos. Essa igreja é mãe do movimento pentecostal no mundo, e das igrejas Assembléia de Deus nasceram outras igrejas pentecostais. Poderíamos citar aqui inúmeras igrejas pentecostais que nasceram, são filhas das Assembléias de Deus. Durante muitos anos e ainda hoje as nossas revistas da nossa escola dominical são usadas por diversas denominações. O hinário das Assembléias de Deus, a Harpa Cristã, são usadas pela maioria das outras igrejas. E assim a igreja do Senhor segue caminhando para honrar, glorificar e exaltar o nome do Senhor Jesus Cristo, para contribuir com a nossa Nação, tirando as pessoas das ruas, salvando os drogados, as prostitutas, os delinqüentes. As pessoas que não eram ninguém, que não eram nada, foram alcançadas pelo evangelho de Jesus Cristo.

Os pregadores levam a mensagem. Conta-se que num determinado momento um jovem estava na escola dominical aprendendo as sagradas letras. Ele teve um encontro com o Senhor de uma forma maravilhosa e extraordinária. Ele foi estudar uma coisa boa e interessante na sala de aula. Mas, às vezes, algumas pessoas têm o desprazer de encontrar professores e mestres - com todo o respeito - que às vezes não acreditam em Deus. Diz o testemunho que um jovenzinho chegou na sala de aula e de repente a professora quis tirar Deus do coração desse aluno.

Ela disse: “Ora, Tomás, vá lá fora e dê uma olhada no céu.”

Ele foi e olhou para o céu.

Ela perguntou: _ “O que você vê no céu?”

“Vejo as nuvens.” - respondeu o jovem.

“O que mais você vê?” - indagou a professora.

“Vejo o azul do céu.” - respondeu o aluno.

Ela pergunta: “Você está vendo Deus?”

 Ele respondeu: “Não, professora, não vejo Deus.”

Então, ela pede a Tomás para entrar e sentar-se, e dirigindo-se à classe, diz: “É isso que estou dizendo a vocês: o Tomás não viu Deus, porque Deus não existe.”

 Entretanto, na classe havia um freqüentador da escola dominical, Pedrinho, que servia a Deus,  teve uma experiência com Deus. Ele educadamente pediu a palavra para a professora, que a concedeu. Ele dirigiu-se a Tomás: “Tomás, você pode se colocar de pé por um instante?” Tomás ficou de pé. Ele indagou se Tomás poderia responder as perguntas que faria.

Pedrinho disse: “Dê uma olhada lá fora. Você está vendo a grama?”

“Sim, estou.” - respondeu Tomás.

“Olhe para a sala de aula, você está vendo as cadeiras?”

“Sim.”

Está vendo seus colegas sentados?”

“Sim.”

Você está vendo a professora?”

Sim.”

Está vendo a cor da roupa da professora?”

Vejo.”

Você enxerga a cor do cabelo?”

Sim.”

Você enxerga o seu óculos?”

“Sim.”

“Mas, você vê o cérebro da professora?”

Tomás respondeu que “não”.

 Pedrinho pede para Tomás se sentar, depois se dirige para a classe e diz: “Senhoras e senhores, com base no que ouvimos hoje, podemos concluir que a nossa professora não tem cérebro.”

 Assim, é o que acontece na vida daquele que teve uma experiência com Deus, fruto do evangelho verdadeiro e maravilhoso. Que Deus os abençoe!” Muito obrigado. (Palmas.)

 

            O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BITTENCOURT - PDT - Que Deus o abençoe Pastor José Elias Croce, cidadão italiano, missionário, que no mês que vem irá para a Europa, já que estamos estabelecendo igreja em Brescia, na Itália.

            Vamos ouvir o Coral Triunfal, sob a regência do maestro Elias. Logo após, ouviremos o Pastor Walter Brunelli e o Pastor Deiró de Andrade, fazendo a oração final.

Agradecemos, desde logo, a compreensão de todos. Devido ao avanço do horário, temos que nos encaminhar para o encerramento desta solenidade. Coral Soul Livre, Quarteto Bless, obrigado pela presença! Leve a nossa saudação, Pastor Constantino, assim como todos os presentes.

Aproveito para fazer os agradecimentos ao Pastor Walter Brunelli, ao Pastor Deiró de Andrade, ao Pastor Elias Croce, ao irmão Jesus de Aquino, ao Padre José Bizon.

            Enquanto o coral está se preparando, chamo o Padre José Bizon à frente, representando Dom Odilo Pedro Scherer, para receber o livro “A história da Assembléia de Deus”, escrito pelo grande missionário Emílio Conde, da Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD). (Palmas.)

 

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            - É feita a homenagem.

 

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            O Sr. Presidente - José Bittencourt - PDT - Gostaria de agradecer ao pessoal da TV Assembléia que está conosco. Passaremos, a qualquer irmão que nos solicitar, o DVD desta Sessão Solene e um resumo da história da Assembléia de Deus no Brasil, uma matéria chamada Pentecostalismo. A todos que desejarem, encaminharemos o material pelo correio. Basta nos comunicarem.

            Agora, sim, vamos ouvir o Coral Triunfal.

 

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            - É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BITTENCOURT - PDT - Coral Triunfal sob regência do maestro Elias. Pastor Walter Brunelli, na tribuna, Presidente da Assembléia de Deus de Vila Mariana, um grande Ministério em São Paulo.

 

O SR. WALTER BRUNELLI - Nobres Srs. Deputados, Pastor José Bittencourt, quero saudar a todos os membros da Mesa, pastores presentes, Padre José Bizon. Que Deus os abençoe. Serei muito breve porque o tempo impõe essa necessidade, mas quero ler uma passagem bíblica que se encontra no Evangelho de Mateus, Capítulo 15, que trata da segunda multiplicação dos pães e peixes.

O texto nos diz:

“E partindo Jesus dali, chegou ao pé do mar da Galiléia, e, subindo a um monte, assentou-se lá. E veio ter com ele muito povo que trazia coxos, cegos, mudos, aleijados e outros muitos, e os puseram aos pés Jesus, e ele os sarou;

De tal sorte, que a multidão se maravilhou vendo os mudos a falar, os aleijados sãos, os coxos a andar, e os cegos a ver; e glorificava o Deus de Israel.

E Jesus, chamando os seus discípulos, disse: Tenho compaixão da multidão porque já está comigo há três dias, e não tem o que comer, e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho.

E os seus discípulos disseram-lhe: De onde nos viriam, num deserto, tantos pães, para saciar tal multidão?

E Jesus disse-lhes: Quantos pães tendes? E eles disseram: Sete, e uns poucos de peixinhos.

Então mandou à multidão que se assentasse no chão,

E, tomando os sete pães e os peixes, e dando graças, partiu-os, e deu-os aos seus discípulos, e os discípulos à multidão.

E todos comeram e se saciaram; e levantaram, do que sobejou, sete cestos cheios de pedaços.

Ora, os que tinham comido eram quatro mil homens, além de mulheres e crianças.

E, tendo despedido a multidão, entrou no barco, e dirigiu-se ao território de Magadã.”

A vantagem de se ler um texto como esse é um outro paralelo, que é melhor. Qual a vantagem, digo, de se pregar a segunda multiplicação, quando a primeira ganha da segunda em todos os aspectos? Veja, a expressão de um milagre decorre da sua intensidade. Na primeira multiplicação, eram cinco mil; na segunda, quatro mil. Portanto, na primeira era mais gente. Na primeira, havia menos pães - cinco pães; na segunda, mais pães - eram sete. Na primeira, dois peixinhos. Nesta, alguns peixinhos, pressupondo que eram, portanto, mais de dois. Na primeira, sobraram 12 cestos; na segunda, sobraram sete.

Qual a vantagem de se ressaltar a segunda? Ninguém gosta de pregar a segunda porque do ponto de vista do milagre nós gostamos sempre de mais expressão, e preferimos, sempre, optar pela primeira multiplicação.

Mas há um interlúdio expressivo entre a primeira e a segunda multiplicação. Depois, Jesus, vendo realizada a primeira multiplicação, no dia seguinte a multidão volta e, com certeza, fazia parte da multidão um grupo de curiosos que ouviu a história, o relado do milagre ocorrido na véspera.

A expectativa por uma reprise, com certeza, era grande. Quem não gosta de milagre? Quem não gosta de ver coisas assim? Aliás, as igrejas que ressaltam milagres são onde o número de pessoas é maior, e maior o número de pessoas onde se sobressaem os milagres do que onde se prega a sua palavra de Deus. Vale a pena pregar milagres, mas veja uma coisa. Para mim, ao primeiro milagre coloco como paradigma a história da Assembléia de Deus, que nasceu com um milagre. A Assembléia de Deus nasceu com poder de Deus, com avivamento.

Tive o privilégio de, na minha infância, ser uma das últimas pessoas do Brasil a ver o velho missionário Daniel Berg. Ele passou pela minha casa - morava em São Caetano do Sul - e, a caminho do aeroporto, um mês antes de ele partir para o Timor passava acompanhado do meu tio, que era pastor em Santo André - Pastor Delfino Brunelli -, e parou na minha casa. Na despedida, a minha mãe começou a chorar. Eu me lembro, na minha infância, de ver aquele homenzarrão. Eu me lembro da expressão, do rosto e da voz. Ele pôs a mão no ombro da minha mãe e, com a mesma tríade com que ele iniciou a obra missionária do Brasil, disse: “Irmã, não chore, não fique triste. Jesus é bom. Ele salva, cura e batiza com o Espírito Santo.” (Palmas.)

Com essa tríade simples, ele contagiou homens humildes, que levaram uma palavra viva e de salvação, acompanhada de sinais, de curas, de maravilhas e de batismo com o Espírito Santo. Essa era a Assembléia de Deus do passado! Essa era a Assembléia de Deus em que eu nasci e fui criado! Eu fui criado no meio de milagres, no meio de curas e de batismos com o Espírito Santo. Já estou me sentindo numa Assembléia de Deus de verdade dentro da Assembléia Legislativa. Que bom isso!

Mas nós passamos a viver um processo, que é o princípio sociológico, a mobilidade social. “O que é isso, Pastor Walter?” Pais pobres têm filhos abastados, ricos; pais humildes e letrados têm filhos cultos; e a Igreja Assembléia de Deus, com o passar dos anos, foi sofrendo esse processo de mobilidade social. Eram os homens mais simples, mais humildes e letrados que oravam Jesus, que curavam e pregavam, e Jesus salvava. Mas nós nos tornamos teólogos, crescemos a Teologia, fizemos mestrado, doutorado. Estamos cheios deles, graças a Deus, porque saímos de uma certa ignorância, precisávamos crescer nisso. Mas tenho saudade daquele avivamento.

A igreja não pode perder o sabor porque não é no poder da letra que ela cresce, mas no espírito com que o Apóstolo Paulo chegou a Corinto. Ele disse: “Eu não vim ter convosco com palavras persuasivas, de sabedoria humana, mas em demonstração de espírito e de poder!” Essa é a Assembléia de Deus, que tem de resgatar os seus primórdios, a sua mensagem, o seu calor, a sua fé e o seu avivamento.

Nós, o nosso Deus faz de novo. Jesus, sim, há todos motivos para não fazer a segunda multiplicação, porque um dia após a multiplicação, a multidão chegou com outro motivo. A motivação era outra. Eles estavam lá e, Jesus, em vez de multiplicar, começa a pregar. Jesus muda o foco e diz “Eu sou o pão vivo que desceu dos céus. Quem comer da minha carne tem vida, quem beber do meu sangue tem vida eterna.”

E eles começam a ficar inquietos, as horas passam e começa a sair um grupinho que influencia outro. Onde é que você vai? Vai embora? Hoje não tem milagre aqui não. Hoje é só discurso, é uma conversa chata, demorada. Oh, discurso duro, vou embora. Hoje não tem milagre. Eu também vou. Eu também vou. E os outros vão acompanhando, é o poder da influência. Vejam o que a má conversação faz. Ela influencia os bons costumes e contagia, contamina. E um vai, outro vai, daqui a pouco sobram apenas os discípulos, e Jesus disse: já que tenho que começar tudo de novo, vou convidá-los a se retirar. Eu zero tudo e recomeço. Vão vocês também com eles, mas Pedro, Pedro, vou te dar um abraço quando chegar aí.

            Pedro, disse: não, Senhor. Para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna.

            Ele resgata o início. Passam-se os dias. Jesus está novamente com a multidão. E Jesus tinha todos os motivos para não repetir o milagre.

            Mas, o que Ele faz? Ele sabe punir a multidão. Passa um dia, e Ele começa a segurar o povo nos milagres. É um cego vendo; é um surdo ouvindo; é um cocho andando. Passa o primeiro dia, o povo já está exaurido. Segundo dia, Jesus segura o povo no milagre. Terceiro dia, o povo já está extenuado.

Jesus não demorou e nem se recusava a fazer milagre por questão de mágoa ou de revanche, mas, por uma questão de missão. E quando o povo já estava sem forças, disse: esse povo vai desfalecer no caminho. Eu vou fazer milagre.

            Eles arranjam os peixes nos pães e Ele repete o milagre.

             Saibam que aquele que começou a abóbora vai aperfeiçoá-la. Eu creio no avivamento. Eu quero, segundo Jesus, reaviva a Assembléia de Deus no Brasil. Eu quero ver de novo o milagre. Jesus pode fazer de novo.

            Ele fez. E Ele vai fazer do jeito de antigamente de novo. Eu tenho essa expectativa. Eu sou otimista, Pastor José Bittencourt. A diferença é que os motivos do Senhor não podem ser os motivos humanos.

            Quando o Evangelho se torna antropocêntrico, é o homem quem está na frente. Os motivos humanos prevalecem, mas quando o Senhor está na frente, o Evangelho é Cristocêntrico.

            E vamos ver o Evangelho com motivo de Deus prevalecer e com Ele virá o avivamento.

Um grupo de jovens nos Estados Unidos saiu para uma turnê na Europa, estudantes de teologia, há muitos anos. E eles foram visitar museus, aqueles lugares marcantes da história, a casa de John Wesley.

            Na casa de John Wesley uma peculiaridade: há uma corda que separa o corredor de um quarto, interessante. Há uma cadeira, onde John Wesley se debruçava todos os dias e cunhado no chão daquela cadeira as marcas do joelho daquele homem de Deus.

            Os jovens estudantes observavam aquilo. Encerrou o tempo da visita, todos foram para o ônibus, o diretor começou a contar os estudantes e notou que faltava um. Ele voltou, pediu auxílio para um segurança, e quando chegaram àquele corredor, encontram um rapaz que havia rompido a cancela, pulou a corda e foi para o outro lado, ele tinha posto seus joelhos nas marcas dos joelhos de John Wesley. Debruçado na mesma cadeira, ele chorava e dizia: Jesus, faz de novo. Faz de novo.

Os irmãos crêem que Jesus pode fazer de novo?

            Deus abençoe a todos.

            Muito obrigado.

 

            O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BITTENCOURT - PDT - Deus abençoe a todos, Professor, Pastor Walter Brunelli.

            Estamos no final desta sessão, agradeço a representação dos pastores presentes, uma das grandes lideranças da Assembléia de Deus no Brasil. Temos o Pastor Wellington Bezerra da Costa, Pastor Manoel Ferreira, Pastor Walter Brunelli, Pastor Delfino Brunelli, Pastor Edgar, Pastor Sebastião, Pastor Lupércio Vergniano, Pastor João Correia, que já partiu para a eternidade.

Acho que somos a terceira geração. Pastor Luiz Gonzaga de Medeiros, que já dorme no Senhor; Pastor Cícero Canuto de Lima, Pastor Roberto Montanheiro, quantos homens de Deus que passaram por esta Nação, que nos deixaram um legado, e temos a responsabilidade de dar seqüência a essa obra.

Palavras oportuníssimas do Pastor Walter Brunelli. A simplicidade que extraio dessa reunião na comemoração do Dia da Assembléia de Deus, em São Paulo, em cumprimento a esta norma e 97 anos da Assembléia de Deus no Brasil, é que não podemos perder a simplicidade que há em Cristo Jesus, diz a Bíblia.

Quero agradecer a todos, Pastor Deiró está encerrando com a oração.

            Declaramos finalizados os trabalhos, agradecemos a todos os presentes, em nome precioso de Jesus. A cantora Noemi Nonato, Vereadora, quando o Pastor Deiró terminar a oração, estará cantando.

O Pastor Deiró impetra a bênção apostólica, e depois, ouviremos o hino nos despedindo. Fiquem com Deus. Todos em pé.

           

            O SR. DEIRÓ DE ANDRADE - Oremos. Senhor Deus, nosso Pai, é no nome do Senhor Jesus Cristo que estamos aqui e nos dirigimos ao Senhor. Damos-Te graças por esse dia, foi o Senhor quem fez, e nós nos alegramos Nele.

            Te louvamos pelas pessoas que aqui vieram nesta solenidade importante para nós, comemorativa dos 97 anos das Assembléias de Deus no Brasil, e do Dia da Assembléia de Deus aqui no Estado de São Paulo.

            Nós te adoramos e glorificamos por todos aqueles teus cervos levantados pelo Senhor, no poder do Espírito Santo, que pregaram a Tua palavra com simplicidade e com verdade, afirmando que Jesus Cristo salva, cura e batiza com o Espírito Santo.

            Te louvamos pelos frutos porque é cumprimento da palavra do Senhor, na qual entendemos que o Senhor nos escolheu para irmos, darmos frutos e que este fruto seja permanente.

Senhor Deus, nós Te louvamos pela vida do Teu servo, Deputado José Bittencourt, instrumento Teu aqui, neste plenário, nesta Casa. Nós Te louvamos pela vida de todos os parlamentares.

Pedimos que o Senhor nos abençoe sobremaneira, abençoando também, Senhor, todas as autoridades constituídas em nosso Estado e em nosso País. Pedimos que o Senhor continue a nos abençoar, através destes que o Senhor deu a liderança.

Pai, bendito, nós oramos agora pelas Assembléias de Deus pelo Brasil, pedindo, Senhor, de conformidade com a palavra que ouvimos aqui ministrada pelo teu servo Walter Brunelli.

Faz de novo, Senhor. Levanta-nos com poder sempre para pregarmos com autoridade a Tua palavra, afirmando que Jesus Cristo salva, cura e batiza com Espírito Santo.

Nesta oportunidade, Te pedimos, Senhor, com temor e tremor, que em qualquer rincão deste País, onde haja um pregador com verdade, com sinceridade e com seriedade pregando a Tua palavra, que o Senhor mova as Tuas mãos para fazer sinais, prodígios e maravilhas pela ação do Teu espírito através da Tua palavra.

É assim que oramos no nome precioso do Senhor Jesus Cristo. Amém!

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BITTENCOURT - PDT - Esgotado o objeto da presente sessão, antes de encerrá-la, esta Presidência agradece às autoridades presentes, aos funcionários desta Casa e àqueles que com suas presenças colaboraram para o êxito desta solenidade.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 22 horas e 12 minutos.

 

 

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