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18 DE JUNHO DE 2004

31ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO DOS 150 ANOS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PIRACICABA

 

Presidência: ROBERTO MORAIS

 

DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 18/06/2004 - Sessão 31ª S. SOLENE  Publ. DOE:

Presidente: ROBERTO MORAIS

 

HOMENAGEM AOS 150 ANOS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PIRACICABA

001 - ROBERTO MORAIS

Assume a Presidência e abre a sessão. Anuncia as autoridades presentes. Informa que esta sessão solene foi convocada pela Presidência efetiva, a pedido do Deputado ora na condução dos trabalhos, com a finalidade de comemorar os 150 anos da Santa Casa de Misericórdia de Piracicaba. Convida a todos para, de pé, ouvirem a execução do Hino Nacional.

 

002 - ANTONIO CARLOS DE MENDES THAME

Deputado Federal, elogia o trabalho de excelência prestado pelas Santas Casas à população brasileira e piracicabana.

 

003 - ARY DE CAMARGO PEDROSO

Médico da Santa Casa e Vereador à Câmara Municipal de Piracicaba, fala do atendimento prestado à população pela Santa Casa há 150 anos e agradece a iniciativa desta homenagem.

 

004 - Presidente ROBERTO MORAIS

Conduz a entrega de placa à instituição homenageada.

 

005 - JOÃO ORLANDO PAVÃO

Provedor da Santa Casa de Piracicaba, expressa o orgulho e o agradecimento daquele hospital por sua trajetória ora homenageada nesta Casa. Discorre sobre eventos comemorativos que se realizarão em Piracicaba para comemorar os 150 anos da Santa Casa.

 

006 - Presidente ROBERTO MORAIS

Relembra a história da Santa Casa de Piracicaba, e sua vocação para o atendimento filantrópico. Fala de PL aprovado nesta Casa que concede recursos às Santas Casas do Estado. Agradece a todos que colaboraram para o êxito da solenidade. Encerra a sessão.

 

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O SR. PRESIDENTE - ROBERTO MORAIS - PPS - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O SR. PRESIDENTE - ROBERTO MORAIS - PPS - Compõem a Mesa dos trabalhos desta noite: Deputado Federal Mendes Thame; Dr. João Orlando Pavão, Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Piracicaba; Dr. Ary de Camargo Pedroso, médico da Santa Casa e Vereador à Câmara Municipal de Piracicaba; Sr. Oldack Chaves, Dirigente Regional de Ensino de Piracicaba; Sr. Ricardo Fedrizzi, dos Recursos Humanos da Santa Casa de Misericórdia de Piracicaba; Sra. Odila Romani Meloto; Sra. Cecília Zampieri Pavão; Sra. Vanda de Carvalho Petean, Administradora da Santa Casa; Sr. Ezequiel Meloto, Diretor da Santa Casa; Sr. Alexandre Valvano Neto, Diretor da Santa Casa; Sra. Regina de Fátima Pozar Aranda Fernandes, Supervisora Administrativa da Santa Casa; Sra. Marilene Lafayete Lemos, Administradora da Santa Casa - Saúde; Sr. Alcides dos Santos Júnior, Gerente de Vendas da Santa Casa.

Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta sessão solene foi convocada pelo Presidente desta Casa, Deputado Sidney Beraldo, atendendo solicitação deste Deputado, com a finalidade de comemorarmos os 150 anos da Santa Casa de Misericórdia de Piracicaba.

Convido todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do Maestro 2º Tenente Músico PM Luiz Ricardo Gomes.

 

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-         É executado o Hino Nacional Brasileiro pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

 

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O SR. PRESIDENTE - ROBERTO MORAIS - PPS - Esta Presidência agradece à Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do 2º Tenente Músico PM Luiz Ricardo Gomes e a todos os seus músicos.

Esta Presidência concede a palavra ao nobre Deputado Federal Antonio Carlos de Mendes Thame.

 

O SR. Antonio Carlos DE MENDES THAME - Ilustre Deputado Estadual Roberto Morais que preside esta sessão e autor do requerimento que deu origem a esta tão justa e oportuna homenagem a nossa tão querida Santa Casa de Misericórdia de Piracicaba; Dr. João Pavão, provedor da Santa Casa, em nome de quem saúdo os diretores, membros curadores, médicos, administradores e funcionários da Santa Casa de Piracicaba; Vereador e médico, Dr. Ary Pedroso Jr.; Professor Oldack Chaves; estimados amigos que conosco compartilham o privilégio de viver estes momentos de tamanho significado, sempre dissemos que é muito difícil definir o que é uma cidade que funcione bem, mas como é fácil sentirmos quando uma cidade não funciona bem. O que faz com que uma cidade funcione bem? É basicamente a capacidade dos órgãos, das instituições públicas e privadas de atenderem às mínimas necessidades da grande maioria da população.

O que é esse atendimento? São atendimentos na área da Educação: se existem vagas para as crianças nas escolas; na área da Saúde, se há um pronto atendimento, condizente para todo tipo de enfermidades, desde as agudas às crônicas; se a cidade tem condições de, ela mesma, prover os tratamentos mais sofisticados; se ela tem condições de oferecer habitação às famílias piracicabanas, cidade da qual falamos; se há segurança; se há bom nível de emprego. Enfim, é o número mínimo de situações que precisam ser atendidas. E como é fácil observar se esse mínimo está sendo atendido. Parece que se desanuviam os espíritos, se desarmam os espíritos, aumenta a disposição até de colaborar porque aquele mínimo conseguiu-se atender.

Por outro lado, todos nós sabemos, quando o Poder Público, o Executivo arvora a si a responsabilidade de atender tudo sozinho, normalmente o atendimento, não é completo. As dificuldades são imensamente maiores do que quando se consegue que a população co-participe, tenha uma gestão compartilhada, quando ela provê e mostra os caminhos para se chegar a resultados mais rápidos, mais condizentes, muitas vezes de custo imensamente menor e com mais resultados.

Um exemplo clássico, mais do que clássico, um exemplo didático de como alcançar extraordinários recursos, de como maximizar a contribuição e os recursos de uma sociedade para alcançar um resultado, está no trabalho das Santas Casas, reunindo dedicação, desprendimento, voluntariedade, ação de voluntários e, acima de tudo, o desejo de alcançar uma sociedade mais justa, com solidariedade cristã. Isso tem caracterizado, ao longo de décadas, aquelas instituições que se fortalecem pelo atendimento do próximo e, acima de tudo, se fortalece, porque são iluminadas pelo desejo de diminuir as distâncias, de construir uma sociedade mais justa, onde todos possam aspirar o mínimo de condições de vida digna, a construção de uma sociedade justa.

Muitas vezes não se mede pelas frias estatísticas, pelos números do PIB, pelos números das receitas conseguidas pelo desempenho frio da economia de um País. Muitas vezes ela se mede também pela nossa capacidade de ter coesão social, instituições que são capazes de permeando as decisões fazer com que as pessoas enxerguem mais do que o muro do fundo do quintal da sua casa, vivam a sua comunidade e, dessa forma, persigam objetivos que não são de uma pessoa só, não são só da sua família, mas dizem respeito a melhorar uma sociedade como um todo.

Raras instituições, na história do nosso País, deram uma contribuição tão concreta, tão palpável, tão mensurável, na vida de uma sociedade, de uma comunidade, como as Santas Casas e Piracicaba tem esse privilégio, de poder orgulhar-se de ter uma das mais antigas, mas não apenas uma das mais antigas, e sim uma das mais eficientes e eficazes, que cumpre muito bem seu papel. Por isso esta é uma noite engalanada, um privilégio para aqueles, em primeiro lugar, que fazem parte da Santa Casa, porque são os artífices e os construtores de uma história de imenso sucesso, e o privilégio também para nós, piracicabanos, por termos em nossa cidade uma instituição da qual tanto nos orgulhamos.

É um privilégio poder estar aqui hoje, compartilhando desta data. Meus cumprimentos ao Dr. Pavão. Quero que transmita a todos os integrantes, a todos aqueles que compartilham desse sonho transformado em realidade. Meus cumprimentos ao Roberto Morais, esse ilustre e brilhante Deputado da nossa cidade, que teve a tão oportuna e feliz idéia desta homenagem. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - ROBERTO MORAIS - PPS - Também presentes neste ato a imprensa de Piracicaba através do diretor da “Tribuna Piracicabana”, jornalista Evaldo Vicente; Adriana Feresini, do “Jornal de Piracicaba”; Eliana Teixeira, da “Gazeta de Piracicaba”; dona Vilma Godói, da “Associação Viva Vida”, de nossa cidade. Presente também a farmacêutica, chefe da Santa Casa, Cristina Pierossi.

Justificaram sua ausência o Dr. Joel Valente, meritíssimo Juiz de Direito da 6ª Vara Cível da Cidade de Piracicaba; Dr. Luiz Carlos Frutuoso, Presidente da Associação Comercial e Industrial de Piracicaba; Dra. Anna Maria Pimentel, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região aqui do Estado de São Paulo; Dr. Luiz Henrique Zago, Delegado Seccional de Polícia da cidade de Piracicaba; Professor Gabriel Chalita, Secretário de Estado da Educação, neste ato representado por Audaque Chaves, nosso dirigente de ensino; Secretário Arnaldo Madeira, Secretário Chefe da Casa Civil do Governo do Estado; Secretário Duarte Nogueira, Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo; Secretário Luiz Roberto Barradas Barata, Secretário de Saúde do Estado de São Paulo; Vereadora Aparecida Gregolin Abda, da Câmara de Vereadores de Piracicaba; Deputado Ítalo Cardoso, desta Casa de Leis.

Esta Presidência concede a palavra ao Dr. Ary de Camargo Pedroso, médico da Santa Casa e Vereador à Câmara Municipal de Piracicaba.

 

O SR. ARY DE CAMARGO PEDROSO - Meu amigo, nobre Deputado Roberto Morais, nobre Deputado Mendes Thame, Dr. Orlando Pavão, Professor Oldack Chaves, amigos da Santa Casa,

Uma boa noite a todos. É com muita satisfação estar aqui nesta noite para participar desta sessão solene preparada pela Assembléia Legislativa de São Paulo para comemorar os 150 anos da Santa Casa de Misericórdia de Piracicaba. Quem é de Piracicaba sabe muito bem o amor, a gratidão que tenho pela Santa Casa de Misericórdia de Piracicaba, onde sou médico há mais de 14 anos.  Estou aqui nesta noite como médico deste magnífico hospital e também como vereador da Câmara de Vereadores de Piracicaba, e quero agradecer a esta Casa de Leis, em nome do deputado estadual Roberto Morais, meu amigo, a realização desta reunião solene, que nos enche de orgulho.

Sem dúvida alguma, as Santas Casas, de maneira geral, são consideradas referências da saúde da população como um todo, mas a de Piracicaba é especial.  São 150 anos de dedicação à saúde pública, atendendo não só a população de Piracicaba, mas de toda região, se consolidando, cada vez mais, como um hospital referência, que nos enche de orgulho, pela sua tradição e dedicação ao próximo.

Aliás, todo corpo da Santa Casa, no qual me incluo, tem se pautado em cumprir fielmente os seus 10 mandamentos, que são: prestar assistência médica hospitalar da melhor qualidade à comunidade; garantir a satisfação do paciente, que é de diminuir o máximo possível seu sofrimento e lhe proporcionar satisfação, sendo que o paciente (cliente) promove o desenvolvimento e a melhoria do hospital; seriedade é o ponto fundamental de todas as pessoas envolvidas com as atividades da Santa Casa; valorização do seu pessoal, a medida de sua competência e esforço; o quinto mandamento deixa muito claro que a prioridade é o respeito ao próximo; o treinamento do pessoal é sempre uma constante, assim como a democracia participativa, e o dinamismo, num estimulo a todos no sentido de estarem permanentemente na busca de melhoria, além de uma postura permanentemente voltada para a observação, avaliação de todas suas ações visando fazer correções dos erros sempre de maneira mais harmoniosa possível, e o décimo mandamento deixa muito claro o motivo de todo o sucesso ao longo destes 150 anos: trabalho, trabalho, trabalho.....

Se a Santa Casa de Misericórdia de Piracicaba se mantém cada vez mais uma casa abençoada, aberta ao atendimento à nossa população, isso se deve também ao trabalho desenvolvido ao longo deste um século e meio por quem esteve à sua frente.  Administrar saúde não é algo comum, principalmente em um país como o nosso, com uma economia quase sempre inconstante, onde o pagamento feito pela Previdência Social aos procedimentos feitos aos segurados do INSS é pífio.  Por isso, por viver o dia-a-dia da Santa Casa, tenho a plena convicção de que neste campo só há sucesso se houver uma administração competente, que consiga administrar pensando anos à frente, uma equipe dedicada e tendo como principio básico o trabalho em prol de todos, visando a garantia de saúde ao próximo, independente de raça, credo religioso e poder econômico.  Isso tenho assistido diariamente na Santa Casa de Piracicaba, onde passo a maior parte do meu dia.  Aliás, confesso a vocês que a Santa Casa é a minha outra Casa, porque é lá que trabalho, tenho excelentes amigos e pessoas com quem posso contar a todo instante.

Tenho a plena convicção que ao longo destes 150 anos, a Santa Casa de Misericórdia mantém firme o seu propósito de contribuir para assegurar saúde ao próximo, Lógico que apesar de manter o seu propósito inicial, os hospitais, de maneira geral, inclusive as Santas Casas também tiveram que se adaptar às mudanças impostas pela modernidade.  Esta modernidade vai desde a forma de administrá-la às adaptações visando se estruturar com equipamentos mais modernos que surgem a partir das novas descobertas: é a ciência a serviço do bem-estar do ser humano e a Santa Casa de Piracicaba tem sempre se preocupado em estar à frente, para poder servir ao próximo com o que há de mais moderno.  Um custo que só quem está na sua direção sabe.

Neste trabalho incansável de garantir a manutenção da saúde, apostando na modernidade e nas novas descobertas, a Santa Casa de Piracicaba também se destaca pelas suas campanhas visando a conscientização da população para a prevenção: é a medicina preventiva, que, cada vez mais, tem ganho espaço neste novo século que vivemos. Medicina esta que é a nova receita para a fórmula concreta de se garantir saúde com qualidade.

Sem dúvida, a Santa Casa de Piracicaba, que neste ano completa 150 anos, é referência em toda região porque é sinônimo de garantia do oferecimento do que há de melhor em saúde. Um trabalho sério e comprometido que nos enche de orgulho e que só temos que elogiar. Não só sua administração, que mantém viva a ideologia das Santas Casas, mas toda equipe que, posso assegurar, garante atendimento de alto nível a todos e a todas.

Aproveito, mais uma vez, para agradecer a presença de todos vocês e aos deputados que aprovaram a realização desta Sessão Solene, e lembrar que o meu pai, o ex-deputado estadual Ary Pedroso, do qual tenho muito orgulho, também faz questão de cumprimentar a direção desta Casa de Leis por abrir este espaço para homenagearmos a Santa Casa nos seus 150 anos.

Uma boa noite a todos.

Agradeço a todosvocês; agradeço à Santa Casa que me acolheu de coração aberto. O meu muito obrigado, de coração! (Palmas.)

 

O Sr. Presidente - Roberto Morais - PPS - faremos agora a entrega de uma placa em homenagem aos 150 Anos da Santa Casa de Misericórdia de Piracicaba.

Farei a entrega desta placa em nome desta Casa, o maior Parlamento do país, a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, ao Dr. João Orlando Pavão, Provedor da Santa Casa.

 

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- É feita a entrega de uma placa ao DSr. João Orlando Pavão.

 

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O SR. (?)

... há 68 anos. Temos várias atividades. Há um programa, que é o que mais sensibiliza não só a coletividade politécnica, como toda a coletividade, em geral: o nosso programa de bolsa de estudos. Fazemos uma pesquisa, uma entrevista anuais e verificamos quais os alunos que têm dificuldades financeiras. Para esses alunos, distribuímos um salário-mínimo mensal. Hoje, temos 106 bolsistas recebendo essa graça. Conseguimos manter essa bolsa de estudos não somente com a contribuição dos engenheiros politécnicos, como também com a colaboração de empresas de engenharia, dirigidas por politécnicos. Quero lembrar o Del Nero, com sua firma, em Figueiredo Ferraz, que contribui com essa nossa bolsa. Espero, com isso, que eu consiga aumentar a cota dele.

Sempre procedemos a reuniões e homenagens. Fazemos sempre um jantar, para o qual convidamos todos os membros da família politécnica e onde são homenageados, em especial, aqueles que completam 50 anos de formados, 25 anos de formados e 10 anos de formados. Neste anos, faremos este jantar no dia 30 de outubro e um dos homenageados, com 25 anos de formado, é o Presidente da Mesa, Deputado Jardim.

Temos, também, uma homenagem anual ao professor do ano. Pedimos à diretoria de escola que nos envie uma lista tríplice de professores. Depois, nossa diretoria se reúne e escolhe. Neste ano, será homenageado o professor Valter Borzane, de química, formado em 1947. Essa homenagem está marcada na Escola Politécnica para o dia 10 de novembro. Outra reunião que fazemos é uma em que sempre convidamos os alunos recentemente formados, que se graduaram no ano anterior, para que eles saibam da existência da Escola Politécnica, assim que se formam. Ultimamente, temos tido um grande apoio da diretoria da Escola Politécnica, que sempre nas aulas magnas, ou seja, na primeira aula que o “bicho” recebe, temos o direito de alguns minutos para falar para que eles já saibam da existência da nossa associação, para que não aconteça o que, lamentavelmente, aconteceu comigo. Só depois de muitos anos de formado é que fiquei sabendo da existência dessa associação bendita, que eu presido hoje.

Também temos a intenção de valorizar a qualidade de vida e, para isso, organizamos brincadeiras e competições de, por exemplo, futebol, xadrez, rúgbi, realizadas no acampamento dos engenheiros que o Instituto de Engenharia, graciosamente e gentilmente, sempre nos oferece. Inclusive, com a participação entusiasta feminina. Não neste ano, em que houve um temporal terrível, quase ninguém apareceu, mas no ano passado as moças foram e montaram um time de futebol. Faltavam elementos para completar os onze jogadores e me convidaram para jogar no time das moças. Joguei e marquei um gol de pênalti. Jogamos também golfe, organizado pelo colega (Sokano ?). Promovemos também viagens e visitas técnicas para expansão e conhecimento pessoal e técnico dos nossos colegas.

No ano passado, organizamos um projeto inédito, a (EP Polivapcom?), com o patrocínio de mais uma empresa dirigida por politécnicos. Conseguimos realizar esse projeto mapcon, que é pioneiro no seio universitário. Através de entrevistas e questionários, descobrimos o potencial de cada aluno, as suas qualidades interiores, dando a ele uma chance de melhorar a gestão da sua carreira. Também cria vantagens para a própria

 

O SR. PRESIDENTE - ROBERTO MORAIS - PPS - Esta Presidência concede a palavra ao Dr. João Orlando Pavão, provedor da Santa Casa de Misericórdia de Piracicaba.

 

O SR. JOÃO ORLANDO PAVÃO - Boa noite senhoras. Boa noite senhores. É realmente um prazer incomensurável compartilhar com os senhores o significado de uma data tão especial.  Uma noite que, a nós, se reveste de brilho e orgulho, pois reverencia solenemente os 150 anos da Santa Casa de Piracicaba fora dos limites da própria cidade.

Por isso, eu agradeço a disposição e apoio de todos os presentes e estendo nossos cumprimentos mais que especiais ao deputado Roberto Morais, em nome de quem eu me congratulo com as demais autoridades presentes e membros dessa mesa:

Dr. Ary Pedroso, vereador e médico do corpo clínico do nosso hospital; o deputado federal Mendes Thame;

Oldack Chars – Dirigente Regional do Ensino.

Nossos agradecimentos também aos dignos representantes da imprensa através do Jornal de Piracicaba, Jornal A Tribuna Piracicabana e Jornal Gazeta de Piracicaba.

Senhores, a intenção da mesa diretora da nossa Santa Casa em comemorar os 150 anos de fundação da Irmandade não é outra se não referendar o trabalho extremamente ágil e responsável executado pelos milhares de profissionais que passaram e que se mantém na instituição, dedicando ao longo desse período parte de seu tempo e de sua vida à assistência aos que buscam cura para os males do corpo e, muitas vezes, consolo ao espírito.

Uma busca que até os dias atuais encontra guarida nas dependências do hospital, empenhado em praticar os preceitos propostos pelo lema estampado na fachada de seu prédio principal através da expressão "Cientia et caritas", que sugere a junção não só das palavras mas, sobretudo, da essência das mesmas quando coloca os avanços da ciência a serviço da população.

Intenção de importância similar é enfatizar a trajetória vitoriosa do hospital que, corajoso, soube enfrentar desafios, encontrando nas adversidades a resposta necessária ao enfrentamento de crises que, violentas, arrebataram instituições semelhantes.

Foram, e têm sido, anos difíceis; em que as circunstâncias têm deixado sobreviver apenas as instituições que souberam lançar mão da criatividade e da determinação para driblar os gigantescos problemas que se avolumam ao mesmo tempo em que as filantrópicas registram um crescimento vertiginoso de suas prerrogativas, tornando-se cada vez mais essenciais ao poder público na manutenção do sistema público de saúde.

Assim, senhores, comemorar os 150 anos é, antes de tudo, um desafio proposto pela própria Santa Casa para contar sua história através da edição de um livro forinatado de maneira despretensiosa, porém extremamente responsável, tomando-se por base os registros de documentos valiosos que revelam o perfil de uma instituição que vem mantendo-se fiel aos princípios de filantropia que caracterizaram sua fundação e, atualmente, justificam sua existência.

Aproveito para informar sobre a programação alusiva ao sesquicentenário da nossa instituição e agradecer aos parceiros que, gentilmente, atenderam nosso convite, integrando conosco o grande esforço de reverenciar a data à altura do respeito que a nossa instituição conquistou neste século e meio de vida.

Desta forma, nossos agradecimentos à Universidade Metodista de Piracicaba que, através dos Cursos de Jornalismo e História, tem nos auxiliado na divulgação dos eventos e na organização de uma Exposição Iconográfica que reunirá centenas de fotos antigas da nossa instituição.

Obrigado também à Diretoria Regional de Ensino, que está na coordenação do Projeto Eu Nasci na Santa Casa, desenvolvido junto a escolas municipais através de um concurso de redação e poesias.

Também conosco a Escola de Música de Piracicaba Ernest Mahlle, que promoveu alguns concertos voltados à instituição; a Rádio Educativa FM, que colocará no ar um programa resgatando a história da Santa Casa; e a Camerata Heitor Vila Lobos, os Violões de Santos, que se apresentou gratuita e magnificamente em nossa cidade, revertendo à Santa Casa a renda da bilheteria.

Nossas reverências à Associação Piracicabana dos Artistas Plásticos, que conseguiu reunir 53 artistas numa exposição específica aos 150 anos.  A premiação dos três primeiros colocados deu-se hoje pela manhã com a concessão da medalha José Pinto de Almeida, honraria instituída pela Santa Casa em homenagem ao seu fundador.

A programação prevê ainda o lançamento de uma exposição itinerante de fotos antigas e atuais do nosso hospital; missa campal com plantio de árvore para inauguração do busto de José Pinto de Almeida, que terá seu túmulo recuperado; lançamento do Museu da Santa Casa e, finalmente, em dezembro, lançamento do livro a ser publicado, resgatando a história da Santa Casa ao longo de seus 150 anos.

Não poderíamos deixar de citar a participação imprescindível de autoridades e representantes de entidades de Piracicaba que se integraram ao Projeto Impressões, que se propõe a divulgar artigos nos jornais locais e depoimentos em emissora de rádio.

Muito obrigado aos senhores pela presença e a todos os que se empenharam ao longo desses últimos 150 anos para que nossa Santa Casa atingisse a terceira idade de maneira tão excepcionalmente saudável e vitoriosa.

Muito obrigado, neste momento, sobretudo, ao deputado Roberto Morais por nos conceder o privilégio de estarmos nessa Egrégia Casa, registrando em seus anais, para a posteridade, a passagem dos 150 anos da Santa Casa de Piracicaba, instituição da qual eu tenho honra e orgulho de integrar pela capacidade resolutiva de seus hospitais e por sua importância junto às comunidades de Piracicaba e região. Sinto-me honrado com esta solenidade e com a presença dos senhores.  Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ROBERTO MORAIS - PPS - Exmo. Deputado Federal Mendes Thame, Dr. João Orlando Pavão, Provedor da Santa Casa, Dr. Ary de Camargo Pedroso, médico da Santa Casa e Vereador da Câmara Municipal de Piracicaba, Professor Oldack Chaves, Dirigente regional de ensino de Piracicaba, demais pessoas já denominadas, todos os que vieram, funcionários da Santa Casa que se deslocaram para a Capital paulista para esta homenagem.

se passaram 150 anos desde que Piracicaba recebeu um verdadeiro presente de Natal. Nesta data, em 1854, o visionário e pioneiro comerciante português José Pinto de Almeida fundou a Santa Casa de Misericórdia de Piracicaba. Ainda hoje a instituição é um presente para os piracicabanos. Neste um século e meio, a determinação de centenas de homens e mulheres mantiveram e fizeram crescer com seriedade o sonho de José Pinto de Almeida que tanto orgulho traz ao cidadão piracicabano. Atualmente, sob o comando do Provedor João Orlando Pavão, a comunidade colhe os frutos desta iniciativa histórica tendo à disposição os principais procedimentos médicos desenvolvidos nos centros de referência da medicina brasileira.

Ainda hoje a Santa Casa de Misericórdia de Piracicaba mantém o principio que deu início a este tipo de instituição no mundo, que é o de prestar assistência de saúde sem observar a origem do doente. A Santa Casa de Misericórdia tomou-se sinônimo de atenção aos necessitados e este um século e meio foram repletos de grandes histórias, inúmeras conquistas e novos desafios. Neste período, as diretorias da Santa Casa de Piracicaba sempre foram determinadas e jamais deixaram transparecer fraqueza. Nós sabemos que, atualmente, as Santas Casas de todo o Brasil sobrevivem graças ao esforço de pessoas delicadas à comunidade. Em Piracicaba não foi diferente. Por intermédio de suas diretorias, a Santa Casa enfrentou todas dificuldades geradas por dezenas de crises econômicas, mas mesmo com estas restrições, sempre esteve disponível.

O mais importante é que todo este trabalho e investimento também estão sendo desfrutados pelos principais necessitados, que são os usuários do Serviço Único de Saúde (SUS). Em um País em que a população sofre com tantas faltas, principalmente no que diz respeito à saúde, ter uma entidade como a Santa Casa à disposição da nossa população é um privilégio. Sabemos que manter esta entidade tem sido uma labuta diária para homens e mulheres com interesses coletivos nobres, muitas vezes ignorados até mesmo pelos mais interessados, os usuários do serviço de saúde. A estas pessoas, muitas delas, presentes nesta noite de homenagens, só podemos dizer muito obrigado pela dedicação e perseverança diárias.

Neste clima de enfrentamento de desafios, a Santa Casa completa seus 150 anos com todo o direito de comemorar um século e meio de grandes serviços prestados à comunidade. E que a atual festa traga mais ânimo para que, novos homens e mulheres, inspirados no trabalho feito por tantos outros, continuem lutando para manter a agilidade da entidade para se desenvolver na modernidade sem esquecer o exercício diário de serviço humanitário ao lidar com aqueles que precisam de ajuda e amparo na hora da dor de uma doença.

Por todos estes motivos é que este é um ano especial para o piracicabano, que festeja juntamente com os diretores e funcionários os 150 anos de sua Santa Casa de Misericórdia. A comemoração deste aniversário tem sido mais uma oportunidade de se reconhecer a importância da Santa Casa , já que a atual diretoria está duplicando esforços e conseguindo ocupar vários espaços da cidade com suas comemorações e principalmente mostrando a todo o Brasil como a competência e o trabalho podem e devem sobreviver ao tempo e as intempéries econômicas e, políticas.

Finalizando este discurso, um dos momentos mais brilhantes deste Parlamento foi quando a bancada do Partido Popular Socialista, bancada da qual me orgulho de fazer parte, através do nobre Deputado Vitor Sapienza, conseguimos aprovar o projeto de lei retirando 1% dos recursos da Associação dos Magistrados - Apamagis e destinando-o a todas as Santas Casas do Estado de São Paulo. Este projeto foi aprovado por unanimidade há dois anos por esta Casa de Leis.

Não é muito dinheiro, mas pelo menos é um dinheiro que tenho a absoluta convicção que está sendo muito melhor empregado do que era até então para aquela Associação de Magistrados, com todo o respeito que tenho a eles. Mas, a saúde merece e muito da classe política. A saúde merece, sim, toda a transparência. O homem público tem o dever e tem a obrigação de olhar com muito carinho a saúde, jamais desviar os seus recursos, fazendo assim com que a cada dia que passa as nossas entidades de saúde possam ter mais recursos para socorrer principalmente aqueles menos favorecidos.

Esgotado o objeto da presente sessão, antes de encerrá-la, quero agradecer em nome do Dr. João Orlando Pavão a todas as pessoas que aqui se deslocaram da nossa querida Piracicaba para participar de um ato simples, mas feito do fundo do coração. Sendo uma pessoa que realmente ama Piracicaba temos feito estes destaques para as entidades importantes da cidade e a Santa Casa é uma delas. Agradeço a todos os nossos funcionários da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, à nossa assessoria, a todos aqueles que junto com a Santa Casa, especialmente a Nilma Oliveira e a Vanda Petean, que fizeram a organização desta sessão solene para que pudéssemos mostrar aqui um pouco do nosso trabalho e trazê-los à nossa Casa, aonde venho diariamente saindo de Piracicaba todos os dias e aqui cumprindo com muito orgulho o meu mandato de Deputado estadual.

Muito obrigado a todos. Que Deus nos proteja a todos nós e que possamos voltar para a nossa querida cidade de Piracicaba sempre defendendo aquela terra que amamos!

Está encerrada a sessão. Obrigado e boa noite.

 

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-         Encerra-se a sessão às 21 horas e 26 minutos.

 

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