20 DE AGOSTO DE 2010

037ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AO “dia do maçom”

           

Presidente: ALDO DEMARCHI

 

RESUMO

001 - ALDO DEMARCHI

Assume a Presidência e abre a sessão. Informa que esta Sessão Solene foi convocada pelo Presidente da Casa, Deputado Barros Munhoz, atendendo solicitação do Deputado Aldo Demarchi, com a finalidade de homenagear o “Dia do Maçom”. Nomeia autoridades presentes. Convida o público presente para, de pé, ouvir o Hino Nacional Brasileiro.

 

002 - ANTONIO SALIM CURIATI

Deputado Estadual, lembra como ingressou na Maçonaria. Informa que o Dia do Maçom foi instituído por um projeto do então Deputado Estadual Presidente Tonico Ramos. Menciona iniciativa para que haja a Semana da Maçonaria. Faz uma leitura dando informações sobre a entidade.

 

003 - JOÃO GABRIEL

Mestre Conselheiro Estadual, representando o Grande Conselho da Ordem Demolay, lembra que há 67 unidades da Ordem Demolay no Estado de São Paulo. Fala sobre o trabalho que elas realizam. Faz apelo para que recebam apoio.

 

004 - Presidente ALDO DEMARCHI

Anuncia a apresentação da Cerimônia do Abraço.

 

005 - JAIME GAWENDO

Faz homenagem aos pais, comparando-os à Ordem da Maçonaria.

 

006 - JOÃO GABRIEL

Mestre Conselheiro Estadual, representando o Grande Conselho da Ordem Demolay, afirma que a Ordem Demolay é uma formadora de líderes. Cita a campanha do Ano Demolay 2009-2010, para cadastramento de doadores de medula óssea.

 

007 - OLÍMPIO GOMES

Deputado Estadual, cita a importância da Maçonaria na política do país. Tece elogios à instituição.

 

008 - BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO

Eminente Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo, lembra a atuação da Maçonaria na política do país. Faz breve histórico sobre essa atuação. Faz considerações sobre a situação política da sociedade. Cita o lema da Maçonaria. Conclama a todos para lutar contra a corrupção. Cita a criação do “Movimento Dignidade e Inclusão Social”.

 

009 - FRANCISCO GOMES DA SILVA

Sereníssimo Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, faz reflexão filosófica. Lembra o compromisso da Maçonaria em lutar por um país justo. Registra o inconformismo da entidade perante a corrupção e a impunidade. Menciona documento firmado pelas 27 Lojas Maçônicas.

 

010 - JURANDIR ALVES DE VASCONCELOS

Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista, realça a necessidade da atuação da Maçonaria na administração do país. Dá conhecimento de ações da entidade.

 

011 - BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO

Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo, faz entrega de homenagens a diversos maçons e ao Deputado Aldo Demarchi.

 

012 - Presidente ALDO DEMARCHI

Recorda sua participação nas demais sessões solenes do Dia do Maçom. Fala sobre a democracia. Faz reflexão filosófica. Menciona a necessidade de união entre os maçons. Cita o movimento “Maçonaria Unida por São Paulo”. Conclama os maçons para investirem em obras sociais. Argumenta que é preciso pensar no futuro da Ordem. Dá conhecimento da íntegra de mensagem enviada pelo Decano da Maçonaria Rio-Clarense Luiz Ângelo Cerri. Anuncia entrega de homenagens. Faz agradecimentos gerais. Convida a todos para um coquetel no Hall Monumental. Encerra a sessão.

 

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-                     Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Aldo Demarchi.

 

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O SR. PRESIDENTE – ALDO DEMARCHI - DEM - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta Sessão Solene foi convocada pelo Presidente desta Casa, Deputado Barros Munhoz, atendendo solicitação deste Deputado, com a finalidade de homenagear o Dia do Maçom.

            Esta Presidência quer fazer menção às seguintes autoridades: Jurandir Alves Vasconcelos, Sereníssimo Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista; Francisco Gomes da Silva, Sereníssimo Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo; Benedito Marques Ballouk Filho, eminente Grão-Mestre do Grande Oriente do Estado de São Paulo; Dr. Paulo Tuma Delbin, representando o Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo Fúlvio Julião Biazzi. Gostaria também de fazer menção aos Grão-Mestres Adjuntos Antonio Carlos de Souza, da Glesp; Paulo de Tarso Carletti, do Grande Oriente Paulista e Mário Sérgio Nunes, Gão-Mestre Adjunto do Gosp. No decorrer da sessão iremos anunciando outras autoridades.

Convido todos os presentes para, em pé, ouvirem o Hino Nacional Brasileiro e o Hino da Maçonaria, executados pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do 2º tenente PM Músico Jassen Feliciano.

 

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- São executados o Hino Nacional Brasileiro e o Hino da Maçonaria.

 

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O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Esta Presidência agradece a Banda da Polícia Militar por ter abrilhantado a abertura desta Sessão Solene. Muito obrigado ao querido 2º Tenente PM Músico Jassen Feliciano e componentes da Banda. (Palmas.)

Vamos iniciar a abertura da palavra aos deputados presentes. É com grata satisfação que usará da tribuna o nosso irmão Antonio Salim Curiati.

 

O SR. ANTONIO SALIM CURIATI - PP - Sr. Presidente Deputado Aldo Demarchi, irmãos presentes nesta solenidade, não vou me alongar, mas quero cumprimentar as autoridades maçônicas, civis e militares presentes na saudação que o Presidente fez.

Gostaria de trazer uma contribuição.

Eu não era maçom, mas tinha ligação com algumas Lojas e fazíamos tudo o que elas nos pediam. Depois, fui convidado e ingressei na Maçonaria, o que me dá um orgulho muito grande.  Ser maçom é importante.

Esta solenidade do Dia do Maçom foi instituída por projeto do então Deputado Estadual Presidente Tonico Ramos, para ser comemorada no dia 20 de agosto.

Levando em consideração que o Dia do Maçom sempre foi festivo e a Maçonaria se ampliava grandemente, tomamos a iniciativa de apresentar um projeto instituindo a Semana da Maçonaria, projeto aprovado pela unanimidade da Assembleia Legislativa, porque é importante que outros setores da comunidade possam comemorar, durante sete dias, um evento que restabelece a grandiosidade da Maçonaria.

Sou Deputado desta Casa desde 1965 e com orgulho digo que sou o mais antigo parlamentar deste Poder.

A mensagem que lerei é pequena porque não quero obstruir o trabalho deste grande companheiro Deputado Aldo Demarchi, que merece o meu respeito e a minha consideração.

            “Hoje, estamos reunidos e esta oportunidade é muito importante porque possibilita a nós, maçons, mostrar à comunidade a Maçonaria de uma forma verdadeira, esclarecendo muitos mitos e estórias, visto que ela não esconde sua existência!

            O maçom é um verdadeiro construtor social e, como força viva da sociedade, tem participado ativamente dos grandes movimentos da humanidade, sejam eles: sociais, políticos, filosóficos ou culturais.

            Vê-se, portanto, que a Maçonaria é um movimento educativo, filantrópico e progressista que adota a investigação da Verdade em regime de plena liberdade. É uma sociedade formada por homens livres e de bons costumes, amantes da cultura moral, preocupados com os seus semelhantes e com o destino do país em que vivem.

            A Maçonaria respeita a organização civil e política do País. Aprecia nos homens o mérito pessoal, sem distinção de classe social, visto que em seu seio todos são iguais.

            Todos aqueles que a ela pertencem tem o dever de conduzir-se, moral e decorosamente em suas vidas, devem respeitar-se, proteger-se e viver em plena harmonia.

            Por tudo isso, vê-se que a Maçonaria defende comportamentos morais rígidos, respeitando-se a Deus - "O Grande Arquiteto do Universo", só que este Deus é o aceito por cada um, segundo os ditames da liberdade da consciência.

            Enquanto a sociedade civil discute formas de organização para um efetivo trabalho voluntário, a Maçonaria desenvolve, há muitos anos, uma política eficiente, voltada para ajudar quem precisa.  Este trabalho é anônimo, árduo, mas profundamente gratificante.

            Vemos, portanto, que quando falamos dos maçons estamos, na verdade, homenageando a dignidade, a liberdade e a igualdade.

            A população precisa conhecer melhor a Maçonaria, para que velhos preconceitos sejam esclarecidos a luz da verdade.

            Como é do conhecimento de todos, ela não é uma sociedade secreta. Ela apenas se cerca de um aparato, de um ritual próprio, conforme suas tradições, assim como acontece em qualquer outra entidade.

            Orgulho-me profundamente de ser reconhecido como maçom e agir como tal, e espero, cada dia mais, fazer por merecer esta verdadeira distinção que os irmãos me possibilitaram.

            Caros irmãos e amigos, vamos nos unir em todos os momentos, para que juntos possamos tornar a nossa Instituição cada vez mais atuante e participativa, auxiliando a sociedade com firmeza e determinação e atingindo, assim, objetivos maiores.

            Que o Grande Arquiteto do Universo a todos ilumine e guarde, assim como as suas famílias!

            Obrigado!

            Antonio Salim Curiati – Deputado Estadual”

Antes de finalizar, gostaria de fazer uma sugestão ao grande número de líderes maçons aqui presentes e à Mesa: nós precisamos fazer com que a Maçonaria tenha uma escola, uma escola de nível superior, para os próprios irmãos frequentarem. Creio que assim valorizaríamos ainda mais a Maçonaria. É uma sugestão que faço sem nenhuma pretensão e desejo de corpo e alma ajudar para que isso aconteça.

Que Deus abençoe a todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Agradeço as palavras do nosso irmão colega Deputado Antonio Salim Curiati.

Neste momento, quero chamar João Gabriel, Mestre Conselheiro Estadual, representando o Grande Conselho da Ordem DeMolay.

 

O SR. JOÃO GABRIEL - Boa-noite senhoras e senhores, queridos amigos, tios, deputados presentes, saúdo o Sr. Deputado Aldo Demarchi, Presidente desta sessão. Venho representar a nossa Ordem DeMolay Paulista junto aos nossos tios, como são denominados os nossos maçons, tios carinhosamente chamados por nós, demolays, tio Savério Marino, tio Natalino Donizete, Grande Secretário do nosso Grande Conselho e Grande Secretário Estadual Adjunto.

É com grande honra que venho em nome do nosso Grande Conselho representar os nossos demolays. São 67 unidades Demolays espalhadas no Estado de São Paulo. Agradecemos muito por essa oportunidade de estar aqui nesta data tão importante, o Dia do Maçon, que com certeza tem um significado muito profundo para vocês.

            Venho do interior do Estado de São Paulo até a Capital, na Assembleia Legislativa, para também trazer uma mensagem para os senhores. Nossa Ordem Demolay não é de uma potência ou outra, mas da Ordem da Maçonaria. Nossa causa da Ordem Demolay é muito maior. Meus tios, apoiem a causa da Ordem Demolay. A Ordem Demolay é uma verdadeira escola de líderes, escola essa, que hoje transforma esses jovens em cidadãos com condutas ilibadas, de prefeitos a profissionais com excelentes qualidades. Não preciso dizer que é um investimento cujo retorno é imediato. Peço, encarecidamente, que apoiem a causa da Ordem Demolay. Hoje, o Grande Conselho Estadual da Ordem Demolay do Estado de São Paulo tem 67 unidades neste estado e é federado ao Supremo Conselho da Ordem Demolay para a República Federativa do Brasil, que é o único com reconhecimento do Demolay International, dono de todas as patentes do Demolay no mundo.

            Novamente agradeço pela oportunidade e gostaria de chamar meus irmãos na figura do nosso irmão Mestre e Conselheiro regional Jaime Gawendo, para apresentar aos presentes a cerimônia do abraço.

 

            O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMCARCHI - DEM - Teremos, então, a apresentação da Cerimônia do Abraço, pela Ordem Demolay.

 

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- É feita a apresentação.

 

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O SR. JAIME GAWENDO - Entre as sete grandes luzes sagradas da Ordem Demolay existe uma que primazia nessa constelação, uma virtude que se baseia na amizade, na confiança e no respeito. Mesmo assim, ainda é algo encarado como uma lenda, a lenda, a lenda do amor sem a razão de existir, a lenda do ágape.

Essa lenda exemplifica o amor entre pais e filhos, um sentimento que transcende os limites da razão, que se transforma na base invisível de nossa sociedade, estrutura sobre a qual havemos de edificar nossas vidas e nossos comportamentos, lapidando aquilo que seremos no futuro. É justo, então, que como uma confissão, eu reconheça a importância desse alicerce em minha vida, a minha vida acalentada pelas mãos de minha mãe e assegurada pelo suor e pela labuta de meu pai.

É esse guerreiro de mãos ásperas e rosto muitas vezes severo que, dia após dia, deposita em minha casa a segurança e a certeza de um futuro estável. É esse guerreiro que incansavelmente mostra meu caminho para que eu mude o meu futuro, através dos caminhos da estrada do bem. É esse homem que é referência em minha vida, mas que muitas vezes não consegue expressar seus sentimentos. Sei que isso é difícil. Temos no olhar o reconhecimento de nossas almas e, quando ele me olha, não consegue esconder um brilho de esperança. Não por eu ter um título, mas por eu representar tudo aquilo que ele já foi, além de tudo aquilo que ele poderia ter sido.

Meu pai quer o melhor para mim. A melhor escola, a melhor faculdade, a melhor vida. Se isso dependesse unicamente dele, meu futuro estaria garantido desde o meu nascimento. Mas não é isso que acontece. A vida é dura e a luta do dia a dia é cada vez mais difícil. Porém, meu pai, muitas vezes privado de sua própria juventude, cansado, chega em casa no silêncio da rotina trazendo sempre um dia a mais em minha vida; menos um na sua.

Pai, é difícil reconhecer tudo que você já fez para mim, desde o colo molhado, o carro no fim de semana, até o meu futuro, assegurado nos seus sonhos. Pai, muitas vezes eu te olho querendo dizer algo, porém, as palavras travam em minha garganta, mostrando minha imperfeição em te dizer o quanto você faz parte de minha vida, o quanto te devo em tempo, em esforços, em sorrisos e em abraços.

Nas vezes em que brigamos, nas vezes em que nos resignamos no silêncio de nossa ignorância, jogamos fora uma oportunidade de nos aproximarmos, de mostrarmos um para o outro como verdadeiros amigos. São momentos como esses, pai, que nos distanciam, que nos transformam em estranhos, enquanto somos sangue do mesmo sangue, causa e consequência do mesmo amor.

Teus gestos e teus conselhos, a minha rebeldia e minha ansiedade são faces complementares da mesma moeda e nesse fim se renovam a cada dia, e não há nada que possamos fazer. Um dia a natureza se encarregará de me colocar aí, no seu lugar, enquanto meu filho estará aqui, no meu, na eterna dança da Fênix. Pai, entenda que da mesma forma que o novo chega para você ele também chegará para mim um dia, fazendo, no futuro, se repetir o que é hoje, o presente.

Nesta cerimônia, pai, nós colocamos um cravo como símbolo de todos os sentimentos enaltecidos. Uma flor que traz em seu perfume forte e marcante a lembrança dos primeiros anos que passei sob sua proteção, e ao mesmo tempo reflete, na delicadeza de uma flor, a delicadeza de todos os sentimentos enaltecidos. Essas flores estão envoltas em um laço que simboliza a união eterna de nossos corações. Caso você, meu pai, esteja vivo, pegarei este cravo vermelho, simbolizando a importância viva que você tem para mim.

Agora, caso você, meu pai, esteja hoje povoando o oriente eterno dos meus sonhos, guardarei para mim este cravo branco representando a importância que você tem para mim no meu passado, no meu presente, no meu futuro. Porque um simples gesto pode representar muita coisa, mas as palavras proferidas nesta noite não foram proferidas em vão. Por isso, receba este cravo de minhas mãos como reconhecimento sublime e com esse reconhecimento te digo: pai, eu te amo. (Palmas.)

 

O SR. JOÃO GABRIEL - Essa foi a homenagem da Ordem Demolay aos nossos pais - entendam tios maçons - porque vocês são nossos pais. Sem a Ordem da Maçonaria não há Ordem Demolay.

A Ordem Demolay, como já foi dito, é uma verdadeira escola de líderes. Líderes que amanhã, por exemplo, a partir do incentivo da campanha do Ano Demolay 2009- 2010, na Lapa, no Colégio Módulo, realizarão uma grande campanha de cadastramento de doadores de medula óssea. São atividades que nós, da Ordem Demolay, em parceria com os tios estamos realizando.

Meu maior sonho não só como Mestre e Conselheiro do Estado de São Paulo, mas como Demolay, é ter grãos-mestres, gop, gosp e glesp. Com a Ordem Demolay juntos não só nessas solenidades festivas, mas no trabalho. Porque juntos, apenas juntos, somos fortes. Sozinhos, podemos ser fortes, mas, apenas juntos, somos mais fortes ainda e não vai ser qualquer ondinha que vai acabar com a Ordem Demolay ou com a Ordem da Maçonaria.

            Muito obrigado pela oportunidade, e a todos vocês desejo, de coração, que retornem a seus lares melhores do que quando de lá saíram. Boa-noite. (Palmas.)

 

            O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Agradecemos ao Grande Conselho da Ordem Demolay na pessoa do Mestre João Gabriel, por essa bela apresentação.

            Tem a palavra o nobre Deputado Major Olímpio Gomes, que também é irmão.

 

            O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Exmo. Deputado e irmão Aldo Demarchi, que mais um ano tem a brilhante iniciativa de promover esse evento do Dia do Maçom na Assembleia Legislativa; autoridades maçônicas; irmãos da Maçonaria; cidadãos que nos acompanham no Estado de São Paulo pela TV Assembleia, estava eu em compromissos próprios do mandato parlamentar, mas não poderia deixar, mesmo que atrasado para a solenidade, de vir trazer minha saudação à Maçonaria de São Paulo, à Assembleia Legislativa, irmão Aldo, que abre, mais uma vez, por sua interferência, as portas da casa dos representantes do povo paulista para homenagear a Maçonaria.

Em anos anteriores foram apresentados compromissos da Maçonaria em relação às necessárias mudanças comportamentais da nossa sociedade quanto à ética, à probidade com os recursos públicos. Neste ano, já temos um momento diferente. Muito pelo que a Maçonaria vem lutando e vem tentando multiplicar, inclusive em protocolos, acabou se tornando uma realidade que pode modificar o cenário da política e dos políticos brasileiros.

O conteúdo da lei Ficha Limpa é um anseio da sociedade pelo qual as ordens maçônicas já vêm lutando, se empenhando e tentando abrir os olhos da sociedade brasileira. Não pode aquele que é escolhido pelo povo para gerir benefícios ao povo se locupletar ou promover a desonra da própria sociedade dizendo que está agindo em seu nome.

Tenho certeza absoluta que a Maçonaria continuará a se empenhar, e de forma cada vez mais decisiva e incisiva, porque tem credibilidade, respeitabilidade e na história do país tem se colocado sempre de pé nos momentos cruciais para modificações da nossa própria sociedade.

O próprio ingresso na Maçonaria não é feito de forma aleatória. Cidadãos acabam sendo escolhidos pelo seu perfil e lapidados para melhorar ainda a sua forma de encarar a sociedade e o mundo. Hão de ser, sim, um exemplo para toda a sociedade brasileira.

É preciso lutar, é preciso perseverar. E digo: não há instituição no nosso país com credibilidade maior para auxiliar, e cada vez mais decisivamente, inclusive no aperfeiçoamento do processo político, agindo para que haja uma depuração da política, até dos próprios quadros da Maçonaria, porque há indivíduos que acabam tentando encontrar na Maçonaria um caminho eleitoral, mas acabam não perseverando dentro da Maçonaria porque ela não é um caminho. É necessário que o irmão tenha vocação e tenha internalizado os princípios mais do que necessários para servir à sociedade.

Irmão Aldo, parabéns, mais uma vez. Que haja luz para que prossiga, por muitos e muitos anos promovendo sessões como essa para lembrar ao povo paulista a importância da Maçonaria e a importância dos irmãos maçons em todo o nosso país. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Muito obrigado, irmão Olímpio.

Agora, passaremos a palavra ao Eminente Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo, Benedito Marques Ballouk Filho.

 

O SR. BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO - Eminente presidente desta sessão, meu querido irmão e amigo, Aldo Demarchi, peço vênia para cumprimentar meu querido Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, Francisco Gomes da Silva, e também meu querido irmão e amigo Grão-Mestre  do Grande Oriente Paulista, Jurandir Vasconcelos. Quero cumprimentar todos os meus queridos irmãos na pessoa do meu querido irmão Grão-Mestre Adjunto do Grande Oriente de São Paulo, irmão Mário Sérgio Nunes da Costa.

Meus irmãos, hoje é uma noite de alegria, estamos voltando a esta Casa legislativa e mais uma vez levantando a nossa bandeira a favor da ética, da dignidade, da moralidade, bandeira essa que começou a ser soerguida nos idos de 2007, e que tem frutificado tanto que todos os irmãos estão contemplando e descortinando a cada dia que estamos no caminho certo. Que a nossa união, que a nossa força, que a nossa determinação eleve ao patamar de excelência a Maçonaria que todos queremos para resgatar as responsabilidades do passado.

Peço aos meus queridos irmãos a tolerância de ouvir algumas linhas de um pensamento coletivo, do pensamento, hoje, de uma Maçonaria Unida por São Paulo.

A Maçonaria sempre esteve ao lado da sociedade brasileira nas lutas e aspirações legalistas, emancipação cívica, liberdade e pelos direitos civis.

Do imperador D. Pedro I, em 1822, até Jânio Quadros, em 1964, o Brasil teve nove presidentes maçons e a Maçonaria exerceu os mais altos postos da República. Vivemos sob regime militar por 21 anos e, findo o ciclo, a Maçonaria apostou na plenitude democrática do estado direito, confiou a direção do país aos políticos para se dedicarem aos estudos filosóficos, à filantropia e à benemerência.

Nossa ordem abdicou de sua participação política tradicional e protagonismo cívico secular. No início, por seu respeito à legalidade e à confiança na classe política, seguida de profunda indignação e, por fim, de olímpico desprezo por ela. Nossos líderes justificavam nosso distanciamento sob o pretexto de que o lodaçal em que se transformara o poder, onde chafurdavam os maus políticos, eram terrenos impuros, indignos da atenção maçônica e dos homens de bem, esquecendo-se que os problemas do presente não vencidos são ônus terríveis no futuro.

Pelas quatro décadas de omissão, hoje, todos nós, maçons e cidadãos, pagamos alto preço, vítimas de profunda deformação de valores éticos e morais que nossa instituição historicamente, e desde sempre, assumiu defender.

Direitos civis foram cassados, violados; a opressão vem sendo perpetrada contra a família brasileira por uma elite política parasitária e corrupta que obriga os pares dignos e se apoderou das nossas instituições para de lá assaltar o erário público, sonegar justiça, manipular a verdade, solapar a segurança, saquear a merenda escolar, prateleiras de remédios nos postos de saúde, carteiras nas escolas e leitos hospitalares. O nosso povo se sente impotente para se insurgir contra os que detêm o poder e o usam para manietar a sociedade e locupletar-se às nossas custas.

Nós, maçons, somos uma associação de cidadãos livres e de bons costumes, uma instituição secular inserida nas páginas da história universal por seu passado dedicado a defender direitos civis, aspirações sociais e cidadãos honestos das tiranias da terra, em nome da justiça, da verdade e sob o lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.

E como sempre o fizemos, em plena sintonia com as legítimas demandas da sociedade brasileira, na história deste país, nós, maçons paulistas, nos unimos e nos alinhamos com cada homem e mulher de bem na resistência e combate à corrupção e à impunidade pelo pleno respeito aos direitos civis, como o de não ser esmagado pela carga tributária mais alta do planeta e achacado por corruptos, e ter governantes honestos, políticos e partidos que nos representem de fato.

Ou o Poder Judiciário é independente, isento e ágil, ou se tem uma imprensa independente. Cobramos patriotismo no exercício do poder e um ensino libertador. Que nossos impostos sejam revertidos, sem pedágios, em prol da justiça social, do progresso e do bem comum. E o direito de criar filhos como cidadãos íntegros e libertos da praga de parasitas sociais gerados do ventre de partidos políticos que não se responsabilizam pelos líderes que oferecem a escolha popular e que só pensam em amealhar mais poder e privilégios.

Abaixo os mitos da inevitabilidade e da corrupção e invencibilidade dos corruptos. Eles não são vulneráveis à justa indignação popular. Se tantos povos se libertaram de castas de poderosos corruptos, no poder há décadas, por que nós, paulistas, homens de bem, não haveremos de conseguí-lo também?

Cada cidadão aqui recupera sua significância cívica e testemunha um momento histórico na nova página da história da Maçonaria brasileira, iniciada em 20 de agosto de 2007, quando os Grãos-Mestres Francisco Gomes da Silva, da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, e esse que vos fala firmaram a primeira carta da Maçonaria paulista contra corrupção. Em 2008, já com o valoroso e paradigma apoio do Grão-Mestre José Maria Dias Neto, do Grande Oriente Paulista, e seu Grão-Mestre Adjunto e hoje Grão-Mestre Jurandir Alves de Vasconcelos, as três obediências se somam no Movimento Maçonaria Unida por São Paulo e reafirmam em sua segunda carta aberta o compromisso assumido em 2007.

Em 2009, o Grande Oriente de São Paulo, a Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo e o Grande Oriente Paulista anunciam a criação de um movimento cívico supra maçônico, o Medis – Movimento Dignidade e Inclusão Social, aberto a todos os segmentos da sociedade organizada e pessoas honestas, que conta hoje com a adesão de inúmeras entidades civis e associações de classe.

O Medis é um portal de dignidade. Ao invés de apontar quem não presta e gerar desgosto e alienação, apontará quem tem valor e compromisso com o resgate da dignidade no exercício do poder. E ao invés de caçar bruxas e olhar para trás, ajudará os bons a permanecerem bons e oferecerá a redenção aos políticos dispostos a mudar e a comprometer-se com a sociedade e com a ética.

Comemoramos hoje, aqui, o despertar da Maçonaria paulista pela libertação dos grilhões da impotência e da alienação. (Palmas.) Cada um de nós é responsável por exorcizar a alienação, semeando consciência e convidando os honestos a juntarem-se a nós na construção da trincheira da dignidade.

A adesão de cada justo será uma pedra a mais na construção desse templo de virtude e, organizados, vamos banir com nosso voto os velhos usurpadores da representação popular, que há muito se abrigam num congresso que já não é mais a casa nem a cara do povo.

A Maçonaria Unida por São Paulo conclama todos os paulistas a tirar os corruptos do poder e a colocar lá homens, cidadãos livres e de bons costumes.

Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos. Vamos semear a revolução do bem, recuperar as décadas perdidas e mudar nosso país e nosso destino.

Saúde, força e união, recebam deste humilde Grão-Mestre. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Gostaria de registrar a presença do grão-mestre José Maria Dias Neto, que neste ato representa o presidente da OAB de São Paulo, Luiz Flávio Borges D’Urso; representando o Secretário da Cultura do Estado de São Paulo, Andrea Matarazzo, está presente o Sr. Eduardo Odloak; representando a Associação Paulista de Imprensa, está presente nosso irmão Cláudio Auricchio Turi. Muito obrigado pela presença.

A seguir, ouviremos as palavras do nosso Sereníssimo Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, Francisco Gomes da Silva.

 

O SR. FRANCISCO GOMES DA SILVA - Exmo. Irmão Deputado Aldo Demarchi, que preside esta sessão solene de homenagem ao Dia do Maçom; caro irmão Coronel Wagner César, Comandante do policiamento metropolitano, na sua pessoa, saúdo os militares presentes nesta Casa; irmão presidente do Superior Tribunal Maçônico, Moacyr Jacintho Ferreira, na sua pessoa, saúdo todos os membros da administração e todos os irmãos da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo; Eminente Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo, irmão, amigo, Ballouk; Sereníssimo Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista, meu irmão querido, Jurandir; e na pessoa do Antonio Carlos de Souza, Eminente Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, saúdo os demais Grão-Mestres e os Grão-Mestres Adjuntos aqui presentes.

Evidente que estou falando em nome da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo e faço primeiramente para agradecer a homenagem que o povo maçônico recebe de um poder constituído. Este povo premido pelo panorama político de nossa pátria entrevê, nessa homenagem que lhe é prestada, a afirmação de que há, sim, esperança enquanto houver homens e mulheres que amem a decência, a honestidade e o respeito a seus semelhantes.

Esta Casa, assim como a Maçonaria, tem o compromisso com a felicidade do povo. A reivindicação em favor dos que sofrem é filha da solidariedade humana e nasce no coração, terra em que ninguém pisa, e é no coração que também habita a fé. Na mesma rua, entre a fé e a solidariedade humana abre-se a janela da concordância. E todos esses sentimentos humanos estão protegidos por Deus, que criou e reside na rua principal da vida. O sofrimento dos outros é o manjar dos malvados e não há sofrimento maior do que a injustiça.

            Sonhamos com a pátria potencializadora da decência, da ética, da moral e do caráter dos lutadores da guerra sem fim contra o mal. Eis aí o exercício pleno, coerente, augusto, potente e belo da democracia, do respeito à legalidade, do império da igualdade, do reino da justiça e da perfeição.

            Meus irmãos, patriotas da fraternidade, da moral, dos bons costumes, por isso, não queremos os que fazem graça, na televisão e no rádio, fazendo leis, assim como também, não queremos os que fazem leis fazendo graça e zombando do povo.

            Falo ainda para relembrar que a ordem maçônica pugna pela prática da moral elevada, pelos bons costumes, pela obediência irrestrita às leis do país. Essa luta poderá ser árdua, mas, jamais, será inglória.

            A Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, CMSB, constituída de 27 grandes Lojas Maçônicas, que congrega cerca de 2600 Lojas e mais de 100 mil obreiros em todo o país, reuniu-se na 37ª Assembleia, em Salvador, Bahia, em 2008, assim se pronunciou naquela oportunidade. Tornamos público seu incondicional apoio ao movimento moralizador desencadeado pela justiça eleitoral no sentido de impedir a participação, a partir dessa eleição, de candidatos processados por macular princípios éticos que devem nortear aspirantes ao exercício da função pública, convocando todos os maçons e a sociedade a fazer cruzada, não votando naqueles que nessa condição obtenham seus registros via artifício jurídico como forma de bani-los, vez por todas, do cenário político e fazendo deste ato marco fundamental da moralização para a vida política nacional. Nós assim o pregamos, na Bahia, em 2008.  Em 2009 já nos manifestamos deste jeito.

É pública e notória a propagação do germe da corrupção no território pátrio, como se fosse epidemia contaminando e destruindo os princípios morais e básicos da civilidade, afetando a todos, inclusive, comprometendo as futuras gerações.

Registramos nosso inconformismo com a impunidade dos afortunados pela ilicitude que afeta e corroi a formação moral da sociedade brasileira, na certeza de que todos, igualmente, devem responder por seus atos e serem punidos proporcionalmente à falta cometida. Afirmamos ainda, naquela oportunidade, lá em Goiania, é necessário o envolvimento das entidades servis organizadas do povo, em geral, na luta para a superação dos desmandos e na reconstrução de uma sociedade mais ética, fraterna e solidária.

É importante reconhecer o papel da Maçonaria organizada nas Lojas Maçônicas na deflagração da luta contra os males que veem causando tantos danos ao povo, na esperança de que, com a participação de todos, sejam alcançadas mudanças culturais para que, num futuro próximo, a família brasileira possa usufruir de um país mais justo e perfeito.

            Meus irmãos, recente, no mês de julho, lá em Belém do Pará, as 27 grandes Lojas brasileiras reunidas, mais uma vez, divulgaram este documento para o País: garantia permanente de liberdade de imprensa como alicerce do estado democrático de direito; exercício do voto consciente, afastando do cenário político candidatos não comprometidos com o decoro necessário ao desempenho da função pública; observância da proteção ambiental adequada, que assegure o desenvolvimento sustentável da qualidade de vida da população; combate aos grupos extremistas existentes no território nacional, exigindo a ação imediata das autoridades constituídas, pondo fim às suas atividades ilícitas; e finalmente, lá em Goiânia, nós assinamos todos esses compromissos: necessidade de implementar ações efetivas de enfrentamento à disseminação das drogas, à criminalidade e da defesa da juventude visando reduzir o lamentável estágio de insegurança que permeia a sociedade brasileira.  

            Portanto, meus irmãos, Srs. Deputados e demais autoridades presentes, em especial meu irmão e meu amigo, Aldo Demarchi, nesse dia - não falei de nossa história porque ela nos é conhecida - optei por realizar a vida mantendo relações justas e aceitáveis com os outros, e é de regra estar fundamentada nas ideias de bem e virtude, enquanto valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance traduz-se numa existência plena e feliz.

A esse conceito está ligada a virtude, esta energia da alma aplicada à pratica habitual do bem, da justiça e do dever. É um impulso natural para o que é honesto, é a força de vencer as paixões, a arte de mantê-las em equilíbrio e de se comportar nas grandes alegrias. É o triunfo da vontade sobre os desejos, é a preferência do interesse pessoal, é o império da alma sobre o corpo.

Segundo Auguste Comte, de 1798 a 1857, a moral consiste em querer fazer prevalecer os instintos simpáticos sobre os impulsos egoístas. Entende-se por instintos simpáticos aqueles que nos aproximam uns dos outros. Portanto, caros irmãos, que tenhamos sempre a consciência de que a Maçonaria anseia por homens da têmpera que demonstram, homens dotados da fé dos apóstolos e da energia dos guerreiros, e que se dedicam à felicidade dos seus semelhantes. Portanto, sejamos sempre os construtores sociais de todos os tempos, os pensadores do presente e, mais do que isso, os realizadores de sonhos e a esperança de todos os dias. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Convidamos para fazer uso da palavra o Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista, poderoso irmão Jurandir Alves de Vasconcelos.

 

O SR. JURANDIR ALVES DE VASCONCELOS - Querido irmão Aldo Demarchi, hoje presidindo esta sessão maravilhosa, anual e inesquecível; meu querido irmão Benedito Marques Ballouk, Grão-Mestre do Grande Oriente do Estado de São Paulo; querido irmão Francisco Gomes da Silva, Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo; queridos Gão-Mestres Adjuntos e Grão-Mestres de Honra, não me esquecendo, jamais, do meu querido irmão José Maria Dias Neto, meu professor em direção maçônica do Grande Oriente Paulista; demais autoridades; queridos irmãos, cunhadas, convidados e DeMolays, não poderia ser diferente.

Esta Casa de leis encontra-se, hoje, abarrotada de irmãos, fraternos, atuantes na Ordem e que serão, hoje, alertados com grande entonação de voz, no sentido de que, a Maçonaria Unida de São Paulo, que tem a sigla marcante de MUSP, simplesmente fez com que as três potências maçônicas unissem suas forças para que os projetos, as ações, as atitudes fossem realmente colocadas em prática.

Um dos motivos principais desta reunião é saudar os queridos irmãos maçons, mas realçar, efetivamente, a necessidade premente que temos de atuar administrando as coisas deste querido Brasil. Ouço, nas centenas de viagem que faço a São Paulo, grande São Paulo, baixada e interior, a seguinte pergunta: “querido Grão-Mestre, quando é que a Maçonaria vai se posicionar novamente como a Maçonaria do passado?”. Eu respondo: é agora. Agora é a sua vez de participar, com coração e cabeça maçônica, da nova fase da Maçonaria Unida de São Paulo. Não tem volta; isto é uma realidade incontestável, apesar de que algumas mentalidades retrógradas do passado achavam isto uma utopia.

Meus queridos irmãos, dentro da realidade atual o sonho transformou-se, mesmo, em realidade. Haja vista que em reuniões constantes o irmão Ballouk, o irmão Francisco e anteriormente já iniciadas com o irmão José Maria Dias Neto, nos reuníamos no sentido de traçarmos planos, planos de atuação, planos verdadeiros, não sonhos, não imaginações, não papo supérfluo que não leva a nada. E dentro desse tipo de planejamento temos trabalhado muito para formar os institutos paulistas dos médicos, dos odontólogos, dos advogados, já temos o IPEAMA, que hoje de manhã promoveu uma sessão espetacular, e é necessário e imperioso que nós aqui salientemos o ocorrido: o Instituto Paulista de Engenheiros e Arquitetos Maçons traçou um plano para que unidos, todos nós, através de projetos doados pela Ordem, possamos propiciar moradia aos menos favorecidos; que o sonho do pequeno lar, da pequena casinha, transforme-se em realidade.       

Ainda ontem, estive ouvindo o senso que foi feito, o IBGE, então, são dados verdadeiros. Cinquenta por cento da população brasileira não tem esgoto sanitário, isto é um verdadeiro absurdo! A Maçonaria, através do IPEAMA, tem que agir com muita, mas muita intensidade, no sentido de que jamais possamos anunciar um número tão horroroso.

            O empenho que temos tido, com reuniões constantes, fez com que essa confraternização tenha se solidificado de uma maneira incontestável. Nossos tempos profissionais são divididos com a Ordem. Não queremos saber se a vida profissional tem que ocupar o maior espaço, queremos saber se a Maçonaria vai atuar como planejamos. Reafirmo a vocês, meus queridos irmãos: vai atuar, sim! Nós, de acordo com o conversado, gostaríamos muito que fôssemos cobrados sobre essa atitude.

            “Se uma sociedade livre e de bons costumes não pode ajudar os muitos que são pobres, não salvará os poucos que são ricos.” John Kennedy - alguém de uma mentalidade e uma inteligência incomparáveis.

            Para terminar, porque sempre se disse que todo discurso longo não leva a nada, vou dizer-lhes: a verdadeira felicidade social consiste na harmonia e no uso pacífico das satisfações de cada indivíduo. Como dizemos na nossa Ordem, que o Grande Arquiteto do Universo nos protege e nos ajude! (Palmas.)

 

            O Sr. Presidente - Aldo Demarchi - DEM - A seguir, conforme estabelecido no protocolo, faremos uma homenagem a alguns maçons destacados, por meio dos três poderosos Grão-Mestres.

            Gostaria que a primeira chamada fosse feita pelo Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo, Benedito Marques Ballouk Filho.

 

            O SR. BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO - Meus irmãos, queremos homenagear todos os irmãos que, com esforço e dedicação, são profissionais, homens públicos ou dirigentes de entidades sociais e, desse modo, contribuem para o progresso da nossa sociedade e para a construção de um mundo mais fraterno, justo e perfeito.

            Nesse sentido, homenageando alguns dos irmãos, por ser impraticável homenagear todos, estendemos esta homenagem a todos os que labutam para concretizar os ideais maçônicos junto aos seus.

            Em primeiro lugar, gostaria de chamar o irmão Luciano César de Toledo, jovem vereador, já no segundo mandato, e presidente da Câmara Municipal de Cesário Lange, por meio de quem homenageamos todos os irmãos vereadores e prefeitos, que com seu trabalho contribuem para o desenvolvimento de suas cidades.

 

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            - É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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            O SR. BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO - Pelo irmão Wagner César, Coronel da Polícia Militar, Comandante do policiamento metropolitano, homenageamos todos os irmãos policiais, militares ou civis, que trabalham para a manutenção da ordem pública e da nossa segurança.

 

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            - É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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            O SR. BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO - Pelo ínclito irmão Iassim Issa Ahmed, Juiz de Direito da Vara da Infância e da Juventude de Santo Amaro, homenageamos todos os irmãos magistrados e serventuários do Poder Judiciário, que trabalham para levar a justiça aos que dela necessitam.

 

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            - É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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            O SR. BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO - Pelos respeitáveis irmãos José Augusto Viana Neto, Presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis; Arlindo Liberatti; José Tadeu da Silva, Presidente do Conselho Regional de Engenheiros e Arquitetos; Luiz Flávio Borges D’Urso, neste ato representado pelo irmão José Maria, Tesoureiro da Ordem dos Advogados de São Paulo; José Serafim Abrantes e Osires Monteiro Blanco, dirigentes de conselhos profissionais, homenageamos todos os irmãos que militam nessas instituições.

 

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            - É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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            O SR. BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO - Pelos irmãos Denis Perez Martins, Washington Aparecido dos Santos, também conhecido como “Dieguito Maradona” e meu querido irmão, justamente homenageado, paradigma da Maçonaria de São Paulo, Francisco Calasans Lacerda, homenageamos todos os irmãos dirigentes de entidades sindicais e associações classistas.

 

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            - É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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            O SR. BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO - Por meio dos irmãos Armando Scarpino; Pascoal Martinez Munhoz; Fábio de Barros Toledo; Adair Peres de Carvalho; Paulo Edvard Borges Franco; Vitorino Augusto do Nascimento Morgad; Reinaldo Aparecido Rozzatti; e, em especial, Joaquim Valentim Sola, Presidente da Casa do Maçom; e Sérgio Rodrigues Júnior, homenageamos todos os dirigentes e obreiros de instituições de benemerência, filantropia e entidades sociais.

 

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            - É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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            O SR. BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO - Eu pediria para que todos os presentes, os maçons, ficassem de pé. Vamos agora entregar o diploma para este irmão lutador da Maçonaria de São Paulo, que dignifica o exercício da nossa instituição nessa representação junto a esta Casa de Leis, assim como o Deputado Olímpio Gomes e o meu querido Deputado Antonio Salim Curiati, que abriu a Rádio Paulista para a Maçonaria. Fico muito feliz, mas o irmão Aldo merece uma consideração maior. Este é o 16º evento realizado nesta Casa de Leis, sob o comando competente do nosso irmão. Sentimos que ele faz isso com carinho, amor e esperança na Maçonaria. Aldo, você é o nosso exemplo. (Palmas.)

 

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-         É feita a entrega do diploma.

 

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            O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Poderosos irmãos, Benedito Marcos Ballouk Filho, Eminente Grão Mestre do Grande Oriente do Estado de São Paulo; Francisco Gomes da Silva, Sereníssimo Grão Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo; poderoso irmão Jurandir Alves de Vasconcelos, Sereníssimo Grão Mestre do Grande Oriente Paulista; meu querido amigo irmão, Dr. Paulo Tuma Delbin que, neste ato, representa o Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo; Conselheiro Fulvio; Julião Biasi, nosso querido irmão. Gostaria de cumprimentar a Ordem Demolay na pessoa do Sr. João Gabriel, a todos os componentes Demolays que compareceram nesta noite. Permitam-me, todos os irmãos e todas as lojas que aqui vieram, abrilhantar esta sessão, cumprimentá-los e agradecer a presença de todos na pessoa dos queridos irmãos do Oriente de Rio Claro, das Lojas Estrela do Rio Claro, verdadeira luz do Grande Oriente do Brasil; Loja Fraternidade e Justiça 110, grandes lojas; nossos irmãos que vieram do longínquo Oriente de Nhandeara; e a Loja de São João Batista, que pertence ao Grande Oriente Paulista.

“Minhas senhoras, meus senhores, meus irmãos, cunhadas e sobrinhos, esta noite é um momento muito importante na minha vida, importante porque pela décima quinta vez, nesses quatro mandatos consecutivos outorgados pelo povo de São Paulo, tenho o privilégio de requerer e promover a sessão solene em homenagem ao “Dia do Maçom”.

Nesse período, este é o décimo quinto pronunciamento que faço e tive a honra de ouvir outros tantos discursos proferidos por diversos oradores, ouvimos irmãos, deputados, grão-mestres. Presenciamos o anúncio da nossa indignação contra a corrupção. Assistimos à apresentação dos nossos queridos jovens da Ordem Demolay.

Em quinze sessões, tivemos tempo para dizer e ouvir muito sobre história, filosofia, moral, política, vivência e convivência, alegria e indignação. Porém, depois disso tudo me pergunto: o que faltou?

Como livre pensador, permita-me pensar em voz alta, pensar com vocês, meus irmãos. O teor e a entonação dada a cada discurso nessa tribuna mostrou-nos que temos conhecimento da história da nossa sublime ordem e dos feitos de nossos antecessores, da importância que muitos maçons tiveram em momentos cruciais da história do Brasil e da humanidade, da contribuição que deram no desenvolvimento dos ideais de justiça e liberdade. Mostrou-nos, também, que temos, ainda, a capacidade para elaborar cenários e diagnósticos sobre as diversas situações, apontando os desequilíbrios sociais e suas causas.

Entretanto, apesar de apontarmos inúmeras distorções e até detectarmos as causas disso, ainda não conseguimos, na prática, partir para a solução. E, no nosso íntimo, sabemos o que precisamos fazer e o que queremos fazer! Mas se sabemos o que fazer e o que queremos fazer, por que não fazemos?

Meus irmãos, a resposta é difícil e vou ousar discorrer sobre o tema. Para tanto, vou contar uma história.

Antigamente, e muitos vivenciaram isso, quando os garotos queriam ir ao cinema assistir aos filmes de aventura, que normalmente eram classificados para a idade superior às suas, e como não podiam entrar, muitas vezes se valiam da carteira de estudante do irmão mais velho. Às vezes conseguiam passar, outras não. O certo é que, mesmo quando conseguiam, eles estavam assumindo a identidade que não era a deles, logo, se fossem questionados ou pedido algo inerente ao verdadeiro dono da identidade, provavelmente, não conseguiriam cumprir. Aquela identidade não lhes pertencia.

Bem mal comparando, será que nós não conseguimos agir porque estamos partindo de premissas equivocadas?

Nossos antecessores, até a primeira metade do século passado, foram revolucionários, levantaram multidões e se valiam muito do poder que detinham. Tivemos grandes líderes populares e movimentamos o povo fazendo com que marchasse rumo à conquista dos ideais de liberdade, legalidade e justiça. Muitos foram herois.

Hoje, quando encerramos a primeira década do Século XXI, é possível que ainda estejamos querendo usar a mesma identidade dos nossos irmãos do passado, a de revolucionários heroicos. Porém, acredito que no mundo atual, principalmente em nosso país, não mais existe lugar para o heroi revolucionário.  O mundo mudou, o Brasil mudou e nós também mudamos.

Quanto ao ambiente, posso dizer que, se não temos uma democracia perfeita em nosso país, aqui, bem ou mal, vigora o estado de direito.

Vivemos num país onde existe a liberdade e a legalidade e a tão propalada justiça social, talvez seja o grande objetivo a ser atingido.

Quanto a nós, é possível que, mesmo com toda nossa capacidade de análise, de lógica e raciocínio, não tenhamos a sensibilidade para perceber que, da mesma forma que o mundo, nós também mudamos. Se fizermos uma autoanálise mais detalhada, creio que iremos perceber que não temos mais o perfil revolucionário e sim evolucionário. Isto porque não estamos mais lutando contra a tirania política para termos liberdade, mas contra as desigualdades sociais para termos justiça. E só conseguiremos combater essas desigualdades com a evolução do indivíduo, desenvolvendo sua consciência cidadã.

Se não temos mais o perfil de vivermos o mito maçônico das articulações políticas ou ações conspiratórias, temos que reconhecer que não deixamos de articular. A articulação que nós, maçons, fazemos hoje é diferente. Fazemos a articulação social, voltada, como já disse, à evolução da sociedade por meio do espírito humano, ligado à caridade e fraternidade. Prova disso é a presença desses que aqui foram homenageados e que são uma pequena parte dos muitos que participam e dirigem as tantas instituições sociais em nosso País.

A maioria das santas casas, entidades de benemerência e clubes de serviço, nas cidades paulistas, é dirigida por grupos de maçons. Como podemos verificar pelos irmãos que aqui estão, inúmeras entidades de classe também o são. Aqui, na Assembleia Legislativa, também temos um significativo número de parlamentares maçons. Todavia, por falta de conhecermos e reconhecermos essa nova identidade, não estamos conseguindo otimizar os esforços dos irmãos na busca dos nossos objetivos. Desta forma, mais uma vez, vou me atrever a externar algumas conclusões tiradas do que vi e aprendi nos meus 41 anos na Ordem e nos quinze que me dedico a promover a sessão solene em homenagem ao Dia do Maçom.

Primeiro: compilando tudo o que foi dito nos quinze anos passados, acredito que temos que repensar o perfil do maçom de hoje e adequar os objetivos a serem alcançados, traçando um plano de ação pensando em uma atuação conjunta de todos, de tal forma a se conseguir a tão necessária sinergia. É usar a união como alavanca para potencializar nossas forças.

Isto, há dois anos, neste mesmo plenário, foi dado o primeiro passo, que é o movimento “Maçonaria unida por São Paulo”, onde as três potências regulares do nosso estado tomaram a iniciativa de procurar a convergência e a sintonia para agregar as forças. Em física, como na vida, podemos assegurar que a resultante de forças incidindo sobre um determinado ponto, se bem aplicadas, pode ser maior que o somatório dessas forças. Assim, as três potências atuando juntas, de forma coordenada, podem conseguir resultados muito superiores do que o somatório dos resultados da atuação singular das mesmas. Essa consciência coletiva dos maçons me faz ter esperança de um profícuo resultado e a motivação para continuar fazendo meu trabalho como um humilde obreiro do grande arquiteto do universo.

Segundo: no campo social, já constatamos que estamos atuando de forma bastante ostensiva, sendo que nos falta a sincronia para trabalhar coordenadamente, mostrando o caminho da solidariedade e da fraternidade ao todo da população e que, enquanto maçons, poderemos conquistar cada vez mais o respeito da sociedade, dirimindo, dessa forma, uma série de mitos e preconceitos que recaem sobre a Maçonaria. Assim, na minha atividade como parlamentar, instituí uma assessoria específica para atender aos nossos irmãos em suas necessidades, procurando, sempre que possível, dar-lhes o suporte para que continuem na sua jornada de caridade, benemerência e desenvolvimento social. Também, tenho procurado destinar recursos para as várias entidades sociais dirigidas por maçons. É o que eu faço e conclamo aos deputados maçons desta Casa Legislativa para cerrarmos fileiras e juntos direcionarmos mais verbas para as obras sociais dos nossos irmãos. O pouco de cada um será, com certeza, muito para aqueles que necessitam.

Nessa linha, como exemplos, aqui temos presente o presidente das Casas André Luiz, que luta, com muita dificuldade, para atender a mais de 1.400 pessoas com graves deficiências físicas e mentais. Também temos o presidente do Banco de Olhos de Sorocaba que, pelo trabalho e seriedade, tornou-se modelo e referência nacional no tratamento de moléstias da visão, sendo um renomado centro de transplantes.

Assim como eles foram, deveríamos homenagear tantos outros irmãos, que prestam relevantes serviços para a comunidade. E tenho a convicção que a melhor maneira de homenageá-los não é outorgando-lhes honrarias, mas juntando-se a eles dando nossa cota de contribuição em suas obras. É o que faço e sempre farei.

O trabalho social puro, sem interesses mesquinhos, traz dignidade para aquele que é atendido e respeitabilidade para aquele que o faz.

A nossa participação tem trazido, e com o aumento do volume trará ainda mais, respeitabilidade e credibilidade e, com isso, teremos voz mais potente e influência para participar do processo decisório em nossa sociedade.

Terceiro e último: temos que pensar no futuro da nossa Ordem e cuidarmos para formar os novos maçons com qualidade e critério. Aí, além de trabalharmos para melhorar o conteúdo doutrinário e filosófico ministrado aos nossos membros, temos que pensar na formação do futuro maçom, formando os indivíduos desde a sua juventude. Nessa direção, acredito que, dentre as entidades paramaçônicas, temos que dar especial atenção aos jovens rapazes da Ordem Demolay. Como todos pudemos apreciar nesta noite, o conteúdo moral, os elevados valores ensinados ao maçom, já foram absorvidos nos rapazes e eles, além dos valores assimilados, também trazem três palavras à tona: disciplina, respeito e amor.

Penso que temos que refletir sobre elas para não esquecer seu significado. Perto do número de lojas e de maçons que temos no nosso Estado, o número de jovens Demolays é insignificante. Por esta razão, gostaria de incentivar todos os irmãos e lojas a formarem ou patrocinarem os Capítulos dessa Ordem. Se cada grupo de lojas que se reúne em um templo, independente da potência maçônica a que pertença, adotar um Capítulo Demolay, com certeza, em breve, estaremos dando oportunidade a milhares de jovens a se desenvolverem na senda do bem, formados para adotarem os mais elevados valores morais, tornando-se homens livres e de bons costumes.

Pesquisando junto aos irmãos que abnegadamente se dedicam a dar suporte a esses jovens, fui informado de que com R$ 500,00 mensais é possível manter o básico para que eles desempenhem suas atividades. Assim, para começarmos, e não querendo abusar, gostaria de pedir aos grão-mestres aqui presentes que, através dos órgãos de apoio às atividades paramaçônicas, patrocinassem o encontro que os cavaleiros da Ordem Demolay estará realizando no próximo mês, em Tatuí. Tenho certeza de que o resultado disso será muito proveitoso para todos.”

            Neste momento gostaria de, com muita tristeza, registrar aqui que o Decano da Maçonaria Rio-Clarense, nosso irmão Luiz Ângelo Cerri, que trabalhou muito para encaminhar muitos jovens para dentro da Ordem, inclusive eu, teve ontem suas duas pernas amputadas por orientação médica.

            “Peço desculpas aos irmãos que esperavam um discurso erudito enaltecendo a Maçonaria ou falando sobre sua história ou sobre os feitos pretéritos dos seus próceres. Também àqueles que queriam um discurso inflamado cobrando uma ação mais contundente e aos outros que gostariam de uma oratória mais filosófica. Não consegui fazer isso, porque depois de quatorze, quinze vezes discursando aqui, sempre buscando a razão como guia, hoje tomei a liberdade de falar-lhes com o coração.

O coração que, embora reconheça as linhas básicas de um pronunciamento público, me leva a expressar meu sentimento. O coração que, apesar de reconhecer uma lógica na, me faz tomar outra para mostrar minha alma. O coração que, mesmo querendo agradar aos diletos irmãos, me obriga a ser sincero e verdadeiro.

De tudo o que vi, ouvi e senti desde a minha iniciação nos augustos ministérios da Maçonaria até hoje, descobri o enorme potencial que temos para fazer a diferença. Sei que temos muito para contribuir para a construção de um mundo melhor. Que temos a força e recursos para tal. O que nos falta? Coordenação, decisão e ação. Com isso, somos invencíveis. Mudamos o mundo.

Amo a Maçonaria. Tenho dois filhos já iniciados e reconheço nela o repositório de todos os valores morais, que acredito que se fossem absorvidos por nossa sociedade, o mundo seria muito melhor, talvez ainda injusto, talvez ainda imperfeito, mas muito melhor para todos, mais fraterno, mais harmônico, mais feliz.

Assim, meus queridos irmãos, só me resta dizer: vamos à luta!(Palmas.)”  

Para finalizar, gostaria de dizer que não está aqui presente também o nosso Conselheiro do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, nosso irmão Eurípedes Sales.

            Faço, neste momento, uma homenagem aos três poderosos irmãos Grão-Mestres, dando-lhes um diploma, não da minha pessoa, mas, sim, do Poder Legislativo Paulista e que representa a homenagem às três grandes potências da nossa Ordem.

            “Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. 

            A Mesa Diretora desta Casa de Leis, na data em que se comemora o Dia do Maçom, confere o presente certificado de reconhecimento ao ilustre Sr. Benedito Marques Ballouk Filho, Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo, pelos relevantes serviços prestados em prol da sociedade paulista como dirigente máximo dessa nobre instituição, que por meio de seus membros contribui para o bom desempenho de muitas entidades em benemerência e assistência social em nosso Estado.

            São Paulo, 20 de agosto de 2010.”

Assinado pela Mesa da Casa. (Palmas.)

 

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- É feita a homenagem.

 

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A Assembleia Legislativa de São Paulo confere ao Jurandir Alves de Vasconcelos, Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista, esse diploma de reconhecimento também pelos relevantes serviços prestados pela sua Potência. (Palmas.)

 

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- É feita a homenagem.

 

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A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo também confere ao eminente e poderoso irmão Francisco Gomes da Silva, Grão-Mestre da minha Potência, da Grande Loja, esse diploma de reconhecimento pelos grandes serviços, principalmente, na área social pela nossa Potência. (Palmas.)

           

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- É feita a homenagem.

 

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A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo também lembra e faz, aqui, como reconhecimento, ao Grão-Mestre José Maria Dias Neto, do Grande Oriente Paulista, também pelos relevantes serviços prestados ao povo paulista. (Palmas.)

Esgotado o objeto da presente sessão, antes de encerrá-la, esta Presidência agradece às autoridades, aos funcionários desta Casa e àqueles que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta solenidade e convida a todos para um coquetel no Hall Monumental.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 22 horas e 28 minutos.

 

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