040ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AOS “100 ANOS DA ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL CARLOS DE
CAMPOS”
RESUMO
001 - SIMÃO PEDRO
Assume a Presidência e abre a
sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que o Presidente Barros Munhoz
convocara a presente sessão solene, a requerimento do Deputado Simão Pedro, na
direção dos trabalhos, para "Homenagear os 100 anos da Escola Técnica
Estadual Carlos de Campos". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino
Nacional Brasileiro".
002 - MARIA LÚCIA MENDES
CARVALHO
Professora responsável por projetos
no Centro Paula Souza, demonstra-se honrada em participar da homenagem. Informa
que, na Escola Técnica Carlos de Campos, surgiu o primeiro curso no campo da
alimentação e nutrição. Lembra que o Deputado Simão Pedro atua na área de
segurança alimentar. Menciona demais cursos que compõe a grade da instituição
de ensino. Lembra de prêmios dedicados a demais membros do corpo docente, nesta
Casa. Destaca o espírito de união do magistério diante das dificuldades.
Anuncia os novos cursos técnicos nas áreas de cozinha e turismo. Pede
investimentos públicos na Educação.
003 - Presidente SIMÃO PEDRO
Lembra que a Senhora Maria Lúcia
Mendes Carvalho deverá estar presente, como delegada, na Conferência Estadual e
Nacional de Segurança Alimentar. Convida o Senhor Nilton César Alves, diretor
da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos para entregar placas em homenagem
aos Senhores Anézea Pinto Cardoso, professora; Marcelo Gazzo, Diretor da Escola
Técnica Estadual Getúlio Vargas; Humberto Corrêa, professor e Edna Guido,
professora.
004 - ANÉZEA PINTO
CARDOSO
Professora, informa que possui
instituição de ensino própria e que, como ex-aluna do Carlos de Campos, leva
ensinamentos apreendidos na escola técnica para sua vida profissional.
005 - MARCELO GAZZO
Diretor da Escola Técnica Estadual
Getúlio Vargas, demonstra seu prazer em estar presente nesta cerimônia. Destaca
a tradição e a qualidade das escolas técnicas Carlos de Campos e Getúlio
Vargas. Demonstra-se satisfeito pela inserção dos alunos no mercado de
trabalho. Agradece aos presentes.
006 - HUMBERTO CORRÊA
Professor, informa que exerce o
magistério há 31 anos na Escola Técnica Estadual Carlos de Campos. Demonstra
satisfação em trabalhar na instituição de ensino. Lembra as dificuldades de
lecionar no ensino público. Agradece a todos.
007 - EDNA GUIDO
Professora, agradece aos colegas
presentes e aos alunos da Escola Carlos de Campos. Enaltece o magistério.
008 - Presidente SIMÃO PEDRO
Parabeniza os homenageados e
anuncia a apresentação de vídeo institucional da Escola Técnica Estadual Carlos
de Campos.
009 - NILTON CÉZAR ALVES
Diretor da Escola Técnica Estadual
Carlos de Campos, defende a participação política dos estudantes neste
Legislativo. Agradece a presença dos educadores nesta homenagem. Informa a
realização de semana cultural que abre as festividades do centenário da Escola
Técnica Estadual Carlos de Campos. Anuncia demais atividades em comemoração à
data. Destaca o curso técnico de turismo receptivo oferecido pela escola.
Demonstra a importância do setor administrativo no funcionamento da instituição
de ensino. Apresenta e saúda os coordenadores e professores dos cursos
oferecidos. Cita o lema da escola, referente ao trabalho honrado. Demonstra o
papel da tradição em conjunto com modernidade a fim de aprimorar o grupo
escolar. Faz breve histórico da criação da Escola Técnica Estadual Carlos de
Campos.
010 - Presidente SIMÃO PEDRO
Entrega livro acerca do Legislativo
Paulista para o Senhor Nilton César Alves. Tece comentários sobre a educação
pública. Cita a realização de greves em escolas públicas no ano anterior.
Menciona o trabalho realizado pela Comissão de Educação desta Casa. Enaltece a
Escola Técnica Estadual Carlos de Campos como patrimônio histórico da cidade de
São Paulo. Destaca a participação política de seus estudantes. Parabeniza a
instituição de ensino pelas boas notas obtidas no Enem. Faz breve histórico da
fundação da escola. Lembra a relevância da formação profissional voltada ao
mercado de trabalho. Homenageia a Escola Carlos de Campos em nome de todas as
escolas públicas estaduais. Lamenta a falta de prestígio dos servidores
públicos com objetivo ideológico. Informa que esta sessão solene será
transmitida na TV Assembleia em momento oportuno. Faz agradecimentos gerais.
Encerra a sessão.
* * *
- Assume a
Presidência e abre a sessão o Sr. Simão Pedro.
* * *
O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Havendo número legal, declaro
aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Com base nos termos
da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de
bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.
* * *
- É dada como lida a Ata da sessão
anterior.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Bom dia para todos. Sou Simão
Pedro, deputado desta Casa, Presidente da Comissão de Educação e Cultura. Fui
autor do requerimento para realizarmos esta sessão solene. Quero dar as boas
vindas a todos os alunos, professores e amigos da Escola Técnica Estadual
Carlos de Campos. É uma honra muito grande fazer esta sessão.
Senhoras Deputadas,
Senhores Deputados, minhas senhoras e meus senhores.,
esta sessão solene foi convocada pelo Presidente desta Casa, Deputado Barros
Munhoz, atendendo a solicitação deste Deputado, com a finalidade de homenagear
os 100 Anos da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos, conhecida
carinhosamente pelo apelido de Caca.
Convido a todos os
presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, pela Banda
Regimental Musical da Policia Militar, sob a regência do maestro 3º Sargento PM
Cristiano Vaz Coelho. E já faço meus agradecimentos pela presença e animação da
nossa sessão solene.
* * *
- É executado o Hino
Nacional Brasileiro.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Como vocês já perceberam, já
estão compondo a Mesa aqui comigo, a professora Maria Lúcia Mendes de Carvalho,
que é responsável pelos projetos do Centro Paula Souza. (Palmas.)
E também o professor
Nilton Cezar Alves, que é diretor da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos.
(Palmas.)
Quero também anunciar
a presença do professor Marcelo Gazzo, diretor da Escola Técnica Getúlio Vargas,
do Ipiranga, que também comemorou, no dia 28, 100 anos. Foi criada no dia que
foi criada a Escola Carlos de Campos. Obrigado, professor Marcelo Gazzo.
(Palmas.) Está aqui conosco também, o professor Ricardo Manruba Jecev, diretor
de serviços acadêmicos da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos; professora
Lucimeire Gonzaga de Oliveira, que é coordenadora pedagógica da Escola Técnica
Estadual Carlos de Campos; professor Leandro Silva, assistente técnico
administrativo da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos. Agradecer a Sra.
Maria Valéria Pereira Novaes de Paula Santos, delegada de polícia da Assistência
Policial Civil da Assembleia Legislativa, representando o delegado geral de
polícia Dr. Marcos Carneiro Lima.
Já vou dizer da nossa
grata satisfação de ter, aqui ao lado, a professora Anézea Pinto Cardoso,
professor Humberto Corrêa, e a professora Edna Guido. (Palmas.)
Eu quero, mais uma
vez, agradecer a Banda da Polícia Militar, por ter nos honrado com a presença,
animação e a brilhante execução do nosso Hino Nacional.
Eu convido então,
para iniciarmos a parte das falas, dos discursos homenageando a Escola Técnica
Estadual Carlos de Campos, a professora Maria Lúcia Mendes Carvalho, que é
professora responsável pelos projetos do Centro Paula Souza.
A
SRA. MARIA LÚCIA MENDES CARVALHO - Bom dia a todos, estou meio constrangida e vou tentar conversar
com vocês, por causa dessa grandiosidade do espaço, que nós, professores, não
estamos tão habituados.
Mas quero dizer que é
uma honra participar desta festa do Centenário da nossa escola querida, a
Escola Técnica Estadual Carlos de Campos. Dizer que agradeço muito, ao fato do Deputado
Simão Pedro, que é da área de segurança alimentar também, ter contribuído muito
conosco para ampliar esse campo. E na relação com a nossa escola, foi que
surgiu o primeiro curso de alimentação, que gerou o curso de nutrição.
E também ao fato de
trabalhar com os projetos na área de memória e história da educação, também faz
com que eu fique mais emocionada de participar desta festa. Embora eu estude
alimentação e nutrição, hoje nós temos outros professores, inclusive da Carlos
de Campos, como a Carolina Marieli, estudando
disciplinas e cursos derivados da área de desenho. Porque nós tivemos na Carlos
de Campos logo de início, em 1911, dois professores do curso de desenho fazendo
parte do corpo docente e essa trajetória nós seguimos até hoje com os nossos
cursos de design.
Com relação a isso,
temos uma trajetória muito bonita, inclusive de participação nesta Casa. Em
1963, o professor Pompeu do Amaral foi homenageado pelo Deputado Rafael Dias
Novaes, aqui na Assembleia Legislativa, por ter ganhado o Prêmio Nacional da
Academia de Medicina, com o livro “Problema da Alimentação. Aspectos Médicos,
Higiênicos e Sociais”. Acho que a nossa escola tem sempre primado para atuar em
atividades sociais. Eu vejo isso, participei da nossa comemoração na
segunda-feira, conversei com alguns professores e vi que o espírito e corpo na
nossa instituição sempre permanecem.
Independente dos
problemas que vivemos a cada momento, até porque a nossa classe, os
professores, nunca temos o que precisamos para sermos os facilitadores que
queremos ser, principalmente nessa fase de avanço tecnológico.
Outra época que nós
estivemos aqui na Assembleia, com os alunos do Caca,
foi em 2001, participando de um evento do Procon; e
mostrando os projetos que eram desenvolvidos na Carlos de Campos, tanto na área
de alimentos, quanto na área de reciclagem de lixo, que era um projeto bem
intenso naquela época.
Em 2002, estivemos
aqui também com os professores da nutrição, porque a professora Neide Galdense de Sá, continuadora do trabalho do professor
Pompeu do Amaral, foi homenageada pelo Conselho Regional de Nutrição da
Terceira Região, recebendo o Prêmio Destaque Profissional do Ano Neide Galdense
de Sá. A partir daquele ano, todo técnico em nutrição que se destaca, recebe um
prêmio com o nome dela.
Estou contando alguns
dos casos, têm muitos outros. De professores nossos, eu nem vou citar nomes,
porque nós vamos acompanhando. Sei de prêmios na área de design, que nós
acompanhamos ao longo do tempo. Cometeria algum erro se começasse a citar nomes
dos nossos professores, e poderia deixar alguém de fora.
Mas o que eu quero
colocar, é que a Carlos de Campos está sempre trabalhando, produzindo,
desenvolvendo projetos. E hoje, nós temos duas áreas novas, técnico em cozinha,
e peço apoio para o Deputado Simão Pedro abrir espaço, lutar por políticas
públicas, para que coloquemos esses profissionais para trabalhar com
alimentação escolar. Inclusive, aproveitando para implementar a Lei 11947, que
tem por objetivo oferecer alimentação escolar ao ensino médio e provavelmente ao
ensino técnico também. Temos também o curso de turismo. Acho que são cursos
novos e são a nossa esperança, até porque, nós podemos
ter muitas dificuldades. Mas aquele prédio foi tombado pelo Condephat,
em 2002, e pelo menos o espaço, nós temos garantido. O que nós precisamos, é
continuar nesta luta para manter o espírito que ficou, porque o que mantém a
imagem da Paula Souza somos nós, professores. Somos nós, com os nossos alunos,
e muitos que estão aqui hoje, espero que sejam
professores, e daqui uns 30 anos, estejam aqui para acompanhar nas próximas
comemorações. Muito obrigado. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Obrigado, professora Maria Lúcia
Mendes Carvalho pelas palavras. Só para lembrar que, a professora Maria Lúcia,
que esteve conosco na Conferência Estadual de Segurança Alimentar, vai
participar como delegada na Conferência Nacional nesse tempo. Garantimos a
qualidade da alimentação do nosso povo, implementamos políticas para combater a
fome, e também políticas para combater doenças derivadas da má alimentação ou
de deficiência na educação alimentar. Então, obrigada professora, e obrigada
pelos livros que a senhora me presenteou aqui, do trabalho da Paula Souza, que
nos reconhecemos pela qualidade e pelo trabalho.
Neste momento, a
Escola Técnica Estadual Carlos de Campos prestará homenagem aos professores
Humberto Corrêa, Anézea Pinto Cardoso, e Edna Guido. São professores que tem
uma história, uma relação muito bonita com a Escola Técnica Estadual Carlos de
Campos. Então, convido o professor Nilton Cézar Alves,
que fique à vontade, que use a tribuna, use os microfones para esta homenagem
justa para os nossos queridos professores Anézea, Humberto e Edna.
O
SR. NILTON CÉZAR ALVES - Bom
dia a todos, com imenso prazer que estou aqui representando a Carlos de Campos,
e também representando muitos de vocês. Como ex aluno, como professor que sou, como coordenador que já fui, enfim, vários cargos e
questões administrativas, estou muito feliz e orgulhoso por estar aqui.
Não vou fazer uso da
fala agora, porque vamos às homenagens e logo mais falarei um pouco mais.
Quero citar a
presença da professora Anézea Pinto Cardoso, mas ela está aqui para ser
homenageada por ser nossa ex-aluna, e por ter a sua instituição de educação e é
de suma importância que ela esteja aqui conosco para dizer da vitalidade, para
falar o quanto a escola foi e continua sendo muito importante na vida de todos
nós. Nesse momento, chamo a professora Anézea, gostaria que ela viesse até aqui,
receber a homenagem. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega
da homenagem.
* * *
A
SRA. ANÉZEA PINTO CARDOSO - Boa
tarde a todos, eu agradeço. Estou muito emocionada, porque eu me formei em 44,
e há 30 anos, tenho um colégio e eu agradeço a este colégio, a formação
acadêmica que eu tive aqui. Com essa formação, que hoje, estou agradecendo
O
SR. NILTON CÉZAR ALVES -
Eu convido, também, para homenagem o professor Marcelo Gazzo, diretor da Etec
Getúlio Vargas, por favor. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega
da homenagem.
* * *
O
SR. MARCELO GAZZO -
Bom dia a todos. É um prazer estar participando da homenagem do Carlos de
Campos, prestigiando uma escola técnica com 100 anos, assim como a Getúlio
Vargas que foram criadas no mesmo decreto. Duas escolas com tradição e
qualidade que faz bem não só aos professores e alunos, mas também para toda
comunidade, pois podemos colocar, no mercado de trabalho, muitas pessoas
fazendo do sonho delas uma realidade. Então, é um prazer imenso representar a
minha Escola Técnica Getúlio Vargas e homenagear também a Carlos de Campos,
nessa data tão importante, que é o nosso Centenário. Agradeço a todos. Muito
obrigado. (Palmas.)
O
SR. NILTON CÉZAR ALVES
- Agora, homenagearemos, aqui, o professor Humberto Corrêa. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega
da homenagem.
* * *
O
SR. HUMBERTO CORRÊA -
Tenho 31 anos de casa, e acho que obtive do colégio, desse alunado maravilhoso
que eu sempre tive, só prazer. O que eu posso falar, de um alunado que sempre
me apóia, sempre me cumprimenta, que diz que gosta de
mim. O que eu posso fazer.
E meus colegas
também, eu sempre tive prazer em trabalhar nesse colégio, apesar de hoje ter
algumas dificuldades. Por exemplo, hoje, enfrentamos camelôs, essas coisas. Mas
isso é o de menos, o importante que temos ali um paraíso, uma coisa que dentro
do Brás parece ser isolado; chegando ali, os sorrisos se abrem, é uma coisa
diferente, quem sabe é quem enfrenta São Paulo. Com trânsito e tudo, chegar lá
é outra história.
Então, eu agradeço a
todos, agradeço aos meus colegas, e agradeço aos alunos, por terem aturado
todos esses anos. Muito obrigado. (Palmas.)
O
SR. NILTON CÉZAR ALVES -
Agora, eu chamo a digníssima professora Edna Guido para ser homenageada.
(Palmas.)
* * *
- É feita entrega da
homenagem.
* * *
A
SRA. EDNA GUIDO -
Bom dia a todos. Desejo, aqui, expressar o meu agradecimento. Primeiro, a todos
os colegas presentes, a todos que compõe o plenário, e principalmente, os meus
alunos, há vários ex-alunos aqui, os presentes. É com muita gratidão e orgulho,
que eu trilhei esses 32 anos, essa linha com a participação desses alunos, com
essa força. Senão, não estaria aqui há tanto tempo. E agradecer também aos
amigos, que me ajudaram em todos os momentos.
E fazer assim, uma
colocação importante a todos os professores presentes aqui. Nasce o professor,
como nasce o poeta. Ser professor é ter a capacidade de ser humano, e eu acho
que assim, a gente consegue trilhar tanto tempo e continuar. Obrigada.
(Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Quero também, dizer que esta
Assembleia Legislativa se soma às homenagens desses brilhantes professores, que
são exemplos de profissionais. Tenho certeza que não foi à toa, que foram
escolhidos para receberem a homenagem da escola e desta Assembleia também.
Então, mais uma vez, parabéns e obrigado pela presença. E parabéns à história
de vocês, à vida de vocês. Obrigado.
Dentro da nossa
sessão, vamos, agora, assistir a um vídeo institucional, sobre os 100 Anos da
Escola Técnica Estadual Carlos de Campos.
* * *
- É feita a
apresentação do vídeo.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Esse vídeo, como bem lembrado
pelo professor Nilton, foi feito pelos próprios alunos da escola. Quem quiser
assistir depois, está disponível no Youtube, onde eu
vi a primeira vez.
Com vocês agora,
então, as palavras do professor Nilton Cézar Alves, diretor da Escola Técnica
Estadual Carlos de Campos.
O
SR. NILTON CÉZAR ALVES -
Bom dia novamente. Agradeço, desde já, a presença de todos neste espaço, como
paulistas que somos, precisamos falar que é a nossa Casa. Então, a Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo neste momento, agrega-nos como cidadãos,
munícipes e também como agentes políticos. É muito importante entendermos que
este espaço precisa ser ocupado, para que melhor juntos, congregados, possamos
direcionar políticas.
Nós, hoje, temos como
um dos nossos representantes aqui, o Deputado Simão Pedro, que está para melhorar
as ações, que possam ser agregadas ao encontro do desejo de uma população, dos
anseios e necessidades para o crescimento, não só de São Paulo, mas da nação
como um todo. Acho que é muito importante sabermos o porquê estarmos aqui. Este
é o meu primeiro recado.
Agradeço a presença
dos ilustres colegas, diretor da Etec Vila Formosa, professor Marcelo Brotio,
gostaria de uma salva de palmas pra ele. (Palmas.) E por sinal, ele é sinal da
Carlos de Campos, isso é muito importante. Quero também, anunciar a presença da
professora Marcela Oduca, diretora do Parque da
Juventude. Por favor, uma salva de palmas. (Palmas.) Acredito que os nossos
colegas diretores presentes, já anunciamos também o professor da Getúlio Vargas,
que já fez uso da fala.
Aos que me conhecem
um pouco, sabem que eu fico muito à vontade para falar pessoalmente da Carlos
de Campos, do nosso Caca; falar, expressar as ideias, as concepções e tudo mais. Mas estou aqui para
fazer os agradecimentos dos presentes, e para abrirmos, o que é muito
importante saber, essa Semana Cultural que tivemos,
que se encerra hoje com as nossas atividades, elas abrem as festividades do
Centenário. Teremos outras atividades, que estão programadas ainda para este ano.
Porque ao final do Ano Centenário, com certeza serão livros, publicações,
sites, páginas para poder contar a nossa dinâmica, a nossa atividade, a nossa
forma de ver e de viver o Caca. Acho que isso é muito
importante. Então as pessoas falam, mas nós estamos iniciando as atividades.
Muitos dos que aqui estão, participarão, outros sairão e já como ex-alunos,
terão outra oportunidade de participar. Isso é outro destaque.
Gostaria também, de
agradecer a presença dentro do corpo administrativo, professora Eliane Leite Maltese, que está ali. Por favor, uma salva de palmas.
(Palmas.) Eliane, além diretora acadêmica, ela é coordenadora da extensão e do
Dom João Maria Ogno; onde nós executamos o curso de
turismo receptivo, que nós estamos tendo uma ótima performance e, independente
das questões de moda ou de políticas em relação à Copa ou mesmo às Olimpíadas,
nós já tínhamos previsto, já tivemos uma visão dessa necessidade da cidade de
São Paulo, do Estado de São Paulo, em tocar no turismo receptivo, pensar no receber
bem. Então, estamos com uma ótima performance. Isso é muito importante. A
professora Maria Lúcia Mendes fez um destaque com a questão do turismo
receptivo.
Gostaria de anunciar
também, o professor, o Sr. Ricardo Manruba Jecev, diretor de serviços. Por favor, uma salva de palmas.
(Palmas.) O senhor Leandro Silva, assistente administrativo. Por favor, também
aqui presente. (Palmas.) Não poderei citar um a um, senão ficaria aqui o dia
inteiro. Mas, palmas ao grupo administrativo, que é um dos grupos que toca a
escola. Normalmente ele não aparece, vamos dizer assim, mas nós temos a
secretaria, que é a parte acadêmica junto com a diretoria de serviços, nosso
trabalho de biblioteca. Então neste momento, quero que todos eles se levantem. Todos
os presentes, por favor, todos os presentes do administrativo, para que
tenhamos uma salva de palmas a eles. Muito obrigado. (Palmas.)
Aqui é um momento de
homenagens, acho que cabem esses destaques. Sempre falamos que é uma grande
escola, que cravou nomes de pessoas dentro do modo de fazer. Hoje, nós somos um
reflexo de um trabalho, onde o grupo administrativo, muito caladamente, parece
passar despercebido. Às vezes, vêm os nomes, os destaques dos professores, vêm
os nomes e destaques dos diretores, coordenadores, mas sabemos que sem a
participação efetiva do grupo administrativo, a escola ela não anda. E hoje,
temos um trabalho estratégico para melhorar os serviços. E como todos os colegas diretores, sabemos que, nem sempre, temos o
quantitativo necessário para esse efetivo. O nosso papel é atender bem. Somos
servidores públicos e temos que fazer o máximo para aqueles que necessitam. O
alvo do nosso trabalho são vocês, alunos, e mesmo os ex-alunos quando precisam
de alguma atividade.
Destaque também para
os coordenadores que fazem parte da gestão da escola. Gostaria que o professor
Moacir se levantasse, professora Lígia, professora
Denise. (Palmas.)
Dos nossos
coordenadores presentes, demorei a falar da professora Ivonete,
porque ela é dose dupla, ela é coordenadora do curso de enfermagem, e também é
coordenadora do curso de orteses e próteses. Professora Ligia, coordenadora do
curso de modelagem do vestuário, professor Moacir Cambraia, coordenador do
curso de edificações, e professora Denise, do nosso ensino médio. Uma salva de
palmas a todos eles. Muito obrigado pela presença. (Palmas.)
Dando continuidade
aos agradecimentos, àqueles que com certeza fazem a coisa acontecer, que são os grandes heróis da resistência, que são os nossos
professores. A escola se fez e ela se faz, pelo trabalho árduo destes
profissionais, independente das suas condições. Eu vou parafrasear o que o
professor Humberto Corrêa disse: nós estamos naquele tumulto, ou no vulgar, ou
no popularesco, naquela muvuca do Brás, e quando entramos no
Caca, existem duas situações muito distintas: estamos atrasados, viemos
do trem, do ônibus, o camelô passou com o carrinho em cima do pé e olha que a
coisa é pesada. Mas quando adentramos ao espaço, uma leveza se assume e
transformamos aquela energia que, de certa maneira, possa ser negativa em força
e vitalidade, em maneira do querer aprender, do querer ensinar. Mas essa força
motriz está, principalmente, entre os professores que aqui temos representados
de vários cursos, então que são vários professores. Então, quero que neste
momento, os professores de enfermagem, os professores de design, os professores
do ensino médio, por favor, se levantassem. E uma salva de palmas a esse grupo,
que sabemos o quanto de valia tem. Parabéns à escola. É porque vocês estão
presentes. (Palmas.) Ficaremos a aplaudir mais 100 anos, parabéns.
A escola nasce pela
insígnia, ela nasce pelo lema “Per laborem ad honorem” e o latim muito presente
na nossa língua materna no sentido da raiz, das línguas latinas “Pela honra do
trabalho ou pelo trabalho honrado”.
E vocês sabem muito
bem o quanto trabalhamos na escola, para fazer essa honra transparecer, porque
ela é presente a todo o momento. Então aos nossos alunos aqui presentes, deixar
sempre muito claro, em nome de todo esse grupo que foi homenageado, até então
que assim é de um orgulho sem fim, poder ter vocês alunos conosco.
A enfermagem, que
está praticamente presente em massa aqui, e muito significativa, que não vou
fazer uma fala a respeito, representando a saúde, representando essa prevenção,
e principalmente dizer que é uma escola que promove saúde. É uma escola que tem
saúde. E essa energia que eu falei para vocês é muito importante. É uma das
grandes marcas, entre as várias do curso de enfermagem.
O ensino médio, presente
neste momento e que mostra outra vitalidade da escola, e que daqui a pouco nós
viveremos uma nova parte da história na educação paulista, que é o
reintegrar-se. Nós já fomos integrados e agora nós vamos integrar novamente,
colegas, assim como professora Edna, professor Humberto ou professores que há alguns
anos, já se dedicam a nossa casa ao nosso Caca, sabem
qual é o fruto de um trabalho, entre alunos de técnico e médio juntos. É um
fazer e outro aprender, onde nós continuamos aprendendo.
Alguns ex-alunos
falaram assim: mas vocês ainda estão na escola? Nós estamos ainda na escola. E
uma coisa que é muito forte, estar com vitalidade e estar com saúde, isso eu falo para muitos. Graças a Deus, graças à energia que nos
rege, nós temos saúde, nós estamos com essa vitalidade de continuar anos,
década a fio, desenvolvendo um trabalho como professores. E ninguém aposenta?
Não, porque as pessoas querem trabalhar, tem vida e tem saúde para trabalhar. E
enquanto essa força divina nos permitir, estaremos
aqui vivos e fortes. Acho que isso é importante. Com de 32 anos de efetivo
trabalho, a professora Edna Guido, está aqui representando o grande grupo das
mais antigas professoras da casa, e mostrando contemporaneidade. Porque não
adianta ser antigo, você tem que ser antigo, trazer a tradição e a cultura,
entender que existe um novo mundo, com conectividade, de tecnologias, e ter uma
relação com o aluno, de maneira que ele entenda que nós estamos nos
enriquecendo. Não estamos envelhecendo, nós estamos nos enriquecendo. E essa
troca é o mais importante pra nós.
E neste momento,
gostaria que todos os alunos e ex-alunos se levantassem, por favor. E uma
grande salva de palmas a todos, porque vocês são
motivo desse trabalho, desse desenvolvimento, que faz a escola ser o que ela é.
E convido vocês a trazerem essa vitalidade para os próximos 100 anos. (Palmas.)
Parabéns para nós todos. Obrigado.
Continuar para mim é
muito tranquilo. Eu falei para o Deputado Simão Pedro
que existem alguns deputados que vem aqui e falam bastante, desenvolvem
bastante aquilo que sabem, pensam e gostam. Estou à vontade, um pouco nervoso,
não tem como não estar, é o orgulho desses 100 anos. Acredito que boa parte dos que estão aqui presentes, tiveram oportunidade
de ver a nossa Exposição da Sala da Memória, o Centro Patrimonial, onde alguns
objetos contam o trajeto da nossa escola. O nosso livro de recortes, onde traz
um pouco dessa história.
Eu preciso olhar para
o relógio para não me estender, mas eu preciso fazer um primeiro marco, para
que nós não tenhamos erros históricos.
Nossa escola, ao
completar 100 anos, representa junto com a Getúlio Vargas,
e junto com a João Belarmino de Amparo, o princípio da educação profissional
paulista. Quando se fala em ensino técnico no Estado de São Paulo, não dá para não
falar dessas três escolas. Algumas escolas até já foram homenageadas, no
sentido de ter sido precursoras de um processo de educação e de aprendizagem,
mas não de ensino técnico. Porque senão, nós mexeríamos naquilo que foi decreto
federal, que promove, junto aos Estados, o desenvolvimento da educação
profissional, que foi o nosso caso a partir de 1911. Então são essas três
escolas que merecem, realmente, a questão de ter o título de educação
profissional paulista. Elas nascem dentro da Secretaria de Educação e Negócios
do Interior, e com isso, começa a se pensar no desenvolvimento do Estado. E
também há de se lembrar que essas escolas, principalmente
Nesta época nós
tínhamos crianças trabalhando nas fábricas e nas indústrias, doze horas por
dia. Então, os pais, muitos imigrantes, estavam
São Paulo sempre motivou
as ações para o país. Por isso a grande importância quando se olha para os
alunos de hoje. São Paulo, com muito orgulho, tem um lema, não só para o
Estado, mas tem para a cidade, “não somos conduzidos, nós conduzimos”. Então,
isso é muito importante saber. Nós promovemos o movimento neste Estado, que é
promovido em cadeia para o país, que não é pequeno. Então, em 1911, quando nascemos, nós promovemos e desencadeamos um processo para o
Estado de São Paulo.
Hoje, já
ultrapassamos a casa de 200 escolas técnicas no Estado de São Paulo. Hoje a
nossa mantenedora é a grande instituição, temos que falar desta maneira, dentro
da Secretaria do Desenvolvimento e o Centro Paula Souza como autarquia que rege
toda a questão das escolas. Mas temos que entender as escolas precursoras que
foram da Secretaria de Educação. Então a Getúlio Vargas foi da Educação, a João
Belarmino foi da Educação, nós fomos da Educação e depois fomos assumidos
dentro de uma nova política desde 1994 agregando todas as escolas técnicas num
mesmo Centro para que isso pudesse regido de uma mesma forma. Mas nós não
podemos esquecer a história, esquecer aqueles que fizeram a história. Então essas três escolas que nós temos, sempre vamos falar assim,
o centro de quem iniciou um processo de educação profissional de ensino
técnico. Então, eu precisava fazer esse crivo, dentro desta Casa, para deixar
bem claro essas três instituições.
E aí falar de Caca,
Carlos de Campos. Quem convive, quem vive o dia-a-dia
é assim, é dedicação. Nós vivemos, a nossa vida é
Caca. A gente vive, a gente respira essa escola. Algumas questões são muito
difíceis. Aqui presentes, deveriam ter outras pessoas, mas que, momentaneamente,
não estão. (Palmas.)
A nossa escola é
emoção. Aprendi técnica de teatro no Caca. Pois
existem pessoas que não estão aqui, mas por um breve momento estão fora, mas
que logo em breve estarão de volta conosco para dar continuidade. Lembrar de
algumas pessoas é muito difícil. A emoção toma, e isso é muito de nós de falar
de nós, às vezes falar da história, falar do que acontece é relatar. Mas quando
a gente começa a falar do aspecto mais emocional, isso acho
que representa um pouco como também somos passionais, e isso acho que motiva e
faz sermos o que somos, porque nós, e aí eu posso falar em nome dos alunos,
professores e coordenadores, a gente se entrega. E essa é a real forma de
sermos. Nós temos uma entrega, e essa entrega é vida porque nada vale a pena viver
pela metade. A gente precisa viver, e vem outro termo do latim “carpe dien” a
gente vive o dia como se fosse o último, e aí a intensidade de sermos o que
somos. Amanhã é muito bom, mas hoje é muito melhor, porque é onde estamos, e a
gente constrói o amanhã nesse hoje. Então acho que isso é um dos aspectos que
traz essa vitalidade, essa força, e que vai nos reger por muito mais anos.
Vou retornar a fala,
mas o grande recado é esse, acredito que todos aqueles desde
os primeiros diretores, professora Alaia Bueno, professor Horário
Augusto da Silveira e vários outros diretores, que esses dois precisam de um
grande destaque, professora Alaia por ter sido ex-aluna, e por ter assumido a
Carlos de Campos jovem e segurou uma grande barra também para estruturar aquilo
que somos. O professor Horário Augusto da Silveira, que foi diretor e instituiu
a Primeira Superintendência de Educação Profissional Paulista, e que o Caca sediou essa Superintendência por vários anos. E todo
grupo docente, grupo administrativo e alunos que passaram. Todos viveram. Essa
é a grande garantia, que não podemos deixar de ter, porque hoje aqui estamos,
mas aqueles que passaram pela escola viveram com muita intensidade que é isso o
grande legado, é a grande história, é a grande emoção que eles deixaram para
nós.
Precisamos render a
nossa homenagem àqueles que passaram pela Carlos de Campos, construíram uma
história, que é a história que nós vivemos hoje, que é ter chegado aos 100 anos
com contemporaneidade, vitalidade, força e luta constante. Quero que neste
momento todos nós aplaudíssemos, de pé, todos aqueles
que participaram do processo da Carlos de Campos. Uma salva de palmas a todos
os profissionais, ex-alunos que se dedicaram e fizeram a história que nós
vivemos hoje. (Palmas.)
Encerro aqui as
homenagens com essa salva de palmas de todos nós. Obrigado. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Muito obrigado, Sr. Nilton Cézar Alves, diretor da Escola Técnica Estadual Carlos de
Campos.
Quero deixar uma
pequena lembrança, que é a história do Legislativo Paulista, desde 1835 até
2011, todos os parlamentares que aqui passaram e este livro conta um pouco
também da história da produção legislativa, dos vários momentos do nosso
Estado.
* * *
- É feita a entrega
do livro.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Para a Assembleia fazer uma
homenagem a uma escola pública é muito importante, no momento que a educação,
principalmente aqui no Estado, que é muito questionado em relação a sua
qualidade nas escolas públicas. No ano passado enfrentamos a greve dos
professores, houve muita reclamação. Na Comissão de Educação deste ano, fizemos
debates com o novo secretário de Educação e com a professora Laura Naganaki. Na Assembleia, está funcionando uma CPI para
analisar as faculdades superiores de ensino privado, ou seja, homenagear uma
escola pública que faz 100 Anos, para nós, é uma honra muito grande. É um
momento na história do Estado de São Paulo muito importante. Uma escola que não
perdeu a sua qualidade por tudo que foi relatado aqui e pelas homenagens que já
foram feitas.
A Escola Carlos de
Campos é um patrimônio histórico da cidade de São Paulo. Já foi dito que ela é
tombada pelo Departamento do Patrimônio Histórico, a sua fachada no estilo
neoclássico. Não foi falado aqui, mas a Escola Carlos de Campos possui um dos
primeiros elevadores da cidade de São Paulo. Parece que o ano passado estava meio
quebrado, espero que tenha sido consertado. Mas é uma escola que também se
caracteriza pelos profissionais que passaram, e que tem
até hoje. Muito dos alunos que estão aqui, são conhecidos pelo seu perfil
politizado, por participações em protestos, exigindo melhoria da qualidade da
educação. No ano de 2008, os alunos fizeram uma passeata até o centro da sede
Paula Souza, reivindicando melhores condições. O Grêmio da Escola Carlos de
Campos é muito conhecido, reconhecido pela sua combatividade e sua organização.
A Escola Carlos de Campos ainda hoje, é tida entre as melhores escolas públicas
do nosso Estado, tirando boas médias no Enem.
Estava aqui,
conversando um pouco com o professor Nilton, com os nossos convidados, que ela
começou como uma escola para mulheres em 1911, quando a cidade de São Paulo
tinha 240 mil habitantes, hoje nós somos 11 milhões de habitantes. Poucos dias
antes da inauguração e da fundação da Escola Carlos de Campos e da Getúlio
Vargas; poucos dias antes o Teatro Municipal de São Paulo, que é um marco da
nossa arquitetura, das artes e da cultura, tinha sido inaugurado. Naquele ano,
foi a primeira vez que uma mulher, na cidade de São Paulo, usou uma calça
comprida, criando uma polêmica e debates na cidade. Para vocês terem uma idéia
de como era a cidade de São Paulo.
A cidade começou a
crescer. Naquela época se pensou em ter uma escola voltada para as mulheres,
para elas aprenderam noções de prendas domésticas, culinária. Hoje, felizmente,
a escola passou por muitas transformações, mudanças de nomes, objetivos; mas
hoje, ela é essa escola que cumpriu um papel fundamental na história da nossa
cidade, e na formação de tantos profissionais. E conseguindo nesse tempo todo,
manter a qualidade. Por isso esse orgulho na fala dos professores, nas falas do
seu diretor o senhor Nilton Cézar.
Então fazer essa
homenagem é mais uma obrigação da Assembleia Legislativa. Em
nome da Escola Carlos de Campos, nós estamos fazendo homenagem a toda escola
pública, a sua importância e a importância de recuperarmos e mantermos a
qualidade, para que alunos da classe trabalhadora, aqueles que não têm
condições de pagar um curso numa escola particular, possam também, ter
condições de frequentar uma boa escola, ter condições
de obter abertura o mercado de trabalho e pensar o seu futuro, pensar o seu
futuro profissional, seu futuro acadêmico.
Então em nome da
Assembleia Legislativa, digo com muito orgulho, que nós fazemos esta homenagem
à Escola Carlos de Campo, homenageando todas as escolas públicas, a sua
importância, todos os profissionais que aqui passaram. Como é bonito a gente
presenciar, participar aqui conosco profissionais como os professores que aqui
foram homenageados, são histórias como eu disse muito importantes, muito
bonitas.
Às vezes, o
funcionário público é tido na opinião pública, no senso comum, como um mau profissional, aquele que tem preguiça. Infelizmente, os
meios de comunicação, principalmente a grande mídia, desqualificam os
profissionais públicos, no sentido de exaltar sempre as qualidades dos serviços
e das empresas privadas, até com o objetivo ideológico de desqualificar, para
que se abra espaço, principalmente na educação para o setor privado dominar.
É importante e bonito
fazermos essas homenagens, ressaltando, por exemplo, o profissionalismo, a
dedicação dos profissionais públicos do nosso Estado. Então, mais uma vez,
quero somar as homenagens que a escola fez a vocês, somar a essa homenagem
merecida, primeiro Centenário da Carlos de Campos. Infelizmente, não estaremos
aqui, mas quem sabe no futuro, possamos comemorar mais 100 anos, mais 100 anos
dessa linda escola que tem uma história, uma importância para a cidade de São Paulo
muito forte. Parabéns a todos vocês e muito obrigado. (Palmas.)
Esgotado o objeto da
presente sessão, esta Presidência agradece as autoridades que aqui
compareceram, aos funcionários desta Casa. Lembrando que a TV Assembleia
registrou toda sessão solene, e a transmitirá amanhã, às 21 horas. Lembro também
que nós transmitimos essa sessão solene pela TV Web desta Casa, para quem
quiser acessar depois.
Então, obrigado à TV
Assembleia, aos profissionais do Cerimonial, aos funcionários do meu gabinete,
à direção da Etec Carlos de Campos, e a todos os que colaboraram para o êxito
desta solenidade.
Está encerrada a
sessão. (Palmas.)
* * *
- Encerra-se a sessão
às 11 horas e 36 minutos.
* * *