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30 DE SETEMBRO DE 2011

040ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AOS “100 ANOS DA ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL CARLOS DE CAMPOS”

 

Presidente: SIMÃO PEDRO

 

RESUMO

001 - SIMÃO PEDRO

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que o Presidente Barros Munhoz convocara a presente sessão solene, a requerimento do Deputado Simão Pedro, na direção dos trabalhos, para "Homenagear os 100 anos da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".

 

002 - MARIA LÚCIA MENDES CARVALHO

Professora responsável por projetos no Centro Paula Souza, demonstra-se honrada em participar da homenagem. Informa que, na Escola Técnica Carlos de Campos, surgiu o primeiro curso no campo da alimentação e nutrição. Lembra que o Deputado Simão Pedro atua na área de segurança alimentar. Menciona demais cursos que compõe a grade da instituição de ensino. Lembra de prêmios dedicados a demais membros do corpo docente, nesta Casa. Destaca o espírito de união do magistério diante das dificuldades. Anuncia os novos cursos técnicos nas áreas de cozinha e turismo. Pede investimentos públicos na Educação.

 

003 - Presidente SIMÃO PEDRO

Lembra que a Senhora Maria Lúcia Mendes Carvalho deverá estar presente, como delegada, na Conferência Estadual e Nacional de Segurança Alimentar. Convida o Senhor Nilton César Alves, diretor da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos para entregar placas em homenagem aos Senhores Anézea Pinto Cardoso, professora; Marcelo Gazzo, Diretor da Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas; Humberto Corrêa, professor e Edna Guido, professora.

 

004 - ANÉZEA PINTO CARDOSO

Professora, informa que possui instituição de ensino própria e que, como ex-aluna do Carlos de Campos, leva ensinamentos apreendidos na escola técnica para sua vida profissional.

 

005 - MARCELO GAZZO

Diretor da Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas, demonstra seu prazer em estar presente nesta cerimônia. Destaca a tradição e a qualidade das escolas técnicas Carlos de Campos e Getúlio Vargas. Demonstra-se satisfeito pela inserção dos alunos no mercado de trabalho. Agradece aos presentes.

 

006 - HUMBERTO CORRÊA

Professor, informa que exerce o magistério há 31 anos na Escola Técnica Estadual Carlos de Campos. Demonstra satisfação em trabalhar na instituição de ensino. Lembra as dificuldades de lecionar no ensino público. Agradece a todos.

 

007 - EDNA GUIDO

Professora, agradece aos colegas presentes e aos alunos da Escola Carlos de Campos. Enaltece o magistério.

 

008 - Presidente SIMÃO PEDRO

Parabeniza os homenageados e anuncia a apresentação de vídeo institucional da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos.

 

009 - NILTON CÉZAR ALVES

Diretor da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos, defende a participação política dos estudantes neste Legislativo. Agradece a presença dos educadores nesta homenagem. Informa a realização de semana cultural que abre as festividades do centenário da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos. Anuncia demais atividades em comemoração à data. Destaca o curso técnico de turismo receptivo oferecido pela escola. Demonstra a importância do setor administrativo no funcionamento da instituição de ensino. Apresenta e saúda os coordenadores e professores dos cursos oferecidos. Cita o lema da escola, referente ao trabalho honrado. Demonstra o papel da tradição em conjunto com modernidade a fim de aprimorar o grupo escolar. Faz breve histórico da criação da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos.

 

010 - Presidente SIMÃO PEDRO

Entrega livro acerca do Legislativo Paulista para o Senhor Nilton César Alves. Tece comentários sobre a educação pública. Cita a realização de greves em escolas públicas no ano anterior. Menciona o trabalho realizado pela Comissão de Educação desta Casa. Enaltece a Escola Técnica Estadual Carlos de Campos como patrimônio histórico da cidade de São Paulo. Destaca a participação política de seus estudantes. Parabeniza a instituição de ensino pelas boas notas obtidas no Enem. Faz breve histórico da fundação da escola. Lembra a relevância da formação profissional voltada ao mercado de trabalho. Homenageia a Escola Carlos de Campos em nome de todas as escolas públicas estaduais. Lamenta a falta de prestígio dos servidores públicos com objetivo ideológico. Informa que esta sessão solene será transmitida na TV Assembleia em momento oportuno. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Simão Pedro.

 

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O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Bom dia para todos. Sou Simão Pedro, deputado desta Casa, Presidente da Comissão de Educação e Cultura. Fui autor do requerimento para realizarmos esta sessão solene. Quero dar as boas vindas a todos os alunos, professores e amigos da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos. É uma honra muito grande fazer esta sessão.

Senhoras Deputadas, Senhores Deputados, minhas senhoras e meus senhores., esta sessão solene foi convocada pelo Presidente desta Casa, Deputado Barros Munhoz, atendendo a solicitação deste Deputado, com a finalidade de homenagear os 100 Anos da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos, conhecida carinhosamente pelo apelido de Caca.

Convido a todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, pela Banda Regimental Musical da Policia Militar, sob a regência do maestro 3º Sargento PM Cristiano Vaz Coelho. E já faço meus agradecimentos pela presença e animação da nossa sessão solene.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Como vocês já perceberam, já estão compondo a Mesa aqui comigo, a professora Maria Lúcia Mendes de Carvalho, que é responsável pelos projetos do Centro Paula Souza. (Palmas.)

E também o professor Nilton Cezar Alves, que é diretor da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos. (Palmas.)

Quero também anunciar a presença do professor Marcelo Gazzo, diretor da Escola Técnica Getúlio Vargas, do Ipiranga, que também comemorou, no dia 28, 100 anos. Foi criada no dia que foi criada a Escola Carlos de Campos. Obrigado, professor Marcelo Gazzo. (Palmas.) Está aqui conosco também, o professor Ricardo Manruba Jecev, diretor de serviços acadêmicos da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos; professora Lucimeire Gonzaga de Oliveira, que é coordenadora pedagógica da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos; professor Leandro Silva, assistente técnico administrativo da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos. Agradecer a Sra. Maria Valéria Pereira Novaes de Paula Santos, delegada de polícia da Assistência Policial Civil da Assembleia Legislativa, representando o delegado geral de polícia Dr. Marcos Carneiro Lima.

Já vou dizer da nossa grata satisfação de ter, aqui ao lado, a professora Anézea Pinto Cardoso, professor Humberto Corrêa, e a professora Edna Guido. (Palmas.)

Eu quero, mais uma vez, agradecer a Banda da Polícia Militar, por ter nos honrado com a presença, animação e a brilhante execução do nosso Hino Nacional.

Eu convido então, para iniciarmos a parte das falas, dos discursos homenageando a Escola Técnica Estadual Carlos de Campos, a professora Maria Lúcia Mendes Carvalho, que é professora responsável pelos projetos do Centro Paula Souza.

 

A SRA. MARIA LÚCIA MENDES CARVALHO - Bom dia a todos, estou meio constrangida e vou tentar conversar com vocês, por causa dessa grandiosidade do espaço, que nós, professores, não estamos tão habituados.

Mas quero dizer que é uma honra participar desta festa do Centenário da nossa escola querida, a Escola Técnica Estadual Carlos de Campos. Dizer que agradeço muito, ao fato do Deputado Simão Pedro, que é da área de segurança alimentar também, ter contribuído muito conosco para ampliar esse campo. E na relação com a nossa escola, foi que surgiu o primeiro curso de alimentação, que gerou o curso de nutrição.

E também ao fato de trabalhar com os projetos na área de memória e história da educação, também faz com que eu fique mais emocionada de participar desta festa. Embora eu estude alimentação e nutrição, hoje nós temos outros professores, inclusive da Carlos de Campos, como a Carolina Marieli, estudando disciplinas e cursos derivados da área de desenho. Porque nós tivemos na Carlos de Campos logo de início, em 1911, dois professores do curso de desenho fazendo parte do corpo docente e essa trajetória nós seguimos até hoje com os nossos cursos de design.

Com relação a isso, temos uma trajetória muito bonita, inclusive de participação nesta Casa. Em 1963, o professor Pompeu do Amaral foi homenageado pelo Deputado Rafael Dias Novaes, aqui na Assembleia Legislativa, por ter ganhado o Prêmio Nacional da Academia de Medicina, com o livro “Problema da Alimentação. Aspectos Médicos, Higiênicos e Sociais”. Acho que a nossa escola tem sempre primado para atuar em atividades sociais. Eu vejo isso, participei da nossa comemoração na segunda-feira, conversei com alguns professores e vi que o espírito e corpo na nossa instituição sempre permanecem.

Independente dos problemas que vivemos a cada momento, até porque a nossa classe, os professores, nunca temos o que precisamos para sermos os facilitadores que queremos ser, principalmente nessa fase de avanço tecnológico.

Outra época que nós estivemos aqui na Assembleia, com os alunos do Caca, foi em 2001, participando de um evento do Procon; e mostrando os projetos que eram desenvolvidos na Carlos de Campos, tanto na área de alimentos, quanto na área de reciclagem de lixo, que era um projeto bem intenso naquela época.

Em 2002, estivemos aqui também com os professores da nutrição, porque a professora Neide Galdense de Sá, continuadora do trabalho do professor Pompeu do Amaral, foi homenageada pelo Conselho Regional de Nutrição da Terceira Região, recebendo o Prêmio Destaque Profissional do Ano Neide Galdense de Sá. A partir daquele ano, todo técnico em nutrição que se destaca, recebe um prêmio com o nome dela.

Estou contando alguns dos casos, têm muitos outros. De professores nossos, eu nem vou citar nomes, porque nós vamos acompanhando. Sei de prêmios na área de design, que nós acompanhamos ao longo do tempo. Cometeria algum erro se começasse a citar nomes dos nossos professores, e poderia deixar alguém de fora.

Mas o que eu quero colocar, é que a Carlos de Campos está sempre trabalhando, produzindo, desenvolvendo projetos. E hoje, nós temos duas áreas novas, técnico em cozinha, e peço apoio para o Deputado Simão Pedro abrir espaço, lutar por políticas públicas, para que coloquemos esses profissionais para trabalhar com alimentação escolar. Inclusive, aproveitando para implementar a Lei 11947, que tem por objetivo oferecer alimentação escolar ao ensino médio e provavelmente ao ensino técnico também. Temos também o curso de turismo. Acho que são cursos novos e são a nossa esperança, até porque, nós podemos ter muitas dificuldades. Mas aquele prédio foi tombado pelo Condephat, em 2002, e pelo menos o espaço, nós temos garantido. O que nós precisamos, é continuar nesta luta para manter o espírito que ficou, porque o que mantém a imagem da Paula Souza somos nós, professores. Somos nós, com os nossos alunos, e muitos que estão aqui hoje, espero que sejam professores, e daqui uns 30 anos, estejam aqui para acompanhar nas próximas comemorações. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Obrigado, professora Maria Lúcia Mendes Carvalho pelas palavras. Só para lembrar que, a professora Maria Lúcia, que esteve conosco na Conferência Estadual de Segurança Alimentar, vai participar como delegada na Conferência Nacional nesse tempo. Garantimos a qualidade da alimentação do nosso povo, implementamos políticas para combater a fome, e também políticas para combater doenças derivadas da má alimentação ou de deficiência na educação alimentar. Então, obrigada professora, e obrigada pelos livros que a senhora me presenteou aqui, do trabalho da Paula Souza, que nos reconhecemos pela qualidade e pelo trabalho.

Neste momento, a Escola Técnica Estadual Carlos de Campos prestará homenagem aos professores Humberto Corrêa, Anézea Pinto Cardoso, e Edna Guido. São professores que tem uma história, uma relação muito bonita com a Escola Técnica Estadual Carlos de Campos. Então, convido o professor Nilton Cézar Alves, que fique à vontade, que use a tribuna, use os microfones para esta homenagem justa para os nossos queridos professores Anézea, Humberto e Edna.

 

O SR. NILTON CÉZAR ALVES - Bom dia a todos, com imenso prazer que estou aqui representando a Carlos de Campos, e também representando muitos de vocês. Como ex aluno, como professor que sou, como coordenador que já fui, enfim, vários cargos e questões administrativas, estou muito feliz e orgulhoso por estar aqui.

Não vou fazer uso da fala agora, porque vamos às homenagens e logo mais falarei um pouco mais.

Quero citar a presença da professora Anézea Pinto Cardoso, mas ela está aqui para ser homenageada por ser nossa ex-aluna, e por ter a sua instituição de educação e é de suma importância que ela esteja aqui conosco para dizer da vitalidade, para falar o quanto a escola foi e continua sendo muito importante na vida de todos nós. Nesse momento, chamo a professora Anézea, gostaria que ela viesse até aqui, receber a homenagem. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. ANÉZEA PINTO CARDOSO - Boa tarde a todos, eu agradeço. Estou muito emocionada, porque eu me formei em 44, e há 30 anos, tenho um colégio e eu agradeço a este colégio, a formação acadêmica que eu tive aqui. Com essa formação, que hoje, estou agradecendo em público. Tudo isso que me fez bem, porque realmente, o colégio é desde berçário até ensino médio. Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. NILTON CÉZAR ALVES - Eu convido, também, para homenagem o professor Marcelo Gazzo, diretor da Etec Getúlio Vargas, por favor. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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O SR. MARCELO GAZZO - Bom dia a todos. É um prazer estar participando da homenagem do Carlos de Campos, prestigiando uma escola técnica com 100 anos, assim como a Getúlio Vargas que foram criadas no mesmo decreto. Duas escolas com tradição e qualidade que faz bem não só aos professores e alunos, mas também para toda comunidade, pois podemos colocar, no mercado de trabalho, muitas pessoas fazendo do sonho delas uma realidade. Então, é um prazer imenso representar a minha Escola Técnica Getúlio Vargas e homenagear também a Carlos de Campos, nessa data tão importante, que é o nosso Centenário. Agradeço a todos. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. NILTON CÉZAR ALVES - Agora, homenagearemos, aqui, o professor Humberto Corrêa. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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O SR. HUMBERTO CORRÊA - Tenho 31 anos de casa, e acho que obtive do colégio, desse alunado maravilhoso que eu sempre tive, só prazer. O que eu posso falar, de um alunado que sempre me apóia, sempre me cumprimenta, que diz que gosta de mim. O que eu posso fazer.

E meus colegas também, eu sempre tive prazer em trabalhar nesse colégio, apesar de hoje ter algumas dificuldades. Por exemplo, hoje, enfrentamos camelôs, essas coisas. Mas isso é o de menos, o importante que temos ali um paraíso, uma coisa que dentro do Brás parece ser isolado; chegando ali, os sorrisos se abrem, é uma coisa diferente, quem sabe é quem enfrenta São Paulo. Com trânsito e tudo, chegar lá é outra história.

Então, eu agradeço a todos, agradeço aos meus colegas, e agradeço aos alunos, por terem aturado todos esses anos. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. NILTON CÉZAR ALVES - Agora, eu chamo a digníssima professora Edna Guido para ser homenageada. (Palmas.)

 

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- É feita entrega da homenagem.

 

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A SRA. EDNA GUIDO - Bom dia a todos. Desejo, aqui, expressar o meu agradecimento. Primeiro, a todos os colegas presentes, a todos que compõe o plenário, e principalmente, os meus alunos, há vários ex-alunos aqui, os presentes. É com muita gratidão e orgulho, que eu trilhei esses 32 anos, essa linha com a participação desses alunos, com essa força. Senão, não estaria aqui há tanto tempo. E agradecer também aos amigos, que me ajudaram em todos os momentos.

E fazer assim, uma colocação importante a todos os professores presentes aqui. Nasce o professor, como nasce o poeta. Ser professor é ter a capacidade de ser humano, e eu acho que assim, a gente consegue trilhar tanto tempo e continuar. Obrigada. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Quero também, dizer que esta Assembleia Legislativa se soma às homenagens desses brilhantes professores, que são exemplos de profissionais. Tenho certeza que não foi à toa, que foram escolhidos para receberem a homenagem da escola e desta Assembleia também. Então, mais uma vez, parabéns e obrigado pela presença. E parabéns à história de vocês, à vida de vocês. Obrigado.

Dentro da nossa sessão, vamos, agora, assistir a um vídeo institucional, sobre os 100 Anos da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos.

 

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- É feita a apresentação do vídeo.

 

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O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Esse vídeo, como bem lembrado pelo professor Nilton, foi feito pelos próprios alunos da escola. Quem quiser assistir depois, está disponível no Youtube, onde eu vi a primeira vez.

Com vocês agora, então, as palavras do professor Nilton Cézar Alves, diretor da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos.

 

O SR. NILTON CÉZAR ALVES - Bom dia novamente. Agradeço, desde já, a presença de todos neste espaço, como paulistas que somos, precisamos falar que é a nossa Casa. Então, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo neste momento, agrega-nos como cidadãos, munícipes e também como agentes políticos. É muito importante entendermos que este espaço precisa ser ocupado, para que melhor juntos, congregados, possamos direcionar políticas.

Nós, hoje, temos como um dos nossos representantes aqui, o Deputado Simão Pedro, que está para melhorar as ações, que possam ser agregadas ao encontro do desejo de uma população, dos anseios e necessidades para o crescimento, não só de São Paulo, mas da nação como um todo. Acho que é muito importante sabermos o porquê estarmos aqui. Este é o meu primeiro recado.

Agradeço a presença dos ilustres colegas, diretor da Etec Vila Formosa, professor Marcelo Brotio, gostaria de uma salva de palmas pra ele. (Palmas.) E por sinal, ele é sinal da Carlos de Campos, isso é muito importante. Quero também, anunciar a presença da professora Marcela Oduca, diretora do Parque da Juventude. Por favor, uma salva de palmas. (Palmas.) Acredito que os nossos colegas diretores presentes, já anunciamos também o professor da Getúlio Vargas, que já fez uso da fala.

Aos que me conhecem um pouco, sabem que eu fico muito à vontade para falar pessoalmente da Carlos de Campos, do nosso Caca; falar, expressar as ideias, as concepções e tudo mais. Mas estou aqui para fazer os agradecimentos dos presentes, e para abrirmos, o que é muito importante saber, essa Semana Cultural que tivemos, que se encerra hoje com as nossas atividades, elas abrem as festividades do Centenário. Teremos outras atividades, que estão programadas ainda para este ano. Porque ao final do Ano Centenário, com certeza serão livros, publicações, sites, páginas para poder contar a nossa dinâmica, a nossa atividade, a nossa forma de ver e de viver o Caca. Acho que isso é muito importante. Então as pessoas falam, mas nós estamos iniciando as atividades. Muitos dos que aqui estão, participarão, outros sairão e já como ex-alunos, terão outra oportunidade de participar. Isso é outro destaque.

Gostaria também, de agradecer a presença dentro do corpo administrativo, professora Eliane Leite Maltese, que está ali. Por favor, uma salva de palmas. (Palmas.) Eliane, além diretora acadêmica, ela é coordenadora da extensão e do Dom João Maria Ogno; onde nós executamos o curso de turismo receptivo, que nós estamos tendo uma ótima performance e, independente das questões de moda ou de políticas em relação à Copa ou mesmo às Olimpíadas, nós já tínhamos previsto, já tivemos uma visão dessa necessidade da cidade de São Paulo, do Estado de São Paulo, em tocar no turismo receptivo, pensar no receber bem. Então, estamos com uma ótima performance. Isso é muito importante. A professora Maria Lúcia Mendes fez um destaque com a questão do turismo receptivo.

Gostaria de anunciar também, o professor, o Sr. Ricardo Manruba Jecev, diretor de serviços. Por favor, uma salva de palmas. (Palmas.) O senhor Leandro Silva, assistente administrativo. Por favor, também aqui presente. (Palmas.) Não poderei citar um a um, senão ficaria aqui o dia inteiro. Mas, palmas ao grupo administrativo, que é um dos grupos que toca a escola. Normalmente ele não aparece, vamos dizer assim, mas nós temos a secretaria, que é a parte acadêmica junto com a diretoria de serviços, nosso trabalho de biblioteca. Então neste momento, quero que todos eles se levantem. Todos os presentes, por favor, todos os presentes do administrativo, para que tenhamos uma salva de palmas a eles. Muito obrigado. (Palmas.)

Aqui é um momento de homenagens, acho que cabem esses destaques. Sempre falamos que é uma grande escola, que cravou nomes de pessoas dentro do modo de fazer. Hoje, nós somos um reflexo de um trabalho, onde o grupo administrativo, muito caladamente, parece passar despercebido. Às vezes, vêm os nomes, os destaques dos professores, vêm os nomes e destaques dos diretores, coordenadores, mas sabemos que sem a participação efetiva do grupo administrativo, a escola ela não anda. E hoje, temos um trabalho estratégico para melhorar os serviços. E como todos os colegas diretores, sabemos que, nem sempre, temos o quantitativo necessário para esse efetivo. O nosso papel é atender bem. Somos servidores públicos e temos que fazer o máximo para aqueles que necessitam. O alvo do nosso trabalho são vocês, alunos, e mesmo os ex-alunos quando precisam de alguma atividade.

Destaque também para os coordenadores que fazem parte da gestão da escola. Gostaria que o professor Moacir se levantasse, professora Lígia, professora Denise. (Palmas.)

Dos nossos coordenadores presentes, demorei a falar da professora Ivonete, porque ela é dose dupla, ela é coordenadora do curso de enfermagem, e também é coordenadora do curso de orteses e próteses. Professora Ligia, coordenadora do curso de modelagem do vestuário, professor Moacir Cambraia, coordenador do curso de edificações, e professora Denise, do nosso ensino médio. Uma salva de palmas a todos eles. Muito obrigado pela presença. (Palmas.)

Dando continuidade aos agradecimentos, àqueles que com certeza fazem a coisa acontecer, que são os grandes heróis da resistência, que são os nossos professores. A escola se fez e ela se faz, pelo trabalho árduo destes profissionais, independente das suas condições. Eu vou parafrasear o que o professor Humberto Corrêa disse: nós estamos naquele tumulto, ou no vulgar, ou no popularesco, naquela muvuca do Brás, e quando entramos no Caca, existem duas situações muito distintas: estamos atrasados, viemos do trem, do ônibus, o camelô passou com o carrinho em cima do pé e olha que a coisa é pesada. Mas quando adentramos ao espaço, uma leveza se assume e transformamos aquela energia que, de certa maneira, possa ser negativa em força e vitalidade, em maneira do querer aprender, do querer ensinar. Mas essa força motriz está, principalmente, entre os professores que aqui temos representados de vários cursos, então que são vários professores. Então, quero que neste momento, os professores de enfermagem, os professores de design, os professores do ensino médio, por favor, se levantassem. E uma salva de palmas a esse grupo, que sabemos o quanto de valia tem. Parabéns à escola. É porque vocês estão presentes. (Palmas.) Ficaremos a aplaudir mais 100 anos, parabéns.

A escola nasce pela insígnia, ela nasce pelo lema “Per laborem ad honorem” e o latim muito presente na nossa língua materna no sentido da raiz, das línguas latinas “Pela honra do trabalho ou pelo trabalho honrado”.

E vocês sabem muito bem o quanto trabalhamos na escola, para fazer essa honra transparecer, porque ela é presente a todo o momento. Então aos nossos alunos aqui presentes, deixar sempre muito claro, em nome de todo esse grupo que foi homenageado, até então que assim é de um orgulho sem fim, poder ter vocês alunos conosco.

A enfermagem, que está praticamente presente em massa aqui, e muito significativa, que não vou fazer uma fala a respeito, representando a saúde, representando essa prevenção, e principalmente dizer que é uma escola que promove saúde. É uma escola que tem saúde. E essa energia que eu falei para vocês é muito importante. É uma das grandes marcas, entre as várias do curso de enfermagem.

O ensino médio, presente neste momento e que mostra outra vitalidade da escola, e que daqui a pouco nós viveremos uma nova parte da história na educação paulista, que é o reintegrar-se. Nós já fomos integrados e agora nós vamos integrar novamente, colegas, assim como professora Edna, professor Humberto ou professores que há alguns anos, já se dedicam a nossa casa ao nosso Caca, sabem qual é o fruto de um trabalho, entre alunos de técnico e médio juntos. É um fazer e outro aprender, onde nós continuamos aprendendo.

Alguns ex-alunos falaram assim: mas vocês ainda estão na escola? Nós estamos ainda na escola. E uma coisa que é muito forte, estar com vitalidade e estar com saúde, isso eu falo para muitos. Graças a Deus, graças à energia que nos rege, nós temos saúde, nós estamos com essa vitalidade de continuar anos, década a fio, desenvolvendo um trabalho como professores. E ninguém aposenta? Não, porque as pessoas querem trabalhar, tem vida e tem saúde para trabalhar. E enquanto essa força divina nos permitir, estaremos aqui vivos e fortes. Acho que isso é importante. Com de 32 anos de efetivo trabalho, a professora Edna Guido, está aqui representando o grande grupo das mais antigas professoras da casa, e mostrando contemporaneidade. Porque não adianta ser antigo, você tem que ser antigo, trazer a tradição e a cultura, entender que existe um novo mundo, com conectividade, de tecnologias, e ter uma relação com o aluno, de maneira que ele entenda que nós estamos nos enriquecendo. Não estamos envelhecendo, nós estamos nos enriquecendo. E essa troca é o mais importante pra nós.

E neste momento, gostaria que todos os alunos e ex-alunos se levantassem, por favor. E uma grande salva de palmas a todos, porque vocês são motivo desse trabalho, desse desenvolvimento, que faz a escola ser o que ela é. E convido vocês a trazerem essa vitalidade para os próximos 100 anos. (Palmas.) Parabéns para nós todos. Obrigado.

Continuar para mim é muito tranquilo. Eu falei para o Deputado Simão Pedro que existem alguns deputados que vem aqui e falam bastante, desenvolvem bastante aquilo que sabem, pensam e gostam. Estou à vontade, um pouco nervoso, não tem como não estar, é o orgulho desses 100 anos. Acredito que boa parte dos que estão aqui presentes, tiveram oportunidade de ver a nossa Exposição da Sala da Memória, o Centro Patrimonial, onde alguns objetos contam o trajeto da nossa escola. O nosso livro de recortes, onde traz um pouco dessa história.

Eu preciso olhar para o relógio para não me estender, mas eu preciso fazer um primeiro marco, para que nós não tenhamos erros históricos.

Nossa escola, ao completar 100 anos, representa junto com a Getúlio Vargas, e junto com a João Belarmino de Amparo, o princípio da educação profissional paulista. Quando se fala em ensino técnico no Estado de São Paulo, não dá para não falar dessas três escolas. Algumas escolas até já foram homenageadas, no sentido de ter sido precursoras de um processo de educação e de aprendizagem, mas não de ensino técnico. Porque senão, nós mexeríamos naquilo que foi decreto federal, que promove, junto aos Estados, o desenvolvimento da educação profissional, que foi o nosso caso a partir de 1911. Então são essas três escolas que merecem, realmente, a questão de ter o título de educação profissional paulista. Elas nascem dentro da Secretaria de Educação e Negócios do Interior, e com isso, começa a se pensar no desenvolvimento do Estado. E também há de se lembrar que essas escolas, principalmente em São Paulo, nascem da reivindicação da classe operária. Porque São Paulo, principalmente o Brás, era o grande centro, por causa da produção têxtil. Então, era o nosso parque tecnológico. Então a partir das grandes greves, dos movimentos operários, dos movimentos dos trabalhadores, os trabalhadores sempre motivando que novas ações em beneficio de uma população fossem cravadas.

Nesta época nós tínhamos crianças trabalhando nas fábricas e nas indústrias, doze horas por dia. Então, os pais, muitos imigrantes, estavam em São Paulo nessa época, devido à grande e última imigração, em 1908, a imigração japonesa. E não queriam aquele destino para os seus filhos. Por isso do grande movimento.

São Paulo sempre motivou as ações para o país. Por isso a grande importância quando se olha para os alunos de hoje. São Paulo, com muito orgulho, tem um lema, não só para o Estado, mas tem para a cidade, “não somos conduzidos, nós conduzimos”. Então, isso é muito importante saber. Nós promovemos o movimento neste Estado, que é promovido em cadeia para o país, que não é pequeno. Então, em 1911, quando nascemos, nós promovemos e desencadeamos um processo para o Estado de São Paulo.

Hoje, já ultrapassamos a casa de 200 escolas técnicas no Estado de São Paulo. Hoje a nossa mantenedora é a grande instituição, temos que falar desta maneira, dentro da Secretaria do Desenvolvimento e o Centro Paula Souza como autarquia que rege toda a questão das escolas. Mas temos que entender as escolas precursoras que foram da Secretaria de Educação. Então a Getúlio Vargas foi da Educação, a João Belarmino foi da Educação, nós fomos da Educação e depois fomos assumidos dentro de uma nova política desde 1994 agregando todas as escolas técnicas num mesmo Centro para que isso pudesse regido de uma mesma forma. Mas nós não podemos esquecer a história, esquecer aqueles que fizeram a história. Então essas três escolas que nós temos, sempre vamos falar assim, o centro de quem iniciou um processo de educação profissional de ensino técnico. Então, eu precisava fazer esse crivo, dentro desta Casa, para deixar bem claro essas três instituições.

E aí falar de Caca, Carlos de Campos. Quem convive, quem vive o dia-a-dia é assim, é dedicação. Nós vivemos, a nossa vida é Caca. A gente vive, a gente respira essa escola. Algumas questões são muito difíceis. Aqui presentes, deveriam ter outras pessoas, mas que, momentaneamente, não estão. (Palmas.)

A nossa escola é emoção. Aprendi técnica de teatro no Caca. Pois existem pessoas que não estão aqui, mas por um breve momento estão fora, mas que logo em breve estarão de volta conosco para dar continuidade. Lembrar de algumas pessoas é muito difícil. A emoção toma, e isso é muito de nós de falar de nós, às vezes falar da história, falar do que acontece é relatar. Mas quando a gente começa a falar do aspecto mais emocional, isso acho que representa um pouco como também somos passionais, e isso acho que motiva e faz sermos o que somos, porque nós, e aí eu posso falar em nome dos alunos, professores e coordenadores, a gente se entrega. E essa é a real forma de sermos. Nós temos uma entrega, e essa entrega é vida porque nada vale a pena viver pela metade. A gente precisa viver, e vem outro termo do latim “carpe dien” a gente vive o dia como se fosse o último, e aí a intensidade de sermos o que somos. Amanhã é muito bom, mas hoje é muito melhor, porque é onde estamos, e a gente constrói o amanhã nesse hoje. Então acho que isso é um dos aspectos que traz essa vitalidade, essa força, e que vai nos reger por muito mais anos.

Vou retornar a fala, mas o grande recado é esse, acredito que todos aqueles desde os primeiros diretores, professora Alaia Bueno, professor Horário Augusto da Silveira e vários outros diretores, que esses dois precisam de um grande destaque, professora Alaia por ter sido ex-aluna, e por ter assumido a Carlos de Campos jovem e segurou uma grande barra também para estruturar aquilo que somos. O professor Horário Augusto da Silveira, que foi diretor e instituiu a Primeira Superintendência de Educação Profissional Paulista, e que o Caca sediou essa Superintendência por vários anos. E todo grupo docente, grupo administrativo e alunos que passaram. Todos viveram. Essa é a grande garantia, que não podemos deixar de ter, porque hoje aqui estamos, mas aqueles que passaram pela escola viveram com muita intensidade que é isso o grande legado, é a grande história, é a grande emoção que eles deixaram para nós.

Precisamos render a nossa homenagem àqueles que passaram pela Carlos de Campos, construíram uma história, que é a história que nós vivemos hoje, que é ter chegado aos 100 anos com contemporaneidade, vitalidade, força e luta constante. Quero que neste momento todos nós aplaudíssemos, de pé, todos aqueles que participaram do processo da Carlos de Campos. Uma salva de palmas a todos os profissionais, ex-alunos que se dedicaram e fizeram a história que nós vivemos hoje. (Palmas.)

Encerro aqui as homenagens com essa salva de palmas de todos nós. Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Muito obrigado, Sr. Nilton Cézar Alves, diretor da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos.

Quero deixar uma pequena lembrança, que é a história do Legislativo Paulista, desde 1835 até 2011, todos os parlamentares que aqui passaram e este livro conta um pouco também da história da produção legislativa, dos vários momentos do nosso Estado.

 

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- É feita a entrega do livro.

 

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O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Para a Assembleia fazer uma homenagem a uma escola pública é muito importante, no momento que a educação, principalmente aqui no Estado, que é muito questionado em relação a sua qualidade nas escolas públicas. No ano passado enfrentamos a greve dos professores, houve muita reclamação. Na Comissão de Educação deste ano, fizemos debates com o novo secretário de Educação e com a professora Laura Naganaki. Na Assembleia, está funcionando uma CPI para analisar as faculdades superiores de ensino privado, ou seja, homenagear uma escola pública que faz 100 Anos, para nós, é uma honra muito grande. É um momento na história do Estado de São Paulo muito importante. Uma escola que não perdeu a sua qualidade por tudo que foi relatado aqui e pelas homenagens que já foram feitas.

A Escola Carlos de Campos é um patrimônio histórico da cidade de São Paulo. Já foi dito que ela é tombada pelo Departamento do Patrimônio Histórico, a sua fachada no estilo neoclássico. Não foi falado aqui, mas a Escola Carlos de Campos possui um dos primeiros elevadores da cidade de São Paulo. Parece que o ano passado estava meio quebrado, espero que tenha sido consertado. Mas é uma escola que também se caracteriza pelos profissionais que passaram, e que tem até hoje. Muito dos alunos que estão aqui, são conhecidos pelo seu perfil politizado, por participações em protestos, exigindo melhoria da qualidade da educação. No ano de 2008, os alunos fizeram uma passeata até o centro da sede Paula Souza, reivindicando melhores condições. O Grêmio da Escola Carlos de Campos é muito conhecido, reconhecido pela sua combatividade e sua organização. A Escola Carlos de Campos ainda hoje, é tida entre as melhores escolas públicas do nosso Estado, tirando boas médias no Enem.

Estava aqui, conversando um pouco com o professor Nilton, com os nossos convidados, que ela começou como uma escola para mulheres em 1911, quando a cidade de São Paulo tinha 240 mil habitantes, hoje nós somos 11 milhões de habitantes. Poucos dias antes da inauguração e da fundação da Escola Carlos de Campos e da Getúlio Vargas; poucos dias antes o Teatro Municipal de São Paulo, que é um marco da nossa arquitetura, das artes e da cultura, tinha sido inaugurado. Naquele ano, foi a primeira vez que uma mulher, na cidade de São Paulo, usou uma calça comprida, criando uma polêmica e debates na cidade. Para vocês terem uma idéia de como era a cidade de São Paulo.

A cidade começou a crescer. Naquela época se pensou em ter uma escola voltada para as mulheres, para elas aprenderam noções de prendas domésticas, culinária. Hoje, felizmente, a escola passou por muitas transformações, mudanças de nomes, objetivos; mas hoje, ela é essa escola que cumpriu um papel fundamental na história da nossa cidade, e na formação de tantos profissionais. E conseguindo nesse tempo todo, manter a qualidade. Por isso esse orgulho na fala dos professores, nas falas do seu diretor o senhor Nilton Cézar.

Então fazer essa homenagem é mais uma obrigação da Assembleia Legislativa. Em nome da Escola Carlos de Campos, nós estamos fazendo homenagem a toda escola pública, a sua importância e a importância de recuperarmos e mantermos a qualidade, para que alunos da classe trabalhadora, aqueles que não têm condições de pagar um curso numa escola particular, possam também, ter condições de frequentar uma boa escola, ter condições de obter abertura o mercado de trabalho e pensar o seu futuro, pensar o seu futuro profissional, seu futuro acadêmico.

Então em nome da Assembleia Legislativa, digo com muito orgulho, que nós fazemos esta homenagem à Escola Carlos de Campo, homenageando todas as escolas públicas, a sua importância, todos os profissionais que aqui passaram. Como é bonito a gente presenciar, participar aqui conosco profissionais como os professores que aqui foram homenageados, são histórias como eu disse muito importantes, muito bonitas.

Às vezes, o funcionário público é tido na opinião pública, no senso comum, como um mau profissional, aquele que tem preguiça. Infelizmente, os meios de comunicação, principalmente a grande mídia, desqualificam os profissionais públicos, no sentido de exaltar sempre as qualidades dos serviços e das empresas privadas, até com o objetivo ideológico de desqualificar, para que se abra espaço, principalmente na educação para o setor privado dominar.

É importante e bonito fazermos essas homenagens, ressaltando, por exemplo, o profissionalismo, a dedicação dos profissionais públicos do nosso Estado. Então, mais uma vez, quero somar as homenagens que a escola fez a vocês, somar a essa homenagem merecida, primeiro Centenário da Carlos de Campos. Infelizmente, não estaremos aqui, mas quem sabe no futuro, possamos comemorar mais 100 anos, mais 100 anos dessa linda escola que tem uma história, uma importância para a cidade de São Paulo muito forte. Parabéns a todos vocês e muito obrigado. (Palmas.)

Esgotado o objeto da presente sessão, esta Presidência agradece as autoridades que aqui compareceram, aos funcionários desta Casa. Lembrando que a TV Assembleia registrou toda sessão solene, e a transmitirá amanhã, às 21 horas. Lembro também que nós transmitimos essa sessão solene pela TV Web desta Casa, para quem quiser acessar depois.

Então, obrigado à TV Assembleia, aos profissionais do Cerimonial, aos funcionários do meu gabinete, à direção da Etec Carlos de Campos, e a todos os que colaboraram para o êxito desta solenidade.

Está encerrada a sessão. (Palmas.)

 

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- Encerra-se a sessão às 11 horas e 36 minutos.

 

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