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06 DE OUTUBRO DE 2003

42ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO DO 111º ANIVERSÁRIO DO REGIMENTO DE CAVALARIA NOVE DE JULHO

 

Presidência: UBIRATAN GUIMARÃES

 

Secretário: CONTE LOPES

 

DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 06/10/2003 - Sessão 42ª S. SOLENE  Publ. DOE:

Presidente: UBIRATAN GUIMARÃES

 

111º ANIVERSÁRIO DO REGIMENTO DA CAVALARIA NOVE DE JULHO

001 - UBIRATAN GUIMARÃES

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que esta sessão solene foi convocada pela Presidência, a pedido do Deputado ora na condução dos trabalhos, para comemorar os 111 anos do Regimento da Cavalaria Nove de Julho. Convida a todos para, de pé, ouvirem a execução do Hino Nacional pela Banda da Polícia Militar.

 

002 - CONTE LOPES

Em nome do PP, saúda o Regimento de Cavalaria. Discorre sobre o papel do policial no combate ao crime, e sobre as dificuldades enfrentadas nesta missão.

 

003 - ARNALDO FARIA DE SÁ

Deputado Federal, destaca a importânica da Polícia Militar para a Segurança Pública.

 

004 - Presidente UBIRATAN GUIMARÃES

Anuncia a exibição de vídeo sobre o Regimento de Cavalaria Nove de Julho, bem como a apresentação de número musical.

 

005 - EDUARDO JOSÉ FÉLIX DE OLIVEIRA

Major Comandante Interino do Regimento Nove de Julho, expressa sua satisfação e seu orgulho com esta homenagem. Convida a todos para a solenidade militar comemorativa, a ser realizada dia 9/10.

 

006 - TOMÁZ ALVES CANGERANA

Coronel PM, Comandante do Policiamento de Choque, agradece a iniciativa desta solenidade. Traça histórico do Regimento de Cavalaria.

 

007 - ALBERTO SILVEIRA RODRIGUES

Comandante Geral da PM, faz balanço da atuação da PM no último ano.

 

008 - Presidente UBIRATAN GUIMARÃES

Conduz homenagem a dois representantes do Regimento, de quem traça biografia. Anuncia a execução do Toque de Silêncio e de número musical. Faz depoimento sobre a importância histórica do Regimento de Cavalaria Nove de Julho. Agradece a todos que colaboraram para o êxito dos trabalhos. Encerra a sessão.

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - UBIRATAN GUIMARÃES - PTB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Convido o Sr. Deputado Conte Lopes para, como 2º Secretário "ad hoc", proceder à leitura da Ata da sessão anterior.

 

O SR. 2º SECRETÁRIO - CONTE LOPES - PP - Procede à leitura da Ata da sessão anterior, que é considerada aprovada.

 

O SR. CARLOS TAKAHASHI - Esta Sessão Solene vai comemorar o 111º aniversário do Regimento de Cavalaria 9 de Julho.

Para a Presidência desta Sessão Solene convidamos S. Exa., o Deputado Estadual Ubiratan Guimarães.

 

O SR. PRESIDENTE - UBIRATAN GUIMARÃES - PTB - Passo a nomear as autoridades presentes a este evento em comemoração ao 111º Aniversário do Regimento Cavalaria “Nove de Julho”: Sua Excelência, Sr. General de Divisão, Haroldo Covas Pereira, Comandante da 2ª Divisão de Exército, representando o Exmo. Sr. General-de-Exército, Sérgio Pereira Mariano Cordeiro, Comandante Militar do Sudeste; S.Exa. Sr. Coronel PM Alberto Silveira Rodrigues, Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo; Sr. Coronel PM Tomáz Alves Cangerana, Comandante do Policiamento de Choque; Major PM Eduardo José Felix de Oliveira, Comandante Interino do Regimento Cavalaria “Nove de Julho”; Sr. Coronel de Cavalaria, Paulo Mendia Granado, subchefe do Estado Maior do Comando Militar do Sudeste; Capitão de Fragata, Mauro Noriô Oishi, representando o vice-Almirante Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, Comandante do 8º Distrito Naval; Major Intendente Roberto Nunes, representando o Major Brigadeiro-do-Ar Paulo Roberto Conrado de Vilarinho, Comandante do 4º Comando; Coronel PM Adauto Luiz Silva, Comandante da Academia do Barro Branco; Coronel Aniel Nossa, Subcomandante da Guarda Municipal de São Bernardo do Campo, representando o Sr. Willian Dib, Prefeito Municipal de São Bernardo; Coronel PM Wagner Ferrari, Chefe da Assessoria Policial Militar da Assembléia Legislativa; Sr. vice Comodoro Carlos Didzuilis, da Força Aérea Argentina; Coronel PM Ademir Crivelaro, subcomandante do Corpo de Bombeiros; Coronel PM Paulo de Tarso Diógenes, Comandante do Centro de Formação de Soldados; Coronel PM José Roberto Martins Marques, Comandante do CPA M-10; Coronel PM Nevoral Alves Bucheroni, Diretor de Finanças da Polícia Militar do Estado de São Paulo; Coronel PM da Reserva, Antônio Chiari; Coronel PM da Reserva Niomar Siene Bezerra, Presidente do Conselho Deliberativo da Associação dos Oficiais da Polícia Militar; Coronel da Reserva PM Luiz Gonzaga de Oliveira, Presidente do Clube dos Oficiais da PM; Coronel PM da Reserva, Carlos Augusto de Mello Araújo; Tenente-Coronel PM Ariovaldo Sérgio Salgado, Comandante do 33º BPMM; Tenente-Coronel Marco Antônio da Costa, Comandante do 24º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano; Sr. Fábio Abdala David, da Comissão Estadual de Polícia Comunitária; Sr. Jorge Damús Filho, do Movimento de Resistência ao Crime; Sr. Flávio Fraccaroli Martins Fontes, do Conselho Geral da Comunidade da Polícia Militar; Delegado Edson Luiz Pinto, representando o Dr. Milton Montemor, Chefe da Assistência Policial Civil da Assembléia Legislativa; Cabo Wilson Morais, ex-Deputado e Presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo; Sr. George Henry Millard Delegado Seccional de Polícia de Santo André.

Senhores Deputados, senhoras e senhores, esta sessão solene foi convocada pelo Presidente da Casa, Deputado Sidney Beraldo, atendendo solicitação deste Deputado, com a finalidade de comemorar o 111º Aniversário do Regimento Cavalaria “Nove de Julho”.

Convido todos os presentes para, em pé, ouvirem o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

 

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- É executado o Hino Nacional.

 

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O SR. PRESIDENTE - UBIRATAN GUIMARÃES - PTB - Gostaria ainda de registrar a presença do nobre Deputado Federal, pelo PTB, Arnaldo Faria de Sá.

Agradeço ao Subtenente Músico Fidelis, mestre da 2ª Seção do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Procedendo à ordem dos senhores oradores inscritos, este Presidente concede a palavra ao nobre Deputado Conte Lopes.

 

O SR. CONTE LOPES - PP - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Deputado Arnaldo Faria de Sá, Sr. General, Sr. Comandante Geral da Polícia Militar Alberto Silveira Rodrigues, meu companheiro de turma, que está fazendo um belo trabalho no Comando da Polícia Militar junto ao alto escalão da Polícia Militar e grande parte dos companheiros de Academia deste Deputado, cumprimento os amigos que aqui estão, o Major Mata, o Daniel e outros ex-comandantes, como o Coronel Niomar Siene Bezerra, que nos comandou na Rota, e Presidente Ubiratan Guimarães.

Se não me falha a memória, devo ter visto o Coronel Tranchesi, neste plenário, quem praticamente nos colocou na Polícia Militar. Coronel Tranchesi, agradecemos o apoio e estamos até hoje honrando a força que o senhor nos deu para entrar na Polícia Militar como soldados, inclusive os 207 mil votos que tivemos nas últimas eleições também são parte da oportunidade e fé que o senhor teve em nós outros.

Esta Casa é uma Casa de Leis. Temos aqui Deputados da situação e Deputados da oposição; é tão nobre ser situação, como ser oposição. Já vimos de tudo nesta Casa; vimos bandido virar herói e herói virar bandido. Digo isso aos senhores que completam hoje 111 anos da Cavalaria.

Vimos o Tenente Alberto Mendes Júnior ser barbaramente assassinado, ser escrachado nesta tribuna e vimos o seu assassino, o seu algoz, Carlos Lamarca ser chamado de herói, fazer filme e aparecer na televisão. Vimos aqueles que na época da ditadura atacaram quartéis e mataram soldados, como o soldado aqui do lado, de 18 anos, que morreu na explosão de uma bomba. Qual o perigo que traz um soldado de 18 anos para a Presidência da República ? E muitos daqueles que mataram estão aí na alta cúpula, todo mundo batendo palma. Até gente nossa bate palma! Nós não, porque não aprendi a ficar de joelhos e não vou ficar de joelhos para ninguém. Prefiro morrer em pé a ter de me ajoelhar. Jamais farei isso na minha vida! Trago isso desde minha época de Rota - e vejo muitos alunos meus aqui, o Fernando, o Salgado e o Marco Antonio - e pretendo levar para o túmulo.

Recebi hoje um “e-mail” de um Promotor Público de Taubaté elogiando-me pelo que falei aqui a respeito do PCC, o partido do crime, que de dentro da cadeia manda matar policiais, seqüestrar autoridades, atacar fórum, matar policiais militares nos seus quartéis, ou matar policiais civis nas suas delegacias. E vemos a fraqueza do outro lado, como dizia o próprio Promotor Público: “Eu tenho tenho medo”. Como me diziam os promotores do Gaeco, que a semana passada falavam em fazer uma grande operação contra o PCC. Talvez a operação tenha sido esta, - a prisão de um advogado.

Só que o que eu vejo, meio burro que sou, que o advogado ia fazer, transmitir uma ordem para os soldados do PCC, três mil, que se fala que tem nas ruas, o advogado não transmitiu a ordem porque ele foi preso. Mas, a imprensa toda falou que é para fazer: explodir o Metrô do Jabaquara, jogar bomba não sei onde, seqüestrar uma grande autoridade do Palácio dos Bandeirantes, então, a ordem foi passada. Interceptaram a ordem, mas os bandidos estão aí. E como me diziam os próprios promotores do Gaeco, que também têm medo, porque o crime está crescendo.

Eu retroajo ao meu tempo de Rota, quando polícia era polícia e bandido era bandido. E os senhores da Cavalaria tinham condições de sair às ruas e realmente combater o crime.

Não combater o crime e depois ser escrachado como foi o Tenente Engel, que fez a Operação Castelinho, com o Gradi, e mataram 12 bandidos do PCC, e o que aconteceu com ele? Ordens não sei de onde, encoste o Tenente. Quer dizer, não conseguimos ver, não sabemos muito bem que são ordens superiores de um lado e de outro, pressão política, de partido político, que forçam situações, que obrigam até as corporações a tomarem determinadas atitudes, e o crime está crescendo. E a culpa vem da polícia.

Vamos criar a Guarda Municipal para dar poder de polícia. Ora, se a PM, com a força que tem, tem dificuldade para vencer o crime, para combatê-lo, sabe que tem, verificamos o outro lado. Será que a Guarda - não sou contra, não - vai resolver o problema? É óbvio que não vai sozinha.

Vemos em Brasília políticos falarem em desarmamento, inclusive o Sr. Greenhalg, que quer tirar a arma do policial aposentado, mas também, a função dele foi sempre essa. Quer dizer, o cidadão da Cavalaria ou da Rota, ou da Polícia Civil, que combate o crime a vida inteira, no que dia em que ele sair, ele se aposenta, ele está condenado à morte, porque não pode ter uma arma para se defender. Foi retirada a arma dele.

É brincadeira isso? Querem combater o crime com essas medidas? Tira a arma da população, e deixa os bandidos armados, para invadir as casas, estuprar, matar? E tiram a arma do policial? Só que todos aqueles que fazem festinha pelo desarmamento tem dez, vinte seguranças atrás deles. Assim é fácil, não é?

Então, como eu disse, cada um tem uma função aqui nesta Casa. Nós procuramos levar o nosso pensamento que trouxemos para esta Casa há 16 anos, e graças a Deus, não mudamos. Graças a Deus, não mudamos.

Achamos que tem que se valorizar o policial. Não podemos querer ter um policial de primeiro mundo, pagando 300 dólares de salário. Porque para o policial de primeiro mundo, o salário inicial é três mil dólares. E o policial do primeiro mundo não morre. Lá não se mata policial. Na Itália, na França, no Japão, ou mesmo nos Estados Unidos, é muito difícil. Aqui, não. Só neste ano mais de 80 perderam a vida nessa guerra contra o crime.

Neste dia em que a Cavalaria está de festa, é importante que falemos, porque o que eu estou falando aqui é gravado, tem muita gente assistindo, que é necessário que se dê um valor maior ao policial. Não é justo que tenhamos a polícia que tem o antepenúltimo salário do Brasil. O policial do Piauí ganha mais que um tenente da Polícia Militar, que um delegado de polícia, que um soldado. Que o salário inicial de um delegado da polícia Federal é sete mil e quinhentos reais. E de um agente da Polícia Federal, cinco mil reais. Um delegado, um tenente aqui, é em torno de dois mil reais.

O que leva o tenente ou o delegado, quando ele sai, já procurar outros ramos de atividade. Ele já quer ser promotor, quer ser juiz, por que ele vai ficar na polícia, se ele vai ganhar muito mais em outras áreas. É necessário valorizar a atividade policial, sim. Dar condições de trabalho, sim. Valorizar o homem. Ouvir a polícia.

O Presidente recém-eleito reuniu todos os notáveis. Não havia um policial para falar. Não havia um. Então, quem fala de polícia é gente que nunca viu polícia. E aqui entre nós, quem nunca sentou numa viatura, gente, não vai saber falar de polícia nunca. Pode falar um monte de besteira, mas não sabe, nunca viveu, nunca sentiu. Evidentemente, não vai conseguir falar de polícia, não vai explicar o que é a realidade da polícia.

A verdade é essa: estamos pagando pelo que não cometemos. Esperamos que mude a coisa. Batalhamos por isso. É nossa missão, como faço aqui na Assembléia Legislativa, todos os dias, em televisões, quando sou chamado, em rádio, quando sou chamado, para valorizar a figura do policial, dar condições de vida para o policial. Não podemos fazer uma matéria dessas, seja o Dia da Cavalaria ou não. De bolso vazio, 80% da tropa da PM pede empréstimos e não paga.

Se querem ter segurança, vão ter que pagar um bom salário e valorizar a profissão mais sublime e mais difícil de hoje, que é a do policial, porque tem que combater o crime organizado. Muito obrigado. Um abraço a todos e boa sorte. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - UBIRATAN GUIMARÃES - PTB - Tem a palavra o nobre Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá.

 

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - Deputado Coronel Ubiratan Guimarães, presidente dos trabalhos; Coronel Alberto Silveira, comandante da PM; Coronel Tomáz Alves Cangerana, Comandante do Policiamento de Choque; Sr. General, autoridades presentes, é uma satisfação estar aqui na Assembléia Legislativa no momento em que a Polícia Militar, através do regimento, é homenageada.

Sabemos da importância da atuação da polícia militar na segurança do nosso Estado. E nós, que vivemos em Brasília, constantemente acompanhamos as comparações que existem entre a situação de segurança dos outros Estados e São Paulo. Todas as vezes nós acabamos sendo brindados coma comparação positiva de que em São Paulo a situação é menos ruim do que em outros Estados. E certamente esta avaliação positiva se dá pelo desempenho que tem a polícia militar do Estado de São Paulo.

Lembrou bem o Deputado Conte Lopes, que esse fato positivo foi a partir da assunção ao Comando Geral pelo Coronel Alberto Silveira. A Polícia Militar passava por uma série de problemas, uma série de situações, desmotivada e certamente a partir do momento que o Coronel Alberto Silveira assumiu o comando, muitas coisas mudaram. E certamente a vontade dele é que continue mudando muito mais, principalmente nessa questão do reconhecimento funcional e salarial que toda a tropa necessita e que tenho certeza, é uma luta do Coronel Alberto não só em relação à tropa da ativa, como também aqueles que estão na reserva e certamente também as nossas pensionistas, que esperam esse reconhecimento. Tenho certeza que o Cabo Wilson que está aqui, que já passou por esta Casa sabe que toda a tropa confia no seu comandante no sentido de que essa situação possa ser superada o mais rapidamente possível.

O momento anterior era de fortalecimento da tropa, de aumento de efetivo de contratação de serviços auxiliares para que a tropa pudesse ir mais para a rua. E certamente, eu que vivo na periferia da zona sul de São Paulo posso atestar e afirmar que, quer na área do CPR-2, ou CPR-10, onde diuturnamente vivo, acompanhando aqueles batalhões 3º, 12º, 22º, 27º o 1º, que há uma determinação de vontade do comando, no sentido de que essas dificuldades sejam superadas.

Paralelamente as polícias militares de todo o Brasil devem muito, durante a tramitação da reforma da Previdência, ao trabalho que foi feito pela Policia Militar do Estado de São Paulo. Foi o empenho do Coronel Alberto, através de seus oficiais de São Paulo que dão assistência parlamentar na Câmara Federal, que conseguiram salvar da reforma da previdência a situação dos policiais militares. Dou esse testemunho de público porque diuturnamente via a luta do Coronel Alberto, juntamente com os oficiais permanentemente lotados em Brasília e mais os de apoio no sentido de que essa solução fosse encontrada.

Se todas as polícias militares de todos os Estados acabaram ficando fora de uma reforma que iria prejudicar ainda mais, devem isso à luta daqueles oficiais da Polícia Militar que lá estavam em Brasília acompanhando esse trabalho e que o fazem de maneira permanente.

Estar aqui neste momento prestigiando não só o regimento, mas prestigiando o trabalho da policia militar do Estado de São Paulo, é um reconhecimento como parlamentar e como cidadão de São Paulo desse trabalho importante. Peço licença ao Coronel Alberto para cumprimentar através do Coronel Cangerana, todos os componentes do Regimento, não só aos oficiais, mas todos os praças e todos aqueles que compõem esta brilhante unidade da policia militar do Estado de São Paulo.

Estar aqui reconhecendo o trabalho da Polícia Militar, reconhecendo o trabalho do nosso comandante Coronel Alberto, tenho certeza que poderemos aguardar para breve, notícias positivas para toda a tropa. E tenho certeza que não só aqueles da ativa, como as nossas pensionistas, Dona Hortência, como todos os nossos da reserva, na certeza de que a Polícia Militar, sob o comando do Coronel Alberto, tem leme, tem norte e tem comando. E tenho certeza que acima de tudo a Polícia Militar tem o respeito dos cidadãos de São Paulo e do Brasil. Parabéns regimento, parabéns Polícia Militar do Estado de São Paulo. (Palmas)

 

O SR. PRESIDENTE - UBIRATAN GUIMARÃES - PTB - Teremos agora a apresentação do vídeo do “Regimento Cavalaria 9 de Julho” e logo após, assistiremos à execução da música “Eterno Regimento” pela Banda de Clarins.

 

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- É feita a apresentação do vídeo.

 

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O SR. PRESIDENTE - UBIRATAN GUIMARÃES - PTB - Senhoras e senhores, houve um problema técnico, mas foi possível ouvir e assistir ao vídeo, que é muito bom. Hoje o pessoal técnico do Regimento esteve aqui mas, infelizmente, o computador ainda não é tão confiável assim tanto quanto pensamos. Mas, prosseguindo nossa solenidade, ouviremos agora a execução da canção “Eterno Regimento”, pela Banda de Clarins do nosso Regimento Nove de Julho.

Vamos todos, de pé, ouvir e cantar.

 

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-              É executado número musical.

 

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O SR. PRESIDENTE - UBIRATAN GUIMARÃES - PTB - Parabéns, Cabo Brunelli, chefe da Banda de Clarins do Regimento Nove de Julho, e parabéns também aos seus músicos, que sempre nos acompanham e nos dão energia e vibração aos nossos desfiles e às nossas festas!

Concedo a palavra ao Major Eduardo José Félix de Oliveira, Comandante Interino do Regimento Nove de Julho.

 

O SR. EDUARDO JOSÉ FÉLIX DE OLIVEIRA - Exmo. Coronel Ubiratan Guimarães, mui digno Deputado estadual e Presidente desta Sessão Solene; Exmo. General de Divisão Comandante da Segunda Divisão do Exército, Heraldo Covas Pereira; Exmo. Coronel PM Alberto Silveira Rodrigues, mui digno Comandante Geral da nossa Polícia Militar do Estado de São Paulo; Exmo. Sr. Deputado federal Arnaldo Faria de Sá; Exmo. Sr. Deputado estadual Conte Lopes; Exmo. Sr. Tomáz Alves Cangerana, Coronel PM Comandante do Policiamento de Choque; Exmo. Sr. Tenente Coronel Everton Souza Tosta, da Polícia Militar da Bahia; Exmo. Sr. Tenente Coronel Mauro Pirolo, da Polícia Militar do Pará, na pessoa de quem cumprimento todos os oficiais que aqui estão representando Alagoas, Pará, Rio Grande do Sul, Maranhão e Rio de Janeiro, demais autoridades, senhoras e senhores, amigos e familiares do Regimento Nove de Julho, é com grande orgulho que estou aqui na condição de Comandante Interino do Regimento de Polícia Montada Nove de Julho, tendo a oportunidade de agradecer a esta iniciativa ímpar do nosso Deputado estadual Coronel Ubiratan Guimarães, em homenagear o centenário do Regimento Nove de Julho, através de uma Sessão Solene nesta Casa.

Tenho certeza de que ele está tão, ou mais, emocionado e orgulhoso do que eu, por poder destacar merecidamente a unidade onde escreveu grande parte da sua vida profissional. Obrigado, Coronel Ubiratan, por esta homenagem ao nosso Regimento, que vem escrevendo sua história por caminhos de luta e de vitória em defesa da sociedade paulista e da Nação brasileira!

Desde 1892, esta unidade hipo tem procurado ir ao encontro dos anseios do povo paulista e de seus governantes em defesa da ordem pública, do patrimônio, da vida e da Dignidade humana, operando num teatro de modernização e aperfeiçoamento sem esquecer no entanto dos seus valores e da sua cultura, alicerce de sua existência centenária. Por isso não poderia ser mais glamouroso do que comemorarmos as festividades do Regimento nesta Casa Legislativa que tem por objetivo defender os interesses do povo paulista e por Vossa Excelência, Coronel Ubiratan.

Em nome do Regimento de Polícia Montada Nove de Julho, agradeço os familiares, amigos e autoridades aqui presentes pela confiança e pelo prestígio que sempre nos demonstraram. Faço um agradecimento especial aos representantes das co-irmãs, meus amigos que aqui estão prestigiando, pois sabemos o quanto é sacrificante sairmos do nosso estado e irmos ao outro estado prestigiar uma unidade, ou um colega.

Muito obrigado e espero contar com a presença de todos no dia 9 de outubro, às 9 horas e 45 minutos, por ocasião da solenidade militar em comemoração ao 111º Aniversário, onde teremos a entrega da Medalha Centenária do Regimento, a abertura do 24º Torneio Hípico Internacional das Polícias Militares e a apresentação do Carrossel. Muito obrigado a todos. (Palmas).

 

O SR. PRESIDENTE - UBIRATAN GUIMARÃES - PTB - Concedo a palavra ao Sr. Tomaz Alves Cangerana, digno Coronel PM Comandante do Policiamento de Choque.

 

O SR. TOMAZ ALVES CANGERANA - Nobre Coronel Deputado Ubiratan Guimarães, Presidente desta Sessão Solene; Exmo. General Heraldo Covas Pereira, digníssimo Comandante da Segunda Divisão do Exército; Exmo. Sr. Coronel Alberto Silveira Rodrigues, digníssimo Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo; nobre Deputado federal Arnaldo Faria de Sá, nosso amigo, amigo do Regimento e amigo da Polícia Militar; nobre Deputado Conte Lopes, da nossa turma aspirante de 74, nosso amigo também e amigo do Regimento e amigo da Polícia Militar, demais autoridades já citadas pelo protocolo, minhas senhoras e meus senhores, hoje é um dia de glória para o Regimento de Polícia Montada "9 de julho".

Um dia de glória porque nos seus 1 anos,, é a primeira vez que sua Tropa ocupa os assentos desta casa de leis, para uma homenagem comemorativa do seu aniversário.

Um dia de glória porque pode, a partir de então, marcar na sua história, mais um evento memorável que, com certeza, servirá de incentivo para uma melhoria de sua prestação de serviços a comunidade, buscando sempre e cada vez mais, a qualidade total.

Como Comandante do Policiamento de Choque, ao qual está subordinado o Regimento "9 de Julho", como integrante de seus quadros por 22 anos e como seu ex-comandante,, é que ocupo este microfone, para agradecer a pessoa responsável por esta solenidade, o Dep Cel Ubiratan Guimarães, que serviu nas suas fileiras, por mais de 20 anos, e sendo seu Comandante, foi promovido ao mais alto posto da Policia Militar, para assumir o Comando do Policiamento da Capital e Região Metropolitana.

O Dep Cel Ubiratan, teve a feliz idéia de colocar-nos aqui nesta data, para que todos os Srs e Sras, ouçam a história da Policia Montada de São Paulo, que teve seu embrião em 183 1, quando da criação da milícia bandeirante, com 100 homens de infantaria e 30 de cavalaria, sob o Comando do Cap Pedro Alves de Siqueira e teve participação decisiva em todos os principais fatos da vida nacional, a partir de então, principalmente no Estado de São Paulo, senão vejamos de forma resumida.

Em 1842, na Revolução de Sorocaba, seguindo a Força Pública e integrada nas hostes de Caxias, o Comandante da Província defendeu o poder constituído.

Na Revolução dos protocolos, entre brasileiros e italianos, desagrada nesta capital, empenhou-se a fundo até a extinção do foco de desordem.

Ainda em 1842, teve seu batismo de fogo, quando teve destacada atuação no Combate de Venda Grande, cercanias de Campinas, sob o Comando também de Caxias.

Em 1893, na revolução federalista, com todas as forças vivas de São Paulo, defendeu a legalidade do Marechal Floriano Peixoto.

Formou-se com os defensores da ordem, em 1922.

Em 1924, foi o núcleo mais aguerrido da Revolução de São Paulo, obediente às ordens do então Major Miguel Costa, fiscal do Regimento.

Em 1926, forneceu grandes contingentes para operações contra os revolucionários na campanha de Goiás, sob as ordens do Comandante Geral da Força Pública, Cel Pedro Dias de Campos.

Na Revolução de outubro de 1930, engajado na 2.' Região Militar, foi um dos esteios daquela poderosa muralha de ferro e fogo, ao longo das fronteiras paulistas, na defesa do império da lei e da ordem.

Em 1932, bateu-se nas ribas de Itararé e no Vale do Paralba com determinação e fé, contribuindo com suor e lágrimas, nesta que foi uma das maiores epopéias da vida nacional.

Lutou também em faxina, Buri, Rio das Almas e em todo setor Sul.

Em 1938, no movimento integralista, permaneceu fiel ao governo constituído.

Em 07 de setembro de 1955, passou a denominar-se Regimento "9 de julho", em homenagem à data de início da Revolução Constitucionalista de 1932.

Na revolução de 31 de março, como toda Força Pública, o Regimento estava preparado e em condições de apoiar as forças legalistas.

Durante seu período de existência, exportou tecnologia para vários Estados da Federação e inclusive para a criação da Policia Montada de Israel.

Mais um fato marcante e de muito orgulho é que os dois unicos generais da Força Pública, foram formados e saíram do Regimento.  São eles Gen Miguel Costa e Gen Júlio Marcondes Salgado.

Ao Regimento também pertenceu o Ten Cabanas, que conforme historiadores, teria sido introdutor da guerra psicológica no Brasil.

É interessante também citar alguns fatos mercantes na vida deste Regimento, tais como:

Seu primeiro Comandante foi o Ten Cel do Exército, Joaquim Ignácio Baptista Cardoso, avó do Ex-Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.

Dele já saíram, 1 (um) Dep.  Estadual, que é o Cel Ubiratan Guimarães que preside esta cerimônia, 3(três) Secretários de Estado Chefe da Casa Militar do Governador, 2(dois) Juizes do Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo e fez 5(cinco) Comandantes Gerais da Polícia  Militar.

Tudo isso, Sras e Srs, deve-se ao fato de que os Policiais Militares que nele servem, são guiados pela integridade, pela honestidade, e pelo profissionalismo respeitoso e sem discriminações a todas as pessoas, visando sempre e cada vez mais, a melhoria da Segurança Pública.

Nós temos uma frase histórica, que está escrita no fronteiriço do prédio , "quando os estribos se tocam está feita a camaradagem", significa que marchamos ombro a ombro, num espírito amigo e leal, sempre visando o bem comum, dentro dos princípios da ética profissional, da moralidade, da constância, e desprezando as posturas individualistas.

Portanto Srs. e Sras., pertencer a esta Tropa Hipo, é motivo de orgulho para todos aqueles que serviram e servem, porque com seu espírito de disciplina e incondicional respeito à hierarquia, marcou de forma indelével, na história dos paulistas e da nação brasileira, sua presença altaneira e segura em todos os momentos difíceis por que passou nosso Estado e nosso Brasil.

Toda esta história, Sras e Srs, deu-se graças ao trabalho dos Comandantes deste Regimento ao longo de sua história, dos quais vários estão aqui hoje, além do Dep Cel Ubiratan Guimarães, os Cels Nelson Trankesi, Eduardo Monteiro, Vicente Benedito Marcelino da Silva, e o Comandante interino Maj  PM  Eduardo Félix de Oliveira, sendo todos eles possuidores de uma história impar de dedicação ao povo paulista, feita de muita coragem e heroísmo e que sempre transmitiram aos seus sucessores,, valores morais e intelectuais, para continuarem a escrever com letras maiúsculas sua história de glórias.

Finalmente, ao mesmo tempo em que agradeço a presença de todos os Srs e Sras que vieram abrilhantar nossa solenidade, gostaria de deixar claro que o Regimento de "9 de julho", receberá a todos no dia 9 de outubro, às 10 horas, ocasião em que será procedida a entrega da Medalha do seu centenário e a abertura do XXIV Concurso Hípico Internacional das Policias Militares do Brasil

Mais uma vez, nosso agradecimento em especial a sua Exa. o Sr. Dep. Estadual Ubiratan Guimarães, pela iniciativa deste evento, ao Exmo Sr Secretario de Segurança Pública, Dr Saulo de Castro Abreu Filho e ao Exmo Sr Cel Alberto Silveira Rodrigues, pelo apoio que têm dispensado ao Regimento "9 de Julho".

A todos os Srs e Sras, nosso abraço fraterno.

Desejo boa sorte aos concorrentes do XXIV Concurso Hípico das Policias Militares.

Um agradecimento muito especial eu faço ao nosso Comandante Supremo, que é Deus, pela oportunidade de estarmos aqui reunidos e rogo a Ele que ilumine e guarde a todos nós, agora e  sempre.

 

O SR. PRESIDENTE - UBIRATAN GUIMARÃES - PTB - Tem a palavra o nosso Comandante Geral da PM, Alberto Silveira Rodrigues.

 

O SR. ALBERTO SILVEIRA RODRIGUES - Exmo. Sr. Coronel da reserva da Polícia Militar e Deputado Estadual Ubiratan Guimarães, Presidente desta Sessão Solene; Exmo. Sr. General de Divisão Heraldo Covas Pereira, Comandante da 2ª Divisão de Exército, neste ato representando o Exmo. Sr. General de Exército Sérgio Pereira Mariano Cordeiro, Comandante Militar do Sudeste; Exmo. Sr. Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá; Exmo. Sr. Deputado Conte Lopes, nosso amigo de turma; Ilmo. Sr. Coronel da Polícia Militar Wagner Ferrari, digno chefe da Assistência Policial Militar da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, na pessoa de quem saúdo todos os comandantes e diretores aqui presentes; Ilmo Sr. Coronel da reserva da Polícia Militar, Nelson Tranchesi, digno ex-Comandante do Regimento Nove de Julho, homenageado nesta data, na pessoa de quem saúdo a todos os oficiais da reserva aqui presentes; Ilmo. Major da Polícia Militar Eduardo José Félix de Oliveira, digníssimo Comandante Interino do Regimento de Cavalaria Nove de Julho; Ilmo. Sub-Tenente da reserva da Polícia Militar Orestes Sebastião Pereira, ex-integrante do Regimento de Cavalaria Nove de Julho, homenageado nesta data, na pessoa de quem saúdo todos os praças aqui presentes; Ilmos. Oficiais das Forças Armadas e Polícias Militares co-irmãs que nos prestigiam; Ilmos. Presidentes de entidades representativas da Polícia Militar; Ilmos. representantes de Consegs, demais autoridades civis, militares, senhoras e senhores, gostaria de parabenizar o Deputado Ubiratan pela iniciativa, até porque não é verdade o que se diz que não se gosta de comemorar aniversários. Isso é mentira. Gosta-se, sim. E é preciso, sim, que se festejem os aniversários.

O Regimento de Cavalaria Nove de Julho, com seus integrantes, completa 111 anos. Não é necessário se falar da sua história. O Coronel Cangerana fez um retrospecto dos 111 anos de existência desta unidade ímpar, diferenciada da Polícia Militar. Mas é importante este aniversário. É importante para que todos nós paremos e façamos uma análise do que aconteceu nos últimos 365 dias, dos acertos, dos erros, das alegrias, daqueles que ficaram ao longo desta jornada, dos obstáculos, das coisas boas e saber que a unidade está dentro de uma atuação perfeita e harmônica de toda a instituição policial militar.

Hoje os senhores fazem parte de uma estatística extremamente importante para o nosso país. A Polícia Militar, mensalmente, prende em flagrante 10 mil pessoas. Todos os meses 10 mil pessoas são autuadas em flagrante e os senhores fazem parte disso. Dessas 10 mil pessoas, mil e quinhentas permanecem dentro do sistema penitenciário. Ainda refletindo sobre este aniversário, duas mil e quinhentas armas de fogo são apreendidas mensalmente pelos senhores dentro dessa instituição gigante que é a Polícia Militar.

Quantas vidas salvamos nesses 365 dias! Mais de 60 mulheres deram à luz nas nossas viaturas. Nos nossos braços nasceram crianças. Então, é sim importante o aniversário, para que possamos medir, mensurar, refletir e saber onde é que nossa unidade está dentro de um contexto de Polícia Militar.

Mas é importante ainda mais porque outros 365 dias se iniciam e precisamos não só da amizade, mas da energia daqueles que passaram pelo nosso quartel, pelos soldados que se aposentaram, pelos oficiais, pelos ex-comandantes. Essas pessoas têm uma energia positiva muito forte e que nos possibilita buscar outras formas de policiamento. Como poderemos dar mais segurança à nossa população?

Então, Srs. Coronéis, que já comandaram, Srs. Oficiais, que já passaram pelo Regimento de Cavalaria, tenham a certeza da importância dos senhores hoje aqui neste evento. O Major Félix, comandante interino, precisa demais desse auxílio positivo, dessa energia positiva que os senhores têm a dar a ele para que o Regimento de Cavalaria seja mais enriquecido. Prestem serviços ótimos como vêm prestando. Então, fica bastante claro que não é verdade quando alguém diz que a data de aniversário não é importante. Ela é importante, sim. Parabéns aos senhores. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - UBIRATAN GUIMARÃES - PTB - Faremos agora uma homenagem ao coronel comandante mais antigo do regimento e à praça mais antiga ainda em atividade no regimento. Dois homens que se destacam e que se destacaram na sua vida no Regimento de Cavalaria.

O Coronel Nelson Tranchesi, tive a honra de servir sob o seu comando, sendo secretário dele, e foi no comando dele que aconteceu o primeiro torneio olímpico das polícias militares. Isso nos idos de 1973. O Coronel Tranchesi dedicou-se com seu garbo, com seu espírito jovial, alegre e sempre nos indicou o caminho certo. Então agradeço ao nosso Comandante, Coronel Nelson Tranchesi. Quero agradecer, também, aos que hoje aqui estão e àqueles que passaram pelo regimento. Infelizmente, vamos só entregar uma placa para o mais antigo. Todo ano vamos entregar uma para o mais antigo. Meu comandante, meu amigo, Coronel Nelson Tranchesi, por favor. (Palmas.)

 

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-              É feita a entrega da placa.

 

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O SR. PRESIDENTE - UBIRATAN GUIMARÃES - PTB - Agora tenho a satisfação de passar às mãos do sub-Tenente Orestes, nosso amigo, praça mais antiga do regimento que no dia-a-dia está lá servindo de exemplo não só aos praças, mas também para nós oficiais. Se houver dúvida, está lá o Orestes para nos ensinar com seu jeito simpático, com seu jeito simples há 29 anos. Orestes, por favor, entrego esta placa com orgulho, com satisfação. (Palmas.)

 

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-              É feita a entrega da placa.

 

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O SR. PRESIDENTE - UBIRATAN GUIMARÃES - PTB - Prosseguindo na nossa solenidade, peço à nossa banda de clarins que execute o Toque de Silêncio em homenagem aos nossos companheiros que se foram ao longo do tempo, homens que serviram conosco, homens que batalharam lado a lado e que hoje, infelizmente, não podemos contar com sua presença. Quero aproveitar e estender também esse Toque de Silêncio ao Deputado José Carlos Martinez, Presidente do Partido Trabalhista Brasileiro, meu partido, que, infelizmente, faleceu vítima de um acidente de avião anteontem.

 

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-              É executado o Toque de Silêncio.

 

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O SR. PRESIDENTE - UBIRATAN GUIMARÃES - PTB - É sempre um motivo de tristeza ouvirmos a banda de clarins tocando o Toque de Silêncio e lembrar daqueles heróis nossos da Polícia Militar, do Regimento de Cavalaria.

Para compensarmos essa tristeza, vamos ouvir pela nossa banda a Canção da Polícia Militar que sempre nos enche de orgulho, de entusiasmo e que nos levanta no dia das nossas solenidades.

 

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-              É apresentado o número musical.

 

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O SR. PRESIDENTE - UBIRATAN GUIMARÃES - PTB - Agradecemos ao Subtenente Fidelix e ao corpo musical.

Sr. General de Divisão Heraldo Covas Pereira, Sr. Comandante Geral Coronel Alberto Silveira Rodrigues, Deputado Arnaldo Faria de Sá, Coronel Tomáz Alves, Major Felix de Oliveira, Comandante do Regimento, senhoras, senhores, autoridades, amigos, é uma emoção, mais que isso, é uma honra poder homenagear a nossa Polícia Militar através de uma unidade, o querido Regimento de Cavalaria “Nove de Julho”, uma das unidades mais tradicionais da Polícia Militar.

Falar do histórico da sua atuação ao longo da vida, nosso Comandante de Choque já nos falou. Infelizmente, o vídeo teve um problema, mas pôde mostrar-nos o que faz o nosso regimento: um trabalho diuturno, incansável, junto com a tropa da Polícia Militar, para dar segurança ao cidadão de bem.

Temos altos e baixos na carreira da Polícia Militar, mas sempre conseguimos vencer, porque acreditamos no trabalho sério, honesto, nas autoridades que nos comandam principalmente no nosso Estado e no nosso País. Problemas temos, vicissitudes passamos, mas, enquanto tivermos o espírito que impera na nossa Polícia Militar e tradicionalmente no nosso Regimento de Cavalaria, vamos superar todos os obstáculos.

É uma grande emoção ver amigos aqui presentes, pessoas que confiam na nossa Polícia, em nós. Amigos de outros estados - temos perto de 14 estados aqui representados pelos oficiais de Cavalaria -, amigos do nosso Exército Brasileiro, temos aqui o nosso general, amigos civis, enfim, pessoas que têm responsabilidade e acreditam nas coisas sérias. Somos felizes por poder participar de momentos como este.

Há 43 anos, ingressei na Polícia Militar, servi vinte e poucos anos no Regimento de Cavalaria, e lá aprendi a ser um profissional de Polícia, a agir dentro dos princípios que devem nortear a nossa causa. Senhores e senhoras, emocionado, agradeço a todos, ao nosso comandante, especialmente ao Comando atual do Regimento de Cavalaria, Major Felix, um irmão, um amigo de todas as horas, porque, até nos momentos mais difíceis, ele e muitos dos senhores aqui presentes estavam no dia mais difícil da minha vida, quando, no dia 30 de junho de 2001, fui condenado no Fórum da Barra Funda. Os amigos lá estavam para dar força; o comandante do regimento atual lá estava. Quando me perguntaram o que iríamos fazer, eu disse que não sabia, mas que iria para o Regimento de Cavalaria a fim de respirar e ter energia. E, graças a Deus, consegui.

Aos alunos da Academia do Barro Branco que estão ingressando nessa carreira brilhante, eu só posso desejar que sejam tão felizes quanto eu fui na Polícia Militar e no Regimento de Cavalaria. Senhoras e senhores, muito obrigado.

Esgotado o objeto da presente sessão, antes de encerrá-la, esta Presidência agradece às autoridades, aos funcionários desta Casa e àqueles que com suas presenças colaboraram para o êxito desta solenidade e convida a todos para um coquetel no Salão Nobre Waldemar Lopes Ferraz.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 29 minutos.

 

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