24 DE AGOSTO DE 2009

044ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO dos “150 ANOS DE FUNDAÇÃO DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE BENEFICÊNCIA DE SANTOS”

 

Presidente: FAUSTO FIGUEIRA

 

 

RESUMO

001 - FAUSTO FIGUEIRA

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que esta sessão solene fora convocada pelo Presidente Barros Munhoz, a requerimento do Deputado Fausto Figueira, na direção dos trabalhos, para comemorar os "150 Anos de Fundação da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Santos". Convida o público a ouvir, de pé, o Hino Nacional Brasileiro. Dá conhecimento da íntegra e agradece mensagens alusivas à efeméride, encaminhadas pela Deputada Maria Lúcia Prandi, do PT; e pelo Secretário de Estado de Comunicação Bruno Caetano.

 

002 - MONICA CRISTINA PEDRO DOS SANTOS

Da Ordem dos Advogados do Brasil, Subsecção de Santos - Cumprimenta a administração do hospital. Destaca a justeza da homenagem.

 

003 - MARIO CARDOSO FILHO

Diretor-Técnico da Beneficência Portuguesa de Santos - Recorda o seu trabalho na instituição neste sesquicentenário, ao lado do Deputado Fausto Figueira. Ressalta a qualidade no atendimento médico e o respeito aos pacientes, com o emprego de tecnologia de ponta.

 

004 - PEDRO EDUARDO DAHER

Diretor-Clínico da Beneficência Portuguesa de Santos - Cita o seu orgulho em integrar a equipe médica do hospital. Faz retrospecto sobre sua trajetória profissional. Parabeniza a todos.

 

005 - Presidente FAUSTO FIGUEIRA

Anuncia a exibição de vídeo intitulado "150 Anos de Amor à Vida".

 

006 - ADEMIR PESTANA

Presidente da Beneficência Portuguesa de Santos - Informa que o hospital foi fundado em 21 de agosto de 1859, por vinte portugueses. Ressalta a precariedade da higiene pública na época, na vila que tinha nove mil habitantes. Relata a construção das várias unidades do complexo, especialmente o da Vila Belmiro, que é referência em várias especialidades médicas. Comunica que a instituição é dotada da melhor tecnologia em equipamentos clínicos, inclusive para a realização de transplantes. Presta homenagem, com a entrega da "Medalha dos 150 Anos" e "botton" ao Deputado Fausto Figueira.

 

007 - Presidente FAUSTO FIGUEIRA

Anuncia a entrega de flores, feita pela Sra. Elzir Pereira da Anunciação, Presidente do Gassa - Grupo de Apoio Social Santo Antônio (Voluntárias da Beneficência Portuguesa) à Sra. Ivânia Maria Scrivano Pestana, esposa do Dr. Ademir Pestana; e pela Sra. Odete Gonçalves de Jesus, ex-Presidente do Gassa, à Sra. Maria de Lourdes dos Santos, Diretora-Secretária da Beneficência Portuguesa. Fala de sua honra e gratidão por ter sido agraciado com a "Medalha dos 150 Anos". Ressalta a memória dos fundadores da Beneficência Portuguesa e a importância da comunidade luso-brasileira. Enaltece a riqueza da história de Santos. Recorda a construção das várias unidades do hospital, referência em vários setores da Medicina, que conta com tecnologia, inclusive para transplantes. Elogia o corpo clínico, do qual é integrante, e a administração, no compromisso de trabalhar em prol da saúde pública. Louva o trabalho das voluntárias. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Fausto Figueira.

 

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O SR. PRESIDENTE – FAUSTO FIGUEIRA - PT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O SR. PRESIDENTE - FAUSTO FIGUEIRA - PT- Presentes à Mesa: Presidente da Beneficência Portuguesa de Santos Ademir Pestana; Dr. Mário Cardoso Filho, Diretor-Técnico da Beneficência Portuguesa, ex-Presidente da Associação Médica Brasileira e ex-membro do Conselho Nacional de Saúde; Dr. Pedro Eduardo Daher, Diretor-Clínico da Beneficência, cirurgião-geral e gineco-obstetra; Dr. Carlos Alberto Lima, Diretor-Financeiro da Beneficência.

Senhoras, senhores, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, esta Sessão Solene foi convocada pelo Presidente desta Casa, Deputado Barros Munhoz, atendendo solicitação deste Deputado, com a finalidade de comemorar os 150 anos de Fundação da Sociedade Portuguesa de Beneficência.

Convido todos os presentes para, de pé, ouvirem o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar, sob a regência do 2º Tenente Músico Jassen Feliciano.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - FAUSTO FIGUEIRA - PT - Agradeço à Banda da Polícia Militar.

Gostaria de iniciar esta cerimônia lendo uma mensagem da Deputada Maria Lúcia Prandi, que não está presente em razão da Audiência Pública sobre o Orçamento do Estado de São Paulo na Cidade de Santos. Então, estamos nos dividindo. Ela está aqui representada pelo seu Chefe de Gabinete Eduardo.

Passo a ler a mensagem:

“São Paulo, 24 de agosto de 2009

Ilmo. Sr.

Ademir Pestana

Diretor-Presidente da Beneficência Portuguesa

Ilustríssimo Presidente,

Saúdo, com alegria os 150 anos do Sociedade Portuguesa de Beneficência, consciente de sua inestimável contribuição à Cidade de Santos.

A data comemorativa traduz a força de uma instituição que tem a história inteiramente ligada a ideais de solidariedade, amor ao próximo e realização do bem comum.

É uma das grandes e inestimáveis contribuições da colônia portuguesa. Reconheçamos, com orgulho, a luta desta Instituição filantrópica para manter as portas abertas a todos, sem distinções.

São 150 anos de atuação benemérita, sempre buscando a modernização, o aprimoramento e a ampliação dos serviços.

Por força de estar participando, em Santos, de audiência pública sobre o Orçamento do Estado para 2010, no mesmo horário, lamentavelmente não posso comparecer à Sessão Solene que se realiza nesta Casa.

Sr. Presidente Ademir Pestana, demais diretores, e todos os presentes, recebam a minha carinhosa saudação. E tenham certeza do meu compromisso de atuação em defesa da Sociedade de Beneficência Portuguesa.

Atenciosamente,

Maria Lúcia Prandi,Deputada Estadual – PT”

Passo a ler, também, a mensagem do Secretário de Estado de Comunicação:

“Senhor Presidente,

Na impossibilidade de comparecer à Sessão Solene em comemoração aos 150 anos de fundação da Sociedade Portuguesa Beneficência de Santos, solicito o especial obséquio de transmitir meus cumprimentos aos homenageados, bem como ao nobre Deputado Fausto Figueira pela iniciativa.

Agradecendo a gentileza do convite, subscrevo-me,

Cordialmente.

Bruno Caetano,Secretário de Comunicação.”

Gostaria de passar a palavra à Sra. Mônica Cristina Pedro, representando a OAB-Subsecção de Santos.

 

A SRA. MÔNICA CRISTINA PEDRO - Bom-dia a todos. Não vim preparada para falar. Vou apenas cumprimentar o Presidente Ademir Pestana pelos 150 anos da Beneficência Portuguesa e pela homenagem que está recebendo da Assembleia Legislativa. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - FAUSTO FIGUEIRA - PT - Esta Presidência quer anunciar a presença de Lílian Passarela Hermida, Presidente do MAF - Movimento de Arregimentação Feminina; de Maria Zilda da Cruz, Presidente da Academia de Ciências, Letras e Artes de Santos; de Elzir Pereira da Anunciação, Presidente do Gassa - Grupo Assistencial Santo Antonio; de Maria Lúcia Henriques Coutinho, Conselheira do Hospital Beneficência Portuguesa, representando o Colégio São José e Associação das Irmãs do Colégio São José; de Maria Araújo Barros de Sá e Silva, Presidente da Academia Santista de Letras; de Odete Gonçalves de Jesus, ex-Presidente do Gassa e Ivânia Maria Pestana, esposa do nosso querido Ademir Pestana.

Concedo a palavra ao Sr. Mário Cardoso Filho, Diretor Técnico do Beneficência Portuguesa.

 

O SR. MÁRIO CARDOSO FILHO - Dr. Ademir Pestana, Presidente da Sociedade Portuguesa de Beneficência, na pessoa de quem saúdo todos os membros da Mesa; Daher, meu colega diretor-clínico do hospital, na pessoa de quem saúdo os médicos do nosso corpo clínico; nossos funcionários; nossas rosinhas; Deputado Fausto Figueira, permita-me quebrar o protocolo e chamá-lo de amigo Fausto, afinal juntos começamos nossa vida associativa: você, presidente do Sindicato dos Médicos de Santos, eu, presidente da Associação dos Médicos de Santos, hoje nos reencontrando talvez mais maduros.

Mas não menos apaixonados pela causa da Saúde em nosso país, em nosso estado e na nossa cidade. O Sesquicentenário da Sociedade Portuguesa de Beneficência é uma data muito importante. É a nossa casa, a sua e a minha, pois lá eu nasci para a vida, lá eu nasci profissionalmente e tive a honra de retornar agora, a convite do presidente Ademir Pestana e de sua diretoria, para assumir o honroso cargo de diretor-técnico. E sinto que em função disso, de estar dentro da Beneficência, continuo como você, Fausto, tenho certeza, com a mesma paixão, lutando pela saúde do nosso povo, a qualidade da Medicina aqui praticada. Porque é isso que a Beneficência faz.

A Beneficência é nossa parceira, e, como nós, luta e consegue dar qualidade à Medicina lá praticada, consegue dar respeito e dignidade aos pacientes que a procuram, respeito e dignidade a todos nós, médicos e profissionais da Saúde, bem como aos profissionais administrativos que lá trabalham no cumprimento da sua missão. Preocupa-se em dar atendimento de ponta, tecnologia da mais inovadora, marcando o seu sesquicentenário com avanços importantes, inaugurações de maquinários de última geração. Dentro do hospital preocupa-se em praticar amor, em atender com carinho, atender com amizade todos aqueles que nos procuram, como é fácil imaginar, em momentos difíceis e delicados.

É realmente muito gratificante poder estar aqui, hoje, junto com vocês comemorar essa data muito importante e dizer: Viva a Beneficência! Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - FAUSTO FIGUEIRA - PT - Passo a palavra, agora, ao Dr. Pedro Eduardo Daher, que é o diretor-clínico da Beneficência.

 

O SR. PEDRO EDUARDO  DAHER - Deputado Fausto Figueira, que nos proporcionou essa homenagem, Ademir Pestana, demais membros da Mesa, colega Mário Cardoso, diretor-financeiro Sr. Lima, todos os presentes, por duas razões sinto-me feliz e lisonjeado: primeiro pelo fazer parte da história da Beneficência Portuguesa, e, segundo, por estar como diretor-clínico nessa data tão especial.

Há mais ou menos 30 anos comecei o meu caminho nesse hospital. Trabalhei em Santos em todos os outros hospitais - Santa Casa, Casa de Saúde, Hospital São Lucas, São José. Depois de algum tempo firmei a Beneficência como a minha segunda casa; sou um dos primeiros a chegar pela manhã e talvez seja um dos últimos médicos a sair do hospital.

Nesses 30 anos de profissão tive muitos percalços, dificuldades, batalhas, derrotas; tive mais vitórias do que derrotas. Por isso sinto-me parte daquele hospital, sinto-me como um filho daquele hospital.

Saúdo todos profissionais que por lá passaram e que lá estão e os parabenizo por fazerem parte daquela casa que é uma grande família. Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - FAUSTO FIGUEIRA - PT - Assistiremos agora à apresentação de um vídeo que fala dos 150 anos de amor à vida da Beneficência Portuguesa.

 

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- É feita a exibição do vídeo. (Palmas.)

 

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O SR. PRESIDENTE - FAUSTO FIGUEIRA - PT - Neste momento concedo a palavra ao meu amigo Ademir Pestana, Presidente da Beneficência Portuguesa de Santos.

 

O SR. ADEMIR PESTANA - Bom-dia a todos. Inicialmente quero cumprimentar o Presidente desta Casa na pessoa do nosso Deputado, médico e amigo, Dr. Fausto Figueira, a quem agradeço a honra de estar aqui, reconhecendo o trabalho dessa instituição que, no dia 21 do corrente, completou 150 anos. Quero cumprimentar também o diretor-clínico, Dr. Pedro Eduardo Daher, Dr. Mário Cardoso Filho, Diretor-Técnico e gestor do plano de saúde, e o nosso diretor-financeiro, Carlos Alberto Limas. Cumprimentar também vários funcionários aqui presentes, conselheiros, membros da comissão fiscal, as nossas gassianas - vocês são as verdadeiras e autênticas histórias da Beneficência Portuguesa, histórias de solidariedade, de amor à vida, como o nosso filme mostrou há pouco.

Sr. Presidente, quero iniciar minha fala dizendo que se o mês de agosto é especial para a Beneficência Portuguesa de Santos, posso afirmar que este momento é ímpar na história de 150 anos dessa instituição. Nascida da boa vontade e da preocupação pelo bem da coletividade de vinte portugueses que se reuniram no friorento cair da tarde, na casa de José Joaquim de Souza Airam Martins, no próspero vilarejo formado nas proximidades do Porto de Santos.

Era final do dia 21 de agosto de 1859, quando os fundadores da Beneficência se reuniram para deixar de lado a discussão que há dois anos unia aquele grupo e partir para ação.

Esses portugueses se juntaram para fundar uma beneficência portuguesa que acolhesse os compatriotas enfermos e indigentes e aqueles que aqui chegavam sem família, sem trabalho; facilitar a educação e ensino, ordenar o sepultamento e até assistir financeiramente aqueles mais precisados. Como 21 de agosto era a data natalícia de D. Pedro V, Rei de Portugal, o muito Amado, a instituição foi denominada Sociedade Portuguesa de Beneficência D. Pedro V.

Duas semanas depois a entidade já possuía noventa e oito sócios. Registrou-se um crescendo, quando se decidiu que parte da arrecadação seria destinada ao Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Santos que atendia a todos os enfermos. Que eram muitos, em virtude dos males provocados pelas epidemias reinantes. As condições de trabalho da população livre e escrava eram as piores possíveis. Os surtos de febre amarela eram constantes. As condições sanitárias eram deficientes. A cidade crescia.

Em 1859, a população era de aproximadamente nove mil habitantes, quase toda concentrada no bairro comercial onde morava Airam Martins. A maioria da população morava em casas térreas ou em casebres coletivos, híbridos, montados em tábuas de caixas de banha, com telhados de lata, verdadeiros focos de epidemias e pestes.

Contribuía para as epidemias a topografia da região, evidenciando os charcos, mangues, córregos e praias lodosas. Nas marés baixas sob o sol escaldante, os detritos e águas fedorentas empesteavam o ar. Os óbitos, segundo o historiador Jaime Franco, ultrapassavam, em muito, os nascimentos. Por isso era necessária a construção de outro hospital para dar suporte à Santa Casa que comportava poucos doentes, pois fora construído para atender aos embarcadiços que chegavam a Santos e a diretoria da filantrópica Beneficência Portuguesa se lançava em novo desafio: a construção de um hospital.

O médico austríaco Frederico Guilherme Von der Meden, que residia em Santos, ofereceu seus serviços gratuitamente para atender no hospital, cuja obra foi iniciada em abril de 1868.  Mas em virtude da situação financeira, foi concluída somente dez anos depois, no bairro do Paquetá, pertinho do porto. Quatro décadas depois, Santos já era referência pelo crescimento demográfico, principalmente em função do porto que iniciava obras de expansão. O desenvolvimento do porto que avançava para o bairro do Paquetá e o alagadiço da área impeliram os diretores a pensar em um novo prédio. A inauguração do atual prédio da Beneficência, que ocupa uma quadra na vila mais famosa do mundo, a Vila Belmiro, foi inaugurado em 1º de dezembro de 1926, marcando uma nova etapa da entidade filantrópica.

A solidariedade é o principal vetor da história da Beneficência Portuguesa e fazer parte desta história é um privilégio, principalmente porque ela é sem sombra de dúvidas uma partícula importante no sistema de saúde de Santos. Da Região Metropolitana da Baixada Santista, do Estado de São Paulo e consequentemente do País.

A homenagem que a Assembleia Legislativa, por iniciativa do Deputado Fausto Figueira, é um capitulo à parte da história dessa instituição que nasceu sob o escudo da solidariedade, sob o arrimo do desprendimento de portugueses que imbuídos de esperança por uma sociedade melhor, mais justa e igualitária.

A homenagem desta Casa de Leis é com certeza o reconhecimento do Estado ao trabalho desenvolvido pela Beneficência Portuguesa que busca a cada dia, ampliar e aperfeiçoar suas atividades e consequentemente, o atendimento àqueles que nos procuram, independente da nacionalidade, independente da enfermidade.

A Beneficência Portuguesa, hoje referência em vários tratamentos, com cerca de cinquenta especialidades médicas, com serviços de alta complexidade nas áreas de cirurgia vascular, tórax, urologia, gastroenterologia, cabeça, pescoço e outras, caminha a cada dia, de forma obstinada, na busca da excelência no atendimento médico hospitalar. E é por esta busca que entregou no último dia 21, data do sesquicentenário, mais um equipamento de última geração a serviço da saúde: a Gama Câmara Brightview, usada na Medicina Nuclear para a realização da Cintilografia, exame que possibilita o estudo anatômico de vários órgãos e tecidos e está fazendo adaptações para em sua Unidade de Tratamento de Fígado, para a realização de transplante de rins.

É a Beneficência se equipando com tecnologia, com conhecimento por parte de nossos profissionais e com adequação de sua parte física para oferecer o maior e melhor atendimento.

Referência em Oncologia, em Maternidade e tantas outras especialidades, a Beneficência Portuguesa é também referência em superação graças aos esforços de sua grande família formada por profissionais da saúde, funcionários, voluntários, diretores e colaboradores.

É esta grande família que agradece ao Deputado Fausto Figueira e a todos os parlamentares de São Paulo que provocou este momento especial, enriquecendo ainda mais a história da Beneficência Portuguesa. É em nome desta família que entrego ao Deputado Fausto Figueira a Medalha dos 150 anos.

Muito obrigado

 

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- É feita a entrega da Medalha dos 150 Anos. (Palmas.)

 

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O SR. ADEMIR PESTANA - Deputado Fausto Figueira, é uma honra fazer a entrega dessa medalha a um médico sensível às coisas públicas, que participa e se preocupa não apenas com a Beneficência, mas também com a Saúde do nosso Município e do Estado.

Essa medalha representa pouco pela vontade e solidariedade de Vossa Excelência. Se existe um médico que tem o espírito da Beneficência Portuguesa, de uma Santa Casa, podemos dizer que o nome desse médico é Fausto Figueira.

Esse “botton”, usado pela Diretoria, pelos Conselheiros, lembra Portugal e esse legado de 150 anos.

 

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- É feita a entrega da homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. ADEMIR PESTANA - Srs. Deputados, gostaria de acrescentar que, além dessa gama-câmara, a Beneficência recebeu uma doação do Governo do Estado, por meio do Governador José Serra, de 139 mil dólares para comprarmos uma nova pastilha da bomba de cobalto. Já estamos importando essa pastilha.

Além disso, foi aberta uma linha de crédito de três milhões de reais. Compramos, com isso, o primeiro acelerador linear conformacional da Região Metropolitana. Esses equipamentos vão atender ao SUS e recolocar a Beneficência na vanguarda da Oncologia naquela cidade.

O deputado tem acompanhado essa questão. Provavelmente em dezembro já teremos esses equipamentos funcionando, Sr. Deputado. Vossa Excelência se preocupou com isso, lutou para que conseguíssemos essa compra com o Governador. Não poderíamos deixar de mencionar isso, nobre Deputado Fausto Figueira. Fica aqui a gratidão pela homenagem e também a gratidão da Cidade de Santos pelo seu desempenho nesta Casa e pelo seu desempenho como médico. Fui vereador por oito anos, acompanhei V. Exa. por várias vezes no atendimento às pessoas que não podiam nem sequer se deslocar até o Pronto-Socorro.

Parabéns e muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - FAUSTO FIGUEIRA - PT - Fico muito feliz com isso. Gostaria de anunciar a presença da Sra. Maria de Lourdes dos Santos, Diretora-Secretária da Beneficência Portuguesa; Professora Suely Morgado, ex-Vereadora da Câmara Municipal de Santos, hoje minha assessora. Informo também que recebemos uma mensagem do Secretário de Comunicação da Secretaria de Governo do Estado de São Paulo, Bruno Caetano.

Peço que a Sra. Elzir Pereira da Anunciação, Presidente do Gassa - Grupo de Ação Social Santo Antônio, grupo de voluntárias da Beneficência, entregue flores em homenagem à Sra. Ivânia Maria Scrivano Pestana, esposa do nosso Presidente Ademir Pestana.

 

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- É feita a entrega de flores.

 

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O SR. PRESIDENTE - FAUSTO FIGUEIRA - PT - Peço à Sra. Odete Gonçalves de Jesus, ex-presidente do Gassa, que entregue flores em homenagem à Sra. Maria de Lourdes dos Santos, diretora da Beneficência Portuguesa.

 

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- É feita a entrega de flores.

 

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O SR. PRESIDENTE - FAUSTO FIGUEIRA - PT - Neste momento, gostaria de dizer, particularmente à Beneficência Portuguesa, algumas palavras que rascunhei para comemorarmos esta data. Mais uma vez, agradeço ao Sr. Ademir Pestana, Presidente da Beneficência Portuguesa; ao meu amigo Mário Cardoso; ao Sr. Pedro Daher; ao Sr. Carlos Alberto Lima; à Presidente do Gassa, Dona Elzir da Anunciação. É um privilégio interpretar esse sentimento coletivo. É muito bom termos mandato porque podemos fazer, em nome das pessoas, aquilo que nos mandam fazer. É uma surpresa muito grande ter recebido essa medalha, o que me honra sobremaneira, gratificando-me por minha atuação como médico e como parlamentar da minha região.

“São Paulo, 24 de agosto de 2009

Senhoras e Senhores, naquele distante dia 21 de agosto de 1859, aquele pequeno grupo de portugueses, tendo à frente José Joaquim de Souza Airam Martins e Joaquim José da Costa e Silva, não imaginava estar fazendo história.

O objetivo era modesto. Organizar a comunidade lusitana para dar suporte aos imigrantes patrícios que escolhiam a Cidade de Santos para fazer a América.

As lendárias e péssimas condições sanitárias da cidade na época levaram aqueles pioneiros a projetar a construção de um hospital. E desta forma se ergueu uma das mais importantes e tradicionais instituições do Litoral Paulista.

A Sociedade Portuguesa de Beneficência de Santos, mantenedora dos hospitais Santo Antônio e Santa Clara, transformou-se num dos pilares do sistema de saúde da região.

A Cidade de Santos, da qual me orgulho ter sido vereador e recebido o título de cidadão emérito, tem uma rica história, que se confunde com a da formação do Estado de São Paulo e do Brasil.

Santos conta com poderosos símbolos que compõem a sua identidade, e entre eles, sem dúvida, estão a importância sociocultural da comunidade lusobrasileira, a Sociedade Portuguesa de Beneficência e a sua imponente sede situada à Avenida Bernardino de Campos.

Do velho hospital construído no bairro do Paquetá, e inaugurado em 1878, passando pelo tradicional Hospital Santo Antônio, de 1926, ao moderno Santa Clara, em funcionamento desde 1990, foram anos de brava luta e bons serviços prestados à saúde da região. Mais do que a sua representação simbólica, a Beneficência cumpre um papel fundamental para o bem-estar da população da Baixada.

Seus hospitais são hoje referências no tratamento de câncer e cardiopatia, maternidade e outras especialidades, possuindo um corpo clínico de alto gabarito e utilizando tecnologias de última geração.

É fundamental ressaltar nesta homenagem o compromisso que todos temos com a saúde pública.

A Beneficência Portuguesa é hoje um dos pilares do Sistema Único de Saúde na Baixada Santista.

E é neste contexto que reafirmo o meu compromisso, como parlamentar e militante da saúde, de promover todos os esforços possíveis para dotar a instituição das condições necessárias a fim de oferecer cada vez melhor atendimento aos beneficiários do sistema público.

Se no início desta história sesquicentenária o objetivo daqueles notáveis imigrantes era oferecer amparo à comunidade lusitana, a saga que hoje comemoramos mostrou que a entidade superaria desafios muito maiores. O de se consolidar como uma das principais referências do sistema de saúde da região certamente foi o maior deles.

Manter-se nesta posição e melhorar ainda mais a qualidade dos seus serviços são imposições desta história de sucesso e de grande esforço coletivo.

Como médico e membro do corpo clínico, sinto-me à vontade para exaltar o bom trabalho de funcionários, auxiliares de enfermagem, técnicos, enfermeiras, médicos e dirigentes dos hospitais mantidos pela Beneficência, a quem quero aqui manifestar os meus cumprimentos, pois são eles que carregam hoje a história destes 150 anos de exitosa existência.

Merecem menção especial os verdadeiros anjos da guarda da instituição, o corpo de voluntárias, que com a sua dedicação ajudam no árduo trabalho de assistência aos pacientes.

Convivi em diferentes fases de minha vida, neste Hospital, com alguns médicos que de maneira especial queria me referir. Dr. Edgar Navarro, com quem ainda nos meus primeiros anos da Faculdade de Medicina aprendi os primeiros passos como cirurgião; Dr. Quadros, contemporâneo de meu pai na Faculdade de Medicina da USP, anestesista que ainda de maneira ativa participa da vida da Beneficência., Dr. Nedo e Dra. Maria José Romitti, de quem recebi ensinamentos do exercício exemplar de medicina e do respeito aos pacientes;  Dr. George Bitar, meu companheiro de lutas médicas no Sindicato e Associação dos Médicos de Santos; Dra. Terezina Fernandes, endoscopista brilhante desta casa, e por fim, meu querido Sálvio Bari, cúmplice de sonhos e de utopias.

Quero também parabenizar meu ex-companheiro de Partido dos Trabalhadores e de Câmara Municipal de Santos, atual presidente da Beneficência Portuguesa de Santos, Ademir Pestana; e os meus amigos médicos, Mário Cardoso Filho diretor técnico; e Pedro Eduardo Daher, diretor clínico da Beneficência, em nome de todos os membros desta valorosa instituição.

Longa vida à Sociedade Portuguesa de Beneficência de Santos!

Um grande abraço a todos.”

Quero saudar a Senhora Elzir Pereira da Anunciação, Presidente do Gassa - Grupo de Apoio Social Santo Antônio, grupo de voluntárias da Beneficência.

Senhoras e senhores, esgotado o objeto da presente sessão, esta Presidência, antes de encerrá-la, agradece as autoridades, à minha equipe, Ana, Eduardo, aos funcionários do Som, da Taquigrafia, do Serviço de Atas, do Cerimonial, da Secretaria Geral Parlamentar, da Imprensa da Casa, da TV Legislativa e das Assessorias Policiais, Civil e Militar, bem como a todos que, com suas presenças colaboraram para o êxito desta solenidade e convida a todos para um “Brunch” no Salão dos Espelhos.

Muito obrigado.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 11 horas e 18 minutos.

 

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