24 DE AGOSTO DE 2009

045ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AOs 23º ANIVERSÁRIO DE FUNDAÇÃO DA APABB (ASSOCIAÇÃO DE PAIS, AMIGOS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, DE FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL E DA COMUNIDADE)”

 

Presidente: RAFAEL SILVA

 

 

RESUMO

001 - RAFAEL SILVA

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que a presente sessão solene foi convocada pelo Presidente Barros Munhoz, a requerimento do Deputado Rafael Silva, ora na direção dos trabalhos, com a finalidade de comemorar o 23º Aniversário de Fundação da APABB (Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade). Convida o público presente a ouvir, de pé, o Hino Nacional Brasileiro. Manifesta o orgulho de receber pessoas de todo o Brasil, neste momento de grande importância para esta Casa e informa que esta sessão solene constará do Diário Oficial e será gravada pela TV Assembleia.

 

002 - BERENICE SOUZA

Registra presenças e diz estar muito honrada com o comparecimento de todas as pessoas.

 

003 - Presidente RAFAEL SILVA

Anuncia a apresentação de vídeo institucional com os programas e projetos da APABB. Diz que o trabalho realizado pelos 14 núcleos da APABB, de todo o Brasil, é especial e representa uma luz de esperança, lembrando que a pessoa deficiente, com carinho e atenção, será mais feliz e mais efetiva.

 

004 - BERENICE SOUZA

Fundadora da Associação, faz uma explanação sobre o histórico da APABB. Diz que a APABB foi criada em oito de agosto de 1987, por necessidade de autoajuda e compreensão das questões próprias do convívio com os deficientes. Informa que se trata de um movimento de reabilitação e que a APABB é uma entidade que promove a inclusão social através do núcleo familiar e comunitário onde vivemos, destacando que são realizados mais de 60 mil atendimentos.

 

005 - NILTON BRUNELLI

Diretor de Comunicação e Desenvolvimento da ANABB, diz ter passado por quase todas as entidades do Banco do Brasil e considera a APABB, um caso especial em sua carreira, lembrando que os recursos eram poucos, mas que tudo era feito com muito amor. Cumprimenta a atual diretoria da APABB e os diretores anteriores.

 

006 - GERALDO PEDROSO MAGNANELLI

Fala em nome de todas as entidades de São Paulo, diz que estas devem estar sempre unidas e trabalhar junto com o Deputado Rafael Silva, que nunca as esquece e sempre as homenageia.

 

007 - WILSON GOMES DA ROCHA FILHO

Jovem que faz parte do Projeto, diz que a APABB é a sua segunda família e agradece à entidade pela ajuda que está dando a ele e a outros portadores de deficiência.

 

008 - ROBERTO TINÉ

Presidente da APABB, cumprimenta as autoridades presentes e diz que, há 22 anos, um grupo de funcionários do Banco do Brasil criou a APABB, destacando que alguns desses funcionários estavam presentes hoje aqui, nesta solenidade. Manifesta o orgulho pelo trabalho realizado ao longo desses anos e lembra que o Deputado Rafael Silva promoveu esta homenagem por saber que hoje a APABB faz parte do cenário social do Brasil. Diz que a APABB é do povo e serve à comunidade, tendo conquistado o título de utilidade pública concedido pelo Ministério da Justiça.

 

009 - Presidente RAFAEL SILVA

Diz que a sua assessoria valoriza esse segmento por entender que a pessoa com deficiência não escolheu esse destino. Manifesta a sua emoção por estar com seus companheiros de trabalho do Banco do Brasil e com pessoas com deficiência. Diz que conhece os dois lados da vida. Lembra que ficou cego há 23 anos e que aprendeu a conhecer a força da mente humana, uma luz que habita no interior de cada um, tendo vencido o desafio e, eleito vereador por dois mandatos, está agora em seu 4º mandato de deputado estadual. Agradece aos fundadores da APABB pela grandeza do papel que desempenham. Agradece a todos que colaboraram para o êxito desta solenidade. Encerra a sessão.

 

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Rafael Silva.

 

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O SR. PRESIDENTE – RAFAEL SILVA - PDT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O SR. PRESIDENTE – RAFAEL SILVA – PDT - Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Nos termos regimentais, esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta Sessão Solene foi convocada pelo Presidente efetivo desta Casa, atendendo solicitação deste Deputado, com a finalidade de homenagear a Apabb - Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade.

É um orgulho imenso, como Presidente desta sessão, receber pessoas do Brasil todo, neste momento de grande importância para esta Casa.

Temos, compondo a Mesa, o Sr. Roberto Tiné, atual Presidente da Apabb, e Berenice Souza, ex-Presidente.

Esta Sessão Solene, que está sendo gravada pela TV Legislativa, é uma sessão oficial da Assembleia Legislativa e tudo que aqui for dito constará no “Diário Oficial” do Estado de São Paulo.

Convido todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do 2º Tenente Músico PM Jassen Feliciano.

 

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE – RAFAEL SILVA – PDT - Esta Presidência agradece à a Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, na pessoa do Tenente Músico PM Jassen Feliciano.

A Presidência concede a palavra à Sra. Berenice Souza, ex-Presidente da Apabb, para que faça a leitura dos nomes das autoridades presentes, das pessoas que vieram de vários pontos do Brasil para abrilhantar este acontecimento.

 

A SRA. BERENICE SOUZA – Gostaríamos de registrar a presença da Sra. Márcia Gurgel, da Gestão de Pessoas do Banco do Brasil, Waldenor Moreira Borges Filho, Presidente da Apabb, Waldemar Ieri, Presidente da Aabb de São Paulo, Nilton Brunelli, Diretor de Comunicação e Desenvolvimento da Anab; Sra. Mércia Clemente Kottke, representando o Diretor Jurídico do Banco do Brasil, Sr. Joaquim Portes de Cerqueira César; Sra. Mariza Maurer, da Cooperforte; Sra. Magali Pereira, representando a Cassi; Sra. Maria Claúdia, representando a CliniCassi; Sra. Carmelita dos Santos Nova, Representando o Conselho Deliberativo da Satélite Esporte Clube; Sr. Údine Verardi, representando o Deputado Salim Curiati; Sr. Geraldo Sola, representando a Apabb.

Agradecemos a todos e queremos dizer que estamos muito honrados com sua presença.

 

O SR. PRESIDENTE – RAFAEL SILVA – PDT – Esta Presidência anuncia a apresentação de Vídeo Institucional com os programas e projetos da Apabb. Esse vídeo será apresentado para que as pessoas que ainda não conhecem esse trabalho maravilhoso possam ter ciência do que é feito em favor de pessoas que precisam de uma oportunidade especial.

 

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- É feita a apresentação do vídeo.

 

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O SR. PRESIDENTE – RAFAEL SILVA – PDT – Convém destacar que esse trabalho é realizado por 14 núcleos da Apabb distribuídos por todo o Brasil. É um trabalho gigantesco feito em favor dessas pessoas especiais. Também é um trabalho especial que representa uma luz de esperança.

A sociedade humana seguia o tripé crenças, normas e valores. Os valores defendidos pela Apabb deverão atingir um dia, se Deus quiser, todas as instituições, todos os grupos sociais e todas as pessoas que entenderão que a pessoa com deficiência não escolheu essa realidade. Ela faz parte desta grande Nação que se chama Brasil. Ela recolhe seus impostos, participa. Com carinho, atenção e oportunidade a participação será muito mais efetiva e feliz.

Esta Sessão Solene será transmitida no sábado, às 23 horas, na TVA, canal 66, e na Net, canal 13.

Quero fazer uma referência especial à D. Yeda, uma pessoa maravilhosa que nos acompanha na sessão e nos orienta para que tudo saia bem. Queremos estender nosso abraço e agradecimento ao pessoal que, de forma anônima, participou, valorizando a iniciativa da Sra. Berenice Souza e de outros em favor dos portadores de deficiência, hoje chamados de pessoas com deficiência.

Temos aqui o Sr. Roberto Tiné, que está seguindo o mesmo caminho. Os dois, porém, representariam muito pouco se não tivessem o apoio de tanta gente. Ao chegar aqui, falei com o Magnanelli, uma bandeira do Banco do Brasil, como todos sabem. Ao lado de outros companheiros, defende a instituição e as entidades do banco, sempre presente em todos os acontecimentos.

Queremos cumprimentar o Nilton Brunelli, aqui presente, que é de Ribeirão Preto, e agora está em Brasília. Temos também o pessoal de Ribeirão Preto e outras pessoas que vieram de pontos distantes para participar desta homenagem, que é o reconhecimento por esse trabalho maravilhoso.

A Presidência concede a palavra à Sra. Berenice Souza, fundadora da Associação que fará uma explanação sobre o histórico da Apabb.

 

A SRA. BERENICE SOUZA - Boa-noite a todos. Queremos agradecer ao nobre Deputado Rafael Silva, um “apabebeano” antigo que nos concede esta honraria. Quero cumprimentar todos os presentes e dizer que estamos felizes em estar aqui.

Gostaria de fazer uma menção especial ao Magnanelli, que hoje está aqui representando o Instituto Cooperforte. Na verdade, ele representa todas as bandeiras das lutas do funcionalismo do Banco do Brasil – já esteve na Cassi, na Previ, no Satélite, na ABB. Magnanelli representa essa força do funcionalismo do Banco do Brasil. Na sua pessoa, quero agradecer a presença de todos nesta noite para prestigiar a Apabb.

Estou muito feliz, porque estou vendo não apenas os representantes das entidades, mas as famílias, nossos meninos do Projeto Movimento, minha filha Emília, delegados de São Paulo.

Caros amigos, estamos todos muito honrados por estarmos aqui hoje recebendo esta homenagem, e a mim coube relatar aos senhores um pouco da história da Apabb e do contexto em que ela foi criada.

As associações de pais nasceram sempre do envolvimento de famílias, notadamente familiares de deficientes intelectuais, como representantes de um segmento sem voz, ou melhor, muitas vezes, sem o devido discernimento para a autodefesa de seus interesses.

A época em que se vivia era a pós-ditadura, já não havia os presidentes militares e vivíamos o que se chamou a Nova República. Eram novos os ares que se respirava, e entre os bancários do Banco do Brasil, assim como entre outras categorias de empregados, nascia um sentimento de igualdade, que superava o das diferenças.

Movimento semelhante acontecia em outras empresas como a Autolatina, que já tinha a Avape; no Banespa a Apabex; no Metrô, nascia a AME; na Eletropaulo, a Apade; na antiga Telesp, a Semear. Essas empresas e entidades tiveram um papel fundamental nessa época, chegando a formar a Jipee, Jornada de Integração de Pessoas Especiais nas Empresas, movimento este que, juntamente com o Ministério Público Estadual, desempenhou um papel histórico na revisão da Constituição de 88, no que se refere à pessoa com deficiência.

O que uniu essas famílias foi uma necessidade de autoajuda, de compreender questões próprias e específicas da realidade do convívio, notadamente com o deficiente intelectual no ambiente familiar. Mas o que realmente tomou forma, dentro do Banco do Brasil, foi a urgência, na maioria dos casos, de procedimentos de habilitação e reabilitação amparados no nosso convênio de saúde, Cassi.

Nascia então, no dia 8 de agosto de 1987, uma entidade que imediatamente contou com a solidariedade das demais entidades já existentes dentro do BB, como a própria Cassi, o Satélite Esporte Clube, a Aabb-SP, que impulsionaram seu crescimento.

Dadas as peculiaridades do banco, logo em seguida outros Estados seguiram o que acontecia em São Paulo, nacionalizando a Apabb. Em todo o Brasil, tínhamos funcionários se reunindo, discutindo, analisando, promovendo palestras, ou simplesmente se confraternizando. Hoje, estamos em 14 Estados da Federação, mais o Distrito Federal.

Ao tentarmos entender nossa realidade, acabamos por nos unir a outros movimentos, outras lutas, ampliando, abarcando todas as deficiências num movimento natural e tornando-nos o que é a Apabb hoje: da comunidade, filantrópica, de utilidade pública, participando das políticas públicas, desenvolvendo parcerias.

Enfim, uma Apabb diversificada, mas sem perder seus laços de origem, sua ligação com o Banco do Brasil, com o funcionalismo e com o seu caráter quase intimista de uma entidade que promove a inclusão social através do núcleo familiar e comunitário onde vivemos, realizando atualmente mais de 60 mil atendimentos por ano.

Muito obrigada. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE – RAFAEL SILVA – PDT – Agradecemos as palavras da Sra. Berenice Souza, ex-Presidente e fundadora da Apabb.

Dona Yeda tem uma sensibilidade fantástica, entende esta Sessão Solene como muito importante e é uma pessoa indispensável. Conversando comigo, ela falou do carinho que devemos ter pelas pessoas que precisam de uma palavra amiga, de uma oportunidade. Os senhores podem perceber, portanto, que esta Sessão Solene não representa apenas um reconhecimento, mas ela atinge também o coração das pessoas que fazem parte da vida desta Casa.

A Presidência concede a palavra ao Sr. Nilton Brunelli.

 

O SR. NILTON BRUNELLI – Boa-noite a todos. Quero dizer que Deus tem sido muito generoso comigo, porque tive oportunidade de passar por quase todas as entidades do funcionalismo do Banco do Brasil: dirigi uma ABB, depois tive a sorte de ser vice-Presidente da Fenabb – Federação das ABBs -, estive nas cooperativas de consumo dos funcionários do Banco, fundamos a cooperativa de Ribeirão Preto, uma das que sobreviveram a toda essa tempestade; estive depois na Fecob, Federação das Cooperativas, estive na Cassi, estou na Anab.

Por toda essa trajetória, posso dizer que a Apabb é uma coisa especial na minha carreira dentro do Banco do Brasil. Na Cooperativa de Ribeirão Preto, empregávamos, e até hoje são empregados, portadores de deficiência mental. A Berenice soube disso e me ligou sugerindo que eu me candidatasse a delegado, porque havia necessidade no interior de São Paulo. Entramos, então, como delegado na Apabb e ficamos, depois, na diretoria por dois mandatos.

O sentimento de estar na família Apabb, de todas as entidades do banco – sem nenhuma demagogia, por estar hoje neste evento -, é totalmente diferente. O lema da época em que eu fazia parte era: “Aqui, o normal é ser feliz.” Não sei se ainda é o mesmo. Os eventos eram realizados com recursos pequenos - diferente de entidades como a Previ, a Cassi –, mas feitos com muito amor. Podia-se notar, no semblante das pessoas, a felicidade de fazer parte da família Apabb.

Quero cumprimentar a atual diretoria da Apabb, na pessoa do Presidente Roberto Tiné, pelo trabalho que vem sendo realizado, assim como as diretorias anteriores. Estou me lembrando da Janete, do Messias, da Clécia, da própria Berenice, pessoas com quem tive o prazer de trabalhar.

Desejo, de todo coração, que a Apabb continue trilhando este caminho maravilhoso que trilhou até hoje.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE – RAFAEL SILVA – PDT – A Presidência concede a palavra ao Sr. Geraldo Magnanelli, cujo coração fala, mesmo quando Magnanelli se mantendo em silêncio.

 

O SR. GERALDO MAGNANELLI – Se os companheiros das outras entidades permitirem, falarei em nome de todas as entidades de São Paulo.

Nosso grande Deputado Rafael Silva nunca se esquece das nossas entidades e nisso vemos sua preocupação com a nossa união. Devemos estar sempre unidos, pois a união faz a força. Temos um órgão principal que é a Previ – uma moça linda que nasceu em 1904. Nunca mais ficou velha, pelo contrário. Cada vez fica mais bonita, mais rica, mais elegante, mais inteligente.

Precisamos ter muito cuidado, porque estão querendo tirar essa namorada de nós. Temos de nos unir para defender a nossa Previ, a nossa Cassi. As nossas entidades de todo Brasil precisam trabalhar juntas ao lado deste grande Deputado que faz questão de sempre ajudar, homenagear e apoiar nossas entidades com grande carinho e dedicação.

Obrigado a todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE – RAFAEL SILVA – PDT – Vamos ouvir agora um jovem que está inserido neste projeto desenvolvido pela Apabb: Wilson Gomes da Rocha Filho.

 

O SR. WILSON GOMES DA ROCHA FILHO – Boa-noite. Eu acho que não tenho muito a falar a respeito da Apabb, porque eu considero a Apabb, depois da minha casa, minha segunda família.

Peço desculpas, porque estou nervoso.

Eu só tenho a agradecer à Apabb, por toda a ajuda que está dando não só a mim, mas também a outras pessoas portadoras ou não de deficiência, já que é uma via de mão dupla.

Eu só vim agradecer e vou parar antes que eu fale alguma bobagem. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE – RAFAEL SILVA – PDT – A emoção do Wilson e suas palavras representam o valor que a Apabb dá a essa causa maravilhosa. Wilson, a sua presença, a sua fala, a sua emoção, tudo isso faz com esta Sessão Solene tenha um sentido bem profundo.

A Presidência concede a palavra ao Sr. Roberto Tiné, Presidente da Apabb e pedimos a ele que faça uso da tribuna.

Solicito que as pessoas façam uso da tribuna, porque é nesta tribuna que acontecem pronunciamentos, é desta tribuna que nascem ideias, discussões que norteiam os trabalhos da Assembleia Legislativa.

 

O SR. ROBERTO TINÉ – Boa-noite a todos. Excelentíssimo Sr. Presidente da Sessão Solene da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Deputado Rafael Silva, minhas senhoras e meus senhores, como vimos, faz exatos 22 anos que um grupo de funcionários da então Agência Centro São Paulo fundava a Apabb. Alguns desses funcionários estão presentes aqui nesta cerimônia; E se eles fizerem um exercício de voltar o pensamento para o dia 08 de agosto de 1987, verão que naquele dia, no momento em que eles criavam a Apabb, eles não imaginavam que a Associação fosse um dia ser homenageada nesta Casa com a presença de personalidades tão ilustres, como vemos aqui hoje. Assim como eu, eles devem estar sentindo muito orgulho pelo trabalho que desenvolveram ao longo desses anos. Pois foi o trabalho dos fundadores da Apabb, das pessoas que se juntaram ao grupo na caminhada e aos funcionários da entidade que permitiu que a Apabb chegasse ao dia de hoje. Com certeza, um dia que ficará na história da Associação.

Acredito que esta homenagem não está acontecendo por acaso. O ilustre Deputado Rafael Silva, conhecedor da seriedade do trabalho da Apabb, promoveu este momento por saber que hoje a Apabb é uma entidade que faz parte do cenário social do Brasil, e acredito que, por isso, a Casa do Povo do maior Estado do País presta hoje esta homenagem. Porque hoje a Apabb é do povo, é da comunidade.

Mas como se deu essa trajetória? Como foi que uma Associação que nasceu dentro de uma agência do Banco do Brasil hoje serve à comunidade? Vou traçar um breve paralelo entre a história da Apabb que nós ouvimos anteriormente e a evolução da sociedade inclusiva para mostrar como se deu essa passagem.

Em primeiro lugar, vamos ver qual era o cenário da época da criação da Apabb. Muito embora desde 1960 que o assunto deficiência é tratado em nossa legislação, foi somente no final da década de 1980 que o tema ganhou força, e a sociedade passou a discutir os direitos das pessoas com deficiência com naturalidade. A Constituição Brasileira de 1988 deu o pontapé que faltava ao garantir a liberdade de ir e vir e o acesso à Educação, ao mercado de trabalho, ao sistema de saúde pública e à convivência social em igualdade de condições com as pessoas que não têm deficiência. Mas, mesmo assim, muita gente ainda utilizava os termos “defeituosos”, “deficientes”, “excepcionais” “portadores de deficiência” ou na melhor das hipóteses “especiais” para chamar a pessoa com deficiência. E pouco se falava em inclusão. E foi nesse cenário que a Apabb nasceu em 1987. O foco dos fundadores eram os filhos com deficiência, e a base de suas ações foi o esporte e o lazer. E assim a Apabb foi pioneira na inclusão, pois ela foi uma das primeiras instituições do Brasil que colocou as pessoas com deficiência e seus familiares na rua.

O nosso pioneirismo chamou a atenção da sociedade para um problema que as famílias preferiam não mostrar. E com isso as pessoas com deficiência começaram a ser vistas e consequentemente a ser incluídas nas discussões e fazer parte da sociedade. E foi a partir daí que a Apabb conquistou a sociedade e deixou de atuar exclusivamente dentro do Banco do Brasil, passando a atender toda a comunidade.

Como fruto disso, em 1997, fomos certificados com Entidade Beneficente de Assistência Social, anteriormente chamado de Entidade Filantrópica, pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e conquistamos também o título de Utilidade Pública Federal, concedido pelo Ministério da Justiça.

Consequentemente, nossa atuação, nas políticas públicas, foi ficando cada vez mais forte com a participação nos conselhos estaduais e municipais da área, culminando em 2004 quando conquistamos um assento no Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade), órgão vinculado à Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. No Conade, representamos as múltiplas deficiências. Hoje, como representante da Apabb, ocupo não só o assento de Conselheiro como coordeno a Comissão de Comunicação Social do Conade e participo da Presidência Ampliada do Conselho. É a Apabb presente no órgão superior criado para acompanhar e avaliar o desenvolvimento da política nacional voltada para o segmento.

Mas não paramos por aí. Acompanhamos as mudanças que foram acontecendo na sociedade empurrada pela inclusão. E convém fazer uma pausa e mostrar outro cenário que apareceu. A sociedade passou a considerar como pessoa o deficiente que, segundo o especialista em inclusão da pessoa com deficiência, Romeu Sassaki, o que parecia ser somente um caso de semântica era o reflexo da sociedade em atribuir o valor “pessoa” àquele que tinha deficiência, igualando-os em direitos e dignidade à maioria dos membros de qualquer sociedade. Vieram as leis e os decretos que descreveram e regulamentaram os princípios constitucionais. Destaco aqui a Lei de Cotas de 1991 que revolucionou a forma de inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. A acessibilidade, por sua vez, passou a ser um assunto corrente na sociedade e muitos outros avanços foram incorporados ao conjunto da legislação brasileira. E mais recentemente, em 2008, aconteceu a ratificação brasileira da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU e seu Protocolo Facultativo com a particularidade de ter sido incorporada à nossa legislação com equivalência de emenda constitucional.

Acredito que, na construção desse novo cenário, teve a participação e a influência da sociedade civil organizada através de entidades como a Apabb, mas todos esses avanços certamente não seriam possíveis sem a participação direta desta Casa. Os parlamentares desta Casa e muitos outros que por aqui passaram tiveram um papal preponderante nas conquistas sociais e na construção de uma sociedade  mais inclusiva. Pessoas como o ilustre Deputado Rafael Silva, em seu terceiro mandato na Assembleia e autor de várias leis na área, e a ilustre Deputada Célia Leão que, com o apoio dos demais parlamentares, defenderam os direitos e lutaram pela inclusão da pessoa com deficiência.

Nesse novo cenário, a Apabb, acompanhando as mudanças, voltou suas ações também para o mercado de trabalho. Fizemos parceria, adaptamos projetos e começamos a atuar na capacitação da pessoa com deficiência para o mercado de trabalho. O Banco do Brasil tem hoje centenas de funcionários com deficiência visual, auditiva e física trabalhando em suas unidades e que veem a Apabb como sua entidade de defesa e representação. Nesse sentido, nossas ações estão sintonizadas com as necessidades do mercado e também atuamos junto à sociedade buscando melhorar a qualidade de vida da pessoa com deficiência e de sua família.

E assim vemos que hoje a Apabb é muito mais da comunidade do que do Banco do Brasil. E é por ser da comunidade e servir ao povo, que está sendo homenageada pelos representantes do povo. Representantes de 40 milhões de pessoas do Estado de São Paulo. Por isso que o ilustre Deputado Rafael Silva e os demais parlamentares da Assembleia Legislativa de São Paulo reservaram um espaço em seu precioso tempo que é dedicado a nobres causas, como defender os interesses democráticos da população paulista para homenagear a Apabb e registrar em seus Anais que esta Associação é merecedora da consideração de toda a população do Estado de São Paulo. E isso me enche de orgulho. Orgulho de ser Presidente da Apabb e saber que o meu trabalho faz a diferença na vida de muita gente. E tenho certeza que cada um dos associados, funcionários, amigos e parceiros aqui presentes também sentem o mesmo orgulho que sinto.

No entanto, estou aqui apenas como o representante da Apabb, pois a homenagem é para todos os que fazem a Apabb. Sim, porque ninguém faz nada sozinho. Sozinha, a Apabb é apenas um nome. Mas junto com os voluntários, funcionários e parceiros, a Apabb é uma instituição forte, necessária e imprescindível na defesa dos direitos das pessoas com deficiência e na sua inclusão.

Nosso corpo de voluntariado dedica as suas horas que poderiam ser utilizadas para o descanso e lazer para trabalhar pela causa da pessoa com deficiência. E isso é o que faz a diferença. O voluntário trabalha por amor à causa. E tudo que construímos com amor, fazemos bem feito. E os voluntários da Apabb estão sendo homenageados por vocês.

Nossos funcionários, além da sua capacidade técnica, também são contaminados pelo amor à causa e, com isso, conseguem se superar e fazer a diferença. A tecnologia social que a Apabb desenvolveu voltada para a inclusão da pessoa com deficiência através do lazer e do esporte e do Programa de Atenção às Famílias foi construído por essa equipe de funcionários, e hoje é referência no segmento. E os funcionários também estão recebendo esta homenagem.

E é com os nossos parceiros que conseguimos dar vida aos nossos projetos transformando as ideias em ações. Assim, beneficiamos 18 mil pessoas em todo o Brasil e levamos o sorriso para milhares de pessoas com deficiência. E nossos parceiros são os fiéis associados que contribuem mensalmente, os doadores e as empresas e pessoas que patrocinam nossos projetos. E os nossos parceiros também estão recebendo esta homenagem.

Mas tem um parceiro que não posso de citar nominalmente: Banco do Brasil. Foi no prédio do Banco do Brasil da então Agência Centro São Paulo que foram realizadas as reuniões que deram início à ideia de criar uma associação. E a Sede da Apabb continua até hoje lá. A maioria dos nossos Núcleos Regionais está instalada em prédios do Banco. Sempre que precisamos fazer reuniões ou assembleias, o Banco abona o ponto dos funcionários que são voluntários e que participam dos encontros. O Banco do Brasil sempre apoiou nossas ações e sempre que precisamos utilizar sua estrutura conseguimos sem dificuldades. Hoje, exerço a Presidência da Apabb graças ao Banco do Brasil, uma vez que sou funcionário da ativa e estou integralmente cedido para atuar na Apabb. Sem a liberação do Banco, seria impossível ser Presidente de uma Associação deste porte. Nossos primeiros projetos aconteceram na Associação Atlética Banco do Brasil – AABB -, em São Paulo; nossa primeira parceria foi com a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, Cassi.

As demais entidades da família BB são todas nossas parceiras: Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, (Anabb), Associação dos Antigos Funcionários do Banco do Brasil, (Aafbb), Associação dos Funcionários Aposentados do Banco do Brasil, (Afabb), Satélite Esporte Clube, Federação Nacional das AABB, (Fenab), Seguro de Vida AABB São Paulo (Segasp) e Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Funcionários das Instituições Financeiras Públicas Federais (Cooperfort). E o mais importante: a cultura criada pelo Banco do Brasil, ao longo de seus 200 anos, com base em princípios éticos e valorizando a integridade de seus funcionários é a mesma cultura que guiou todas as administrações da Apabb.

Finalmente, agradeço ao nobre Deputado Rafael Silva  - permita-me chamá-lo de colega Rafael Silva, pois trabalhamos na mesma casa, o Banco do Brasil - pela homenagem aqui prestada e pela oportunidade que deu à Apabb de mostrar o seu trabalho para este plenário.

Agradeço ao Presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Exmo. Deputado Barros Munhoz, e a todos os demais deputados por reservar este espaço no Palácio 9 de Julho e na agenda da Assembleia Legislativa para a Apabb ser ouvida pelo povo.

E agradeço às pessoas presentes na Assembleia Legislativa que vieram prestigiar esta noite.

Muito obrigado a todos. (Palmas.) 

 

O SR. PRESIDENTE – RAFAEL SILVA – PDT – O companheiro e colega – tenho a honra de chamá-lo colega - Roberto Tiné deu a todos as informações sobre atos e ações que a Apabb desenvolve a favor de pessoas que, verdadeiramente, precisam de oportunidades especiais. 

Tenho na minha assessoria a Marina e o Abrão Júnior, aqui presentes, que também valorizam esse segmento, pois entendem a necessidade de darmos esse apoio. A pessoa com deficiência não escolheu esse destino. Temos ainda um grande colaborador Geraldo Getulino, carinhosamente chamado de Neto, que também sabe do nosso pensamento. Sempre me pergunto: quem será a próxima pessoa com deficiência? Quem será o próximo paraplégico ou tetraplégico? Quem será o próximo cego?

Fiquei cego há 23 anos. Eu enxergava e, de repente, fiquei sem a visão física. Fiquei no escuro. Temos aqui o Deni Carlos que também não enxerga, é programador de computador do Banco do Brasil, e um exemplo positivo, como muitos outros.

Quero lembrar a todos que no próximo mês teremos uma Sessão Solene em homenagem à AABB - Waldemar, Presidente dessa entidade, está aqui presente. Muitos movimentos nasceram dentro da AABB, e, como o Roberto Tiné disse, a AABB sempre cedeu seu espaço em favor dos funcionários e das entidades dos funcionários.

Posso estar cometendo injustiça em não citar o nome de muitas pessoas que deveriam ser lembradas, e, por isso, peço desculpas. A Wilma, que acompanha os trabalhos da Assembleia, conhece bem meus pronunciamentos, sabe que hoje estou um tanto diferente. É a emoção, Berenice, Roberto.

Além de ter aqui comigo companheiros antigos do Banco do Brasil e colegas, tenho também pessoas com deficiência. Como disse, fiquei cego há 23 anos. Conheço bem os dois lados da vida. De repente, sem visão, disse a Maria Clara, minha esposa que sempre me acompanhou, que iria me candidatar a vereador em Ribeirão Preto. Isso aconteceu assim que fiquei cego. Ela disse que era loucura e perguntou por que não fiz isso antes. Eu disse a ela que seria um desafio.

Roberto, Berenice, eu andava pelas ruas fazendo campanha. Naquele tempo, o preconceito era muito maior. Algumas pessoas zombavam dizendo: “Cego existe para pedir esmola.” Para outras pessoas, o cego não tinha capacidade para ser vereador.

A minha esposa falava que eu não precisava passar por aquela humilhação, porque eu era aposentado do Banco do Brasil e tinha uma renda. Eu dizia aquilo não era humilhação, mas sim um desafio. E venceríamos aquele desafio.

Quando jovem, aprendi a conhecer a força da mente humana. Aprendi a conhecer essa força maravilhosa e uma luz divina que está dentro de todos nós. Disse, então, que iria fazer valer essa energia.

Quando vencemos a primeira eleição para vereador, minha esposa estava com pneumonia, tamanho foi o desgaste físico e emocional. Quando ganhamos a eleição, disse a ela que seria deputado estadual. Eu nem tinha assumido a cadeira de vereador e já determinei esse objetivo para o futuro. Fui vereador por oito anos em Ribeirão Preto, dois mandatos, e estou no quarto mandato de deputado estadual.

Foi uma luta difícil, mas nem tanto, porque, na medida em que você enfrenta o obstáculo, você o vence. Se você não vence, você cresce. Quando termina a luta, você é muito maior do que era antes.

Cito sempre a história de Helen Keller, que nasceu em 1880 nos Estados Unidos e morreu em 1968. Com um ano de idade, ela era surda e cega. Não via nada e não ouvia. Era um animal. Um animal desprovido de qualquer conhecimento. Era tida como um animal irracional por quem desconhecia o íntimo do ser humano e a energia divina que o ser humano tem. Era tida como uma pessoa incapaz.

A família contratou Anne Sullivan, uma professora com deficiência visual que conhecia o íntimo de cada um. Anne Sullivan provou ao mundo que Helen Keller não era um animal irracional, que precisava apenas de uma oportunidade para explodir, para se desenvolver. Anne Sullivan provou que Helen Keller tinha também a luz divina no seu interior, como todos nós.

Em uma Enciclopédia Barsa antiga, vi a fotografia de Helen Keller ao lado de um Presidente dos Estados Unidos. Helen Keller se desenvolveu e teve oportunidade no seu país – fez palestras, escreveu livros e esteve no mundo todo. Inclusive no nosso país. No Brasil, ela não teria essa oportunidade.

Um camarada atrevido nos Estados Unidos, descendente de negros – sabemos que o negro sofre muito preconceito naquele país -, deficiente visual, quis ser político: David Paterson. Tornou-se senador e, hoje, é Governador do Estado de Nova Iorque. Que atrevimento! Mas foi um atrevimento positivo, pois mostra que a pessoa com deficiência pode realizar coisas maravilhosas quando tem oportunidade.

A Apabb veio colocar no coração de muita gente – se não coloca, pelo menos, desperta – a sensibilidade, o respeito e uma forma diferente de enxergar pessoas especiais. Por isso, a Apabb não sendo homenageada, pois, como disse Dona Yeda, aqui do meu lado, nós estamos fazendo justiça, estamos tornando público, pelo menos, para esta Casa, o valor desta entidade.

Berenice, Roberto, vocês perceberam, desde o começo desta sessão, a emoção que tomou conta de mim. Essa emoção representante meu entendimento sobre a grandeza do papel que vocês desempenham.

Os companheiros me agradeciam, quando conversava com eles, mas a verdade é que eu, sim, tenho de agradecer. Eu sou grato a vocês. Estou aqui na Assembleia, sou deputado e ganho para estar aqui. Disputei várias eleições e estou aqui. Vocês, não. Vocês estão aqui porque seu coração representa algo fantástico: amor, dedicação, a vida que vocês colocam em favor das pessoas que precisam desse carinho e dessa atenção. Vocês não devem a mim qualquer agradecimento. Temos companheiros de diversos núcleos – 14 núcleos existem no território nacional.

Temos aqui uma companheira que falou: “Eu sou de Fortaleza.” Eu pedi que ela repetisse, por causa do sotaque, um sotaque bonito. Da mesma forma, pessoas do Rio de Janeiro, também com sotaque diferente. O sotaque é diferente, mas o amor é o mesmo.

De coração, agradeço a todos. Saio hoje desta sessão muito mais feliz. Pelo menos, entendo que cumpri um pouco do meu dever de reconhecer o valor de todos os senhores.

Esgotado o objeto da presente sessão, a Presidência agradece às autoridades, à minha equipe, aos funcionários do Serviço de Som, da Taquigrafia, do Serviço de Atas, do Cerimonial, da Secretaria Geral Parlamentar, da Imprensa da Casa, da TV Legislativa e das Assessorias Policiais Civil e Militar, bem como a todos que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta solenidade e convida a todos para uma Coquetel no Hall Monumental com a apresentação do Projeto Movimento – Núcleo Regional com exibição do seu Grupo de Capoeira.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 36 minutos.

 

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