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17 DE AGOSTO DE 2012

047ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO DO “DIA DO MAÇON”

 

Presidente: ALDO DEMARCHI

 

RESUMO

001 - ALDO DEMARCHI

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que o Senhor Presidente Barros Munhoz convocou a presente sessão solene, a requerimento do Senhor Deputado Aldo Demarchi, na direção dos trabalhos, com a finalidade de "Comemorar O Dia Do Maçon". Convida o público para, de pé, ouvir o "Hino da Maçonaria", seguido do "Hino Nacional Brasileiro".

 

002 - OLÍMPIO GOMES

Deputado Estadual, considera o trabalho maçônico fundamental ao País. Enaltece a ética da instituição. Elogia os princípios da Maçonaria. Pede às Lojas Maçônicas que apoiem a Polícia Militar do Estado de São Paulo. Lembra a audiência pública, ocorrida semana passada, nesta Casa, em defesa à corporação.

 

003 - PROTÓGENES QUEIROZ

Deputado Federal, destaca a importância do trabalho maçônico em prol do Brasil. Fala da contribuição de diferentes segmentos sociais na melhoria da realidade do País. Comenta o processo de reinserção de membros da maçonaria na política brasileira. Reflete acerca da atual conjuntura social.

 

004 - Presidente ALDO DEMARCHI

Lê mensagens alusivas a esta solenidade.

 

005 - ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA

Grão-Mestre Adjunto da Grande Loja do Estado de São Paulo, reflete acerca do otimismo e da esperança. Destaca a contribuição da Maçonaria por uma sociedade mais justa.

 

006 - JURANDIR ALVES DE VASCONCELOS

Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista, cita Friedrich Nietzche, filósofo alemão. Destaca a importância do conhecimento e da educação para o País. Defende o programa nacional de combate ao analfabetismo. Ressalta as contribuições da Maçonaria para a sociedade brasileira.

 

007 - Presidente ALDO DEMARCHI

Anuncia homenagem da Maçonaria, com entrega de diploma, pelo Senhor Jurandir Alves de Vasconcelos ao Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Roberval Ferreira França.

 

008 - ROBERVAL FERREIRA FRANÇA

Comandante Geral da Polícia Militar, cita os lemas da instituição maçônica. Traça paralelo entre a Maçonaria e a Polícia Militar.

 

009 - Presidente ALDO DEMARCHI

Anuncia a apresentação "Da criança ao homem de bem - o caminho DeMolay", encenada pelos membros da Ordem DeMolay de São Paulo.

 

010 - MÁRIO SÉRGIO NUNES DA COSTA

Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo, destaca a contribuição da Maçonaria Paulista em conquistas no Estado. Lembra a participação da maçonaria paulista na luta contra a corrupção no Estado de São Paulo.

 

011 - Presidente ALDO DEMARCHI

Informa que esta sessão solene seria transmitida pela TV Alesp em data oportuna. Anuncia homenagem, com entrega de diploma, pelos 85 anos de fundação da Loja Maçônica de São Paulo, pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa à Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, representada pelo Senhor Antônio Carlos de Souza.

 

012 - JOÃO GUILHERME DA CRUZ RIBEIRO

Grande Deputado do General Chapter of Royal Arch Masons International para a América Latina e Past Grande Sumo Sacerdote do Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil - reflete acerca dos ideais da maçonaria. Destaca o trabalho realizado por grupos maçônicos com os jovens da organização. Entrega diploma ao Deputado Aldo Demarchi em agradecimento por sua contribuição à Ordem Maçônica. Declara aberto o "Encontro Latino-americano de Liturgia e Ritualística de Maçons do Real Arco da América Latina".

 

013 - Presidente ALDO DEMARCHI

Reflete acerca da mudança de valores na sociedade mundial. Comenta a evolução da convivência humana ao longo da história. Condena a corrupção. Critica a falta de participação da sociedade em questões políticas. Faz agradecimentos gerais. Convida o público para coquetel no Hall Monumental. Encerra a sessão.

 

* * *                          

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Aldo Demarchi. 

                                                          

* * *

 

O SR. PRESIDENTE – ALDO DEMARCHI – DEM – Sob a proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos. Nos termos regimentais esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Gostaríamos de agradecer a presença do Sereníssimo Grão-Mestre do Oriente Paulista, Doutor Jurandir Alves de Vasconcelos, que compõe a mesa. Eminente Grão- Mestre Adjunto da Grande Loja do Estado de São Paulo, Senhor Antonio Carlos de Souza. O Eminente Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo, Senhor Mário Sergio Nunes da Costa. Também o nosso colega de Câmara Federal, Doutor Protógenes Queiroz, nosso irmão da Câmara Federal dos Deputados, que está a minha direita. E a presença do meu colega Deputado Olímpio Gomes, também nosso irmão. Também nomear o Coronel da nossa gloriosa Polícia Militar, Roberval Ferreira França, Comandante Geral e que também faz parte da nossa Ordem. No andamento da nossa Sessão Solene, nós iremos também nominar algumas autoridades que se considerem fazendo parte da mesa, que também estão ao nosso lado. Senhoras e Senhores, essa Sessão Solene foi convocada pelo Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Deputado Barros Munhoz, atendendo a solicitação deste Deputado, com a finalidade de comemorar o Dia do Maçom, que será no dia 20 de agosto, segunda-feira.

Convido a todos os presentes para de pé ouvirmos o Hino da Maçonaria e do Hino Nacional Brasileiro, que será executado pela Banda da Polícia Militar, sob a regência do Maestro PM Emerson Pereira.

 

* * *

 

- São executados o Hino da Maçonaria e o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE – ALDO DEMARCHI – DEM – Essa Presidência agradece a banda da Polícia Militar e sentimos muito orgulho, Coronel Roberval Ferreira França, por essa Corporação que está sempre presente em nossa Casa, dando início as nossas solenidades. Muito obrigado aos componentes da Polícia Militar.

Gostaríamos de passar a palavra inicialmente ao nosso irmão Deputado Olímpio Gomes que está presente, e que pertence ao quadro da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES – PDT – Excelentíssimo Deputado irmão Aldo Demarchi, Presidente desta Sessão Solene e proponente desta sessão já pelo 18º ano consecutivo. Excelentíssimo Deputado Federal Protógenes Queiroz, companheiro de luta como policial e como irmão, autoridades maçônicas, meu Comandante Geral da Polícia Militar e irmão Coronel Roberval Ferreira França, a todos os irmãos, inclusive de alguns países, México, Peru, irmãos de vários estados, a todos que acompanham esta sessão através da TV Assembleia. Homens livres de bons princípios, homens que têm lutado ao longo da história da humanidade, em especial da história do nosso País.

A Maçonaria tem um papel fundamental na história do nosso País, sempre como suporte, como exemplo, como caminho, e nos dias de hoje cada vez mais o seu papel é fundamental. Estamos em um país onde infelizmente ser ético é ser ultrapassado, seguir a lei e a ordem é estar fora de moda. Ser corrupto, mensaleiro, é estar na pauta da ordem política, lamentavelmente. A sociedade procura referências, a Maçonaria se coloca em pé e a ordem para dizer a sociedade, nós temos e transbordamos princípios, ética, moral, exemplo para a sociedade. E devemos cada vez mais estar unidos nesse propósito de exigir conduta principalmente dos homens públicos daquela que pratica o verdadeiro Maçom. Gostaria de aproveitar rapidamente essa oportunidade e com a presença do meu Comandante Geral, Coronel Roberval Ferreira França, pedir a todas as potências maçônicas, a todas as lojas, a todos os irmãos no nosso Estado e no nosso País que se mobilizem nesse momento em defesa de uma instituição quase bicentenária que é a Polícia Militar do Estado de São Paulo, que vem de forma vil e covarde sendo achincalhada por alguns segmentos da sociedade interessados na convulsão social. Na quebra da ordem, na desarmonia da sociedade, na explosão da violência e lamentavelmente, contando com isso com o apoio e com a voz de representantes e até com instituições extremamente sérias como o Ministério Público Federal, a Defensoria Pública e o Ministério Público do Estado.

Se nós referenciamos o trabalho desses milhares de homens e mulheres que se desdobram e fazem um pacto de sangue com a sociedade, também encareço que esse Dia do Maçom seja um dia de mobilização, como fez a Assembleia Legislativa na semana passada, que de forma inédita suspendeu os seus trabalhos normais e promoveu uma audiência pública de forma inédita, presidida pelo Presidente da Casa, Deputado Barros Munhoz, de apoio incondicional de todos os deputados e todos os partidos à Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Também estamos nos 645 municípios no nosso Estado, na maioria dos municípios brasileiros. Podemos nos mobilizar sim, e dizer, não aceitamos esse achincalhamento com uma instituição que tem em seu quadro centenas, e porque não dizer milhares de irmãos maçons que comungam dos mesmos princípios, dos mesmos ideais e que ainda fazem o juramento de dar a própria vida em defesa da sociedade. Parabéns à Maçonaria brasileira. Parabéns aos irmãos maçons pelo seu dia, parabéns de forma especial a minha Polícia Militar do Estado de São Paulo. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE – ALDO DEMARCHI – DEM – Passamos a palavra nesse momento ao nosso irmão que está representando a Câmara Federal, Deputado Protógenes Queiroz.

 

O SR. PROTÓGENES QUEIROZ – Boa noite a todos. Excelentíssimo Senhor Presidente dessa honrosa sessão, Deputado estadual irmão Aldo Demarchi, Eminente Grão- Mestre do Grande Oriente São Paulo, irmão Mario Sergio Nunes da Costa, Sereníssimo Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista, irmão Jurandir Alves de Vasconcelos, Sereníssimo Grão-Mestre Adjunto da Grande Loja do Estado de São Paulo, irmão Antonio Carlos de Souza, Deputado Estadual irmão Major Olímpio, Grão-Mestre Adjunto do Grande Oriente de São Paulo, irmão Benedito Marques Ballouki Filho, na pessoa de quem eu cumprimento as demais autoridades e agradeço também o Comandante Geral da Polícia Militar, irmão Roberval França, e dou as boas vindas também aos irmãos representantes do Estado do Piauí, Amapá, Amazonas, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, e o outro irmão do outro Estado que está lá na ponta, do Pará. E também aos irmãos do Mato Grosso do Sul, México e Peru que estão aqui, e demais irmãos de Pernambuco, de demais estados aqui ora representados e a todos os irmãos maçons presentes. Nessa data de 20 de agosto que é a data do Dia do Maçom, representa não só para a Ordem Maçônica, mas para o Brasil uma data muito importante e muito significativa, muito honrosa, porque a partir dos trabalhos de vários irmãos da Instituição Maçônica é que ajudamos a construir esse Brasil de ontem, de hoje e de amanhã. Temos que estar preparados sim. Temos que estar fortes sim, temos que reconhecer não só as nossas virtudes como as nossas fraquezas também, temos que nos auto-organizar sim, temos que planejar sim, temos que reconhecer que esse Brasil de hoje precisa sim da nossa presença, da nossa presença sempre pacífica, honrosa e em especial com inteligência para assumirmos compromissos distantes muitas das vezes da realidade de quem nos enxerga diferente. Mas nós temos um compromisso para um bem comum. Temos um compromisso com a nossa Pátria, temos um compromisso com nossas famílias e nossos filhos. Por isso irmãos, que nós em cada segmento da sociedade, trilhamos caminhos que nos unem, embora diferentes no nosso dia a dia, mas que por princípios e unidades que nós professamos, estamos unidos a criar esse mundo melhor que pretendemos. Mundo esse que a cada dia mostra dificuldade em sua auto-organização, mundo esse que a cada dia nos surpreende com ações que muitas das vezes se tornam incompreensíveis aos olhos de muitos inocentes do nosso País e aos olhos de quem crê que tem mais inteligência do que está enxergando essa nova realidade.

Realidade essa que às vezes nos assusta, mas que por demais que nos assuste, nós temos que ter a coragem de enfrentá-las. A corrupção é um assombro, a corrupção é uma decepção, a corrupção chegou a patamares de nós aqui dentro dessa Assembleia Legislativa, dentro desse importante poder do Estado de São Paulo, de lançar uma carta aberta à população do Estado de São Paulo, carta aberta assinada pelas três potências maçônicas. Carta aberta com o compromisso de reinserção da ordem maçônica na política brasileira, projeto esse que está em andamento. Projeto esse que segue silenciosamente, mas a passos muito largos, a passos de uma realidade que demonstra muita coragem e muito ímpeto, nós estamos conseguindo sucesso. Assim como o Deputado Major Olímpio disse muito bem, na defesa das instituições a cada dia é um desafio. A cada dia nós temos que nos fortalecer e fortalecer o Estado brasileiro, porque o Estado brasileiro encontra-se a cada dia desmotivado e desmerecido por aqueles que governam muitas das vezes, e que precisam muitas das vezes ser impulsionados por ações concretas de uma nova realidade que nos apresentam. A tecnologia está aí para demonstrar, a rapidez das telecomunicações é um desafio para nós. Como lidar com isso no dia a dia, como proporcionar isso e transformar isso, que a nossa ordem reconheça a nossa potencialidade e nossa força, e não a nossa fraqueza. Para isso, irmãos, estamos aqui congregados e unidos a fazer uma reflexão. Qual o Brasil que nós queremos de hoje e de amanhã. Temos que refletir. Não é hora mais de ficarmos pensando no que fazer para o futuro, com passos muito distantes da nossa realidade.

A realidade mudou. A realidade é um desafio da rapidez dessas comunicações que colocam a todos nós, a todo tempo, que nós temos que melhorar as nossas ações, que temos que ter mais impulso nas nossas ações, que vivemos em uma realidade que temos que enfrentar muitas das vezes quem está muito próximo a nós. Para isso é que neste 20 de agosto temos uma reflexão a fazer. Estamos em pleno período cívico eleitoral. Cada um de nós tem uma responsabilidade. Cada um de nós tem que ter uma visão concreta dessa realidade. E a realidade nos traz a seguinte saída para esse Brasil que nós queremos. É tirar o corrupto do seu posto de comando e colocar um irmão maçom nesse desafio e voltar essa nova realidade. Obrigado, senhores. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE – ALDO DEMARCHI – DEM – Essa Presidência também registra a presença de Benedito Marques Ballouk Filho, Grão-Mestre Adjunto do GOSP. Nosso irmão Dionísio Guido que é Presidente da Poderosa Assembleia Legislativa do Grande Oriente Paulista, José Carlos Puglian Júnior, Mestre Maçom representando nesse ato o Vereador Tião Farias, Antonio Carlos Luiz Magalhães, que está representando nesse ato o nosso Coronel da nossa Casa, Coronel José Luis Martins Navarro, também Luiz Felipe Dias, que está representando o Deputado Estadual Antonio Salim Curiati, nosso irmão. Luiz Magio, candidato a vereador e Presidente do Diretório da Sé, que está representando nesse ato o Deputado Campos Machado. E também registrar aqui os cumprimentos a nossa Ordem e a justificativa da ausência, cumprimentando pela solenidade. Da Casa Militar, Gabinete do Governador, Coronel PM Benedito Roberto Meira, do Ministério Público Procurador Geral de Justiça Doutor Márcio Fernando Elias Rosa, Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Presidente Edson Simões, e o Venerável Mestre da Loja de Santo Amaro. Ele é nosso irmão Valmir Aparecido Jacomassi, cumprimentando e justificando as ausências.

Nós passaremos agora a palavra ao nosso irmão Antonio Carlos de Souza, Eminente Grão-Mestre Adjunto da Grande Loja do Estado de São Paulo.

 

O SR. ANTONIO CARLOS DE SOUZA – Boa noite a todos. Nobre Deputado Aldo Demarchi, irmão e amigo que preside os trabalhos nessa noite e autor da propositura do Dia do Maçom nessa Casa de Leis. Doutor Protógenes Queiroz, Deputado Federal da Câmara dos Deputados, nosso irmão Olímpio Gomes, Deputado Estadual, Coronel PM Roberval Ferreira França, Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, na pessoa de quem saúdo todas as demais autoridades militares presentes nessa noite. Sereníssimo Grão-Mestre do Oriente Paulista, Doutor Jurandir Vasconcelos, meu amigo irmão. Eminente Grão-Mestre do Grande Oriente São Paulo, Sr. Mário Sérgio Nunes da Costa, carinhosamente conhecido como Marinho. Meus irmãos, demais autoridades.

Eu pensava em iniciar o meu pronunciamento, abordando a turbulência pela qual nosso país está passando, na esfera política. Mas, ao invés disso, optei em proferir uma mensagem de otimismo e de esperança em dias melhores que, certamente virão. Senhoras e Senhores, meus irmãos. Quando falo de otimismo e de esperança, em dias melhores, não o faço com a inocência daqueles que fogem do realismo e se escondem nas fantasiosas projeções que o embriagam e lhes tolhem a iniciativa de atitudes concretas. Atitudes que nos levariam em direção a rumos definidos e que nos conduziriam a um porto realmente seguro.

Quando falo de otimismo, não falo do comodismo e da inércia, que nos convidam a nos mantermos apenas na falácia, que produz discursos bonitos, recheados de frases de efeito, mas que, lamentavelmente, não passam disso. Falo do otimismo e na esperança de dias melhores, baseado na comparação da nossa história. E aí faço referência tanto a nossa história escrita há séculos quanto a nossa história mais recente. Na nossa história mais antiga, cujos feitos estão descritos nos livros que estudamos em nossas escolas, tomamos conhecimento de relatos dos enormes desafios que o povo brasileiro vivenciou e superou. Na nossa história mais recente, testemunhada por muitos de nós, também temos o alento de que, quando se fez necessário, nós demonstramos potencial suficiente para transpormos os obstáculos que surgiram.

Comparando apenas esses fatos passados, que foram pinçados num determinado contexto de angústias e de generalizado pessimismo, quando oportunistas torciam pelo estabelecimento do caos, podemos afirmar, com absoluta certeza que continuamos com todos os pré-requisitos para mudarmos, mais uma vez, os rumos de nossa história. Porém, a história de hoje, da qual continuamos como protagonistas, exige que assumamos um efetivo papel, como partícipes responsáveis. Temos a obrigação de nos responsabilizarmos por posicionamentos que têm urgente necessidade de concretização. Temos a incomparável oportunidade de escrever uma nova história e está em nossas mãos, sermos lembrados como aqueles que honestamente se empenharam pelo bem comum, esquecendo nossas ambições pessoais, ou como aqueles que subtraíram do nosso país, mais uma oportunidade de progresso social, sendo coniventes com os hipócritas e desonestos, ou pior ainda, passarmos para a história com o terrível epíteto de omissos.

Assim sendo, contamos com o apoio dos irmãos, para escrevermos uma nova história, que nos traga a oportunidade de iniciarmos uma nova era. Uma nova era que tenha um transcurso de tranquilidade, sem as ervas daninhas que corroem o fruto do nosso labor, e cujos índices, ainda que lentos, sejam de constante elevação. Aos meus irmãos, aproveito a oportunidade para lembrá-los que a Maçonaria Paulista também deve cumprir a sua parte. Todos nós, e aqui incluo os nossos irmãos que são membros desta Casa de Leis, temos a responsabilidade de exemplo de conduta, em nossos meios familiar, social, profissional e, acima de tudo, no nosso meio maçônico. Como líderes em nossas áreas de atuação, como formadores de opinião progressista e evolucionista, temos que prestar a nossa contribuição para o amadurecimento político do nosso País que, por via de consequência, nos levará ao crescimento econômico e ao tão desejado desenvolvimento social.

Temos a responsabilidade de honrar aqueles que nos antecederam na história da Maçonaria brasileira e que, comprovadamente, tanto fizeram pela nossa Nação, deixando-nos um legado de muitas lutas e inesquecíveis vitórias. Honremos aqueles que, no passado, pugnaram pelo objetivo máximo de nossa Instituição. O social.

Nesta noite memorável, em que se comemora o Dia do Maçom, a esperança é de que se continue levando à compreensão de todos os homens livres e conscientes a certeza plena de que é possível se viver sem os princípios da Maçonaria, mas nunca sem praticar nenhum ato maçônico. Afinal, ser Maçom é um estado de espírito, é viver em paz com sua consciência, é essencialmente, praticar o bem à humanidade, palavra de ordem de todo bom e verdadeiro Maçom. Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE – ALDO DEMARCHI – DEM – Esta Presidência concede agora a palavra ao Doutor Jurandir Alves de Vasconcelos, Sereníssimo Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista.

 

O SR. JURANDIR ALVES DE VASCONCELOS Meu boa noite a todos os presentes. Meu agradecimento especialíssimo ao meu querido irmão Deputado Aldo Demarchi, com quem tenho convivido ao longo de todos esses anos e a grata satisfação de podermos constatar o espaço que ele nos reserva para que possamos todos os anos no mês de agosto, fazermos o nosso pronunciamento para contatarmos os irmãos, amigos, familiares, que é o que nós fazemos nada mais do que como nossa obrigação.

Aos queridos Grão-Mestres aqui presentes. Querido irmão Antonio Carlos, querido irmão Marinho, a minha alegria de poder conviver com todos vocês. Às demais autoridades aqui presentes, o meu abraço carinhoso e fraterno em nome do Grande Oriente Paulista.

  Com grande satisfação ocupo esta Tribuna para que possa expressar através de palavras o pensamento unânime dos dez mil e 120 obreiros do Grande Oriente Paulista e de nossas 296 Lojas. Nietzsche, um dos maiores pensadores de todos os tempos, diz-nos algo que está diretamente ligado ao tema do nosso pronunciamento de hoje, ‘Nossas carências são nossos melhores professores, mas nunca mostramos gratidão diante dos nossos amados e bons mestres’.

Quero abordar neste instante um tema de vital e capital importância para o desenvolvimento deste País, trata-se da cultura maçônica e da cultura geral, pois país sem cultura é sempre interpretado como poço de ignorância.

Vivemos o desafio de nosso tempo como advertiu o historiador Arnold Toyndee, em que as novas descobertas tenham atropelados os anos em seu surgimento. Antes milhares de anos, hoje questão de dias entre uma e outra. Mais ainda, as armadilhas da globalização agravando tudo e sabemos que a resposta para esses desafios está na competência da Educação. O Mundo é uma aldeia global, caiu à barreira protecionista e a existência tecnológica terá que atender ao mesmo padrão do local e de Alhuris. A população cresce e exige proporcionalmente o crescimento quantitativo de bens e serviços, para, no mínimo, garantir a sua sobrevivência. Nós da Confederação Maçônica do Brasil, COMAB, da qual sou vice-Presidente, estamos empunhando esta bandeira e fico a pensar que o maior gesto de amor à Pátria será a contribuição com a erradicação do analfabetismo. Pesquisas internacionais recentemente divulgadas revelam o quanto estão inferiorizados os nossos estudantes no que se refere à qualidade da educação. Numa aferição de um a seis nos itens leitura, aritmética e ciências, ficou no ponto um jovem de 15 anos avaliado em todos os estados do Brasil.

Recorro ao Apóstolo Thiago que ensina em documento do Novo Testamento que não basta a fé, é preciso a obra. A fé sem obra é nada.  Recursos não faltam. Vejamos agora, por exemplo, o Pré-Sal, um dinheirão que vem por aí. É só dirigi-lo para a educação, 50% ou menos.  O resultado financeiro da exploração do mesmo não pode servir ao custeio, deverá ser um investimento que contemple um futuro e o bem estar de suas gerações, onde estarão os nossos descendentes.

O computador é um excelente instrumento a serviço do homem, talvez por isso tenhamos assistido pela Televisão, tantas vezes, nestes tempos recentes, serem lacrados e levados pela polícia, por estarem sendo usados como alavancadores auxiliares do mal! Quando na verdade deveriam ser usados para o bem. Recentemente, tivemos uma análise sobre o crescimento da internet entre nós, feita pelo eminente jornalista Sebastião Nery, que descreve a internet como o homem metido a besta e metido a Deus. Por outro lado, é a enciclopédia na ponta dos dedos que para tudo tem resposta. Quero neste momento, salientar o trabalho conjunto da MUSP, Maçonaria Unida por São Paulo, na área da educação e na inserção política promovendo encontros para que possamos conhecer e estimular nossos educadores e políticos a desenvolver um papel que represente empenho, dedicação, retidão de conduta. A beleza do papel da Maçonaria é um irmão vigilante no exercício de suas funções. O progresso impõe maiores cuidados na preparação dos futuros cidadãos. Não basta habilitar o indivíduo somente para o trabalho, que é um dever social. É preciso dar-lhe uma formação moral e cívica adequada às novas conquistas da técnica e aos caminhos descobertos de modo que tudo resulte em benefício da humanidade. Para encerrar, conclamo nós maçons a estimular o endereçamento da juventude na formação, como se ensina no terceiro grau, pois é, sobretudo neste tempo da vida que se deve lembrar-se do Criador. Acima de tudo o respeito à dignidade humana e o amor ao próximo, liberdade, igualdade e fraternidade. Enfim, orai, mas vigiai foi o grande conselho do Mestre para ninguém esquecer jamais. (Palmas.)

 

 

O SR. PRESIDENTE – ALDO DEMARCHI – DEM – Eu solicitaria ao poderoso irmão Jurandir Alves Vasconcelos, Sereníssimo Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista, que em nome de toda a Maçonaria, fizesse a entrega de um diploma da Maçonaria ao nosso irmão Coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo Roberval Ferreira França, em reconhecimento pelo brilhante serviço prestado à frente da nossa gloriosa Polícia Militar.

 

O SR. JURANDIR ALVES VASCONCELOS – Deputado Aldo Demarchi, é muita honra e muito privilégio poder passar às mãos do Coronel PM Roberval Pereira França, esse diploma da Maçonaria Unida por São Paulo com os seguintes dizeres, ‘A Maçonaria paulista, na data comemorativa do Dia do Maçom por seus Grão-Mestres confere o presente diploma de reconhecimento ao respeitável irmão Coronel PM Roberval Ferreira França, pelo trabalho empreendido como Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sempre contribuindo para o provimento da segurança pública aos nossos cidadãos, bem como para o desenvolvimento social e para a construção de um mundo mais fraterno, justo e perfeito. Oriente de São Paulo, 17 de agosto de 2012’. Assinam Grão-Mestre Mário Sérgio Luiz da Costa, Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo, Francisco Gomes da Silva, Grão-Mestre hoje representado pelo querido irmão Antonio Carlos da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, e a mim como Grão- Mestre do Grande Oriente Paulista. Quero passar as suas mãos com enorme satisfação o diploma como simplesmente uma lembrança inesquecível da reunião, do evento promovido nessa noite, Coronel Roberval. (Palmas.)

 

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- É feita a homenagem.

 

***

 

O SR. PRESIDENTE – ALDO DEMARCHI – DEM – Nosso Comandante Roberval Ferreira França fará uso da palavra.

 

O SR. ROBERVAL FERREIRA FRANÇA – Boa noite a todos. É uma honra estar entre irmãos. Gostaria de agradecer ao Excelentíssimo Senhor Deputado Aldo Demarchi, Presidente dessa Sessão Solene que muito nos honra com o convite e muito nos honra com a oportunidade. Ao Excelentíssimo Senhor Deputado Federal Doutor Protógenes Queiroz, que honra a carreira policial, honra a Maçonaria como nosso irmão por ter se tornado um ícone do nosso País, do ponto de vista de honestidade, de caráter e de combatividade. Ao Excelentíssimo Senhor Deputado Estadual Sérgio Olímpio Gomes, companheiro da Polícia Militar, amigo pessoal, colega de turma na Academia de Oficiais, que também muito honra essa Casa de Leis. Agradecer ao Senhor Mário Sérgio Nunes da Costa, Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo, representando uma das mais importantes potências maçônicas do nosso País. Ao Senhor Antonio Carlos de Souza, Grão- Mestre Adjunto da Grande Loja do Estado de São Paulo, a potência a qual eu pertenço e onde eu me realizo e me desenvolvo como ser humano por completo. Ao Doutor Jurandir Alves de Vasconcelos, Grão-Mestre do Oriente Paulista. Outra das mais importantes potências maçônicas do nosso País. Gostaria de agradecer ao Senhor João Guilherme da Cruz Ribeiro, Grande Deputado do General Grand Chapter Of Royal Arch Masons International para a América Latina e Past Grande Sumo Sacerdote do Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil. demais autoridades maçônicas, irmãos, Senhoras e Senhores. Venho aqui representando uma grande instituição do nosso País. E começo a minha fala tratando de instituições. Pois o que é uma instituição? É uma estrutura permanente da sociedade. É uma estrutura permanente sem a qual a sociedade não pode sobreviver. Estamos hoje falando aqui de duas grandes instituições da humanidade. Uma delas, uma instituição milenar, a nossa querida e respeitável Ordem, a Maçonaria. A Maçonaria tem no seu lema a liberdade, igualdade e fraternidade. A Maçonaria leva homens livres e de bons costumes a importantes reflexões, e a mais importante delas está ceifada na pergunta, o que vindes fazer aqui.

Temos a resposta, mas é uma resposta que todo ser humano deveria ter em mente e no coração. Não o que vindes fazer aqui nos Templos da Maçonaria, mas o que vindes fazer aqui nesse mundo. Qual é a sua contribuição? Qual é o seu papel? Qual é o legado que você vai deixar quando fizer a grande viagem ao Oriente Eterno.

Eu pertenço à outra instituição, a Polícia Militar do Estado de São Paulo. Uma instituição que tem 180 anos, uma instituição que tem hoje 100 mil policiais militares. Uma das maiores instituições policiais da América Latina. Uma das maiores corporações policiais da América Latina.

Se somarmos os nossos veteranos, os nossos familiares, somos uma família de 500 mil pessoas. Essa instituição tem como missão proteger as pessoas, fazer com que haja leis, combater o crime e manter a ordem. E a missão das duas instituições, Maçonaria e Polícia Militar se encontram. Se encontram os ideais de justiça. Se encontram na luta contra a covardia, se encontram na luta pela construção de uma sociedade melhor. Na polícia, aprendi a ser um bom cidadão. Na Maçonaria, aprendi a ser um bom Maçom, e as duas coisas são absolutamente convergentes.

Eu aprendi também que todo ser humano pode escolher entre ser expectador da vida e ser protagonista da própria vida. Que nós podemos escolher entre ficar na plateia aplaudindo ou vaiando as boas ou más ações das pessoas, ou subirmos no palco e sermos protagonistas da história. E é nesse sentido que eu encontro importância e relevância na Maçonaria. A exemplo do que eu digo aos 100 mil soldados que comando, a exemplo da conclamação que eu fiz a todos eles, faço agora a todos os nossos irmãos. Não se limitem a fazer Maçonaria. Façam história. Um tríplice e fraternal abraço a todos. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE – ALDO DEMARCHI – DEM – Gostaria de registrar a presença do irmão Natalino Souza, do Grande Oriente de Inhambiara, Loja de São João, que também é o Grande Mestre da Ordem DeMolay do Estado de São Paulo. E nesse momento nós assistiremos a apresentação Da Criança ao Homem de Bem, O Caminho do DeMolay, da Ordem DeMolay de São Paulo.

 

***

- É feita a apresentação.

 

***

 

O SR. PRESIDENTE – ALDO DEMARCHI – DEM – Agradecemos mais uma vez o irmão Natalino Souza, que é o Grão-Mestre da Ordem DeMolay do Estado de São Paulo, bem como os membros da Ordem DeMolay de São Paulo, pela brilhante apresentação. Essa Presidência agora concede a palavra ao poderoso irmão Mário Sérgio Nunes da Costa, Eminente Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo.

 

O SR. MÁRIO SÉRGIO NUNES DA COSTA – Boa noite. Gostaria de saudar a Mesa inicialmente na pessoa do Excelentíssimo Senhor Presidente, Deputado irmão Aldo Demarchi, do Sereníssimo irmão Antonio Carlos de Souza, hoje representando nosso irmão Francisco Gomes da Silva, Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, ao Sereníssimo irmão Jurandir Alves Vasconcelos, Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista, o irmão Deputado Federal Protógenes Queiroz, nosso irmão Deputado Estadual Olímpio Gomes, nosso irmão Coronel Roberval Ferreira França, e também fazer uma saudação especial ao nosso eminente irmão João Guilherme da Cruz Ribeiro, Grande Deputado do General Grand Chapter Of Royal Arch Masons International para a América Latina e Past Grande Sumo Sacerdote do Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil, na pessoa de quem cumprimento a todos os grandes Oficiais em seus graus de dignidade presentes nessa cerimônia.

A Maçonaria, estabelecida em São Paulo desde 1831, é uma das associações mais antigas de nosso Estado e de nosso País. Maçons Paulistas participaram, participam e sempre participarão das principais conquistas Iibertárias e democráticas de nosso Estado. Nós mais uma vez, comparecemos a esta Casa de Leis, para comemorar o Dia do Maçom, celebrado por nós no dia 20 de agosto.

Representamos hoje os mais de 22 mil Maçons do Grande Oriente de São Paulo, espalhados por mais de 740 Lojas, atuantes em centenas de municípios paulistas. Neste mesmo local, nos unimos à Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo em 2007 e lançamos a “Carta da Maçonaria Paulista contra a Corrupção", que foi reafirmada no ano seguinte, desta vez incluindo a assinatura do Grande Oriente Paulista. A corrupção e a falta de dignidade que corroem o tecido social, é epidêmica e seu combate, apesar de ser um discurso gasto, é imperioso.

No ano de 2008, fruto do ideal de criar mecanismos de combate a esta situação, nasceu um programa de ação conjunta, que chamamos de “Reinserção da Maçonaria na Política" que naquele ano, procurou apoiar 291 candidatos às eleições municipais, indicados pelas Lojas integrantes da Maçonaria Unida de São Paulo, dos quais 84 se elegeram, ou seja, 28% dos indicados. Pode parecer pouco, mas nenhum partido político isoladamente alcançou tal resultado. Este trabalho continuou e em 2010, colaboramos com a eleição de 11 membros desta Casa e de sete deputados federais paulistas. Estimulamos a mobilização da Ordem, numa luta que procura homens de bem para ocupar os espaços no cenário político, pois sabemos que das decisões políticas se constrói o futuro da sociedade.

Não poderia uma associação de homens livres e de bons costumes, repleta de líderes bem preparados, permanecer inerte, enquanto assistimos a uma sucessão de escândalos, a cada dia mais graves. A história da Ordem Maçônica, no Brasil e no mundo, jamais foi de omissão. Neste ano, voltamos a articular os nossos esforços para apoiar pessoas de bem, comprometidas com nossos princípios éticos e valores morais. Sabemos que sempre tivemos muitos maçons participando da vida política do País.

Mas a ação individual, sem uma articulação coletiva e sem o apoio e comprometimento dos Maçons, de suas Lojas e da própria estrutura organizacional maçônica, fizeram com que nossos líderes Maçons, buscassem seus próprios caminhos.

Nossos Irmãos detentores dos cargos eletivos, não percebiam na Ordem, uma base de apoio, e portanto, não a reconheciam como aliada de seu mandato e, portanto não lhe deviam nenhum retorno, nem mesmo uma prestação de contas de seus trabalhos. Agora, começam a perceber que a Ordem é uma importante parceira e como tal pode colaborar, não apenas na sua eleição, mas, sobretudo na sua ação política e social. Este entrosamento e participação dos irmãos apoiando o mandato será sempre muito produtivo, afinal “Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos". Como consequência da Carta que lançamos nesta Casa anos atrás, vivenciamos hoje uma nova realidade na Maçonaria paulista.

Houve um despertar do povo maçônico, feito de uma forma bastante consistente, a Maçonaria e os Maçons, que pareciam distantes do cenário político Paulista. Hoje se mobilizam em todo Estado, nesta importante luta pelo resgate da dignidade no exercício do poder. Assim, a cada ano e a mais de uma década, este encontro na Assembleia Legislativa do Estado, que é a casa do povo Paulista, fruto do comprometimento e trabalho do Deputado Estadual Aldo Demarchi, é para nós mais que a simples comemoração do Dia do Maçom, é uma data honrosa e o símbolo desta união dos esforços entre a Ordem Maçônica e os irmãos detentores do nobre cargo de Deputado Estadual, que no ideal da construção de uma sociedade mais justa e fraterna, deixarão um legado às futuras gerações.

O povo de nosso Estado deve conferir aos homens de bem, engajados neste processo, seu voto de confiança. A todos meus agradecimentos e os votos de que nossa união permaneça inabalável por muitos e muitos anos. Muito Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE – ALDO DEMARCHI – DEM – Nós gostaríamos de comunicar aos irmãos que essa Sessão Solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Web e será também transmitida ao vivo pela TV Assembleia no próximo domingo, dia 18 de agosto, às 21 horas. Na NET, canal 13, TVA, canal 66, TVA Digital canal 185 e a TV Digital Aberta Canal 61.2.

Nesse momento, essa Presidência passará às mãos do Eminente Grão-Mestre Adjunto da Grande Loja do Estado de São Paulo, Senhor Antonio Carlos de Souza, um diploma da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, que registra os 85 anos de fundação da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo.

 

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- É feita a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE – ALDO DEMARCHI – DEM – Vamos conceder a palavra agora ao Senhor João Guilherme da Cruz Ribeiro, para a sua saudação. Ele que é o Deputado General Grand Chapter Of Royal Arch Masons International para a América Latina.

 

O SR. JOÃO GUILHERME DA CRUZ RIBEIRO – Meu nobre Deputado, peço a sua permissão para que a essa altura dos trabalhos não sejamos tão formais, e me permita vendo tantos irmãos, tantas cabeças coroadas, tantos irmãos aqui, suas famílias, que nós possamos nesse momento ser um pouquinho mais informais e deixar falar só o coração. Todo Maçom fala sobre os limites da sua Loja. Aquele imenso pavimento quadriculado cujas dimensões vão do centro da Terra ao piso, do piso até a eternidade, do leste ao oeste, de norte a sul.

Trocando em miúdos, queremos dizer com isso que Maçonaria não tem fronteiras. E nessa casa nós podemos ver que ela realmente não tem. Nós temos aqui presentes irmãos e companheiros de todos os estados, de todos os países. E me permitam dizer a vocês uma coisa, imaginem que em um determinado momento matemáticos estejam juntos, e esses matemáticos não falam o mesmo idioma. Um se levanta, vai ao quadro e faz uma equação, mas não a completa. E aí outro se levanta, mesmo não falando o mesmo idioma, completa a equação. Nós podemos então admitir que a matemática é uma linguagem universal. Imaginem agora uma pequena orquestra de câmara onde também os músicos não falam o mesmo idioma e nem tem partitura. E de repente quando começam a tocar, todos tocam em conjunto apesar de não falarem o mesmo idioma. Podemos dizer então que a música também é uma linguagem universal. Agora, imagine por um momento que nós que aqui estamos, amanhã nós teremos isso aqui. Nossos irmãos, por exemplo, do México e do Peru estarão vendo uma sessão maçônica conosco. Imaginem que o nosso idioma fosse tão diferente que eles não pudessem interpretá-lo, não pudessem saber o que estava sendo dito. Mas eles sabiam o que estava acontecendo.

E nós podemos dizer então, meu querido Deputado, meu irmão, que Maçonaria também é um idioma universal, uma linguagem universal. E é essa linguagem universal, em nome dela que hoje nós vimos aqui tantas demonstrações de entusiasmo não só pela Maçonaria, mas por cada uma das nossas instituições. Nós vimos meninos que se reúnem em manhã de sábado, em tardes de sábado para falar sobre cortesia, amor filial, patriotismo. Caramba, o caminho está aí, e nós temos seguido esse caminho. É só incentivá-lo mais. E falando em caminho, lembro que há um ano nós aqui estivemos para comemorar os 10 anos do Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco Brasil. e um pouco dessa linguagem universal nós vimos aqui nos três Grão-Mestres presentes, em Maçons de todos os ritos, que comungam além das fronteiras, acima das pequenas diferenças, fazendo valer o seu ideal maior de fraternidade, o seu ideal maior de comunhão.

Então, em honra a tudo isso, meu querido Deputado, permita que eu homenageie a sua iniciativa de nos reunir aqui, lembrando que isso nada mais é que o prolongamento da livre palavra que corre nas Lojas Maçônicas. Então, agora nós gostaríamos de deixar registrado o nosso agradecimento que diz que, “Por esse certificado, o Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco Brasil, ao agradecer de público ao Excelentíssimo Deputado irmão Aldo Demarchi, Mestre Instalado, enaltece não apenas os relevantes serviços por ele prestados à Ordem, mas também a sua essencial contribuição para o brilho e harmonia do primeiro encontro latino-americano de liturgia e ritualística, realizado na Cidade de São Paulo por Maçons do Real Arco da América Latina em testemunho de que, expede-se ali o certificado assinado e selado aos 17 dias do mês de agosto do ano de 2012, Ano Domini, e 2542 do Ano (ininteligível)”.

E com isso, meu irmão, com a sua permissão, com a permissão dos Grão-Mestres presentes, declaramos aberto o Primeiro Encontro Latino Americano de Liturgia e Ritualística do Rito de York. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE – ALDO DEMARCHI – DEM – Eminente Grão-Mestre do Bandeirante São Paulo, poderoso irmão Mário Sérgio Nunes da Costa, Sereníssimo Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista, Doutor Jurandir Alves de Vasconcelos, Eminente Grão-Mestre Adjunto da Grande Loja do Estado de São Paulo, poderoso irmão Antonio Carlos de Souza, que nesse ato representa o nosso Grão-Mestre Francisco. Deputado Estadual Olímpio Gomes, em nome de quem eu quero saudar todos os irmãos desta Casa, nosso colega, Deputado Federal da Câmara dos Deputados, irmão Protógenes Queiroz, e nosso Coronel irmão Roberval Ferreira França, que justamente foi homenageado nessa noite.

Senhoras e Senhores, irmãos, cunhadas, sobrinhos, primeiramente quero registrar e agradecer a presença e dar as boas vindas do povo paulista a uma teia de irmãos que vieram de vários países da América Latina e de muitos estados do Brasil, e que estão abrilhantando esse evento em que se homenageia o Dia do Maçom. Aqui estão os representantes do México, do Peru, dos estados do Amapá, do Amazonas, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, do nosso Estado de São Paulo e do Distrito Federal. Gostaria de incluir os representantes do interior da minha cidade, da Loja Estrela do Rio Claro, e da Fraternidade e Justiça 110, que representa aqui o Conselho Maçônico das três potências paulistas reconhecidas. E que também representam as Lojas do interior. Muito obrigado. Peço a todos uma grande salva de palmas a eles. (Palmas.)

Bem vindos. E obrigado por estarem conosco.

Antes de iniciar esse meu pronunciamento, solicito ao Eminente Grão-Mestre Adjunto da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, que leve o nosso abraço ao nosso querido Grão-Mestre Francisco, e dizer para ele que essa homenagem que a Casa faz dos 85 anos de fundação da Grande Loja do Estado de São Paulo é realmente reconhecida e com mérito.

Estamos no dia 17 de agosto de 2012. Esse ano, 2012, meus irmãos, é revestido de um clima muito interessante. As pessoas que são ligadas a assuntos místicos e esotéricos, valendo-se de interpretações de partes de calendário Maia, proclamaram o fim da nossa civilização para o dia 21 de dezembro de 2012. Sem muita sustentação histórica e nenhuma científica, tem se feito tal assertiva baseado apenas em anormalidades climáticas e sísmicas, que estão acontecendo e que possivelmente tem também acontecido no passado. Isso nos leva a fazer reflexões. Um aumento do número de terremotos, secas severas onde sempre choveu, e chuvas intensas em vários lugares muito além do regime histórico têm levado cientistas a pensarem sobre o assunto e aqueles mais afoitos, mesmo sem estarem respaldados por informações verdadeiramente científicas, já estão divulgando conclusões que muitas vezes não passam de especulações. O fim do mundo está próximo.

Entretanto, mesmo que não usemos do rigor científico para comprovar a tese, podemos afirmar que o nosso Planeta está passando por uma crise, e ela não se restringe apenas aos aspectos ambientais. Essa crise é muito mais ampla e profunda, envolvendo valores e outros conceitos filosóficos que foram sendo consolidados no decorrer da nossa história.

Se no passado embora sempre existissem as elites, a sociedade tinha que se unir e trabalhar em comunidade porque os modos de produção assim exigiam. Esses modos de produção, mesmo com o advento da revolução industrial, eram de mão de obra intensiva e desse modo as pessoas, de uma forma ou de outra, sempre estavam convivendo em comunidades, pequenas ou grandes. Famílias, bairros, fábricas e até cidades representavam os agrupamentos humanos onde todos dependiam de todos para verem providas as suas necessidades para a subsistência e o desenvolvimento.

Com a revolução tecnológica ocorrida no século XX e que ainda está em pleno curso no início desse novo século, os modos de produção também evoluíram e hoje o que exigia um contingente de pessoas interagindo para produzir um determinado bem se faz com poucas pessoas, e muitas vezes elas nem têm contato direto entre si. O resultado desse processo, meus irmãos, é que as pessoas foram se isolando, e com isso os valores vigentes foram se modificando de tal forma que o espírito de fraternidade deu lugar ao individualismo. O sentimento comunitário deu lugar ao egoísmo, e isso fortaleceu um dos piores aspectos do ser humano, que é a ganância. O isolamento a que o homem moderno foi alçado tomou tal projeção que pode ser comparado àquela personagem de Platão, que preso dentro de uma caverna e iluminado por uma vela e não vendo ninguém a não ser por suas sombras, passa a criar em sua mente imagens irreais e distorcidas daqueles que adentravam no lugar. É obvio que aquele que não querendo ou não conseguindo ver a realidade das coisas, como o personagem citado, tende a criar conceitos que podem ser perigosos, uma vez que as referências adotadas podem conduzi-lo a isso.

A humanidade está sendo conduzida a um caminho no qual os valores são focados no ‘eu’, tão somente no ‘eu’ e na autossatisfação. Levando a adotar um comportamento onde o desprezo pela humanidade se faz notar muito evidente, com muita nitidez. Isso faz com que as pessoas, tendo uma visão distorcida, acreditem que se elas se sentem bem, nada mais importa. Mesmo sabendo que seu todo vai mal. Elas não podem estar bem, preferem agir para si trabalhando apenas para si, apenas no agora, a visão é sempre direcionada ao curto prazo, ao hoje. O amanhã é outro dia. E esse modo de proceder instalado em um mundo gera um processo de desrespeito generalizado em que tudo pode ser sacrificado para se atingir os interesses particulares.

Desse modo, ninguém mais respeita ou considera o ser humano e nem tampouco o meio ambiente em que ele vive. Daí surgem os maus empresários, os maus políticos, os maus cidadãos.

Os maus cidadãos são aqueles que se fecham em seus domicílios e em suas vidas, e não veem nada além dos interesses do seu conforto. Para eles não importa que seja necessário o processamento do lixo, o controle das emissões de carbono e o direito do próximo, eles não querem pagar nada e o outro que se dane. Só querem saber dos seus direitos, e desdenham das suas responsabilidades como trabalhadores e membros da sociedade.  

Os maus empresários são aqueles que pensam apenas no lucro. No lucro máximo sem levar em conta as condições de produção. O bem estar dos trabalhadores ou o respeito ao cliente, à sociedade. E os maus políticos são aqueles que, conduzidos aos cargos de comando do Governo, procuram apenas satisfazer os seus interesses, os seus projetos pessoais, deixando para segundo ou terceiro plano o bem estar da população. E nós, cidadãos, que consideramos homens de bem, estamos aceitando o surgimento e ação daqueles e sendo conduzido ao caos passivamente. A espada se coloca sobre nossas cabeças, e o máximo da nossa reação é reclamar. Estamos indo para o (ininteligível) inerte, e apenas reclamando.

Sempre fomos reconhecidos pela ação e luta para manutenção da ordem, da honradez e da paz social. E agora estamos restringindo a reclamar dos outros e a maldizer as situações adversas. Estamos como a maioria da sociedade. Aceitando uma situação e uma condição na qual aqueles com más intenções estão prevalecendo e dominando a grande maioria das pessoas de bem. Por sua inércia, tornam-se massa de manobra em um rebanho de ovelhas levadas ao abate.

Meus irmãos, durante esses 18 anos em que estamos nos encontrando aqui nesse Plenário para nos confraternizarmos e comemorar o Dia do Maçom, o nosso dia. Já falamos e muito sobre as mazelas sociais e políticas. Já discorremos sobre a doutrina da nossa ordem, sobre a filosofia, sobre a necessidade de uma ação efetiva da Maçonaria e muitos outros assuntos de grande relevância, porém, ainda estamos no discurso.

Quero aqui ressaltar a iniciativa do ano passado, das nossas três lideranças, das três potências, daquela carta que foi aqui lida, estabelecida, algumas ações que essas lideranças já têm tomado. Mas nós temos, meus irmãos, que fazer eco a essa iniciativa das nossas lideranças. Ainda nesse mês, tive a oportunidade de ler a revista ‘A Verdade”, editada pela Grande Loja do Estado de São Paulo em sua edição número 490. E aí encontrei diversos textos de grande profundidade e relevância, em que são analisadas as causas do Estado em que se encontram a nossa sociedade e nosso mundo. Análises perfeitas que levam a prescrição de um único remédio, a nossa ação. Portanto, recomendo que todos leiam essa revista e nela o editorial do Sereníssimo Grão-Mestre, querido e respeitado, irmão Francisco Gomes. Em especial os artigos do irmão Roberto Trindade, da Loja União e Solidariedade, número 387, falando sobre o papel da Maçonaria no século XXI. E do irmão Isac Bispo Ramos na Loja Nova de São Bernardo, número 444, falando sobre a corrupção. Um texto muito consistente sobre o tema. Dessa forma, continuar argumentando no sentido de se mostrar a atual situação sócio política em nosso país, é estéril e não leva a nenhum resultado concreto. E me atrevo a dizer que essa situação deve ser bastante parecida nos países dos nossos irmãos que nos visitam nessa noite. Diagnóstico já os temos, sabemos quais são. A sociedade está doente, e essa doença está afetando não só a estrutura social, como também permitindo que o homem avance. Avance de uma forma desmedida sobre todos os recursos necessários para manter nossa vida na Terra com o mínimo de dignidade.

Se a humanidade não se respeita, como é que ela vai respeitar o Planeta em que vive? Água, solo, ar, tudo passa a ser descartável, inclusive a própria vida humana. As soluções para todos os problemas que afligem a nossa civilização e o nosso problema já foram preconizados por sábios, cientistas, filósofos, políticos, religiosos, e tantos outros ditos interessados ou eruditos. Todavia nós, Maçons, que estudamos em nossa Ordem a Doutrina Maçônica, sabemos que qualquer solução tem que passar pela remodelação do próprio homem.

Os resgates dos valorosos valores, altruísmo, caridade, bem como espírito da fraternidade, ordem e disciplina também. Aprendei e ensinai, eis uma máxima da Maçonaria. Na Maçonaria, aprendemos que temos que dominar a vontade exacerbada que impede alguém de ter atitudes que desconsidere os interesses maiores da comunidade. Ao contrário, temos que estar nivelados com ela. Aprendemos que temos que vencer o ímpeto de proceder de forma apaixonada, seja na defesa das ideias ou no comportamento social. Isso porque a paixão cega nos leva a cometer atos descabidos em muitas situações.

Temos que manter o nosso sentimento a prumo e voltado sempre para o bem comum.

Aprendemos ainda que devemos trabalhar arduamente no processo do nosso autoconhecimento, pois somente se conhecendo, identificando os defeitos que causam as asperezas do espírito e dos fios do caráter que nos afetam, é que teremos condições de nos compararmos a outros ou a tecer alguma crítica com o mínimo de justiça.

Temos que conhecer as nossas asperezas como o pedreiro conhece as asperezas da pedra, porque só assim poderemos apontar o cinzel para com a força do (ininteligível) desbastar as imperfeições do nosso caráter. É somente conhecendo essas imperfeições que poderemos com consciência colocar limites na nossa atuação. E reconhecer que para que haja harmonia no mundo, precisa existir ordens. E essa ordem se consegue com a regra de condutas claras e justas. E se tanto nos é ensinado como nós, Maçons do Brasil não estamos conseguindo influenciar positivamente no aprimoramento da nossa sociedade, contrapondo o processo de corrosão, valores que estão em pleno curso em todos os lugares.

A resposta pode estar no artigo denominado ‘Construtores ou vendilhões do tempo’, de autoria do irmão Reinaldo Meneses de Assis, da Loja Estrela de Itaquera, número 278. Também publicada na revista anteriormente citada. Nesse artigo o irmão Reinaldo discorre sobre os compromissos que assumimos como Maçons e também faz comentários para o aprimoramento das Comissões, como instrumento de aprimoramento da própria instituição. Também no artigo ele cobra a nossa disposição de cumprirmos com todos os compromissos assumidos. Se tudo que ele colocou fosse feito, é bem provável que nossa ordem voltasse a ter o mesmo dinamismo e a mesma força de realização que temos reconhecida mundial e historicamente pelos grandes feitos dos nossos membros em benefício da paz, da democracia e do bem estar da humanidade.

Assim meus irmãos, não preciso e não quero ficar alongando esse discurso para dar uma aparência de erudita. No que se refere à situação, já temos ciência dela, já temos o diagnóstico, no que se refere à ação, já sabemos o que fazer. Basta fazer. No que se refere aos Maçons e sua missão, todos eles já sabem. E se ainda não o sabem, é só procurar em nossa doutrina, estudar para aprender, aprender para praticar, e aprender para ensinar.

Falar de corrupção, de desmandos e de miséria, de roubo e de tantos outros males que afligem a nossa sociedade é muito fácil. Só ficar nesse discurso não pode ser do feitio do Maçom. O Maçom tem que ser um homem de ação em todos os ramos da atividade humana. Nós temos que ter Maçons trabalhando em todos os campos. Precisamos de Maçons policiais, médicos, advogados, cozinheiros, engenheiros, e políticos. No campo da política, isso porque estamos em uma Casa Política. É muito mais importante um Maçom na política do que um político na Maçonaria. E nessa direção, ouso fazer uma recomendação. Que nós, Maçons, estendamos os nossos braços nessa próxima eleição e trabalhemos para eleger Maçons políticos, com uma folha de serviços já prestada para a Maçonaria, um currículo que comprove conhecimento da nossa doutrina, e comprovado conhecimento do que vai fazer dessa forma.

Quero aqui cumprimentar as potências que fizeram uma reunião com os candidatos irmãos que estão concorrendo, independente de partido, vereador e prefeito para o próximo dia sete de outubro. Não temos a garantia de uma pessoa perfeita para elegermos, mas temos a garantia da segurança, porque o Maçom antes de prestar contas à sociedade, àquele que acreditou no seu voto, tem que prestar contas dentro da nossa Ordem, em primeiro lugar.

Assim, o Maçom deve usar toda a técnica aprendida para ser construtor social e agir. Para agir, é necessário conhecimento, coragem, altruísmo, para dar de si em benefício da comunidade. Para finalizar, tenho a convicção de que todos nós, Maçons de todo o Brasil, de todo o mundo aqui presentes e espalhados pela Ordem, temos todos esses atributos, e se não estamos cumprindo a nossa missão, é hora de tomarmos a decisão, a decisão de fazer. A decisão de agir. E isso eu tenho convicção de que todos iremos fazer. Muito obrigado. (Palmas.)

Agradeço a presença de todos, indistintamente, e anuncio que, esgotado o objeto da presente sessão, esta Presidência agradece as autoridades e a todos que com sua presença colaboraram para o êxito dessa solenidade. E convidamos também todos ao sairmos daqui para nos dirigirmos ao Hall Monumental, onde teremos um coquetel de comemoração ao Dia do Maçom.

Está encerrada a presente sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 22 horas e 25 minutos.

 

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